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Published by hmilheiro, 2018-07-23 15:23:23

AutoSport_2117_25 julho

AutoSport_2117_25 julho

#2117 40
ANO 40
anos
25/07/2018

2,35€ (CONT.)

DIRETOR PEDRO CORRÊA MENDES O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES >> autosport.pt

HAMILTON: DE14ºPARA1º…

IMPLACÁVEL

VETTEL: ERRO CUSTAPROVÁVELVITÓRIA

ALBUQUERQUE + ENSAIO
NO PÓDIO DA ELMS SYM
MERCEDES-BENZ CLASSE A 180 D CRUISYM
125
ESTRELA BRILHANTE

FINS DE SEMANA PERFEITOS

SIX SENSES DOURO VALLEY | SAMODÃES | DOURO

www.hoteisdecampo.pt

3

I/ I N S TA N TÂ N E O SIGA-NOS EM EDIÇÃO

#2117
25/07/2018

f l> > a u t o s p o r t . p t
facebook.com/autosportpt twitter.com/AutoSportPT

Depois de um longo hiato, o WRC regressa já amanhã na Finlândia, prova que marca o arranque da segunda metade da época. José Luís Abreu
Com Ogier na perseguição a Neuville, a M-Sport evoluiu o seu Ford Fiesta WRC que surge com uma nova aerodinâmica, mais
propícia a ‘altos voos’… DIRETOR-EXECUTIVO

S/ SEMÁFORO EM DIRETO [email protected]

PARADO A ARRANCAR A FUNDO “Não fazia sentido fazer isto No passadofimde semana,
contra o meu colega de equipa” no nosso site, rebentou
Por muitas Troféu C1 Learn & Fantástica prestação uma ‘guerra’ entre as fa-
justificações que a Drive é uma nova de Lewis Hamilton Valtteri Bottas a tentar explicar a ções pró-Ferrari/anti-
FIA dê, é inexplicável competição de baixo no GP da Alemanha. ordem da Mercedes, que o impediu de -Mercedes e vice-versa,
como Räikkönen ‘paga’ custo. Estão previstas Corrida que fica na lutar em que, como também
5s em Baku 2016 e três corridas de história, foi de 14º é habitual, o mensageiro (leia-se,
Hamilton recebe uma endurance, de 6 Horas, para 1º... “Se queres que o deixe passar jornalista) ‘levou’ por tabela. Meus
(Vettel), simplesmente diz-me Senhores, era bom que alguns lei-
reprimenda... em 2019. isso…” tores percebessem de uma vez por
todas que os jornalistas limitam-se
O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES NA ERA DIGITAL Kimi Räikkönen a obrigar Jock Clear a relatar factos e qu e quem tem
a ser… claro de gostar ou não desses factos e
de discuti-los como achar melhor
“É muito difícil partir desta são os leitores. Não é problema do
posição, mas temos sempre jornalista se o leitor gosta ou não,
que acreditar” o jornalista não tem ‘lado’ ao con-
trário dos leitores, e por isso relata
Lewis Hamilton que arrancou de 14º factos. Um jornalista quando escre-
e venceu ve um facto vai sempre contentar
uns e d esagradar outros. Nada de
“Foi um pequeno erro, com uma novo. Claro que fazem muito bem
grande consequência...” em a lertar s e lh es p arecer qu e
pendem demasiado seja para que
Sebastian Vettel depois de sair de lado for. Alertas nunca são demais.
pista quando liderava Nada a dizer contra isso. Mas o que
verdadeiramente me espanta é a
Siga-nos nas redes sociais e saiba ‘necessidade’ que muita gente tem
tudo sobre o desporto motorizado no de querer sempre ler só ‘coisas boas’
computador, tablet ou smartphone via para as suas cores, e quando acon-
facebook (facebook.com/autosportpt), tece o contrário, ‘passam-se’, e de-
twitter (AutosportPT) ou em pressa ’matam’ o mensageiro. Meus
>> autosport.pt amigos, quem quiser ser honesto
consigo próprio, não pode deixar de
ler artigos ‘contra’, e isto não se deve
esgotar neste nosso universo dos
motores, deve ser extensivo a tudo,
política, futebol, etc., pois é a ler de
várias proveniências, que por vezes
se faz luz. ‘Bebam’ dos vários lados,
e depois tirem conclusões. O qu e
um jornalista quer é que os even-
tos tenham o máximo de histórias
passíveis de ser contadas, quantas
mais e m ais ‘picantes’, melhor, só
facilita o nosso trabalho.

4 F1/
FÓRMULA 1
GP DA ALEMANHA 1 1 D E 2 1

HAMILTON
APROVEITA

ERRO
DEVETTEL

Sebastian Vettel chegou ao Grande Prémio da Alemanha,
11ª prova da temporada, com oito pontos de vantagem
sobre Lewis Hamilton no Campeonato

de Pilotos, e tudo parecia encaminhado para que pudesse
expandir a sua liderança, mas um erro do alemão acabou

por virar a corrida, entregando o triunfo ao inglês,
que reassumiu o primeiro lugar do campeonato
Jorge Girão
[email protected]

D esde cedo ficou claro que título tão longe, Vettel poderia dar-se vantagem para Bottas.
a F errari t inha o c arro a ao luxo de adotar uma postura que Com a am eaça d e ch uva b astante
bater em H ockenheim. privilegiasse a segurança. presente, os pilotos da frente atra-
A superior potência do V6 Com Valtteri Bottas a seu lado na pri- saram o m áximo as respetivas pa-
turbohíbrido de Maranello meira linha, o alemão arrancou bem ragens nas boxes, apesar d e terem
deixava a v antagem d o para a prova de 67 voltas, mantendo a nos seus carros pneus ultramacios.
lado da Scuderia e qu ando Hamilton liderança, e com um ritmo alucinante A única exceção foi Kimi Räikkönen
sentiu problemas hidráulicos no seu assegurou uma vantagem de quase que, ao sentir-se preso no escape de
Mercedes durante a Q1, o que o deixou dois segundos e meio quando estavam Bottas, entrou nas boxes quando esta-
no 14º posto da grelha de partida, o cumpridas cinco voltas. vam realizadas 14 voltas com o intuito
cenário parecia perfeito para Vettel, Por seu lado, Hamilton iniciou a espe- de realizar o “undercut”.
que garantira a pole-position frente rada recuperação, chegando no mes- Contudo, o finlandês da Mercedes não
ao seu público. mo período de tempo ao 10º posto, a reagiu à provocação do seu conterrâ-
A grande incógnita da corrida de do- mais de 18s do seu rival. neo e parou apenas na 28ª volta, três
mingo eram as condições climatéricas, Quando estavam cumpridas 14 voltas, depois da paragem de Vettel.
havendo promessas de chuva para a o inglês da Mercedes era já quin to, Com a s ua p assagem p elas b oxes
tarde dominical, o que poderia estragar suplantando todo o segundo pelotão, madrugadora, Räikkönen conseguiu
os planos do alemão da Ferrari, mas mas estava já a mais de 25s de Vettel, ascender ao comando, seguido de per-
com o seu grande rival na luta pelo que tinha alargado para 3,5s a su a to pelo seu colega de equipa, ao passo

>> autosport.pt

5

que Bottas caía para trás de Hamilton, de equipa em duas voltas. 28 seu lado, Daniel Ricciardo abandonava
que arrancara com pneus macios e Tudo parecia encaminhar-se para uma na 29ª volta com problemas de motor,
estava num longo “stint” para tentar vitória do alemão, que estava confor- o número de pódios alcançados por Kimi depois de ter arrancado de 19º por ter
aproveitar a ch uva para se colocar tável no comando, mesmo com a chuva Räikkönen, desde que venceu pela última montado uma unidade de potência
em contenção por um lugar no pódio. que se fez sentir na Curva 6, estavam vez, no GP da Austrália de 2013 nova – a Red Bull passava assim por
No campo da Ferrari, a corrida estava cumpridas 44 voltas. um fim de semana deprimente.
sob controlo, muito embora fosse no- Duas voltas antes, Hamilton passava Na cabeça da corrida, Vettel estava de-
tório que Vettel, com macios frescos, pelas boxes para trocar os macios com terminado e nunca permitiu que Bottas
era mais rápido que Räikkönen, com que iniciou a p rova por ultramacios, estivesse a m enos de seis segundos
o mesmo tipo de pneus mas com mais estando a Mercedes confiante de que de si, tendo ainda Räikkönen entre si
11 voltas, o que deixava no ar a possi- a chuva que estava a chegar não jus- e o melhor dos Mercedes.
bilidade de a Scuderia lançar a ordem tificava a montagem de intermédios. Contudo, quando cumpria a 52ª v olta,
para que o Iceman deixasse passar o O in glês est ava l onge d e s er um a ao travar para a Sachskurve, o alemão
seu colega de equipa. ameaça para Vettel, uma vez que es- bloqueou as rodas traseiras, saindo de
A ordem do pit-wall da Scuderia che- tava a mais de 20s do líder. pista a b aixa velocidade. Para tornar
garia na 39ª volta, justificando Vettel Pelo meio, na quarta posição, estava o erro do germânico ainda mais de-
a decisão dos italianos ao afastar-se ainda Max Verstappen, que pararia primente, a es capatória nesta zona é
rapidamente do finlandês, ganhando para montar intermédios, passando bastante reduzida, acabando por em-
mais de dois segundos para o seu colega a ser uma fora carta do baralho. Por bater a baixa velocidade, o que tornou

F1/
FÓRMULA 1

6

GP DA ALEMANHA 1 1 D E 2 1

M/ MOMENTO F/ FIGURA

DESPISTE DE VETTEL - Tinha o carro HAMILTON - Nem tudo correu bem ao piloto inglês na
mais competitivo de todo o plantel, Alemanha, com uma qualificação em que ficou de fora
o seu adversário arrancava de 14º e devido a um problema hidráulico causado pela passa-
liderava confortavelmente a corrida, gem no corretor da Curva 1, ainda que tenha recorrido
mas o alemão, quando tinha tudo a este de forma normal. Seja como for, Hamilton foi
para vencer e distanciar-se na obrigado a arrancar de 14º para a corrida, mas num
liderança do campeonato, cometeu dia em que não deveria ter ganhado, o Campeão
um erro primário, promovendo o do Mundo aproveitou as oportunidades com uma
aparecimento do Safety Car que deu pilotagem decisiva, beneficiando do erro
a possibilidade de Hamilton vencer. do seu rival na luta pelo campeonato para vencer.

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VISITE NOSSO SITE PARA 5 +/ MAIS
VER MAIS FOTOS DA
PROVA AUTOSPORT.PT o número de vezes que um piloto venceu NICO HULKENBERG corridas, um dos seus pilotos teve
depois de arrancar de 14º, como Hamilton A Renault não tinha o carro problemas hidráulicos depois de
O GP da Alemanha fez no domingo mais competitivo do segundo uma passagem mais forte por um
traduziu-se por uma pelotão, mas o alemão, a correr corretor – Bottas abandonou na
reviravolta no topo da 80 em casa, esteve irrepreensível. Áustria em condições semelhantes
tabela do Campeonato Na qualificação nada pôde fazer às experimentadas por Hamilton
de Pilotos, prova de o número de vezes que a Mercedes venceu quanto aos Haas, notoriamente na qualificação alemã. Mas os
que a competição está na Fórmula 1 mais rápidos, mas voltou a impor- homens da Mercedes conseguiram
ao rubro e de que vai se ao seu colega de equipa. Em reagrupar-se e ultrapassar as
haver luta até final corrida Hulkenberg ditou a sua lei dificuldades. Frente ao estado
quando a chuva entrou em ação, maior da Daimler, com um carro que
batendo Kevin Magnussen, muito não era o mais rápido, a equipa do
embora tenha realizado exatamente construtor germânico conseguiu
a mesma estratégia que os pilotos manter Vettel em sentido, através
da equipa americana. A capacidade de Bottas, e elevou Hamilton até
do alemão em ler a pista molhada à posição de se poder bater, pelo
foi determinante para que menos, com Verstappen, apesar de
garantisse o triunfo no segundo ter arrancado de 14º. Quando Vettel
pelotão com um carro que não era o errou, o inglês estava em posição
mais rápido. de beneficiar do erro do seu rival,
vencendo meritoriamente. Mas o
MERCEDES espírito de equipa e capacidade
A formação de Brackley tem um estratégica da Mercedes foi
problema no W09 EQ Power+, uma determinante para a dobradinha da
vez que pela segunda vez em poucas equipa.

-/ MENOS

o abandono inevitável. veemência, promovendo a decisão da SEBASTIAN VETTEL MOTORES RENAULT
Para lançar “sal n a ferida aberta”, o Mercedes em instar os seus pilotos a O alemão tinha tudo para vencer O construtor francês continua
Safety Car foi obrigado a en trar em manter posições, até porque a ameaça pela primeira vez em Hockenheim: a ter uma desvantagem de
pista para remover o Ferrari danifica- da Ferrari, que nesta fase somente o carro mais rápido do plantel, performance para a Ferrari e
do, colocando Hamilton em contenção poderia vir de Kimi Räikkönen, nunca a pole-position e a liderança para a Mercedes, o que tem
pela vitória. Os dois finlandeses, lide- se materializou. desde a primeira volta. Com sido determinante para que a
rados por Bottas que tinha ultrapas- Num dia em qu e não tinha o m elhor o seu rival longe de si e com Red Bull não esteja envolvida
sado o seu conterrâneo pouco antes carro nas mãos, o piloto inglês venceu, Bottas suficientemente distante na luta pelos cetros deste ano,
do despiste de Vettel, entraram nas capitalizando o erro do seu rival na luta para não ser uma verdadeira uma vez que, quando a potência
boxes para montar ultramacios. pelo título, para assumir o c omando ameaça, tudo parecia correr de não é determinante, os carros
Neste contexto, o p iloto britânico da do Campeonato de Pilotos, apesar de feição a Vettel, mas na 52ª volta, de Milton Keynes estão na luta
Mercedes, com borrachas do mesmo ter arrancado de 14º. Um performance surpreendentemente, despistou- pelos triunfos. Mas pior que isso,
composto com apenas 10 voltas, man- do britânico para mais tarde recordar, se na Sachskurve, abandonando é a continua falta de fiabilidades
teve-se em pista – apesar da confusão colhendo a bonança, num dia de tem- depois de bater nas barreiras de dos V6 turbohíbridos gauleses.
que o levou a passar pela relva para re- pestade para os rivais. pneus. Daniel Ricciardo montou uma
gressar à pista quando já estava na via A Mercedes maximizou assim as opor- Numa temporada em que a todos nova unidade de potência para o
das boxes – ascendendo à liderança. tunidades, assegurando uma dobra- os erros contarão para definir o Grande Premio da Alemanha, o que
Após a situação de Safety Car, Bottas dinha, relegando o Ferrari resistente, Campeão, esta “falha pessoal” lhe valeu arrancar da última linha
ainda atacou o seu companheiro de o de Kimi R äikkönen, para o d egrau do piloto da Ferrari poderá ser da grelha de partida, porém, isso
equipa, Hamilton, que se defendeu com mais baixo do pódio. determinante para o desfecho da não assegurou que terminasse a
época – para já, valeu-lhe a perda corrida, abandonando com novos
da liderança do Campeonato problemas de motor, quando não
de Pilotos e uma desvantagem estava sequer completada metade
assinalável: 17 pontos. da corrida.

F1/
FÓRMULA 1

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GP DA ALEMANHA 1 1 D E 2 1

‘HULK’ BRILHA À CHUVA

Desde a primeira sessão de trei- nas séries longas de voltas. de três segundos, o qu e permitiu que cortesia do despiste de Vettel, estes três
nos-livres qu e p arecia qu e Tudo parecia bem en caminhado para Magnussen parasse apenas na 20ª, sem pilotos pararam nas boxes para mon-
Hockenheim era um feudo da o dinamarquês e para o francês, muito correr o risco de sofrer o ‘undercut’ do tar pneus intermédios, o qu e os obri-
Haas, com os seus pilotos a assu- embora Hulkenberg e Carlos Sainz es- seu adversário, tendo os dois substituído gou, quatro voltas mais tarde, a parar
mirem a liderança do segundo pelotão, tivessem na sétima e oitava posições, os ultramacios que tinham usado na Q2 novamente para voltar aos slicks, uma
mas uma prestação notável de Nico respetivamente, logo atrás dos pilotos por médios para ficarem com a certe- vez que a pista nunca ficou suficiente-
Hulkenberg acabou por garantir a este da Haas, o que obrigava a que estes fi- za de que poderiam terminar a corrida mente molhada.
o triunfo atrás das ‘Três Grandes’. cassem em s entido para a c orrida de sem regressar às boxes. Este erro estratégico não prejudicou
Kevin Magnussen e Romain Grosjean 67 voltas. A diferença entre os dois manteve-se Hulkenberg nem Grosjean, que ter-
ditaram a su a lei na qualificação e a O arranque correu bem a Magnussen, ao estável até à 44ª volta, momento em que minaram na quinta e sexta posições,
presença de Charles Leclerc na Q3 evi- passo que o alemão da Renault se colo- começou a chover em algumas zonas respetivamente, mas Magnussen caiu
denciava que as unidades de potência cou entre os dois pilotos da formação de de Hockenheim. para 11º, dado que Sergio Pérez, Esteban
da Ferrari eram determinantes para Gene Haas, tendo Grosjean perdido mais Hulkenberg começou rapidamente a Ocon e Marcus Ericsson não caíram no
assegurar bons resultados. um lugar, desta feita para Sergio Pérez, ganhar tempo a Magnussen, encostan- engodo da chuva, terminando à frente
Para além da performance pura, mes- quando estavam decorridas seis voltas. do-se no piloto da Haas. O alemão, um do dinamarquês da Haas.
mo na gestão dos pneus, as dificuldades No entanto, o dinamarquês estava no especialista no molhado, rapidamente Num dia em que a Haas tinha vantagem
sentidas pelos pilotos da equipa ame- comando das operações e na 10ª volta suplantou o dinamarquês, elevando-se face à Renault, a formação do construtor
ricana na sexta feira eram esbatidas tinha já quase três segundos de vanta- ao topo do segundo pelotão, enquanto francês apoiou-se em Hulkenberg para
para a corrida com a descida de tempe- gem para Hulkenberg. este último ia caindo na classificação, triunfar no segundo pelotão, ao passo
ratura face a sexta feira, quando tanto Na 17ª volta, que antecedeu a paragem sendo inclusivamente ultrapassado que uma penalização 10s a Sainz, por
Magnussen como Grosjean sentiram nas boxes planeada do piloto da Renault, por Grosjean. ter ultrapassado com o S afety-Car, o
problemas com as borrachas da Pirelli a distância entre os dois era já de mais Quando o Safety Car entrou em p ista, atirou para o 12º lugar final.

