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Published by hmilheiro, 2018-07-06 10:11:33

AutoSport_2114

AutoSport_2114

#2114 40
ANO 40
anos
04/07/2018

2,35€ (CONT.)

O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES >> autosport.pt
DIRETOR PEDRO CORRÊA MENDES

F1 VVITEÓRRSITAAPDEPMEANXGPDAÁUSTRIA
>> 4ª VITÓRIA DA CARREIRA
DO HOLANDÊS

>> VETTEL RECUPERA
LIDERANÇA DO CAMPEONATO
>> DOIS MERCEDES DE FORA

+ KAWASAKI
Z900 RS
ASTON MARTIN
DBS SUPERLEGGERA PÁG. 34
RALI DE CASTELO BRANCO

RICARDOTEODÓSIO ESTREIA-SEAVENCER

FINS DE SEMANA PERFEITOS

SIX SENSES DOURO VALLEY | SAMODÃES | DOURO

www.hoteisdecampo.pt

3

I/ I N S TA N TÂ N E O SIGA-NOS EM EDIÇÃO

#2114
04/07/2018

f l> > a u t o s p o r t . p t
facebook.com/autosportpt twitter.com/AutoSportPT

A PORSCHE, por intermédio de Timo Bernhard, estabeleceu um novo recorde nos 20.832 km do Nürburgring Nordschleife, José Luís Abreu
ao obter um registo de 5m19.546s. O 919 Hybrid Evo rodou a uma média de 233.8 km/h, ultrapassando assim em 51.58s
o anterior recorde estabelecido em 1983 por Stefan Bellof. DIRETOR-EXECUTIVO

S/ SEMÁFORO EM DIRETO [email protected]

PARADO A ARRANCAR A FUNDO “Este é um grande momento APorsche bateu na pas-
para mim e para a Porsche. sada semana o mítico
Recorde do Bela ‘estreia’ do novo Grande luta na Conheço-o bem, mas desta vez recorde do Nordschleife
Nordschleife só faz Citroën C3 R5. O carro Peugeot Rally Cup aprendi um novo Nordschleife”, com o seu 919 Hybrid Evo.
sentido com carros tem enorme potencial Ibérica, no Rali de 35 anos depois o regis-
que compitam, e não e o CPR ganha com a Castelo Branco. Timo Bernhard, penta vencedor to de Stefan Bellof, que
protótipos específicos. Venceu Pedro Antunes, das 24 Horas de Nürburgring e novo foi pole position nos 1000 Km de
sua chegada... mas também podia ter recordista da pista Nurburgring de 1983, com 6m11.13s,
Os recordes sido Diogo Gago caiu. O carro utilizado, o Porsche 919
banalizam-se... “Não sei o que vos foi dito, ou o Hybrid Evo, foi a forma encontrada
que pensam, mas o que temos pelos homens de Estugarda para
O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES NA ERA DIGITAL não é nada de especial”, Nico manter vivo o seu LMP1. Bateram
há uns meses o recorde de Spa-
Hulkenberg, nada entusiasmado pelo Francorchamps, e agora foi a vez do
novo ‘party-mode’ do motor da Renault Nordschleife. Registei. Vai ficar nos
livros, homologado como o novo re-
“O Safety Car Virtual apareceu, corde, mas como adepto, não gostei.
tivemos meia volta para reagir, Os tempos mudaram muito e hoje
mas não conseguimos. Foi aí em dia qualquer ‘soundbyte’ é im-
que perdemos a corrida...”, portante para o marketing de uma
marca. É verdade que este não foi
Toto Wolff, assumindo as culpas pela um ‘soundbyte’ qualquer, o registo
derrota no Red Bull Ring é impressionante e o mérito do pi-
loto, muito grande. Mas a verdade é
“É uma felicidade imensa. A que ao contrário do que fez Stefan
minha mãe é a peça principal Bellof há 35 anos, este foi um registo
deste sonho fantástico que totalmente ‘trabalhado’. A marca
estou a viver”, Ricardo Teodósio, testou dias a fio, afinou tudo o que
havia para afinar, e o recorde caiu
depois do primeiro triunfo da sua com estrondo. Mas quanto a mim,
carreira nos ralis não tem o mesmo valor do feito
anterior. O Porsche 919 Hybrid Evo
Siga-nos nas redes sociais e saiba não corre em lado nenhum, é um
tudo sobre o desporto motorizado no protótipo, e a partir daqui, qualquer
computador, tablet ou smartphone via marca que queira, trabalha para isso
facebook (facebook.com/autosportpt), e o recorde cai outra vez. A questão
twitter (AutosportPT) ou em arrisca a banalizar-se.
>> autosport.pt Já o recorde batido por Romain
Dumas e pela Volkswagen em Pikes
Peak é bem diferente, pois aí existe
uma categoria especial. Faz parte
da competição.
Contudo, para mim, o que fez a
Porsche no Nordschleife tem um
ponto que considero mais impor-
tante. O Porsche 919 Hybrid Evo
mostrou no Nordschleife o que
poderia ser o endurance sem es-
partilhos. Livre.

4 F1/
FÓRMULA 1
GP DA ÁUSTRIA 9 D E 2 1

VERSTAPPEN

VENCENODESCALABRO

DA MERCEDES
DDepois do domínio exercido
pela Mercedes em Paul esde as sessões de treinos- as temperaturas bastante mais ele- gem pela linha de meta o homem da
Ricard, chegávamos ao -livres que se notava um li- vadas que nos dias anteriores pudes- Red Bull estava já a mais de quatro
Grande Prémio da Áustria geiro ascendente dos carros sem ser um problema para o W09 EQ segundos de Hamilton e a mais de
sem saber quem poderia ter de Brackley, que com um Power+, sempre mais à-vontade em dois de Bottas.
supremacia, muito embora novo pacote aerodinâmico ambientes mais frescos. Tudo corrida bem à Mercedes, até por-
Ainda assim, e depois do bom arran- que Sebastian Vettel, penalizado em
pareciam poder oferecer aos que de Kimi Räikkonen, que chegou três lugares na grelha de partida por
fosse mais ou menos claro seus pilotos um pacote técnico mais a estar em segundo, ficar contido, ter prejudicado Carlos Sainz na Q3, era
que a Red Bull teria um fim competitivo. com Hamilton e Bottas, que perdeu a apenas sexto, deixando antever um
de semana difícil. Ironia do Apesar da aproximação da Ferrari no batalha da partida, no comando tudo resultado que pudesse incrementar
destino, no final de domingo sábado, Sebastian Vettel foi o mais parecia estar encaminhado para uma a vantagem de Hamilton nas contas
acabaria por ser a equipa de rápido na terceira sessão de treinos- tarde de sucesso para os “Flechas de do Campeonato de Pilotos.
Milton Keynes a aproveitar a -livres, foi com naturalidade que a Prata”. Porém, tudo se precipitou na 14ª volta,
hecatombe dos “Flechas de Mercedes assegurou a primeira linha, Com Verstappen na terceira posição, quando a Mercedes sofreria um pri-
Prata”, com a vitória de Max tendo sido a surpresa a performance depois de ter suplantado de forma meiro golpe: Bottas parava em pista
Verstappen, a primeira do de Valtteri Bottas, que bateu Lewis decisiva Räikkönen ainda durante com problemas hidráulicos, sendo o
holandês esta temporada Hamilton no duelo pela pole position. a primeira volta, os dois pilotos da abandono inevitável.
Mercedes foram-se afastando dos O finlandês deixou o seu W09 EQ
O mote estava dado e temia-se que a seus perseguidores e na 10ª passa- Power+ numa zona em que foi ne-

Jorge Girão corrida pudesse ser apenas um pas-
[email protected] seio para os Mercedes, muito embora

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cessário a entrada no circuito de uma liderança. Precisava de ganhar cerca 45 Räikkönen, que foi ultrapassado por
grua móvel, o que obrigou à ativação de oito segundos, mas começou inclu- Daniel Ricciardo depois de um erro.
de uma situação de Safety Car Virtual. sivamente a perder tempo para eles. Número de Grandes Prémios que passaram No entanto, na ânsia de se impor
Com cerca de meia volta para tomar Começava até a correr o risco de perder desde que a Mercedes não teve qualquer ao finlandês, Hamilton destruiu os
decisões, a Mercedes resolveu man- um lugar para Vettel, motivo pelo qual carro no final da corrida (Espanha 2016) seus pneus macios, ficando exposto
ter Hamilton em pista, ao passo que a Mercedes o chamou às boxes na 25ª a Vettel.
Red Bull e Ferrari decidiram chamar quinta volta, mantendo o alemão da O alemão não se fez rogado e, na 39ª
os seus pilotos para trocar de pneus. Ferrari atrás de si. volta, apesar do pouco espaço cedido
De repente, Hamilton, que dominara Tal como todos os outros pilotos da pelo piloto da Mercedes, suplantou o
até então a corrida, passava para uma frente, o inglês tinha agora borrachas seu rival na luta pelo título, infligindo
situação de desvantagem, uma vez macias para terminar a corrida, mas um pouco mais de dor aos homens da
que, caso não houvesse nova situação 10 voltas mais novos que os seus ad- formação de Brackley.
de Safety Car Virtual, cairia para o versários. O quarto posto de Vettel transformar-
quarto posto. A corrida estava perdida, mas com -se-ia em terceiro, quando Ricciardo,
Quando a prova foi retomada, apesar Vettel atrás de si, o Campeão do Mundo que já fora ultrapassado por Räikkönen
de tudo tentar para se afastar dos seus em título poderia ainda estender a sua a contas com problemas de pneus,
perseguidores, Hamilton não conse- vantagem para o seu rival na luta pelo abandonava na 43ª volta com o escape
guiu ganhar vantagem suficiente para campeonato e até conseguir subir partido, que estava a danificar a caixa
realizar a sua paragem sem perder a ao pódio, se conseguisse suplantar de velocidades.

F1/
FÓRMULA 1

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GP DA ÁUSTRIA 9 D E 2 1

M/ MOMENTO F/ FIGURA

ABANDONO DE BOTTAS - A Mercedes parecia MAX VERSTAPPEN - O holandês esteve ao seu
ter a corrida dominada após o arranque, com melhor nível no Red Bull Ring. Mostrou a agres-
os seus pilotos nos dois primeiros lugares. sividade que lhe é reconhecida, mas sem colocar
Contudo, quando Bottas abandonou com em risco a sua prova, o que foi determinante
problemas hidráulicos na 14ª volta, tudo para ultrapassar Räikkönen e colocar-se no
se precipitou, com a equipa de Brackley a encalço dos pilotos da Mercedes. Quando estes
não chamar Hamilton à boxe aquando da enfrentaram problemas, Verstappen estava no
situação de Safety Car Virtual, ao contrário sítio certo. Porém, o piloto da Red Bull teve de
dos restantes pilotos da frente. A partir daí o gerir muito bem os pneus enquanto os Ferrari se
piloto inglês ficou em desvantagem, sendo o mostravam ameaçadores, exercício em que se
triunfo uma miragem. mostrou extraordinário. Um merecido triunfo.

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VISITE NOSSO SITE PARA 200 +/ MAIS no final da primeira volta era apenas
VER MAIS FOTOS DA penúltimo, tendo atrás de si o seu
PROVA AUTOSPORT.PT Grandes Prémios disputados ROMAIN GROSJEAN colega de equipa. Alonso instigou a
pela Force India O francês tem protagonizado uma sua equipa a tomar opções táticas
A Mercedes errou em temporada cheia oportunidades para o tirar desta posição, o que foi
termos estratégicos 50 perdidas, quer devido a erros conseguido aquando da situação de
e abriu caminho ao pessoais, quer devido a problemas Safety Car Virtual, guindando-o a 13º.
triunfo da Red Bull, e Número de Grande Prémios alheios, enquanto o seu colega de Daí para a frente o bicampeão mundial
de Max Verstappen. disputados pela Haas equipa tem vindo a somar pontos, evidenciou o espírito combativo que o
A Ferrari aproveitou mas no Red Bull Ring mostrou o que caracteriza, passando em pista Gasly
e Vettel recuperou pode fazer quando tudo lhe corre bem. e Leclerc para terminar em oitavo.
a liderança do Assinou uma performance notável na Novamente, deixou no ar o que poderia
campeonato... qualificação, colocando-se entre os ser se tivesse ao seu dispor um carro
pilotos da Red Bull, no quinto posto, competitivo.
batendo claramente Magnussen.
Na corrida, Grosjean manteve vivos HAAS
os seus pneus macios depois de A formação americana mostrou ao
ter parado na décima quinta volta, longo de todo o ano ter um dos carros
mantendo-se fora do alcance dos seus mais competitivos do “segundo
perseguidores, liderados pelo seu pelotão”, mas por um motivo ou
colega de equipa. por outro os resultados ficaram
Os problemas da Mercedes e de quase sempre aquém do potencial
Ricciardo promoveram o francês evidenciado em pista. Na Áustria
a quarto, igualando o seu melhor a Haas concretizou, finalmente,
resultado com a Haas. o andamento do seu carro tendo
conseguido uma “dobradinha” atrás
FERNANDO ALONSO das “Três Grandes”.
O espanhol continua a demonstrar o O abandono de três dos pilotos da
porquê de ser considerado por muitos frente significou que Grosjean e
o melhor piloto da atualidade. Depois Magnussen terminassem em quarto
de ter arrancado da via das boxes, e quinto respetivamente. O melhor
resultado de conjunto da formação de
Gene Haas no fim de semana em que
celebrou 50 Grandes Prémios.

Uma volta antes, também com os pneu- face aos pilotos da Ferrari que tinham -/ MENOS Vettel, dificilmente a Ferrari poderá
máticos traseiros do seu Mercedes com- borrachas exatamente nas mesmas vencer uma corrida. Räikkönen
pletamente nas lonas, Hamilton passaria condições, mas que eram mais gentis MERCEDES arrancou bem, chegando a ameaçar
pelas boxes para montar supermacios. para os Pirelli. A equipa do construtor germânico os Mercedes, mas na luta corpo
No entanto, o inglês não iria longe, aban- Apesar da aproximação de Räikkonen e parecia ter tudo para passar por a corpo durante a primeira volta
donando na 62ª volta com problemas de Vettel, o piloto da Red Bull assegurou uma tarde perfeita nos Alpes não se conseguiu impor, ficando
no sistema de alimentação do seu mo- a sua primeira vitória da temporada, austríacos: monopolizou a primeira em quarto, depois de ter chegado
nolugar. Estava dada a derradeira ma- oferecendo à sua equipa o seu primeiro linha e após a primeira volta tinha a rodar em segundo, ao perder
chadada nas aspirações da Mercedes, triunfo no circuito que também perten- os seus dois pilotos no comando também um lugar para Verstappen.
que ficava sem qualquer representante ce a Dietrich Mateschitz. das operações. Mas na 14ª volta No fundo, a sua incapacidade de
em prova. Num dia em que parecia caminhar para o pesadelo desceu sobre si com a se impor nas lutas roda com roda
Então, Verstappen estava a caminho da uma derrota retumbante, a Ferrari co- paragem em pista de Bottas. Para acabou por lhe negar a possibilidade
vitória no Grande Prémio da Áustria. locou ambos os seus pilotos no pódio, além de ter perdido um carro, a de conquistar uma vitória que caiu
O jovem holandês tinha ainda de se recuperando a liderança dos campeo- Mercedes não reagiu ao Safety Car nos braços do holandês da Red
haver com a gestão dos pneus ma- natos graças aos abandonos dos dois Virtual despoletado pelo abandono Bull depois dos problemas dos
cios que tinha montado na 15ª volta, Mercedes. do finlandês, não chamando Mercedes.
Hamilton às boxes, ao contrário
dos restantes pilotos da frente. Na RENAULT
prática, o inglês, que se mantinha A equipa francesa tem vindo a
na liderança, tinha a corrida perdida. afirmar-se como a quarta força
O abandono do Campeão Mundial em pista, posição em que figura
já perto do final foi mais sal numa no Campeonato de Construtores,
ferida aberta, tendo a Mercedes mas a Áustria foi-lhe madrasta. Na
perdido para a Ferrari a liderança em qualificação viu-se completamente
ambos os campeonatos. batida pela Haas, ficando quase
tão longe desta, como esta do
KIMI RÄIKKÖNEN tempo da pole position. A corrida
O piloto finlandês terminou no seria ainda pior com Hulkenberg
segundo posto e teve uma ponta a ser o primeiro a abandonar com
final forte, aproximando-se evidentes problemas na unidade de
perigosamente de Verstappen. Mas potência do seu Renault.
uma vez mais ficou patente que, sem Carlos Sainz sentiu graves
problemas em gerir os pneus,
terminando num desapontante 12º
lugar.

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FÓRMULA 1

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GP DA ÁUSTRIA 9 D E 2 1

FINALMENTE
HAAS
Aolongodaépocaforaminúmerasas dos seis pilotos das “Três Grandes”, que
situações em que a Haas se mos- foram à sua vida, os homens da equipa Ricciardo para terminarem em quarto e Pérez, depois de ter cedido o lugar a este
trou a equipa mais competitiva americana tiveram ainda a presença quinto, respetivamente, no 50º Grande para que o mexicano, com pneus mais
do “segundo pelotão”, mas por de Nico Hulkenberg, que se manteve no Prémio da formação de Gene Haas. frescos, pudesse tentar desfeitear o di-
um motivo ou por outro foram raras as encalço do dinamarquês nos momentos Com a Renault a passar por um do- namarquês da Haas. Essa possibilidade
ocasiões em que conseguiu alcançar todo iniciais da prova. No mingo decepcionante, com o abandono nunca se materializou e as posições dos
o potencial do seu monolugar, sendo o entanto, quando o de Hulkenberg e com os problemas de pilotos da equipa de Silverstone foram
caso mais evidente o do Grande Prémio alemão abandonou pneus de Carlos Sainz, coube à Force India retomadas na última volta.
da Austrália, quando liderava a “seg- na 11ª volta ficaram perseguir a Haas, ainda que à distância, Longe de se poder imiscuir nestas lutas,
unda divisão”, perdendo ambos os carros completamente muito embora nunca tenha sido verda- Fernando Alonso, que alinhou da via das
devido a problemas nas trocas de pneus. descansados na deiramente ameaçadora para Magnussen, boxes, realizou uma das corridas a que
Na Áustria os homens da equipa norte- “liderança da sua quanto mais para Grosjean. já nos habituou, carregando às costas o
americana não deram possibilidades a corrida”. Esteban Ocon terminou à frente de Sergio seu McLaren Renault desde a penúltima
ninguém, ficando com as duas melhores A partir de então posição até ao oitavo posto, colocando um
posições atrás dos carros restantes das pouco tinham a ponto final na travessia sem pontos que
“Três Grandes”. fazer para lá de evi- vinha a realizar.
O Haas VF-18 Ferrari era claramente o tar erros e gerir os Já Charles Leclerc voltou a terminar den-
monolugar mais competitivo atrás da pneus. Aquando da tro dos 10 primeiros, com o nono posto,
Mercedes, Ferrari e Red Bull, deixando situação de Safety sendoaterceiravezconsecutivaquesoma
longe os Renault, que viu Carlos Sainz Car a equipa dividiu pontos e quinta em seis corridas, o que
a ficar no nono posto da qualificação, a o mal pelas aldeias, chamando Grosjean evidencia a performance e a consistência
quase um segundo de Romain Grosjean e mantendo em pista Magnussen, tendo do piloto da Alfa Romeo Sauber. Mas desta
que, ao perder apenas sete décimos de este realizado o mais longo “stint” com feita, o monegasco foi bem secundado
segundo para o tempo da pole-position pneus ultramacios da corrida – 28 voltas. por Marcus Ericsson, que fechou os 10
de Valtteri Bottas, conseguiu colocar-se Na ponta final da corrida Grosjean sen- primeiros, sublinhando a subida de forma
entre Max Verstappen e Daniel Ricciardo. tiu algumas dificuldades com as bor- gradual da equipa de Hinwil.
Era evidente que só um grande cataclismo rachas macias que tinha montadas no
poderia impedir que os homens da Haas seu monolugar, mas tendo apenas o seu
- Magnussen assegurou o oitavo crono colega de equipa como único opositor
da qualificação - dominassem a corrida tudo estava sob controlo. Os homens da
do “segundo pelotão”. Haas mantiveram posições, beneficiando
Na corrida, depois de terem ficado atrás dos abandonos dos Mercedes e de Daniel

