The words you are searching are inside this book. To get more targeted content, please make full-text search by clicking here.
Discover the best professional documents and content resources in AnyFlip Document Base.
Search
Published by hmilheiro, 2018-04-16 15:29:12

AutoSport_2103

AutoSport_2103

#2103 O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES 40
ANO 40
anos
18/04/2018
>> autosport.pt
2,35€ (CONT.)

DIRETOR PEDRO CORRÊA MENDES

RICCIARDO
VENCE GP DA

A VEZ DACHINADEF1
RED BULL
>> MERCEDES AINDA NÃO GANHOU >> VETTEL APENAS OITAVO
>> VERSTAPPEN VOLTOU A FAZER DAS ‘SUAS’

>> GT OPEN E CLÁSSICOS ANIMARAM ESTORIL >> WORLDRX BARCELONA VOLKSWAGEN ENTRA A VENCER

IMSA LONG BEACH +

BARBOSA E ALBUQUERQUE
VENCEM NA CALIFÓRNIA

NOVA VOLVO V60 PÁG. 44 APRESENTAÇÕES
EM MADRID

NA FEIRA VIVE LA MOTO



3

I/ I N S TA N TÂ N E O SIGA-NOS EM EDIÇÃO

#2103
18/04/2018

f l> > a u t o s p o r t . p t
facebook.com/autosportpt twitter.com/AutoSportPT

DRIFT Não, não se trata de qualquer prova de drift no Estoril, simplesmente de dois fantásticos Lamborghini Huracán GT3, José Luís Abreu
um deles de Miguel Ramos, a tentar passar ao mesmo tempo na apertada segunda curva do Circuito do Estoril
DIRETOR-EXECUTIVO
S/ SEMÁFORO EM DIRETO
[email protected]
PARADO A ARRANCAR A FUNDO “A manobra do Daniel (Ricciardo)
com o Valtteri (Bottas) foi um Andam por aí uns ‘zun-
Excesso de Max Velocidade Nacional Quem diria que ao pouco... brutal. Resultou, mas com zuns’ que se está a pre-
Verstappen ‘acabou’ arrancou com cabo da terceira o Valtteri a ajudá-lo, evitando a parar uma solução para
com o resto da corrida corrida da época de F1 colisão. São assim as corridas e resolver a questão da
de Sebastian Vettel. Clássicos, Legends a única equipa ‘grande’ isso é excelente…”, Toto Wolff, adepto principal competição
Para quando mais e Super Seven. que não venceu… da velocidade nacional,
de ‘pilotos inteligentes’ como foi Bottas e o que se fala passa por abrir o
juízo? Discussões nos TCR é a Mercedes regulamento dos TCR a outro tipo de
prosseguem… “Inexperiência dele? Não, já fez carros, e com isso conseguir grelhas
corridas mais do que suficientes substancialmente maiores ao que
O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES NA ERA DIGITAL para não cometer erros destes…”, se teria caso se mantenha apenas a
regulamentação atual do CPVT/TCR
Vettel, quando questionado se o toque Portugal. Segundo se sabe, poderá
de Verstappen pode ser atribuído à sua dali sair uma regulamentação que
inexperiência… pode permitir carros de turismos a
partir de 2000, e também GT4, o que
“Estou grato ao Verstappen, em Portugal poderia significar uma
agradeço pela sua maneira de grelha de 15 a 20 carros na primeira
pilotar”, Lewis Hamilton, na brincadeira, corrida. É o que se fala. Nada está
decidido, mas se isto for em frente,
quando questionado pela Sky Sports F1 o que me parece é que vamos dar
se achou Max muito agressivo nas suas um tiro no pé.
disputas em pista Compreendo as dificuldades das
equipas e dos pilotos, não é barato
“O Max ‘esticou-se’ ao tentar correr a um nível elevado, e em-
passar o Vettel. Foi um erro dele, bora compreenda porque se está a
pode acontecer nas corridas, ele tentar uma fuga em frente, penso
já pediu desculpa”, Helmut Marko, que é errado sairmos do caminho
TCR. O TCR tem vindo a crescer
reavivando os tempos em que era ele que em toda a Europa, e se olharmos
tinha de ‘responder’ perante o ‘seu’ piloto… para trás, há cinco anos foi difícil
e demorada a introdução de R5 de
Siga-nos nas redes sociais e saiba ralis no nosso país. Veja-se o atual
tudo sobre o desporto motorizado no panorama! Colocarem os TCR exis-
computador, tablet ou smartphone via tentes a correr juntamente com uma
facebook (facebook.com/autosportpt), grelha de carros que nada tem a
twitter (AutosportPT) ou em ver, ou pelo menos, muito pouco
>> autosport.pt a ver, será fácil aos TCR perderem
o protagonismo que deviam e de-
vem continuar a ter. Mas se avançar
um regulamento aberto, também
compreendo, porque é bem mais
fácil estar aqui a escrever do que
arranjar 70.000€ para um ano de
projeto TCR. Em casa que não há
pão… o resto já sabem!

4 F1/
FÓRMULA 1
GP DA CHINA 3 D E 2 1

AGILIDADERICCIARDOGANHAGPDACHINADEF1

TÁTICA VENCE

PERFORMANCE

PURA

A Red Bull não tinha andamento para vencer o GP da China
de F1, que parecia ser um caso para ser resolvido entre

Valtteri Bottas e Sebastian Vettel, mas o aproveitamento
de um Safety-Car oportuno acabou por oferecer a Daniel
Ricciardo a possibilidade de uma vitória, que não enjeitou,

conquistando um triunfo merecido
Jorge Girão

[email protected]

Após a qualificação estava cla- das ‘Três Grandes’ nas três primeiras
ro que os homens da Ferrari posições, pela primeira vez este ano
estavam numa posição pri- pôde-se verificar a competitividade
vilegiada para manter a in- relativa de cada uma delas e foi evi-
vencibilidade da ‘Scuderia’. dente que a Ferrari está um ligeiro
Mas a situação começou a passo à frente da Mercedes, tendo
fugir ao controlo dos italianos logo na Vettel aberto uma vantagem de quase
partida, quando Vettel, com um arranque três segundos e meio para Bottas até à
menos expedito que o do seu colega décima nona volta, quando o finlandês
de equipa, apertou Kimi Raikkonen, entrou na boxe para trocar de pneus.
deixando este exposto ao seu conter- Verstappen, por seu lado, perdera qua-
râneo da Mercedes, e também a Max se dez segundos para o alemão até à
Verstappen, que o suplantaram, tendo décima oitava passagem pela linha
ainda de se defender de Lewis Hamilton. de meta, momento em que o holandês
A formação de Maranello tinha ainda realizou o seu ‘pit-stop’, mostrando
Vettel no comando, mas sem o seu escu- que a Red Bull tem ainda que evoluir
deiro por perto, teria de ter em atenção para se bater com as suas rivais.
a ofensiva liderada por Bottas. Contudo, a vantagem de Vettel para
Com um representante de cada uma Bottas acabou por ser insuficiente

>> autosport.pt

5

para impedir o finlandês de realizar Mercedes #77, até que na trigésima 250 go de trinta voltas desfeitas, os homens
o ‘undercut’, devido a uma excelente volta tudo se alterou. da formação de Milton Keynes ficaram
volta de entrada nas boxes do piloto da Um toque entre os dois pilotos da Toro O número dos Grandes Prémios em vantagem e rapidamente começa-
Mercedes, que passou para o comando Rosso no gancho deixou a pista pejada disputados pela Toro Rosso ram a ‘despachar’ ultrapassagens, assim
da corrida. de detritos, precipitando a entrada que a prova foi retomada, faltavam vinte
Com o líder do campeonato a perseguir em pista do Safety-Car precisamente voltas para a bandeirada de xadrez.
furiosamente Bottas, a Ferrari ainda quando os dois primeiros já tinham Porém, enquanto Daniel Ricciardo, que
estendeu a permanência em pista de passado a entrada nas boxes. esteve quase toda a prova na cauda do
Raikkonen, na tentativa de que este No entanto, Verstappen conseguiu ru- pelotão das ‘Três Grandes’, foi reali-
atrapalhasse o seu conterrâneo para mar ao ‘pit-lane’ no último momento, zando ultrapassagens bem medidas
que Vettel recuperasse o primeiro posto, sendo seguido pelo seu colega de equi- e decisivas, Verstappen, com excesso
mas apesar de alguns momentos difí- pa, pilotos da Renault, da Toro Rosso de entusiasmo, saiu de pista quando
ceis, o piloto da Mercedes conseguiu (por motivos óbvios) e por Esteban tentava de forma impossível suplantar
ultrapassar a armadilha da ‘Scuderia’, Ocon, ao passo que tanto a Mercedes Hamilton e envolveu-se num toque
mantendo o comando. como a Ferrari não aproveitaram a com Vettel, quando deixou bloquear
situação para mandar para a pista as rodas traseiras ao querer ascender
SAFETY CAR MUDA TUDO Hamilton e Raikkonen com pneus ao terceiro lugar.
No entanto, o alemão mostrava-se frescos sem custos de tempo. O holandês estava então fora da luta
ameaçador, seguindo de perto o Com as vantagens construídas ao lon- pela vitória e, com uma penalização

F1/
FÓRMULA 1

6

GP DA CHINA 3 D E 2 1

M/ MOMENTO F/ FIGURA

SAFETY-CAR - A corrida es- DANIEL RICCIARDO - O australiano parece ser
tava destinada a ser um duelo pródigo em vitórias improváveis. Em circunstâncias
entre Bottas e Vettel, mas o normais Ricciardo não subiria ao pódio, mas uma boa
Safety-Car e um aproveitamento estratégia deixou-o com possibilidades de vencer.
estratégico da parte da Red Contudo, para isso, o piloto da Red Bull teria de gan-
Bull colocaram os pilotos da har posições em pista, uma vez que estava no final do
formação de Milton Keynes “comboio das Três Grandes”. Uma vez mais, Ricciardo
em contenção pelo triunfo. demonstrou ser um dos melhores pilotos na luta
Ricciardo aproveitou bem a “corpo a corpo”, ganhando posições como ultrapas-
oportunidade e lançou-se para o sagens cirúrgicas e decisivas, enquanto o seu colega
seu sexto triunfo na categoria. de equipa se envolvia em incidentes.

>> autosport.pt

7

VISITE NOSSO SITE PARA 3 +/ MAIS
VER MAIS FOTOS DA
PROVA AUTOSPORT.PT Raikkonen é o único piloto que arrancou RED BULL dificuldades de andamento em
da primeira linha para todas as corridas A equipa de Milton Keynes parecia circunstâncias especiais.
Esperava-se uma luta deste ano não ter argumentos para poder
entre Bottas e Vettel, lutar pela vitória, tendo qualquer NICO HULKENBERG
mas um Safety Car 100 um dos seus pilotos distantes O piloto alemão está este ano
baralhou as contas, e de Bottas e de Vettel na segunda num excelente momento de
acabou por ser a Número de Grandes Prémios realizados metade da corrida. Porém, quando forma, como demonstra o facto
Red Bull a mais lesta. por Valtteri Bottas o Safety-Car entrou em pista, de ter batido o bem cotado Carlos
A pensar, e a executar curiosamente devido a um incidente Sainz em todas as qualificações –
causado pelos pilotos da Toro desempenho que encontra paralelo
Rosso, foi rápida a reagir, chamando apenas em Fernando Alonso, que
os seus dois recrutas às boxes. se superiorizou sempre este ano
Desta forma, Verstappen e a Stoffel Vandoorne no mesmo
Ricciardo ficaram com pneus exercício.
frescos sem perder tempo para os Para além da sua força na
seus rivais, o que foi determinante qualificação, também em corrida
para poderem recuperar na parte Hulkenberg tem estado num nível
final da corrida. superior e, num fim-de-semana em
Apesar de não estar ainda que a Renault se assumiu como a
competitivamente ao nível principal contendora do segundo
da Mercedes e da Ferrari, pelotão, assumiu-se como o “melhor
estrategicamente a Red Bull dos outros”, terminando em sexto,
continua com a agilidade que ao passo que Sainz não foi além do
lhe permite superar as suas nono posto.

-/ MENOS

de dez segundos (devido a incidente O finlandês foi sacrificado pela Ferrari MERCEDES & FERRARI finlandês, mostrando dificuldades
com o alemão da Ferrari), nem sequer na luta pela vitória, quando o manteve As equipas que têm dominado as para assegurar um lugar no pódio,
o pódio estava no seu horizonte. em pista para prejudicar o seu conter- últimas temporadas foram batidas ao passo que Bottas parecia capaz
Já Ricciardo continuava a sua cavalga- râneo da Mercedes, mas com o Safety- pela agilidade estratégica da Red de assegurar a sua primeira vitória
da e com uma ultrapassagem arrojada Car viu a sua desvantagem anulada, Bull de forma clara. da temporada.
no limite a Bottas, na quadragésima apesar de ter caído para sexto. Tanto Bottas como Vettel já tinham A prova chinesa poderia ser um
quinta volta, construía uma vitória Contudo, o toque entre Vettel e passado a entrada das boxes caso isolado, mas na verdade foi
merecida em que demonstrou como Verstappen obrigou Hamilton a pas- quando o Safety-Car entrou em uma repetição do que Hamilton
se deve ganhar posições sem colocar sar por fora de pista, permitindo ao pista, mas atinham ainda Hamilton viveu no Bahrein, deixando no ar a
em risco a sua corrida – ao contrário do ‘Iceman’ ascender a terceiro e relegan- e Raikkonen em posição de assumir ideia de que em vez de episódica,
evidenciado pelo seu colega de equipa. do o inglês para o quarto posto final. uma estratégia semelhante à de a quebra de forma do inglês é uma
Com Verstappen a prejudicar os seus O líder do campeonato de pilotos, com Verstappen e Ricciardo. No entanto, tendência.
próprios esforços, Bottas manteve o o seu carro danificado pelo inciden- nem os estrategas da Mercedes
segundo posto, terminando quase a te que protagonizou com o holandês nem os da Ferrari se aperceberam MAX VERSTAPPEN
quase nove segundos do piloto da Red da Red Bull, caiu para o oitavo lugar da oportunidade, impedindo que O holandês tinha tudo para poder
Bull, ao passo que Kimi Raikkonen as- numa corrida para a qual partiu da inglês e o finlandês pudessem ter as triunfar no Grande Prémio da
segurou o degrau mais baixo do pódio. pole-position. armas para se baterem pelo triunfo China, mas enquanto o seu colega
frente aos pilotos da Red Bull. de equipa subia na classificação
depois do Safety-Car, o jovem de
LEWIS HAMILTON vinte anos colecionou erros e
O inglês esteve uma sombra de si incidentes, o que condicionou a
mesmo ao longo do fim-de-semana sua prova ao ponto de ter de ver
de Xangai. Nos treinos-livres Ricciardo subir ao degrau mais alto
raramente mostrou capacidade do pódio de longe. Já no Grande
para acompanhar Valtteri Bottas Prémio do Bahrein Verstappen
e foi com naturalidade que se viu protagonizou um incidente,
batido pelo seu colega de equipa desta feita com Hamilton, o que
na qualificação. Na corrida, uma demonstra que o comportamento
vez mais, não mostrou ser capaz do holandês continua com muitas
de evidenciar a performance do arestas por limar.

F1/
FÓRMULA 1

8

GP DA CHINA 3 D E 2 1

SAFETY-CAR vam decorridas 12 voltas, a sua vanta-
PROMOVE RENAULT gem para o piloto da Haas era de apenas
ARenault mostrou ser a mais três segundos, ao passo que quando
forte na qualificação entre os expostos face aos primeiros da segunda do desentendimento entre os pilotos da na volta seguinte realizou o mesmo,
contendores do segundo pelotão metade da grelha de partida, que podiam Force India, o que deixava à sua frente os Hulkenberg tinha Magnussen a ap-
e na corrida beneficiou de um escolher os pneus para a corrida. pilotos da formação de Enstone e o seu enas cinco.
Safety-Car oportuno para poder ver O dinamarquês tinha andamento para colega de equipa, todos com borrachas Os homens da Renault precisavam de
Nico Hulkenberg impor-se perante os passar à Q3, mas uma volta de saída ultramacias com a impressão de uma ‘um milagre’ para poderem bater o di-
seus adversários. difícil para a sua última volta lançada na volta de qualificação. namarquês e foi o que tiveram quando
O carro de Enstone estava bastante Q2 deixava-o no 11º posto, tornando-se Grosjean, por ordens de equipa, deixou na 30ª volta o Safety-Car entrou em
à-vontade no circuito de Xangai e Nico numa ameaça para os pilotos do seg- Magnussen passar, passando este a pista, seis depois de o homem da Haas
Hulkenberg conseguiu assegurar a undo pelotão que estavam à sua frente. perseguir o duo da Renault que, numa ter realizado a sua única troca de pneus.
‘pole-position dos outros’, sendo batido Os homens da Renault arrancaram estratégia de duas paragens, nunca con- Tanto Hulkenberg como Sainz realizar-
apenas pelos homens das ‘Três Grandes’, bem e assumiram a liderança da seguiu criar uma vantagem relevante am um ‘pit-stop de borla’ – sem perder
ao passo que Carlos Sainz viu Sergio perseguição às ‘Três Grandes’, ao passo para o seu perseguidor, numa tática de tempo – ficando com pneus frescos face
Pérez colocar-se entre si e o seu colega que Magnussen, com pneus macios usa- apenas uma troca de pneus. aos seus adversários.
de equipa, mas isto deveu-se mais a dos, subia a 10º na partida, beneficiando Quando Sainz entrou nas boxes, esta- Por seu lado, Magnussen, ao ser um
uma performance notável do mexicano dos primeiros do segundo pelotão com
que a uma oposição forte da Force India. uma estratégia de paragem única para
A verdadeira ameaça aos desideratos realizar a sua troca de pneus, ficava
da Renault estava no 11º posto da grelha exposto a diversos dos seus adversários.
de partida e dava pelo nome de Kevin A subida de Hulkenberg foi fulgurante,
Magnussen. aproveitando ainda os problemas de
Manter na corrida os pneus ultramacios Vettel para ascender ao sexto lugar, ao
usados para subir à Q3 na qualificação, passo que Magnussen sentia dificul-
o suficiente para fazer funcionar uma dades em manter os seus oponentes
estratégia de apenas uma paragem nas no seu escape, caindo para 10º.
boxes, era complicado, o que deixava os Fernando Alonso foi um dos beneficiári-
pilotos das últimas duas linhas do top 10 os dos problemas do dinamarquês, uma
vez que com pneus mais frescos – ini-
ciou a corrida com borrachas macias
novas, parando apenas na 29ª – suplan-
tou o piloto da Haas para assegurar o
sétimo posto, superando ainda o Ferrari
danificado de Vettel.
Ao contrário do seu colega de equipa,
Carlos Sainz sentiu mais dificuldades
para ganhar posições, sobretudo com
os pilotos da Force India, terminando
a corrida no nono posto a 14 segundos
do alemão.

>> autosport.pt

9

PF/ PARQUE FECHADO

VERSTAPPEN
VOLTAATER
IMPACTO
O piloto holandês voltou a estar
no centro das atenções durante o piloto da Ferrari. “Podia ver que ele Verstappen não vê motivos para al- sar o Vettel. Cometeu um erro. Pediu
o Grande Prémio da China, mas estava em dificuldades com os pilotos terar a sua abordagem às lutas roda desculpa. Pode acontecer nas corridas.
uma vez mais, não pelos me- e tentei travar mais tarde. Bloqueei com roda com os seus adversários. “É O triunfo era dele, mas ele não o agar-
lhores motivos. as rodas traseiras e bati-lhe. É claro fácil comentar. De momento, não me rou. Ainda assim, os nossos pilotos
Max Verstappen continuou a dominar que sou o culpado. Não era o que eu está a correr bem, é claro, mas isso estiveram bem. Ele tem 20 anos, é
o seu colega de equipa em qualificação queria. Depois é fácil dizer que deveria significa que tenho de me acalmar? muito jovem, e são coisas que podem
e parecia capaz de o bater em corrida. ter esperado, e provavelmente era Não acredito nisso. acontecer”, afirmou o conselheiro de
Quando o Safety-Car entrou em pista, essa a melhor ideia, mas infelizmente É desapontante que estas coisas acon- Dietrich Mateschitz para o automo-
permitindo à Red Bull tirar o melhor não foi isso que aconteceu”, afirmou teçam e tenho de analisar tudo e tentar bilismo.
partido da situação, o jovem de 20 o holandês. ser mais forte nas próximas corridas”, No entanto, se em frente aos jornalis-
anos tinha tudo para poder vencer a Nas duas últimas corridas o jovem enfatizou o holandês. tas foi muito compreensivo, na boxe da
prova chinesa. piloto da Red Bull envolveu-se em Apesar da renitência de Verstappen Red Bull, Dr. Marko deu um verdadeiro
Contudo, enquanto Daniel Ricciardo toques com Vettel e com Hamilton, em alterar o seu estilo, Helmut Marko ralhete ao jovem holandês, afirmando
protagonizava ultrapassagens bem no Bahrein, isto sem esquecer um sublinhou que o seu piloto perdeu uma quem viu que o austríaco estava bas-
definidas e decisivas, Verstappen longo historial de incidentes ao longo corrida que estava ao seu alcance. tante agastado com o comportamento
envolveu-se em manobras impossí- da sua estadia na Fórmula 1. Contudo, “O Max exagerou ao tentar ultrapas- em pista de Verstappen.
veis, saindo de pista quando tentava
suplantar Lewis Hamilton num local
improvável, e envolvendo-se num
toque com Sebastian Vettel que ati-
rou ambos para um pião e colocou
definitivamente um ponto final nas
veleidades do holandês em alcançar
o pódio, até porque sofreu uma pena-
lização de 10 segundos.
No final da corrida, Verstappen apres-
sou-se a assumir a responsabilidade
pelo incidente que protagonizou com

CONTINUA A CRISE NA WILLIAMS A Williams continua a protagonizar uma facto não somámos pontos -, comparativamente
temporada deprimente, sendo presentemente ao Bahrein é fantástico terminar com ambos os
a única equipa que ainda não somou qualquer carros, em 14º e 15º. Estivemos em corrida, ao
ponto. passo que no Bahrein nem sequer estávamos
No fim de semana do Bahrein o monolugar de em competição, portanto, temos uma sensação
Grove era claramente o menos performante muito mais positiva e algo para trabalhar nas
do plantel, tendo Lance Stroll ficado no último próximas semanas”, afirmou o responsável
lugar da grelha de partida. O facto de nenhum máximo pelo departamento técnico da equipa
dos pilotos da equipa ter melhorado os tempos de Grove.
realizados no mesmo circuito por Felipe Massa Segundo diversas informações, o Williams
um ano antes sublinha enfaticamente os FW41 Mercedes tem uma falta generalizada de
problemas sentidos pelo canadiano e por Sergey aderência, o que não permite aos seus pilotos
Sirotkin. imprimirem o andamento evidenciado pelas suas
Na China, o duo da equipa conseguiu fugir ao mais próximas adversárias.
último lugar da grelha de partida, tendo o russo Para este ano a Williams alterou completamente
ficado a 0,049s de passar à Q2. o seu projecto, deixando de parte a filosofia
Na corrida de Xangai alcançar pontos era uma técnica que adoptava desde 2014. Lowe foi
impossibilidade para os pilotos da Williams, determinante para esta mudança de paradigma,
mas ainda assim, Paddy Lowe conseguiu contudo, começa a ser preocupante a dificuldade
vislumbrar alguns aspetos positivos. “Apesar em progredir da formação fundada por Frank
de os resultados não serem extraordinários - de Williams e Patrick Head.