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COMEÇAM OS TELEFONEMAS

Mais tarde oumais cedo asordens voltas do inglês – o que lhe poderia dar Já depois da corrida, os comissários da Alemanha – prova que venceu ape-
de equipa acabariam por che- alguma vantagem face ao Campeão desportivos analisaram o ep isódio e nas uma vez, em 2013 – o tetracampeão
gar em força ao Campeonato do Mundo. consideraram que o inglês, como todos mundial viu-se também ultrapassado
do Mundo de Fórmula 1 de 2018, Bottas acabou mesmo por lançar um puderam ver, cruzou o traço contínuo na liderança do Campeonato de Pilotos,
o que acabou por suceder na Alemanha. intenso ataque a Hamilton, que se defen- que separa a entrada na via das boxes detendo agora uma desvantagem de
No Grande Prémio da Áustria a Ferrari deu estoicamente, mantendo os dois as da pista, mas acabou por lhe dar, como 17 po ntos, d epois d e t er ch egado a
decidiu manter Kimi Räikkönen à fren- suas posições. Pouco depois, a Mercedes castigo, uma reprimenda, mantendo a Hockenheim com oito de vantagem.
te de Sebastian Vettel, mas na prova avisava o finlandês para manter posi- vitória do piloto número 44. Vettel considera que não cometeu uma
do passado fim de semana decidiu o ções e não atacar o seu colega de equipa. De acordo com os comissários despor- falha gigantesca, mas que as conse-
contrário. tivos, Hamilton admitiu o erro provo- quências foram profundas.
O finlandês subiu ao comando devido a A FALTA DE HAMILTON cado por comunicações confusas da “Não creio que tenha sido um grande
uma paragem nas boxes madrugadora, sua equipa, tendo o facto de este ter erro, mas teve um imp acto tremendo
na 14º quarta volta, o que lhe permitiu Apesar de ter cruzado a linha de meta sido realizado durante uma situação na corrida, dado que abandonei. Mas
fazer o ‘undercut’ a Valtteri Bottas, 28ª, em primeiro e ter celebrado o triunfo de Safety Car e não ter colocado outro não vou perder o sono por causa do que
e ao seu colega de equipa, 25ª. na cerimónia do pódio, Lewis Hamilton piloto em risco sido determinante para fiz mal. É desapontante, dado que tudo
Quando Vettel encostou na traseira de teve a sua vitória em risco devido a um um castigo tão brando. tinha corrido bem. Não precisávamos
Räikkönen estavam completadas 29 episódio em que a sua equipa se mos- da chuva”, afirmou o piloto da Ferrari.
voltas. Os pilotos da Ferrari estavam em trou indecisa quanto à sua chamada VETTEL ATIRA VITÓRIA FORA Apesar da pesada derrota germânica,
diferentes ciclos de vida dos seus pneus às boxes. Vettel tira aspetos positivos da sua pas-
– ambos montavam macios – sendo o O inglês estava no quarto posto quando A performance de Lewis Hamilton no sagem por Hockenheim que o deixam
alemão notoriamente mais rápido, mas Sebastian Vettel se despistou, o qu e Grande Prémio da Alemanha foi notável, otimista para o futuro.
sem conseguir ultrapassar o seu colega despoletou uma situação de Safety mas foi o erro de Sebastian Vettel o mais “Temos um carro muito bom, portanto,
de equipa. Car, estavam cumpridas 52 voltas. Com marcante da corrida, dado que o alemão podemos estar confiantes, mais con-
Na 38ª v olta, com a ap roximação de pneus já c om bastantes voltas, Kimi parecia ter no bolso o triunfo no seu país. fiantes que todos os outros. Foi um fim
Bottas, a decisão da Ferrari chegou a Räikkönen e Valtteri Bottas rumaram O piloto da Ferrari estava no controlo de semana positivo, fora apenas um da-
Räikkönen, ainda que de uma forma imediatamente às boxes, mas c om da prova quando não evitou uma saí- queles momentos, um erro meu. Tenho
muito subtil, deixando o C ampeão do ultramacios com apenas 10 voltas, a da de pista na Sachskurve, estavam de pedir desculpa à equipa, fizeram tudo
Mundo de 2007 passar o alemão. situação de Hamilton era distinta, dado decorridas 52 voltas, tinha então uma corretamente e tinha tudo nas minhas
Mais tarde, foi a vez de a Mercedes tam- que, se permanecesse em pista, ganhava vantagem superior a n ove segundos mãos. Pequeno erro, grande desapon-
bém lançar ordens de equipa de modo duas posições. face a Valtteri Bottas. tamento”, frisou o alemão.
a garantir uma dobradinha improvável. Foi então que a M ercedes entrou em Para além de ter perdido o Grande Prémio
No reinício da corrida, depois do Safety processo de indefinição, chamando o
Car despoletado pelo despiste de Vettel, inglês às boxes, para logo depois o or-
Bottas tinha pneus mais frescos que o denar a m anter-se em p ista, quando
seu colega de equipa, que liderava – ul- já estava na via de entrada no pit-lane.
tramacios com cinco voltas do finlandês, Hamilton acabou por passar pela relva
contra um jogo do mesmo tipo com 15 para regressar à pista, o que levantou
questões sobre o seu comportamento.

F1/
FÓRMULA 1

10

PF/ PARQUE FECHADO

TUDO NA MESMA NA MERCEDES
AMercedes definiu os seus pilotos
para a próxima temporada pou- apenas na Ferrari existe ainda alguma que parece estar fora da Ferrari, para a equipa de Silverstone, o que signifi-
cos dias antes do Grande Prémio indefinição - o mercado do segundo pe- ceder o seu lugar a Charles Leclerc. caria um substancial investimento na
da Alemanha, confirmando o que lotão está em ebulição, podendo existir O monegasco tem o s eu futuro asse- necessitada estrutura de Vijay Mallya
se esperava. alterações em todas as equipas. gurado, e poderá ver o seu lugar na Alfa e Subrata Roy.
Era impensável que Lewis Hamilton não Fernando Alonso é a gora a ch ave do Romeo Sauber ocupado pelo próprio Contudo, Ocon é também visto com
prosseguisse a sua carreira com a equi- xadrez. A McLaren pretende manter a finlandês, que está determinando em agrado por parte da Renault para fa-
pa de Brackley, ao passo que o abandono sua estrela a todo o custo, mas o espa- prosseguir na Fórmula 1. zer dupla com Nico Hulkenberg, caso
da Fórmula 1 por parte do inglês no final nhol, sem um carro competitivo, pode A equipa de Hinwil, que se mostra muito não continue com Sainz, uma vez que
da temporada era altamente improvável, considerar que está farto de andar a apetecida com a sua recente subida de é francês, algo que reforçaria o carácter
o que significava que o alongamento fazer milagres com um m onolugar de forma, poderá substituir Marcus Ericsson gaulês da equipa de Enstone. No entanto,
nas negociações entre as duas partes segunda e deixar a Fórmula 1. por António Giovinazzi, mas com aincer- a decisão quanto ao futuro do jovem
se devia a desentendimentos quanto a A formação de Woking tem dois jovens teza que reina na FCA e na Ferrari – com a passa pela Mercedes.
dinheiro ou quanto à extensão de um pilotos na folha de pagamento – Stoffel destituição de Sérgio Marchionne devido Na Toro Rosso Pierre Gasly está seguro
novo contrato. Vandoorne e Lando Norris – mas pre- a problemas de saúde – desconhece- por mais uma temporada, ao passo que
Dado que não existe ainda um Acordo tende ter ao seu serviço um nome ex- -se qual o futuro da associação da Alfa no caso de Brendon Hartley a dúvida é
da Concórdia para lá de 2020, a exten- periente, tendo por isso feito uma oferta Romeo/Ferrari à Sauber. saber quando lhe é mostrada a po rta,
são máxima para um n ovo contrato muito generosa a Daniel Ricciardo, que Na Haas, Kevin Magnussen tem o seu podendo a formação de Faenza recorrer
resumia-se a d ois anos, uma vez que este recusou. lugar seguro, mas Romain Grosjean a Lando Norris, com o beneplácito da
nenhum construtor pretende garan- Outra opção para Zak Brown será Carlos poderá ser substituído por Sergio Pérez, McLaren.
tir a su a presença na Fórmula 1 s em Sainz que, sem um lugar na Red Bull para algo que agradaria a G ene Haas, que A Williams encontra-se na dúbia situa-
chegar a um acordo com a FOM e FIA, 2019, será um agente livre no mercado. tem no México o seu principal mercado. ção de não ter muitos pretendentes, mas
portanto, podemos concluir que seria o No entanto, os responsáveis da McLaren, A Force India por seu lado poderá manter Robert Kubica certamente que será uma
salário de Hamilton a colocar-se entre desesperados por ficar com um nome Esteban Ocon, mas nos últimos dias opção para fazer equipa com Sergey
as duas partes. forte caso percam Alonso, estão tam- surgiram rumores que dão conta do Sirotkin, caso Stroll resolva rumar a
Assim, na quarta feira que antecedeu a bém a equacionar a possibilidade de as- interesse d e L ance S troll, farto d os Silverstone, muito embora opolaco tenha
prova de Hockenheim a Mercedes reve- segurar os serviços de Kimi Räikkönen, problemas da Williams, passar para também sido conotado com a Haas.
lou que o seu piloto-estrela continuará
ao seu serviço até ao final de 2020.
O lugar de colega de equipa de Hamilton
era fortemente conotado com Valtteri
Bottas, m uito embo ra a equip a d e
Brackley tenha admitido que equacio-
nou a possibilidade de colocar Daniel
Ricciardo ao lado do inglês, havendo
igualmente rumores que apontavam
para uma promoção de Esteban Ocon
– piloto da “cantera” da Mercedes e
atualmente ao serviço da Force India.
Contudo, a equipa do construtor germâ-
nico decidiu manter o finlandês, ofere-
cendo-lhe um contrato de um ano, com
outro de opção.
Com a definição da dupla de pilotos da
Mercedes para 2019, Daniel Ricciardo
deverá assinar brevemente com a Red
Bull, também por dois anos, ao passo
que na Ferrari a in definição continua
a reinar no que diz respeito ao lugar de
colega de equipa de Sebastian Vettel.
Kimi Räikkönen termina este ano o seu
atual acordo com a Scuderia, existindo
insistentes rumores que apontam para
que seja substituído por Charles Leclerc,
que continua a b rilhar na Alfa Romeo
Sauber.

O XADREZ DO SEGUNDO PELOTÃO

Com os lugares das equipas da frente
praticamente definidos - n a realidade

>> autosport.pt

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C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S

GP DA ALEMANHA PROVA 11 DE 21 PROVA TEMPO
HOCKENHEIM VOLTAS
VOLTA MAIS RÁPIDA
22/07/2018 GERAL
VEL. MÁXIMA
4,574 KM 67 306,458 KM SEXTA SÁBADO DOMINGO GERAL
BOX

PERÍMETRO VOLTAS DISTÂNCIA TOTAL 1 LEWIS HAMILTON MERCEDES W09 EQ POWER+ 1:32:29.845 67 1:15.545 1 346.9 KM/H 1 1
1:15.721 2 337.6 KM/H 8 2
2 VALTTERI BOTTAS MERCEDES W09 EQ POWER+ +4.535S 67 1:15.990 4 317.0 KM/H 20 2
1:15.852 3 330.0 KM/H 17 3
3 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI SF71H +6.732S 67 1:17.910 16 336.5 KM/H 10 3
1:16.716 5 332.1 KM/H 15 3
TREINOS LIVRES GRELHA DE PARTIDA 4 MAX VERSTAPPEN RED BULL RB14/TAG HEUER +7.654S 67 1:17.867 15 339.9 KM/H 5 1
1:17.941 17 340.2 KM/H 4 1
1 Sebastian Vettel Q3 5 NICO HULKENBERG RENAULT RS18 +26.609S 67 1:17.745 12 332.8 KM/H 14 1
FERRARI 1:17.681 9 336.7 KM/H 9 2
1.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 1:11.212 6 ROMAIN GROSJEAN HAAS VF-18/FERRARI +28.871S 67 1:17.697 10 329.3 KM/H 18 3
1:17.430 7 343.1 KM/H 2 3
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 7 SERGIO PEREZ FORCE INDIA VJM11/MERCEDES +30.556S 67 1:17.537 8 341.4 KM/H 3 2
1:17.762 13 334.2 KM/H 13 2
1 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING 1:13.525 8 ESTEBAN OCON FORCE INDIA VJM11/MERCEDES +31.750S 67 1:17.852 14 337.7 KM/H 7 3
1:17.741 11 328.3 KM/H 19 3
2 LEWIS HAMILTON MERCEDES +0.004S 2 Valtteri Bottas 9 MARCUS ERICSSON SAUBER C37/FERRARI +32.362S 67 1:18.861 19 336.3 KM/H 12 2
MERCEDES 1:17.290 6 336.4 KM/H 11 1
3 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING +0.189S 1:11.416 10 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO STR13/HONDA +34.197S 67 1:18.934 20 331.6 KM/H 16 2
1:18.262 18 338.8 KM/H 6
4 SEBASTIAN VETTEL FERRARI +0.271S 11 KEVIN MAGNUSSEN HAAS VF-18/FERRARI +34.919S 67

5 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +0.378S 3 Kimi Räikkönen 12 CARLOS SAINZ RENAULT RS18 +43.069S 67
FERRARI
6 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI +0.742S 1:11.547 13 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN MCL33/RENAULT +46.617S 67

7 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +1.166S 14 PIERRE GASLY TORO ROSSO STR13/HONDA +1 VOLTA 66

8 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +1.328S 15 CHARLES LECLERC SAUBER C37/FERRARI +1 VOLTA 66

9 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +1.572S 4 Max Verstappen
RED BULL RACING
10 NICO HULKENBERG RENAULT +1.757S 1:11.822 16 FERNANDO ALONSO MCLAREN MCL33/RENAULT CX. VEL. 65

11 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +1.890S NC LANCE STROLL WILLIAMS FW41/MERCEDES TRAVÕES 53

12 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +2.019S 5 Kevin Magnussen NC SEBASTIAN VETTEL FERRARI SF71H DESPISTE 51
HAAS FERRARI
13 LANCE STROLL WILLIAMS +2.104S 1:12.200 NC SERGEY SIROTKIN WILLIAMS FW41/MERCEDES FUGA ÒLEO 51

14 CARLOS SAINZ RENAULT +2.244S NC DANIEL RICCIARDO RED BULL RB14/TAG HEUER MOTOR 27

15 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +2.339S 6 Romain Grosjean
HAAS FERRARI
16 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +2.351S 1:12.544

17 NICHOLAS LATIFI FORCE INDIA +2.498S

18 PIERRE GASLY TORO ROSSO +2.546S 7 Nico Hulkenberg
RENAULT
19 ANTONIO GIOVINAZZI SAUBER FERRARI +2.611S 1:12.560

20 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +2.624S AUSTRÁLIA
BAHREIN
2.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 8 Carlos Sainz CHINA
RENAULT AZERBAIJÃO
PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF. 1:12.692 ESPANHA
MÓNACO
1 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING 1:13.085 CANADÁ
FRANÇA
ÁUSTRIA
GRÃ-BRETANHA
ALEMANHA
HUNGRIA
BÉLGICA
ITÁLIA
SINGAPURA
RÚSSIA
JAPÃO
EUA
MÉXICO
BRASIL
ABU DHABI