>> autosport.pt

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ÁUSTRIA SUBLINHA DEBILIDADES
ESTRATÉGICAS DAMERCEDES
A Mercedes tem sido uma autên-
tica fortaleza ao longo da “Era ter feito o mesmo com Hamilton, que construtor germânico mostrou-se não reagimos. Foi aqui que perdemos
Turbohíbrida”, mas no Grande rodava entre Verstappen e Ricciardo, desapontado com o sucedido, expli- a corrida.
Prémio da Áustria mostrou de- mas considerou que a vantagem que cando que a falha táctica deveu-se a Naquela fase da corrida, com o Safety
bilidades em todas as áreas, sendo as poderia alcançar com a operação era um processo demasiado analítico dos Car Virtual, parar nas boxes é opção
dificuldades estratégicas uma situa- negligenciável, o que não se verificou, estrategas da equipa. “O que penso correta em 80% das ocasiões.
ção que se vem a repetir ao longo da tendo o australiano vencido a corrida. que aconteceu foi que estávamos nos Com um carro contra dois outros, o
temporada. Verstappen não foi ao pódio apenas dois primeiros lugares a controlar a processo de raciocinio que foi empre-
Logo em Melbourne, Lewis Hamilton por que se envolveu num toque com corrida e, subitamente, vemos o nosso gue foi ‘o que acontecerá se os outros
liderava a corrida confortavelmen- Sebastian Vettel. segundo carro a parar”, começou por chamarem às boxes os seus carros?’.
te, parando nas boxes para trocar de Na Áustria as dificuldades estratégicas dizer Toto Wolff que acrescentou: “o Sairíamos atrás do Kimi (Räikkönen),
pneus sem que tivesse assegurado da Mercedes voltaram a fazer-se sen- Safety Car Virtual foi implementado e dado que deixariam o Kimi em pista
para Sebastian Vettel a distância ne- tir, quando foi adotada uma situação tínhamos meia volta para reagir, mas e atrás do Max (Verstappen). O que
cessária para impedir que este assu- de Safety Car Virtual para remover significaria isso para a corrida?
misse o comando na eventualidade o monolugar de Valtteri Bottas, que Não diria que toda esta linha de pen-
do aparecimento de um Safety Car abandonara com problemas hidráu- samento nos distraiu, mas demoramos
Virtual. licos. muito tempo nisto.
Os problemas das boxes de Grosjean Com a aproximação do período para Para mim, foi a situação mais dura
acabaram por precipitar a introdução as paragens nas boxes, a Red Bull e nos meus anos de Mercedes, pior do
do Safety Car Virtual, tendo o inglês a Ferrari chamaram os seus pilotos que Barcelona (ndr.: quando Hamilton
perdido o comando e a corrida para para trocar de pneus, perdendo me- e Rosberg bateram logo no início no
o seu rival. nos tempo com toda a operação do Grande Prémio de Espanha de 2016).
Na prova de Xangai, Valtteri Bottas que aconteceria se a corrida estivesse Muita gente veio ter comigo no início
parecia capaz de poder vencer, mas a decorrer normalmente. Contudo, da corrida e disse, ‘será um dia calmo,
uma situação de Safety Car acabou estranhamente a Mercedes manteve dobradinha, têm o carro mais rápido’.
por cercear qualquer possibilidade de Hamilton em pista, deixando-o expos- Isto é o que pode acontecer nas cor-
o finlandês poder ascender ao degrau to aos dois pilotos da equipa de Milton ridas. Podem ser cruéis e hoje todas
mais alto do pódio. A Red Bull aprovei- Keynes e a Kimi Räikkönen. as crueldades vieram ter connosco”.
tou o episódio para trocar os pneus Os piores cenários para o inglês con- Lewis Hamilton, que acabaria por
dos seus pilotos, ficando em vanta- cretizaram-se quando realizou a sua abandonar devido a problemas na sua
gem com as suas borrachas frescas, troca de pneus, caindo para quarto, unidade de potência, não conseguiu
face aos pneumáticos cansados dos deixando claro o erro estratégico dos esconder a sua frustração urgindo
restantes pilotos. A Mercedes poderia homens de Brackley. a equipa a reagir. “Este é definitiva-
O chefe de equipa da formação do mente o pior fim de semana de que
me recordo desde há muito tempo. Não
vou mentir, vamos ter de trabalhar em
todas as áreas. Não podemos permitir-
-nos atirar fora tantos pontos. Temos
de encontrar um método à prova de
bala para avançarmos”, avisou o inglês,
que vai para “o seu Grande Prémio”
no segundo posto do Campeonato de
Pilotos.

F1/
FÓRMULA 1

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GP DA ÁUSTRIA 9 D E 2 1

RICCIARDO COMPREENDE,
MAS DEIXA AVISO
Daniel Ricciardo mostrou-se desa-
gradado com o comportamento sido tramado. Desde então tive algumas semos conversar sobre o assunto antes transformou-se em frustração. Pensei
do seu colega de equipa durante o conversas com o Christian (Horner) e da qualificação. Tinha as minhas preo- que, numa das três voltas lançadas, eu
terceiro segmento da qualificação, com o meu engenheiro. Tinha as minhas cupações. Penso que, enquanto grupo, teria preferência, mas era apenas eu a
tendo mais tarde colocado alguma água preocupações, mas provavelmente, não foi discutido. A meu ver, dentro do assumir”, apontou o australiano, que,
na fervura, muito embora tenha deixado esperei que fossem óbvias”, apontou carro, era óbvio, darem-me um cone de porém, não deixa de apontar algumas
alguns avisos à Red Bull. Ricciardo. aspiração em vez de o dar a outros. Para críticas à Red Bull, sublinhando que
Os carros de Milton Keynes, como espe- O australiano admitiu que todo a situa- a minha última volta lançada pensei que esta poderia gerir a situação de uma
rado, tiveram algumas dificuldades com ção se deveu a um desentendimento que teria a possibilidade de ter um cone de forma mais justa para ambos: “Não é
a velocidade de ponta no Red Bull Ring, poderia ter sido evitado com um diálogo aspiração, mas penso que o Max não me que me tenha surpreendido. Eu sabia
perdendo claramente para os Mercedes claro. “Não falei nisso antes da qualifica- o queria dar. Deste ponto de vista, nunca o que cada um de nós estava a fazer,
e para os Ferrari, tendo o australiano, ção dado que pensei que era mais óbvio conversámos sobre o assunto, portanto, ele sabia o que eu estava a tentar fa-
inclusivamente, perdido para Romain do que era na realidade. Talvez devês- ele pensou, ‘vou ficar onde estou’ e eu zer. Ambos estamos a tentar bater o
Grosjean, que ficou entre os dois pilotos pensei, ‘isto não é justo, alguém faça outro, mas penso que a equipa pode
da formação de bandeira austríaca. alguma coisa’”, afirmou o piloto do Red tentar intervir nos jogos psicológicos
Face ao cenário, Ricciardo esperava ob- Bull número três. que fazemos”.
ter do seu colega de equipa um cone de Apesar de reconhecer que Verstappen Por seu lado, Christian Horner foi claro a
aspiração, tendo baixado dramatica- pensou apenas em si, Ricciardo garante desvalorizar toda a situação, apontando
mente o seu ritmo na volta de prepa- que não está verdadeiramente agastado que o procedimento de qualificação da
ração de uma das suas voltas lançadas com o seu colega de equipa. “Se tivés- equipa tem já diversas temporadas,
para que Verstappen o ultrapassasse. semos clarificado tudo antes da quali- sendo o mais equilibrado para que ne-
No entanto, este não foi na conversa e ficação, estaria mais aborrecido com nhum dos pilotos se queixe.
manteve a sua posição até que o aus- ele. Ambos sabíamos o que se estava “Temos uma política muito simples, que
traliano foi mandado aumentar a velo- a passar, mas penso que o competidor tem vindo a ser adotada nos últimos sete
cidade para poder ter mais de uma volta que todos nós temos não quer dar um anos, que é alternar de fim de semana
lançada na Q3. centímetro. Não estou mal com ele, as para fim de semana quem sai primeiro
Após a qualificação o piloto que não tem coisas são assim. Não posso estar mal, para a pista. Essa é a única forma de ser
ainda contrato para 2019 revelou-se é apenas frustrante. justo de circuito para circuito.
agastado com o sucedido: “Não estou É a qualificação, todos estão em pista Este fim de semana foi a vez de o Daniel
impressionado. Poderia ser mais justo”. para fazer o melhor para si e, na verda- sair primeiro e ele sentiu que o Max
Ao que Verstappen retorquiu: “Não, tra- de, o colega de equipa é quem quere- estava a beneficiar dessa situação”, sa-
ta-se de disciplina. Na semana passa- mos bater. É divertido, mas a diversão lientou o chefe de equipa da Red Bull.
da (ndr.: em França) eu estive à frente,
agora é a vez dele”.
Mais tarde, depois de conversar com
os responsáveis da Red Bull, Ricciardo
mostrou-se mais calmo.
“No calor do momento pensei que tinha

>> autosport.pt

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C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S

GP DA ÁUSTRIA PROVA 9 DE 21 PROVA TEMPO
SPIELBERG VOLTAS
VOLTA MAIS RÁPIDA
01/07/2018 GERAL
VEL. MÁXIMA
4,318 KM 71 306,452 KM SEXTA SÁBADO DOMINGO GERAL
BOX

PERÍMETRO VOLTAS DISTÂNCIA TOTAL 1 MAX VERSTAPPEN RED BULL RB14/TAG HEUER 1:21:56.024 71 1:07.442 4 301.7 KM/H 19 1
1:06.957 1 327.6 KM/H 1 1
2 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI SF71H +1.504S 71 1:07.082 2 319.5 KM/H 5 1
1:09.071 16 309.1 KM/H 17 1
TREINOS LIVRES GRELHA DE PARTIDA 3 SEBASTIAN VETTEL FERRARI SF71H +3.181S 71 1:08.476 7 316.7 KM/H 8 1
1:08.850 11 315.6 KM/H 10 1
1 VALTTERI BOTTAS 4 ROMAIN GROSJEAN HAAS VF-18/FERRARI +1 VOLTA 70 1:08.504 8 318.2 KM/H 6 1
MERCEDES 1:08.661 9 313.6 KM/H 14 1
1:03.130 Q3 5 KEVIN MAGNUSSEN HAAS VF-18/FERRARI +1 VOLTA 70 1:09.006 14 324.9 KM/H 2 1
1:08.216 6 317.8 KM/H 7 1
1.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 6 ESTEBAN OCON FORCE INDIA VJM11/MERCEDES +1 VOLTA 70 1:09.295 19 324.3 KM/H 4 1
1:08.766 10 314.9 KM/H 11 1
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 7 SERGIO PEREZ FORCE INDIA VJM11/MERCEDES +1 VOLTA 70 1:08.971 13 314.6 KM/H 13 2
1:09.203 18 314.7 KM/H 12 2
1 LEWIS HAMILTON MERCEDES 1:04.839 8 FERNANDO ALONSO MCLAREN MCL33/RENAULT +1 VOLTA 70 1:08.894 12 307.6 KM/H 18 2
1:07.241 3 324.4 KM/H 3 2
2 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +0.127S 2 LEWIS HAMILTON 9 CHARLES LECLERC SAUBER C37/FERRARI +1 VOLTA 70 1:09.171 17 311.6 KM/H 15
MERCEDES 1:07.591 5 316.1 KM/H 9 2
3 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING +0.233S 1:03.149 10 MARCUS ERICSSON SAUBER C37/FERRARI +1 VOLTA 70 1:09.044 15 301.3 KM/H 20
1:10.380 20 310.3 KM/H 16
4 SEBASTIAN VETTEL FERRARI +0.341S 11 PIERRE GASLY TORO ROSSO STR13/HONDA +1 VOLTA 70

5 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING +0.644S 3 KIMI RÄIKKÖNEN
FERRARI
6 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI +0.937S 1:03.660 12 CARLOS SAINZ RENAULT RS18 +1 VOLTA 70

7 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +1.189S 13 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS FW41/MERCEDES +2 VOLTAS 69

8 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +1.216S 4 MAX VERSTAPPEN 14 LANCE STROLL WILLIAMS FW41/MERCEDES +2 VOLTAS 69
RED BULL RACING
9 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +1.376S 1:03.840 15 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN MCL33/RENAULT CX. VEL. 65

10 PIERRE GASLY TORO ROSSO +1.555S NC LEWIS HAMILTON MERCEDES W09 EQ POWER+ PRE. COMB. 62

11 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +1.561S 5 ROMAIN GROSJEAN
HAAS FERRARI
12 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +1.565S 1:03.892 NC BRENDON HARTLEY TORO ROSSO STR13/HONDA SUSPENSÃO 54

13 CARLOS SAINZ RENAULT +1.588S NC DANIEL RICCIARDO RED BULL RB14/TAG HEUER MOTOR 53

14 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +1.616S 6 SEBASTIAN VETTEL NC VALTTERI BOTTAS MERCEDES W09 EQ POWER+ PROB. HIDR. 13
FERRARI
15 NICO HULKENBERG RENAULT +1.640S 1:03.464 NC NICO HULKENBERG RENAULT RS18 TURBO 11

16 LANCE STROLL WILLIAMS +1.728S

17 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +1.773S 7 DANIEL RICCIARDO
RED BULL RACING
18 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +1.859S 1:03.996

19 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +2.032S AUSTRÁLIA
BAHREIN
20 ROBERT KUBICA WILLIAMS +2.585S CHINA
AZERBAIJÃO
2.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 8 KEVIN MAGNUSSEN ESPANHA
HAAS FERRARI MÓNACO
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 1:04.051 CANADÁ
FRANÇA
ÁUSTRIA
GRÃ-BRETANHA
ALEMANHA
HUNGRIA
BÉLGICA
ITÁLIA
SINGAPURA
RÚSSIA
JAPÃO
EUA
MÉXICO
BRASIL
ABU DHABI

1 LEWIS HAMILTON MERCEDES 1:04.579 9 CARLOS SAINZ
RENAULT
2 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +0.176S 1:04.725 PILOTOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

3 SEBASTIAN VETTEL FERRARI +0.236S

4 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING +0.452S 10 NICO HULKENBERG 1. S. VETTEL 25 25 4 12 12 18 25 10 15 146

5 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING +0.546S RENAULT 2. L. HAMILTON 18 15 12 25 25 15 10 25 - 145
1:05.019
6 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI +0.686S Q2 3. K. RAIKKONEN 15 - 15 18 - 12 8 15 18 101

7 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +0.850S 11 ESTEBAN OCON 4. D. RICCIARDO 12 - 25 - 10 25 12 12 - 96

8 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +0.980S FORCE INDIA MERCEDES
1:04.845
9 PIERRE GASLY TORO ROSSO +1.179S 5. M. VERSTAPPEN 8 - 10 - 15 2 15 18 25 93

10 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +1.351S 12 PIERRE GASLY 6. V. BOTTAS 4 18 18 - 18 10 18 6 - 92
TORO ROSSO HONDA
11 CARLOS SAINZ RENAULT +1.420S 1:04.874 7. K. MAGNUSSEN - 10 1 - 8 - - 8 10 37

12 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +1.517S 8. F. ALONSO 10 6 6 6 4 - - - 4 36

13 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +1.554S 13 FERNANDO ALONSO 9. N. HULKENBERG 6 8 8 - - 4 6 2 - 34
MCLAREN RENAULT
14 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +1.620S 1:05.058

15 NICO HULKENBERG RENAULT +1.694S 10. C. SAINZ 1 - 2 10 6 1 4 4 - 28

16 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +1.747S 14 LANCE STROLL 11. S. PEREZ - - - 15 2 - - - 6 23

17 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +1.753S WILLIAMS MERCEDES 12. E. OCON - 1 - - - 8 2 - 8 19

18 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +1.775S 1:05.286 Q1 13. P. GASLY - 12 - - - 6 - - - 18

19 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +1.850S 15 STOFFEL VANDOORNE

20 LANCE STROLL WILLIAMS +2.047S MCLAREN RENAULT 14. C. LECLERC - - - 8 1 - 1 1 2 13

1:05.271 15. R. GROSJEAN - - - - - - - - 12 12

3.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 16 SERGIO PEREZ 16. S. VANDOORNE 2 4 - 2 - - - - - 8
FORCE INDIA MERCEDES
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 1:05.279 17. L. STROLL - - - 4 - - - - - 4

1 SEBASTIAN VETTEL FERRARI 1:04.070 18. M. ERICSSON - 2 - - - - - - 1 3

2 LEWIS HAMILTON MERCEDES +0.029S

3 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +0.134S 17 SERGEY SIROTKIN 19. B. HARTLEY - - - 1 - - - - - 1
WILLIAMS MERCEDES
4 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI +0.400S 1:05.322 20. S. SIROTKIN - - - - - - - - - 0

5 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING +0.721S

6 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING +0.821S 18 CHARLES LECLERC
SAUBER FERRARI
7 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +0.846S 1:04.979 EQUIPAS

8 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +0.943S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

9 CARLOS SAINZ RENAULT +1.016S 19 BRENDON HARTLEY 1. FERRARI 40 25 19 30 12 30 33 25 33 247
TORO ROSSO HONDA
10 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +1.149S 1:05.366 2. MERCEDES 22 33 30 25 43 25 28 31 - 237

11 NICO HULKENBERG RENAULT +1.158S 3. RED BULL 20 - 35 - 25 27 27 30 25 189

12 PIERRE GASLY TORO ROSSO +1.194S 20 MARCUS ERICSSON 4. RENAULT 7 8 10 10 6 5 10 6 - 62
SAUBER FERRARI
13 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +1.374S 1:05.479 5. HAAS FERRARI - 10 1 - 8 - - 8 22 49

14 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +1.378S

15 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +1.432S 6. MCLAREN RENAULT 12 10 6 8 4 - - - 4 44

16 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +1.629S Nota: Leclerc penalizado em 5 posições devido a troca não 7. FORCE INDIA - 1 - 15 2 8 2 - 14 42
regulamentar de cx. de velocidades; Vettel penalizado em
17 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +1.635S 3 posições por ter bloqueado Sainz na qualificação; Alonso 8. TORO ROSSO HONDA - 12 - 1 - 6 - - - 19
solicitou partir do pit lane devido à colocação de novas peças
18 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +1.767S em parque fechado; Hartley partiu do fim da grelha devido a 9. SAUBER FERRARI - 2 - 8 1 - 1 1 3 16

19 LANCE STROLL WILLIAMS +1.959S múltiplas trocas de peças da unidade motriz. 10. WILLIAMS - - - 4 - - - - - 4

20 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +2.248S

PONTUAÇÃO 1.º 25 PTS 2.º 18 PTS 3.º 15 PTS 4.º 12 PTS 5.º 10 PTS 6.º 8 PTS 7.º 6 PTS 8.º 4 PTS 9.º 2 PTS 10.º 1 PT

12 CPR/
CAMPEONATO DE PORTUGAL DE RALIS - RALI CASTELO BRANCO

e há um piloto que reúne te o que aconteceu e para percebermos
consenso entre os mui- um pouco melhor o que foi esta prova
tos milhares de adeptos do exemplarmente organizada - como é
seu apanágio - pela Escuderia Castelo
A PRIMEIRA CampeonatodePortugalde Branco, apenas 9.5s separaram no final
Ralis é Ricardo Teodósio. O os quatro primeiros classificados. E isto
S‘showman’ algarvio deverá também diz muito do nível a que se roda
ser o piloto mais altruísta que existe, nos ralis em Portugal.
já que, em pleno troço, quando perce- A prova teve vários pontos de interesse,
DE RICARDO bequeosaplausossão‘especiais’,ele um deles a presença do espanhol Pepe
TEODÓSIO responde com uma atravessadela para Lopez. Depois de Craig Breen o ano
lá da medida certa, e tal como Colin passado em Mortágua e Hiroki Arai
McRae, não é preciso um piloto ganhar este ano na mesma prova, o CPR tem
campeonatos atrás de campeonatos tido a oportunidade de receber pilotos
para ser idolatrado muito para lá do que com outro tipo de ritmo.
Outro grande ponto de interesse des-
seria normal. Teodósio tem esse efeito te rali foi a Peugeot Rally Cup Ibérica,
competição que está a ajudar jovens
nos adeptos, e o que disseram os seus pilotos nacionais a ‘crescer’ ainda mais
Depois de longos anos de espera, Ricardo Teodósio e José Teix- adversários quando se confirmou a sua depressa.
eira concretizaram, no Rali de Castelo Branco, um sonho antigo, vitória também diz muito: “Se há um
vencer um rali na geral. Numa prova muito equilibrada nos piloto que há muito merecia vencer, é O PRIMEIRO
lugares da frente, ganhou quem tomou as melhores decisões... o Ricardo Teodósio, por tudo o que tem
Desde que se estrearam este ano com o
feito pelos ralis”. Nada mais acertado. seu novo Skoda Fabia R5, que Ricardo
José Luís Abreu Quis o destino que o seu primeiro triun-
[email protected] fo resultasse de um rali super equilibra-

FOTOGRAFIA AIFA/JORGE CUNHA; ZOOM MOTORSPORT/ANTÓNIO SILVA E OFICIAIS do e cheio de incidências. Foi exatamen-

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13

COMENTÁRIO
DO VENCEDOR

RICARDO TEODÓSIO

Teodósio e José Teixeira têm vindo a Branco confirmou-o pois conseguiu mantendo à tona, e quando se chegou “Sinto-me muito feliz. É uma
mostrar, a espaços, que quando ‘jun- andar bem mais perto da frente. E à fase decisiva do rali fez tudo bem. No experiência nova. Já tínhamos
tam’ tudo, andam ‘lá em cima’. Quando numa prova tão complicada, com o final, venceu, assegurando o primeiro conseguido vitórias em Grupo
as competições têm um nível elevado tempo muito incerto, era fácil cometer triunfo da sua carreira no Campeonato N, mas não é o mesmo que na
como é o caso deste CPR, qualquer erros e Teodósio também não teve de Portugal de Ralis. geral. Esta tem um sabor espe-
detalhe faz a diferença e a verdade um rali perfeito a esse nível, pois uma José Pedro Fontes terminou a 5,2s cial. No ano passado vencemos
é que Teodósio já tinha dado sinais troca de afinações foi suficiente para num pódio que ficou completo com aqui em Grupo N. Este ano voltá-
no Rali Vidreiro que estava cada vez piorar o carro, como nos confessou. João Barros. mos com um R5, graças a toda
melhor no asfalto. Agora em Castelo Mas entre avanços e recuos foi-se Mas como lá chegámos? a equipa, aos meus patrocina-
dores, à minha mãe e a todos os
9,5 que estão connosco. Na prova
fizemos uma boa escolha de
SEGUNDOS SEPARARAM NO FINAL DO RALI pneus e de set up no carro e
OS QUATRO PRIMEIROS: R. TEODÓSIO, J.P. conseguimos com isso alcançar
FONTES, J. BARROS E A. ARAÚJO a vitória. Já os nossos colegas
fizeram uma escolha de pneus
que não foi a mais apropriada,
mas as corridas são mesmo as-
sim. Eu já perdi muitas corridas
por poucos segundos sem ter
cometido nenhum equívoco ou
ter feito uma escolha menos
acertada. Foi muito bom estar
aqui. Esperamos que a próxima
prova nos corra tão bem quanto
esta, o que não é fácil, já que
é a Madeira. Não podia haver
melhor resultado possível para
nós. Estamos todos de parabéns.
Desde pequeno que gosto de
ralis, já o meu pai e a minha
mãe me levavam para os ralis e
é graças a eles que estou aqui.
Tenho a minha maneira particu-
lar de guiar, mas se andasse a
direito já não era eu. O carro tem
que estar como gosto e esteve
muito bem afinado neste rali,
e o resultado está aí...” disse
Ricardo Teodósio.