F1/
FÓRMULA 1

10

DOCÉUAOINFERNONUMASEMANA
Depois do fim de semana de sonho no Bahrein, a
Toro Rosso viveu um pesadelo na China, culmi- “Na minha opinião pessoal, a temperatura e o vento temos apenas que o aproveitar em todos os cenários”,
nando com um toque entre os seus dois pilotos. foram os fatores mais importante. Não estou a dizer que frisou o neozelandês. Na corrida, sem nunca estarem em
Em Sakhir a formação de Faenza esteve a um tenho as respostas, mas essa parece ser a tendência, condições de lutar pelos pontos, os dois pilotos da Toro
nível elevadíssimo, tendo Pierre Gasly vencido a luta aconteceu na corrida australiana também. Sempre Rosso acabaram por colidir, tendo Franz Tost assumido
do segundo pelotão, o que significou terminar em que está mais calor, estamos mais competitivos, e que foi uma falha de comunicação a promover o toque
quarto devido aos abandonos dos dois Red Bull e de sempre que está mais ventoso parece que sofremos entre Hartley e Gasly.
Kimi Räikkönen. mais que os outros. “A colisão entre os dois pilotos deveu-se a um desenten-
No entanto, em Xangai a equipa-B da Red Bull não A aerodinâmica de um carro de Fórmula 1 é muito dimento de comunicação, o que é uma pena”, apontou
conseguiu replicar o andamento evidenciado uns dias complicada e, quando temos vento, a aerodinâmica o chefe de equipa da formação de Faenza.
antes e não conseguiu fugir aos últimos lugares. ressente-se e nós parecemos ter dificuldades. Pierre Gasly terminou a corrida no 18º oitavo posto,
A situação do jovem francês foi a mais gritante, dado A boa notícia é que temos um carro com potencial, batendo apenas Charles Leclerc.
que, depois de ter registado o sexto crono na qualificação
baremita, no país da Grande Muralha não passou sequer
da Q1, alinhando na 17ª posição da grelha de partida.
O circuito de Xangai não era o mais favorável ao Toro
Rosso STR13 Honda, mas Gasly admite que foi uma
surpresa a quebra de performance, deixando escapar,
igualmente, que a equipa ficou perdida com a situação:
“Sabíamos que entrar nos 10 primeiros seria difícil, mas
esperávamos ficar em 11º ou 12º, a um par de décimos
(ndr.: da Q3). Penso que hoje (ndr.: sábado) demos um
grande passo atrás relativamente a ontem, perdemos
muita performance e não estávamos à espera disso”,
afirmou o gaulês.
Durante todo o fim de semana a pista de Xangai mos-
trou-se sempre muito fria e o vento foi uma constante,
o que dificultou a vida das equipas e dos pilotos. Mas
Brendon Hartley, que abandonou na corrida com proble-
mas de caixa de velocidades depois de na qualificação
ter ficado em 15º, considera que a Toro Rosso sofreu
mais com estes elementos.

V6 DA RENAULT AINDA COM PROBLEMAS Estamos ainda no início da temporada deste ano e a Renault
continua a ter dificuldades com a fiabilidade das suas
unidades de potência e, atualmente, apenas a McLaren
não teve necessidade de trocar elementos dos seus V6
turbohíbridos.
No campo da Red Bull, depois de Daniel Ricciardo ter parado
em pista logo no início do Grande Prémio do Bahrein com um
problema nas baterias do ERS, o V6 turbohíbrido do australiano
cedeu de forma espetacular na terceira sessão de treinos-
livres do fim de semana chinês, levando a que à entrada
da terceira ronda da temporada já tenha trocado todos os
elementos da unidade francesa por uma vez.
Na formação do construtor gaulês tanto Carlos Sainz como
Nico Hulkenberg já mudaram o MGU-H por uma vez, o que
demonstra que os problemas não são relacionados com
especificidades de um carro, mas antes com dificuldades
técnicas do V6 turbohíbrido da Renault.
Recorde-se que os responsáveis pelo programa de Fórmula 1 do
construtor francês apostaram na fiabilidade para este início de
temporada, colocando a performance pura em segundo plano.
No entanto, na China foi permitido às equipas com os V6
turbohíbridos da Renault usarem os modos mais performantes
durante maiores períodos.
Os problemas de que Ricciardo foi alvo nos dois últimos
eventos não contribuíram, porém, para o apaziguar da relação
tensa entre a Red Bull e a Renault.

>> autosport.pt

11

C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S

GP DA CHINA PROVA 3 DE 21 PROVA TEMPO
SHANGHAI VOLTAS
VOLTA MAIS RÁPIDA
15/04/2018 GERAL
VEL. MÁXIMA
5.451 KM 56 305.066 KM SEXTA SÁBADO DOMINGO GERAL
BOX

PERÍMETRO VOLTAS DISTÂNCIA TOTAL 1 DANIEL RICCIARDO RED BULL RB14/TAG HEUER 1:35:36.380 56 1:35.785 1 296.9 KM/H 20 2
1:36.987 6 333.4 KM/H 3 1
2 VALTTERI BOTTAS MERCEDES W09 EQ POWER+ +8.894S 56 1:36.456 3 304.8 KM/H 19 1
1:36.878 4 333.0 KM/H 4 1
3 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI SF71H +9.637S 56 1:36.206 2 311.9 KM/H 18 2
1:36.881 5 322.4 KM/H 12 2
TREINOS LIVRES GRELHA DE PARTIDA 4 LEWIS HAMILTON MERCEDES W09 EQ POWER+ +16.985S 56 1:37.234 7 321.1 KM/H 16 1
1:37.479 9 321.9 KM/H 14 1
1 SEBASTIAN VETTEL Q3 5 MAX VERSTAPPEN RED BULL RB14/TAG HEUER +20.436S 56 1:37.754 11 335.5 KM/H 2 2
FERRARI 1:38.152 14 323.9 KM/H 11 1
1.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 1:31.095 6 NICO HULKENBERG RENAULT RS18 +21.052S 56 1:37.985 12 330.7 KM/H 7 2
1:37.673 10 332.5 KM/H 5 2
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 7 FERNANDO ALONSO MCLAREN MCL33/RENAULT +30.639S 56 1:38.137 13 322.1 KM/H 13 1
1:38.500 17 331.2 KM/H 6 1
1 LEWIS HAMILTON MERCEDES 1:33.999 8 SEBASTIAN VETTEL FERRARI SF71H +35.286S 56 1:38.624 18 321.7 KM/H 15 2
1:38.386 16 324.0 KM/H 10 1
2 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI +0.359S 2 KIMI RÄIKKÖNEN 9 CARLOS SAINZ RENAULT RS18 +35.763S 56 1:37.410 8 340.0 KM/H 1 2
FERRARI 1:38.367 15 324.6 KM/H 9 2
3 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +0.458S 1:31.182 10 KEVIN MAGNUSSEN HAAS VF-18/FERRARI +39.594S 56 1:38.808 19 326.9 KM/H 8 1
1:39.376 20 316.1 KM/H 17 2
4 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING +0.538S 11 ESTEBAN OCON FORCE INDIA VJM11/MERCEDES +44.050S 56

5 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING +0.669S 3 VALTTERI BOTTAS 12 SERGIO PEREZ FORCE INDIA VJM11/MERCEDES +44.725S 56
MERCEDES
6 SEBASTIAN VETTEL FERRARI +0.862S 1:31.625 13 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN MCL33/RENAULT +49.373S 56

7 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +1.179S 14 LANCE STROLL WILLIAMS FW41/MERCEDES +55.490S 56

8 CARLOS SAINZ RENAULT +1.617S 4 LEWIS HAMILTON 15 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS FW41/MERCEDES +58.241S 56
MERCEDES
9 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +1.719S 1:31.675 16 MARCUS ERICSSON SAUBER C37/FERRARI +62.604S 56

10 NICO HULKENBERG RENAULT +1.801S 17 ROMAIN GROSJEAN HAAS VF-18/FERRARI +65.296S 56

11 PIERRE GASLY TORO ROSSO +2.038S 5 MAX VERSTAPPEN 18 PIERRE GASLY TORO ROSSO STR13/HONDA +66.330S 56
RED BULL RACING
12 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +2.045S 1:31.796 19 CHARLES LECLERC SAUBER C37/FERRARI +82.575S 56

13 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +2.052S

14 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +2.352S 6 DANIEL RICCIARDO 20 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO STR13/HONDA DNF 51
RED BULL RACING
15 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +2.692S 1:31.948

16 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +2.716S

17 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +2.724S 7 NICO HULKENBERG
RENAULT
18 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +2.757S 1:32.532

19 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +2.910S AUSTRÁLIA
BAHREIN
20 LANCE STROLL WILLIAMS +3.278S CHINA
AZERBEIJAO
2.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 8 SERGIO PEREZ ESPANHA
FORCE INDIA MERCEDES MÓNACO
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 1:32.758 CANADÁ
FRANÇA
ÁUSTRIA
GRÃ-BRETANHA
ALEMANHA
HUNGRIA
BÉLGICA
ITÁLIA
SINGAPURA
RÚSSIA
JAPÃO
EUA
MÉXICO
BRASIL
ABU DHABI

1 LEWIS HAMILTON MERCEDES 1:33.482 9 CARLOS SAINZ
RENAULT
2 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI +0.007S 1:32.819 PILOTOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

3 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +0.033S

4 SEBASTIAN VETTEL FERRARI +0.108S 10 ROMAIN  GROSJEAN 1. S. VETTEL 25 25 4 54
HAAS FERRARI
5 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING +0.341S 1:32.855 2. L. HAMILTON 18 15 12 45
11 KEVIN MAGNUSSEN
6 NICO HULKENBERG RENAULT +0.831S HAAS FERRARI Q2 3. V. BOTTAS 4 18 18 40
1:32.986
7 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +0.976S 4. D. RICCIARDO 12 - 25 37

8 CARLOS SAINZ RENAULT +0.991S

9 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING +1.075S 5. K. RAIKKONEN 15 - 15 30

10 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +1.150S 12ESTEBAN OCON 6. F. ALONSO 10 6 6 22
FORCE INDIA MERCEDES
11 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +1.310S 1:33.057 7. N. HULKENBERG 6 8 8 22

12 PIERRE GASLY TORO ROSSO +1.367S 8. M. VERSTAPPEN 8 - 10 18

13 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +1.392S 13 FERNANDO  ALONSO 9. P. GASLY - 12 - 12
MCLAREN RENAULT
14 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +1.681S 1:33.232

15 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +1.851S 10. K. MAGNUSSEN - 10 1 11

16 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +1.858S 14 STOFFEL  VANDOORNE 11. S. VANDOORNE 2 4 - 6
MCLAREN RENAULT
17 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +2.142S 1:33.505 12. C. SAINZ 1 - 2 3

18 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +2.434S 13. M. ERICSSON - 2 - 2

19 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +2.989S 15 BRENDON  HARTLEY
TORO ROSSO HONDA
20 LANCE STROLL WILLIAMS +3.665S 1:33.795 14. E. OCON - 1 - 1
16 SERGEY  SIROTKIN
WILLIAMS MERCEDES Q1 15. S. PEREZ - - - 0
1:34.062
3.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 16. C. LECLERC - - - 0

PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 17. R. GROSJEAN - - - 0

1 SEBASTIAN VETTEL FERRARI 1:33.018 18. L. STROLL - - - 0

2 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI +0.451S

3 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +0.743S 17 PIERRE GASLY 19. S. SIROTKIN - - - 0
TORO ROSSO HONDA
4 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING +0.951S 1:34.101 20. B. HARTLEY - - - 0

5 LEWIS HAMILTON MERCEDES +1.039S

6 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +1.311S 18 LANCE  STROLL
WILLIAMS MERCEDES
7 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +1.427S 1:34.285 EQUIPAS

8 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +1.438S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

9 CARLOS SAINZ RENAULT +1.564S 19 CHARLES  LECLERC 1. MERCEDES 22 33 30 85
SAUBER FERRARI
10 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +1.723S 1:34.454 2. FERRARI 40 25 19 84

11 NICO HULKENBERG RENAULT +1.823S 3. RED BULL TAG HEUER 20 - 35 55

12 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +1.833S 20 MARCUS  ERICSSON 4. MCLAREN RENAULT 12 10 6 28
SAUBER FERRARI
13 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +1.959S 1:34.914

14 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +1.973S 5. RENAULT 7 8 10 25

15 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING +2.043S 6. TORO ROSSO HONDA - 12 - 12

16 PIERRE GASLY TORO ROSSO +2.061S 7. HAAS FERRARI - 10 1 11

17 LANCE STROLL WILLIAMS +2.357S 8. SAUBER FERRARI - 2 - 2

18 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +2.479S Nota: Ericsson penalizado em 9. FORCE INDIA - 1 - 1
5 posições por ter ignorado
19 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +2.661S
bandeiras amarelas na qualificação
20 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +2.738S 10. WILLIAMS - - - 0

PONTUAÇÃO 1.º 25 PTS 2.º 18 PTS 3.º 15 PTS 4.º 12 PTS 5.º 10 PTS 6.º 8 PTS 7.º 6 PTS 8.º 4 PTS 9.º 2 PTS 10.º 1 PT

12 WRC/
CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS

Martin Holmes

DETETIVE HOLMES

ADEUS

ATÉAOMEU
REGRESSO...

O Rali da Córsega ‘devolveu’ uma série de situações
interessantes. Se por um lado foi pena mais uma oportunidade
perdida para ver nova luta entre Sébastien Loeb e Sébastien
Ogier, há outras questões com grande relevância para debater...

Martin Holmes com José Luís Abreu Se calhar até há, mas não vai ser nada obscuras. Porquê? Simples. Em primeiro FIM DA POLÉMICA?
[email protected] fácil de encontrar. A saída de estrada teve lugar a estranha decisão de integrar Loeb
tudo a ver com a atual geração de pneus como parte do esforço da equipa para O Rali da Córsega foi a primeira prova sem
Foiumapena!OacidentedeSébas- de asfalto nos ralis, que têm que estar a ‘atacar’ o campeonato este ano, deixando polémica na PowerStage desde o Rali de
tien Loeb na segunda especial do uma determinada temperatura para que Craig Breen de fora, em segundo lugar, Monte Carlo. A mais recente regra imposta
Rali da Córsega, provavelmente, a aderência seja ótima. E isso é algo que quantas provas se lembram da Citroën ter pela FIA em cima do joelho diz que um
‘roubou-nos’ a possibilidade de mudou nos últimos anos em que o francês tido todos os seus pilotos oficiais fora de concorrente que não inicie a PowerStage
assistirmos a um belo duelo pelo esteve fora... estrada na mesma prova - três? Dois no na ordem normalmente atribuída, não
triunfo. Os dois Campeões do Desde que saiu de estrada, Loeb passou WRC e outro no WRC2, na estreia do novo poderá somar pontos na especial. Porém,
Mundo de Ralis que se chamam Sébas- a estar no rali por diversão, e depois dis- C3 R5, quando Stéphane Lefebvre ficou o apelo da M-Sport quanto à retirada de
tien, Loeb e Ogier, tiveram o segundo so venceu três especiais, terminando a sem travões. Do mal o menos, o privado pontos a Ogier na PowerStage no México
‘tête-a-tête’ do ano, mas mais uma vez prova na 14ª posição. Foi desapontante Yoann Bonato chegou ao fim da prova está por decidir. Portanto, a classificação
foi inconsequente! No México um furo, para os adeptos, que agora vão ter que apesar de ter recebido falsas mensagens do campeonato pode não ser a que está
na Córsega, um erro! esperar sete meses até que o francês no display de segurança da FIA, forçando publicada. Por outro lado, a FIA alegou ra-
Novamente, o resultado do confronto não volte a participar num rali, na Catalunha os organizadores a atribuírem-lhe um zões de segurança para introduzir a nova
teve a ver com velocidade, qualidades de tempo e a corrigir registos dos seguintes regra da PowerStage, mas esqueceu-se
pilotagemoubravura,mas simumefeito ÀS TRÊS É DE VEZ? concorrentes. Foi um alívio ver o carro de um pormenor importante. Sendo fun-
de Loeb estar afastado há tanto tempo O erro de Loeb foi ‘trágico’ para a com- chegar ao fim da prova, mas depois surgi- damental evitar grandes diferenças entre
do WRC. Alguém se lembra de ver algo plicada equipa de ralis que se tornou a ram as verificações, onde foram detetadas a passagem de pilotos, pois isso pode ser
semelhante acontecer no passado com Citroën Racing. E o Rali da Córsega de irregularidades nos procedimentos de ho- dramático para adeptos menos atentos, e
Sébastien Loeb em dois ralis seguidos? 2018 entra para o top das suas provas mais mologação do carro. Oito horas depois do conhecedores dos ralis, porquê só na Po-
fim da prova os Comissários Desportivos werStage? Por causa dos pontos? Então a
multaram a Citroën Racing, como cons- segurança não se aplica a todos os troços?
trutor, em 10.000€. Felizmente Bonato foi Alegar razões de segurança é um pouco
ilibado de qualquer sanção mantendo o estranho quando toda a gente sabe que a
seu top 10, e os pontos para o campeonato. regra nasceu para evitar ‘espertezas’ dos
pilotos e das equipas.

>> autosport.pt

13

POTENCIAL DE CAMPEÃO a ganhar ralis, com regularidade, tornou- da Skoda: “Foi quase inacreditável para Sr. Veiby viu em mim potencial para ser
-se Campeão e foi contratado pela Skoda mim, pois não arranjava dinheiro para campeão, e conseguiu-me um contrato
Um dos deleites desta época de 2018 é ver MotorSport para o Rali da Polónia de 2012 guiar um Mitsubishi no campeonato de profissional”.
o que tem crescido como piloto Esapekka no ERC, que venceu. Conheci-o no Rali finlandês e de repente estava a guiar
Lappi. Ele não é propriamente um novo da Finlândia de 2012, confessou-me que um Fiesta S2000. Foi como um sonho a O PORQUÊ DAS COISAS...
nome nos ralis, 2018 é a 10ª época para o quem primeiro o apoiou foi o norueguês tornar-se realidade. Um ano depois tinha
finlandês de 27 anos, e o sexto ano nos Erik Veiby, em 2011, pai do atual piloto um contrato, e depois surgiu a Skoda. O Será que estamos a entrar num período de
ralis internacionais. Mas é a ressurreição reaprender a arte de desenvolver World
de um antigo e proeminente local como Rally Cars?
fornecedor de grandes pilotos para os Uma surpresa para mim foi ver a cara de
ralis, Jyvaskyla. Lappi nasceu em Piek- desapontamento de Thierry Neuville no
samaki, a este de Jyvaskyla, cresceu a final do Rali da Córsega. Porque teve ele
trabalhar como mecânico, e depois a que lutar tanto por um pódio?
pilotar os carros da Printsport, equipa Porque é que a Hyundai teve tantas difi-
que está baseada em Lievestuore, uma culdades durante a prova depois de tanto
localidade bem perto do famoso troço trabalho nos testes?
de Ruuhimaki. Porque é que a Hyundai foi a única equi-
Quando passou para a Toyota Gazoo Ra- pa que não conseguiu vencer um único
cing, que está sedeada em Puuppola, ficou troçonaCórsega? PorqueéqueAndreas
ainda mais perto da capital dos ralis na Mikkelsen teve um rali tão miserável?
Finlândia. Porque é que a Toyota repentinamente
Reparei em Esapekka Lappi ainda quando surgiu tão bem a meio do rali?
jovem piloto, guiava um Citroën C2 R2 e Porque é que os bons tempos de Loeb
passou para um Ford Fiesta Super 2000 deram esperança à Citroën para o resto
no campeonato local. No tempo em que do ano?
os Grupos N lideravam e poucos ainda A única equipa que foi para casa total-
falavam dos S2000. De repente, começou mente contente foi a M-Sport.

v/14
GT OPEN - ESTORIL

INTERNATIONAL GT OPEN
ARRANCOU NO CIRCUITO DO ESTORIL

TURMA DOS
REPETENTES

Arrancou novamente no Estoril o International GT Open, que
‘devolveu’ duas corridas interessantes, mas com os mesmos
protagonistas. O CPVT esteve para marcar presença, mas foi
adiado para maio, pelo que do lado luso, foram os Clássicos,
Legends e Super Seven a abrilhantar a festa. E não se intimidaram!