2 LEWIS HAMILTON MERCEDES +0.026S 9 Charles Leclerc
SAUBER FERRARI
3 VALTTERI BOTTAS MERCEDES +0.105S 1:12.717 PILOTOS

4 SEBASTIAN VETTEL FERRARI +0.225S 1. L. HAMILTON 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
2. S. VETTEL 18 15 12 25 25 15 10 25 - 18 25
5 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI +0.342S 10 Sergio Perez 3. K. RAIKKONEN 25 25 4 12 12 18 25 10 15 25 - 188
4. V. BOTTAS 15 - 15 18 - 12 8 15 18 15 15 171
6 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI +0.888S FORCE INDIA MERCEDES 5. D. RICCIARDO 4 18 18 - 18 10 18 6 - 12 18 131
6. M. VERSTAPPEN 12 - 25 - 10 25 12 12 - 10 - 122
7 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI +1.104S 1:12.774 Q2 7. N. HULKENBERG 8 - 10 - 15 2 15 18 25 - 12 106
8. F. ALONSO 6 8 8 - - 4 6 2 - 8 10 105
8 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI +1.289S 11 Fernando Alonso 9. K. MAGNUSSEN 10 6 6 6 4 - - - 4 4 - 52
MCLAREN RENAULT 10. S. PEREZ - 10 1 - 8 - - 8 10 2 - 40
9 NICO HULKENBERG RENAULT +1.411S 1:13.657 11. E. OCON - - - 15 2 - - - 6 1 6 39
12. C. SAINZ - 1 - - - 8 2 - 8 6 4 30
10 ESTEBAN OCON FORCE INDIA +1.423S 13. R. GROSJEAN 1 - 2 10 6 1 4 4 - - - 29
14. P. GASLY - - - - - - - - 12 - 8 28
11 SERGIO PEREZ FORCE INDIA +1.467S 15. C. LECLERC - 12 - - - 6 - - - - - 20
16. S. VANDOORNE - - - 8 1 - 1 1 2 - - 18
12 CARLOS SAINZ RENAULT +1.507S 12 Sergey Sirotkin 17. M. ERICSSON 2 4 - 2 - - - - - - - 13
WILLIAMS MERCEDES 18. L. STROLL - 2 - - - - - - 1 - 2 8
13 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING +1.597S 1:13.702 19. B. HARTLEY - - - 4 - - - - - - - 5
20. S. SIROTKIN - - - 1 - - - - - - 1 4
14 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +1.698S - - - - - - - - - - - 2
0
15 PIERRE GASLY TORO ROSSO +1.708S 13 Marcus Ericsson
SAUBER FERRARI
16 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +1.745S 1:13.736

17 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT +1.751S

18 LANCE STROLL WILLIAMS +2.184S 14 Lewis Hamilton
MERCEDES
19 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +2.323S 1:13.012

20 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT +2.369S Q1

15 Esteban Ocon
FORCE INDIA MERCEDES
3.ª SESSÃO TREINOS LIVRES 1:13.720

PILOTO EQUIPA TEMPO/DIF.

1 CHARLES LECLERC SAUBER FERRARI 1:34.577

2 MARCUS ERICSSON SAUBER FERRARI +0.423S 16 Brendon Hartley
TORO ROSSO HONDA
3 SERGEY SIROTKIN WILLIAMS +0.757S 1:14.045

4 SEBASTIAN VETTEL FERRARI +0.996S

5 PIERRE GASLY TORO ROSSO +1.082S 17 Lance Stroll
WILLIAMS MERCEDES
6 BRENDON HARTLEY TORO ROSSO +1.574S 1:14.206

7 NICO HULKENBERG RENAULT +2.296S

8 KIMI RÄIKKÖNEN FERRARI +3.178S 18 Stoffel Vandoorne
MCLAREN RENAULT
9 LANCE STROLL WILLIAMS +3.816S 1:14.401 EQUIPAS

10 ROMAIN GROSJEAN HAAS FERRARI 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

11 KEVIN MAGNUSSEN HAAS FERRARI 1. MERCEDES 22 33 30 25 43 25 28 31 - 30 43 310
302
12 MAX VERSTAPPEN RED BULL RACING 19 Daniel Ricciardo 2. FERRARI 40 25 19 30 12 30 33 25 33 40 15 211
RED BULL RACING 80
13 FERNANDO ALONSO MCLAREN RENAULT 1:13.318 3. RED BULL TAG HEUER 20 - 35 - 25 27 27 30 25 10 12 59
59
14 STOFFEL VANDOORNE MCLAREN RENAULT 48
20
15 DANIEL RICCIARDO RED BULL RACING 20 Pierre Gasly 4. RENAULT 7 8 10 10 6 5 10 6 - 8 10 18
TORO ROSSO HONDA 4
16 CARLOS SAINZ RENAULT 1:13.749 5. FORCE INDIA - 1 - 15 2 8 2 - 14 7 10

17 VALTTERI BOTTAS MERCEDES 6. HAAS FERRARI - 10 1 - 8 - - 8 22 2 8

18 ESTEBAN OCON FORCE INDIA 7. MCLAREN RENAULT 12 10 6 8 4 - - - 4 4 -

19 SERGIO PEREZ FORCE INDIA 8. TORO ROSSO HONDA - 12 - 1 - 6 - - - - 1

20 LEWIS HAMILTON MERCEDES 9. SAUBER FERRARI - 2 - 8 1 - 1 1 3 - 2

Gasly e Ricciardo partiram do fundo 10. WILLIAMS MERCEDES - - - 4 - - - - - - -
da grelha devido a múltiplas trocas

de elementos da unidade motriz;

PONTUAÇÃO 1.º 25 PTS 2.º 18 PTS 3.º 15 PTS 4.º 12 PTS 5.º 10 PTS 6.º 8 PTS 7.º 6 PTS 8.º 4 PTS 9.º 2 PTS 10.º 1 PT

12 ERC/
CAMPEONATO DA EUROPA DE RALIS
RALLY DI ROMA CAPITALE

BRUNO MAGALHÃES
COM POUCASORTE

EM ITÁLIA

Bruno e Hugo Magalhães foram quintos no Rally Roma
Capitale devido ao tempo acumulado com problemas
e perderam a liderança do ERC 2018

João Freitas Faria conhecedores do figurino da prova. Mas C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S
[email protected] também sabemos do nosso potencial
e por isso estamos otimistas e focados 1º ALEXEY LUKYANUK/ALEXEY ARNAUTOV FORD FIESTA R5 1:48:03.5
Após um a bo a p assagem no nosso trabalho. Para nós o mais im- 2º GIANDOMENICO BASSO/MOIRA LUCCA SKODA FABIA R5 + 7.5
pelo e xtremo l este d o portante são as contas do campeonato, 3º GRZEGORZ GRZYB/JAKUB WROBEL SKODA FABIA R5 + 1:04.2
Mediterrâneo, com uma vitó- gostávamos de reforçar o primeiro lugar 4º FABIAN KREIM/FRANK CHRISTIAN SKODA FABIA R5 + 1:16.5
ria na Acrópole e um segundo e se aliarmos a iss o um pódio no final 5º BRUNO MAGALHÃES/HUGO MAGALHÃES SKODA FABIA R5 + 1:41.2
posto no Chipre, Bruno e Hugo da prova, tanto melhor”. 6º CHRIS INGRAM/ROSS WITTTOCK SKODA FABIA R5 +2:32.2
Magalhães rumaram a Itália Já na sexta-feira, a prova teve início com 7º JUUSO NORDGREN/TAPIO SUOMINEM SKODA FABIA R5 + 2:34.7
na liderança do campeonato e tinham uma classificativa-espetáculo no cen- 8º GIACOMO SCATTOLON/MATTEO NOBILI SKODA FABIA R5 + 2:56.8
razões para pretender defender e mes- tro de Roma. Com pneus duros, a dupla 9º ANTONIO RUSCE/SAURO FARNOCCHIA FORD FIESTA R5 + 3:08.4
mo reforçar esse comando apoiados na nacional sentiu dificuldades e quase fez 10º FREDRIK AHLIN/JOAKIM SJOBERG SKODA FABIA R5 + 3:17.0
experiência adquirida naquele país em dois piões, averbando o nono tempo. No …
2017, ano em qu e subiram ao degrau dia seguinte, o rali foi efetivamente para a 43º ALOÍSIO MONTEIRO/SANCHO EIRÓ SKODA FABIA R5 + 57:43.0
mais baixo do pódio depois de terem estrada e o acerto escolhido para o Skoda
conseguido estar regularmente entre Fabia R5 não era o melhor. Logo na aber- ERC: 1º ALEXEY LUKYANUK, 120; 2º BRUNO MAGALHÃES, 111; 3º NORBERT HERCZIG, 62; 4º SIMOS GALATARIOTIS, 50;
os primeiros no rápido mas exigente tura de sábado, o vice-campeão europeu 5º FABIAN KREIM, 43
asfalto da região a su deste da capital caiu para a 11ª posição mas a o btenção
transalpina. de dois sextos melhores tempos nos com 28,6 km que poderia ser determi- “feito tempos muito bons tendo em
Como vem sendo hábito nestas des- troços cronometrados seguintes permi- nante e Bruno Magalhães configurou a conta a vasta lista de inscritos e a qua-
locações, a equip a portuguesa voou tiram recuperar até ao 8º posto antes da sua viatura para esse traçado. A prova lidade dos pilotos presentes nesta prova.
para aquele país no começo da semana passagem pelo parque de assistências. especial seria, contudo, anulada por ra- Infelizmente perdemos muito tempo no
para na terça-feira realizarem testes de “Tivemos alguns problemas de set up zões de segurança e toda a estratégia da final da primeira etapa e na segunda não
forma a en contrarem um bo m acerto nas primeiras classificativas mas fize- dupla portuguesa desmoronou pois nas conseguimos recuperar. Foi pena, mas
para aquela que foi a quinta prova do mos alterações” que vieram mesmo a classificativas seguintes o Skoda Fabia estamos contentes com a atitude forte
campeonato europeu deste ano. Mais resultar. Com a obtenção de bons tem- R5 não estava perfeito e não foi possível com que enfrentámos a prova, uma das
uma vez integrado na estrutura da ARC pos a equipa em que Hugo Magalhães é encurtar a distância para os rivais que os mais competitivas da Europa”.
Sport, Magalhães mostrou-se satis- navegador foi subindo até ao sexto lugar. precediam na classificação. Daí até final Menos positiva é a d úvida que trazem
feito com os “cerca de 40 quilómetros “No entanto, na penúltima especial do a equipa “cumpriu calendário” mas pôde mais uma vez na bagagem quanto à
da sessão, que ajudaram a encontrar o dia, ocarro desligou-se numa reta, tive- ainda beneficiar da desistência dum possibilidade de alinharem no próximo
compromisso base para trabalharmos mos de fazer ‘reset’ e perdemos muito adversário para subir ao quinto posto evento da série proposta pelo Eurosport,
ao longo da prova. É um r ali que exige tempo. Na super especial que encerrava em que veio a cortar a meta. o sempre espetacular mas muito di-
um ‘set up’ que funcione em todos os a etapa continuou a falhar e ficámos Desta feita, e sem razões para grandes fícil Barum Czech Rally Zlin que con-
tipos de piso. Fiquei satisfeito com o mais longe do pódio”. Apesar do tempo festejos, a B runo e H ugo Magalhães centra todas as atenções no sudeste
trabalho que desenvolvemos”. perdido, a classificação acabou por não restou fazer as malas para o regresso da República Checa entre 24 e 2 6 de
O Rally di Roma Capitale apresentava sofrer alterações e B runo Magalhães a Portugal com a satisfação de terem agosto.
este ano várias alterações em relação concluiu o segundo dia de competição
à edição anterior e o p iloto de Lisboa na sexta posição.
antevia: “Os nossos principais adversá- A segunda e última etapa, cumprida no
rios serão os pilotos italianos, perfeitos domingo, começava com a disputa de
Rocca di Cave, um troço cronometrado

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13

LUKYANUK DE FIO A PAVIO DIOGO GAGO
PENALIZADO
Alexey Lukyanuk regressou em Itália aos triunfos e ao comando do campeonato. O
russo tomou a dianteira logo na primeira classificativa para não mais a perder apesar DUPLO AZAR PARA Apesar de inscrito, Diogo Gago não
de ter disputado toda uma secção sem barra de torsão traseira. Nesta participação, ALOÍSIO MONTEIRO compareceu ao Rally di Roma Capitale
Lukyanuk não repetiu erros recentes e soube mesmo impor um ritmo que lhe permitiu devido à imposição dos seus patrocinadores
controlar os adversários diretos no ERC. Não correu nada bem a passagem de Aloísio que optaram pela presença no Rallye de
Regressado a um campeonato que venceu em 2006 e 2009, Giandomenico Basso Monteiro e Sancho Eiró por Itália nesta Ferrol no quadro da Peugeot Rally Cup
foi segundo bem perto do vencedor apesar do ritmo inicial não ter sido o melhor. O prova do ERC, já que uma saída de estrada Ibérica. Pelo facto de ter surgido inscrito
italiano levou algum tempo a adaptar-se ao Skoda Fabia R5 de ocasião e também no primeiro dia e problemas com a caixa de simultaneamente em dois eventos, o Colégio
lamentou a anulação da PE 9 que lhe poderia ter permitido ultrapassar Lukyanuk. velocidades no segundo tornaram o fim de de Comissários Desportivos em Roma
Grzegorz Grzyb voltou a estar em bom plano em Itália e foi terceiro. semana muito aziago. decidiu-se por uma penalização de 39 pontos
Quarto, Fabian Kreim foi o melhor no ERC Junior U28, também ajudado pelo muito Logo nos primeiros quilómetros de prova, ao piloto português com a exclusão do
tempo perdido por Nikolay Gryazin com um incêndio na sua viatura. Chris Ingram voltou uma saída de estrada levou a dupla a campeonato suspensa até ao final do ano.
a ser muito consistente com o Skoda Fabia R5 e foi sexto, igualmente beneficiado pelo abandonar: “Começámos bem e efetuámos O piloto algarvio, no entanto, recorreu dessa
despiste de Paolo Andreucci que alinhou nesta prova com outra navegadora pois Anna tempos entre os 15 da frente, junto dos decisão e os mesmos comissários viriam a
Andreussi não recuperara ainda doutro acidente sofrido pelo piloto da Peugeot Italia pilotos italianos, muito fortes no asfalto, reduzir a pena para 10 pontos, mantendo a
em testes na semana anterior. mas saímos de estrada e isso impediu-nos suspensão de exclusão. Devido à ausência
de ganhar experiência com o Skoda em em Roma, Gago perdeu simultaneamente
asfalto”. o comando do ERC Junior U27 e ERC3 para
A ARC Sport recuperou o carro, Aloísio o letão Martins Sesks que venceu as
Monteiro continuou em Super Rally, mas a duas categorias com o seu Opel Adam R2.
equipa teve muitos problemas com a caixa Muito rápido no quadro destes escalões,
de velocidades: “Chegámos ao fim, mas o espanhol Effren Llarena terminou na
com um sabor amargo, pois sabemos que terceira posição devido a problemas de
podíamos ter feito melhor. Fizemos duas motor no Peugeot 208 R2.
especiais em 2ª, temos que pensar e refletir
nos aspetos a melhorar”, disse.