CPR/
CAMPEONATO PORTUGAL DE RALIS

14 R A L I D E C A S T E L O B R A N C O 6 D E 8

M/ MOMENTO

No fim da manhã, José Pedro Fontes tinha
um avanço de 12.8s face a João Barros e
15.2s para Ricardo Teodósio, mas o piloto do
Citroën C3 R5 perdeu nos três últimos troços
6.8s, 10.0s e 10.7s para os vencedores das
especiais e com isso o rali. A razão é simples.
Fontes foi avisado por um elemento da equipa
que estava a chover muito na zona dos troços
e levou pneus de chuva. Mas quando lá
chegou, não havia chuva...

CHUVA BARALHOU a Ricardo Teodósio. Uma boa margem F/ FIGURA Ricardo Teodósio começou a sua carreira nas
para gerir de tarde, mas foi aqui que pistas e ainda no Séc. XX mudou-se para os
O rali começou logo por pregar partidas tudo começou a mudar. Fontes rece- melhor posição possível, terminando ralis. Depressa construiu a fama de ‘Showman’
a alguns concorrentes. Enquanto al- bia informações da zona dos troços em quinto. Algo semelhante se pas- devido à sua forma muito própria de guiar.
guns disputaram o seu primeiro troço de que estava a chover muito, levou sou com a dupla do outro Skoda Fabia Provavelmente, ralis houve em que se não
com pouca água, outros apanharam pneus de chuva, mas quando lá chegou, R5, Pedro Meireles/Mário Castro, que tem andado tanto para o lado, teria ganhado.
um enorme aguaceiro, que desde nada. Piso seco. No WRC as equipas tiveram problemas mecânicos no pri- Mas isso não está no seu ADN. Depressa se
logo abriu diferenças substanciais. têm ‘spotters’ em diversos locais dos meiro dia, que os atrasou, já não sendo adaptou ao Skoda Fabia R5 que estreou este
O espanhol Pepe Lopez, no Citroën troços, mas no CPR isso é muito mais possível recuperar o tempo perdido no ano e o resultado está aí. A primeira vitória. A
DS3 R5 da Sports & You, destacou-se complicado, e foi aí que Fontes viu con- sábado. Um sexto lugar foi o resultado. segunda deverá demorar bem menos a chegar.
de início, enquanto Pedro Meireles e dicionada a sua prova. Sem os pneus Pepe Lopez e Borja Rozada mostraram
Miguel Barbosa perderam entre 30 e adequados, foi perdendo segundos a um ritmo muito alto, e sem a penaliza- Rally Cup Ibérica, e ainda terminaram
40 segundos, comprometendo logo ali cada troço, quase 30 no total. Quem ção talvez vencessem a prova. na oitava posição da geral. Nono lugar
o seu resultado. aproveitou foi Teodósio, que logo no Pedro Antunes e Paulo Lopes ven- para Manuel Castro que estreava aqui
Daí para a frente, com condições de primeiro troço da tarde passou para ceram os 2WD, bem como a Peugeot um novo navegador, Ricardo Cunha. A
troços similares para todos, os registos a frente de Barros, ficando a 10.2s de fechar o top 10 ficou classificado Ro-
passaram a ficar mais equilibrados, Fontes. No penúltimo troço reduziu a berto Blach, o segundo do troféu Peu-
com Ricardo Teodósio, José Pedro Fon- margem para 3.8s e na última especial geot. Dupla que vinha de um grande
tes e João Barros a vencerem troços. venceu, terminando o rali com 5.2s de prestação na Marinha Grande, Pedro
Com o avanço conseguido, Lopez man- avanço para o homem do C3 R5, que Almeida e Nuno Almeida tiveram um
teve-se na frente, até que um erro de ainda assim salvou o segundo lugar. contratempo no primeiro dia de prova
percurso na super-especial ditaria João Barros não aguentou o ritmo, e nunca mais recuperaram. O CPR
uma penalização de 3m30s. O espa- mas assegurou um bom pódio, com regressa com o Rali Vinho Madeira
nhol ‘despareceu’ na classificação e na Armindo Araújo a fazer um forcing no início de agosto.
frente ficou José Pedro Fontes, com os final, mas a ficar a 0.3s de Barros.
quatro primeiros separados por 12.5s. Miguel Barbosa/Hugo Magalhães vol-
As coisas mudaram ligeiramente até ao taram a ter azar, atrasando-se sig-
final da manhã, já que Fontes se mos- nificativamente logo na fase inicial
trou bem entrosado com o seu novo C3 do rali para ‘valores’ irrecuperáveis,
R5 e chegou à assistência com 12.8s de limitando-se depois a assegurar a
avanço para João Barros e 15.2s face

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15

PF/ PARQUE FECHADO

BOA ESTREIA
DOCITROËNC3R5
Q uase tudo correu bem à du-
pla José Pedro Fontes/Paulo ter ganhado! Gostaríamos de ter de- BOM REGRESSO DE JOÃO BARROS
Babo. Depois da tentativa dicado esta vitória ao Carlos (Vieira)
falhada de estreia do novo que faz parte da nossa família, com Já não corria desde o Rali Serras de Fafe, sonhei em ganhar o rali, mas não foi
Citroën C3 R5 no Rali de Por- quem o ano passado discutimos aqui e pela primeira vez em muito tempo não possível. Mas de qualquer maneira é um
tugal, desta feita finalmente o ao segundo a vitória. Por vezes surge o está a disputar todo o campeonato, bom resultado”, disse o piloto do Ford
novo carro do Citroën Vodafone Team fator sorte, também já o tive algumas mas pelo que se viu em Castelo Branco, Fiesta R5, que venceu aqui em 2016, um
foi uma realidade e a estreia foi qua- vezes. Sinto alguma injustiça, mas de faz mesmo muita falta. Num rali com rali em que sempre andou muito bem:
se... perfeita. Aliás, se há coisa com qualquer maneira se há alguém que que tem uma boa relação, andou “Sempre fui muito bem recebido em
que Fontes pode estar descansado é a também merece esta vitória é o Ricar- sempre perto da frente, chegou a ser Castelo Branco e é um rali que me corre
competitividade do carro, já que ape- do (Teodósio) por tudo o que faz pelo segundo, a meio da prova, e terminou sempre razoavelmente bem e por isso
sar de nunca ter competido nele antes, automobilismo e pelo grande piloto que em terceiro, a 9.2s do vencedor. Um sinto-me como se estivesse em casa”,
nesta primeira experiência o piloto é. Estamos juntos desde 1994, desde a excelente regresso: “Espetáculo. afirmou Jão Barros. Talvez esta exibição
chegou, viu, liderou... e apenas perdeu Fórmula Ford, e eles foram, no fundo, Correu muito bem. Foi um rali em que o faça regressar, e se não na Madeira,
o rali por uma razão que nada teve a ver mais perfeitos que nós, não erraram, me diverti bastante, troços difíceis e talvez em Amarante, um rali que
com o carro. Depois de ter terminado o e portanto é merecida a vitória deles. adversários sempre muito fortes. Nunca ninguém conhece, sendo provavelmente
primeiro dia de prova como o melhor De resto, tal como temos vindo a dizer, baixei os braços e consegui sempre uma boa prova para voltar a tentar
classificado entre os pilotos do CPR, os resultados que temos tido não são estar nos lugares da frente. Ainda vencer.
Fontes foi ‘promovido’ durante a noite o espelho do que valemos. Tem sido
à liderança devido a uma penalização um ano difícil. Por isso eu acho que
de Pepe Lopez pelo CCD, devido a um em condições normais vamos lutar
engano de percurso na super especial. sempre pelas vitórias. O último rali foi
Na frente do rali, Fontes estendeu essa muito difícil mas aqui tínhamos tudo
liderança até ao final da manhã do para ganhar. As vitórias não querem
último dia, terminando a manhã com nada comigo. Mas vamos dar a volta”,
12.80s de avanço para João Barros. Mas disse Fontes, que está muito contente
a tarde foi madrasta, já que o piloto com o carro: “Destaco o potencial do
foi informado que estava a chover novo C3 R5, como demonstrámos ao
bastante na zona dos troços, levando discutir o primeiro lugar. O C3 R5 mos-
por isso pneus para essas condições, trou-se muito agradável de conduzir
mas afinal os troços estavam secos: em asfalto e tem um potencial enorme
“É pena, pois penso que merecíamos para evoluir”, facto provado pelas 5
vitórias (CPR) em 10 classificativas.

ARMINDO ARAÚJO
MAIS LÍDER DO CPR

Ironicamente, numa prova que lhe não tivemos muita sorte naquilo
correu longe do que desejaria, Armindo que fomos fazendo, fomos menos
Araújo sai de Castelo Branco ainda competitivos. No final ainda fizemos
mais líder do campeonato. Foi quarto um forcing, ficámos perto do pódio
no rali, terminou a 0.3s do pódio, mas mas não chegámos lá. De qualquer
a instabilidade climatérica baralhou forma, temos pontos positivos a retirar
muito as coisas. Uns tiveram a sorte daqui. Em termos de campeonato
de escolher melhor, outros nem por dilatámos a nossa vantagem para o
isso, mas, no final, Armindo Araújo segundo. São corridas, umas vezes
aproximou-se mais um pouco do seu correm melhor, outras menos bem, mas
objetivo: “Foi uma lotaria para todos faz parte. O objetivo final mantém-
os pilotos, as condições climatéricas se, o campeonato. Parabéns a todos
ditaram o resultado. Mas o Ricardo pelo excelente rali que realizaram,
Teodósio merece muito esta vitória. Eu em especial para o Ricardo Teodósio,
acho que tudo foi ditado pelas escolhas que fez uma ponta final muito forte e
de pneus e afinações, nós neste rali conseguiu vencer.”

CPR/
CAMPEONATO PORTUGAL DE RALIS

16 R A L I D E C A S T E L O B R A N C O 6 D E 8

PF/

LOPEZ FOI
PEPE...RÁPIDO

Pepe Lopez, que correu nesta
prova com o DS3 R5 da Sports &
You, terminou o rali na 7ª posição
a 2m58.10s do vencedor. Tendo em
conta que foi penalizado em 3m30s
devido a um erro de percurso na
super especial, sem ela teria ganhado
o rali na geral (em teoria, claro),
repetindo o que fizeram Craig Breen
o ano passado em Mortágua e Hiroki
Arai este ano.
Recorde-se que este espanhol já
correu sete vezes no WRC, fez seis
provas do ERC o ano passado, com
um Peugeot 208 T16, sendo que já era
conhecida a sua rapidez. Venceu seis
dos 10 troços da prova albicastrense,
e pode realizar mais eventos com o
DS3 R5 da Sports & You.

KIAPICANTOGTCUP
EVOLUINOSRALIS
Segundo rali, mais um conjunto de
boas indicações. O Kia Picanto que continua a mostrar o seu valor em CRM Motorsport e restantes parceiros, JOSÉ GOMES
GT Cup versão ralis prosse- qualquer cenário que lhe é colocado, encontram-se de parabéns pelo kit que VENCE NO CCR
gue o seu desenvolvimento, da Velocidade à Montanha e, agora, foi desenvolvido para os ralis, dando a
sendo que pelo meio, Tiago Raposo nos Ralis”. Descrevendo a presença atuais e futuros interessados todas as Houve emoção no Campeonato Centro
Magalhães vai vencendo a classe RC5. no Rali de Castelo Branco como “mais garantias de terem em mãos um carro de Ralis. José Gomes foi o líder da prova
“Foi um fim de semana extraordiná- uma oportunidade” para sedimentar fiável, rápido e seguro, capaz de vencer do início ao fim, e vencedor do rali, mas
rio em que, além de nos divertirmos a sua relação a bordo com o amigo e a categoria RC5”, disse. à entrada do último troço tinha apenas
imenso, obtivemos um triunfo na clas- parceiro, Tiago Carvalho destacou a Para além de Tiago Raposo Magalhães, 0,3 segundos de vantagem sobre
se, o que nos deixa muito contentes. “total ausência de problemas” regis- desta feita também marcaram presença Eduardo Veiga.
Comprovámos, mais uma vez, todo tados pelo Kia Picanto GT Cup nº 61, num Nuno Madeira/Filipe Serra, que depois Aí, o piloto do Citroën Saxo Kit Car
o potencial do Kia Picanto GT Cup e fim de semana em que foram cumpri- de uma saída de estrada no sábado, conseguiu ser mais forte e chegou ao
a enorme versatilidade de um carro dos 370 km entre troços e ligações. regressaram para ajudar numa ‘dobra- pódio do Rali de Castelo Branco com
“Penso que, tanto a Kia Portugal, como a dinha Picanto’. 14,9s de diferença para o adversário do
Ford Escort MK II, numa prova em que
PEDRO ANTUNES TAMBÉM NOS 2WD Daniel Nunes, teve uma prova emoção foi coisa que não faltou. Nuno
problemática, terminando em oitavo Mateus, em Peugeot 206 GTi, completou
A luta pelas duas rodas motrizes do troféu ibérico e fazendo um mau o pódio, mas terminou a mais de três
no Rali de Castelo Branco teve um resultado nos 2WD nacionais. minutos e meio dos homens da frente.
motivo adicional de interesse, já Já Pedro Antunes e Paulo Lopes Ficaram classificados 17 concorrentes.
que com a disputa da segunda prova dominaram por completo a prova, pois
da Peugeot Rally Cup Ibérica, os ao envolverem-se com Diogo Gago na
pilotos desta competição eclipsaram luta pela Peugeot Rally Cup, depressa
por completo os concorrentes se afastaram da concorrência. Hugo
dos 2WD nacional. Pedro Antunes Lopes ficou a 3m15s do vencedor,
e Daniel Nunes, que correm nas vinte segundos mais trás ficou Paulo
duas competições, tiveram sortes Neto, Daniel Nunes ficou muito longe,
diferentes. O líder do campeonato, o mesmo sucedendo a Paulo Moreira
e a Gil Antunes.

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OPINIÃO C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S

RALI CASTELO BRANCO 6 DE 9

30/06 A 01/07/2018

369,88 KM 130,79 KM 1.º DIA 2.º DIA

DISTÂNCIA 00 TROÇOS

MANUEL PROVA CARRO
MARTINS TEMPO/DIF.
VENCEU NATAÇA 1 RICARDO TEODÓSIO/JOSÉ TEIXEIRA
FPAK DE RALIS José Luís Abreu 2 JOSÉ PEDRO FONTES/PAULO BABO SKODA FABIA R5 1:14:02.00
3 JOÃO BARROS/ANTÓNIO COSTA CITROEN C3 R5 +0:05.20
O Rali de Castelo Branco pontuou DIRETOR EXECUTIVO 4 ARMINDO ARAÚJO/LUÍS RAMALHO FORD FIESTA R5 +0:09.20
para várias competições, entre elas 5 MIGUEL BARBOSA/HUGO MAGALHÃES HYUNDAI I20 R5 +0:09.50
a Taça FPAK de Ralis. Nesta, Manuel [email protected] 6 PEDRO MEIRELES/MÁRIO CASTRO SKODA FABIA R5 +1:31.50
Martins foi o melhor, com o piloto do 7 PEPE LOPEZ/BORJA ROZADA SKODA FABIA R5 +1:52.20
Peugeot 206 GTi a deixar Pedro Leone P ara quem quiser perce- 8 PEDRO ANTUNES/PAULO LOPES CITROEN DS3 R5 +2:58.10
(Ford Escort RS Cosworth) a quase ber melhor a validade de 9 MANUEL CASTRO/RICARDO CUNHA PEUGEOT 208 R2 +4:15.40
quatro minutos, com Sérgio Brás uma competição como a 10 ROBERTO BLACH/JOSE MURADO HYUNDAI I20 R5 +5:45.10
(Ford Fiesta) em terceiro. Peugeot Rally Cup Ibéri- 11 HUGO LOPES/NUNO MOTA RIBEIRO PEUGEOT 208 R2 +7:12.00
Ricardo Costa (Mitsubishi Lancer) ca, veja-se o que os seus 12 RICARDO SOUSA/LUÍS MARQUES PEUGEOT 208 R2 +7:30.10
foi o primeiro líder, mas desistiu pilotos fizeram compa- 13 PAULO NETO/VÍTOR HUGO PEUGEOT 208 R2 +7:48.40
ingloriamente quando liderava com rativamente aos concorrentes ha- 14 JOSE Mª REYES/JOSE Mª BARRÁN CITROEN DS3 R3T +7:50.30
6m18s de avanço no penúltimo troço. bituais das 2WD nacionais. O facto 15 MIGUEL LOBO/PAULO MARQUES PEUGEOT 208 R2 +9:35.60
A prova arrancou com sete pilotos, deste ser um troféu com pilotos de 16 FRANCISCO DORADO/ROI TORRENTE PEUGEOT 208 R2 +9:36.90
terminando apenas três. boa valia, mesclados com jovens 17 MIGUEL CORREIA/PEDRO ALVES PEUGEOT 208 R2 +9:39.20
que querem evoluir, quem lá anda 18 ALBERTO SAN SEGUNDO/JUAN LUIS GARCIA RENAULT CLIO R3 +9:56.80
VITOR PASCOAL tem que elevar rapidamente o seu 19 ANTÓNIO DIAS/ILBERINO SANTOS PEUGEOT 208 R2 +10:08.90
VENCE R-GT nível, sair da sua zona de conforto 20 DANIEL NUNES/RUI RAIMUNDO SKODA FABIA R5 +10:09.70
e arriscar. Foi exatamente essa 21 JUAN MAÑÁ/BORJA TORRE PEUGEOT 208 R2 +10:41.30
A luta dos R-GT no Rali de Castelo a sensação que nos transmitiu 22 VITOR PASCOAL/RICARDO FARIA PEUGEOT 208 R2 +10:48.90
Branco quase não existiu, já que Pedro Antunes de cada uma das 23 PEDRO ALMEIDA/NUNO ALMEIDA PORSCHE 997 GT3 +10:49.10
depois da chuva ter incomodado os vezes que falámos com ele. Sen- 24 IVAN MEDINA/YERAY MUJICA FORD FIESTA R5 +10:51.50
super potentes Porsche no primeiro tiu-se claramente que o jovem 25 PAULO MOREIRA/MARCO MACEDO PEUGEOT 208 R2 +11:33.80
troço, no segundo, Adruzilo Lopes piloto, ao lutar metro a metro com 26 GIL ANTUNES/DIOGO CORREIA PEUGEOT 208 R2 +12:43.30
perdeu uma roda e com isso 14 Diogo Gago, teve que elevar o seu 27 JAVIER BOUZA/IVAN BOUZA RENAULT CLIO R3T +12:43.70
minutos para Pascoal. O piloto de próprio nível, vivendo sensações 28 TIAGO R. MAGALHÃES/TIAGO CARVALHO RENAULT CLIO R3T +14:30.70
Caldas de Vizela manteve-se me que dificilmente viveria ao con- 29 CIPRIANO ANTUNES/FERNANDO ALMEIDA KIA PICANTO GT CUP +19:15.80
prova até à PE4, mas abandonou frontar-se com os concorrentes 30 PAULO CALDEIRA/ANA GONÇALVES AUDI QUATTRO +24:03.50
quando já estava a 20 minutos do do 2WD. Sem menosprezar estes 31 GERMAN FORTES/FELIX SUAREZ CITROEN DS3 R5 +26:46.10
seu adversário. Pascoal levou o últimos, que valem o que valem 32 NUNO MADEIRA/FILIPE SERRA FORD SIERRA RS COSWORTH +34:11.60
seu Porsche até ao fim e venceu a e fazem o que podem com o que KIA PICANTO GT CUP +45:18.90
categoria, terminando no 22º lugar têm, quem quer evoluir tem que se
da geral. bater com pilotos melhores, pois ABANDONOS PE VENCEDORES DE PE
Entre os participantes do sem colocar a fasquia mais alta CAUSA
Campeonato de Clássicos, Cipriano não vai sair da cepa torta. A. LOPES PE P. LOPEZ
Antunes foi o melhor, ao volante do Compreendo e aceito que há mui- F. TEOTÓNIO LÍDERES J. P. FONTES
seu Audi Quattro. tos pilotos com objetivos limita- C. DAVIES PE3 PERDEU RODA PE 1-3 R. TEODÓSIO 6
dos, mas quem quer ser alguém F. SANGUEDO PE3 CAPOTANÇO P. LOPEZ PE 4-9 J. BARROS 2
nos ralis têm de estar constante- D. GAGO PE5 AVARIA J. P. FONTES PE10 1
mente a olhar para objetivos mais R. CARDEIRA PE8 ACIDENTE R. TEODÓSIO 1
difíceis a todo o momento, como o PE10 ACIDENTE
nível dos adversários a enfrentar. PE10 CX. VEL.
Este foi também o rali mais com-
petitivo em muito tempo no CPR. CPR CAMPEONATO APÓS 6 PROVAS
Após quatro troços, quatro pilotos
cabiam em 7.4s. A dois troços do 1º ARMINDO ARAÚJO 107.29 PONTOS
fim, os mesmos quatro pilotos
estavam separados por 11.7s. No 2º R. TEODÓSIO 78.88 PONTOS
fim do rali, 9.5s separou os ‘tais’
quatro pilotos. Não é fácil procurar 3º M. BARBOSA 78.10 PONTOS
ralis do CPR com estes números.
E tanto Miguel Barbosa como Pe- 4º P. MEIRELES 61 PONTOS
dro Meireles atrasaram-se cedo.
E Carlos Vieira está a recuperar 5º J. P. FONTES 54.50 PONTOS
no hospital. A propósito, volta
depressa, Carlos, fazes falta.