José Luís Abreu pistas do que noutras, e, por exemplo, e no pódio só estiveram carros italianos, Venturini e Jeroen Mul, num Lamborghini
[email protected] o Ferrari é, segundo os seus pilotos, um Ferrari ou Lamborghini. da Imperiale Racing, com o terceiro lugar
Fotografia Rui Reis Foto; carro muito ágil, que se sai normalmen- a ir para outro Ferrari 488, também dos
Nuno Organista, Oficiais te bem em pistas como o Estoril, que tem BOAS CORRIDAS estreantes Daniele Di Amato e Andrea
e João Câmara Manoel um asfalto velho e abrasivo, e é sinuoso Na primeira corrida, os homens da Montermini, da RS Racing.
face ao status atual das melhores pistas Luzich Racing não deram hipóteses e O SPS Mercedes de Valentin Pierburg/
Aépoca motorizada de pista de todo o mundo. deixaram a concorrência mais próxima a Tom Onslow-Cole venceu a classe Pro-
arrancou no passado fim de Num traçado em que ultrapassar é uma 11.684s, os campeões em título, Giovanni Am na frente de Miguel Ramos e Frabizio
semana em Portugal, com o ciência complicada, ter um carro ágil e que
International GT Open, uma sai bem das curvas é fundamental. No pólo
competição interessante, com oposto está o BMW M6 GT3, que ‘prefere’
bons carros e corridas sempre pistas como Spa, Monza ou Silverstone,
muito agitadas. Presentes na competição rápidas e que permitem destacar as me-
principal estiveram quatro portugueses: lhores valências do BMW. Beirão da Veiga
Miguel Ramos, no Lamborghini Huracán queixou-se sempre da dificuldade em
GT3 da Lazarus, Lourenço Beirão da Veiga, atacar no Estoril, devido ao sobreaqueci-
com o BMW M6 GT3 da Teo Martin, e fi- mento e posterior degradação dos pneus
nalmente, António Coimbra e Luis Silva, traseiros do seu carro.
no Mercedes AMG GT3 da Sports & You. Por fim, o Lamborghini Huracán de Miguel
Contudo, foram Alessandro Pier Guidi e Ramos, um carro que também não tem no
Mikkel Mac, num Ferrari 488 GT3, a bri- Estoril o seu ‘melhor’ circuito, pois segundo
lhar,jáque triunfaramnasduascorridas, Ramos, a aerodinâmica é muito eficiente,
um desfecho brilhante para os homens da mas com a afinação certa, e sendo o tra-
Luzich Racing, equipa que venceu e con- çado muito irregular, andar constante-
venceu na sua primeira aparição no GT mente com o carro aos saltos limita muito
Open. O Ferrari 488 GT3, que anda sempre essa eficiência. Se Ramos tivesse iniciado
muito bem no Estoril, foi a ‘arma’ perfeita o fim de semana com a afinação com que
e os triunfos, autoritários. terminou, outro ‘galo’ cantaria.
É curiosa a forma como os diversos GT3 Mas isso são detalhes, fazem parte das
se adaptam a cada circuito. Há carros com corridas, acerta-se ou não, e olhando para
um tipo de argumentos melhor numas as classificações, o Ferrari ganhou tudo

>> autosport.pt

15

C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O

1ª CORRIDA

POS. EQUIPA PILOTOS CARRO TEMPO/DIF

1 LUZICH RACING ALESSANDRO PIER GUIDI/MIKKEL MAC FERRARI 488 GT3 1:10:01.732

Crestani (Lazarus Racing Lamborghini) cer a Pro-Am, novamente com Ramos 2 IMPERIALE RACING GIOVANNI VENTURINI/JEROEN MUL LAMBORGHINI HURACAN GT3 11,684
e West-Rugolo (Luzich Ferrari). Os cam- e Crestani em segundo, e a Vincenzo
peões em título da classe dos ama- Sospiri Racing a vencer na classe dos 3 RS RACING DANIELE DI AMATO/ANDREA MONTERMINI FERRARI 488 GT3 30,992
dores, António Coimbra e Luís Silva amadores, com o Lamborghini de Andrzej
(Sports&You Mercedes AMG GT3), co- Lewandowski-Giulio Borlenghi. 4 RACE / BMW TEAM TEO MARTÍN FRAN RUEDA/ANDRÉS SARAVIA BMW M6 GT3 37,463
meçaram o ano com nova vitória, na Tal como se viu no campeonato do ano
frente dos rivais Hrachowina-Konrad passado, os portugueses têm boas possi- 5 SPS AUTOMOTIVE PERFORMANCE VALENTIN PIERBURG/TOM ONSLOW-COLE MERCEDES AMG GT3 55,466
(HTP/MS Mercedes) e dos estreantes bilidades de obter bons resultados. Miguel
da ARC Bratislava Lamborghini, a dupla Ramos precisa de um pouco mais de 8 DAIKO LAZARUS RACING FABRIZIO CRESTANI/MIGUEL RAMOS LAMBORGHINI HURACAN GT3 1:15.870
Konopka-Calko. adaptação ao carro e à equipa, e deverá
Na segunda corrida, Pier Guidi e Mac voltar às lutas mais à frente, Beirão da 9 RACE / BMW TEAM TEO MARTÍN LOURENÇO B. DA VEIGA/JUAN CRUZ ÁLVAREZ BMW M6 GT3 1:16.555
(Luzich Racing Ferrari) confirmaram o veiga já mostrou o ano passado, com
que tinham feito no dia anterior, mes- diversas vitórias em corridas, que no 10 DRIVEX SCHOOL JAMIE CAMPBELL-WALTER/FERDINAND HABSBURG MERCEDES AMG GT3 1:23.742
mo sem partir da pole, demorando um traçado certo, pode fazer bem melhor,
pouco mais a chegar à frente, controlan- e finalmente, António Coimbra e Luís 11 LUZICH RACING ALEXANDER WEST/MICHELE RUGOLO FERRARI 488 GT3 1:38.543
do depois bem a corrida. Desta forma, Silva, são gentleman drivers, mas os
já lideram a competição com seis pon- campeões em título da sua categoria. E 12 SPORTS AND YOU ANTÓNIO COIMBRA/LUÍS SILVA MERCEDES AMG GT3 1 LAP
tos de avanço para Giovanni Venturini- o triunfo na primeira corrida ‘promete’
Jeroen Mul, novamente segundos com o mais do mesmo.
Lamborghini da Imperiale Racing. O International GT Open ruma agora ao
A corrida foi interessante em todas sul de França, a Paul Ricard, no início de 2ª CORRIDA
as classes, com o Drivex Mercedes de maio, por onde já andou em testes re-
Marcelo Hahn-Allam Khodair a ven- centemente. POS. EQUIPA PILOTOS CARRO TEMPO/DIF

1 LUZICH RACING ALESSANDRO PIER GUIDI/MIKKEL MAC FERRARI 488 GT3 59:58.748

2 IMPERIALE RACING GIOVANNI VENTURINI/JEROEN MUL LAMBORGHINI HURACAN GT3 6,762

3 IMPERIALE RACING RICCARDO AGOSTINI/RIK BREUKERS LAMBORGHINI HURACAN GT3 7,261

4 VINCENZO SOSPIRI RACING NICOLAS COSTA/KANG LING LAMBORGHINI HURACAN GT3 10,997

5 RS RACING DANIELE DI AMATO/ANDREA MONTERMINI FERRARI 488 GT3 11,123

6 OMBRA RACING FERNANDO REES/DAMIANO FIORAVANTI LAMBORGHINI HURACAN GT3 33,648

7 DRIVEX SCHOOL MARCELO HAHN/ALLAM KHODAIR MERCEDES AMG GT3 36,041

8 RACE / BMW TEAM TEO MARTÍN LOURENÇO B. DA VEIGA/JUAN CRUZ ÁLVAREZ BMW M6 GT3 49,743

9 DAIKO LAZARUS RACING FABRIZIO CRESTANI/MIGUEL RAMOS LAMBORGHINI HURACAN GT3 49,974

10 LUZICH RACING ALEXANDER WEST/MICHELE RUGOLO FERRARI 488 GT3 50,417

18 SPORTS AND YOU ANTÓNIO COIMBRA/LUÍS SILVA MERCEDES AMG GT3 1:48.619

v/

16 E S T O R I L

VITÓRIA E LIDERANÇA DOS AM

António Coimbra e Luís Silva saíram do corrida, o Luís teve mais dificuldade de voltas de qualificação, mas perto do fim nossa intenção, mas é um balanço positivo.
Estoril no comando ex-aequo da Classe AM, adaptação ao piso húmido, tínhamos o cometi um erro ao ultrapassar o 4º da Agora o objetivo é revalidar o título, mas
com sete pontos, tendo como ‘companhia’ handicap de 10 segundos da vitória de nossa classe e fui à gravilha. Foi pena pois este ano vai ser um campeonato mais
Andrzej Lewandowski e Giulio Borlenghi. sábado, fiz tudo o que podia, andei a fazer podíamos ter chegado ao pódio, que era a competitivo”, disse.
Números a que chegaram depois de terem
vencido a primeira corrida do programa.
António Coimbra partiu da pole e andou
muito perto do top 10, depois passou o
carro a Luís Silva, que manteve a liderança
construída pelo seu colega de equipa. Na
segunda corrida as coisas não correram
tão bem, já que foram apenas quartos
classificados. Para Luís Silva: “Para o
campeonato foi uma boa jornada, mas
para mim foi um turno difícil na 2ª corrida.
Não estava com ritmo, perdi cerca de 10
segundos que tinham dado muito jeito ao
António, que fez novamente um excelente
turno. De qualquer forma, ganhámos uma
corrida, e acho que fizemos uma bom fim de
semana. O carro estava fantástico, agora é
vir a próxima corrida...”, disse.
Já António Coimbra andou bastante bem
nos seus dois turnos: “A primeira corrida
correu bastante bem, fizemos uma boa
qualificação, parti bem e consegui andar
no 10º lugar da geral e no primeiro lugar
da AM, que é a nossa classe. Entreguei o
carro ao Luís com uma boa vantagem, e ele
conseguiu gerir até ao fim. Para começar
a época, depois da vitória no campeonato
do ano passado, foi muito bom. Na segunda

BMW M6 GT3 Lourenço Beirão da Veiga teve o arranque muito com problemas de tração. Para
NÃO ‘GOSTA’ DO ESTORIL de GT Open que já esperava. Sabendo a segunda corrida mudámos umas
de antemão que o BMW M6 GT3 do coisas, experimentámos tudo, mas falta-
Team Costa Campos Racing/Teo Martin nos muita tração. Na primeira corrida
Motorsport não ‘gosta’ muito do circuito comecei forte a tentar ir para a frente,
do Estoril. Tratava-se por isso um pouco mas depois pagou-se isso no final do
de gestão de danos, pois o carro bávaro turno. Na segunda tentei o contrário,
desgasta demasiado os pneus no fui mais suave, mas mesmo assim sofri
abrasivo e sinuoso traçado luso e isso no final. É frustrante porque sentimos
coloca dificuldades aos pilotos, que que podemos ir mais rápido, mas se o
sabem que o carro anda mais... mas os fazemos aquecemos os pneus traseiros
pneus não deixam! e não conseguimos meter a potência no
De qualquer forma, o piloto português chão. Portanto, tenho que mudar o chip
esteve sólido, terminando ambas as neste circuito, tem a ver com o asfalto e
corridas nos pontos. tipo de circuito do Estoril. O que o meu
Na primeira, Beirão da Veiga iniciou a engenheiro me diz é que os pneus têm
prova, largando do 14º lugar, e desde cedo memória, o que se faz ‘agora’ paga-se
se percebeu que a excessiva degradação depois. De qualquer forma fizemos duas
dos pneus era um problema. Entregou o corridas sólidas, sem erros e penso que
carro ao seu novo companheiro de equipa, extraímos todo o potencial que tínhamos
Juan Cruz Alvarez, que o levou até ao nono para esta pista. O campeonato é longo
lugar. e saímos do Estoril com pontos, que no
Na segunda corrida, a dupla arrancou de final podem ser importantes.
12º, terminando em oitavo: “Não foi nada Quero agradecer o apoio do público e
fácil. Sabemos que o circuito do Estoril de todos os que me apoiaram este fim
não nos favorece, principalmente face de semana, vamos continuar agora a
aos Ferrari e aos Lamborghini, devido à trabalhar focados já a pensar em Paul
degradação de pneus, por se tratar de Ricard, onde aí penso que seremos
um circuito abrasivo, onde sofremos capazes de lutar pelos lugares do pódio!”

CAMPEONATO DE PORTUGAL DE VELOCIDADE LEGENDS C/ >> autosport.pt
DIVERSIDADE E EMOÇÃO
17

CLASSIFICAÇÃO

Nos Legends assistiu-se a duas corridas 1ª CORRIDA CITROEN SAXO CUP 27’02.384
bem distintas, e com vencedores diferentes. 1 PEDRO ALVES TOYOTA CARINE E 2.0 GT-I 27’11.494
Pedro Alves (Citroën Saxo Cup) dominou por 2 JOSÉ MEIRELES CITROEN SAXO CUP 27’14.233
completo a primeira e na segunda Nuno 3 EMANUEL CAMILO
Figueiredo cortou a meta em primeiro com
a sua Volvo 850 T5, mas foi desclassificado 2ª CORRIDA 25’14.511
porque os travões não estavam conforme o 1 FERNANDO M. GASPAR BMW 325I 25’18.454
regulamento. Eram piores! O triunfo passou 2 EMANUEL CAMILO CITROEN SAXO CUP 25’24.902
para Fernando Mayer Gaspar, na estreia do seu 3 ANTÓNIO CAMILO CITROEN SAXO CUP
novo BMW 325i.
Na qualificação, Pedro Alves (Citroën Saxo disputa particular, na categoria Especial, os comissários detetaram uma irregularidade Camilo. A partir daí, liderou até ao fim
Cup) bateu claramente Rui Gonçalo (BMW M3), frente ao Toyota Starlet de Olavo Ribeiro, nas pinças de travão da carrinha. A ficha de controlando a distância para o segundo.
com uma margem de 1,183s, confirmando o deixando para trás o Honda Civic de Sérgio homologação diz seis pinças de travão, a José Meireles teve novamente problemas
favoritismo na primeira corrida, que liderou Pinto que ficou na segunda volta. Telmo Gomes carrinha de Nuno Figueiredo só tinha quatro – com o motor do Toyota Carina E, e caiu na
do início ao fim: “Sabíamos que tínhamos (Alfa Romeo 156) e Paulos Ferraz (Fiat Punto) ou seja, travava pior – mas como não estava de classificação, sendo que o interesse da
argumentos, apostei forte desde início e conquistaram as primeiras posições nos FEUP acordo com o regulamento, e como a lei é cega corrida passou para o duelo entre Fernando
consegui ganhar a batalha nas primeiras 3 e 2, respetivamente. e surda, o piloto foi desclassificado. Mayer Gaspar em BMW 325i (L99) e o Saxo Cup
voltas, e depois foi gerir até ao fim. Não foi Antes, na corrida, o piloto da Volvo 850 T5 de Emanuel Camilo, que ocupariam por esta
uma corrida complicada, mas sim de gestão”, VOLVO DESCLASSIFICADA Estate partiu da terceira linha da grelha, no ordem o pódio, mas como se percebe agora,
disse. José Meireles, em Toyota Carina E, que Na segunda corrida, o triunfo teria sido para final da reta da meta já estava na frente de um degrau acima, primeiro e segundo. António
começou em quarto, assumiu o segundo Nuno Figueiredo, mas nas verificações finais José Meireles e dos Saxo Cup dos irmãos Camilo foi terceiro. Boa luta entre o Starlet
posto na quinta volta e não o largou até ao de Olavo Ribeiro e o M3 de Eduardo Passos. O
final. Emanuel Camilo (Citroën Saxo Cup) Toyota teve problemas entregando a vitória
perdeu tempo na fase inicial da corrida, mas a Passos.
recuperou e foi terceiro. Na categoria dos António Barros, em Alfa Romeo 156, venceu
L99 a Volvo 85 T5 Estate de Nuno Figueiredo no FEUP 3, Manuel Mota entre os L90 e Pedro
levou a melhor sobre José Mota, em Peugeot Carvalho no FEUP2. O vencedor da primeira
106 GTI, e Madalena Gaspar, em VW Golf GTI. corrida, Pedro Alves, teve problemas com a
Eduardo Passos, com o BMW M3, venceu a transmissão do Saxo Cup e não alinhou.

MIGUEL RAMOS LIDERA CLASSE PRO-AM

Apesar de ter sido um fim de semana situações, o facto de terem sido duas a troca de pilotos, Ramos ainda conseguiu precisamos dum melhor entrosamento a
de estreias - novo carro, nova equipa, vezes segundos da classe é muito subir uma posição, terminando em oitavo, todos os níveis. De qualquer modo estou
a Lazarus, e novo companheiro de positivo, já que deixa a nova dupla segundo da Pro-AM. muito contente com o desempenho, pois
equipa, Fabrizio Crestani - Miguel Ramos desde já na frente do campeonato, A qualificação de Ramos para a segunda conseguimos rodar bastante, e o facto de
saiu do Estoril na liderança da classe com quatro pontos de avanço sobre os corrida foi ‘atrapalhada’ por um piloto mais termos conseguido subir ao pódio por duas
Pro-AM, o que é positivo, apesar dos segundos classificados. lento, e o 11º colocou dificuldades. Ramos vezes, e no segundo lugar, permite-nos
condicionantes. Na primeira corrida, Crestani partiu entregou o carro a Crestani no 12º lugar, e arrancar o campeonato na liderança da Pro-
O GT Open é uma competição muito de sétimo e depressa passou para 4º, o italiano recuperou até nono, novamente AM, que é o nosso principal objetivo, não
equilibrada e por isso qualquer pequeno mas com os pneus a desgastarem-se em segundo da Pro-AM: ”Foi uma prova enjeitando obviamente o que conseguimos
pormenor faz diferença. Tendo em rapidamente a juntar a dois toques com muito difícil, com um carro novo para em termos da geral. A afinação escolhida
conta que no Estoril sucederam várias adversários, caiu na classificação. Após mim, uma equipa também nova e por isso inicialmente não era a melhor, e depressa
desgastávamos os pneus. Na segunda
corrida a afinação já foi bem melhor,
e concluímos que tínhamos uma ideia
completamente errada, o caminho era
claramente outro. Na segunda corrida
já não tive problemas de pneus, e o meu
condicionamento era o ritmo dos carros
à minha frente. É muito difícil ultrapassar
no Estoril. Estamos em primeiro no
campeonato e estou contente. Com tudo
o que aconteceu não me posso queixar”,
disse.

v/

18 E S T O R I L

CAMPEONATO DE PORTUGAL DE VELOCIDADE CLÁSSICOS (CPVC)

TRIUNFOS REPARTIDOS

João Macedo e Silva, em
Porsche 911 RSR, e Carlos
Vieira, em Ford Escort,
dividiram os triunfos nas
corridas dos clássicos. Na
primeira, o Porsche cor de
laranja levou a melhor, mas na
segunda, o Campeão Nacional
de Ralis puxou dos ‘galões’...

José Luís Abreu tada pelo Carlos Vieira. Liderou no início, no Grupo 5/1600) e Pedro Serrador, aos te. Contudo, o homem do Porsche nunca
[email protected] depois consegui passá-lo, distanciei-me e comando do BMW 323i (1.º Grupo 1/3), se distanciou muito e Vieira recuperou,
consegui manter a posição”, disse Macedo completaram, por esta ordem, o Top 10. passando duas vezes o Porsche (Macedo
Oambiente nos clássicos é fan- e Silva. Já Carlos Vieira estava ‘semi-con- e Silva logo reagia), a primeira na para-
tástico, com muita amizade, ca- tente’: “Vim mais para me divertir e estar TRIUNFO DE VIEIRA bólica por fora e a segunda na variante,
maradagem, mas em pista, ‘di- com amigos, mas mostrei que posso lutar Carlos Vieira já tinha prometido mais e esta última, decisiva, pois foi na última
videm-se em grupinhos’. O da pelos lugares da frente”. melhor, e na segunda corrida brilhou. A volta da corrida.
frente, o outro logo a seguir, e O pódio ficou fechado com Rui Costa, que luta foi fabulosa entre os dois primeiros, Bem esteve também Rui Alves, em Escort
depois, os ‘outros.’ O Porsche é chegou a rodar na segunda posição, depois e se todas as corridas fossem assim, não RS1600, que partiu do final da grelha e
sempre muito competitivo, mas no Estoril duma confusão com bandeiras amarelas, haveria certamente tanta falta de público. teve que fazer uma corrida de trás para a
Carlos Vieira cedo mostrou ao que vinha e, mas acabou por ‘entregar’ o lugar a Vieira. Carlos Vieira (Ford Escort) e João Macedo e frente. Contudo, segunda passagem pela
para ele, era um desafio superar-se, a ele Joaquim Jorge e Rui Azevedo fecharam o Silva (Porsche 911) entregaram-se a uma meta já tinha assegurado a terceira posi-
e ao carro que guia. Não o conseguiu na top 5. Filipe Matias, em Lotus Elan, venceu fantástica batalha que só se decidiu em ção, fechando o pódio dos H75.
primeira corrida, mas cerrou os dentes e nos H71, classe que ‘perdeu’ o Lotus de cima da meta, com o Campeão Nacional Nos H71/Taça 1600, Filipe Matias em Lotus
fê-lo na segunda. Mas vamos por partes. Joaquim Soares na segunda volta. de Ralis a vencer depois de nunca ter dado Elan, comandou de início ao fim, deixan-
Na qualificação, João Macedo e Silva im- No Grupo 5, Rómulo Mineiro e Bernardino tréguas ao seu adversário. do o segundo posto para Joaquim Soares,
pôs o seu Porsche 911 RSR, deixando os Silva, ambos em Ford Escort RS 2000, Tal como sucedeu na primeira corrida, também em Lotus Elan.
melhores Ford Escort discutirem as posi- reservaram os dois melhores lugares do Vieira suplantou o piloto do Porsche na Rómulo Mineiro triunfou entre os Grupo
ções seguintes. Carlos Vieira gastou mais pódio, que fechou com o BMW 635CSI de primeira curva após a partida, mas de- 5, sendo muito regular. O segundo des-
1,354s, Rui costa ficou 1,037s mais atrás João Paulo. O Ford Anglia de Luís Carlos (1.º pressa Macedo e Silva passou para a fren- ta classe foi Bernardino Silva, também
e Joaquim Jorge, muito perto deste, a 63 em Ford Escort RS 2000. Ricardo Rajani
centésimas. Logo a seguir, Rui Azevedo partiu de trás mas venceu nos H81 e le-
fechou o top 5. vou o BMW ao oitavo posto da geral. No
Nos H71, Filipe Matias levou a melhor so- Grupo 5/1600 Luís Carlos voltou a impor-
bre Joaquim Soares, mas com uma dife- -se com o Ford Anglia. João Cruz (BMW
rença de 3,9s. Por aqui se ficou logo com 323i E21) liderou o Grupo 1/3, enquanto
uma ideia do que podiam ser as corridas. Paulo Lima conquistou a vitória nos H71
Na primeira, o mais forte foi João Macedo com o Alfa Romeo 1750GTA. Para Carlos
e Silva, que impôs o seu Porsche 911 RSR, Vieira: “Conseguimos estar sempre mais
começando 2018 da mesma forma que perto do João, e com o tempo mais frio, os
terminou 2017, a vencer. Carlos Vieira ain- nossos pneus não sofreram tanto, pelo que
da ‘chateou’, surgindo na primeira curva conseguimos manter o ritmo. Não tínha-
na frente, mas pouco depois o Porsche mos velocidade para ele, mas andei perto
passou para a frente e não mais ‘passou e à espera de um erro. Começou a chover,
cartão’ à concorrência: “É bom ganhar, mas depois encontrei linhas para fazer
mas a minha vida não foi em nada facili- uma boa velocidade em curva e ataquei
na última curva. Conseguimos ganhar,
C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O estou muito contente”, disse.