E/14
ENTREVISTA
RICARDO TEODÓSIO

PAI, FAZ RicardoTeodósioéda- é sempre bom ter que agradecer a tanta
RALI…” quelas pessoas com gente que nos deu os parabéns pela nossa
que se ganha em - vitória, pois isso dá-nos ainda mais força
Ricardo Teodósio e José Teixeira venceram o Rali de patia muito rapida- e quer dizer que somos queridos de muita
Castelo Branco, prova que marcou o primeiro triunfo mente. Falar com ele gente”, começou por dizer Teodósio, que
é bom em qualquer recordou os momentos que culminaram
absoluto da dupla, e o primeiro de sempre do mais circunstância, é um com a certeza do triunfo: “Como as con-
espetacular piloto de ralis em Portugal. comunicador nato, dições climatéricas eram mais favoráveis
mas quando o tive- a nós que aos nossos colegas tínhamos
É sempre um prazer falar com o algarvio, imagine-se mos que fazer de- que atacar e foi o que fizemos. No fim do
quando ele está super feliz… pois da sua estron- troço nãofiz muita festa, nem sei explicar
dosa primeira vitória bem, estava muito feliz, estava à espera
ENTREVISTA Gonçalo Cabral/16 Válvulas c/José Luís Abreu em Castelo Branco, o brilho nos olhos foi que chegasse o João Barros, porque era
[email protected] ainda maior. Deixámos para alguns dias o piloto que estava mais perto atrás de
depois uma conversa mais calma, mas nós. Já sabia que tinha ficado à frente do
FOTOGRAFIA AIFA/Jorge Cunha, Albano Loureiro como sempre, basta tocar nalguns pon- Zé Pedro (Fontes), mas tinha que esperar
e ZOOM Motorsport/António Silva tos-chave que a emoção toma conta da pelo Armindo (Araújo) e pelo João Barros.
sua voz, a tal ponto que a deixa ‘patinar’ Não saí dentro do carro e o meu pessoal
bem mais do que as rodas do seu Skoda, que estava a ajudar no rali fez-me sinal.
com quem já se entende como se fossem Só saí dentro do carro quanto tive mes-
‘amigos’ há décadas. mo a confirmação e aí festejei um pouco.
Ouvi-lo a dizer, “Pai, faz rali! Pai, faz rali” Faltava ali a companhia do resto da equipa,
fez-nos transportar para os momentos faltavam alguns de nós, não estava a mi-
que viveu com o irmão, e o qu e Ricardo nha mãe, não estava o resto dos amigos
Teodósio faz há muitosanos nas estradas e queria festejar com eles. Quando che-
por onde passam os ralis em Portugal, é guei à assistência sim, a minha mãe veio
como que uma homenagem ao pai, que dar-me os parabéns, foi um momento as-
partiu tinha ele 19 anos. sim forte, ao fim ao cabo faz com que nós
Logicamente, o ponto de partida da con- nos tenhamos emocionado, pois conse-
versa foi o triunfo em Castelo Branco: guimos uma coisa por que estávamos a
“Já agradeci a não sei quantas pessoas, lutar há muito tempo e finalmente tinha

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15

acontecido. É um s entimento bom, mas E foi isso que aconteceu, o Zé Pedro partiu O piloto tem um já longo percurso nas corridas, com mais de duas décadas. Passou
ao mesmo tempo faz-nos lembrar pes- à nossa frente e no final ganhámos-lhe pelo Karting e Fórmula Ford e Fórmula Opel, mas são os ralis a sua grande paixão,
soas que já não estão cá e que gostávamos cinco segundos. modalidade na qual tem um estilo inconfundível, sempre muito apreciado pelos adeptos:
que estivessem. Faz com que nos como- Na partida dessa última secção, antes "Eu não me sinto bem se não andar da minha maneira, eu não gosto de ser um boneco
va e não é por ser o que sou. Comovi-me o Zé Pedro tinha dito, olha Ricardo nós telecomandado"
durante a ligação do fim do troço para a escolhemos pneus de chuva, e pergun-
assistência, vieram-me as lágrimas aos tou-me o que eu tinha e disse-lhe, 'é o corrida e não haver adversários que nos nho que estar o tempo inteiro a pensar
olhos, mas por alegria, pois estava con- que está aí e o que temos lá atrás', e o Zé deem vontade de andar rápido, não é a que não posso bater, não posso sair de
tente por nós, pela minha equipa, por me Pedro disse, ‘estou lixado, tenho pneus de mesma coisa. Quando não ‘atacamos’ o estrada, não posso estragar nada, sim-
sentir realizado porque tinha consegui- chuva’ e eu respondi-lhe, 'o segundo tro- nosso corpo não reage da mesma ma- plesmente tenho que andar o mais rápi-
do uma coisa pela qual já lutava há muito ço está molhado, só que não o suficiente neira. É preciso haver lutas e competição do possível mas com muito cuidado. As
tempo e me tinha fugido várias vezes por para justificar pneus de chuva', e aí o Z é para isto dar gozo. Tanto é que aparece por pessoas por vezes podem pensar que
poucos segundos”, recordou Teodósio, que Pedro perdeu o rali porque não fez a esco- vezes pessoal de fora e são mais rápidos pela minha maneira de conduzir, como
explicou depois alguns detalhes dos mo- lha mais acertada. Acontece, já me acon- que nós, ou porque têm mais rodagem, ou eu vou, que me despeço da família an-
mentos antes da ‘explosão’ de alegria: “Eu teceu a mim, se formos a ver ele perdeu orçamentos completamente diferentes tes de arrancar para o troço, mas isso é
sabia que ele estava aflito com os pneus, cerca de meio segundo por quilómetro, e podem andar de uma maneira que se completamente mentira. O Zé (Teixeira),
nós falámos uns com os outros porque o que é pouco. As corridas são mesmo lhes acontecer alguma coisa não vão ter que vai comigo, ou quem jáandou comi-
independentemente de termos as nossas assim e era a nossa hora de vencermos, problemas nenhuns. go sabe que eu vou super tranquilo, da
‘guerras’quandoestamos dentrodos car- fomos fortes, aguentámos a pressão dos Esse pensamento, não o posso ter, te- minha maneira, aquela minha maneira
ros, cá forasomostodosunidos.Falamos, nossos adversários, que estavam atrás
não há cá guerras uns com os outros, da- de nós - o João e o Armindo, que lidera o
mos-nos todos bem, e isso é bonito de se campeonato - ese quando chega anossa
ver, brincamos uns com os outros, anda- hora fizermos as coisas bem e as es co-
mos ao fim ao cabo a brincar e a m eter lhas certas nós conseguimos. Chegou a
pressão, à espera que algum faça uma nossa vez, agora vamos à luta”, explicou
asneira. O mundo das corridas é mesmo Ricardo Teodósio.
assim e quando nós estávamos antes do
controlo para o último troço, eu disse ao PILOTO CALMO…
Zé Pedro, vai para dentro do carro e faz o
teu melhor, tu queres ganhar eu também Este foi um triunfo mesmo à medida de
quero e que ganhe o que for mais rápido. Teodósio, pois o que ele gosta mesmo é
da adrenalina da competição: “Fazer uma

E/
ENTREVISTA

16

RICARDO TEODÓSIO

de conduzir, eu estou tranquilo quando é um campeão, e vejo o Carlos como um
estou a guiar assim. piloto que não desiste, que quer ganhar.
As outras pessoas podem não estar, mas O ano passado disse-lhe várias vezes, tu
eu estou calmo. Bom, às vezes estou mais vais ser campeão, devagarinho fui-lhe
tenso. Por exemplo neste Rali de Castelo dizendo, tem calma, vais ser campeão.
Branco o sistema nervoso dizia-me que No último rali no Algarve o Carlos esta-
eu queria mais, eu queria andar, ganhar va aflito do pescoço, teve um torcicolo,
e neste rali quando entrei paraos últimos e eu como amigo dele levei-o ao meu
três troços eu pensei para mim, eu tenho massagista, avisei a organização que o
que ganhar este rali, eu vou ganhar este Carlos não estava em condições, tinha
rali, eu não vou baixar os braços, inde- um problema no pescoço, e foi ao meu
pendentemente de apanhar chuva eu vou massagista, voltou, trouxe um atestado
atacar com tudo para ir buscar o primei- porque faltou ao briefing, e o Carlos aca-
ro lugar porque está ao meu alcance, e foi bou por ganhar o rali e ser campeão, e no
isso que nós fizemos, e graças a Deus e a fim eu disse-lhe: estás a ver como foste
nós, surgiu-nos a vitória...” campeão? Tinhas era que ter calma, e tu
Claro que o sucedido a Carlos Vieira con- tiveste calma.
tinua a m arcar os homens dos ralis, e Ajudei a que ele tivesse um pouco de cal-
Teodósio não é exceção. Bastava olhar ma e que construísse o que construiu, e
para as laterais do seu Skoda em Castelo eu fiquei muito feliz por ele, porque ele
Branco: “Dediquei a minha vitória a ele e merecia ser campeão. Só espero que o
não só a ele, mas também ao Rui Santos Carlosfique bom e que recupere por com-
da RMC, que nos deixou, com muita pena pleto. Eu uma vez tive um grave acidente
minha, que a família dele tenha muita for- de mota, e já disse à Senhora Isaura, mãe
ça, infelizmente chegou a hora dele e teve do Carlos, que demorei seis meses a fazer
que partir, partiu outro grande amigo. a minha recuperação total, até ficar nor-
Quanto ao Carlos, estamos cá, amigo, à mal, até que visse e ouvisse bem, tivesse
tua espera, que venhas como eras dan- o paladar em condições, o olfato, afetou-
tes, e volta o mais breve possível. O Carlos -me tudo e precisei de seis meses para

A vitória no Rali
Castelo Branco
foi um momento
marcante e há muito
aguardado, mas
também um estímulo
para o futuro: "Quero
agradecer a toda
a equipa e a todos
os patrocinadores.
Obrigado a todos e
em especial à minha
mãe. O que custa
mais é ganhar a
primeira, já quando
corria nas pistas
era assim, quando
isso aconteceu o
à-vontade ficou
tão grande e a
tranquilidade foi
tão grande que
tudo passou a sair
natural que já era
difícil ficar atrás de

primeiro..."

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17

aí começou o amor pelos Mitsubishi, es-

távamos em quinto da geral no Grupo N

mas fizemos 21º ou 31º da geral, pois tive-

mos um furo no último troço e perdemos

para aí sete minutos com a brincadeira”.

Claro, falar com Teodósio e não lhe falar

da célebre ultrapassagem no Rali de Loulé

2010, era imperdoável, mas desta vez fo-

recuperar e foi bem menos grave do que nosso gosto pelos ralis, nós sempre segui- de se aleijar e cortava-se, e eu como não mos mais longe. Quisemos mesmo saber
o acidente do Carlos. Espero que a recu-
peração do Carlos seja rápida, mas todos mos os ralis. O pai ia ver o Rali do Algarve tinha medo ia sempre andando para a tudo: “Ainda hoje estive a ver esse vídeo
temos que ter calma e perceber que vai
demorar o seu tempo..." nos três dias do rali - nós não íamos à es- frente”, recordou Teodósio, que explicou com um amigo meu brasileiro, é daque-

OUTROS TEMPOS cola na sexta-feira - que corria o Algarve os primeiros tempos: “Por incrível que las coisas que acontecem uma vez na

Mas a carreira de Ricardo Teodósio é lon- duma ponta à outra. E eu sempre gostei pareça o meu primeiro carro de ralis foi vida, foi pensado no momento em fazer
ga e curiosamente, começou nas pistas.
Primeiro pelo Karting, depois nas Fórmula de ralis, mas o meu pai pôs-me nas pis- um Citroën AX Sport, e por sua vez o pri- daquela maneira e correu bem, chegar lá
Ford e Fórmula Opel: “Eu desde muito pe-
queno que me lembro que gostava de ralis, tas porque não havia forma de fazer ra- meiro carro que eu tive autorização para no momento e fazer, eu não pensei,eufiz.
adorava ralis e andava sempre a brincar
com um carro que tinha, um Datsun 1200, lis com 13 anos, e mesmo se houvesse, o conduzir foi um AX Sport que nós tínha- Mas eu conto a história. Tinha chovido e
fazia aquelas coisas que qualquer um de
nós fez.Nós tínhamos um aviário na casa Karting era o caminho certo para ir até mos, que o meu pai tinha comprado para eu estava a tentar apanhar o concorrente
da minha avó materna e para irmos para
lá íamos sempre pelo caminho de terra, à Fórmula 1, que era o sonho do pai, era a minha mãe. Foi o primeiro carro que o que seguia à minha frente, o Daniel ‘Festas’
porque claro, não havia outro, e eu e o meu
irmão dizíamos sempre, ‘pai faz rali, pai levar um dos filhos à F1. Mas com o pas- meu pai deu autorização para eu conduzir. como ele é conhecido. Ele tinha furado
faz rali’, atrás, um agarrado a um banco, o
outro a outro, e lá ia o pai a brincar, e nós, sar dos anos fui eu o escolhido, porque o Isto foi em 1989. Calhou ir fazer o meu uma vez, parou e mudou uma roda, mas
pronto, era o nosso parque de diversões,
andar de carro com o pai, porque também meu irmão tinha medo de se aleijar e eu primeiro rali aqui no Algarve, houve um furou outra vez e eu estava a apanhá-lo,
não havia mais nada na altura.
Há 40 anos não se passava nada, havia nunca pensava nisso, era sempre 'para a amigo que me convidou, mas foi ele ona- só que eu vinha no pó dele e não conse-
meia dúzia de carros, e pouco mais, e daí o
frente é que é caminho'. Bati muitas ve- vegador, foi o Rali da Fatacil. Depois, pas- guia ver nada. Já ia batendo três vezes

zes, dei muitas porradas sozinho, dei mui- sado um ano, convidaram-me para fazer antes de chegar àquela zona, e eu sab ia

tas porradas acompanhado, mas nunca de carro zero no Rali de Silves, da antiga que o único sítio que tinha para o ultra-

demonstrei medo, queria mais, sempre Promoção, foi o meu segundo rali de AX, passar era ali, porque senão eu não con-

mais e foi por isso. depois o primeiro rali a sério foi um Rali do seguia ultrapassá-lo e ia perder o rali (ndr.:

O pai tinha que escolher entre um e ou- Algarve, num Mitsubishi Lancer Evo III, e se quiser ver o vídeo procure por “O meu

tro, ou oque eramais

agressivo. Nem era o

mais rápido, porque o "COM O PASSAR DOS ANOS FUI EU O ESCOLHIDO, PORQUE O MEU IRMÃO
meu irmão era mui- TINHA MEDO DE SE ALEIJAR E EU NUNCA PENSAVA NISSO, ERA SEMPRE
tas vezes mais rá-

pido que eu, só que 'PARA A FRENTE É QUE É CAMINHO'. BATI MUITAS VEZES"
depois tinha medo

E/
ENTREVISTA

18

RICARDO TEODÓSIO

coração quase parou... - Ricardo Teodósio

na Cortelha”, no Youtube), por isso tentei

aproximar-se dele o mais possível, vinha a

dar sinais de luzes para ele me ver e o que

aconteceu é que como choveu, quando nós

trazemos o carro da terra para o asfalto o

carro traz sempre terra nas rodas, dentro

das cavas, e quando nós travamos, o pó

que está dentro das rodas sai, pela jante,

por um lado e pelo outro. E o que aconte-

ce é que na trajetória a estrada fica mais

limpa mas fora delafica aquelepófininho.

Ora, asfalto, com aquele pó fininho, com

pneus de terra é igual a travar em cima

da manteiga, praticamente.

Choveu do asfalto para a frente, onde fa-

zia falta para mim não choveu. A água que

caiu, em cima daquele pó, aquilo parecia

manteiga, e quando eu ponho o pé n o O Skoda Fabia R5 foi a escolha da equipa para esta época, carro que já lhes permitiu obter o primeiro triunfo no CPR
travão, travo, e o carro roda logo a trasei-

ra e pensei cá para mim: Ui mãezinha do

Céu, grande martelada que eu vou dar no

Daniel. Isto foi o que eu pensei logo. Tirei BONS PILOTOS POR M2 Já tivemos o Armindo (Araújo), Campeão zendo-lhe um desafio. Gostarias um dia

o pé do travão, afastei um pouco o carro Tendo em conta que Ricardo Teodósio do Mundo de Grupo N, oBruno (Magalhães) de voltar às pistas, por exemplo no TCR,

para o tirar da zona de embate, porque passou pela velocidade e está nos ralis, oanopassadofoivice-campeãoEuropeu ou nem pensar nisso, porque aquilo não

se eu continuasse com o pé no travão ia quisemos saber junto dele porque é que (ndr.: e este ano está novamente à fren- dá para andar de lado? “É isso mesmo! A

bater nele a sério, puxei um pouquinho acha que temos tão bons pilotos de nível te do Campeonato Europeu de Ralis), o resposta é mesmo essa, aquilo é um tra-

para a frente, mas isto são milésimas de internacional nas pistas, mas nos ralis Rui Madeira foi Campeão de Grupo N, o ção à frente. Não levem a mal o que vou

segundo, e depois de travar e reduzir para há bem mais dificuldade em singrar: “É Bernardo Sousa também deu provas lá dizer, mas correr nas pistas com um tra-

segunda, primeira logo direto, agarro-me uma resposta difícil porque nós temos, fora de que era capaz de fazer bons re- ção à frente, não é para mim, é a mesma

ao travão de mão, e bum, é agora, puxei o para mim, muitos bons pilotos por metro sultados, o Diogo Gago, também, inde- coisa que eu fazer um rali e passar em

travãode mãomesmo nafasefinal eusei quadrado, mas somos um país pequeno, pendentemente de ser algarvio como eu todas as curvas a direito. Isso para mim

o pé na embraiagem para dar acelerador, com 11 milhões de habitantes. Temos dos e de ser meu amigo, acho que é um piloto não é normal.

para dar rotação no motor e depois tirei o melhores pilotos a nível mundial, estão cá que devia ser ajudado, já está a ter algu- Não é a minha maneira de estar, eu não

pé da embraiagem, e pronto, fui por ali fora. em Portugal e são portugueses. ma ajuda da MCoutinho, mas é um piloto me sinto bem s e não andar da minha

Naquele momento nós já tínhamos per- Só que infelizmente cá em Portugal só se cinco estrelas e devia ser ajudado a ir lá maneira, eu não gosto de ser um boneco

dido o rali (ndr.: Rallye de Loulé - Casino olha para o futebol, ou para a política, onde para fora pois tem capacidade para andar telecomandado, eu gosto de pilotar à mi-

de Vilamoura 2010, Daniel Nunes eCarlos não faltam ladrões a roubar para nós an- a lutar lá fora e andar a mostrar o nome nhamaneira, souagressivo, e tanto é que