CPR/
CAMPEONATO PORTUGAL DE RALIS

18 R A L I D E C A S T E L O B R A N C O 6 D E 8

SANGUEPEUGEOTRALLYCUPIBÉRICA2018
NA GUELRA

O jovens ‘leões’ ofereceram no Rali de Castelo Branco um
excelente espetáculo, com os dois primeiros classificados a
rumarem ao derradeiro troço separados por 1.1s. Diogo Gago

despistou-se e Pedro Antunes confirmou um triunfo para o
qual trabalhou imenso...

José Luís Abreu adversários, mas só depois de travarem
[email protected] uma luta titânica que durou da primeira
à última especial.
APeugeot Rally Cup Ibérica cada Afaseinicialdoralificoumarcadapor um
vez se afirma mais como uma grande equilíbrio, fruto de andamentos
das melhores ‘coisas’ que po- muito próximos, num primeiro dia que
diam suceder aos ralis na- culminou com uma Super Especial que
cionais. Bem pensada e es- ajudou a baralhar as contas, já que daí
truturada, está claramente a resultaram uma série de penalizações
preparar-se para ajduar a fazer despon- (por toques em chicanes ou enganos no
tar mais jovens valores para os ralis na- percurso).
cionais e ibéricos, e o vencedor da prova Diogo Gago foi o primeiro líder, surpreen-
de Castelo Branco é disso um excelente dendo a concorrência, mas quem pensou
exemplo. que isso seria o prenúncio de um domínio
As duas rodas motrizes nacionais care- intenso do piloto algarvio, enganou-se.
cem de novos valores, e já agora de mais Gago alargou para 14.2s a vantagem no
concorrentes, pelo que esta Peugeot Rally segundo troço, já sobre Pedro Antunes,
Cup Ibérica tem o condão não só de alar- mas no final do dia era este que lidera-
gar o número de concorrentes em al- va a prova, pois Diogo Gago cometeu um
gumas das nossas provas como fazer erro na super especial de Castelo Branco
aumentar muito a sua competitividade. (PE4) e foi penalizado em 15 segundos, o
Em Castelo Branco venceram Pedro que levou a uma troca imediata de lide-
Antunes e Paulo Lopes, mas se tem sido rança na Peugeot Rally Cup Ibérica, com
Diogo Gago e Miguel Ramalho o triunfo Gago a passar de perseguido a persegui-
também não ficava mal, tal foi a luta que dor, ao ficar 4.70s atrás de Pedro Antunes.
ambos travaram ao longo de todo o rali. No primeiro troço do segundo dia, Pedro
Num evento muito marcado pela insta- Antunes acrescentou mais 2.7s à sua li-
bilidade climatérica, isso também con- derança, com Diogo Gago a ficar a 7.4s.
tribuiu para o equilíbrio que se testemu- Tal como se esperava, Diogo Gago reagiu,
nhou nos troços. Pedro Antunes e Paulo venceu dois troços, e no final da PE8 a di-
Lopes levaram a melhor sobre os seus ferença entre ambos era de 0.2s, favorável

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a Pedro Antunes. Este venceu o penúl- C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O
timo troço e colocou a margem em 1.1s.
Foi, assim, no último troço que tudo se 1º PEDRO ANTUNES/PAULO LOPES 1:18:17.4
decidiu, mas de forma inesperada, já que
Diogo Gago não conseguiu evitar uma 2º ROBERTO BLACH/MURADO +2:56.6
saída de estrada, que os impediu de ter-
minar o rali. 3º HUGO LOPES/NUNO RIBEIRO +3:14.7
Desta forma, Pedro Antunes venceu e
garantiu, ainda, um revelador oitavo lugar 4º RICARDO SOUSA/LUÍS MARQUES +3:33.0
na geral, somando aos pontos 25 pontos
pelo triunfo na Peugeot Rally Cup Ibérica 5º JOSÉ MARIA REYES/JOSÉ MARIA BARRÁN +5:20.2
e um ponto adicional por ter sido o piloto
com maior número de melhores tempos 6º MIGUEL LOBO/PAULO MARQUES +5:21.5
em especiais.
De referir ainda que este foi um dia em 7º FRANCISCO DORADO/ROI TORRENTE +5:23.8
grande para Pedro Antunes, já que a tudo
isto juntou ainda a vitória ‘júnior’. Por tudo, 8º ALBERTO SANSEGUNDO/JUAN LUIS GARCIA +5:53.5
o piloto só podia sentir-se “muito feliz. Foi
um rali muito duro, altamente disputado 9º DANIEL NUNES/RUI RAIMUNDO +6:25.9
e em que lutámos do primeiro ao último
troço. Tenho pena do que aconteceu ao 10º JUAN MANÁ/BORJA TORRE +6:33.5
Diogo, mas a verdade é que podia ter sido
connosco. Arriscámos ambos e desta vez 11º IVAN MEDINA/YERAY MUJICA +7:18.4
eu tive mas sorte... Toda a equipa está de
parabéns, sendo que para nós é até um re- 12º PAULO MOREIRA/MARCO MACEDO +8:27.9
sultado um pouco inesperado. Sabíamos
que estávamos com um bom andamento, NOTA: TODOS EM PEUGEOT 208 R2
mas, sinceramente, não estava nos meus
planos vencer.” ABANDONOS: CAMERON DAVIES/MAX FREEMAN (PRINCÍPIO DE
Com este desfecho, quem também be-
neficiou foi a dupla espanhola Roberto INCÊNDIO); DIOGO GAGO/MIGUEL RAMALHO (ACIDENTE)

Blach/Jose Murado, que garantiu a se- do a problemas de motor no seu 208 R2, não tendo conseguido terminar a Super
gunda posição, mas com um considerável tendo terminado a etapa de abertura no Especial de sábado (falta de gasolina), no
fosso para o vencedor. Com este resulta- sexto lugar entre os homens da Peugeot domingo deramque falar, arrecadando o
do Roberto Blach sucede a Josep Bassas Rally Cup Ibérica. quinto lugar final, a apenas 1,3s de Miguel
(que não alinhou em Castelo Branco) na Com uma exibição em crescendo, Ricardo Lobo/Paulo Marques.
liderança da competição. No último lu- Sousa/Luís Marques deram a volta ao Disputadas as primeiras duas provas, a
gar do pódio ficou a equipa formada por tema da penalização de 45 segundos do Peugeot Rally Cup Ibérica entra agora na
Hugo Lopes/Nuno Ribeiro, que rubricou dia anterior e “treparam” até ao quarto lu- ‘fase’ espanhola com os ralis de Ferrol (a
uma impressionante recuperação, face gar final, à frente dos estreantes José Maria 20 e 21 de julho) e Princesa de Astúrias
ao primeiro dia, em se viu atrasada devi- Reyes/José Maria Barrán, que mesmo (entre 25 e 28 de outubro).

20 WRX/
RALICROSS - SUÉCIA
DOOSCUOSSPTEUIMTOE
Johan Kristoffersson reivindicou a quinta vitória de 2018 em
Höljes, a prova rainha da temporada. Na Final Andreas Bakkerud
não teve ritmo para o sueco da VW mas terminou em segundo
com o Audi S1 quattro, enquanto a GCK alcançou o primeiro pódio
do Renault Mégane R.S. com o francês Jérôme Grosset-Janin

Duarte Mesquita MANOBRA ANTIDESPORTIVA C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O passado e vencer em Höljes é algo muito
[email protected] especial! A pista é incrível e é um grande
FOTOS DPPI/Paulo Maria DE EKSTRÖM SOBRE TIMMY HANSEN CL PILOTO CARRO TEMPO desafio para os carros, pilotos e engenhei-
ros. Senti-me cada vez mais confortável
Oherói da casa, Johan Na última corrida do dia Kristoffersson 1º JOHAN KRISTOFFERSSON VW POLO R 6 V. EM 4M14,969S com o carro em todas as corridas e, em
Kristoffersson, começou por voltou a aplicar a receita já conhecida: particular, na final. E isso é o que é pre-
vencer três das quatro quali- arranque perfeito, fazer a primeira cur- 2º ANDREAS BAKKERUD AUDI S1 QUATTRO A 2,977S ciso para vencer.” Já Andreas Bakkerud
ficações, mostrando desde o va na liderança, rapidez e regularidade conseguiu o seu sétimo pódio consecu-
início um ritmo ligeiramente nos tempos por volta e imunidade a er- 3º JÉRÔME GROSSET-JANIN RENAULT MÉGANE RS A 5,956S tivo em Höljes, desde os tempos em que
superior a toda a concorrência. ros de condução. Andreas Bakkerud se- corria nos Super1600: “Estou muito or-
O piloto que mais se aproximava dos seus guiu durante toda a prova na sua trasei- 4º TIMMY HANSEN PEUGEOT 208 WRX A 1 VOLTA gulhoso do número de pódios consecu-
tempos por volta era Petter Solberg, que ra mas foi incapaz de manter o mesmo tivos que tenho aqui, mas acima de tudo
venceu inclusivamente a Q3, com a dupla ritmo do piloto da Volkswagen, acaban- 5º KEVIN HANSEN PEUGEOT 208 WRX A 5 VOLTAS estou muito feliz com o trabalho que fi-
de pilotos da PSRX Volkswagen a ter assim do até por perder momentaneamente a zemos para conseguir ser mais rápidos
a pole-position para as duas Meias-finais. segunda posição para Timmy Hansen 6º MATTIAS EKSTRÖM AUDI S1 QUATTRO PENALIZADO durante as qualificações, por isso só que-
Na primeira Meia-final Kristoffersson na última volta da corrida quando fez a ro dizer um enorme obrigado a todos os
teve um arranque perfeito, saltou para sua Joker-Lap. Infelizmente para o sue- VOLTA MAIS RÁPIDA: TIMMY HANSEN (PEUGEOT) EM 41,439S técnicos que me ajudaram entre cada
a frente e venceu confortavelmente, na co da Peugeot, uma falha na direção hi- uma das corridas e a todos os colabora-
frente de Timmy Hansen e de Mattias dráulica do 208 WRX forçou-o a diminuir CAMPEONATO MUNDO PILOTOS dores da EKS Audi Sport. É bom ver que
Ekström. Destaque para a quarta posi- o ritmo repentinamente, aproveitando o trabalho que fizemos até agora está a
ção de Sébastien Loeb, que ficava assim assim Bakkerud para ultrapassá-lo na 1º JOHAN KRISTOFFERSSON (VW) 165 PONTOS valer a pena e estou super contente por
de fora da Final no fim de semana de es- zona da descida. Mattias Ekström tentou estarmos no pódio mais uma vez aqui
treiadosnovosPeugeot208WRXdoTeam fazer o mesmo que o seu colega da EKS 2º ANDREAS BAKKERUD (AUDI) 125 na Suécia, diante de uma multidão que
Peugeot Total. O francês não mostrou Audi Sport, mas o toque roda com roda quebrou o recorde de assistência. Agora
a mesma evolução que Timmy Hansen no Peugeot acabou por transformar-se 3º PETTER SOLBERG (VW) 119 simplesmente mal posso esperar pela
ao volante do novo carro, sendo inclusi- numa manobra dura que atirou Hansen prova do Canadá, porque será uma boa
vamente batido por Timur Timerzyanov para fora da pista, vindo Ekström mais 4º SÉBASTIEN LOEB (PEUGEOT) 117 pista para nós.” Antes do Canadá, a ca-
após as qualificações, naquela que foi a tarde a sofrer uma penalização por par- ravana do Mundial de Ralicross terá um
melhor prova do ano do piloto russo com o te do Colégio de Comissários Desportivos 5º TIMMY HANSEN (PEUGEOT) 116 merecido período de férias, com a ação
Hyundai i20 N RX. Na segunda Meia-final (CCD), que o relegava para o sexto e úl- a regressar no outro lado do Atlântico,
Solberg também arrancou bem e saltou timo lugar da Final. Mais uma polémica 6º MATTIAS EKSTRÖM (AUDI) 114 no fim de semana de 4 e 5 de agosto.
imediatamente para a frente, mas o azar penalização para Ekström nesta tempo-
batia-lhe à porta à quarta volta, com pro- rada, um piloto que parece este ano estar 7º KEVIN HANSEN (PEUGEOT) 77
blemas no motor do Volkswagen Polo R a um pouco menos frio e calculista do que
obrigarem-no ao abandono. Assim, para a lhe é habitualo, falhando nos momentos 8º NICLAS GRÖNHOLM (HYUNDAI) 73
Final qualificavam-se Andreas Bakkerud, decisivos das Finais. Esta decisão do CCD
Kevin Hansen e Jérôme Grosset-Janin, permitiu a Jérôme Grosset-Janin subir 9º JANIS BAUMANIS (FORD) 51
por esta ordem. ao pódio com o Renault Mégane R.S. RX
inscrito pela GCK. Uma boa recompensa 10º TIMUR TIMERZYANOV (HYUNDAI) 48
para o trabalho que tem vindo a ser de-
PRÓXIMA PROVA: TROIS-RIVIERES (CANADÁ) A 4 E 5 DE AGOSTO

senvolvido pelo piloto e pelo staff técni-
co da Prodrive. Kevin Hansen, vítima de
um furo, também não terminou a corrida
e acabou por ficar na quinta posição final,
ele que continuará a correr com a versão
2017 do Peugeot 208 WRX. No final da sua
prova, Johan Kristoffersson explicou: “Foi
novamente um fim de semana incrível
aqui em Höljes, já tinha ganhado no ano

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21

PEUGEOT ESTREOU NOVO 208 WRX

O Team Peugeot Total levou até à Suécia uma nova versão do Peugeot 208 WRX para ser es-
treado por Sébastien Loeb e Timmy Hansen. As mudanças incorporam modificações signifi-
cativas em todas as áreas: chassis, motor, suspensão e transmissão. Estes carros foram in-
tegralmente preparados pela Peugeot Sport, que dá mais um passo rumo ao objetivo claro
que a equipa tem desde a sua estreia no World RX como equipa 100% de fábrica no início
deste ano: serem campeões do mundo. Se Timmy Hansen foi evoluindo ao longo de todo o fim
de semana para conseguir a volta mais rápida na Final, Loeb sentiu mais dificuldades com o
novo carro: “Não estou muto satisfeito com o fim de semana, tenho que ser sincero. Depois
da Q4 classifiquei-me em 7º da geral para as Meias-finais, tendo de partir do lado de fora na
segunda linha da grelha. A corrida começou muito mal para mim e não melhorou muito. O
nosso objetivo é acumular pontos e não conseguimos muitos. O Johan Kristoffersson
está-se a afastar ainda mais no topo e esse também não é o objetivo. No geral, o 208
WRX atualizado é melhor do que o anterior, mas ainda precisamos de melhorar no fu-
turo. Acho que temos algumas boas indicações sobre onde trabalhar agora.”