1ª CORRIDA PORSCHE 911 RSR 26M00.098
1 JOÃO M. SILVA FORD ESCORT RS 1600 +3.503S
2 CARLOS VIEIRA FORD ESCORT RS 1600 +4.221S
3 RUI COSTA FORD ESCORT RS 1600 + 7.459S
4 JOAQUIM JORGE FORD ESCORT RS 1600 + 8.896
5 RUI AZEVEDO

2ª CORRIDA FORD ESCORT RS 1600 25M48.136
1 CARLOS VIEIRA
2 JOÃO M. SILVA PORSCHE 911 RSR +0.808
3 RUI ALVES
4 FILIPE MATIAS FORD ESCORT RS 1600 +41.133
5 RÓMULO MINEIRO
LOTUS ELAN +1M52.344

FORD ESCORT RS 2000 +1M53.509

>> autosport.pt

19

CAMPEONATO DE PORTUGAL DE
VELOCIDADE CLÁSSICOS 1300 BOAS LUTAS

C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O seguido por Carlos Cruz. Paulo Miguel subiu
várias posições e terminou em terceiro.
1ª CORRIDA 27M15.828 Na segunda corrida, venceu Bruno Pires, que
1 CARLOS SANTOS DATSUN 1200 1300 27M18.203 levou o Datsun 1200 (H71) ao 10º posto da
2 BRUNO PIRES DATSUN 1200 1300 27M20.597 geral. Carlos Cruz (Datsun 1200) foi segundo
3 CARLOS CRUZ DATSUN 1200 1300 na frente do Morris MINI 1275 GT de Filipe
Nogueira. Luís Alegria não alinhou devido a
Carlos Santos e Bruno Pires, ambos em H71, Filipe Nogueira fez o melhor tempo. 2ª CORRIDA problemas mecânicos, o mesmo sucedendo a
Datsun 1200, venceram as duas corridas Na primeira corrida, Carlos Santos levou Carlos Santos, vencedor da primeira corrida.
reservadas aos Clássicos 1300, uma a melhor, com o segundo lugar reservado 1 BRUNO PIRES DATSUN 1200 1300 27’35.805 O Datsun 120Y de Fernando Charais foi o
competição bem concorrida e também bem para Luís Alegria, que comandou desde melhor entre os H75. Para Bruno Pires: “A
animada. início a corrida, mas não conseguiu manter 2 CARLOS CRUZ DATSUN 1200 1300 28’02.116 prova correu bem, senti-me sempre bem a
Luís Alegria fez a pole na frente de João Braga a posição, pois o seu Datsun 1200 começou conduzir à chuva, independentemente de
e Carlos Santos, todos em Datsun 1200. Nos a perder potência a duas voltas do fim. 3 FILIPE NOGUEIRA MORRIS MINI 1275 GT 1300 28’24.754 ter pneus de piso seco. Com as cautelas
necessárias consegui fazer uma boa prova
Fernando Charais, também em Datsun 1200, e ganhar”.
fechou o trio. Nos H71, venceu Bruno Pires,

SUPER SEVEN BY TOYO TIRES ÚLTIMO É O PRIMEIRO muitas alterações na classificação, mas José
Carlos Pires conseguiu manter-se em primeiro.
Como é hábito, as corridas dos Super Seven são A correr de trás para a frente, Ricardo Megre,
entusiasmantes do princípio ao fim. Os carros penalizado após a qualificação devido a peso a
são propícios a isso e os pilotos não se fazem menos no carro, recuperava posições. Saiu da
rogados. Ricardo Megre foi quem mais brilhou sexta fila da grelha e poucas voltas depois já
ao vencer as duas corridas, e logicamente a era segundor, passando o líder pouco depois.
classe 420R, com Sérgio Saraiva e Rodrigo Luís Calheiros Ferreira completou o pódio.
Galveias a superiorizarem-se nos S1600. Pedro Gonçalo Lobo do Vale estreou-se na categoria
Falé dominou na S1600 Business. principal com um quarto lugar. Francisco Villar e
Tal como se esperava, espectáculo e emoção Ricardo Rajani caíram face à qualificação, com
marcaram o arranque da 10ª temporada do o primeiro a terminar em sétimo e o segundo
Super Seven by Toyo Tires. O extenso plantel da em quinto. Pelo meio ficaram Yohan Sousa
competição organizada pela CRM Motorsport e J.J. Magalhães. Nos S1600, venceu Sérgio
realizou duas corridas cheias de ultrapassagens Saraiva, com Bernardo Bello e Rodrigo Galveias
e incerteza quanto aos vencedores. José Carlos na segunda e na terceira posições. Luís Filipe
Pires, Sérgio Saraiva e Pedro Falé saíam da Oliveira estreou-se na competição com um 4º
pole nas respetivas categorias – 420R, S1600 e lugar. Apesar de um pião, Pedro Falé venceu a
S1600 Business. classe Business.
Como é costume, as primeiras voltas ditaram Na segunda corrida, a discussão pelos
primeiros lugares ficou reservada a José
C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O Carlos Pires e Ricardo Megre, que novamente
recuperou várias posições nas primeiras voltas.
1ª CORRIDA SUPER 7 420R 26’28.000 Depois, houve luta acesa pela liderança. No
1 RICARDO MEGRE final, Ricardo Megre voltou a subir ao lugar mais
2 JOSE C. PIRES SUPER 7 420R 26’29.140 alto do pódio, mas com uma curta vantagem
3 LUIS C. FERREIRA para o seu principal rival: “Soube muito bem,
11 SÉRGIO SARAIVA SUPER 7 420R 26’55.490 principalmente porque parti sempre de último.
18 PEDRO FALÉ Tive um desafio acrescido”. Luís Calheiros
SUPER 7 S1600 27’56.924 Ferreira voltou a fechar o pódio.
Nos S1600, Rodrigo Galveias esteve em bom
SUPER 7 S1600 BUSINESS 27’10.133 plano e conquistou a primeira vitória na
categoria. Pedro Lacerda foi segundo, na
2ª CORRIDA frente de Bernardo Bello. Pedro Falé coroou
de forma perfeita o fim de semana, vencendo
1 RICARDO MEGRE SUPER 7 26’50.045 ambas as duas corridas da classe Business.
O Super Seven by Toyo Tires ruma a Espanha
2 JOSE C. PIRES SUPER 7 420R 26’50.770 para a próxima prova, disputada a 2 e 3 de
maio no Circuito de Jarama, localizado nos
3 LUIS C. FERREIRA SUPER 7 420R 27’03.489 arredores de Madrid.

12 RODRIGO GALVEIAS SUPER 7 S1600 28’18.166

13 PEDRO FALÉ SUPER 7 S1600 BUSINESS 28’37.012

FE/20
FÓRMULA E - ROME EPRIX

VENCSEAEMMBBIRODA
CORRIDA DE

FÉLIXDACOSTA

A Fórmula E rumou a Itália, o Papa abençoou e o resultado foi um das
melhores corridas do ano. Sam Bird venceu e António Félix da Costa brilhou,

apesar de ter terminado apenas em 11º

Rodrigo Fernandes vencer: “Sinceramente, não pensava VERGNE APAGADO esteve bem. O piloto belga fez o pior
[email protected] que ia terminar nesta posição. Quando Jean-Éric Vergne terminou em quin- arranque entre todos os pilotos, cain-
vi o ritmo do Felix (Rosenqvist) pen- to, após passar quase sobre a meta do para a última posição, mas depois
Roma recebeu pela primei- sei que me tinha de contentar com o Sébastien Buemi. O piloto francês da teve uma excelente tática, sendo o
ra vez a Fórmula E, e a pri- segundo lugar. Não percebi bem o que Techeetah, e líder do campeonato, teve último a entrar na boxe - uma volta
meira ‘bola a sair do saco’ lhe aconteceu porque não o vi bater em uma primeira parte de corrida má, ten- depois de todos os restantes pilotos
é que e o circuito da capital nada, mas foi uma pena para ele. Depois, do rodado sempre no nono lugar, mas, já terem parado -, conseguindo re-
italiana é uma aposta ganha. tive que me concentrar para ser eficaz após a troca de carros, conseguiu recu- cuperar até alcançar o sétimo posto.
A corrida de Roma foi das me- no consumo de energia, não cometer perar posições, terminando no quinto António Félix da Costa também fez
lhores da temporada, num traçado que erros e manter uma vantagem confor- posto, o que lhe permitiu manter uma uma corrida fantástica, mas voltou a
permitiu muitas lutas. Logicamente, os tável”, disse Bird. vantagem confortável no campeo- terminar em 11º, o que aconteceu pela
pilotos não se fizeram rogados nas ul- As restantes posições do pódio foram nato de pilotos. Jérôme D’Ambrosio terceira vez esta temporada. O piloto
trapassagens. para Lucas di Grassi e André Lotterer. da Andretti começou na última posi-
Sam Bird foi o vencedor desta primeira O brasileiro passou Evans na volta 31 C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O ção devido ao erro da sua equipa na
prova de Fórmula E em Roma. e garantiu o segundo lugar pela se- qualificação, que o deixou sair da boxe
O piloto da DS Virgin rodou a corrida gunda corrida consecutiva, depois de 1º SAM BIRD DS VIRGIN 33 VOLTAS quando José María López também o
quase toda na segunda posição, mas, um arranque muito mau de tempora- 2º LUCAS DI GRASSI AUDI +0.970S estava a fazer, tendo os dois pilotos
na volta 23 (de 33), Felix Rosenqvist, da, que apenas o coloca em oitavo no 3º ANDRÉ LOTTERER TECHEETAH +9.518S batido e não conseguido estabelecer
piloto da Mahindra, que liderou até esse campeonato. 4º DANIEL ABT AUDI +10.167S uma marca. Depois, o português su-
momento de forma confortável, passou Evans entrou na última volta em terceiro, 5º JEAN-ERIC VERGNE TECHEETAH +17.444S biu até ao 11º lugar antes da paragem,
por cima de um corretor e foi forçado a mas acabou em nono. Logo no início da 6º SÉBASTIEN BUEMI RENAULT +19.835S onde foi o primeiro a trocar de carro.
desistir devido a ter partido a suspensão volta, o piloto da Jaguar perdeu posições 7º JÉRÔME D’AMBROSIO DRAGON +24.379S Após todos os pilotos pararem, Félix
traseira esquerda do seu monolugar. A para Lotterer e Daniel Abt, e, depois, de- 8º MARO ENGEL VENTURI +26.350S da Costa era 10º, mas acabou por cair
partir daí, Bird ascendeu à liderança e vido à pouca energia disponível, teve de 9º MITCH EVANS JAGUAR +37.709S para 13º na volta 27. Até ao final, o pilo-
aí se manteve, apesar de ainda se ver se ‘arrastar’ até ao final para terminar 10º EDOARDO MORTARA VENTURI +40.739S to luso ainda subiu a 11º. Após a sétima
envolvido numa luta acesa com Mitch no penúltimo lugar pontuável. 11º ANTÓNIO FÉLIX DA COSTA ANDRETTI +42.680S corrida da temporada, Vergne mantém
Evans e Lucas di Grassi. Destaque para Lotterer, que conseguiu a liderança no campeonato (119 pontos),
No entanto, quando a luta passou a ser o seu segundo pódio na temporada de Sam Bird passou para segundo (101) e
somente entre o homem da Jaguar e da estreia na competição, nas únicas duas Rosenqvist desceu para terceiro (82).
Audi, Bird conseguiu ganhar alguma corridas que o alemão terminou nos Félix da Costa é 14º (16). Paris é o pró-
vantagem, e só teve de controlar para pontos. xima destino, a 28 de abril.

>> autosport.pt

21

ANTÓNIO FÉLIX DA COSTA

FÉLIXDACOSTABRILHOUNOESCURO

António Félix da Costa María López, ficando
não pode fazer muito desde logo ambos
mais do que aguardar a impossibilitados de
vinda em força da BMW, tomar parte na sessão.
que terá outro nível O incidente foi de
como equipa. Já é duro o imediato assumido
suficiente não ter carro pela equipa (que deu
à altura e lutar com ordem de saída ao
armas desiguais face piloto para sair para a
a boa parte do pelotão, pista sem se certificar
se não todo, mas ainda que este o podia
sofrer com erros como o fazer com segurança),
que sucedeu na corrida acabando por originar
de Roma é demais. uma penalização de
Sabemos que as corridas 10 segundos extra na
são um ambiente muito propício a erros, mas uma coisa paragem na boxe para a corrida.
tão simples por parte duma equipa como ver se vem “Não é um dia que queira recordar no futuro. Nos
gente no pitlane antes de mandar sair o seu piloto das treinos tudo correu mal, tanto dentro de pista como
boxes é algo tão elementar, que nem devia ser alvo de fora de pista - houve um erro interno e o acidente com
notícias. o López foi lamentável. Acabámos por iniciar a corrida
Claro que no desporto, sem erros, não há vencedores de último e com uma penalização acrescida para a
nem vencidos, mas assim custa, ainda mais depois de corrida. Fizemos o que pudemos e recuperei ao máximo,
ver a boa prestação em pista. mas com tantos incidentes fazer mais era complicado.
Foi um incidente insólito, pois quando saía para a Resta-nos manter o foco e pensar já na próxima corrida,
pista na via das boxes, Félix da Costa bateu em José em Paris”, disse António Félix da Costa.

22 IMSA/
LONG BEACH

DUPLA Fábio Mendes
MARAVVIOLLHTAA [email protected]

A VENCER Aterceira ronda do campeonato
IMSA teve como palco o tra-
Segunda vitória para Filipe Albuquerque e João Barbosa çado citadino de Long Beach, ções à Action Express, com Felipe Nasr
no IMSA WeatherTech Sportscar Championship. Depois uma prova com exigências a colocar o nº 31 na primeira posição da
do brilharete em Daytona, a dupla lusa voltou a vencer, muito diferentes das anterio- tabela, seguido de Albuquerque no nº 5
res. Depois de duas maratonas, e do Acura nº 7 de Hélio Castroneves. O
desta vez em Long Beach, graças a uma excelente as máquinas do IMSA enfrentaram uma segundo treino foi mais acidentado com
estratégia da Action Express corrida sprint de 100 minutos. Para este alguns toques contra as proteções da
evento apenas os protótipos e os GTLM pista e foi Juan Pablo Montoya no Acura
estiveram em pista. nº 6 a fazer o melhor tempo, seguido de
O primeiro treino livre dava boas indica- Nasr e Castroneves, com Albuquerque
a ficar perto do top 3. Nos GTLM os Ford
foram mais fortes no primeiro treino, mas
os Porsche assumiram-se como as má-
quinas mais fortes, com os Corvette e Ford
por perto e os BMW a alguma distância.

>> autosport.pt

23

BARBOSA E ALBUQUERQUE DE VOLTA
À LIDERANÇA DO CAMPEONATO

Albuquerque era um homem feliz no final da corrida, com uma estreia de
sonho em Long Beach:
“Esta equipa é fantástica. É a minha primeira vez em Long Beach e a minha
primeira corrida num traçado citadino num protótipo. Adorei a experiência
desde a primeira volta.”
Já Barbosa salientou a excelente estratégia da equipa que permitiu a
segunda vitória do ano:
“É muito complicado ultrapassar aqui e não acertámos com a afinação
para a qualificação. Mas consegui poupar combustível no meu turno e os
rapazes fizeram um excelente pit stop, ao que se juntou uma excelente
estratégia.”
A dupla lidera agora o campeonato com 91 pontos e 5 pontos de vantagem
para Nasr e Curran, colegas de equipa da Action Express. A próxima prova
está agendada para os dias 4 a 6 de maio em Mid-Ohio.

C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S Barbosa manteve o quinto posto. Mon- liderança no início, mas um problema na
toya conseguiu segurar o ímpeto de Nasr suspensão permitiu ao Corvette nº 4, que
C. CL. NUM PILOTO CARRO VOLTAS TEMPO durante algumas voltas após o recomeço fez uma excelente recuperação, repetir
70 1:41’03.988 da primeira interrupção, mas o brasi- o triunfo do ano passado, seguidos dos
1 P 5 FILIPE ALBUQUERQUE / JOAO BARBOSA CADILLAC DPI 70 1:41’08.754 leiro levou a melhor e passou o Acura Ford nº 67 e nº 66 a fechar o pódio.
70 1:41’09.237 nº 6. Logo de seguida nova interrupção Destaques para a exibição da dupla por-
2 P 2 SCOTT SHARP/RYAN DALZIEL NISSAN DPI 70 1:41’10.736 levou todos os protótipos às boxes com tuguesa que beneficiou de uma excelente
70 1:41’14.525 exceção de Nasr e Montoya. Albuquerque estratégia da equipa (uma paragem com
3 P 10 JORDAN TAYLOR/RENGER VAN DER ZANDE CADILLAC DPI 70 1:41’19.520 assumiu o nº 5 e começou a sua remon- bandeiras amarelas e um reabastecimen-
70 1:41’20.328 tada, enquanto na frente Nasr fugia da to rápido na segunda metade da corri-
4 P 77 OLIVER JARVIS/ TRISTAN NUNEZ MAZDA DPI 70 1:41’23.674 concorrência ficando com 10 segundos da). A Nissan surpreendeu, depois de
70 1:41’23.974 de vantagem. Com as paragens do nº ter estado sempre longe dos primeiros
5 P 6 JUAN PABLO MONTOYA/DANE CAMERON ACURA DPI 70 1:42’13.429 31 e do nº 6, Albuquerque ficou com a lugares nos treinos e na qualificação; a
liderança e começou a ganhar vantagem Acura voltou a não capitalizar o potencial
6 P 7 HELIO CASTRONEVES/RICKY TAYLOR ACURA DPI sobre o segundo classificado, que chegou demonstrado, depois de conquistar a
a ser de 10 segundos. A terceira e última primeira pole; e os Mazda voltaram a dar
7 P 31 ERIC CURRAN/FELIPE NASR CADILLAC DPI interrupção diluiu essa vantagem, mas o boas indicações ficando à porta do pódio.
português manteve o primeiro lugar até Em GTLM os Porsche foram os carros
8 P 99 MIKHAIL GOIKHBERG/STEPHEN SIMPSON ORECA LMP2 ao fim da corrida conquistando assim a mais rápidos, mas não tiveram a sorte
vitória na sua estreia em Long Beach. O do seu lado; os Ford realizaram uma boa
9 P 55 HARRY TINCKNELL/JONATHAN BOMARITO MAZDA DPI Nissan nº 2 de Ryan Dalziel e Scott Sharp operação; e os BMW voltaram a mostrar
foi o surpreendente segundo classificado um andamento inferior (o BoP foi menos
10 P 54 JON BENNETT/COLIN BRAUN ORECA LMP2 e o Cadillac nº 10 de Jordan Taylor e Renger favorável) embora o nº 25 tenha andado
van der Zande completou o pódio final. na luta pelo pódio até desistir devido a
Na qualificação a estela foi Montoya, com minou grande parte da qualificação, mas Nos GTLM o Porsche nº 912 assumiu a um acidente perto do fim.
uma série de três voltas fortíssimas, con- Joey Hand roubou uma pole quase certa
seguindo a pole com o tempo de 1:12.922, mesmo no final da sessão, com o tempo
tirando quase um segundo ao recorde de de 1:16.869, mais um novo recorde. Se-
pista anterior nesta categoria. Nasr no guiram-se os Porsche nº 912 e nº 911, os
nº 31 foi o segundo classificado e Harry dois Corvette, o Ford nº 66 e por fim os M8
Tincknell no Mazda nº 55 fechou o top 3. GTE longe dos tempos dos adversários.
João Barbosa fez apenas o quinto lugar, Na largada para a corrida, Montoya man-
atrás de Castroneves, quarto. Nos GTLM, teve a liderança, pressionado por Nasr
Laurens Vanthoor no Porsche nº 912 do- que seguia à frente de Castroneves e

24 ELMS/
PAUL RICARD

BOAS ESTREIASEUROPEANLEMANSSERIES

EM LECASTELLET

A primeira jornada do ELMS foi recheada de estreias bem-sucedidas.
O europeu de endurance apresenta um plantel muito equilibrado

e esperam-se lutas renhidas, num campeonato muito interessante de seguir

Fábio Mendes que já foi vice-campeão por duas vezes passado, mas o piloto luso faltou a esta sexta da equipa da estrutura sediada
[email protected] (2014 e 2017) e Henrique Chaves, que faz primeira jornada, já que... foi ganhar a em Portugal.
Fotos JBPHOTOPRESS/José Bispo a sua estreia nos protótipos, uma aposta corrida da IMSA em Long Beach com a Nos treinos livres pudemos ver que os
muito interessante em detrimento dos Action Express! chassis Oreca continuam a ser os mais
OELMS está de volta às pistas e monolugares. Já Chaves afirmou estar a adorar a ex- fortes dos LMP2, sendo que tivemos
depois de ter recebido o pró- Depois dos dois dias de testes, o otimis- periência e o facto de ter feito a volta sempre quatro máquinas do construtor
logo, a pista de Paul Ricard mo era a nota dominante nos pilotos mais rápida do prólogo motivou ainda francês no top 5. As equipas em desta-
foi palco da primeira ronda lusos. Albuquerque sentiu melhorias no mais o jovem, que aponta os lugares que foram a DragonSpeed, com Nicolas
do campeonato. As cores Ligier da United Autosports e acredita cimeiros como objetivo da equipa AVF. Lapierre (nº 21) a fazer o melhor tempo
lusas estão novamente bem que a equipa tem todas as condições Destaque também para a presença da no TL1, a Duqueine Engineering, que
representadas, com Filipe Albuquerque, para fazer ainda melhor que no ano Algarve Pro Racing no campeonato, a ficou no topo da tabela no TL2 graças