Ramiro, em Mitsubishi Lancer EVO VI es- darmos a pagar. do nosso país por este mundo. E depois no Rali de Castelo Branco também andei

tavam virtualmente na frente da prova Eles roubam e nós pagamos, um ban- temos outros pilotos nacionais nos ralis atravessado e nós conseguimos ganhar.

naquele momento, devido ao atraso que co vai à falência, nós pagamos, e quan- que se fossem ajudados poderiam dar Eu não me importava de correr nas pis-

traziam para Ricardo Teodósio e JoãoLuz, do queremos dinheiro para investir na outros frutos. tas, e não precisava que fosse no Drift,

devido a rodarem no pó do concorrente nossa carreira, não há, porque se está Na velocidade, temos o Filipe Albuquerque mas tem que ser num carro a sério, de

atrasado) porque nós estávamos com 52 a pagar impostos por causa de alguém que é um piloto 50 estrelas, o Pedro Lamy tração traseira. Era o que eu gostava de

segundos de avanço para o Daniel Nunes que fez asneira. que toda a gente conhece e que ganhou fazer um dia se puder. Aqui o meu vizi-

e ali estávamos a perder 55 segundos. E No nosso país o governo devia olhar para tudo o que havia para ganhar, exceto na nho no Algarve (ndr. Simon Cox) tem ali

dali para o fim do troço eu disse ao João o desporto motorizado, olhar para os nos- F1, temos outros pilotos muito bons, mas um LMP2, um Li gier, que é um espet á-

(Luz), 'agora é a fundo até aofim',eele, 'não sos pilotos e ajudá-los pois temos muitos os euros éque são sempre a complicação. culo, que eu nunca conduzi, aquilo é um

é nada a fundo, não sejas maluco, vamos bons pilotos cá em Portugal e se o fizes- Eu falo por mim porque sempre fui pre- carro. Se houvesse hipótese de ir para as

bater', e eu ia a andar e ele, 'vai devagar, sem o Turismo iria ganhar, falava-se mais judicado, entre aspas, porque as pessoas pistas eu tinha que ponderar muito bem

vai com cuidado senão tu vais estragar do nome de Portugal, que é muito falado pensam que o Teodósio está carregado de o que é que havia. Prefiro fazer dois ralis

o rali'. 'Não vou nada, vou a fundo'. E fui! por esse mundo fora especialmente por dinheiro porque o restaurante está sempre com 50.000 do que gastar 50.000 numa

O João chegou ao fim do rali e só não me causa do Cristiano Ronaldo, que é um fora cheio, mas orestaurante tem setenta etal pista. Os ralis são a minha cena. É aí que

chamou foi Santo! Porque eu tinha vindo de série, mas se o nosso estado olhasse empregados e eu não fico a dever nada a me sinto bem.

para lá dos limites normais, digo eu! Vim para nós e se nos desse um bocadinho nenhum... nem ao estado.” Pistas, gostava de fazer, mas tinha que ser

a fazer coisas que nunca tinha feito, mas de condições para podermos lutar com em condições, uma ‘coisa’ potente, pois se

pronto, conseguimos ganhar o rali com armas mais iguais, não iríamos ficar a AS PISTAS… fizesse alguma das minhas ‘aventuras’ sa-

5.7 segundos de avanço...” Está explicado. dever nada a ninguém. Lembramo-nos bem d o qu e Ri cardo bia que podia tirar o carro com o pedal do

Teodósio fez nas pis- acelerador e andar para a frente. Às vezes

tas (procure ‘Formula a Algarve Pro Racing Team pede-me para

"NÃO LEVEM A MAL, MAS CORRER NAS PISTAS COM UM TRAÇÃO À FRENTE Opel N ationsCup ir ajudar nalguma coisa e dou umas vol-
NÃO É PARA MIM, É A MESMA COISA QUE EU FAZER UM RALI E 1996’ no Youtube) e tas à pista para ajudar os pilotos a serem
por i sso q uisemos mais rápidos,ou seja,apartirda baseque

PASSAR TODAS AS CURVAS A DIREITO. ISSO PARA MIM NÃO É NORMAL" saber se tem algu- deixoeles‘sacam’ainformaçãoecom-
mas saudades, fa- param a telemetria e ajudam os pilotos a

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19

3 PERGUNTAS AJOSÉ TEIXEIRA

O OUTRO LADO…

O primeiro carro que Ricardo Teodósio teve foi um Citroën AX Sport, em 1989, Nos ralis, nenhuma vitória se alcança vamos dentro do carro e ele diz, olha agora,
desde então já muitos lhe passaram pelas mãos... mas 'sempre de lado' sem que toda a engrenagem do que é e aquilo sai-lhe”, começou por dizer Zé
uma equipa de ralis esteja bem afinada, e Teixeira, que explica um pouco a ligação
melhorar e depois ajudo com as traje- na reta da meta, passei dois por fora e uma das ‘peças’ mais importantes nessa com Teodósio: “Somos amigos há muitos
tórias, travagens, o que o carro precisa meto-me a atrás dos outros, à entrada complexa engrenagem é precisamente o anos e quando começámos a correr juntos
de fazer e isto é tudo muito importante. daretada metatenhoumsenhora meu navegador, José Texeira, há longos anos ao percebemos que somos ambos muito
lado chamado Bas Leinders, que foi o lado do seu grande amigo: “Procurámos calmos. As pessoas podem não acreditar,
HISTÓRIA DO BAÚ… Campeão desse ano na Fórmula Opel, muito este resultado, e apesar de já estar mas por vezes durante um troço falamos,
que achou que eu não o passava, e eu há muito a preparar a próxima prova, a já chegámos a cantar, ele é calmo, muito
Porfim,desafiámo-lo para recordar uma pensei, passo-te nem que seja por cima. boa sensação não passa. Há cerca de três/ descontraído, já corri com vários pilotos
história antiga: “Donington Park, 1996. Ele começou a atirar-se para cima de quatro anos que andávamos a reunir as e não é o género de piloto que vai vidrado,
Estávamos com um problema de motor mimeeufiquei lá, só que com estabrin- condições para lutar por estes resultados. nada disso”.
no carro, já tinha dito ao dono da equi- cadeira dele chegar-se a mim e eu não As condições estão reunidas, a ARC Sport
pa: ‘não anda e quero um motor novo no sair chegou a zona da travagem e eu e ele tem sido incansável em todos os aspetos QUANTO AO SKODA, É A RECEITA CERTA
carro na próxima corrida, senão não te travámos muito tarde, escusado será di- para nos proporcionar as melhores PARA AS VITÓRIAS?
pago nem mais uma lira. Ainda era liras zer que o primeiro e o segundo estavam condições e tanto eu quanto o Ricardo “Temos um grupo restrito de amigos que há
na altura’. Ele começou com tretas e eu logo ali à nossa frente, arrumei logo com estamos super motivados porque nunca muito que trabalha connosco, eles sabem
disse, 'não me interessa, ocamião vai ter eles três para fora pista, eu fui o úni co tínhamos tido estas condições e um carro quem são, aproveito para lhes agradecer,
que ir daqui de Itália para Inglaterra, para quefiquei, mas saltou-me o bico do carro de última geração para poder lutar pois têm sido peça fundamental em todo
ir para a corrida, fazes um desvio pas- e aquilo sem bico não anda. Depois disse pelas vitórias. este processo. E quando pensámos qual
sas na Alemanha trazes um para mim ao dono da equipa. Viste onde é que eu A ARC Sport, e em especial o Augusto é o carro que nos vai permitir atingir as
e outro para o meu colega e quero um estava? Foi uma das histórias, mas há Ramiro, há muito que desejavam poder nossas metas o Skoda foi o carro unânime.
dentro do camião sobressalente. Senão muitas”, disse Teodósio, que terminou contar connosco na sua estrutura e nós Em terra foi uma agradável surpresa, e no
não há dinheiro para ninguém.' com agradecimentos: “Quero agradecer também já tínhamos esse desejo há muito asfalto a mesma coisa. O carro é fabuloso
O motor veio mas não montaram logo, a toda a equipa e a todos os patrocinado- tempo. Depois de termos começado a portanto foi uma escolha completamente
fiz os primeiros treinos cronometrados res que estão comigo desde o início, que trabalhar com eles depressa notámos acertada. O Ricardo tem vindo a evoluir
e vi logo que o carro não andava, fui di- acreditaram em nós. Agoravamos lutar que é uma equipa muito profissional e de prova para prova, a ARC tem-nos
reito a ele e perguntei-lhe pelo motor. já na Madeira com os nossos colegas e não descura nada. Estão sempre atentos proporcionado testes, muitas afinações
Ele disse que estava no camião, e eu dis- no final que vença o melhor. Obrigado aos detalhes e como vão colmatar algo e isso tem sido fulcral, e penso que neste
se que não queria saber, queria o motor a todos eem especial à minha mãe que que surja de modo a ser-nos possível dar momento o Ricardo está já a 80 por cento
montado, já. me tem ajudado desde o início, desde o nosso melhor”, disse José Teixeira, que de entrosamento com o carro”.
O dono da equipa apareceu todo lixado que isto começou ela está sempre lá, e falou também um pouco do ‘seu’ piloto. O
e eu disse-lhe, 'quero o motor montado desta vez tivemos a nossa festa e ficá- desafio foi simples… O QUE ACHAS DO ESTADO DO CPR?
senão não vou correr, não estou para an- mos muito felizes pelo nosso resultado. “O nosso campeonato renasceu, nos
dar a fazerfiguras de urso a esfolar-me O que custa mais é ganhar a primeira, QUANDO ELE SE ATRAVESSA DEMAIS, DÁS- últimos anos tem subido um degrau e
todo para ficar em sétimo ou oitavo, o já quando corria nas pistas era assim, LHE NA CABEÇA? este ano subiu dois ou três. Até os novos
que é isto, eu não sou piloto para andar quando isso aconteceu, o à-vontadefi- “Dar na cabeça nunca lhe dei, porque pilotos que estão a despontar garantem
aí'. Montaram o motor novo, fui para o cou tão grande e a tranquilidade foi tão também gosto... e não é só por isso. Ao uma vitalidade que há quatro ou cinco anos
segundo treino cronometrado, fazer a grande que tudo passou a sair natural contrário do que muitas pessoas pensam o não existia.
rodagem do motor, só acelerei numa que já era difícilficar atrás de primeiro...”, Ricardo consegue dar esse espetáculo e ao Acho que foi muito benéfica a entrada da
parte da pista um pouco e disse ao dono disse Ricardo Teodósio, recordando um mesmo tempo ser rápido, é óbvio que por Hyundai no campeonato, os projetos que
da equipa, 'amanhã eles vão estar lixa- tempo que já passou há 22 anos. vezes pode estar a perder alguns segundos apareceram e os novos pilotos a despontar.
dos comigo porque agora já temos carro'. Hoje, ficou, sem dúvida, mais ‘leve’ para que podem vir a ser preciosos, mas no Por exemplo na minha equipa quer o Miguel
Ele disse que eu era maluco, porque eu o que aí vem, e isso podemos já teste- geral ele fá-lo de maneira muito rápida, e (Correia) quer o Pedro (Silva) são pilotos
nem tinha feito uma volta rápida, e eu munhar no início de agosto no Rali da dar na cabeça não, porque ele faz aquilo de com grande futuro pela frente. Acho que o
disse-lhe, 'amanhã a gente conversa. Madeira. forma natural. As pessoas podem pensar nosso campeonato está vivo e recomenda-
Parti de sexto, passei logo para quarto que está planeado, mas não está. Às vezes se...”

R20
RALLYE DE FERROL

PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA 2018

TRIUNFO
DEVICTOR

SENRA

A Peugeot Rally Cup Ibérica chegou a meio, e apesar da
liderança ser espanhola, os portugueses têm andado na luta
pelas vitórias. Em Ferrol, o triunfo foi para Victor Senra, com
Diogo Gago finalmente a assegurar um resultado diretamente

proporcional ao andamento que tem evidenciado.

José Luís Abreu Com tudo, isto, o espanhol Roberto Blach FOTOS: AIFA/JORGE CUNHA
[email protected] lidera destacado o campeonato, com 20
pontos de avanço para Hugo Lopes, curio- A regularidade
Terminada que está a terceira samente sem nunca ter vencido. Há muito de Hugo Lopes
prova, de seis, da Peugeot Rally ainda pela frente, e as contas estão muito
Cup Ibérica, já ficou perfeita- longe de estar fechadas. permite-lhe
mente claro que a competitivi- ser segundo
dade égrande. Ospilotos espa- EXPERIÊNCIA DECISIVA
nhóis venceram duas das três no troféu
rondas, mas em todas elas houve grande O Rallye de Ferrol foi a primeira prova es- Pedro Antunes
luta pelo triunfo, e também pelos lugares panhola desta competição, e nesse con-
do pódio, e isso contribui para o que de texto coube à experiente dupla Victor tem andado
mais importante esta competição tem, Senra/David Vasquez, a vitória. Depois na luta pelos
formar e ajudar a evoluir jovens pilotos. duma luta a três, o espanhol foi sempre
E Portugal tem aqui um bom conjunto de perseguidopor doisportugueses - Diogo lugares da
jovens que têm andado na luta pelos lu- Gago e Pedro Antunes – mas depois de frente e vitó-
gares cimeiros, sendo que para já Pedro acumular uma boa vantagem no final do rias, mas em
Antunes foi o único a vencer, estando ago- primeiro dia, limitou-se a gerir no segun-
ra em terceiro do troféu. Daniel Nunes foi do para vencer. Ferrol teve
segundo no Rali de Portugal, esteve aza- Diogo Gago ainda foi tentando meter pres- muito azar ao
rado em Castelo Branco e não foi a Ferrol, são, mas o espanhol não permitiu nunca
sendo sexto na competição. Hugo Lopes que recuperasse muito e tudo ficou na desistir no
tem vindo a fazer uma competição con- mesma, com Diogo Gago em segundo. último troço
sistente, pontuou em todas as provas e é Pedro Antunes, vencedor em C astelo
segundo do troféu. Branco, ainda chegou a passar pela se-
Por fim, Diogo Gago, que finalmente con- gunda posição, mas foi ficando para trás,
seguiu em Ferrol um resultado, depois de afastando-se da dupla da frente, acabando
duas desistências no Rali de Portugal e por desistir ingloriamente no último tro-
Castelo Branco, neste último no último ço quando era um solitário terceiro clas-
troço quando lutava pelo triunfo na prova. sificado. Teve azar, mas oandamento que
Passou de imediato para sétimo do troféu, mostra coloca-o como um dos favoritos
ex-aequo com Ricardo Sousa, que pon- à vitória final do troféu.
tuou em todas as provas, neste seu ano Para Senra, o triunfo valeu não só aos
de ‘aprendizagem’, pois é a primeira vez 5.000€,mas tambémo prémio extra pre-
que corre com o Peugeot 208 R2. visto para este rali, um teste com um R5.
A juntar a isso obteve um 7º lugar em ter-

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21

Diogo Gago (#27) desistiu nas duas primeiras provas, mas desta feita alcançou um resul-
tado que se coaduna com o seu andamento.
Roberto Blach (#14) tem sido muito regular e isso vale-lhe a liderança no troféu.

mos absolutos, duma prova que foi ganha re da desistência no derradeiro troço de
na geral por Pépe Lopez com o DS3 R5 da Castelo Branco, quando discutia avitória,
Sports & You. demonstrou em Ferrol a sua garra, estan-
Diogo Gago e Miguel Ramalho consegui- do sempre entre os mais rápidos.
ram finalmente um resultado de relevo. Já a dupla Pedro Antunes/Paulo Lopes
O piloto, apostado em esquecer o desai- abandonou pela primeira vez, depois de
um rali em que também esteve sempre
C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O nos lugares de topo, colocando pressão
sobre nos adversários. Abandonaram na
1º V. SENRA/D. VAZQUEZ 1H46M19,0S penúltima especial quando eram tercei-
2º D. GAGO/M. RAMALHO +9,7S ros a pouco mais de 15 segundos de Gago.
3º A. PEREZ/B. MIRON +4M02,3S Com o seu abandono, foi oespanhol Álvaro
4º R. BLACH/J. MURADO +4M08,1S Perez quem assegurou o lugar mais baixo
5º S. GARCIA/N. CASAL +6M34,4S do pódio, à frente de Roberto Blach. Hugo
6º H. LOPES/N. MOTA +6M37,4S Lopes foi sexto, ameros três segundos do
7º F. DORADO/R. TORRENTE +6M41,3S 5º lugar deSantiago GarciaPaz,osegundo
8º R. SOUSA/L. MARQUES +6M59,2S estreante desta competição.
9º I. MEDINA/Y. MUJICA +10M38,6S Num rali com sete abandonos, foram 10
10º N. TEPJAR/R. BLISS + 17M14,5 as formações que atingiram o final, num
NOTA: TODOS EM PEUGEOT 208 R2 top 10 que se fechou, por esta ordem, com
Francisco Dorado, Ricardo Sousa, Ivan
ABANDONOS: P. ANTUNES/P. LOPES (AVARIA); J. Medina e Nabila Tepjar, piloto femini-
BASSAS/M. MUÑOZAVERIA (AVARIA), J. MAÑA/B. na que regressou para garantir a Taça
ODRIOZOLA (AVARIA); J.REYES/J. BARRAN (AVARIA); Ladies, depois da ausência forçada em
M. LOBO/P MARQUES (AVARIA); A. SAN SEGUNDO/E. Castelo Branco.
RODRIGUEZ (SAÍDA); D. SOARES/P. LEONES (AVARIA) A Peugeot Rally Cup vai agora de férias,
regressando em setembro, a 14 e 15com
o Rallye Princesa das Astúrias.