V/22
VELOCIDADE - IMSA - 6 HORAS WATKINS GLEN

ALBUQUERQUE trepando na classificação até que a opor-
REFORÇA LIDERANÇA tunidade apareceu: um desaguisado entre
Após seis horas emocionantes um par de carros que seguia na frente do
às voltas ao traçado de Watkins famoso BoP (Balance of Per- não o homem que rubricou a pole position, Cadillac fez sair uma bandeira amarela em
formance) expôs os responsá- Colin Braun. Isso deu direito a penalização todo o circuito de Watkins Glen e paragens
Glen, onde se percebeu que a veis do campeonato IMSA, pois e o Oreca LMP2 foi obrigado a largar de 14º nas boxes mais ou menos desastradas.
castração feita aos Cadillac DPInão se consegue compreen- lugar e último entre os protótipos. Foi a oportunidade de Fittipaldi, Chaves e
der como é que os Cadillac DPI, Albuquerque alcandorarem-se ao sexto
Oanula qualquer possibilidade de UMA CORRIDA DE RECUPERAÇÃO lugar, posição onde terminaram.
vitória destes contra os LMP2, equipados com o motor Che- Não tendo a seu lado o habitual João Bar- O Cadillac DPI da Action Express Racing
Filipe Albuquerque salvou vrolet V8 5.5 litros, claramente o mais bosa, atirado para a situação de roedor de terminou atrás do Cadillac DPI pilotado por
um sexto lugar que reforça a potente do plantel sem limitações, são unhas devido a uma queda de bicicleta, Jordan Taylor e Renger Van der Zande e
liderança do campeonato e vulgarizadopelosOrecaLMP2,quedeixa- Filipe Albuquerque e Christian Fittipaldi dos inalcançáveis Oreca e Ligier LMP2 e
Álvaro Parente foi segundo ramparatrásosAcuraDPIquesãomenos acolheram Gabby Chaves, piloto colom- de um dos Acura DPI.
entre os GTD penalizadosqueosCadillac.Umasituação biano da Indycar Series, na equipa nº 5 da
Action Express Racing. As tropelias do DPI VS LMP2
embaraçosa acerca de uma castração nas BoP não ajudaram e no final dos treinos
cronometrados Filipe Albuquerque e “sus Após a bandeira verde o Ligier da United
José Manuel Costa performancesquenãofazabsolutamente muchachos” não foram além do 14º tempo Autosports, que foi promovido à pole po-
[email protected] sentido nenhum. para a grelha de partida. Mais complicada sition com a penalização do carro da Core
FOTOGRAFIA IMSA Nãoédeestranhar,porisso,queaencimar ficava a tarefa do Cadillac DPI. Autosport, pilotado por Paul di Resta, foi
Arregaçando as mangas, o trio de pilotos passado pelo Acura ARX-05 de Dane
a classificação final estejam dois Oreca atirou-se à recuperação com ganas de vi- Cameron. Porém, um par de curvas depois,
tória e ao longo das primeiras horas foram Tristan Vautier fez um pião com o Cadillac
LMP2, com o carro da Core Autosport a (culpa dos pneus frios) que provocou um
acidente em cadeia que envolveu muitos
não levar de vencida a corrida face ao carro carros. Algumas equipas foram forçadas
ao abandono.
da JDC Miller Motorsport devido a uma Já o Cadillac de Vautier, apesar de ter leva-
do um toque, voltou a estar em evidência
escolha polémica. A equipa decidiu que quando bateu com alguma violência na
curva 7. O carro acabou meio destruído,
seria Jon Bennett a começar a corrida e mas prosseguiu na corrida.
Passado o tumulto, ficava na frente o Ore-
ca da equipa JDC Miller Motorsports, na

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C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S GTD furou e deixou a carcaça do pneu em Garcia. Os dois Porsche 911 RSR ficaram
pista. Faltavam 48 minutos para fechar a a seguir com Earl Bamber e Patrick Pillet
CL. EQUIPA CL CARRO PILOTO 1 TEMPO corrida e as últimas paragens nas boxes no quinto e sexto lugares e o BMW de
foram algo caóticas. Tom Blomqvist e Connor de Phillippi no
1 JDC-MILLER MOTORSPORTS P ORECA LMP2 MISHA GOIKHBERG/STEPHEN SIMPSON/CHRIS MILLER 6:00:26.867 Juan Pablo Montoya acabou batido à saída sétimo posto.
das boxes pelo Cadillac de Jordan Taylor, A corrida acabaria por não acontecer aos
2 CORE AUTOSPORT P ORECA LMP2 JONATHAN BENNETT/COLIN BRAUN/ROMAIN DUMAS 1.954 que por sua vez bateu o Oreca da Core Au- pares, pois as paragens nas boxes foram
tosport devido a uma paragem longa para redesenhando a corrida e a simetria que
3 ACURA TEAM PENSKE P ACURA DPI DANE CAMERON/JUAN PABLO MONTOYA 2.096 trocar Colin Braun por Romain Dumas. se assistia nas primeiras posições.
Montoya foi agressivo no recomeço da Após muitas convulsões, a corrida come-
4 UNITED AUTOSPORTS P LIGIER LMP2 PHIL HANSON/BRUNO SENNA/PAUL DI RESTA 9.283 corrida, a 36 minutos do fim, rolando lado çou a encaminhar-se para o final com a
a lado com Taylor numa das zonas mais liderança da Corvette. A 36 minutos do
5 KONICA MINOLTA CADILLAC DPI-V.R P CADILLAC DPI RENGER VAN DER ZANDE/JORDAN TAYLOR 12.158 difíceis da pista de Watkins Glen. Luta final da prova, tudo ficou decidido: pa-
acessa e dura que acabou por beneficiar o ragens nas boxes e Dirk Muller rouba a
6 MUSTANG SAMPLING RACING P CADILLAC DPI FILIPE ALBUQUERQUE/C. FITTIPALDI/GABBY CHAVES 12.617 Oreca LMP2 de Stephen Simpson, que na liderança a Garcia, colocando o Ford GT
chicana da paragem do autocarro travou na dianteira.
7 WHELEN ENGINEERING RACING P CADILLAC DPI FELIPE NASR/ERIC CURRAN/MIKE CONWAY 18.727 mais tarde e passou pelos dois. Era a esto-
cada final na corrida. Romain Dumas, Colin PARENTE EM SEGUNDO NA GTD
8 JDC-MILLER MOTORSPORTS P ORECA LMP2 SIMON TRUMMER/ROBERT ALON/NELSON PANCIATICI 20.655 Braune JonathanBennettficaramcomo
segundo lugar e Montoya, acompanhado Tendo a seu lado Katherine Legge e ao
9 AFS/PR1 MATHIASEN MOTORSPORTS P LIGIER LMP2 SEBASTIAN SAAVEDRA/GUSTAVO YACAMAN/WILL OWEN +1:00.247 por Dane Cameron, estabeleceu-se no volante de um Acura NSX GT3, Álvaro
lugar mais baixo do pódio, na frente do Parente voltou a brilhar com um magnífico
10 MAZDA TEAM JOEST P MAZDA DPI JONATHAN BOMARITO/HARRY TINCKNELL/SPENCER PIGOT +1:13.100 Ligier LMP2 de Paul di Resta, Bruno Senna segundo lugar, depois de uma boa prova
e Phil Hanson. em que partiu do quarto posto da grelha.
13 FORD CHIP GANASSI RACING GTLM FORD GT JOEY HAND/DIRK MUELLER 12 VOLTAS “Foi uma corrida dura e penso que não
SETE MARCAS LUTARAM tínhamos o ritmo para vencer, tendo
14 CORVETTE RACING GTLM CHEVROLET CORVETTE C7.R JAN MAGNUSSEN/ANTONIO GARCIA 12 VOLTAS sido o trabalho de boxes determinante
PELA VITÓRIA NOS GTLM para nos manter na luta pelos lugares do
15 PORSCHE GT TEAM GTLM PORSCHE 911 RSR NICK TANDY/PATRICK PILET 12 VOLTAS pódio. Estivemos sempre no limite e isso
Se o BoP não funciona nos protótipos, nos foi preponderante para assegurarmos o
20 TURNER MOTORSPORT GTD BMW M6 GT3 DILLON MACHAVERN/MARKUS PALTTALA/DON YOUNT 16 VOLTAS GTLM conseguiu a proeza de oferecer uma segundo posto”, frisou o piloto luso.
corrida muito animada com sete marcas Na prova o Audi R8 GT3 de Christopher
21 MEYER SHANK R. W/ CURB-AGAJANIAN GTD ACURA NSX GT3 KATHERINE LEGGE/ALVARO PARENTE 16 VOLTAS a lutarem pela vitória. Na qualificação, os Mies, Alessio Picariello e Sheldon van der
Ford GT dominaram com Richard Wes- Linde foi penalizado com um “stop & go”
22 PAUL MILLER RACING GTD LAMBORGHINI HURACAN GT3 BRYAN SELLERS/MADISON SNOW 16 VOLTAS tbrook e Joey Hand a ficarem na frente de 60 segundos por parar com as boxes
dos Corvette de Tommy Milner e António fechadas, algo que a equipa não cumpriu,
frente do Acura de Ricky Taylor. O melhor rodar na frente, mas depois de entregar levandoaum“drivethrough”quetambém
Cadillac era, sem surpresa, o da Wayne o carro a Dan Cameron, com mais de 40 não foi cumprido já que a equipa retirou o
Taylor Racing. A partir daqui a corrida não segundos de vantagem sobre Bruno Sen- carro. Neste contexto o BMW M6 GT3 de
teve uma face muito emocionante, com as na, no Ligier LMP2 da United Autosports, Markkus Paltalla ascendeu ao primeiro
paragens nas boxes a ditarem alterações uma série de acontecimentos despoleta- lugar, seguido de Parente, que teve uma
de circunstância, nomeadamente, entre ram a promoção dos Oreca às primeiras ponta final a defender-se com unhas e
os Acura que ocupavam lugares atrás do posições. dentes do Lamborghini Huracán GT3 de
pódio. Helio Castroneves chegou a passar As paragens nas boxes ditaram altea- Bryan Sellers e Madison Snow, pilotos que
pela frente da corrida, mas o Acura decidiu ções ao sabor dos erros cometidos pelas acabaram em terceiro.
o contrário e o piloto brasileiro passou equipas, mas, no final, o carro da JDC-Ml-
longo tempo nas boxes, ficando fora da ler acabou por prevalecer, ajudado por
luta pela vitória. uma bandeira amarela já no anoitecer
O Acura de Juan Pablo Montoya chegou a da corrida, quando um Audi da categoria

GT/24

EM BUSCADA
FÓRMULA MÁGICA
BMW e Mercedes AMG - correrem no
Os organizadores do DTM e do Super GT anunciaram o lançamento da “Class 1”. Mas não Super GT e as suas congéneres nipóni-
se enganem, pois nem os dois campeonatos correrão com carros iguais, nem o futuro do cas - Toyota, Nissan e Honda - compe-
DTM está a salvo. Há ainda um longo caminho a percorrer e uma série de interrogações… tirem no DTM. Entretanto, a Mercedes
AMG decidiu deixar o DTM, colocando
Sérgio Fonseca a competição alemã num estado peri-
[email protected] clitante. Todavia, a surpreendente de-
FOTOGRAFIA Oficiais cisão do construtor de Estugarda não
foi suficientemente forte para travar o
Anos e anos a tentar chegar a comboio em movimento.
um acordo e finalmente no Embora o Super GT só vá adoptar a
penúltimo fim de semana de “Class 1” a partir de 2020, ao contrário
junho, em Norisring, a ITR, a do DTM que avança já para a “Class 1”
entidade promotora do cam- em 2019, a ITR e a GTA estão a planear
peonato alemão de Turismos dois eventos em conjunto – um na
DTM, através de Gerhard Berger, e a Europa e outro na Ásia – para o próxi-
GTA, o promotor do campeonato ja- mo ano. Na prova europeia, o formato
ponês Super GT, pela mão de Masaaki será semelhante ao atual DTM, com
Bandoh, assinaram o acordo que dará duas corridas de sprint, sem trocas de
vida à “Class 1” – a futura categoria de pilotos e reabastecimentos, mas com
“Super Turismos”. um pit-stop obrigatório para troca de
A ideia por detrás desta união, há muito pneus de um fornecedor a escolher
pedida por alguns construtores, pren- pelo lado germânico. A prova a reali-
dia-se na sua fase inicial com a ne- zar no Japão, que provavelmente será
cessidade de criar uma plataforma que cumprida em novembro, depois do
permitisse às marcas alemãs - Audi, Grande Prémio de Fórmula 1 e da pro-
va do WEC no país do sol nascente, terá
um formato de resistência e sob as re-
gras asiáticas.
Dada a diferença ainda substancial
dos carros de ambos os campeo-
natos, será adotado um Balanço de
Performance (BoP) para equilibrar

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25

as forças em presença. Acima de mica frontal dos carros será adaptada Audi e da BMW, que ambas irão con- vas em Ingolstadt. A entrada da Aston
tudo, este acordo pretendeu enviar para que haja maior circulação do ar tinuar a competir no DTM, algo que a Martin poderá estar a ser arranjada
uma forte mensagem de que o DTM já para os travões e motor. Os difusores marca dos três anéis não quererá dar, com o envolvimento da Red Bull. A
escolheu o rumo a seguir, isto numa al- dianteiros e traseiros, assim como a com o espectro do Dieselgate ainda Aston Martin tem uma parceria com
tura em que o construtores envolvidos asa traseira a utilizar, serão construí- a toldar todas as decisões desporti- a Red Bull no mundial de Fórmula 1
no campeonato e potenciais interessa- dos nas especificações já existentes no
dos precisam de acreditar que aqui há Super GT.
futuro. É que se o DTM não conseguir “Provavelmente vamos ver mais re-
vingar com a “Class 1” poderá ter que duções em termos aerodinâmicos
olhar para outras alternativas para para compensar o aumento de po-
sobreviver. Alternativas essas – como tência. Os carros serão espetacula-
utilizar carros de GT – que não geram res e difíceis de conduzir”, garante
consensos. Berger que até hoje ainda não refe-
riu quanto realmente custarão aos
REGRAS NOVAS, CARROS NOVOS construtores estes novos carros.

O ponto central da nova regulamenta- AQUELA TÁBUA DE SALVAÇÃO
ção está no conceito de partes comuns
entre ambos os campeonatos, a serem Com o anúncio da saída da Mercedes
fabricadas tanto na Alemanha como AMG, o DTM viu-se entre a “espada e
no Japão, com o objectivo de reduzir a parede”. Berger, que tomou as rédeas
os custos, como também de aumentar da ITR no início de 2017, tem- se des-
a segurança e criar áreas de oportu- dobrado em reuniões para tentar en-
nidade. Os carros terão uma monoco- contrar um construtor substituto, até
que em fibra de carbono, com a célula porque a Audi ameaça deixar o DTM se
de segurança integrada, algo já visto este terceiro construtor não aparecer,
há anos no DTM. Os motores V8 serão ao contrário da BMW, que publicamen-
trocados por motores turbo de 2 li- te deixou claro que está ao lado da ITR e
tros turbo de quatro cilindros, capazes apoia o conceito “Class 1”.
de debitar 620 cv, mais 100 cv que os A imprensa alemã insiste que a Aston
atuais carros do DTM, permitindo velo- Martin está próxima para se compro-
cidades de ponta acima dos 300km/h. meter para 2020. O construtor britâ-
Mais potência significa mais esforço nico desmente cabalmente. A Aston
para os travões e, como tal, a aerodinâ- Martin quererá garantias por parte da

gt/

26

e ambas cooperaram no projecto do A MEIO GÁS
supercarro Valkyre. Berger e “Didi”
Matteschitz são velhos conhecidos e Sem a pressão do DTM, os organiza-
a Red Bull é um velho patrocinador do dores do Super GT só vão introduzir a
campeonato. “Class 1” em 2020. Contudo, os japone-
Como a entrada de um novo construtor, ses não vão usar o regulamento na inte-
a acontecer, nunca será antes de 2020, gra. Bandoh, o presidente da GTA, falou
entretanto, o DTM ainda terá que resol- aos jornalistas japoneses em “modifi-
ver o problema da debandada dos seis cações” ao regulamento acordado, mas
Mercedes AMG C63. A alternativa pas- não especificou quais, garantindo que
sará pela cedência de carros a equipas
privadas por parte da Audi e da BMW.
Mas se o construtor da Baviera não se
opõe à ideia, o rival de Ingolstadt está
um pouco mais reticente em ceder os
seus RS 5 DTM. Ultimamente a Audi
nem sequer está a vender as versões
anteriores dos seus carros do DTM a co-
leccionadores privados.
Um carro para o DTM rondará os
800,000 euros e o custo por temporada
poderá exceder os 2 milhões de euros,
valores que aparentemente não assus-
tam a Mücke Motorsport e a HitechGP,
duas estruturas privadas que terão
mostrado interesse na categoria. É pas-
sível de acreditar que a adaptação das
viaturas atuais do DTM ao regulamento
“Class 1” não implicará um esforço her-
cúleo, o que atenuará o impacto da ce-
dência das viaturas a terceiros por parte
da Audi e BMW.

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27

FUTURO É MUNDIAL?

O regulamento técnico está no papel e as primeiras alta-tecnologia, boas corridas, presença possante de
corridas estão planeadas, mas o futuro da “Class 1” três construtores e também brotou do DTM. O final foi
é na realidade hoje uma incógnita. Se as estrelinhas todo menos feliz e o campeonato durou apenas dois
se alinharem, a nova categoria poderá dar corpo ao anos (1995-1996).
mundial de carros de Turismo nos próximos anos. Durante a prova de abertura do WEC, em Spa-
A Federação Internacional do Automóvel (FIA) deverá Francorchamps, numa sessão em que falou à
criar um subcomité para analisar a regulamentação comunicação social, Jean Todt abordou com algum
“Class 1”. O balanço das corridas experimentais cepticismo este assunto. “Como ideia, isto (a “Class
“DTM vs Super GT” servirá de base para estudar 1”) é uma conquista muito boa. Na prática, não
a possibilidade de implantar este novo conjunto estou assim tão certo se acontecerá. Veremos se
de regras num Campeonato do Mundo FIA. Não é poderá ocorrer sob a orientação clara do que é um
novidade para ninguém que desde há dois anos que campeonato mundial da FIA. Eu ficaria muito feliz em
a FIA e o Eurosport Events, o promotor do defunto considerar (esta possibilidade), mas não aceitarei
WTCC e responsável pelo actual WTCR, têm observado meio-termos. Portanto, se tiver que haver concessões,
atentamente o que as duas organizações das ex- não irá acontecer”, afirmou o presidente da FIA.
potências do Eixo têm andado a cozinhar. A atual regulamentação técnica em vigor no WTCR
Contudo, ainda está bem fresca a memória do só está garantida até ao final de 2019. A FIA e o
resultado final da última encarnação da “Class Eurosport Events dirão qual o caminho a seguir depois.
1”. Chamava-se FIA International Touring Car A história tem tendência a repetir-se, mas, como lá diz
Championship (ITC), tinha carros impressionantes, o povo, “gato escaldado...”

o formato de sucesso do Super GT fica mundial e a Honda quiser estar pre- Uma decisão final terá que ser feita Aliás, foram estes alguns dos pontos de
como está: corridas de 250 a 500 km e sente, o NSX não será autorizado a cor- em colaboração com a ITR”, aclarou discórdia entre europeus e asiáticos no
duas categorias (GT500 e GT300). rer e um carro de tracção traseira terá Bandoh. decorrer do longo período de discussão
Uma das certezas é que a Honda poderá necessariamente que ser reconstruído. Por outro lado, os nipónicos querem até ao acordo final. É que a essência
continuar a usar o seu motor central- “Claro que eles (Honda) não têm que preservar os pontos chave do seu do campeonato Super GT, na classe
-traseiro até 2020, algo que o constru- decidir agora. Mas caso haja mais campeonato: a luta dos construtores GT500, reside precisamente na possi-
tor já disse fazer parte do seu ADN e eventos comuns e estes ganhem uma de pneus, a utilização de diferentes bilidade dos vários agentes da indústria
não estará disposto a abdicar. Porém, maior relevância, teremos que acomo- fornecedores de componentes e o con- automóvel, principalmente japonesa,
se a “Class 1” ganhar uma dimensão dar ideias com outros construtores. tínuo desenvolvimento dos motores. usarem a competição automóvel como
laboratório vivo. Muitos dos patrocina-
dores presentes no campeonato vão
bem para além disso. O Super GT serve
como plataforma para os fornecedores
da Honda, Nissan e Toyota/Lexus es-
treitarem relações humanas e técnicas
com os três gigantes da indústria auto-
móvel nipónica. A fórmula “fornecedor
único”, que tão bem funciona para limi-
tar a escalada dos custos, simplesmen-
te não se aplicará ao Super GT.
Os construtores nipónicos terão que
preparar as suas máquinas de forma
a que possam ser acondicionadas à
“Class 1” e no futuro decidir se querem
que a classe GT500 passe a utilizar a
100% a nova regulamentação.

N/28 Algum dia tinha de ser, e em 1983, que alcançou o registo
PORSCHEN O T Í C I A S depois da Porsche se ter em competição, este recorde foi
BATE RECORDE preparado muito bem, ao obtido por um carro que não com-
DO NORDSCHLEIFE testar incessantemente no pete em lado nenhum. Para Timo
5m19.546s Nordschleife, Timo Bernhard reti- Bernhard, penta vencedor das 24
A Porsche bateu o mítico recorde do Nordschleife, com o rou quase um minuto ao máximo
seu 919 Evo, pilotado por Timo Bernhard. 35 anos depois o anterior, com o seu 919 Hybrid
registo de Stefan Bellof, que foi pole position nos 1000 Km de Evo, colocando agora a fasquia
Nurburgring de 1983, com 6m11.13s, foi batido nos 5m19.546s. Depois do Porsche
956C em 1983, 6m11.130s, agora
José Luís Abreu foi a vez do Porsche 919 Hybrid
[email protected] Evo ‘cravar’ um registo que pode
perdurar. O feito foi alcançado à
LEIA E ACOMPANHE TODAS estonteante média de 233.8 km/h,
AS NOTÍCIAS EM AUTOSPORT.PT com o recorde de Stefan Bellof a
cair por 51.58 segundos, depois de
durar 35 anos e 31 dias.
Tal como já tinha sucedido em
Spa, quando Neel Jani bateu o
recorde do circuito, a Porsche,
depois de se ter despedido do
Endurance, ‘entretém-se’ agora
a bater recordes, e com isso a dar
algo que fazer ao projeto LMP1,
que ‘morreu’ o ano passado. Ao
contrário do que fez Stefan Bellof

AFRICA ECO RACE 2019 DAKAR 2019 VAI REALIZAR-SE
APRESENTADO EM LISBOA
O governo do Perú e a ASO chegaram a acordo para a realização naquele país do Dakar
2019. Depois das recusas da Argentina, Equador, Chile e Bolívia para receberem a
prova no próximo ano, o Perú foi o único país que se mostrou disposto a isso, mas
o acordo não foi fácil. Logicamente as verbas envolvidas separaram as partes, e em
determinado ponto o governo peruano teve que decidir internamente se aceitava
ou não. Aceitou! A prova está agora confirmada. Será entre 6 e 17 de janeiro de 2019
e disputa-se integralmente em solo peruano. Partirá de Lima no dia 6 de janeiro,
terminando também na capital 11 dias mais tarde.
Esta recusa de Argentina, Equador, Chile e Bolívia e o facto do Perú ter salvo in extremis
a prova, mostra que o Dakar na América do Sul está ‘esgotado’ (ou quase) e para 2020
podem surgir novidades. O AutoSport sabe que a ASO gostava de voltar a África mas
enquanto lá estiver o Africa Race, especialmente naquela data, é quase impossível.
Para além de que a anulação do Lisboa-Dakar de 2008 deixou marcas profundas,
especialmente na Mauritânia, país que teria que receber qualquer Dakar que termine
no Senegal e venha de Norte, pois o Mali é muito improvável. Há outras hipóteses em
África, em Angola e Namíbia, e talvez África do Sul, algo que Etienne Lavigne e a ASO já
confirmaram no passado recente, mas a verdade é que essa nunca será uma solução
fácil de conseguir.