HENRIQUE >> autosport.pt
CHAVES SONHOU
COM O PÓDIO 25

A primeira prova do português foi trabalho nos testes, temos vindo estreia. Mas fica a certeza que temos na próxima prova, em Monza”, disse o
muito positiva e a AVF teve o pódio a evoluir e estava tudo no caminho um bom carro e bom andamento, e jovem piloto português que se estreou
à vista, mas um toque que danificou certo para conseguirmos um pódio na por isso temos é de centrar atenções na European Le Mans Series.
a jante e a suspensão acabou com
o sonho, quando Chaves ocupava
a terceira posição, já na segunda
metade da corrida. Cruzou a meta num
inglório 11º lugar: “O primeiro ‘stint’
não foi brilhante, mas estávamos com
alguma consistência. Quando entrei
em pista estava a ganhar posições
sistematicamente, com um ótimo
andamento. Quando o ‘safety-car’
saiu, estava no terceiro lugar, e foi
aí que levei um toque na traseira,
que danificou esta e a suspensão. Os
danos foram significativos e acabar
em 11º foi um mal menor. É impossível
não ficar frustrado. Fizemos um ótimo

CLASSIFICAÇÕES permanecendo no primeiro lugar até
bem perto do meio da prova, altura
POS. EQUIPA CARRO CLASSE VOLTAS em que sofreu um furo e foi obrigado a
129 entrar nas boxes e entregar a liderança
1 RACING ENGINEERING 24 ORECA 07 - GIBSON LMP2 129 ao nº 24 da Racing Engineering, carro
129 que fazia a sua estreia no ELMS. Mas os
2 TDS RACING 33 ORECA 07 - GIBSON LMP2 129 azares para o nº 21 ainda não tinham
129 acabado e um toque com o Ferrari nº
3 DUQUEINE ENGINEERING 29 ORECA 07 - GIBSON LMP2 129 55 atirou ambas as máquinas para
128 fora de pista. O Safety Car foi lançado
4 G-DRIVE RACING 26 ORECA 07 - GIBSON LMP2 128 acabando com a vantagem do nº 24.
128 O nº 36 da Signatech Alpine Matmut
5 SIGNATECH ALPINE MATMUT 36 ALPINE A470 - GIBSON LMP2 128 seguia na segunda posição e André
128 Negrão pressionou muito o líder Paul
6 G-DRIVE RACING 40 ORECA 07 - GIBSON LMP2 128 Petit. A última paragem do carro da
Racing Engineering permitiu a Negrão
7 IDEC SPORT 28 ORECA 07 - GIBSON LMP2 rodar na frente do pelotão e ganhar
vantagem antes da paragem nas bo-
8 PANIS BARTHEZ COMPETITION 23 LIGIER JSP217 - GIBSON LMP2 xes. Pierre Thiriet assumiu o nº 36 e
saiu para a pista na liderança, mas
9 UNITED AUTOSPORTS 32 LIGIER JSP217 - GIBSON LMP2 Oliver Pla, no nº 24, atacou forte e con-
seguiu passar Thiriet, ficando assim
10 GRAFF 39 ORECA 07 - GIBSON LMP2 com a primeira posição que guardou
até ao final.
11 AVF BY ADRIÁN VALLÉS 30 DALLARA P217 - GIBSON LMP2 O nº 33 ficou com a segunda posição,
beneficiando de uma boa estratégia
12 UNITED AUTOSPORTS 22 LIGIER JSP217 - GIBSON LMP2 e o nº 26 da G-Drive fechou o pódio,
passando o nº 36 na última meia hora.
a Nicolas Jamin (nº 29) e a TDS Racing, pelos Oreca mas o melhor tempo foi feito o carro da Algarve Pro Racing voltou O nº 30 de Chaves terminou a prova
que ficou no top 3 nas duas sessões (nº por Paul-Loup Chatin da IDEC Sport no a ficar no fundo da tabela de tempos. no 11º lugar e o nº 25 da Algarve Pro
33). Henrique Chaves e o seu colega nº 28, sendo a primeira pole da equipa no Em LMP3, David Droux da M.Racing- Racing terminou na última posição
de equipa, Konstantin Tereshchenko, ELMS com a marca de 1:41.194s. Matthieu YMR fez a pole e em LMGTE foi sem com menos 18 voltas, num fim de se-
no nº 30, conseguiram o nono tempo Vaxiviere da TDS fez o segundo melhor surpresa que o Porsche nº 88 conquistou mana complicado para a equipa. Em
na primeira sessão e o quinto registo tempo e Ben Hanley da DragonSpeed fe- a pole depois de ter dominado as sessões LMP3 a vitória sorriu ao Ligier nº 15 da
na segunda. A Algarve Pro Racing (nº chou o top 3. Henrique Chaves ameaçou de treinos. RLR MSport e em LMGTE foi o Ferrari
25), com Patterson, De Jong e Kim não os lugares cimeiros, tendo feito o melhor nº 66 da JMW Motorsport que terminou
saiu do fundo da tabela de tempos nos tempo absoluto no segundo setor, mas BOA CORRIDA em primeiro lugar.
dois treinos. foi atrapalhado por um adversário e Nicolas Lapierre colocou o seu nº 21 na A próxima jornada do ELMS está agen-
A qualificação foi novamente dominada ficou-se pelo 11º tempo. Infelizmente liderança da corrida logo no arranque, dada para 13 de maio em Monza.

26 WRX/
RALICROSS - BARCELONA EKSTRÖM

FORADALEIE
KRISTOFFERSSON
APROVEITA

Johan Kristoffersson foi declarado vencedor da primeira prova do World RX 2018
disputada no circuito de Barcelona, depois de Mattias Ekström ter sido desqualificado

pelo Colégio de Comissários Desportivos, em consequência do seu incidente com
Petter Solberg no arranque da Final

Duarte Mesquita to da Audi conseguiu resistir à pressão inicialmente estava fora das Meias- Kevin Hansen das Meias-finais, numa
[email protected] e ao ataque final do companheiro de finais depois de problemas na suspen- manobra estratégica já a pensar na im-
FOTOS Interslide/Paulo Maria, António Silva equipa de Solberg, para obter a vitória são sofridos na Q2 e Q3, que o deixava portância dos pontos para a luta pelos
em pista. No entanto, depois de analisa- na 13ª posição, mas seria depois pro- campeonatos de pilotos e equipas. Na
Na decisiva Final disputada ao rem as provas em vídeo e conversarem movido para os 12 primeiros, quando Final Loeb partia da última linha da gre-
início da tarde de domingo, com ambos os pilotos, os comissários o Team Peugeot Total decidiu retirar lha, mas ao optar por efetuar a Joker-lap
Ekström foi o primeiro a cru- determinaram que Ekström era consi-
zar a linha de xadrez com o derado culpado e consequentemente C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O
seu Audi S1 quattro, mas o re- desqualificado da Final, promovendo
sultado permaneceria provi- assim Kristoffersson ao primeiro lu- CL PILOTO CARRO TEMPO
sório enquanto os comissários despor- gar. Como resultado, Ekström ficava 6 VOLTAS EM 4M36,568S
tivos investigavam um incidente entre o classificado com zero pontos na Final. 1º JOHAN KRISTOFFERSSON VW POLO R A 1,215S
sueco e o VW Polo R de Petter Solberg, A decisão oficial dos comissários dizia: A 2,389S
registado após o arranque na travagem “Tendo analisado as evidências em vídeo 2º SÉBASTIEN LOEB PEUGEOT 208 WRX A 7,099S
para a curva 1 do circuito. Na partida da e ouvido ambas as equipas e pilotos, os A 11,264S
Final, o Audi S1 quattro do sueco foi li- Comissários consideram que o carro nº 3º ANDREAS BAKKERUD AUDI S1 QUATTRO DESQUALIFICADO
geiramente mais rápido que todos os 5 (Ekström) moveu-se para a esquerda
demais, com Ekström imediatamente e fez contato com o carro nº 11 (Solberg) 4º NICLAS GRÖNHOLM HYUNDAI I20 N RX
a curvar para a esquerda no sentido de no seu lado esquerdo. O carro nº 5 con-
ganhar a posição a Solberg. No entan- tinuou a mover-se para a esquerda, o 5º PETTER SOLBERG VW POLO R
to, o norueguês também tinha feito um que forçou o carro nº 11 a sair da pista,
bom arranque e chegavam assim os dois fazendo com que este colidisse com o DSQ MATTIAS EKSTRÖM AUDI S1 QUATTRO
ao momento da travagem praticamen- marcador da pista na entrada para a
te lado a lado, com uma pequena van- primeira curva e ficasse aí preso. Além VOLTA MAIS RÁPIDA: EKSTRÖM (AUDI) EM 43,379S
tagem para Ekström (talvez uma roda, disso, os Comissários consideraram esta
uma roda e meia). O desfecho foi um uma manobra perigosa.” CAMPEONATO MUNDO PILOTOS
choque entre o Audi e o VW Polo, com 1º JOHAN KRISTOFFERSSON (VW) 27 PONTOS
ambos os carros em travagem mas com PEUGEOT SPORT COM 2º PETTER SOLBERG (VW) 24
Ekström a insistir em ter o volante vira- 3º ANDREAS BAKKERUD (AUDI) 20
do para a esquerda, o que atirou Solberg ORDENS DE EQUIPA 4º MATTIAS EKSTROM (AUDI) 19
para fora de pista contra a barreira de 5º NICLAS GRÖNHOLM (HYUNDAI) 18
pneus. Com Ekström a sair da primeira Atrás de Kristoffersson, que assim co- 6º TIMMY HANSEN (PEUGEOT) 16
curva na liderança, Kristoffersson era meça a defesa do seu título mundial 7º SÉBASTIEN LOEB (PEUGEOT) 14
o seu mais fiel perseguidor mas o pilo- com a 10ª vitória da carreira, Sébastien 8º JANIS BAUMANIS (FORD) 12
Loeb completou uma notável reviravol- 9º ROBIN LARSSON (FORD) 11
ta para assegurar o segundo lugar. Loeb 10º TIMUR TIMERZYANOV (HYUNDAI) 11
PRÓXIMA PROVA: MONTALEGRE (PORTUGAL) A 28 E 29 DE ABRIL DE 2018

>> autosport.pt

27

MÁRIO BARBOSA COM PROVA DIFÍCIL

Não começou da melhor forma a temporada para Mário Barbosa. Com condições climatéricas
muito complicadas - com chuva e lama em abundância no sábado - o piloto da Compincar RX
Team começou por fazer um 21º tempo na sessão de Treinos Livres. Numa prova essencial-
mente de aprendizagem e adaptação ao novo Citroën DS3 WRX, na Q1 Mário Barbosa alinhava
na terceira corrida, ladeado pelos irmãos Andréa Dubourg (Peugeot 208 WRX) e Jean-Baptiste
Dubourg (Renault Clio RS). No arranque Mário Barbosa teve uma resposta rápida ao sinal
verde e ganhava vantagem sobre o Peugeot que estava do lado interior. Mas Jean-Baptiste,
no Renault, apertou Mário Barbosa na tentativa de ganhar a primeira posição na travagem
para a primeira curva. Resultado: o DS3 do piloto português acabou ‘ensanduichado’ pelos
dois irmãos, com o DS3 a saltar mesmo sobre o Clio, abrindo a direção e terminando logo aí
a prova. Regressou no domingo com uma boa Q3 mas o tempo na geral não saiu pois a pista
estava a secar e a ficar cada vez mais rápida. Na Q4 Mário Barbosa voltou a ver a sua corri-
da afetada por dois incidentes, que lhe custaram mesmo o rebentamento de um dos pneus.
Apesar do resultado, Mário Barbosa tira ilações positivas de Barcelona: “O carro é muito bom,
bastante eficaz e fiável. Pena que só numa das Qualificações é que pudemos mostrar algum
do valor do carro. Esperamos que agora na próxima prova de Montalegre tudo corra melhor.”

logo no início, conseguiu a vantagem su-
ficiente para ultrapassar depois Andreas
Bakkerud, que acabou por herdar um
pódio para a Audi, na sua estreia com a
nova equipa. Conseguindo apenas a sua
segunda presença numa Final, Niclas
Grönholm fez uma prometedora estreia
do novo Hyundai i20 N RX, com uma ve-
locidade muito consistente, ficando as-
sim no quarto posto à frente de Solberg,
que conseguiu arrancar o VW Polo R
depois do incidente inicial, ascendendo
ao quinto lugar às custas da exclusão
do seu eterno rival. Nota muito positiva
ainda para Timmy Hansen, que estava
com um grande ritmo nas Qualificações,
antes de desistir quando era líder na sua
Meia-final, com problemas eletrónicos no
seu Peugeot 208 WRX a obrigaram-no
a parar na última volta. Se analisarmos
somente o que se viu em pista, o equi-
líbrio parece ter regressado ao Mundial
de Ralicross, mesmo com nova vitória da
VW. Na Final os três primeiros classifi-
cados eram das três diferentes e princi-
pais equipas, além da presença do novo
Hyundai de Grönholm, não esquecendo
ainda a entrada nas Meias-finais dos dois
novos Renault Mégane da Prodrive. Uma
época que começa quente e que promete
muita emoção, com o próximo capítulo
a ser escrito em Portugal, com a visita
da caravana do Mundial ao circuito de
Montalegre.

28 PTRX
CAMPEONATO DE PORTUGAL DE RALICROSS - LOUSADA

MUITA61ºRALICROSSDELOUSADA
ANIMAÇÃO

NO ARRANQUE
DO PTRX

Boas corridas, muito público e tempo incerto marcaram
o arranque da época de Ralicross, Kartcross e Super Buggy.

O palco, a Catedral do Ralicross em Portugal, Lousada...

José Luís Abreu frente de Jorge Gonzaga (ASK EVO) e Luís C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O
[email protected] Almeida (Semog ER), mas não escapou à
confusão da curva um e perdeu segun- KARTCROSS ASK EVO18 00:36.530 SUPER 1600 4:43.937
OPTRX,comoagoraédenomina- dos preciosos. Jorge Gonzaga aproveitou 1 JORGE GONZAGA SEMOG ER +3.076 1 JOÃO RIBEIRO CITROEN SAXO + 2.020
da a competição, arrancou com e passou a liderar. Pedro Palma (Semog 2 LUIS ALMEIDA SEMOG BRAVO +10.219 2 JOSÉ E. RODRIGUES PEUGEOT S1600 + 3.586
algumas novidades, entre elas Bravo) colocou-se em terceiro, na frente 3 PEDRO PALMA 3 MÁRIO TEIXEIRA FORD FIESTA
o regresso das quatro corridas de Pedro Rabaço (Hsport).
de qualificação e a introdução Jorge Gonzaga, em topo de forma nes- SUPERBUGGY PG0012 5:19.353 SUPER NACIONAL A 1.6 8 PTS
da Joker Lap nos Super Buggy te início de época, seguiu para a vitória, 1 PAULO GODINHO TONIAUTO TT NT 1 PEDRO TIAGO CITROEN SAXO 10 PTS
e Kartcross. Isso contribuiu para provas com Luís Almeida a três segundos. Pedro 2 ANTONIO SANTOS TONIAUTO TT NT 2 LUIS MORAIS PEUGEOT 106 GTI 14 PTS
bem disputadas, mais corridas e ainda Palma (Semog Bravo) foi terceiro, mas teve 3 RAFAEL TEIXEIRA 3 DANIEL SOUSA PEUGEOT 106
mais espetáculo para o público. que suar para chegar ao pódio. O Campeão
As vitórias sorriram, quase todas a mui- em título, Pedro Rosário, depois do per- INICIAÇÃO SUPER CARS
to custo, a João Novo (Peugeot 106) na calço na partida, foi sexto. 1 JOAQUIM SANTOS
Super Iniciação, a Santinho Mendes (Opel 1 JOÃO CARLOS NOVO PEUGEOT 106 5:06.573 7 2 PEDRO MATOS FORD FOCUS 4:36.235
Astra) na Super Nacional 2RM, a Pedro SUPER BUGGY 3 JOSÉ LAMEIRO CITROEN DS3 +1.427
Tiago (Citroën Saxo) na Super Nacional 2 RAFAEL ROCHA PEUGEOT 106 XSI 1.4 +1.205 SEAT LEON
A1.6, a Joaquim Santos (Ford Focus) nos A pole foi para Paulo Godinho (PG 0012) - + 12.750
Super Car, a Miguel Moura (Ford Escort venceu duas das três corridas de qualifi- 3 RODRIGO CORREIA PEUGEOT 205 NT
Cosworth) na Super Nacional 4WD, a João cação - que arrancou na frente de António
Ribeiro (Citroën Saxo S1600) na Super Santos (Toniauto TT SB 1300) e Rafael SUPER NACIONAL (2RM) SUPER NAC. 4WD
1600, a Paulo Godinho (PG0012) nos Super Teixeira (Toniauto TT SB 1300). Este último 1 MIGUEL MOURA
Buggy e a Jorge Gonzaga (ASK EVO) nos partiu muito bem, mas travou demasiado 1 SANTINHO MENDES OPEL ASTRA GSI 4:55.804 2 ADMAR PEREIRA FORD ESCORT RS 4:56.751
Kartcross. tarde para a curva um e baixou para ter- +3.623 SUBARU IMPREZA + 7.497
ceiro. António Santos assumiu a liderança, 2 LUIS MOREIRA BMW E30 +15.430
KARTCROSS mas por pouco tempo, com Paulo Godinho
a assumir depois a dianteira. 3 JOSÉ SOUSA PEUGEOT 306 2.0
Pedro Rosário (Semog Bravo ER) par- Arménio Rodrigues ficou pelo cami-
tiu para a Final na primeira posição, na nho, com problemas no Atmos Strong e

>> autosport.pt

29

Paulo Godinho venceu, seguido de António nha de grelha de partida foi ocupada pelo foi outros dos vencedores e por isso se- Citroën Saxo S1600 a vencer, seguido por
Santos e Rafael Teixeira. Campeão em título Luís Moreira (BMW gundo, à frente de Luís Morais. José Eduardo Rodrigues e Mário Teixeira.
325i). Na final, Santinho Mendes, Luís Pedro Tiago partiu da pole e Daniel Sousa Bruno Gonçalves, noutro Citroën Saxo
INICIAÇÃO Moreira e Nuno Magalhães lutavam pela teve que ‘furar’ para chegar à frente da S1600) partiu de sexto e terminou em
João Novo venceu a final, depois de uma primeira posição e só a custo, depois da corrida. Américo Sousa aproveitou a bo- quarto, à frente de Joaquim Machado
corrida plena de emoção, em que tudo curva dois, é que Santinho ficou na frente. leia e colocou-se em segundo. (Peugeot 206 S1600). André Sousa
levava a crer que seria Rafael Rocha a O homem do BMW passou para segun- Na volta seguinte Pedro Tiago ganhou uma (Peugeot 207 S1600) fechou o grupo dos
ganhar. Voltando atrás, Rafael Rocha do e o Ford Escort ficou atravessado na posição por troca com Américo Sousa. seis da frente.
(Peugeot 106) venceu três das quatro saída da curva, gerando confusão. Nuno Benjamim Sousa (Citroën Saxo) passou
corridas de qualificação e saiu da pole na Magalhães regressou à prova, mas pouco para terceiro, por troca com Américo SUPER CAR E SUPER NACIONAL 4WD
final. João Novo (Peugeot 106) e Rodrigo depois perdeu a traseira do Escort. Com Sousa. A corrida esteve ao rubro e as idas
Correia (Peugeot 205) seguiram-se-lhe um novo pião, caiu para último. José Sousa à Joker Lap baralhavam. Joaquim Santos (Ford Focus) e Pedro
na grelha. (Peugeot 306) aproveitou para subir para No final o triunfo foi para Pedro Tiago, se- Matos (Citroën DS3) dividiram as duas
Rafael Rocha partiu na frente mas João terceiro e Andreia Sousa (Toyota Starlet) guido por Daniel Sousa, a 1,24s. Benjamim primeiras posições da grelha. Santos com
Novo não lhe deu um segundo de des- era 4ª, até que na fase final da corrida foi Sousa foi terceiro, seguido por Américo três vitórias arrecadou a pole, Matos foi
canso. Os dois da frente lutaram muito e ultrapassada por Adão Pinto (Opel Astra). Sousa , Tiago Ferreira e Leandro Macedo. segundo e José Lameiro (Seat Leon) ficou
as idas à joker Lap foram decisivas para Santinho Mendes venceu, seguido de Luís com o terceiro posto, à frente de Miguel
a classificação final. Os dois pilotos al- Moreira, José Sousa, Adão Pinto e Andreia SUPER 1600 Moura, que, em quarto, era o melhor da
ternavam-se, mas Rodrigo Correia não Sousa, que, em quinto, foi a senhora me- Super Nacional 4WD.
chegou ao fim, com problemas no motor lhor classificada. Paulo Reis (Peugeot 306) João Ribeiro (Citroën Saxo S1600) ganhou Joaquim Santos partiu na frente e Pedro
do Peugeot. encerrou o top 6. quatro corridas de qualificação e foi se- Matos seguiu-o de perto. José Lameiro
João Novo venceu, Rocha foi segundo. gundo na outra, ganha por José Eduardo colocou-se em terceiro mas teve que
SUPER NACIONAL A 1.6 Rodrigues (Peugeot 206 S1600). Mário se defender de Miguel Moura. Admar
SUPER NACIONAL 2RM Teixeira (Ford Fiesta S1600) foi terceiro. Pereira (Subaru Impresa WRX) era
Santinho Mendes (Opel Astra GSI) do- Quatro corridas de qualificação e três ven- João Ribeiro colocou-se na frente da cor- quinto.
minou na qualificação, venceu três cor- cedores distintos. Pedro Tiago (Citroën rida, mas com oito concorrentes a lutarem Ao longo da corrida Joaquim Santos
ridas e deixou a restante vitória para Nuno Saxo) foi o único que repetiu a vitória e pela liderança, só na curva dois é que as manteve-se na frente, mas sem mar-
Magalhães (Ford Escort). A primeira li- dessa forma conseguiu a pole-position coisas se começaram a definir, neste caso gem de manobra para errar.
para a Final A. Daniel Sousa (Peugeot 106) mal para Nuno Araújo (Citroen C2 S1600), Pedro Matos teve que se ‘contentar’ em
que saiu de pista e baixou para último. ser segundo, à frente de Lameiro. Miguel
José Eduardo Rodrigues rodava em se- Moura foi quarto e ganhou a Super
gundo, mas Mário Teixeira passou-o, e Nacional 4WD, na frente de Ademar
pouco depois ficou na frente da corrida. Pereira.
João Ribeiro foi à Joker Lap, perto do fim, e A próxima prova disputa-se em Mação,
só depois tudo se decidiu, com o piloto do a 5 e 6 de maio.