V/22
VELOCIDADE - ELMS RED BULL RING

ALBUQUERQUE seguiu ir construindo uma vantagem
CONQUISTA PÓDIO apreciável que com duas horas de prova
Apresença de muitos carros faz se situava para lá do meio minuto sobre,
Após uma corrida cujos destas corridas do European penalização, no caso um ‘drive through’. na altura, o segundo classificado, o Ore-
ingredientes chuva, estratégia Le Mans Series espetáculos A estratégia de corrida teve de ser, rapi- ca da Racing Engineering pilotado por
muito interessantes de seguir, damente, adaptada a esta circunstância Norman Nato, Olivier Pla e Paul Petit.
e qualidade de pilotagem se particularmente, a luta pela e a G-Drive fez Rusinov cumprir o tempo A chuva chegou, exatamente, a meio da
misturaram em doses iguais, supremacia entre os peque- mínimo de condução, fazendo entrar, corrida e veio alterar a hierarquia. É ver-
a vitória sorriu à G-Drive que nos LMP3. As corridas de quatro horas depois, Andrea Pizzitola, reservando dade que não foi suficiente para que as
oferecem amplas oportunidades de vi- para o final Jean-Éric Vergne. equipas iniciassem a dança da mudança
lidera o campeonato. Já o tória a diversas equipas pois a estratégia O jovem Pizzitola voltou a dar um recital de pneus, mas os carros equipados com
português Filipe Albuquerque é fundamental e foi exatamente isso que de pilotagem a partir do momento que borrachas da Dunlop exibiram melhor
se viu nestas 4 Horas do RedBull Ring. entrou para o Oreca-Gibson, ajudado, é andamento que os pneus da Michelin.
ficou no pódio As cores portuguesas voltavam a mar- verdade por vários “Full Course Yellow” Essa situação ficou clara com a deter-
car presença com Filipe Albuquerque (bandeiras amarelas em todo o circuito minada aproximação à primeira posição
José Manuel Costa a fazer companhia a Philip Hanson no e que obrigam a rolar a 80 km/h) que a detida pelo Oreca-Gibson com pneus
[email protected] Ligier – Gibson da United Autosports e G-Drive fez coincidir com as paragens Michelin da Duqueine Engineering.
Fotos: JB Photo/José Bispo Henrique Chaves lado a lado com Kons- nas boxes. A verdade é qu e o francês Verdade que a chuva desapareceu, mas
tantin Tereschenko, no Dallara – Gibson empurrou o O reca para os primeiros a entrada em pista do Safety Car para
da AVF by Adrian Valles. Não esque- lugares até entregar o carro a Vergne que retirar alguns carros parados em p is-
cendo o Ligier da Algarve Pro Racing se encarregou da parte final da corrida. ta e al gumas bandeiras amarelas em
pilotado por Mark Patterson, Ate de Jong Os grandes beneficiados do erro inicial todo o circuito devido a despistes, foram
e Tacksung Kim. de Rusinov foram os pilotos da Duquei- promovendo a recuperação do Oreca
ne Engineering, Nelson Panciatici, Nico de Jean-Éric Vergne. O piloto chegou
DUELO TÁTICO DÁ SEGUNDA VITÓRIA Jamin e Pierre Ragues, com este último ao comando a po uco tempo do final,
a conseguir passar por Paul Lafargue, aproveitando as paragens nas boxes
À G-DRIVE ao volante do carro que saiu da pole. E coincidirem com as b andeiras ama-
com um ritmo impressionante a equipa relas. Porém, a estratégia da G-Drive
Não começou da melhor maneira a cor- francesa composta por um piloto Platina tinha uma pequena sombra: Jean-Éric
rida para Roman Rusinov. O piloto não (Nelson Panciatici) um G old (Nicolas Vergne teria de parar próximo do final
dominou a ansiedade e fez falsa partida Jamin) e um Silver (Paul Lafargue) con- para reabastecer.
que, naturalmente, ofereceu-lhe uma O ex-piloto de Fórmula 1 e campeão da
Fórmula E não deu chances a ninguém:
impôs um ritmo demolidor que o autori-
zou a parar a quinze minutos do final da
prova sem perder o comando da corrida.
Perdida a enorme vantagem conquis-
tada até à chuva chegar e o s Dunlop
oferecerem v antagem a o O reca d a
G-Drive, pouco mais restou à equip a

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23

C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S rubricado a “pole position”. Este toque e Ecurie Ecosse – Nielsen, pilotado por
a falta de competitividade do Dallara não Colin Noble, Alex Kapadia e Christi an
POS. PILOTOS CARRO CLASSE VOLTAS TEMPO permitiram melhor que o 13º lugar final. Stubble Olsen. A fechar o Top 5 ficou o
1º JEAN ERIC VERGNE/ROMAN RUSINOV/ANDREA PIZZITOLA ORECA 07/GIBSON No campeonato, a ausência de Vergne na carro da Europol Competition pilotado
2º OLIVIER PLA/PAUL PETIT/NORMAN NATO ORECA 07/GIBSON LMP2 160 4H00M14,242S primeira corrida do campeonato impede por Jakub Smiechowski e M artin Hi-
3º FILIPE ALBUQUERQUE/PHILIP HANSEN LIGIER JSP217/GIBSON que este esteja na liderança do mesmo ppe, o Norma-Nissan da Ultimate com
4º PAUL LOUP CHATIN/MEMO ROJAS/PAUL LAFARGUE ORECA 07/GIBSON LMP2 160 A 20,126S na companhia de Andrea Pizzitola e Mathieu Lahaye, Jean Baptiste Lahaye
5º NICOLAS LAPIERRE/HENRIK HEDMAN/BEM HANLEY ORECA 07/GIBSON Roman Rusinov. e François Heriault e, finalmente, o Li-
6º GUSTAVO MENEZES/HARRISON NEWEY/RYAN CULLEN ORECA 07/GIBSON LMP2 160 A 54,166S Os segundos são Norman Nato, Olivier gier-Nissan da Eurointernational com
7º VICTOR SHAYTAR/MATEVOS ISAAKYAN/EGOR ORUDZHEV DALLARA P217/GIBSON Pla e Paul Petit, surgindo, então, Jean- Giorgio Mondini e Kay Van Berlo.
8º TRISTAN GOMMENDY/JONATHAN HIRSCHI/ALEX. COUGNARD ORECA 07/GIBSON LMP2 160 A 56,087S -Éric Vergne. Contas feitas ao campeonato, as duas
9º LOIC DUVAL/FRANÇOIS PERRODO/MATTHIEN VAXIVIERE ORECA 07/GIBSON vitórias de Job Van Uitert, John Farano e
14º KONSTANTIN TERESHCHENKO/HENRIQUE CHAVES DALLARA JSP217/GIBSON LMP2 159 A 1 VOLTA LUTA CONSTANTE PELAVITÓRIA NOS Robert Garofall outorgam-lhe o coman-
18º JOHN FARANO/ROB GAROFALL/JOB VAN UITERT LIGIER JSP3/NISSAN do da competição na frente de Giorgio
24º GIANLUCA RODA, GIORGIO RODA, MATEO CAIROLI PORSCHE 911 RSR LMP2 159 A 1 VOLTA LMP3 Mondini e Kay Van Berlo.

LMP2 159 A 1 VOLTA Apesar de muita luta entre os pilotos PORSCHE BATE FERRARI NA CORRIDA
desta categoria, a verdade é que a refre-
LMP2 159 A 1 VOLTA ga pela vitória desenrolou-se ao longo DOS GT
das quatro horas entre o Ligier-Nissan
LMP2 159 A 1 VOLTA da AT Racing pilotado por Aleksander Gianluca Roda, Giorgio Roda e Matteo
Talkanitsa Sr. e Jr. e Mikkel Jansen e o Cairoli, ao volante de um Porsche 911
LMP2 158 A 2 VOLTAS Ligier-Nissan da RLR M otorsport de RSR, venceram a categoria dos GT, onde
John Farano, Job van Uitert e Rob Garo- estavam, apenas, seis equipas inscritas.
LMP3 148 (1º LMP3) fall. Com a chegada da chuva houve um A liderança do carro da Proton Com-
momento de descomando por parte do petition nunca foi desafiada, deixando
LMGTE 147 (1º LMGTE) carro da RLR Motorsport, que acabou o Ferrari 488 GTE da Spirit of Race no
por salvar a vitória quando o mais velho segundo lugar, com Duncan Cameron,
Duqueine Engineering que segurar o platina e um silver. A chuva e a estra- dos Talkanitsa (pai e filho já andaram Mathew Griffin e Aaron Scott a superio-
segundo lugar, com Nelson Panciatici tégia chegaram a colocar o Ligier no pelo GT Open) tomou conta do volante rizarem-se a Bret Curtis, Fabio Babini e
a cumprir essa missã o sem grandes segundo lugar, mas a p aragem final do carro da AT Racing. Riccardo Pera noutro Porsche 911 RSR.
problemas, apesar da pressão intensa necessária a poucos minutos do final, A estratégia menos correta dos vence- No campeonato, liderança para os ven-
do Oreca-Gibson da Racing Engineering atirou o carro da United novamente para dores foi compensada pelo menor anda- cedores na Áustria, Gianluca Roda e
pilotado superiormente por Olivier Pla. fora do pódio, ficando com o quarto lu- mento do carro da AT Racing e acabaram Giorgio Roda Jr., Mateo Cairoli não esteve
No final, os homens do Oreca nº 29 d a gar, que como já se percebeu, passou a por ganhar a prova com apenas cinco em Monza e po r isso ocupa o terceiro
Duqueine Engineering ver-se-iam ex- terceiro com a desclassificação referida. segundos na frente do LigierNissan da lugar do campeonato.
cluídos dos resultados da corrida devido O Ligier de Albuquerque ficou na frente
a uma irregularidade com o combustível, do Oreca-Gibson da Paul Loup Chatin,
o que promoveu o Oreca nº 24 da Racing Paul Lafargue e M emo Rojas. O p iloto
Engineering ao segundo lugar. mexicano teve um d esentendimento
Mais uma vez, o m elhor dos que não com o Dallara de Henrique Chaves (com
usam o ch assis Oreca foi o Li gier da Tereschenko, na ocasião, ao volante) e
United Autosports pilotado por Filipe a troca da frente do carro acabou por
Albuquerque e Philip Hanson, um piloto atrasar a tripla da IDEC Sport que tinha

N/24
NOTÍCIAS

IBERIAN PORSCHE
MEETING COMEMOROU

70ANOS DAMARCA

A Porsche veio mais uma vez a Portugal, desta feita
para celebrar os 70 anos da marca. No Estoril, o Iberian
Porsche Meeting juntou inúmeros modelos, num dia de

sonho para os entusiastas…

José Luís Abreu
[email protected]

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AS NOTÍCIAS EM AUTOSPORT.PT

Se um Porsche agrada a mui- vés dos míticos 911, os super desporti- mas das iniciativas realizadas ao longo evento único e com a presença dos mais
ta gente, várias centenas deles vos 918 Spyder, Carrera GT, bem como do dia com a missã o de proporcionar entusiastas proprietários mas também
agradam a m uito mais. Quem os não menos importantes Boxster, a todos os participantes um e vento de todos aqueles, que não tendo um
teve oportunidade de passar pelo Cayman, Panamera e Transaxle. transversal, dinâmico, original e que Porsche, são verdadeiros impulsiona-
Autódromo do Estoril pode testemu- Porsche Sportscar Together Parade, permaneça na memória de todos como dores do que melhor se faz a nível auto-
nhar mais um recorde de presenças Challenge P orsche Cl ub P ortugal, ímpar e de excelência. móvel”, referiu Nuno Costa, Diretor de
no Iberian Porsche Meeting, naquela Porsche Racing Challenge, Porsche “A marca Porsche é uma marca de ex- Marketing da Porsche Ibérica.
que foi a sua segunda edição. SUV Experience, Power Stage/Slalom celência, logo comemorar 70 anos de Melhor do que as palavras, são as ima-
O Circuito do Estoril voltou a acolher o e Porsche Kids Experience foram algu- história só podia acontecer com um gens...
maior evento de veículos Porsche da
Península Ibérica, com mais de 300
participantes que tiveram a oportu-
nidade de conduzir, num verdadeiro
circuito de velocidade, o seu Porsche
como se de um c arro de competição
se tratasse.
Magia, adrenalina e sonho foi tudo aqui-
lo a que se pôde assistir durante todo
o dia de sábado, com proprietários e
adeptos da Porsche a reuniram-se com
um propósito único: o de celebrar os 70
anos da sua marca de eleição. A aber-
tura ao público da bancada principal
do circuito e o a cesso do público ao
‘paddock’ foi um verdadeiro sucesso
e uma experiência a repetir no futuro.
Sob o l ema ‘P orsche – S portscar
Together’, quem esteve no Estoril pôde
contemplar 70 anos de história atra-

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25

ÁLVARO PARENTE FOI QUARTO
EM LIME ROCK

NASCEU O TROFÉU C1 LEARN & DRIVE Álvaro Parente terminou em 4º o Tentei manter o lugar do pódio, mas
Northeast Grand Prix, prova da foi impossível, dado que estava sem
Foi apresentado um novo Troféu, o C1 Learn um kit de competição, podendo participar IMSA que se realizou em Lime Rock. pneus. Foi desapontante para a
& Drive, uma competição que encerra um pilotos maiores de 16 anos, bastando apenas Apesar de terem sido apenas sétimos equipa, uma vez que estamos em luta
conceito diferente de corridas, sendo uma Licença Desportiva B. Está previsto um na qualificação, Álvaro Parente e pelo campeonato, mas era o máximo
essencialmente uma forma barata de campeonato por equipas e pilotos, embora as Katherine Legge estavam apostados a que podíamos aspirar. Sabemos
competir no desporto motorizado. O conceito corridas estejam abertas a equipas esporádicas. em lutar pelas posições cimeiras. que alguns circuitos nos são menos
é revolucionário, pois passa por corridas de Este Troféu C1 Learn & Drive baseia-se no O Acura NSX GT3 nº 86 da Meyer favoráveis que outros e Lime Rock
baixo custo. Com cerca de 1.000€ por evento baixo custo, provas de longa duração, 6 Shank Racing era quinto quando o não foi fácil para nós. Ainda assim,
pode passar várias horas ao volante, estando horas de corrida mais duas de treinos, a piloto do Porto assumiu os comandos, estivemos na luta pelo pódio, o que
para o efeito previstas três corridas de utilização de um carro de série com um kit com Parente a levá-lo até ao terceiro demonstra o bom trabalho”, disse
resistência em 2019, e uma experimental, já de competição básico, sendo que este troféu lugar. Álvaro Parente. A próxima ronda
em dezembro deste ano, em Braga. servirá como uma escola de aprendizagem, Contudo, com os pneus muito do IMSA SportsCar Championship
A inspiração deste novo Troféu colocado de pé tanto ao nível de pilotagem como de bom desgastados, cedeu uma posição: disputa-se dentro de duas semanas
pela MotorSponsor foi ‘bebida’ no C1 Racing comportamento em pista, o Fair Racing. Na “É pena não ter segurado o 3º lugar. em Road America
inglês. formação haverá tutores de condução para
O conceito passa por um Troféu monomarca de orientar os mais inexperientes, sendo que no
endurance, para equipas de 3 a 6 pilotos, com capítulo disciplina será imposto um sistema
três corridas de 6 horas a realizar nos circuitos por pontos, tipo carta de condução, com os
permanentes de Portugal, Braga, Estoril e comportamentos antidesportivos penalizados
Portimão. Os custos controlados começam com perca de pontos.
logo com o carro, um Citroën C1 com um motor Dentro de algum tempo, faremos uma
1000 cc a gasolina, que terá um preço estimado apresentação mais exaustiva desta
de 6500€, pronto a correr. Ser-lhe-á aplicado competição. Fique atento.