A 11ª edição do Africa Eco Race foi apresentada Milhas”, que foi introduzida em 2018.
em Lisboa, evento que contou com a presença O Africa Eco Race 2019 terá início no Mónaco,
do diretor de prova René Metge, que revelou as seguindo depois para Marrocos onde a
novidades. A prova vai novamente atravessar os caravana desembarcará no dia 1 de janeiro
territórios de Marrocos, Mauritânia e Senegal, para cumprir a sua primeira especial. O dia
tendo 4500 km ao cronómetro, 12 etapas e de descanso será a 6 de janeiro, na praia de
um dia de descanso. O percurso vai atravessar Daklha. Depois de seis etapas na Mauritânia, a
o deserto do Saara e ter também pistas de competição termina no mítico Lago Rosa, em
montanha e pedra. As curtas ou inexistentes Dakar, no dia 13. Foi também apresentado o
ligações entre especiais e as etapas em laço novo Rali Turkmen Desert Race, que decorrerá
na Mauritânia também serão asseguradas na no Turquemenistão de 11 a 15 de setembro
edição de 2019. Será ainda mantida a etapa de 2018, evento que ficou a cargo da mesma
maratona sem assistência, chamada “500 equipa do Rali Africa Eco Race.

>> autosport.pt

29

MORREU JOSÉ PINTO

Morreu um dos jornalistas que mais fez comentador de Fórmula 1. Era um grande
pelo desporto motorizado em Portugal, apaixonado pelas corridas e ralis, no
a ‘cara’ principal do mítico programa fundo, por tudo o que tivesse motores e
Rotações, da RTP, e mais recentemente rodas, e um ‘enorme’ contador de histórias.
do Máquinas. Tinha 70 anos. Foi durante À família e amigos, o AutoSport endereça
muitos anos, ao lado de Adriano Cerqueira, as mais sentidas condolências.

horas de Nürburgring: “Descobri o Nordschleife”, disse. Este recor-
um Nordschleife bem diferente, de mostra o que os LMP1 podiam
com a aerodinâmica, há zonas fazer no Mundial de endurance,
que nunca imaginei poder fazer sem regras a limitar-lhes o an-
de acelerador a fundo. Reaprendi damento.

GP3 SERIES
TRIUNFO
E LIDERANÇA
PARA CALLUM
ILOTT

FÓRMULA 2 GEORGE RUSSEL EMBALADO Callum Ilott aproveitou o fim de semana que lhe bateu enquanto tentava recuperar
da GP3 no Red Bull Ring para ascender ao duma desastrosa qualificação.
Mais um bom fim de semana para George Russel, que em dois fins de semana somou comando da GP3 Series. O jovem piloto Depois de ter sido quinto na primeira
70 pontos, bem mais que os 24 alcançados por Lando Norris, que perdeu a liderança da da Academia Ferrari venceu a primeira corrida, Jake Hughes regressou às vitórias
competição e vê agora o ‘protegido’ da Mercedes destacar-se no campeonato. Com a F2 a corrida do pograma e pontuou na segunda, na segunda, dois anos após a última vez
atingir o meio da temporada, George Russell vai para Silverstone com 132 pontos, mais 10 que tendo agora seis pontos de avanço para que o tinha conseguido, aproveitando da
Lando Norris, com Artem Markelov a passar para terceiro no campeonato com 94 pontos. Anthoine Hubert. melhor forma um acidente na primeira
George Russell venceu a primeira corrida do fim de semana, com o piloto britânico a A primeira corrida foi dominada por curva e resistindo depois à pressão de
conquistar a pole position e a manter-se quase sempre na primeira posição. Esta foi a quarta Illot, que converteu a sua pole position Pedro Piquet até final. Na primeira curva,
vitória de Russell esta temporada. Lando Norris, líder do campeonato, terminou em segundo, numa vitória. O piloto da ART Grand Ryan Tveter partiu bem e colocou-se à
depois duma boa luta com Roberto Merhi, levando a melhor sobre o espanhol, que acabaria Prix controlou por completo a prova, frente do homem da pole, David Beckmann.
por terminar apenas em quarto, atrás de Antonio Fuoco, que completou o pódio. liderando de fio a pavio e tornando-se no Porém, os pilotos tocaram-se na travagem
Na segunda corrida, o triunfo foi para Artem Markelov. Uma vitória tranquila depois de primeiro piloto a vencer duas vezes esta e levaram consigo Giuliano Alesi. Os
arrancar da pole position, fruto da grelha invertida. Esta foi a terceira vitória do ano para temporada, isto depois do seu triunfo em três ficaram assim pelo caminho. Após
Markelov. George Russell foi o piloto do dia – e do fim de semana – terminando em segundo, Paul Ricard no fim de semana passado. o sucedido, e surgindo da segunda linha
depois de arrancar de sétimo. Sergio Sette Câmara fechou o pódio e Lando Norris não foi além Leonardi Pulcini, piloto da Campos Racing, da grelha, Hughes fugiu à confusão e
do 11º lugar, perdendo o comando do campeonato. cruzou a meta em segundo, 4.5s depois, passou para a frente da corrida. Piquet
assinando o seu primeiro pódio da época. ainda passou pelo comando da prova, mas
O italiano Alessio Lorandi fechou o pódio, Hughes retorquiu e manteve a liderança
seis segundos mais atrás. até final. Leonardo Pulcini foi terceiro.
Com este resultado, o britânico desalojava
de imediato Anthoine Hubert do comando
do campeonato, depois do francês ter sido
‘eliminado’ da corrida por Nikita Mazepin,

>>motosport.com.pt Alexandre Melo
[email protected]
MOTO GP
NajálongahistóriadoMundialdeMo-
BATALHAASSEN - HOLANDA toGP o circuito de Assen é o único
ETERNA que esteve presente em todas as
edições do campeonato. Na gíria do
Numa corrida de cortar a respiração, que teve mais de 100 mundo das duas rodas, a pista holandesa
ultrapassagens, e mais parecia uma contenda de Moto3, Marc é conhecida com a ‘Catedral’. E bem se
pode dizer que a corrida de 2018, neste
Márquez somou a quarta vitória do ano em oito corridas já local de culto, fez jus a essa alcunha, pois
realizadas. O piloto da Honda demonstrou mais uma vez toda foi celebrada uma ‘missa’ inesquecível.
a sua classe, num evento onde o país vizinho monopolizou o Uma verdadeira corrida de motos que
foi eletrizante do princípio ao fim e onde
pódio e quatro construtores diferentes ocuparam as quatro os nove primeiros ficaram separados por
primeiras posições menos de oito segundos e os 15 primeiros,
as posições que dão direito a pontos, se-
ACOMPANHE TODA A INFORMAÇÃO parados por pouco mais de 16 segundos.
DIARIAMENTE EM MOTOSPORT.COM.PT No que diz respeito à luta pela vitória foram
oito os pilotos que contaram esta história
e merecem ser enunciados um a um: Marc
Márquez, Valentino Rossi, Jorge Lorenzo,
Andrea Dovizioso, Maverick Viñales, Álex
Rins, Cal Crutchlow e Johann Zarco. São
estes os heróis que fizeram vibrar durante
quase 45 minutos quem assistiu a este
grande espetáculo ao vivo ou através da
transmissão televisiva e que contribui

31

C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O

MOTO GP

1º MARC MÁRQUEZ (HONDA) 41M13.863S

2º ÁLEX RINS (SUZUKI) + 2.269S

3º MAVERICK VIÑALES (YAMAHA) + 2.308S

4º ANDREA DOVIZIOSO (DUCATI) + 2.422S

5º VALENTINO ROSSI (YAMAHA) + 2.963S

CAMPEONATO

1º MARC MÁRQUEZ 140 PTS; 2º VALENTINO ROSSI 99 PTS; 3º

MAVERICK VIÑALES 93 PTS; 4º JOHANN ZARCO 81 PTS; 5º ANDREA

DOVIZIOSO 79 PTS

fortemente para a consagração, mais uma aquilo que Viñales deu à corrida, mas a desilusão de domingo para os espanhóis contra a anfitriã Rússia. Seguiu-se Andrea
vez, do MotoGP como produto de excelên- verdade é que o espanhol foi o melhor que viram a sua selecção nacional deixar Dovizioso que, tal como o seu colega na
cia no desporto motorizado. piloto Yamaha em prova. Um pódio 100% o Mundial de futebol após derrota, nos Ducati, Jorge Lorenzo, deparou-se com
Entre tantas trocas de posições e alguns espanhol e que atenuou ligeiramente a pontapés da marca de grande penalidade, desgaste excessivo dos pneus na segunda
toques próprios destas lutas aguerridas, a metade da corrida. Lorenzo, que liderou a
vitória acabou por cair para Marc Márquez. fase inicial da prova, não foi além do sétimo
O piloto da Honda desferiu o seu ataque posto. Já Valentino Rossi, que venceu há
final, perto da conclusão da contenda, e um ano em Assen, foi quinto. Desfecho
mais ninguém conseguiu acompanhar para o qual contribuiu e muito o facto do
o homem de Cervera que vê assim gra- homem da Yamaha ter saído largo, a três
vado o seu nome numa corrida que já voltas do fim, na Curva 1, quando discutia
acabou, mas que na memória de quem o segundo posto com Dovizioso. Depois
assistiu vai durar para sempre. Esta foi desse episódio não mais conseguiu recu-
a primeira vitória de Márquez em Assen perar. Cal Crutchlow e Johann Zarco, que
desde 2014, à qual não podia faltar uma tiveram numa posição mais expectante
das suas impressionantes ‘salvadas’. Des- nesta batalha, ficaram em sexto e oitavo,
ta vez foi a um toque da Suzuki de Álex respetivamente.
Rins. Precisamente o piloto que ficou em Contas feitas, Marc Márquez deixa As-
segundo. O homem da Suzuki, a cumprir sen mais líder do campeonato, pois tem
a sua segunda época em MotoGP, somou 41 pontos de vantagem para o segundo
o segundo pódio da época e durante a classificado, Valentino Rossi. O italiano
prova não se encolheu nesta luta com os lidera um pelotão de Yamaha na perse-
graúdos. Daí ter dito, após a bandeirada de guição a Márquez, uma vez que atrás de
xadrez, que realizou a corrida da sua vida. si estão Maverick Viñales e Johann Zarco.
Foi o melhor resultado, até ao momento, Contudo parece cada vez mais que este
de Rins em MotoGP. campeonato será sempre Marc Márquez
O pódio ficou completo com Maverick a perder e não os outros a conquistar.
Viñales. Talvez tenha sabido a pouco para

32 M O T O 2 ASSEN - HOLANDA

>>motosport.com.pt

REGULARIDADE já era sua, mas agora a 16 pontos do líder,
PRECIOSA Francesco Bagnaia. “Bem, a corrida foi di-
fícil. Este fim de semana experimentámos
Oitava corrida do ano, oitava vez que Miguel Oliveira ficou entre os seis primeiros num fim de várias soluções para nos tentar ajudar na
semana que não foi o mais fácil para o piloto da Red Bull KTM Ajo e onde mais uma vez uma qualificação. Foi um fim de semana onde
qualificação difícil complicou as coisas para a corrida. Mesmo assim, Oliveira ‘salvou os móveis’ entendemos muitas coisas. Foi positivo
para o resto da temporada, porque é nestes
apesar da desvantagem para o líder do campeonato, Francesco Bagnaia, ter aumentado momentos difíceis que entendemos cada
vez mais a moto e também pressionamos
Alexandre Melo semana em que o piloto luso tinha vincado tória, pelo que o vice-campeão do mundo um pouco a fábrica para nos trazer outras
[email protected] fortemente, na antevisão, o objetivo de de Moto3 em 2015 teve de contentar-se soluções. A equipa está de parabéns, pois
melhorar o desempenho em qualificação. com o sexto lugar, mantendo assim a fez um trabalho fantástico. Tentámos tudo
Já começa a ser uma imagem Apesar de ter consciência das dificul- sua impressionante regularidade neste este fim de semana. Os técnicos foram
de marca da temporada de dades que é partir mais atrás na grelha ano de 2018. Sexto lugar esse que foi um incansáveis comigo e estiveram sempre
2018 as dificuldades de Miguel de partida, ainda para mais num pelotão ‘bónus’, pois era para ser sétimo. No en- a tentar encontrar alternativas para me
Oliveira, em cada ronda, nos muito competitivo, Miguel Oliveira, como é tanto, perto do final da corrida, Lorenzo ajudar a ser mais rápido. O sexto lugar foi
treinos livres e qualificação. seu hábito, não se amedrontou e lá deitou Baldassarri, que era segundo, teve um o melhor resultado possível. Vamos para
O Grande Prémio da Holanda, mãos à obra a mais uma recuperação. furo na roda traseira da sua Kalex que a próxima corrida, na Alemanha, onde o
em Assen, não foi exceção. Desta vez, na Catedral de Assen. Não foi destruiu a sua prova. ano passado fomos muito competitivos e
Oliveira partiu para a ronda holandesa possível uma recuperação como aquela a O piloto de 23 anos deixa a Holanda no se- lutámos pela vitória, com a convicção de
num distante 17º lugar. Isto num fim de que assistimos em Mugello, onde deu vi- gundo lugar do campeonato, posição que que nos aproximamos cada vez mais na
luta do campeonato. Estamos muito po-
sitivos e otimistas em relação ao futuro”,
disse Miguel Oliveira.
Confiança que não esmorece, apesar do
seu grande rival Francesco Bagnaia ter
cantado vitória. O italiano teve um fim de
semana de sonho, pois foi o mais veloz
em todas as sessões de treinos crono-
metrados e na corrida não deu hipóteses
a ninguém.

33

M O T O 3 ASSEN - HOLANDA

PONTAPÉNACRISE

Nos últimos quatro Grandes somou a sua 14ª pole em Moto3, estamos a caminhar para o meio
Prémios, Jorge Martín havia quinta do ano, e desempatou com da época.
vencido um e somado três Álex Rins na lista de pilotos com Quanto aos pilotos que
abandonos. Uma irregularidade mais poles. acompanharam no pódio Jorge
que, naturalmente, não se coaduna Na corrida, o piloto da Gresini Martín, falamos de Arón Canet,
com os pergaminhos de um piloto venceu com autoridade somando que foi segundo, e Enea Bastianini,
que quer lutar pelo título mundial. assim o quarto triunfo do ano. terceiro. Canet registou o terceiro
Pois bem, no Grande Prémio da Tudo ficou ainda mais perfeito com pódio, enquanto Bastianini subiu
Holanda, em Assen, Martín puxou o abandono, na última volta, do igualmente pela terceira vez ao
dos galões e viveu um fim de seu grande rival no campeonato, pódio, mas desta feita não repetiu o
semana perfeito, ainda que tenha Marco Bezzecchi. O piloto italiano triunfo obtido na Catalunha.
tido um susto nos treinos livres sofreu uma queda, quando era Nota ainda para o excelente quarto
quando sofreu, sem consequências, quarto, e deitou tudo a perder com lugar de Jaume Masiá, o seu
uma violenta queda. Desde logo a segunda desistência da época. melhor resultado até ao momento
tudo começou a compor-se com a Assim Bezzecchi perdeu a liderança em Moto3, enquanto o ‘veterano’
conquista da pole position, pole do campeonato e está agora a Jakub Kornfeil foi quinto. Fabio
essa que constitui um novo recorde dois pontos de Jorge Martín. Maior di Giannantonio desiludiu ao ser
máximo na categoria. Martín equilíbrio era impossível agora que apenas nono.

C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O

MOTO3

1º JORGE MARTÍN (HONDA) 37M56.465S

2º ARÓN CANET (HONDA) + 0.665S

3º ENEA BASTIANINI (HONDA) + 0.718S

4º JAUME MASIÁ (KTM) + 10.842S

5º JAKUB KORNFEIL (KTM) + 10.953S

CAMPEONATO

1º JORGE MARTÍN 105 PTS; 2º MARCO BEZZECCHI 103 PTS; 3º FABIO

DI GIANNANTONIO 91 PTS; 4º ENEA BASTIANINI 84 PTS; 5º ARÓN

CANET 81 PTS

C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O

MOTO2

1º FRANCESCO BAGNAIA (KALEX) 39M30.436S

2º FABIO QUARTARO (SPEED UP) + 1.748S

3º ÁLEX MÁRQUEZ (KALEX) + 2.179S

4º MARCEL SCHRÖTTER (KALEX) + 4.094S

5º JOAN MIR (KALEX) + 4.342S

6º MIGUEL OLIVEIRA (KTM) + 5.230S

CAMPEONATO 1º FRANCESCO BAGNAIA 144 PTS; 2º MIGUEL

OLIVEIRA 128 PTS; 3º ÁLEX MÁRQUEZ 110 PTS; 4º LORENZO

BALDASSARRI 93 PTS;5º JOAN MIR 75 PTS

Segundo triunfo do homem da Sky VR46
em Assen, o mesmo circuito que consa-
grou a sua primeira vitória no Mundial,
então em 2016, e na categoria de Moto3.
Como tudo evolui, pois o piloto de 21 anos
lidera o Moto2 e já tem passaporte para o
MotoGP em 2019.
Embalado pela categórica vitória na
Catalunha, Fabio Quartararo colocou a sua
Speed Up na segunda posição, após uma
espectacular recuperação nas últimas
voltas. Álex Márquez foi terceiro e somou
o quinto pódio do ano. Marcel Schrötter,
que tem vindo a surpreender, foi quarto
na frente de Joan Mir, que mais uma vez
foi o melhor estreante em competição.

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KAWASAKI

» Z900 RS 2018

INSPIRADA NO PASSADO

Por andarmos tão envolvidos no Troféu Kawasaki ZCUP.PT,
pois o MotoSport é o seu Media Sponsor nacional desde
2016, e conhecermos tão bem a atual moto protagonista
do mesmo, a Kawasaki Z900, pensámos que seria uma
boa altura para também conhecermos melhor a sua
irmã “vintage”, aquela que a Kawasaki decidiu, e bem,
desenvolver com base na sua fantástica Z900 e recuperar a
mística da sua icónica Z1 dos anos 70

Pedro Rocha dos Santos posicionamento, não pretende disputar entusiasmante, subindo rapidamente banco. A posição de condução é bastan-
[email protected] qualquer protagonismo com as naked de regime desde baixo sem termos que te descontraída, cómoda e reta, graças
mais desportivas da Kawasaki, obvia- usar demasiado a caixa. As diferenças essencialmente ao guiador alto que a
Inspirada na Z1 de 1972, então a mente, nem sequer mesmo com aquela da RS face à Z900 não são apenas es- Kawasaki monta na RS e que define desde
moto mais potente do mercado, sobre a qual evoluíu, a Z900, pois a RS téticas, onde destacamos de imediato o logo a atitude a ter na sua condução.
a nova Z900 RS herda de facto vem com um mapa diferente de ignição depósito em forma de gota, bem ao estilo Vibrações praticamente não existem,
as suas linhas características que proporciona um maior binário a da Z1 e, apesar de ambas utilizarem o pois a Kawasaki soube “filtrar“ bem
e inclusivamente as suas cores baixas e médias rotações, faixas onde mesmo motor, o quadro teve que ser esta realidade que se reflete inclusiva-
e alguns pormenores estéticos. mais é necessário numa utilização no dia adaptado para poder encaixar o novo mente na boa visibilidade que obtemos
No entanto, do ponto de vista do seu a dia, o que torna a sua condução mais conjunto de depósito de base plana e nos retrovisores de desenho clássico e

35

semelhantes aos da Z1 de 72. O assento A nível das suspensões existe uma bém eficiente em termos de comporta-
é bastante cómodo e tem uma altura de evolução notória e que levou em conta mento em todo tipo de estradas, mesmo
835 mm, a qual permite-nos ter ambos certamente o tipo de utilização da RS nas de piso degradado. Ficámos de facto
os pés bem assentes no chão, existindo versus a Z900. A firmeza destas últi- surpreendidos com a souplesse da RS
ainda uma opção que o baixa cerca de 35 mas, pensadas para uma condução mais em matéria de desempenho das suas
mm mais para tornar a RS mais aces- agressiva e desportiva, deram lugar a um suspensões, tornando a condução mais
sível a condutores de menor estatura. set up muito mais abrangente mas tam- cómoda e sempre controlada, mesmo
Debaixo do banco existe espaço para
colocar um cadeado e uma tomada de
acesso a corrente de 12V.