30 CPK/
CAMPEONATO DE PORTUGAL DE KARTING - VIANA DO CASTELO

CASA CHEIA

NO ARRANQUE

O Campeonato de Portugal de Karting começou
em Viana do Castelo com o fulgor de outros tempos: muitos

participantes (95) e corridas bem emotivas,
sob a organização do Clube Automóvel do Minho

Filipe Cairrão e Ricardo S. Araújo nhou a primeira manga de qualificação RICARDO BORGES X30 SÉNIOR e na frente da vencedora do Open de
[email protected] e a Final, sendo secundado no pódio Portugal, Matilde Ferreira.
FOTOGRAFIA VVL Sport Image pelo estreante na classe Alexandre JOSÉ PINHEIRO CADETE
Areia (vencedor da segunda manga) e CATEGORIA CADETE
A s categorias X30 Shifter e Guilherme Gusmão, recente vencedor CATEGORIA JUVENIL José Pinheiro foi o mais rápido nos
X30 Super Shifter partilha- do Open de Portugal. João Vairinhos Na categoria Juvenil, Adrián Malheiro treinos cronometrados da categoria
ram a mesma grelha, con- foi quarto classificado na Final, na teve uma estreia vitoriosa. O piloto lu- Cadete, venceu as duas mangas de
templando as classes Júnior frente de Lourenço Mendes e Noah so-espanhol ganhou a segunda man- qualificação e a Final disputada à chu-
(dos 15 aos 18 anos de ida- da Silva, que terminaram praticamen- ga de qualificação e a Final, tendo forte va. Um início de época em grande para
de), Sénior (dos 18 aos 32), te colados. João Ferreirinha e Manuel oposição por parte de Ivan Domingues o piloto de Guimarães que também ru-
Master (dos 32 aos 45) e Gentleman Leão encerraram o top 8, tendo João (que ganhou a primeira manga) e de bricou a volta mais rápida em 56,962.
(com mais de 45 anos). Galveias, Álvaro Montenegro e Luís Lourenço Marques. As últimas voltas A luta pelo segundo lugar foi bastan-
Na Final, Rodrigo Ferreira largou da Caetano sido excluídos do evento por da Final foram disputadas à chuva mas te intensa entre quatro pilotos, ten-
pole-position, mas foi Hugo Marreiros irregularidades técnicas. isso não impediu Malheiro e Domingues do levado a melhor o madeirense
a colocar-se na frente da corrida. de garantirem os dois primeiros lugares,
Contudo, rapidamente o piloto do Porto CATEGORIA JÚNIOR na frente de Miguel Couteiro, enquanto
recuperou a liderança antes da pri- um pião relegou Lourenço Marques para
meira passagem pela meta, seguin- A categoria Júnior contou com o o quinto lugar, atrás de Pedro Rilhado
do-se Hugo Marreiros, Miguel Ramos, maior pelotão (21 participantes) e vá-
João Barros, Joel Magalhães e Ilídio rios candidatos aos lugares do pódio.
Fernandes. Guilherme de Oliveira – campeão na-
Rodrigo Ferreira não cedeu o coman- cional em título e vencedor do Open
do e festejou a vitória da geral na X30 de Portugal – venceu as duas mangas
Shifter e na classe Júnior. João Barros de qualificação e também a Final, dis-
foi o segundo a cruzar a meta e triun- putada à chuva, embora na derradeira
fou na geral da X30 Super Shifter e corrida tenha sido Afonso Ferreira o
na classe Master, enquanto Tiago primeiro a ver a bandeira de xadrez.
Teixeira superou Hugo Marreiros na O bracarense seria excluído depois do
última volta e venceu a classe Sénior. evento por irregularidades técnicas e,
Já Ilídio Fernandes triunfou na classe assim, triunfou Guilherme de Oliveira,
Gentleman. seguido de Frederico Peters e do che-
co Zdenek Chovanec. Henrique Cruz
CATEGORIA X30 SÉNIOR garantiu um positivo quarto lugar, na
frente do campeão em título da Juvenil,
Ricardo Borges regressou à compe- Luís Alves e de Rúben Silva, que che-
tição em Viana do Castelo e logo com gou a discutir um lugar no pódio com
um fim de semana vitorioso na cate- Frederico Peters, até sofrer um pião
goria X30 Sénior. O piloto da Maia ga- na fase final.

>> autosport.pt

31

RODRIGO FERREIRA X30 SHIFTER JÚNIOR TIAGO TEIXEIRA X30 SHIFTER SÉNIOR

JOÃO BARROS X30 SUPER SHIFTER MASTER ILÍDIO FERNANDES X30 SUPER SHIFTER GENTLEMAN

GUILHERME DE OLIVEIRA JÚNIOR ADRIÁN MALHEIRO JUVENIL C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O

CATEGORIA X30 SUPER SHIFTER MASTER 1º JOÃO BARROS (BIREL ART) E NA GERAL NA X30 SUPER
SHIFTER; 2º JOEL MAGALHÃES (BIREL ART); 3º PEDRO OLIVEIRA (KOSMIC). MOTORES IAME.
CATEGORIA X30 SUPER SHIFTER GENTLEMAN 1º ILÍDIO FERNANDES (SODI); 2º MANUEL RAMOS
(CRG); 3º JOÃO PAULO CUNHA (SODI). MOTORES IAME.
CATEGORIA X30 SHIFTER SÉNIOR 1º TIAGO TEIXEIRA (BIREL ART); 2º HUGO MARREIROS (DR); 3º
DUARTE MANO (CRG). MOTORES IAME.
CATEGORIA X30 SHIFTER JÚNIOR 1º RODRIGO FERREIRA (PRAGA) E À GERAL NA X30 SHIFTER.
MOTORES IAME.
CATEGORIA X30 SÉNIOR 1º RICARDO BORGES (KART REPUBLIC), 17 VOLTAS EM 14M29,377S; 2º CABO
JÚNIOR TEAM/ALEXANDRE AREIA (KART REPUBLIC), A 6,059S; 3º GUILHERME GUSMÃO (EXPRIT), A
7,086S. MOTORES IAME.
CATEGORIA JÚNIOR 1º GUILHERME DE OLIVEIRA (TONYKART), 17 VOLTAS EM 15M25,614S; 2º CABO
JÚNIOR TEAM/FREDERICO PETERS (KART REPUBLIC), A 9,816S; 3º CABO DO MUNDO KARTEAM/ZEDNEK
CHOVANEC (TONYKART), A 10,238S. MOTORES IAME.
CATEGORIA JUVENIL 1º ADRIÁN MALHEIRO (PRAGA), 15 VOLTAS EM 12M42,364S; 2º IVAN DOMINGUES
(MADCROC), A 3,329S; 3º MIGUEL COUTEIRO, A 4,206S. MOTORES IAME.
CATEGORIA CADETE 1º JOSÉ PINHEIRO (PRAGA), 11 VOLTAS EM 11M09,243S; 2º ANTÓNIO SANTOS
(KART REPUBLIC), A 22,249S; 3º SANTIAGO ALVES (MADCROC), A 22,586S. MOTORES IAME.
CATEGORIA INICIAÇÃO 1º GUILHERME MORGADO (PAROLIM), 5 VOLTAS EM 7M43,425S; 2º ESCOLA DE
KARTING DO OESTE/ROMEU MELLO (BIREL ART), A 21,392S; 3ª BEATRIZ COSTA (PAROLIM), A 26,167S.
MOTORES HONDA.
CATEGORIAS KID 1 E KID 2 – CORRIDA 1: 1ª GABRIELA TEIXEIRA (KID 1), 6 VOLTAS EM 6M25,957S; 2º
PEDRO BARBOSA (KID 2), A 2,908S; 3º TOMÁS GOMES (KID 2), A 7,385S. CORRIDA 2: 1º PEDRO BARBOSA
(KID 2); 2º GABRIELA TEIXEIRA (KID 1), A 7,055S; 3º TOMÁS GOMES (KID 2), A 14,849S. MOTORES
VORTEX E CHASSIS TONYKART.
PRÓXIMA PROVA: 26 E 27 DE MAIO NO KARTÓDROMO INTERNACIONAL DE LEIRIA.

GUILHERME MORGADO INICIAÇÃO KART KID RACE SCHOOL

António Santos, enquanto Santiago Gouveia foi o mais rápido nos ‘cronos’ O estreante Tomás Fernandes garan- dos 5 aos 7 anos)). Na Corrida 1, venceu
Alves completou o pódio. Logo a se- e nas duas mangas de qualificação. tiu o sexto lugar, na frente de Tomás Gabriela Teixeira, Pedo Barbosa ter-
guir, João Gouveia e o ‘rookie’ Pedro Na Final, com a pista molhada, o pilo- Alves e de José Maria Gouveia – autor minou na segunda posição e triunfou
Moura garantiram a quarta e quinta to de Lisboa largou da pole-position, da volta mais rápida em 1m29,410s –, na classe Kids 2, na frente de Tomás
posições, respetivamente. mas um pião fez com que caísse para enquanto os ´rookies’ Adriana Araújo, Gomes (Kids 2), António Silva (Kids
Rodrigo Vilaça foi um honroso sex- o quinto lugar. O ‘rookie’ Guilherme João Pereira e Martim Campos termi- 1), Tomás Lobo (Kids 2) e David Dias
to classificado, na frente de Noah Morgado assumiu a liderança e não naram, respetivamente, nas posições (Kids 1).
Monteiro, dos espanhóis Hugo Sanchez mais a largou até à bandeira xadrez, seguintes. Na Corrida 2, António Silva (Kids 1) do-
e Diego Ferreira, enquanto Rodrigo festejando assim uma saborosa vitória minou as primeiras voltas, mas depois
Ferreira fechou o top-10, numa cate- na sua segunda prova oficial. KART KID RACE SCHOOL foi obrigado a abandonar na terceira
goria que contou com 18 pilotos. Os estreantes Romeu Mello e Beatriz No Troféu Kart Kid Race School, o mais volta. Pedro Barbosa viria a triunfar,
Costa completaram o pódio, o ‘rookie’ rápido da geral nos ‘cronos’ foi Pedro na frente de Gabriela Teixeira, Tomás
CATEGORIA INICIAÇÃO Filipe Rocha foi quarto classificado e Barbosa (Kids 2, dos 8 aos 10 anos), Gomes e Tomás Lobo, enquanto David
Na categoria Iniciação, José Maria Joana Lima fechou o top-5. seguido por Gabriela Teixeira (Kids 1, Dias foi forçado a abandonar.

N/32 RALI PORTO SANTO LINE Ocomeço do campeonato madei-
NOTÍCIAS rense de ralis deste ano promete.
Depois da primeira prova do ano
TRIUNFO ter sido dominada por João Silva,
DE MIGUEL agora foi a vez de Miguel Nunes ter sido
NUNES a figura principal neste seu regresso re-
gular à competição com um Citroën DS3 se acompanhar a cadência imposta por
Miguel Nunes e João Paulo (Citroën DS3 R5) R5. O piloto da Tomiauto foi aquele que nenhum dos seus rivais diretos deste ano
venceram o Rali Porto Santo Line, segunda prova venceu mais classificativas no Rali Porto e que se contentasse em ocupar o lugar
Santo Line, e mesmo tendo conhecido mais baixo do pódio.
do Campeonato da Madeira de Ralis um problema com o pedal de travão da Aovolante do habitual Ford Focus WRC,
sua viatura que ficava bloqueado, esteve Rui Pinto foi, tal como em São Vicente,
João Freitas Faria a um nível superior a uma concorrência quarto classificado na frente de Filipe
[email protected] que se revelou incapaz de acompanhar Pires que desta feita dominou os acon-
o seu ritmo. tecimentos no grupo RC2N com o seu
Fotos TIFF Na segunda posição quedou-se João Silva. Mitsubishi Lancer Evo X. Numa viatura
O piloto, navegado por Victor Calado no idêntica, Vasco Silva não conseguiu nes-
LEIA E ACOMPANHE TODAS Citroën DS3 R5 amarelo, ainda tentou te rali acompanhar o ritmo do seu rival e
AS NOTÍCIAS EM AUTOSPORT.PT responder ao futuro vencedor do even- ainda viria a cair várias posições no final
to, mas a relação de transmissão mais com problemas mecânicos. Sexto, Pedro
longa escolhida para esta prova em que Paixão conseguiu voltar a imiscuir o seu
imperam algumas longas retas não per- Renault Clio R3 entre os utilizadores de
mitia que se sentisse completamente à viaturas com tração integral e termi-
vontade na sua viatura. Apesar disso,
revelou-se bastante satisfeito com este
resultado que lhe permite seguir na frente
do campeonato.
O primeiro guia da prova organizada pelo
ACCS foi, contudo, Alexandre Camacho.
O piloto das Vespas manteve o Skoda
Fabia R5 no comando até à segunda das
sete classificativas do programa mas um
furo na PE 3 e danos provocados pelo
mesmo no diferencial traseiro do carro
checo levaram a que não mais conseguis-

IBERIAN HISTORIC ENDURANCE
ARRANCA EM NAVARRA

A sexta temporada do Iberian Historic gastronómico e por ser o centro dos Diniz. Por fim a mais especial novidade com deste ano. Espero que a nossa corrida
Endurance inicia-se com a estreia de um famosos vinhos La Rioja. a primeira participação de um Matra pelas proporcione um bonito espectáculo, para
novo circuito, Navarra. Merlyn Mk4, Alfa Sobre a preenchida lista de inscritos com mãos de Eugénio Fernandez. O Vencedor todo o público e equipas presentes, de
Romeo GTAm e Ferrari 308 GT4 são os 28 participantes, temos que destacar o raro desta classificação, considerada a mais forma a continuarmos a demonstrar o
cabeças de cartaz Ferrari 308 do Português César Freitas, o importante pela organização, recebe um porquê das corridas de históricos serem
Arranca no próximo fim de semana, no espetacular De Tomaso Pantera do Espanhol precioso relógio BRM Chronographes, realmente especiais. Com nomes como
circuito de Navarra, circuito de los Arcos, a Jordi Prenafeta, o ousado Merlyn MK4 de de valor superior ao valor das inscrições Ferrari, De Tomaso, Matra, Alfa Romeo
nova época do Iberian Historic Endurance. Carlos Barbot e os três charmosos Alfa anuais na competição. e Porsche ingredientes não irão faltar”,
Após cinco anos em atividade, esta Romeo GTAm que iram fazer frente aos “Fico muito orgulhoso pela forte disse Diogo Ferrão, responsável do Historic
temporada trará novidades, com novos múltiplos Porsche 911 que vêm de Portugal, adesão para Navarra. Obviamente que o Endurance. O Historic Endurance tem a
circuitos, mantendo sempre a presença Espanha e Franca. crescimento internacional da competição sua primeira prova sábado, às 16h35, e a
dos eventos mais carismáticos. A época Na nova classe Gentlemen Driver Spirit, também tem reflexos nos novos sponsors segunda corrida no domingo às 12h25.
não poderia começar melhor, com um a luta será entre os Porsche 911 SWB de
novo circuito, mas para além da chegada Torres da Silva e Tarrero/Beltran, contando
deste ao Historic Endurance, há também ainda com o Ford Cortina Lotus de Sousa
algumas novidades a nível regulamentar, Ribeiro.
onde se destaca a criação da classe Como é tradição, o Historic Endurance
Gentlemen Drivers Spirit para Turismos recebe sempre carros diferentes e
até 1965 ou com cilindradas inferiores a únicos - em Navarra não é exceção - que
1300, o novo patrocínio da reputada BRM competem pelo Index de Performance
chronographes, e o contínuo aumento nas BRM Chronograph. Os habituais Cortina
verificações técnicas e na certificação de Lotus de Sousa Ribeiro e os Lotus Elans do
motores. Inglês Bateman e Manuel Ferrão, juntam-se
O circuito de Navarra está situado a carros tão diferentes como os Datsun
junto à vila de los Arcos e a 30 km de 1600 SSS e 1400 Excellence de Miguel Vaz /
Logrono, cidade conhecida pelo turismo Fernando Soares e Paulo Antunes / Ricardo

>> autosport.pt

33

C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S

1º MIGUEL NUNES/JOÃO PAULO CITROËN DS3 R5 38:01.8
2º JOÃO SILVA/VICTOR CALADO CITROËN DS3 R5 + 5.1
3º ALEXANDRE CAMACHO/JORGE PEREIRA SKODA FABIA R5 + 15.5
4º RUI PINTO/RUI RODRIGUES FORD FOCUS WRC + 31.2
5º FILIPE PIRES/VASCO MENDONÇA MITSUBISHI LANCER X + 1:21.4
6º PEDRO PAIXÃO/JORGE HENRIQUES RENAULT CLIO R3 + 2:36.3
7º RUI J. FERNANDES/MARIANO FREITAS MITSUBISHI LANCE IX +3:07.8
8º VASCO SILVA/RICARDO VENTURA MITSUBISHI LANCER X + 3:19.7
9º ALEXANDRE MATA/NICODEMO CÂMARA CITROËN C2 R2 + 4:11.5
10º ARTUR QUINTAL/VÍTOR HENRIQUES PEUGEOT 208 R2 + 4:47.8

nou na frente de Rui Jorge Fernandes,
que esteve ao volante dum Mitsubishi
Lancer Evo IX.
A fechar o top 10 classificaram-se os
primeiros do grupo RC4, escalão em que
Alexandre Mata, num Citroën C2, bateu
Artur Quintal que utilizou um mais re-
cente Peugeot 208 R2. Alexandre Jesus
impôs-se por curta vantagem - 2,9s - a
Paulo Nunes, no Chalenge DS3 Remax,
disputado com os Citroën DS3 R1, nesta
prova em que a competição monomarca
consignada aos utilizadores de Toyota
Yaris esteve uma vez mais ausente. O
campeonato madeirense da modalidade
regressa à estrada a 11 e 12 de maio com
o Rali da Calheta.

ÁLVARO PARENTE
COM PÓDIO NO PIRELLI
WORLD CHALLENGE

Quando não se está à espera e acontece, ainda sabe portanto, sabia que tinha de arriscar um pouco na trabalhámos afincadamente para podermos tirar o
melhor! Foi o que sucedeu com Álvaro Parente na ronda partida. Arranquei bem e consegui ganhar muitas máximo de partido das circunstâncias. Esta subida ao
de Long Beach do Pirelli World Challenge, onde, apesar posições, o que foi determinante para o desfecho da pódio é a recompensa pelo esforço de todos. Foi um
de todas as dificuldades, conquistou um pódio após prova. Andei sempre no máximo, só assim consegui excelente resultado para um fim de semana difícil”,
uma corrida em que aproveitou os erros dos seus manter a minha posição. Depois, foi aproveitar os erros sublinhou Álvaro Parente.
adversários. dos outros para ir subindo na classificação.” A próxima ronda do Pirelli World Challenge disputa-
O português sabia que teria uma jornada difícil, isto A passagem por Long Beach não foi fácil, tal como o se entre os dias 27 e 29 de abril em Virginia, mas já
depois de na qualificação ter dado tudo o que o Bentley português já vaticinava, mas o terceiro lugar acaba no próximo fim de semana o português inicia a sua
Continental GT3 tinha e não tinha e ter assegurado por ser um resultado para lá do expectável. “Nunca campanha no Blancpain GT Series Endurance Cup, tendo
apenas o nono posto. Mas nem por isso baixou os esperei alcançar um pódio aqui. Mas todos na equipa o histórico circuito de Monza como pano de fundo.
braços.
Num circuito que pune os erros com contactos nas
barreiras de proteção, Álvaro Parente realizou um bom
arranque, subindo ao sexto posto por onde se manteve,
não tendo no entanto grandes perspetivas de poder
ganhar mais posições, em circunstâncias normais.
Contudo, os seus adversários foram acumulando
erros, ao passo que o piloto da K-PAX Racing, muito
embora tenha sido obrigado a dar o máximo para poder
apresentar um ritmo aceitável, assinou uma prestação
imaculada, o que lhe permitiu ascender ao terceiro
posto final.
Após a corrida de cinquenta minutos, Álvaro Parente
estava satisfeito: “As perspetivas não eram as melhores,

>>motosport.com.pt

HONDA

» PCX125 DE 2018

RENOVAÇÃO DE UM SUCESSO

No início do mês de abril foi apresentada na Feira de Madrid
“Vive la Moto” a nova Honda PCX 125 para 2018

Pedro Rocha dos Santos
[email protected]

Apopular scooter Honda PCX125
recebe este ano uma atualização,
com novas linhas de design dentro
do estilo marcado pelas anteriores
PCX. Recebe também para 2018
uma nova estrutura de berço du-
plo em aço tubular, novas jantes e pneus e
uma suspensão traseira melhorada. Além
do novo ABS também um motor que produz
mais potência em alta, mantendo a habitual
eficiência de combustível.
A PCX125 é uma das histórias de sucesso da
linha de duas rodas da Honda, tendo registado
vendas de mais de 140.000 unidades na Europa
desde a sua chegada em 2010. Em Portugal
venderam-se em 2017 cerca de 3.800 unidades,
mais do que em Espanha, França ou Itália,
mercados fortíssimos na vendas de scooters.
Em 2010, a PCX foi a primeiro moto na Europa
a apresentar a tecnologia Idling Stop; dois anos
mais tarde, tornou-se a primeira scooter da
Europa a usar o motor Smart Power (eSP)
da Honda. Em 2016, passou a estar conforme
a norma EURO4 e agora, para manter a sua
liderança num mercado ultracompetitivo,
em 2018 a PCX125 recebe uma atualização
no seu design, novo quadro e mais potência
para seu motor.