MARKKU ALÉN
PASSOU PORPORTUGAL

ALMADA EXTREME SPRINT Markku Alén participou no XX Slalom comandos do seu antigo Fiat 131 Abarth.
DISPUTAR-SE-Á NA… LISNAVE! Sprint de Castelo Rodrigo, em mais uma Antes, reviveu histórias e memórias num
vez que passou por Portugal para dar almoço que reuniu vários pilotos que
espetáculo. Sob o olhar atento de vários participaram em Ralis de Portugal, e que
milhares de espetadores no estádio correram com Markku Alén. O finlandês,
municipal de Figueira de Castelo Rodrigo, penta vencedor do Rali de Portugal, foi
estes puderam ver o finlandês aos o convidado especial de um evento em

Ken Block poderia vir fazer uma perninha para apadrinhar esta competição. “É que se recordou, por
a Almada e disputar a ‘Almada Extreme um traçado muito giro, desafiador em exemplo, a roda perdida
Sprint’ que o Clube de Motorismo de algumas zonas e que não terá facilidades, em 1981 na Peninha,
Setúbal (CMS) vai colocar de pé no dia 13 particularmente para quem se inscrever entre muitas outras
de outubro. O percurso tem tudo a ver com na prova de velocidade. É um regresso ‘estórias’. A seu lado
a Ginkhana do americano… das corridas de carros à minha terra, eu estiveram Jorge Ortigão
Aproveitando o espaço dos antigos que nasci ali ao lado da Lisnave e por isso e João Batista, a melhor
estaleiros da Lisnave, o CMS desenhou é um prazer imenso poder estar envolvido equipa portuguesa, em
um percurso com 2.6 Km que, entre neste Almada Extreme Sprint.” Toyota, em 1984, ano que
outros obstáculos, leva os pilotos a viajar A prova terá duas vertentes, uma de em que Alén foi segundo
por dentro de enormes pavilhões. E foi Regularidade e outra de Sprint, estando classificado. Presentes
um almadense a ‘cara’ desta iniciativa, desde já abertas as inscrições disponíveis neste encontro
já que o CMS convidou Rui Madeira em www.clubemotorismosetubal.com. estiveram ainda Ramiro
Fernandes, Miguel Vilar,
Sérgio Paiva e Pina de
Morais.

26 PTRX
CAMPEONATO DE PORTUGAL DE RALICROSS

RALICROSS DE MONTALEGRE I

ESPETÁCBUOLMO

Os Campeonatos de Portugal de Off Road, Ralicross, Kartcross e
SuperBuggy foram a Montalegre para mais uma prova do PTRX,
com o Clube Automóvel de Vila Real a por de pé um evento que

chamou público à pista e teve corridas emocionantes, duas
delas decididas por menos de um segundo

José Luís Abreu caixa, não conseguiu defender o 1º lugar. Pedro Tiago foi à Joker Lap na 5º volta, re- liderança a Ribeiro, quando este regres-
[email protected] Gonçalo Macedo foi 3º na frente de Rodrigo gressandoa em 2º, atrás de Luís Morais, sava da ida à Joker Lap.
FOTOSOMS Photos/Ricardo Soares Correia e João Barroso. Apósofinal, Rafael enquanto Leandro Macedo apostava em A c orrida c ontinuou em ocionante e
e Oficiais Rocha foi penalziado em 60s, devido a fal- dificultar a vida a Tiago. A corrida estava foi vencida por João Ribeiro, com José
sa partida, caindo para quinto. ao rubro! Morais foi à Joker Lap e Pedro Eduardo Rodrigues a 0.9s. Mário Teixeira
Foi com vitórias de João Novo na João Novo acabou por ser o vencedor, se- Tiago ficava na frente, sempre com o in- foi 3º, mas teve que suar, com a pressão de
Super Iniciação,SantinhoMendes guido de Gonçalo Macedo, Rodrigo Correia cómodo Leandro Macedo a rodar muito Joaquim Machado (Peugeot 206 S1600),
na Super Nacional 2RM, Pedro e João Barroso. perto, mas, nos metros finais, nada mu- que se manteve até ao cortar da meta.
Tiago na Super Nacional A.6, João dou e Pedro Tiago venceu. Luís Morais André Sousa (Peugeot 207 S1600) esta-
Ribeiro na Super 1600, Ademar SUPER NACIONAL 2RM foi 3º, seguido por Américo Sousa, Vítor va também nessa luta, mas um pião na
Pereira n a S upercar C lasse 2 , Santinho Mendes (Opel Astra) arran- Sousa e Tiago Ferreira. Curva 1 fê-lo perder 10s preciosos, ter-
António Santos nos Super Buggy e Pedro cou da pole e deixou Adão Pinto (Opel minando em quinto.
Rosário no Kartcross que prosseguiu o Astra) com o ó nus de se defender do SUPER 1600
PTRX. Uma prova que teve mais pilotos resto do pelotão. José Sousa (Peugeot João Ribeiro (Citroën Saxo S1600) par- SUPERCAR
no Ralicross, menos no Kartcross e con- 306) e Fernando Silva (Seat Ibiza) per- tiu da pole, Mário Teixeira (Ford Fiesta Mário Barbosa (Citroën DS3) dominou
tou com o ‘mundialista’ Mário Barbosa, seguiam-bo de perto. Andreia Sousa S1600) ‘furava’ até ao 2º posto. As idas a qualificação, mas um mau arranque
vencedor na Supercar. (Toyota Starlet) seguia mais atrás e à Joker Lap foram fundamentais. José atirou-o para terceiro na partida. Pedro
António Lima (Peugeot 205) ficou pelo Rodrigues apostou em ir cedo e isso resul- Matos (Citroën DS3) aproveitou para se
SUPER INICIAÇÃO caminho. Fernando Silva e Andreia Sousa tou, passando para 2º, enquanto Teixeira colocar na frente e distanciar-se, enquan-
Na Super Iniciação, João Novo (Peugeot ainda chegavam atrocar de posições, mas fez a volta mais longa e quase ‘roubava’ a to Joaquim Santos (Ford Focus) rodava
106) arrancou da pole na Final, partiu bem o Starlet não era ‘arma’ para defrontar o
e colocou-se na frente, evitando a con- Ibiza. Terminou em 5º como concorrente
fusão que se gerou na Curva 1. Gonçalo feminina melhor classificada. Santinho
Macedo (VW P olo) e R odrigo Correia Mendes venceu, seguido de Adão Pinto,
(Peugeot 205) perderam tempo com um José Sousa e Fernando Silva.
toque, enquanto Rafael Rocha (Peugeot
106) e João Barroso escapavam à con- SUPER NACIONAL A1.6
fusão, instalando-se na 2ª e 3ª posições. Pedro Tiago (Citroën Saxo) saiu na frente
Na volta seguinte Gonçalo Macedo subiu na Final, Américo Sousa (Citroen Saxo)
para 3º e Rodrigo Correia ganhou um lu- era 2º mas a defender-se dos ataques
gar a Barroso. de Luís Morais (Peugeot 106), cedendo
Na frente, muito equlíbrio. Rafael Rocha algum tempo para o líder. Na volta se-
passou na frente à 4ª volta e venceu, en- guinte Sousa foi à Joker Lap e o 2º po s-
quanto João Novo, com problemas de to passou para Luís Morais, que trazia
Leandro Macedo (Citroën Saxo) ‘colado’.

>> autosport.pt 27
CLASSIFICAÇÃO
C/

KARTCROSS SEMOG 5:40.590S
1º PEDRO ROSÁRIO ASK EVO18 +3.503S
2º JORGE GONZAGA HSPORT H4 +5.738S
3º JOÃO MATIAS

SUPER BUGGY TONIAUTO TT SB 6:07.033S
1º ANTONIO SANTOS TONIAUTO POWERNB +0.560S
2º NELSON BARATA GRT MXG +16.255S
3º ARMÉNIO RODRIGUES

INICIAÇÃO PEUGEOT 106 5:51.929S
1º JOÃO NOVO VW POLO +24.390S
2º GONÇALO MACEDO PEUGEOT 205 +37.627
3º RODRIGO CORREIA

SUPER NACIONAL (2RM) OPEL ASTRA GSI 5:34.709S
1º SANTINHO MENDES OPEL ASTRA OPC +7.558S
2º ADÃO PINTO PEUGEOT 306 2.0 +8.449S
3º JOSÉ SOUSA

SUPER 1600 CITROËN SAXO 5:17.958S
1º JOÃO RIBEIRO PEUGEOT 206 S1600 +0.932S
2º JOSÉ E. RODRIGUES FORD FIESTA +7.339S
3º MÁRIO TEIXEIRA

SUPER NACIONAL A 1.6 CITROEN SAXO 5:37.459S
1º PEDRO TIAGO PEUGEOT 106 GTI +2.685S
2º LUIS MORAIS CITROEN SAXO +3.821S
3º AMÉRICO SOUSA

SUPER CARS E SUPER NAC. 4WD

1º MÁRIO BARBOSA CITROEN DS3 5:03.160S
+3.540S
2º PEDRO MATOS CITROEN DS3 +22.839S
+45.398S
3º JOAQUIM SANTOS FORD FOCUS

5º ADEMAR PEREIRA SUBARU IMPREZA WRX

em segundo. Ademar Pereira (Subaru position, saiu na frente mas na Final foi com o toque até pressionava forte, no Jorge Gonzaga e de seguida colocou-se
Impreza WRX) era 4º, e o melhor da Classe António Santos (Toniauto TT SB) qu em sentido de ‘roubar’ uma possível vitória, em 2º. Duma assentada três concorren-
2, mantendo-se José Lameiro (Seat Leon), levou a melhor. Santos partiu bem e ain- mas essa acabaria por sorrir a Santos. tes ficavam de fora, nos ‘S’ que dão aces-
que não tinha partido bem, em quin to. da na primeira volta assumiu o coman- Arménio Rodrigues terminou no mais so à reta da meta: Luís Almeida (Semog
Pedro Matos foi menos feliz na escolha do. Rui Godinho não baixou os braços baixo do pódio. Bravo ER), Pedro Palma (Semog Bravo) e
da ida à Joker Lap, pois no regresso fi- e pressionou até ir à J oker Lap. Nelson Artur Monteiro (AG Sport 600) ‘embrulha-
cou a ‘ver a traseira’ do DS3 de Barbosa. Barata (Toniauto Power NB) passou para KARTCROSS vam-se’ numa carambola e a prova, para
Joaquim Santos foi 3º, seguido por José 2º, mas Godinho regressava à vice-lide- Pedro Rosário (Semog Bravo ER) saiu eles, terminou aí. Pedro Rosário confir-
Lameiro. Ademar Pereira, cortou a meta rança, pressionou António Santos e no ‘S’ na frente e isso deu-lhe uma vantagem mou a vitória, seguido de Jorge Gonzaga,
em 5º, ganhou a Classe 2, à frente de Daniel antes da meta quase passava por cima, que lhe permitiu controlar a corrida logo João Matias, Mário Rato, Pedro Rabaço e
Pacheco. com o SB PG 0012 a não ficar em condi- desde o início. João Matias (Hsport H4) e Daniel Godinho, a concorrente feminina
ções de continuar. Jorge Gonzaga (ASK EVO 16) discutiram melhor classificada.
SUPER BUGGY Nelson Barata aproveitou para subir para o 2º posto, até que Gonzaga seguiu para A próxima prova é em L ousada, a 8 e 9
Rui Godinho (SB PG 0012) fez a pole pole 2º e como Santos tinha perdido tempo a Joker Lap. À 5ª volta, Mário Rato passou de setembro.

TT/28
TODO-O-TERRENO - BAJA ARAGÓN

PORTUGUESES André Duarte sete provas realizadas, reforçar o pri-
EM BOM PLANO [email protected] meiro lugar na Taça do Mundo, já que
o segundo classificado na competição,
A Taça do Mundo FIA de Todo-o-Terreno rumou ABaja Aragón é uma prova que- Martin Prokop, foi terceiro na prova es-
a Espanha para o sétimo evento do ano, numa prova rida d os p ilotos n acionais, panhola, em que se apresentou aos co-
tanto pela competitividade, mandos de uma Ford Raptor. O quarto
em que foram vários os portugueses presentes fruto do seu cariz internacio- posto foi ocupado por Aron Domzala,
nal, como pela proximidade em Toyota Hilux. O m elhor represen-
em que a geografia a coloca. tante nacional foi Ricardo Porém que,
Apesar dos desfechos naturalmente navegado por Nuno Rodrigues da Silva,
distintos, foram nove as duplas lusas apresentou-se ao volante de uma Ford
que se apresentaram à partida da prova Ranger da South Racing. A participação
a contar para a Taça do Mundo, marcada visou a preparação para uma eventual
pela presença de reconhecidos pilotos presença no Dakar 2019 e sal dou-se
internacionais. pelo quinto lugar, depois de ter chega-
Após três dias de competição, quatro se- do a passar pelo quarto posto da geral.
tores seletivos (SS) e mais de 500 km ao Uma prova em que o português cum-
cronómetro, a vitória sorriu a Vladimir priu o objetivo de terminar no top 5, mas
Vasilyev que, ao volante da sua Toyota em que nem tudo foi fácil: “Fomos um
Hilux, se impôs ao atual líder da Taça pouco prejudicados na etapa de hoje
do Mundo FIA de Todo-o-Terreno, Ja- (ndr.: no SS4) devido a um p roblema
kub Przygonski, segundo classificado, no sistema STELA que bloqueou e nos
em Mini John Cooper Works, por 52s. O deu indicação que do quilómetro 90 até
lugar intermédio do pódio permitiu ao ao final a nossa velocidade limite era os
polaco, que contabiliza três vitórias em 30km/h. Ainda andámos alguns quiló-

>> autosport.pt

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Foram mais de 500 km ao cronómetro ao longo de três dias de competição, com os pilo-
tos lusos a mostrarem o seu talento e a baterem-se em bom nível com pilotos bem mais
experimentados e melhor ‘equipados’

metros a respeitar essa informação até carimbaram dois sétimos tempos em C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S
percebermos que era um erro”, referiu etapas, não foram além do 28º po sto,
o piloto que destacou: “A vi atura com fruto de um atraso no segundo dia, em 1º V. VASILYEV/K. ZHILTSOV TOYOTA HILUX 6:37:50.0
que competimos não se pode comparar que, um furo e um t oque numa pedra, 2º J. PRZYGONSKI/T. COLSOUL MINI JOHN COOPER WORKS +52.0
aos carros com que competem os ad- que danificou a roda direita da sua Toyo- 3º M. PROKOP/J. TOMÁNEK FORD RAPTOR RS CROSS +1:22.0
versários que ficaram à nossa frente.” ta Hilux, lhes condicionaram o resul- 4º A. DOMZALA/M. MARTON TOYOTA HILUX OVERDRIVE +9:12.0
Em bom plano esteve também a dupla tado final. Logo atrás, em 29º, ficaram 5º R. POREM/N. DA SILVA FORD RANGER +12:16.0
Alejandro Martins/José Marques. Ape- Nuno Corvo e José Martins, em B MW 6º E. VAN LOON/W. ROSEGAAR TOYOTA HILUX OVERDRIVE +26:37.0
sar de um percalço, quando uma pedra Serie 1 Proto. João Ramos e Vitor Jesus 7º F. ALVAREZ/J. MONASTEROLO VW AMAROCK +35:43.0
danificou os travões durante o SS2, obri- cedo viram esfumar-se a possibilida- 8º A. MARTINS/J. MARQUES TOYOTA HILUX +37:00.0
gando-os a uma paragem para minimizar de de um bom resultado, após a rótula 9º L. POLETTI/C. DEBET MMP RALLY RAID +40:16.0
o problema, só solucionado na assistên- da manga de eixo da Toyota Hilux ceder 10º G. SUBIRATS/D. CAMARA TOYOTA HILUX +45:31.0
cia, os pilotos não desistiram, realizando na sequência de um toque, levando-os a 11º P. CASACA/P. TORRES NISSAN NAVARA +45:52.0
tempos dentro do top 5 nos SS 3 e 4. Uma abandonar ainda no primeiro dia. Quem 12º L. DIAS/M. FEIO NISSAN WB01 +49:07.0
performance que os permitiu recuperar também não terminou foram Ricardo 20º L. CARAPETA/R. ANTONIO RANGER ROVER EVOQUE PR +1:04:48.0
do 13º para o oitavo lugar em que termi- Leal dos Santos e João Luz, em Mitsu- 28º P. FERREIRA/J. MONTEIRO TOYOTA HILUX +1:48:56.0
naram, após a última etapa. bishi Lancer, que não concluíram o SS 4. 29º N. CORVO/J. MARTINS BMW SERIE 1 PROTO +1:53:22.8
Paulo Torres e Paulo Casaca, em Nis- A comitiva da Taça do Mundo FIA de To-
san Navara, viram a sua prestação ser do-o-Terreno ruma agora à Hungria,
selada com um 11º po sto, seguidos de palco do próximo evento, a realizar en-
Luís Dias/Mário Feio, em Nissan WB01. tre 9 e 12 de agosto. Seguem-se Polónia
Lino Carapeta/Rui António, em Range e Marrocos, com a competição a termi-
Rover Evoque PR, fecharam o top 20º. nar, como habitual, em Portugal, na pro-
Já Paulo Rui Ferreira/Jorge Monteiro, va rainha do calendário, a Baja Portalegre
que vinham a fazer uma boa prova e 500, de 25 a 27 de outubro.