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em situações em que propositadamente No entanto, sentimos alguma dificuldade zes a circular sempre em 6ª velocidade, montagem de um escape quatro em um
a colocávamos à prova passando delibe- em dosear a aceleração a baixa rotação bastando apenas um rodar de punho em aço polido de duas peças - a ponteira,
radamente por buracos ou obstáculos ou no pára-arranca no trânsito citadino, para a RS subir rapidamente de rotação. que poderá ser substituída por uma mais
menos aconselháveis para o tipo de moto motivado por um comportamento algo O escape da Z900 RS difere logicamente aberta e ruidosa, e os coletores formam
que é a RS. Por isso, nesta matéria há brusco do acelerador “ride-by-wire”, daquele que as Z1 dos anos 70 monta- com o catalizador uma peça única. No
que “tirar o chapéu” à Kawasaki pois o com uma resposta quase on-off nas vam e que exibiam duas ponteiras de caso de se pretender, por alguma razão,
desempenho das suspensões invertidas relações mais baixas de caixa, facto que cada lado. No entanto, já nessa altura eliminar o catalizador, terão que montar
de 41 mm da RS é perfeito, sendo estas obriga a controlar com maior sensibili- se costumava montar escapes quatro um escape completo.
totalmente ajustáveis. O amortecedor dade o rodar do punho e a alguma habi- em um, idênticos àqueles utilizados na No entanto, o escape de origem propor-
traseiro é também ajustável em pré-carga tuação para obtermos a maior suavidade competição. Seja por uma questão de ciona um ruído entusiasmante e um
de mola e expansão. que eventualmente pretendemos no peso seja por uma questão estética ou ronco grave que transmite potência e
Em matéria de travagem a RS monta na arranque. funcional, tendo em conta a utilização algum carisma da Z1 dos anos 70. Claro
roda da frente pinças radiais monobloco A caixa de 6 velocidades é precisa e silen- obrigatória de catalizadores que redu- que se quiserem transformar a Z900 RS
de 4 pistons e duplo disco de 267 mm. A ciosa, e demos por nós a passar de caixa zam as emissões, a Kawasaki optou pela numa Café Racer customizada ou mesmo
travagem é mais progressiva que a da sem ser necessária embraiagem, como
Z900, sendo eficiente e controlável com se tivesse montado o “quick-shift” que
apenas dois dedos . utilizam as ZCUPs do Troféu.
O motor de 4 cilindros e 111 cv às 8.500 A embraiagem é bastante leve apesar de
rpm da RS é cheio de alma, com um bi- ser acionada mecanicamente e, ao con-
nário de 98.5 Nm às 6.500 rpm. Revela-se trário da Z900, inclui sistema deslisante,
também bastante silencioso em termos o que confere ainda mais suavidade em
de ruídos mecânicos, suave e redondo na situações de reduções mais bruscas. De
sua progressão, com potência sempre qualquer forma, dado o binário em baixas
disponível desde baixa rotação. que a RS tem demos por nós muitas ve-

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FT/ F I C H A T É C N I C A

948 CC

CILINDRADA

111 CV

POTÊNCIA

17 L

DEPÓSITO

198 KG

PESO

12 795€

PREÇO BASE

MOTOR TIPO 4 CILINDROS EM LINHA,
REFRIGERAÇÃO LÍQUIDA, 4 TEMPOS CILINDRADA
948 CC POTÊNCIA MÁX. CV / 8.500 RPM
BINÁRIO MÁX. 98 NM / 6.500 RPM EMBRAIAGEM
DESLISANTE, ACIONADA MECANICAMENTE
ALIMENTAÇÃO INJEÇÃO ELE. CX VEL 6 VEL.
CHASSIS E SUSPENSÕES QUADRO TRELIÇA
EM AÇO SUSPENSÃO DIANTEIRA INVERTIDA DE
41 MM CURSO 120 MM SUSPENSÃO TRASEIRA
MONOAMORTECEDOR AJUSTÁVEL CURSO 140 MM
TRAVÕES E PNEUS TRAVÕES DIANTEIROS
DISCO DE 267 MM 4 PISTONS COM ABS TRAVÕES
TRASEIROS DISCO DE 216 MM 1 PISTON COM ABS
PNEU DIANTEIRO 120/70-17 JANTES EM LIGA PNEU
TRASEIRO 180/55-17 JANTES EM LIGA
ELETRÓNICA E ELETRICIDADE BATERIA 12 V
LUZES DIANTEIRAS FULL LED LUZES TRASEIRA
FULL LED PAINEL INFO 2 ANALÓGICOS REDONDOS E
1 DIGITAL CONTROLE TRAÇÃO SIM RIDE BY WIRE
SIM MODOS DE MOTOR SIM 2
DIMENSÕES COMPRIMENTO 2100 MM LARGURA
865 MM ALTURA 1.150 MM DISTÂNCIA ENTRE
EIXOS 1.470 MM DISTÂNCIA AO SOLO 140MM
ALTURA DO BANCO 835MM RESERVA N.D.
CONSUMOS N.D. NORMA EMISSÕES EURO 4

levá-la a um ou outro “track day” aí as em voga hoje em dia e que se tornaram aquele que é aconselhado em situações biente de muita luz, pois a falta de con-
opções serão múltiplas e existe inclu- standard em matéria de melhorar a se- de chuva ou piso mais escorregadio. traste da informação e a sua dimensão
sivamente a versão “Café” da RS, mais gurança e controle na condução. O ABS A informação está contida em dois ma- dificultam a leitura. As luzes são de tec-
vocacionada para uma utilização mais da Nissin é no entanto impercetível e a nómetros redondos analógicos separa- nologia LED, tanto no farol redondo na
desportiva. Sobre este modelo falaremos RS inclui também dois níveis de controle dos por um pequeno painel digital, num frente como no típico oval na traseira
num próximo artigo. de tração que podem também funcionar design de look vintage com aros cro- debaixo do não menos característico
A nível da eletrónica a RS monta logi- em modo off/desligado. mados em torno dos dois manómetros. “bico de pato” que invoca o design dos
camente algumas das funcionalidades O modo 1 é o menos intrusivo e o modo 2 A leitura não é fácil, sobretudo em am- bancos das Kawasaki Z1 dos anos 70.
A Kawasaki Z900 RS é uma séria op-
CONCORRÊNCIA DUCATI SCRAMBLER 1100 - 1.079 CC YAMAHA XSR 900 - 847 CC ção para quem gosta de motos de estilo
clássico mas concebidas com tecnologia
BMW R NINE T PURE - 1.170 CC 86 CV 115 CV moderna e que no caso da RS transpor-
tem consigo uma herança do passado
110 CV POTÊNCIA POTÊNCIA e dos modelos icónicos que definiram
padrões e fizeram história.
POTÊNCIA 211 KG 195 KG A Z900 RS é tudo isso. Uma moto plena
de carisma que combina o melhor de dois
219 KG PESO PESO mundos e que carrega consigo a alma de
uma marca que sempre se posicionou no
PESO 12 795€ 9 995€ mercado pela exclusividade e pelo tem-
peramento desportivo dos seus modelos.
13 918€ PREÇO BASE PREÇO BASE A marca disponibiliza ainda um exten-
so catálogo de opções para podermos
PREÇO BASE personalizar dentro do melhor estilo
clássico a Z900 RS.
A Kawasaki Z900 RS está neste mo-
mento disponível nas seguintes cores:
Candytone Orange and Brown (laranja e
castanho), Metallic Matte Covert Green/
Flat ebony (Verde Mate e Preto) e final-
mente Metalic Flat Spark Black (preta).

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LUIS Guilherme Ribeiro Nascido em Barcelona a 15 de maio de
PÉREZ-SALA [email protected] 1959, Luis Pérez-Sala estreou-se nos
UM ESPANHOL FOTOGRAFIA Arquivo AutoSport; karts no final da adolescência, em 1976,
TRANQUILO Minardi Team e D.R. rapidamente demonstrando ser um dos
pilotos mais completos do panorama
Luis Pérez-Sala foi o maior talento espanhol da sua época. Extremamente calmo e acessível, espanhol.
Numa altura em que pilotos e adeptos espanhóis estavam o catalão Luis Pérez-Sala foi um Em 1977 iniciou-se nos carros, ao volante
longe de se ‘dedicar’ à Fórmula 1 como fazem hoje, foi ele que dos primeiros pilotos espanhóis de um Renault R8TS, em algumas provas
pôs termo a quase quatro décadas de ausência espanhola na a surgir na vaga dos anos 80, que locais, dedicando-se em 1978 ao campeo-
F1, abrindo o caminho para muitos outros que vieram a seguir… marcou o renascimento daquele nato de Fórmula F1430 – uma espécie de
país para as categorias de topo do FFord local – antes de partir para a Copa
desporto automóvel. Mesmo se só esteve Renault España para Iniciados. Na sua se-
presente por duas épocas na Fórmula 1, gunda época, em 1980, conquistou o títu-
Pérez-Sala destacou-se em muitas ou- lo, para depois brilhar nos Consagrados
tras categorias e viveu uma vida total- em 1981. Os bons resultados chamaram
mente dedicada ao desporto automóvel. a atenção de dois dos mais conceituados
Nos dias pós-Fernando Alonso, é difícil pilotos espanhóis, Emílio Zapico (este um
imaginar a Fórmula 1 sem popularidade antigo piloto de F1) e LuisVillamil, emcuja
no país vizinho mas, na verdade, foi o que equipa alinhou na Copa Alfasud Sprint
sucedeu durante quase 40 anos, desde Europa, conquistando um interessante
os últimos Grandes Prémios de Espanha nono lugar na sua época de estreia, em
do pré-guerra até à década de 80, exce- 1982. E, em 1983, estava pronto a lutar pelo
tuando um breve período de glória com título, vencendo quatro das 10 provas e
o sensacional gentleman-driver Alfonso sendo batido por apenas um ponto pelo
de Portago. Adrián Campos reabriu o ca- italiano Luigi Calamai.
minho em 1987, e em 1988 foi a vez de Luis Com o apoio de Villamil, Pérez-Sala pas-
Pérez-Sala Valls-Taberner chegar à ca- sou finalmente para os monolugares, sal-
tegoria máxima do desporto automóvel. tando diretamente para a F3 Europeia,
pilotando um Ralt RT3-Alfa Romeo para
a DS Campsa Racing (apoiada pela estru-
tura da Ravarotto), realizando uma tem-

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porada muito regular nesta sua estreia na carro semelhante na ronda de Jarama de Vinuesa. Para alguns, de Vinuesa era F1 COM A MINARDI
disciplina. Contas feitas, terminou em 10º ao lado do conceituado Dieter Quester, tão ou mais talentoso do que Pérez-Sala,
no campeonato com oito pontos, conse- terminando em quinto. e só a falta de budget o havia impedido Na altura já havia um piloto espanhol na
guindo pelo meio um segundo lugar em A F3000 era o passo seguinte e a sua de chegar mais longe mais cedo. Para a F1, Adrián Campos, que tinha assinado
Knutstorp. Com o fim da F3 Europeia e a passagem por terras italianas chamou a história ficaram célebres as muitas dis- pela Minardi em 1987. Graças ao manager
sua substituição por uma Taça disputa- atenção das numerosas equipas transal- cussões políticas entre os dois, já que de ambos, o jovem e algo inexperiente,
da numa única prova, a Equipo Campsa pinas, assinando pela Pavesi Racing para estavam em diâmetros opostos a nível mas eficaz, Manolo Gómez Blanco, e ao
optou pelo extremamente competiti- pilotar um Ralt RT20-Cosworth em 1986, partidário. Infelizmente, naquele dia, a patrocínio da Lois, Pérez-Sala foi recru-
vo Campeonato Italiano de F3, desta ao lado de um antigo piloto de Fórmula 1, violência do acidente praticamente ter- tado para pilotar o segundo Minardi em
vez usando um Ralt RT30-Alfa Romeo. de seu nome Pierluigi Martini. O espanhol minou com a carreira deste jovem piloto. 1988, fazendo com que a equipa de Faenza
Embora esta não fosse a combinação mostrou-se de imediato bastante à von- Regressando ao catalão, Pérez-Sala redi- tivesse, pela primeira vez, uma dupla na
chassis/motor ideal, os dois pilotos, em tade na antecâmara da Fórmula 1, não tar- miu-se com uma vitória em Donington, qual não figurava qualquer piloto italiano.
particular Pérez Sala, portaram-se extre- dando a ser presença habitual nos lugares e graças a uma ponta final de campeo- De facto, foi um sonho tornado realida-
mamente bem e o mais jovem dos espa- pontuáveis. E, depois de uma episódica nato muito forte, com nova vitória em Le de, como o próprio piloto assume, já que
nhóis conseguiu uma vitória em Varano, não-qualificação em Mugello, Pérez-Sala Mans-Bugatti, chegou à última ronda, em Espanha estava tão afastada do mundo
terminando em sétimo com 20 pontos. surpreendeu tudo e todos e venceu em Jarama, com virtuais ambições de ser da alta competição que só lá chegar já
No G.P. do Mónaco de F3 destacou-se com Enna-Pergusa e, semanas depois, em campeão, embora acabasse por perder era um prémio.
um sexto lugar, e na Taça da Europa, dis- Birmingham. Terminando quase todas o título para Modena. Foi vice-campeão E o catalão tinha talento, embora se ti-
putada em Paul Ricard, foi quinto. Depois as corridas nos pontos, Pérez-Sala foi com 33 pontos. vesse deparado com um carro que não
disto, nas provas em que se viu con- quarto no campeonato com 24,5 pontos. Em 1987, Pérez-Sala foi também pre- era particularmente rápido nem fiável.
frontado com os melhores pilotos de F3 A nova temporada prometia, já que Luís sença ocasional no WTCC e ETCC, tanto Aliado ao facto de a dupla espanhola ser
da Europa de imediato brilhou, mos- assinou com a equipa oficial da Lola para ao volante dos carros da Bigazzi como ainda muito inexperiente, as primeiras
trando assim o motivo de ser conside- 1987, pilotando um T87/50-Cosworth. da própria BMW Motorsport, geralmente provas da Minardi em 1988 foram muito
rado a maior esperança espanhola da Infelizmente, a primeira metade da época partilhando a máquina bávara com Olivier apagadas, e após cinco Grandes Prémios
década de 80. 1985 foi também o seu foi deveras inconstante, ficando marcada Grouillard, conseguindo numerosos pos- Adrián Campos foi dispensado, depois de
ano de estreia nos turismos, disputan- por um acidente muito violento à chuva tos de relevo – quinto em Nürburgring, nunca ter conseguido qualquer perfor-
do os 500 Km do Estoril ao volante de em Spa-Francorchamps quando disputa- terceiro em Jarama e Brno e, finalmente, mance de destaque, sendo substituído
um BMW CSi, juntamente com a estrela va acirradamente um lugar no pódio com segundo nas 24 Horas de Spa, juntamente pelo promissor Pierluigi Martini, que ha-
da velocidade e ralis portuguesa Joaquim outra jovem promessa espanhola – que com Grouillard e o célebre piloto da BMW, via passado pela Minardi em 1985 antes
Moutinho. Posteriormente, foi convida- havia começado a carreira mais tarde por Winni Vogt, deixando claras indicações de descer à F3000.
do pela Schnitzer para alinhar com um falta de financiamento – Alfonso García sobre a versatilidade do seu talento. Ironicamente, Martini conseguiu de ime-
diato dar um ponto à equipa na prova de

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41

qualificação falhada em França poderia Reuter. Mas, desde cedo, foram os turis-
ter atirado com a equipa para as pré-qua- mos a ganhar a sua atenção – algo que
lificações, mas em Inglaterra os Minardi não seria inesperado depois dos bons
estiveram pura e simplesmente impecá- resultados em 1987 no ETCC e WTCC –
veis e Martini e Pérez-Sala terminaram e em 1991 dedicou-se totalmente a esta
respetivamente no quinto e sexto postos, categoria, tendo conquistado o seu pri-
desta forma salvando a equipa. No entan- meiro título espanhol ao volante de um
to, na segunda metade da época, viu-se Alfa Romeo 75. O seu nome estava então
um Pérez-Sala cada vez mais longe de já solidamente estabelecido no campeo-
Martini, voltando a falhar a qualificação nato caseiro, à data em claro crescimento
na Alemanha e na Austrália. Perante es- no plano europeu.
tas discrepâncias de performance, e tendo Pérez-Sala assinou pela Nissan España
em conta que o budget do espanhol não para 1992, terminando o campeonato em
era propriamente avultado, foi fácil para quarto e conquistando uma vitória, e em
Giancarlo Minardi dispensar o piloto ca- 1993, com o Skyline GT-R de Grupo A no
talão no final da época e substituí-lo por topo do seu desenvolvimento, o catalão
Paolo Barilla, herdeiro de magnatas das conseguia o seu segundo título, desta
massas em Itália, e já vencedor das 24h vez de uma forma mais espetacular, al-
de Le Mans. Ainda assim, não se pode di- cançando quatro vitórias. 1994 marcou
zer que a passagem de Luis pela Fórmula o fim dos Grupo A em Espanha, sendo
1 tenha sido desastrosa. substituídos pela regulamentação vi-
A verdade é que esteve sempre compa- gente na maioria dos países, a categoria
rado com um piloto do qual sempre se Superturismos. Mantendo-se na Nissan,
disse ter sido uma pena nunca ter tido a sua nova montada era agora um Primera
oportunidades fora do meio da tabela, GTE, mas o concessionário espanhol do
pois Martini tinha muito mais talento do construtor nipónico não conseguiu otimi-
que os resultados evidenciaram. zar de imediato as performances da nova
máquina, terminando Luis em quinto no
PARTIR PARA UMA NOVA ETAPA campeonato, após uma série de exibições
regulares. Em 1995 o Primera GTE já era
Com 30 anos, Luis Pérez-Sala esta- carro para as vitórias, o que permitiu ao
va longe de estar acabado, e ao mes- nosso homem conseguir dois triunfos,
mo tempo que se tornava comentador e mas cinco abandonos impediram que
analista televisivo da Fórmula 1 no seu fosse além do sexto lugar no campeonato.
país natal, procurou rapidamente outros A sua carreira nos turismos terminou em
campeonatos nos quais pudesse pros- 1996, quando com o novo Nissan Primera
seguir a sua carreira. Em 1990 assinou GTE Pérez-Sala bateu regularmente o seu
pela Alfa Romeo España para disputar colega de equipa e estrela mundial dos tu-
o Campeonato Espanhol de Turismos, rismos, Eric Van de Poele, para conseguir
terminando em segundo, e estreou-se mais duas vitórias e um excelente terceiro
nos Sport-Protótipos em Suzuka, par- lugar no campeonato, embora longe do
tilhando um Porsche 962C com Manuel campeão Jordi Gené (Audi).