35

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS FT/ F I C H A T É C N I C A

Novo estilo mais fluido das suas linhas e mais liberdade de MOTOR
movimentos para o condutor; maior capacidade de carga sob o assento; TIPO MONOCILÍNDRO, REFRIGERADO A LÍQUIDO, 2
instrumentação LCD nítida a combinar as luzes full LED. VÁLVULAS SOHC A 4 TEMPOS
CILINDRADA 125CC
O quadro é agora uma nova estrutura dupla em aço tubular garantindo CURSO 52,4 X 57,9MM
maior agilidade da PCX e melhorando a facilidade na sua condução; as TAXA DE COMPRESSÃO 11: 1
rodas foram redesenhadas, agora mais ligeiras e com pneus maiores; os MAX. POTÊNCIA DE 9.0KW / 8.500 RPM
amortecedores apresentam molas progressivas de maior curso. MAX. BINÁRIO DE 11.8NM / 5.000RPM
CAPACIDADE DE ÓLEO 0,9 LITROS
O motor produz mais potência em alta graças a uma nova caixa de ar
e admissão e escape redesenhados, sem sacrifícios a baixa rotação ou ALIMENTAÇÃO
nos consumos. INJEÇÃO ELETRÓNICA DE COMBUSTÍVEL PGM-FI
DEPÓSITO DE COMBUSTÍVEL 8.0 LITROS
A capacidade de armazenamento sob o banco foi aumentada para 28 l, CONSUMO DE COMBUSTÍVEL 47,6 KM / LITRO (SEM STOP
sem aumento na sua largura, onde cabe facilmente um capacete integral. AND GO) (MODO WMTC)

Um novo design do painel central apresenta todas as informações. ARRANQUE ELÉTRICO
de forma clara e concisa num formato de fácil leitura. Um LCD invertido STARTER ELECTRIC
exibe a velocidade, enquanto outras informações disponíveis incluem CAPACIDADE DA BATERIA 12V / 7AH (10H)
odómetro, conta Kms, indicador de combustível e consumo médio de SAÍDA ACG 255W
combustível.
TRANSMISSÃO
4 CORES DISPONÍVEIS TIPO EMBRAIAGEM AUTOMÁTICA, CENTRÍFUGA E A SECO.
TIPO DE TRANSMISSÃO V-MATIC
Branco Pearl Cool UNIDADE FINAL 10.65
Preto Nightstar Pérola
Cinza Metálico Matt Carbonium QUADRO
Vermelho Pérola Esplendor TIPO DUPLEX DE AÇO TUBULAR

ACESSÓRIOS DISPONÍVEIS DIMENSÕES
PARA A PCX125 DIMENSÕES (CXLXA) 1.923 X 745 X 1.107 MM
DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 1,313 MM
Uma variedade de acessórios está disponível para o 2018 PCX125, ALTURA DO BANCO 764 MM
incluindo pára-brisas, Top Case de 35 litros com suporte superior, DIST. MÍNIMA AO CHÃO 137 MM
Cadeado em U, punhos aquecidos e capa à medida para a PCX. PESO 130 KG

SUSPENSÃO
FORQUILHA TELESCÓPICA DIANTEIRA DE 31 MM, CURSO
DE 89 MM
BRAÇO TRASEIRO DE ALUMÍNIO, AMORTECEDORES DUPLOS,
CURSO DE 84 MM

RODAS
DIANTEIRA TIPO ALUMÍNIO FUNDIDO COM 8 RAIOS
TRASEIRA EM ALUMÍNIO FUNDIDO COM 8 RAIOS
TAMANHO DO ARO DIANTEURO 14M / C X MT2.15
TAMANHO DO ARO TRASEIRO 14M / C X MT3.50
PNEU DIANTEIRO 100 / 80-14M / C (48P)
PNEU TRASEIRO 120 / 70-14M / C (61P)

TRAVÕES
NA DIANTEIRA DISCO HIDRÁULICO DE 220 MM COM PINÇA
DE 2 PISTÕES E ABS
TRASEIRO TIPO TAMBOR DE 130 MM

ILUMINAÇÃO
FAROL PRINCIPAL LED
FAROL TRASEIRA LED

>>motosport.com.pt

HONDA

» FORZA 300 2018

UMA SCOOTER DESPORTIVA TOTALMENTE RENOVADA,
MAIS LEVE E SOFISTICADA

Outro dos modelos que foi recentemente apresentado
na Feira de Madrid “ Vive la Moto”, que tivemos
a oportunidade de visitar a convite da Honda,
foi a renovada Forza 300

Pedro Rocha dos Santos
[email protected]

Lançada no ano 2000 a Honda
Forza 300 afirmou os seus atri-
butos num segmento de mer-
cado muito competitivo, com
um motor vivo e um sistema
de travagem combinado que
dotava o conjunto de maior seguran-
ça, e que, combinado com um espaço
considerável para bagagem debaixo do
banco, oferecia uma excelente solução
para deslocações diárias urbanas.
Para 2018 a Honda decidiu fazer um lif-
ting sério na sua scooter de gama média
e investir na sua atualização tendo em
conta o segmento em que compete. A
nova Forza 300 apresenta agora ar-
gumentos de ‘peso’, com menos 12 kg
que o modelo anterior, graças a um
novo chassis e um quadro totalmente
revisto, um look mais compacto e des-
portivo, com melhores acabamentos e
funcionalidades como por exemplo o
écrã frontal ajustável eletricamente,
luzes totalmente em tecnologia LED e
uma novidade importante nas scooters
que é a adopção do sistema HSTC, de
control de torque.

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS 37

Écrã frontal ajustável a partir de um botão no punho esquerdo. FT/ F I C H A T É C N I C A
Novo painel de informação que combina formato digital e
analógico. MOTOR
Espaço para colocar dois capacetes integrais debaixo do banco. 4 TEMPOS, 4 VÁLVULAS REFRIGERADO A LÍQUIDO
Sistema de iluminação LED integral. CILINDRADA 279 CC
Novo design mais desportivo e agressivo. CURSO 72 MM X 68,5
A Forza 300 inclui ainda um sistema de ‘Smart Key’ com várias TAXA DE COMPRESSÃO 10.5: 1
funcionalidades e que permite ao condutor manter a chave no bolso MAX. POTÊNCIA DE SAÍDA DE 18,5 KW A 7.000 RPM
para operar a sua Forza sendo que em caso de se afastar da mesma MAX. TORQUE 27.2 NM / 5,750 RPM
o sistema bloqueia automaticamente a moto. O sistema ‘Smart Key’ CAPACIDADE DE ÓLEO 1.7 L
também permite, além de ativar o botão da ignição, controlar o fecho
e bloqueio da Top Case opcional de 45 Litros. ALIMENTAÇÃO
CARBURAÇÃO PGM-FI
4 CORES DISPONÍVEIS CAPACIDADE DO TANQUE DE COMBUSTÍVEL 11,5 L
CONSUMO DE COMBUSTÍVEL 31 KM / L
Crescent Blue Metálico
Preto Pearl Nightstar SISTEMA ELÉTRICO
Cinzento Metálico Matt Cynos ARRANQUE ELÉTRICO
Matt Pearl Cool White CAPACIDADE DA BATERIA 12V-8.6 AH
SAÍDA ACG 340 W @ R / MIN
ACESSÓRIOS HONDA DISPONÍVEIS
PARA A FORZA 300 TRANSMISSÃO
EMBRAIAGEM CENTRÍFUGA AUTOMÁTICA; TIPO SECO
Smart Top Case de 45 Litros TIPO DE TRANSMISSÃO CVT
Rack porta-bagagens CORREIA TRAPEZOIDAL DE ACIONAMENTO FINAL
Sacos para colocação de bagagem no interior
Punhos aquecidos QUADRO
Alarme TIPO DE UNDERBONE; TUBULAR EM AÇO

CHASSIS
DIMENSÕES (CXLXA) 2140 X 755 X 1470
DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 1510 MM
ALTURA DO ASSENTO 780 MM
DISTÂNCIA MÍN. AO CHÃO 135 MM
PESO 182 KG
RAIO DE GIRO 2.4M

SUSPENSÃO
TIPO FRENTE TELESCÓPICO 33 MM
TIPO AMORTECEDORES DUPLOS TRASEIROS

RODAS
TAMANHO DA JANTE FRENTE 15 POLEGADAS
TAMANHO DO JANTE TRASEIRA 14 POLEGADAS
PNEU FRENTE 120 / 70R15
PNEU TRASEIRO 140 / 70R14

TRAVÕES
SISTEMA DE ABS DE DOIS CANAIS.
FRENTE, DISCO ÚNICO 256 MM
TRASEIRA, DISCO ÚNICO 240 MM

38

OS PORSCHE
DO SENHOR...
DOS PORSCHE

PARTE III

CONCERTO
PARA

UMA VOZ

A terceira e última parte da série de artigos sobre os carros
de Américo Nunes reporta-se à fase pós-revolução e ao

único Porsche 911 usado pelo piloto em competição nesse
período. Tratou-se de um carro muito especial, que serviu para

tudo e adotou as mais diversas identidades, revelando uma
versatilidade que na época poucos modelos poderiam oferecer

CONHEÇA ESTA E MUITAS Ricardo Grilo sempre em conta um eventual regresso
OUTRAS HISTÓRIAS EM AUTOSPORT.PT [email protected] às competições. O desejo era tanto que
FOTOS Colecção Américo Nunes considerou inscrever-se logo na Volta à
Madeira (uma das suas provas-fétiche)
Estávamos em 1976. Américo ou no Rali de Portugal. No entanto, com
Nunes tentava reconstruir a meios muitíssimo limitados, uma das
sua vida após as vicissitudes condições para o regresso seria alinhar
do tempo da revolução, e após com António Morais, experiente navega-
uma primeira fase em que tra- dor com quem se entendia muito bem e
balhou com o seu amigo Evaristo que tinha notas de todas as classificati-
Saraiva, pôde dar início ao projeto da vas portuguesas, dispensando os sem-
Garagem Zagaia. Em simultâneo, ad- pre onerosos treinos.
quiriu um Porsche 911 E com perto de Quis o destino que Morais não estivesse
200.000 km para carro do dia a dia, tendo disponível em 1976, moderando o ímpeto

>> autosport.pt

39

O Porsche 911
matrícula CG-39-87
foi, nas suas diversas
configurações,
o único carro de
competição usado
por Américo Nunes
após o seu regresso,
em 1977

de Nunes voltar de imediato. Com este ginando más vendas e boas compras. padrão de fábrica do antigo Carrera RS gripar perto do final do troço, passando
adiamento, o piloto teve tempo para re- Não sendo propriamente um desses ca- 2.7 de Américo Nunes. na tomada de tempo já em ponto-mor-
fletir e chegar à conclusão que o cansado sos, a oportunidade iria surgir no início Para melhorar o desempenho Jorge to. Mas com o balanço ainda fez o me-
911 E não seria suficientemente compe- de 1977, devido a uma sucessão de ca- Abrantes adquiriu na Kremer, em lhor tempo da classificativa, mostrando
titivo para se bater condignamente com sualidades que tinham principiado quan- Colónia, um motor recondicionado de o potencial do Flat-6 da Kremer que, no
os tenores do Nacional de Ralis. Enquanto do o então jovem piloto Jorge Abrantes 2.3 litros e dupla ignição que deveria entanto, terminava ali a sua curta car-
aguardava pelos próximos passos, man- adquirira um 911 S 2.4 [matrícula CG- elevar o carro para um estado superla- reira desportiva.
teve-se alerta em relação a qualquer bom 39-87] para disputar os campeonatos tivo no panorama dos campeonatos de Em seguida Jorge Abrantes voltou a mon-
negócio que pudesse surgir, até porque de iniciados de 1976 e 77. Para a história, iniciados portugueses. tar o motor antigo de 2.4 litros para ve-
nesses conturbados anos após a revo- tratava-se de um exemplar pintado em Com este 911 S fez a rampa da Pena de rificar que poucos quilómetros depois
lução, muitas viaturas de marcas como Portugal num azul metalizado idêntico 1976 para, em seguida, partir o motor na seria a vez da bomba injetora avariar.
Porsche, Ferrari, Mercedes ou Jaguar ao dos Alpine-Renault oficiais, porque o primeira classificativa do Rali Vidreiro, Em desespero de causa, o 911 foi trans-
eram transacionadas por necessidade seu anterior proprietário não gostava do disputado na zona da Marinha Grande, portado para a Guérin, em Lisboa, onde a
premente dos seus proprietários, ori- roxo original – curiosamente do mesmo não longe da casa do piloto. O motor iria reparação foi orçamentada em 80 contos

40

1

23

(400 € na conversão direta, o que repre- Depois de chegarem a acordo foram até damente o 911 S 2.4 para um regresso à Campeonato do Mundo de Ralis. Na se-
sentaria talvez uns 4000€ na atualida- Campo de Ourique, a casa de Nunes, para atividade, que iria acontecer, em grande mana seguinte, os jornais e revistas evo-
de) deixando o seu jovem proprietário preencher as declarações de venda. Foi estilo, no Rali de Portugal de 1977. cavam “O Regresso do Velho Senhor”,
desgostoso com a sequência de azares lá que Abrantes descobriu, com alguma mudando o tom que anteriormente de-
que lhe esgotaram a paciência (e o or- surpresa, que o grande campeão guar- O REGRESSO DO VELHO SENHOR dicavam ao piloto dos Porsche - carros
çamento) para competição. dava ainda algumas partes do antigo 911 aos quais atribuíam sempre o mérito dos
Ainda em Lisboa passou pelo Diário de ST “Bomba Verde”, incluindo o capot do Foi com alguma surpresa que o nome de seus triunfos. Agora o timbre mudara, até
Notícias para publicar um anúncio para motor em alumínio, que estava pendu- Américo Nunes surgiu na lista de inscri- porque era óbvio que Nunes não tinha o
vender o Porsche. Mas antes do anún- rado na sala. tos do Rali de Portugal de 1977. Associado melhor equipamento nem tinha sequer
cio sair na edição do dia seguinte, al- Terminado o negócio, o 911 S azul foi des- a Jorge Mira Amaral iria treinar o rali uma idade próxima dos seus adversá-
guém terá informado Américo Nunes carregado na oficina de Silvestre Martins com um Mercedes-Benz 190 D (W110) rios, sendo aos 49 anos de idade, o mais
da existência do 2.4 S avariado que iria na Rua Maria Pia, por coincidência próxi- e alinhar à partida com o Porsche pra- idoso dos pilotos da frente.
estar à venda. Ainda nessa noite o cam- ma da atual Sportclasse de Jorge Nunes, ticamente de série, equipado com pneus Prosseguindo no Nacional de Ralis, agora
peão conseguiu contactar Jorge Abrantes filho do piloto lisboeta. Foi ali que o 2.4 de terra que tinham sobrado das cam- com o Porsche pintado de branco, iria ob-
e o negócio foi realizado na Rotunda S foi revisto e preparado por Américo panhas com o Carrera RS. ter um razoável 4º lugar no Rali Fapobol,
do Relógio, perto da meia-noite, com Nunes para o grande momento. Foi também com alguma surpresa que seguido de um 2º no Rali Arbo e um 3º em
o Porsche em cima do reboque do ACP Por seu turno, satisfeito com a troca, os entusiastas que seguiam o rali ao vivo Castelo Branco. Além de um bom fundis-
que o transportava a caminho de Leiria. Jorge Abrantes pôde então prosseguir ou pela rádio verificavam que a partir ta, tínhamos agora um Américo Nunes
Como permuta do 911 S 2.4, Américo a sua carreira desportiva, conquistan- do momento em que a prova chegou às capaz de se bater nos ‘sprints’ com os
Nunes entregaria o seu 911 E que tinha do o título de campeão de iniciados logo classificativas de terra, o 911 S de Nunes pilotos mais novos. Em seguida veio a
a vantagem de estar em bom estado de em 1977, ao volante do 911 E que fora de manteve-se sempre perto dos lugares Volta à Madeira, uma das suas provas
funcionamento. Com um pequeno se- Nunes. E ainda ficou amigo do piloto, pontuáveis do campeonato do mun- favoritas onde, com João Baptista, iria
gredo pelo meio, pois apesar do livre- passando ambos a encontrar-se re- do. Melhor ainda, o piloto entrou para bater todos os adversários, conquistando
te referir que se tratava de um modelo gularmente na Zagaia ou num restau- a derradeira etapa de Sintra na 10ª po- um brilhante triunfo absoluto!
de 2 litros, na realidade vinha equipado rante próximo da oficina. Pouco depois, sição e ainda foi conquistar, segundo a Se dúvidas havia, ficaram dissipadas
com um motor 2.2 E devido a um expe- numa dessas reuniões de lazer, Nunes segundo, o 9º lugar da geral que era do após a maratona de 25 Horas consecu-
diente que, segundo parece, o impor- comentaria com Abrantes que apenas austríaco Klaus Russling, com um Opel tivas disputada nas sinuosas estradas
tador teria usado na homologação do tinha gastado 200 escudos (1€) a reparar Kadett GT/E. empedradas da Pérola do Atlântico. O
modelo, para o preço de venda em novo a tal bomba injetora - que na realidade Com meios muito reduzidos Américo grande Américo Nunes estava indubi-
ser mais competitivo (pois na época os apenas precisara de umas juntas novas. Nunes regressara em grande, sendo o tavelmente de volta.
impostos incidiam sobre a cilindrada). Por essa altura, Nunes preparava afinca- 3º piloto português no rali de Portugal No final de uma época incompleta - onde
e oferecendo dois pontos à Porsche no

4 >> autosport.pt 41
6
5

7

8 1 Jorge Abrantes com o Porsche 911 E que tinha sido de Nunes, em luta contra o BMW 2002
de Joaquim Macedo, numa prova de iniciados no Estoril, em 1977 (foto: José Amorim)

2 “O Regresso do Velho Senhor”, no rali de Portugal de 1977, ao volante do CG-39-87 na versão 2.4 S
3 No rali de Castelo Branco de 77 com o 911 S 2.4 já pintado de branco
4 A caminho de uma saborosa vitória na Volta à Madeira de 1977
5 Américo Nunes e João Baptista, felizes após o triunfo na Madeira
6 Para a época de 1978 o 911 S foi revisto, com os guarda-lamas traseiros alargados e com

os pára-choques e ‘capots’ aligeirados do antigo 911 ST. Aqui no rali de Portugal desse ano

7 Vitória no Rali Rota do Sol de 1978
8 Época encurtada no ano de 1979. Aqui a caminho do triunfo na classificativa de Abrantes,

na Volta a Portugal de 1979

tinha faltado aos dois primeiros ralis - no Rali Rota do Sol de 78, uma vez mais deixando a equipa sem financiamen- principalmente no que respeita à car-
Américo Nunes alcançaria o título de com Fernando Castelo Branco e de novo to. Desse modo, Nunes e o 911 apenas roçaria. Com o aparecimento dos 911 da
Vice-Campeão, apenas batido pelo seu em confronto com o arqui-rival Giovanni no final do ano iriam voltar a competir, ‘Série G’ em 1974, caracterizados pelos
rival e amigo Giovanni Salvi. Salvi, piloto que agora estava equipado para fazer a Volta a Portugal a convite pára-choques grossos e com os foles
Ambicioso, decidiu melhorar o Porsche com um dos novos Ford Escort RS 1800 de Francisco Romãozinho. em borracha, quase ninguém quis man-
911 para a época seguinte: a potência foi de grupo 4, um carro de competição Sem ter treinado e sem ter conseguido ter os 911 ‘velhos’, havendo uma corri-
aumentada para próximo dos 200 cv com a sério, claramente de uma geração à um bom entendimento com o navegador, da às transformações que terá sido co-
a montagem de escapes diretos e o pi- frente do Porsche modificado em casa. o piloto apenas pôde brilhar na 4ª classifi- mum à maior parte dos modelos antigos,
loto/preparador iria alargar os guarda- Por falta de apoios, o ano de 1979 iria ser cativa, disputada na pista de autocross de tornados obsoletos aos olhos dos seus
-lamas traseiros, para melhor caberem disputado a meio gás e sem resultados Abrantes e onde não eram necessárias proprietários. Curiosamente a maioria
as jantes de maior dimensão, equipadas de relevo. O pior momento aconteceu notas de andamento. Decidido a dar um dos 911 antigos alterados para a ‘Série G’
com os novos Michelin TB15 mistos. Em quando foi desclassificado no Rali de ar da sua graça, impôs-se a todo o pelo- voltaram a ser ‘destransformados’ recu-
seguida, numa cura de emagrecimento, Portugal, numa altura em que seguia tão, rodando nos limites do 911, a curvar perando na atualidade a forma original
montou a bacquet do Carrera RS e as pe- num extraordinário 7º posto da geral, em de rodas no ar, como bem mostram as que, por força das modas, passou a ser
ças sobressalentes da “Bomba Verde” confronto com os dois Audi da equipa fotos realizadas no local. mais apreciada e, com isso, mais valiosa.
que tinha guardado em casa, nomea- oficial que se estreava no nosso rali. Um Depois veio a paragem. Uma das razões Mas na época não era esse o entendi-
damente, os pára-choques e o capot engano no percurso e a desclassificação foi a perda da homologação do 911 S 2.4 mento geral e, por isso, uma das ativida-
dianteiro em fibra de vidro e o capot do no final da etapa, embora justificada por no final do ano de 1979. Para continuar a des mais prósperas da Garagem Zagaia
motor, em alumínio. No final, aprovei- António Morais a César Torres (tinham competir, o carro teria que ser evoluído era a modificação dos 911 das primeiras
tando apenas os restos de outras épo- treinado, por engano, a versão antiga do para a versão seguinte da ‘Série G’ que gerações para a versão mais moder-
cas, tinha criado um “quase 911 ST” por troço) representou um golpe forte a nível implicava alterações importantes na na. Com o ’know how’ e material à mão,
um custo irrisório. de ânimo. Em seguida, na Figueira da Foz, carroçaria e a mudança para um motor a alteração do carro de ralis foi muito
Com esse carro iria fazer os campeona- a caixa do Porsche iria ceder e, após este de 2.7 litros. simples de realizar, tendo recebido em
tos de 1978 e 1979, conseguindo alguns rali, o patrocinador principal anunciava Na realidade tratava-se de uma modi- simultâneo um motor de 2.7 litros de 210
bons resultados e um brilhante triunfo o abandono da competição automóvel, ficação muitíssimo comum na época, cv que subiriam para 215 ou mesmo 220