Detroit, mas no resto da temporada o DOS TURISMOS PARA OS GT
M188-Cosworth não deu para muito mais,
e tanto Martini como Pérez-Sala não mais À parte o seu trabalho para a televisão,
se destacaram, tendo mesmo falhado a Pérez-Sala envolveu-se também no
qualificação na Alemanha e na Bélgica. aconselhamento e promoção de jovens
O fim dos motores turbo e os novos pneus pilotos espanhóis, ao mesmo tempo que
Pirelli ajudaram a nivelar o meio do pelo- se iniciava no mundo da formação e em
tão, e a Minardi partia com maiores am- cursos de instrução de pilotagem.
bições para 1989. Mantendo a mesma Talvez devido ao crescimento das suas
dupla, a equipa começou a época com atividades extracompetição, Luis fez um
o M188B-Cosworth, mas só com o novo ano sabático em 1997, mas o “bichinho”
carro, o M189, é que os resultados come- ainda lá estava, e em 1998 iniciou nova
çaram a aparecer. De facto, este modelo aventura, desta vez nos GT’s, competin-
terá sido um dos melhores produzidos em do no Troféu Lamborghini Europa, uma
Faenza, mas para Luis os resultados não competição para gentleman-drivers,
se materializaram, já que, logo na estreia mostrando-se de imediato competitivo
do novo carro, foi claramente batido por e fechando a época em terceiro. E, em
Pierluigi Martini e falhou mesmo a qua- 1999, venceu este título, mais um para o
lificação na ronda mexicana. seu já longo palmarés.
Se Martini já tinha batido o seu colega No entanto, o veterano piloto decidiu en-
de equipa em qualificação em 1988, em volver-se no Campeonato Espanhol de
1989 essa diferença tornou-se ainda mais GT – que viria a evoluir para o atual GT
notória, assim como a discrepância de Open, graças à promoção de Jesús Pareja
resultados em corrida de ambos. Nova – e começou a época com um Ferrari F355
pertencente a Franco Scapini. Porém, a
parceria com o italiano durou pouco e, da

42

segunda ronda até ao final do campeonato
Luis correu com Ni Amorim ao volante de
um Chrysler Viper semioficial, com a du-
pla luso-espanhola a vencer três provas,
o que deixou o nosso piloto em terceiro.
Porém, 2000 voltou a ser um ano pra-
ticamente sabático, apenas pontuado
pelo triunfo na Categoria Diesel nas 24h
de Barcelona.
A partir de 2001 Pérez-Sala tornou-se de-
finitivamente um habitué do Campeonato
Espanhol de GT, iniciando uma parceria
com Manel Cerqueda Júnior que dura-
ria até ao final da sua carreira. Em 2001,
com um Ferrari 360 Modena da categoria
GTB, a dupla conseguiu o quinto lugar na
categoria, seguindo-se um quarto posto
na tabela em 2002.
E, em 2003 e 2004, sempre com a mes-
ma máquina, embora apoiada por es-
truturas diferentes, a dupla Cerqueda/
Pérez-Sala conseguiu dois campeona-
tos consecutivos na categoria GTB. Em
2005 não repetiu os títulos na categoria
GTB por pouco, mas conseguiu a vitó-
ria na geral nas 24h de Barcelona, e em

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43

2006 estreou o novo Ferrari F430, tanto desportivo podia estar à frente da equi- tas por falta de dinheiro no final de 2012. mes da Mercedes no DTM e no Blancpain
no Campeonato Espanhol como no GT pa com menor budget do pelotão, mas Atualmente, mantém as suas funções de GT Series É inegável que Pérez-Sala não
Open, destacando-se sempre a dupla estava decidido a dar o seu melhor e, em consultoria desportiva (ajudando a lan- tivesse talento. De facto tinha e provou-
pelas suas boas performances. 2011, recomendou o seu velho camarada çar a carreira de Jaime Alguersuari), ao -o nas categorias inferiores, chegando à
A luta pelo título GTB continuou em 2007 Pérez-Sala para funções de consultoria mesmo tempo que ajuda o seu sobrinho, Fórmula 1 por mérito próprio, mesmo se
e 2008, ano em que venceram o Troféu na escuderia. No final do ano, com a rutura Daniel Juncadella, na gestão da sua car- os sponsors deram alguma ajuda.
Ibérico e ficaram em segundos da geral entre Campos e Colin Kolles, Péres-Sala reira. De salientar que Juncadella venceu E se não sobreviveu na Fórmula 1 foi, de
no Campeonato Espanhol, graças às mu- assumiu as funções de diretor desporti- o G.P. de Macau em 2011 e tornou-se, até acordo com Giancarlo Minardi, talvez por
danças regulamentares. A caminho dos vo, mas a equipa acabaria por fechar por- aos dias de hoje, num dos principais no- ter sido demasiado gentil para a moda-
50 anos, 2008 foi também o ano de des- lidade.
pedida de Luis Pérez-Sala da competi- Embora fosse muito técnico e estabele-
ção, tendo conseguido um dos melhores cesse uma boa relação com um jovem e
palmarés para um piloto espanhol, até à desconhecido técnico de seu nome Aldo
chegada de Fernando Alonso. Costa, nunca conseguiu ter a mesma rela-
Ao longo destes anos, Luis continuou a ção com os elementos da equipa e com a
desenvolver as suas atividades ligadas Pirelli como Pierluigi Martini, sem dúvida
ao automobilismo, tornando-se parte do devido à nacionalidade deste. Ainda assim,
programa de formação de jovens pilotos tornou-se numa estrela nos turismos –
do Circuito de Montmeló. Entretanto, em pena que não existisse um campeonato
2010, a FIA abriu vagas para novas equipas europeu ou mundial à data – e, mais como
para disputar o Campeonato de Fórmula gentleman driver do que profissional, bri-
1, e uma das três formações debutantes lhou nos GT’s numa época em que o plan-
foi a Hispania, renomeada HRT em 2011, tel espanhol tinha grande qualidade, não
fundada por Adrián Campos (que, ra- raras vezes com portugueses à mistura.
pidamente, se viu obrigado a vender o Definitivamente, um pioneiro com ta-
projeto). O conhecido manager e diretor lento.

+44

FT/ F I C H A T É C N I C A

ASTON MARTIN José Manuel Costa 5.2 / 725 CV
[email protected]
» DBS SUPERLEGGERA GASOLINA
Chama-se DBS Superleggera e
UM RIVAL PARA O FERRARI SUPERFAST carrega consigo a herança de 3,4 S
dois nomes que representam
Um dos mais belos automóveis lançados pela marca muito da história da Aston 0-100 KM/H
britânica promove o regresso de dois nomes ilustres na Martin, marca britânica que
história da Aston Martin oferecendo um poderoso rival tem resistido com resiliência à 300 000€
erosão do tempo, rejuvenescida graças a
para o Ferrari 812 Superfast graças ao seu V12 de 5.2 uma parceria com a Daimler, via divisão PREÇO BASE
litros biturbo com 725 CV. O AUTO+ esteve presente na AMG. O nome DBS regressa depois de
ter aparecido na gama da marca em 1967 dos 0-100 km/h, 6,4 segundos dos 0-140
apresentação mundial em Londres e ter sido utilizado, pela última vez, em km/h) e que o DBS Superleggera chegue
2012; já Superleggera presta homenagem aos 340 km/h. Ajuda, bastante, uma re-
aos métodos inovadores e pioneiros de lação final de 2,9:1 face aos 2,7:1 do DB11.
construção leve do carroçador italiano Claro que num carro que pode “voar”
Touring,responsávelporalguns icónicos a 340 km/h, a aerodinâmica foi muito
Aston Martin. trabalhada. Na frente há um “spliter” que
O DBS Superleggera é um tributo ao conduz o ar para as zonas de pressão.
passado, mas utilizando todas as mais O fundo do carro é plano e está muito
recentes tecnologias, incluindo a mais trabalhado em termos aerodinâmicos;
recente forma de aligeirar um carro, a a traseira exibe um discreto difusor e a
fibra de carbono reforçada com plásti- asa traseira é uma “Aeroblade 2”, uma
co. Debaixo do magnífico capô está uma espécie de aerodinâmica ativa.
peça de joalharia, um V12 com 5.2 litros Contas feitas, o “spliter” gera 60 kg de
biturbo, acoplado a uma caixa de oito força descendente e 120 kg são oferecidos
velocidades automática da ZF, colocada pela asa traseira. No total são 180 kg de
no eixo traseiro, responsável por en- força descendente gerados pelo corpo do
caixar e fazer chegar ao solo potência DBS a 340 km/h. Se compararmos com
e binário. O motor foi totalmente revisto o DB11, este consegue, apenas, 70 kg de
para o DBS Superleggera. Para ajudar o força descendente. Mas o mais curioso
comportamento, o pesado V12 está co- é que com mais 110 kg de “downforce”,
locado muito em baixo e recuado para o DBS Superleggera tem, exatamente, o
o centro do carro, sendo, praticamente, mesmo coeficiente de arrasto.
um automóvel de motor central dianteiro. O chassis do DBS Superleggera tem como
Face ao DB11, que partilha este motor, o base a plataforma do DB11, mas muito
DBS Superleggera oferece mais 90 cv e evoluído para encaixar a potência e o bi-
quase 150 Nm a mais. Contas feitas, são nário do novo modelo. Feita em alumínio,
725 cv e 900 Nm de binário. a plataforma possui suspensões de duplo
Para ajudar o condutor, o diferencial está triângulo sobreposto à frente e um eixo
equipado com um autoblocante mecânico multibraços na traseira, sofisticado, que
que rima com um sistema eletrónico de permite encaixar as capacidades brutais
vetorização de binário, permitindo que a do motor do DBS Superleggera. O novo
aceleração seja alucinante (3,4 segundos modelo está equipado com a mais recente
evolução dos amortecedores adaptativos.
Existem três modos de condução: GT,
Sport e Sport Plus, que oferecem ao con-

dutor a oportunidade de tornarem o DBS teira que ocupa quase toda a frente, com >> autosport.pt/automais
Superleggera mais suave ou mais radical, os tradicionais faróis amendoados. O capô
de acordo com as exigências do condutor. é do tipo concha, abrindo-se ao contrário 45
do habitual. Os guarda lamas dianteiros
ESTILO ASTON MARTIN... exibem imponentes guelras para extrair ANDY PALMER CEO DAASTON MARTIN
o ar quente do compartimento do motor “O DBS SUPERLEGGERA É A NOVA
COM UM “TWIST” e também para ajudar a fornecer mais BANDEIRA DAASTON MARTIN”
força descendente. Mais abaixo surgem
O DBS Superleggera é… lindo! Acreditem as três letras mágicas: DBS. O patrão da marca britânica apresentou o modelo aos presentes na Round
que as fotos não lhe fazem justiça. Muito House, uma loja em Camden Town, no centro de Londres. Um ambiente fantástico
diferente do que faz a Ferrari e a McLaren, INTERIOR DE ENORME QUALIDADE com vários convidados ilustres onde foi desvendado o DBS Superleggera. Neste
por exemplo, Miles Nurnberger, diretor contexto surgiu a oportunidade de escutar Andy Palmer: “ É um dia muito feliz
do estilo da marca, decidiu afastar o DBS Qualidade, qualidade, qualidade. E equi- para nós. Passei o fim de semana anterior ao volante do DBS Superleggera e não
do DB11 alterando muitos dos códigos de pamento. E sofisticação. E um estilo con- há maneira de explicar em palavras o que senti.” Para o CEO da casa britânica,
estilo habituais na casa britânica. Por servador, típico da Aston Martin, mas “este carro marca, não só, o regresso de um nome famoso da Aston Martin, mas
exemplo, este é o primeiro Aston Martin que é excelente. O nível de equipamento assinala, igualmente, o regresso ao topo dos Super GT.” Andy Palmer, ex-CEO da
que não tem o logótipo alado, antes as 11 é elevado com acesso e arranque de mãos Nissan, não hesitou em escolher o “V12 5.2 litros biturbo como um dos destaques
letras do nome da marca alongado no lábio livres, câmara 360 graus com assistên- do carro. E não é só ela potência, porque não é a potência que é o mais importante,
superior da tampa da bagageira. Outro cia ao estacionamento com indicação de mas sim o binário.” E batendo com violência com o punho da mão direita fechado
detalhe está no nome “Superleggera” que distâncias, sistema de áudio com DAB, na mão esquerda aberta, Palmer exemplificou: “o poderoso binário deste carro
aparece nas nervuras das saídas de ar do Bluetooth áudio e streaming de música, que nos esmurra de forma absoluta e nos atira de curva para curva com uma
capô motor. A quadrupla saída de escape sistema de navegação e um ecrã central facilidade tremenda!” Isso quer dizer que o carro é brutal e inacessível a alguns
(duas do lado esquerdo, duas do lado di- de dimensões generosas. condutores? “Não, nada disso!” atirou o CEO da Aston Martin, revelando: “O carro
reito) lança, agora, um som trabalhado, no A Aston Martin oferece um elevado nível tem uma dinâmica que foi cuidadosamente trabalhada para servir a todo o tipo de
dizer da Aston Martin, “mais expressivo”. de personalização que passa pelas peles condutor.” Para Andy Palmer, “mesmo que seja suspeito (risos)”, este é um carro
Contas feitas, são mais 10 dB que o DBS que revestem o interior (aromáticas ou “lindíssimo, feito em carbono e alumínio esculpido para formar um estilo poderoso,
Superleggera faz face ao DB11. exóticas, misturadas com alcantara) ban- impactante e com carisma!” Por isso, a satisfação dos homens da Aston Martin e
Figuras de proa do estilo do DBS cos mais desportivos, jantes de liga leve de Andy Palmer era bem visível após a revelação do carro, rematando o CEO da casa
Superleggera são a enorme grelha dian- britânica a curta conversa com: “O novo DBS Superleggera é, claramente, a nova
bandeira da Aston Martin!”

MAREK REICHMAN VICE PRESIDENTE

EXECUTIVO E RESPONSÁVEL DE ESTILO

“COM O DBS SUPERLEGGERATEMOS
AOPORTUNIDADE DE CELEBRARA
HERANÇADAASTON MARTIN”

Há 12 anos que o inglês Marek Reichman, nascido em 1966, está na Aston Martin
ao volante dos destinos do estilo da casa britânica num dos mais prolíficos
períodos da marca em termos de novos modelos. Falamos dos DB11, Vanquish
S e Vulcan. Mas foi Marek Reichman quem desenhou, também, modelos como
o Lincoln MKX, o Navicross Concept Car e o range Rover MKIII. Aluno do Royal
College of Art de Londres é doutorado em design pela Universidade de Teeside,
Middlesbrough. Passou pela Rover e BMW Designworks (Califórnia) antes de
ingressar na Land Rover para liderar o departamento de estilo e lançar o futuro
do estilo da marca, sendo o modelo mais icónico o Range Rover de 2003. Passou
pela Ford, nos EUA, com responsabilidades na Lincoln. Chegou à Aston Martin
em 2005. Para o responsável do estilo da casa de Gaydon, o DBS Superleggera
ofereceu a oportunidade “perfeita para celebrar a inigualável tradição da Aston
Martin nos Super GT. Desejámos criar um carro que combinasse uma aerodinâmica
de topo com a muscularidade e a presença clássica deste tipo de carros. Nunca
esquecendo que este é o carro de série mais potente que jamais fizemos.” Rematou
dizendo: “O resultado final, espero que concordem comigo, foi de uma pureza
de linhas e de uma eficiência brutais. Fazer um carro que quase triplica a força
descendente e não penaliza o arrasto, significa que trabalhámos muito bem. A
verdade é que o Aston Martin DSB Superleggera é um carro lindíssimo e emana uma
aura de potência e qualidade fantásticas!”

de vários desenhos e com tecnologias ceiro trimestre deste ano e na Alemanha
diferentes (entre elas unidades forja- custa 274,995 euros, pelo que em Portugal
das) com 21 polegadas de diâmetro, ultrapassará, alegremente, a fasquia dos
equipadas com pneus Pirelli PZero 320 mil euros.
desenvolvidos, especificamente, para Dentro em breve o AUTO+ irá cumprir o
o DBS Superleggera. primeiro ensaio ao modelo e conta-lhe
O carro vai chegar ao mercado no ter- tudo sobre este automóvel.

46

FIAT Francisco Mendes INTERIOR
[email protected]
» TIPO 1.6 SW 120 CV S-DESIGN Ao entrar na Fiat Tipo 1.6 SW S- Design
A Fiat Tipo 1.6 Station Wagon percebemos de imediato que a marca
A PENSAR NA FAMÍLIA S-Design é um daqueles italiana jogou uma cartada forte nesta
modelos que dificilmente carrinha. A começar logo pelo volante em
O gosto dos portugueses por carrinhas é sobejamente deixa de levantar a curio- pele com pespontos cinzentos que trans-
conhecido e a verdade é que todas as marcas têm nesta gama sidade aos mais exigentes. mite uma imagem ‘premium’ . A posição
modelos muito apetecíveis. Como será a Fiat Tipo SW? Espaço generoso e conforto de condução é fácil de encontrar, já que
e linhas bem conseguidas fazem a podemos utilizar os múltiplos ajustes do
diferença neste modelo. banco e da coluna de direcção.
Esta carrinha Tipo é bem diferente O sistema de infoentertenimento
daquele que foi o modelo original UConnect de 7’’ conta com várias funções
lançado pela Fiat, até porque a atual e aplicações, onde se integra o sistema de
carroçaria é bem mais engraçada e navegação TomTom 3D, Android Auto e
de maior qualidade. Apple CarPlay, Bluetooth e ligações USB
Num primeiro olhar percebemos de e AUX.
imediato que esta Tipo SW S-Design Para além disso podemos contar com um
surge com uma imagem moderna e equipamento de série bastante completo,
bem conseguida, já que os acabamen- incluindo Cruise-Control, ar condicionado
tos cromados foram substituídos por automático, sensores de estacionamento
preto brilhante, caso da grelha dian- traseiros, sensores de luz e chuva ou mes-
teira, com os faróis a poderem contar mo bancos em pele e tecido.
agora com tecnologia bi-xenon. Os Os materiais do habitáculo não são pro-
puxadores são pintados na cor da priamente o topo do segmento, mas na
carroçaria neste modelo, cinzento verdade podemos pensar na Tipo como
Metropoli, enquanto a capa dos es- um carro de família sempre pronto para
pelhos retrovisores surge em negro transportar os mais jovens nas rotinas do
e os vidros são escurecidos. dia a dia ou mesmo para as férias, já que
contamos com muito espaço no habitá-
culo e bagageira. Aliás, no banco traseiro
três passageiros adultos viajam de forma

>> autosport.pt/automais

47

FT/ F I C H A T É C N I C A

1.6 / 120 CV

GASÓLEO

10,1 S

0-100 KM/H

3,4 L / 5,2 L (AUTOSPORT)

100 KM

98

G/KM- CO2

23 400€

PREÇO DA VERSÃO ENSAIADA

CONSUMO /CONFORTO / ESPAÇO

ALGUNS PLÁSTICOS NO INTERIOR

MOTOR 4 CILINDROS EM LINHA, INJEÇÃO
DIRETA, TURBODIESEL, 1598 CM3
POTÊNCIA 120 CV / 3750 RPM BINÁRIO
320 NM / 1750 RPM TRANSMISSÃO
DIANTEIRA, CX MANUAL DE 6 VEL.
SUSPENSÃO MCPHERSON À FRENTE E EIXO
DE TORÇÃO ATRÁS TRAVAGEM DISCOS
/ DISCOS PESO 1395 KG MALA 550 L
DEPÓSITO 50 L VEL. MÁX 200 KM/H

confortável e, para além disso, os 550l Com reações fáceis de antever, o motor de consumo, mostrando-se bastante VEREDITO
de capacidade da mala proporcionam é uma ajuda, através de uma resposta competente mesmo a velocidades mais
arrumação para a bagagem de toda a pronta, permitindo que possamos des- elevadas. Esta Fiat Tipo 1.6 Station Wagon
família, a que se junta ainda um alçapão pachar-nos sem grandes demoras nos A caixa de seis velocidades é suave e bem S-Design é uma carrinha que podemos
para transportar carga mais miúda. trajetos urbanos, graças ao generoso mo- escalonada, ajudando o motor em matéria considerar bastante generosa e verda-
tor diesel 1.6 MultiJet de 120 cv com um de consumos. deiramente pensada para a família. Fiável,
AO VOLANTE binário de 320 Nm que atinge o seu regime As suspensões absorvem bem as ir- espaçosa e cómoda, a par de com um motor
Aos comandos da Tipo percebemos máximo às 1750 rpm, o que permite um regularidades, como as lombas nas económico, revela-se assim apelativa e ca-
que estamos perante uma carrinha bom andamento desde baixas rotações. cidades, e revelam-se assim à altura paz de responder às exigências familiares.
fácil e simples de conduzir, onde o Já em autoestrada a Tipo revela todo o seu das necessidades em estradas mais Na hora de se pensar em comprar um carro
conforto ganha à dinâmica. conforto e capacidade para bons regimes sinuosas e degradadas. novo para todos lá em casa, assume-se
como uma proposta a ter em conta.

E/ Dando cumprimento ao estabelecido no n° mais importantes provas de desporto au- leitores uma informação atual, rigorosa abordagem e de análise dos factos noti-
1 do artigo 17° da Lei 2/99, de 13 de Janeiro, tomóvel disputadas em território nacional e de qualidade, opinando sobre tudo o ciosos, com total abertura à interatividade
ESTATUTO Lei da Imprensa, publica-se o Estatuto e no estrangeiro, relata acontecimentos que se passa na área do automóvel e dos com a sua comunidade de leitores. 4. O
EDITORIAL Editorial da publicação periódica AutoSport: ligados à competição automóvel, bem como automobilistas, numa perspetiva plural, re- AutoSport pratica um jornalismo pautado
1. O AutoSport é um semanário dedicado temas que versam o automóvel como bem cusando o sensacionalismo e respeitando pela isenção, sem comprometimentos
ao automóvel e aos automobilistas, nas de consumo, tanto na área industrial como a esfera da privacidade dos cidadãos. 3. ou enfeudamentos, tendo apenas como
suas mais distintas vertentes: desporto e comercial. O AutoSport pauta as suas opções edito- pressuposto editorial facultar a melhor
competição, comércio, indústria, segurança 2. O AutoSport está comprometido com riais por critérios de atualidade, interesse informação e a melhor formação aos seus
e problemática rodoviária. O AutoSport o exercício de um jornalismo formativo e informativo e qualidade, procurando apre- leitores, seguindo sempre as mais elemen-
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