42

1

cv devido aos famosos escapes diretos e Exceptuando nas classificativas de ter- era, Nunes mudava apenas dois pneus 2
sonoros que Américo Nunes gostava de ra a subir, onde a motricidade do 911 lhe de cada vez. Assim foi para o Rali do FCP
montar nos seus carros. O peso também dava vantagem, nos restantes terrenos com borrachas novas e, se na primeira Em seguida, nova aposta na vitória para
aumentara para 1100 kg, acrescentan- ficava sempre a perder para os Escort, etapa de asfalto apenas se manteve nos a Volta a S.Miguel com mais um jogo de
do alguns quilos em relação à anterior obrigando a um grande empenho do pi- 5 primeiros, quando chegaram à eta- pneus novos e treino intensivo. Não obs-
versão com os pára-choques leves do loto para se manter na luta pelos triunfos. pa de terra começou o festival Nunes e tante, para desgosto do piloto, a prova iria
‘ST’. Ainda assim pôde manter o ‘capot’ Depois de uma enorme luta com Giovanni Baptista. Ensaiando novos limites para traduzir-se num (ainda assim razoável)
dianteiro em fibra de vidro e o traseiro Salvo nas Camélias, Nunes iria montar o Porsche o piloto estava cada vez mais 3º posto absoluto. Tudo devido a cons-
em alumínio, ainda que essas opções um motor de 3 litros no Porsche a tem- animado e confiante, rodando cada vez tantes problemas com o cabo do acele-
(e os escapes) empurrassem o carro po para o rali de Portugal. mais depressa e sempre muito bem-dis- rador, com a embraiagem e devido a um
do Grupo 3 para o Grupo 4. Um detalhe Perdia em potência pois teria entre os posto. No final da segunda etapa veri- mau entendimento com um navegador
apenas, pois o importante é que estava 205 a 210 cv, mas ganhava na disponi- ficou-se que apenas o Escort RS 1800 local que valeria até uma pequena saí-
novamente homologado e podia parti- bilidade, com um maior binário a menos de Joaquim Santos tinha feito melhor, da de estrada. Certo é que na tempora-
cipar nos ralis do campeonato nacional. 1000 rpm que no 2.7, facilitando signifi- batendo todo o pelotão do rali e subin- da que anunciara como a derradeira, o
cativamente a pilotagem. do para terceiro da geral, muito próximo veterano piloto já com 52 anos de idade,
ESPETÁCULO FINAL No Rali de Portugal foi durante algum do segundo. ao volante do Porsche com 8 anos e por
tempo o segundo piloto nacional, atrás si preparado, andava a bater-se taco a
O renovado Porsche (que agora se apro- de Carlos Torres (Escort RS 1800), mas taco contra pilotos com metade da sua
ximava do modelo 911 Carrera 2.7 MFi ) os anos começavam a pesar no Porsche
foi estreado no Rali das Camélias, recu- e o carro começou a acumular proble-
perando a cor verde que tão boas recor- mas atrás de problemas. Ainda assim,
dações trazia a Américo Nunes. na terceira etapa fizeram um brilharete
Nas diversas entrevistas que deu no no famoso Arganil coberto de nevoeiro,
início do campeonato de 1980, o piloto, levando atrás de si uma fila de pilotos
que fazia 52 anos de idade, anunciava portugueses que preferiram penalizar
que esta seria a sua derradeira época de para esperar por Nunes, excelente a abrir
competições. Mas estava também deter- no nevoeiro.
minado a lutar pelos triunfos, apesar do Após o Rali de Portugal, numa conver-
seu Porsche partir em inferioridade em sa com Mário Silva, este referiu a van-
relação aos novos Ford Escort RS 1800 tagem de usar 4 pneus novos em cada
com 240 ou mesmo 250 cv para pouco prova. Com hábitos adquiridos noutra
mais de 900 kg de peso.

34

>> autosport.pt

43

56

1 Nas Camélias de 1980 Nunes apresentou

o Porsche 911 evoluído com a carroçaria
da ‘Série G’ e um motor de 2.7 litros,
alterações necessárias para manter
a homologação

2 Para o Rali de Portugal de 1980 o 911

recebeu uma nova decoração e um motor
de 3 litros de cilindrada.

3 Ao ataque na Volta a S.Miguel

4 No Autódromo do Estoril no final do ano

de 1981 naquela que foi a despedida
do Campeonato Nacional de Velocidade

7 8 5 Rali de Portugal de 1981

6 A última prova de primeira categoria foi

o Rali das Camélias de 1983, na
companhia de António Morais

7 Os 20 Porsche 911 SC RS construídos

para efeito da homologação
no Grupo B. Américo Nunes planeou
seriamente regressar à competição
com um destes carros (foto Porsche)

8 Após o ano de 1983 apenas iria

participar em ralis de regularidade,
já com um espírito e um ritmo que nada
tinham a ver com as provas do nacional
de ralis. Aqui com Evaristo Saraiva
no fiel CG-39-87 durante um rali de
veteranos do ACP

idade, equipados com alguns dos me- Só no final do ano voltaria a colocar o ca- alguma falta de ritmo e, acima de tudo, categoria, tendo no entanto continuado
lhores Grupo 4 modernos existentes pacete e as luvas, quando decidiu alinhar a constatação de que o velho Porsche a fazer alguns ralis de regularidade até
no mercado. na prova dos Grupos 2,3, 4 e 5 no fim de estava obsoleto, levaram-no a parar. aos anos 90, já com um espírito (e ritmo)
O ponto alto da época aconteceria em semana da reabertura do Autódromo Em entrevistas, confessaria que esta- completamente diferente.
seguida, com a ida à ‘sua’ ilha da Madeira do Estoril (que tinha estado encerrado va a negociar um patrocinador para re- Dos seus carros, alguns dos 911 fazem
para a tradicional ‘Volta’ onde o piloto de desde 1978). Para a ocasião, o Porsche gressar em grande, com um carro do parte de coleções privadas de Lisboa
Lisboa iria brilhar, apesar de um proble- 911 manteve o motor de 3 litros e rece- novo Grupo B. Mas pouca gente acredi- (S ‘Bomba Branca’, 911 S 2.2 e o 911 fi-
ma de travões que apenas seria resolvi- beu pneus mistos Michelin TB15 pa- tou nesta possibilidade que, no entanto, nal), de Cascais (911 ST ‘Bomba Verde’)
do com o ‘saque’ das pastilhas a um Taxi radoxalmente montados em jantes de era bem verdadeira e esteve em vias de e do Porto (Carrera RS). O Porsche 356B
Mercedes que encontrou pelo caminho. ferro, alargadas. se concretizar. 2000 GS Carrera GT esteve muitos anos
No final, o terceiro posto da geral (atrás O resultado final foi o possível, com O carro seria um dos vinte Porsche 911 em França, foi vendido para os EUA e
do Fiat 131 Abarth de Vudafieri e do Alfa um bom 5º lugar da geral e primeiro SC RS construídos pela Prodrive e che- agora encontra-se na Suécia. O 911 SC
Romeo Alfetta GTV Turbo de Verini) e o do Grupo 4. Na frente, a luta travava- gou a estar em Portugal, pronto para RS, que nunca chegou a correr, encon-
lugar de melhor piloto do campeonato -se entre os poderosos Porsche ‘935’ correr. Mas um patrocinador de gran- tra-se numa coleção particular do cen-
nacional de ralis. Ou seja, um triunfo na- de Robert Giannone e Rufino Fontes e o de envergadura que ‘roeu a corda’ em tro do país.
cional no rali que contava também para De Tomaso Pantera de Tino Pereira. Esta cima da hora, levaria Nunes a abortar Vítima de doença prolongada, o grande
o Europeu da especialidade. prova marcaria a despedida dos circuitos o projeto e a decidir-se pelo abandono, campeão iria falecer no dia 10 de de-
No ano seguinte, apenas iria fazer o do Nacional de Velocidade, onde Nunes desta vez definitivo. O novo Porsche ti- zembro de 2015, aos 87 anos de idade.
Rali de Portugal com um novo navega- tinha sido campeão pela última vez no nha custos operacionais bastante mais Mas a sua memória ficará para sempre
dor, mas nada correu como o planea- já distante ano de 1972. elevados que o velho 911 de estrada por ligada à história do desporto automó-
do, acabando por desistir. Pelo meio, o No ano seguinte não iria fazer nenhuma si adaptado para fazer ralis. E sem apoios vel em Portugal e à história da Porsche
Porsche 911 era também o seu carro do prova e apenas em 1983 ensaiou um bre- era difícil prosseguir. em particular.
dia a dia, sendo frequente vê-lo pas- ve regresso, tendo alinhado nas Camélias Assim acabou a carreira desportiva de Definitivamente, “O Senhor dos Porsche”.
sar na Marginal entre Lisboa e o Estoril. com o 911 e com António Morais. Mas Américo Nunes em provas da primeira E esta foi a história dos seus carros.

+44

NOVA José Luís Abreu anterior e está mais esguia e baixa.
VOLVO V60 [email protected] O design foi muito cuidado, há muita
atenção no detalhe, como por exemplo
Num mercado em que as carrinhas continuam a ser M ais comprida e mais na lateral esculpida que enfatiza o ca-
extremamente bem vistas, a Volvo continua fiel a si baixa! Muito resumida- rater atlético da carrinha e lhe atribui
própria e surge com a nova V60, um modelo bem diferente mente é a nova Volvo desportividade, bem como o spolier no
V60, uma carrinha que tejadilho, que não é exagerado, sendo
da versão anterior... chega ao mercado luso que a nova identidade da Volvo está
para a luta de titãs, face bem vincada na nova grelha frontal
LEIA MAIS ENSAIOS E ACOMPANHE a modelos como a Audi A4 Avant, e nas luzes dianteiras e traseiras. É
TODAS AS NOVIDADES EM AUTOSPORT.PT BMW Serie 3 Touring ou a Mercedes bem bonita!
C Station. Pelo que se percebe, os ‘ad- No interior, o habitual design limpo e
versários’ são de alto calibre, e por organizado da Volvo, com materiais de
isso a carrinha sueca tem mesmo de alta qualidade e uma enorme sensa-
trazer consigo argumentos que lhe ção de luxo. Os bancos dianteiros são
permitam sair bem nesta acirrada fantásticos em termos de ergonomia,
luta. E quais são? para além dos inúmeros ajustes que
Tem por base a nova plataforma SPA da têm. O espaço não falta, o conforto
Volvo - Scalable Product Architecture, estático é muito bom e podemos es-
já utilizada nos modelos da Série 90 e colher a ‘nossa’ climatização. Espaço
no Novo XC60 - e surge com uma ima- também há de sobra na bagageira,
gem ainda mais elegante: é mais leve, que cresceu 100 litros face ao modelo
mas comprida em 128 mm face à V60 anterior, passando a ter 529l - a mala
abre-se com mãos-livres.

>> autosport.pt/automais

45

MUITA SEGURANÇA uma inovação capaz de detetar veí- rece condução semiautónoma até 130 e Inscription: V60 D3 - Kinetic com
culos que se dirigem contra a V60, km/h em estradas com marcações no caixa manual desde 43.500€; V60 D4
A suspensão da frente surge com em contramão. Se uma colisão não piso e sem um veículo à frente. –Momentum com caixa manual desde
geometria de duplo braço triangular; puder ser evitada, este sistema trava A Volvo vai ter a curto prazo também 48.760€; V60 T6 – Momentum com
atrás é composta por um eixo integral automaticamente a V60 e prepara os um modelo híbrido Plug-in, que ficará caixa automática desde 57.000€; V60
e apresenta uma mola de lâmina trans- cintos de segurança dianteiros para abaixo dos 50 mil euros. T8 – TwinEngine desde 59.900€(preço
versal, que pretende possibilitar uma ajudar a reduzir o efeito de uma colisão. A Nova Volvo V60 estará disponível em estimado); Empresas - Oferta Plug in
condução desportiva e dinâmica sem O Safety Cage dá, segundo a Volvo, 4 motorizações distintas (D3, D4, T6 e abaixo dos 50.000€S/ IVA; Empresas
comprometer o requinte o que se es- uma robustez estrutural sem paralelo T8) variando o nível de equipamento - Oferta D3 Business Edition abaixo
pera de um automóvel destes: conforto à V60, fruto da combinação de várias entre as versões Kinetic, Momentum dos 35.000€.
de rolamento. A nova V60 é mais leve, qualidades de aço e alumínio, tornando
o que logicamente se deverá refletir na o habitáculo, segundo a marca, um dos
dinâmica do carro. Há quatro modos locais mais seguros do mundo quando
de condução que permitem escolher se anda na estrada.
a configuração preferida para mo- Mas há mais. Como exemplo temos
tor, caixa de velocidades, acelerador ainda o Run-off road Mitigation, um
e direção. É possível ainda construir sistema capaz de detetar uma saída
uma configuração personalizada com involuntária de estrada. Esta tecnolo-
o modo individual. gia recorre à direção e, se necessário,
Mas como se sabe a grande tradição ao apoio dos travões para o trazer de
da Volvo é a segurança, e nesse aspeto volta à estrada.
pode esperar uma enorme panóplia de O BLIS usa sensores para detetar veí-
segurança ativa e passiva. culos no ângulo morto e o Pilot Assist,
Como estreia mundial temos o que está agora disponível na V60, ofe-
Oncoming Mitigation com travagem,

+

CCCOIHANTCEORGTVOUOOËSUN C4 Já o pode ver nos stands da Citroën, que claramente aproxima o C4 Cactus da
e já há quem fale no ‘regresso’ do imagem de um hatchback. Convém não
Já chegou a Portugal o novo Citroën C4 Cactus, com conforto da famosa suspensão esquecer que o Catus herdou o lugar do
preços a partir de 18.907€. Com ele taz uma estética hidropneumática que celebrizou C4 na gama da marca.
renovada e suspensões de Batente Hidráulico Progressivo os Citroën dos anos 50. Desde 2015 O Cactus tem 31 combinações de perso-
que deixam ‘água na boca’… que a Citroën abandonou esse tipo nalização exterior possíveis, com nove
de suspensão, mas logo na altura a marca tons de carroçaria e quatro Packs Color,
José Luís Abreu prometeu novidades. E elas aí estão, com o permitindo aos clientes criar uma viatura
[email protected] novo Citroën C4 Cactus, que surge renova- à sua imagem.
do por fora, mas que tem na nova suspen- Sendo verdade que a estética renovada
são com Batente Hidráulico Progressivo e pode ser um bom trunfo do novo Cactus,
nos novos bancos Advanced Comfort dois a Citroën tem ainda mais fé nas novas
grandes trunfos, já que, segundo a marca, soluções tecnológicas. O C4 Cactus sur-
aumentam o nível de conforto, que todos ge com as novas soluções do programa
continuam a reconhecer à Citroën. Citroën Advanced Comfort, das quais
Já com o anterior Cactus se percebeu que se destacam as suspensões de Batente
o caráter do modelo é único, e desta feita Hidráulico Progressivo, que, segundo a
a marca francesa foi mais longe, colocan- Citroën, garantem um patamar de conforto
do uma ênfase muito forte no conforto inédito, contando-se também com os no-
inigualável. vos bancos Advanced Comfort.
Exteriormente, o novo C4 Cactus surge
bem renovado, com uma silhueta subtil- A GAMA C4 CACTUS
mente distinta da geração anterior. A frente
do novo Cactus é agora mais ampla, os A gama C4 Cactus nacional é composta
flancos foram redesenhados, e, segundo por 13 propostas, assentes nos três níveis
a marca, a distância entre eixos de 2,60 m de equipamento tradicionais: Live, Feel e
e projeções curtas permite ao modelo ser Shine. Há nove variantes a gasolina, equi-
ágil e maneável. Logo veremos! padas com o bloco a gasolina PureTech de
Os famosos Airbump passaram para a 1.2 litros, com dois níveis de potências, 110
secção inferior das portas, numa medida cv (transmissões CVM ou EAT6) e 130 cv
(caixa CMV6), e quatro versões equipadas

com o motor diesel BlueHDi de 1.6 litros, g/km (diesel) e 119 g/km (gasolina), algo P/ P R E Ç O S
exclusivamente na versão de 100 cv e também possível com o sistema de Stop &
transmissão CVM. Start, que existe em todas as motorizações. MOTORES LIVE FEEL SHINE FEEL BUSINESS
Em termos de consumos médios, em Em termos de opcionais, o Cactus pode 20.057 € 21.407 € 19.407 €
circuito misto, o novo C4 Cactus regista, ser configurado com Tejadilho em Vidro 1.2 PURETECH 110 S&S CVM 18.907 € 21.657 € 23.007 € 21.007 €
segundo a marca, valores a partir dos 3,6 Panorâmico, Citroën Connect Box ou 20.857 € 22.207 € –
litros aos 100 km, alcançados pela versão Citroën Connet Nav, Grip Control, pintura 1.2 PURETECH 110 S&S EAT6 – 23 257 € 24.607 € 22.607 €
de mais baixas emissões, de apenas 94 g/ metalizada ou ‘nacarada’, bem como um
km de CO2, a menor numa escala de emis- conjunto alargado de packs, com diversos 1.2 PURETECH 130 S&S CMV6 –
sões que não ultrapassa as marcas dos 96 conteúdos e tecnologias.
1.6 BLUEHDI 100 S&S CVM 22.107 €

E/ Dando cumprimento ao estabelecido no n° mais importantes provas de desporto au- leitores uma informação atual, rigorosa abordagem e de análise dos factos noti-
1 do artigo 17° da Lei 2/99, de 13 de Janeiro, tomóvel disputadas em território nacional e de qualidade, opinando sobre tudo o ciosos, com total abertura à interatividade
ESTATUTO Lei da Imprensa, publica-se o Estatuto e no estrangeiro, relata acontecimentos que se passa na área do automóvel e dos com a sua comunidade de leitores. 4. O
EDITORIAL Editorial da publicação periódica AutoSport: ligados à competição automóvel, bem como automobilistas, numa perspetiva plural, re- AutoSport pratica um jornalismo pautado
1. O AutoSport é um semanário dedicado temas que versam o automóvel como bem cusando o sensacionalismo e respeitando pela isenção, sem comprometimentos
ao automóvel e aos automobilistas, nas de consumo, tanto na área industrial como a esfera da privacidade dos cidadãos. 3. ou enfeudamentos, tendo apenas como
suas mais distintas vertentes: desporto e comercial. O AutoSport pauta as suas opções edito- pressuposto editorial facultar a melhor
competição, comércio, indústria, segurança 2. O AutoSport está comprometido com riais por critérios de atualidade, interesse informação e a melhor formação aos seus
e problemática rodoviária. O AutoSport o exercício de um jornalismo formativo e informativo e qualidade, procurando apre- leitores, seguindo sempre as mais elemen-
edita, semanalmente, conteúdos sobre as informativo e procura oferecer aos seus sentar aos seus leitores a mais completa tares normas deontológicas.

PROPRIEDADE FOLLOW MEDIA COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL, LDA. – NIPC 510430880, RUA MANUEL INÁCIO Nº8B 2770-223 PAÇO DE ARCOS REDAÇÃO RUA MANUEL INÁCIO Nº8B 2770-223 PAÇO DE ARCOS GERÊNCIA PEDRO CORRÊA MENDES
[email protected] DIRETOR PEDRO CORRÊA MENDES [email protected] DIRETOR-EXECUTIVO JOSÉ LUÍS ABREU [email protected] COLABORADORES ANDRÉ DUARTE, FRANCISCO MENDES, MARTIN HOLMES,
JORGE GIRÃO, JOÃO F. FARIA, JOÃO PICADO, NUNO BRANCO, NUNO BARRETO COSTA, RODRIGO FERNANDES E GUILHERME RIBEIRO FOTOGRAFIA AIFA/JORGE CUNHA, ANDRÉ LAVADINHO, ZOOM MOTORSPORT/ANTÓNIO SILVA
DESIGNER GRÁFICA ANA SILVA [email protected] IMPRESSÃO SOGAPAL, S. A.,SOC. GRÁFICA DA PAIÃ, S. A. DISTRIBUIÇÃO VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES, S. A., TIRAGEM 15 000 EXEMPLARES REGISTO NA ERC 105448
DEPÓSITO LEGAL Nº 68970/73 – COPYRIGHT© TODOS OS DIREITOS RESERVADOS DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO EM VIGOR. EMVIRTUDE DO DISPOSTO NO ARTIGO 68 Nº2, I) E J), ARTIGO 75º Nº2, M) DO CÓDIGO DO DIRETOR DE AUTOR E DOS DIREITOS
CONEXOS ARTIGOS 10º E 10º BIS DA CONV. DE BERNA, SÃO EXPRESSAMENTE PROIBIDAS A REPRODUÇÃO, A DISTRIBUIÇÃO, A COMUNICAÇÃO PÚBLICA OU A COLOCAÇÃO À DISPOSIÇÃO, DA TOTALIDADE OU PARTE DOS CONTÉUDOS DESTA PUBLICAÇÃO,
COM FINS COMERCIAIS DIRETOS OU INDIRETOS, EM QUALQUER SUPORTE E POR QUAISQUER MEIOS TÉCNICOS, SEM A AUTORIZAÇÃO DA FOLLOWMEDIA COMUNICAÇÃO, UNIPESSOAL LDA. A FOLLOWMEDIA NÃO É RESPONSÁVEL PELO CONTÉUDO DOS
ANÚNCIOS. EDIÇÃO ESCRITA AO ABRIGO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO. CONTACTO [email protected]

+

BJÁA2NN.3AC5SA€S EDIÇÃO
ESPECIAL
GUIA F1 + GUIA MOTOGP


Click to View FlipBook Version