CONTEÚDO PATROCINADO 25 | JULHO | 2018

ESCOLA DE KARTING DO OESTE PERTO DA VITÓRIA

NO CAMPEONATO DE PORTUGAL DE KARTING EM BRAGA

ROMEU MELLO JOÃO PEREIRA FOTOS: VVL SPORT IMAGE
SANTIAGO RIBEIRO
DIOGO MARTINS Cumpridas as jornadas de Viana do Castelo ART e motor Honda, depois de ser o etrceiro mais
e de Leiria, a Escola de Karting do Oeste rápido nos tr einos cronometrados, garantiu um
(EKO) esteve muito perto de vencer a terceiro lugar na primeira manga de qualificação e

terceira prova do Campeonato de Portugal de depois melhorou a sua performance na segunda

Karting na categoria Iniciação. Os estr eantes manga, ao garantir a segunda posição. Na Final,

Romeu Me llo e Jo ão Pereira f oram, con tudo, João Pereira revelou-se novamente forte e conquis-

uns honrosos segundo e terceiro classificados, tou com todo o mérito o terceiro lugar do pódio.

respetivamente, entre um alargado númer o de Na categoria Júnior , destinada a pilotos com

pilotos, não superando apenas o experiente José idades entre os 12 e os 15 anos de idade, a

Maria Gouveia. Escola de Karting de Oeste alinhou novamen-

Romeu Mello, que tem apenas 5 anos de idade, te com os estr eantes Santiago Ribeir o e Diogo

está a evoluir cada vez mais. Em B raga, aos Martins, ambos com apenas 12 anos de idade

comandos de u m kart equipado com chassis e aos comandos de karts equipados com chas-

BirelART e motor Honda, foi o mais rápido nos sis Birel AR T e motor es Iame. Tanto a equipa,

treinos cronometrados, confirmando depois a sua como os dois jovens pilotos, sabem que estão

rapidez ao ser segundo classificado na primeira a disputar uma categoria muito exigente, ainda

manga de qualificação – com a volta mais rápida para mais sendo os dois ‘rookies’ entre um vasto

–, ficando a escassos 0,096s do vencedor. Na pelotão de 23 concorrentes, muitos deles com já

segunda manga, o piloto da EKO terminou na com larga experiência internacional. De qualquer

terceira posição – novamente com a volta mais modo, mesmo sendo esta época para progredir

rápida – e, na Final, voltou a mostrar o seu talento o máximo possível, quer Santiago Ribeiro quer

ao garantir o segundo lugar , somando pontos Diogo Martins foram evoluindo ao longo da por va

muito importante para as contas do campeonato. bracarense quer nas várias sessões de tr einos

João Pereira, que também tem apenas 5 anos quer nas mangas de qualificação, tendo ambos

de idade, tal como na segunda jonr ada em Leiria, apenas pouca sorte na Final, tal como outor s três

voltou a estar em evidência na por va minhota. Ao pilotos, ao ser em forçados a abandonar devido

volante de um kart equipado com chassis Bir el a um incidente.

FERNANDO COSTA
NO KARTING E NOS SUPER 7 BY KIA

Em 2017, Fernando Costa – bem conhecido no Karting português – viveu uma nova
e intensa experiência ao competir na Super Seven by KIA, iniciando-se no circuito
espanhol de Jerez de La Frontera e depois nos traçados de Portimão e do Estoril.
Esta época, o piloto nascido no Brasil, mas há muitos ano radicado em Monção, continua
a disputar a categoria DD2 Master do Rotax Max Challenge Portugal de Karting, mas
vai cumprir todos as provas dos Super Seven by KIA. Na primeira prova, realizada no
Autódromo do Estoril, Fernando Costa esteve muito perto de conquistar o seu primeiro
pódio à chuva, dado que na 10.ª das 12 voltas, foi traído pela caixa de velocidades,
numa altura em que era segundo classificado na classe S1600 Business. Mas com a
tranquilidade e o ‘fair-play’ que lhe são reconhecidos, o piloto de Monção sublinhou que
o mais importante para si é desfrutar do prazer que a competição lhe dá e praticar uma
atividade desportiva, seja aos comandos de um caterham ou de um kart. Na segunda
prova, Fernando Costa correu pela primeira vez no circuito espanhol de Jarama e foi quarto
classificado, mas destacou essencialmente o prazer que lhe deu pilotar na pista ‘às portas’
de Madrid e o ambiente fantástico que se vive na ‘família’ Super Seven by KIA.

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25 | JULHO | 2018

TIAGO TEIXEIRA

MAIS PRÓXIMO DO BICAMPEONATO

FOTOS: HELLOFOTO/ALEXANDRE JÚNIOR

Oatual campeão nacional de da categoria X30 Shifter Sénior (para pilotos vitória com ‘unhas e dentes’”, afirmou realidade e logo no fim de semana do FIA
Karting da categoria X30 Shifter dos 18 aos 31 anos de idade) em 2017 e Tiago Teixeira. “As corridas da Shifter são WTCR. O Kia Picanto não é um carro muito
Sénior ficou mais próximo da estando em boa posição para repetir esse normalmente muito intensas e ganhar potente mas já é preciso muito coração para
revalidação do título ao vencer a terceira feito em 2018, fruto de uma exibição de à geral é sempre especial. Ainda não explorar os limites do carro num circuito
prova da época, disputada no Kartódromo excelente nível no Kartódromo Internacional garantimos a revalidação do título mas citadino, com os muros ali tão perto. Talvez
Internacional de Braga. Tiago Teixeira foi o de Braga, palco da terceira das cinco provas gostaria de o conseguir, se possível, já na possa repetir a experiência na Velocidade
mais rápido à geral numa corrida animada. do calendário. próxima prova no Bombarral”, referiu. mas gostava de o fazer com mais apoios,
Os karts das categorias Shifter (máquinas No traçado minhoto, o piloto de Paredes com outra preparação e num carro mais
de 125cc ou 175cc equipadas com caixa de venceu a terceira Final consecutiva na X30 A ESTREIA NOS AUTOMÓVEIS potente”, comentou Tiago Teixeira, antes
velocidades) são considerados o expoente Shifter Sénior mas desta vez também foi No passado mês de junho, Tiago Teixeira de enumerar as entidades que o têm
máximo da experiência de pilotagem o mais forte à geral na corrida conjunta também pôde estrear-se no troféu Kia apoiado na sua carreira desportiva: “Os
no Karting, fazendo a ‘ponte’ para as com as outras categorias Shifter, após uma Picanto GT Cup, no famoso Circuito patrocinadores são fundamentais neste
corridas de automóveis. Tiago Teixeira é, animada discussão com Hugo Marreiros (2.º Internacional de Vila Real. Uma incursão desporto e, por isso, o meu muito obrigado
neste particular, apontado como uma das Sénior) e Rodrigo Ferreira (1.º Júnior). pelos automóveis que deixou o piloto de 25 à Patriot Hardwoods, Óptica Pacense,
referências do Campeonato de Portugal de “Tive sempre a pressão dos meus anos com vontade de repetir a experiência: Nogueira’s, Valdouro Têxteis e a toda a
Karting (CPK), tendo sido campeão nacional adversários diretos mas agarrei-me à “Correr em Vila Real foi um sonho tornado equipa da Motocane.”

VITÓRIA EM BRAGA DEIXA
ALEXANDRE AREIA NA LUTA PELO TÍTULO

FOTOS: HELLOFOTO/ALEXANDRE JÚNIOR

Alexandre Areia foi um dos “Senti-me muito rápido e confiante logo frente mas gerindo sempre as corridas Os resultados e a consistência de
destaques da terceira prova desde os treinos”, revelou o piloto de 18 e os pneus a pensar na Final. Tivemos Alexandre Areia são ainda mais notáveis
do Campeonato de Portugal de anos. “Como este ano mudámos para uma cinco pilotos a discutir a vitória, o que diz se atendermos ao facto de apenas
Karting Kia, disputada no Kartódromo equipa que fica mais longe de Esposende bem da competitividade desta categoria. ter regressado ao CPK esta época. E
Internacional de Braga, onde o jovem (ndr, Cabo Júnior Team, sedeada em Felizmente consegui ganhar e este numa altura em que está a ser um dos
piloto de Esposende venceu a categoria Évora), não tenho podido treinar tanto resultado é muito importante para a nossa protagonistas da X30 Sénior, o jovem piloto
X30 Sénior e quebrou a invencibilidade do quanto gostaria mas a pista de Braga época, já que nos coloca novamente na faz questão de destacar “o apoio dos meus
líder do campeonato, Ricardo Borges. Uma é aquela que conheço melhor e onde luta pelo título.” pais e dos patrocinadores, a NASTROTEX,
performance que confirma Alexandre Areia já corri mais vezes ao longo da minha Alexandre Areia, que compete com os MJ VENDEIRO, FRANCISCO OLIVEIRA e
como sério candidato ao título nacional, carreira. Isso permitiu-me começar o fim novos chassis Kart Republic, também é NRT. Um agradecimento também a toda a
sobretudo porque recuperou nada menos de semana com um bom ritmo. Fizemos o da opinião de que “ter uma diferença tão equipa da Cabo Júnior Team. Vamos tentar
de 15 pontos ao longo do fim de semana terceiro tempo nos treinos cronometrados curta entre os dois primeiros é bom para o continuar este bom momento de forma no
bracarense, estando neste momento a e depois nas mangas de qualificação campeonato, porque atrai mais interesse Bombarral e estar na luta pelo título até à
apenas 4,5 pontos da liderança. preocupei-me em estar nos lugares da e motiva os pilotos a darem o máximo.” última corrida”, afirmou.

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SYM Pedro Rocha dos Santos graças a poderem ser conduzidas com
[email protected] carta de carro.
» CRUISYM 125 E se na cidade uma simples “cinquen-
Asaturação do trânsito nas tinha” pode cobrir as necessidades em
UMA MAXI SCOOTER CHEIA DE BONS ARGUMENTOS cidades e a falta de medidas termos de mobilidade e deslocação da
concretas e l egislação que maioria dos cidadãos, locais ou visitan-
As 125 cc são cada vez mais uma opção de mobilidade, venha a diminuir o fluxo de tes, quando se trata de realizar trajetos
principalmente urbana, fomos por isso conhecer a nova entrada de viaturas nas zo- mais longos, que envolvem eventual-
proposta da SYM neste particular, a Cruisym 125 nas urbanas, no sentido de mente o circular em auto-estrada, aí as
baixar os níveis de poluição e aumentar scooters 125 cc passam a ser referência
a fluidez da circulação do trânsito, têm e a alternativa.
vindo a m udar mentalidades e a f a- Reconhecendo todo o po tencial por
zer com que se procurem alternativas detrás desta realidade, os fabricantes
menos stressantes e mais práticas de têm vindo a desenvolver modelos mais
mobilidade. sofisticados, procurando dentro das
Hoje cada vez mais vemos o c omum limitações da norma eur 4, qu e tem
cidadão a render-se às duas rodas e a implicações em termos de restrição de
adotar a moto como opção para a sua emissão de gases poluentes e aumento
mobilidade diária, seja na cidade seja de segurança, dotar os seus modelos de
em percursos urbanos de alguma pro- características cada dia mais aliciantes,
ximidade. Para tal as scooters de 125 cc seja em matéria de desempenho, de
constituem cada vez mais uma opção, segurança e c onforto, ou em esp aço
disponível para transportar volumes ou

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bagagem . É neste contexto alternativo
às quatro rodas que se posiciona a re-
centemente apresentada SYM Cruisym
125. Uma Maxi Scooter de dimensão
considerável, que utiliza inclusivamente
a mesma plataforma da sua irmã maior
de 300 cc e que vem fazer um upgrade
a vários níveis pretendendo com o seu
desempenho e prestações concorrer
e ser referência num segmento alta-
mente disputado.
Numa apresentação dinâmica levada a
cabo pelo importador e representante
da SYM em Portugal, a empresa Moteo,
onde estiveram presentes vários jor-
nalistas nacionais, foi-nos possível
tomar contacto com o m odelo num
percurso variado, de cerca de 150 Kms,
em vias rápidas, estradas nacionais e
secundárias, nos concelhos da Ericeira,
Torres Vedras e Mafra.
A primeira impressão que salta à vis-
ta é de facto a da dimensão generosa

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CONCORRÊNCIA

da Cruisym 125, mais parecendo uma cação dos conteúdos assim como de HONDA 125 A FORZ YAMAHA X-MAX 125 A
Maxi Scooter de cilindrada superior. botão elétrico para abertura, situado
Para além da dimensão da Cruisym 125 no guiador. A Cruisym conta ainda com 14,2 CV 14,3 CV
constatámos também a alta qualidade um compartimento para acessórios no
dos seus materiais e o cui dado nos painel da frente do lado direito onde se POTÊNCIA POTÊNCIA
acabamentos. localiza também um ficha USB p ara
Ao subirmos para a Cruisym, alçando a ligação de acessórios eletrónicos ou 161 KG 173 KG
perna como numa moto normal, vemos carregamento de telemóveis.
que a SYM se preocupou neste modelo As unidades que testámos estavam PESO PESO
em aumentar o espaço para a coloca- recentemente rodadas e n otava-se
ção dos pés, realidade que pudemos ainda algum “esforço” no seu desem- 5 000€ 4 895€
comprovar durante todo o trajeto. Esta penho. Devido à sua dimensão e peso a
é uma característica que contribui para Cruisym pareceu-nos algo preguiçosa PREÇO BASE PREÇO BASE
um maior conforto e comodidade na no arranque mas, uma vez lançada, o
sua condução, sobretudo em trajetos motor parece querer continuar a su - quisemos testar os seus limites dentro vando a su a excelente eficiência ae-
de maior distância. O b anco é extre- bir de rotação, tendo mesmo atingido de segurança. rodinâmica. A Cruisym pareceu-nos
mamente confortável e im agino que os 123 km/h n uma das descidas do Gostámos também do comportamento estreita o suficiente para circular sem
para o pen dura também, dada a su a percurso. Em linha reta mantém com das suspensões, tanto dianteira como problemas no m eio do tr ânsito d e
dimensão e pegas laterais de aspeto alguma facilidade os 100 km/h, como na traseira, mesmo em piso degradado, cidade, realidade q ue n ão pudemos
bastante ergonómico. O pendura conta pudemos comprovar. a contribuírem de facto para uma leitura comprovar dado que não houve essa
ainda com peseiras retráteis colocadas Mas onde nos surpreendeu verdadei- correta da estrada e a a umentarem a oportunidade mas, considerando a sua
no sítio certo. ramente foi em curva, onde mantém sensação de segurança na condução da leveza de direção, o bom equilíbrio de
O guiador, de início, parece-nos algo firmeza e n eutralidade, transmitindo Cruisym. A suspensão traseira monta massas e in clusivamente o facto dos
fechado e baixo, como se de uma des- segurança na condução também graças amortecedores duplos reguláveis em retrovisores serem retráteis, estamos
portiva se tratasse, mas rapidamente a uma roda de 14” na dianteira e per- pré-carga de mola. confiantes que a Cruisym terá um de-
nos habituamos. O espaço debaixo do mitindo uma inclinação considerável A Cruisym 125 monta um écrã regu- sempenho de referência no meio do
banco é im enso, cabendo, segundo antes de alguns dos seus componentes, lável com a utilização de ferramentas, trânsito de cidade.
a marca afirma, dois capacetes, que mais próximos da estrada, começarem com duas posições, sendo que rodámos Em m atéria d e travagem a m esma
dependendo da sua dimensão, inclui a dar sinal de que se chegou aos seus li- sempre na altura mais baixa compro- pareceu-nos justa, a m ostrar algo de
até integrais. A bagageira conta ainda mites. Esta realidade apenas aconteceu
com luz interior para melhor identifi- em rotundas onde, para a “fotografia”,

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FT/ F I C H A T É C N I C A

125 CC

CILINDRADA

14,3 CV

POTÊNCIA

12 L

DEPÓSITO

180 KG

PESO

4 199€

PREÇO BASE

MOTOR TIPO MONOCILÍNDRICO A 4 TEMPOS
CILINDRADA 125CC POTÊNCIA 14,3 CV /
8750 RPM SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
LÍQUIDA ALIMENTAÇÃO EFI TRANSMISSÃO
VARIADOR COMPRIMENTO 2175 MM LARGURA
760 MM ALTURA 1440 MM PESO A SECO
180 MM DEPÓSITO DE COMBUSTÍVEL
12 L SUSPENSÃO DIANTEIRA FORQUILHA
TELESCÓPICA HIDRÁULICA SUSPENSÃO
TRASEIRA DOIS AMORTECEDORES
HIDRÁULICOS TRAVÃO DIANTEIRO DISCO 260
MM – ABS TRAVÃO TRASEIRO DISCO 240 MM –
ABS PNEU DIANTEIRO 120/70-14
PNEU TRASEIRO 140/60-13

ineficácia e “cansaço” quando hou- matéria segundo o fabricante, realida- rigorosos. Considerando o nível de con- simplesmente para ir ver o pôr do sol
ve necessidade de s e repetirem as de que não pudemos comprovar pois forto que proporciona, a sua capacidade com a sua mais querida… será que ela
travagens em d escidas acentuadas, circulámos sempre de dia. O painel de de carga, a p roteção aerodinâmica, o vai querer ir à pendura ou a conduzir?
apesar dos dois discos, à frente e atrás, informação inclui dois mostradores espaço para o pen dura, o m otor sua- A SYM Cruisym 125 vai estar disponível
de 260 mm e pinça de quatro êmbolos, analógicos unidos por um pequ eno ve e ec onómico, e um P VP aliciante nos concessionários da marca em 4
na frente com ABS. No entanto talvez LCD que contém a restante informação. em relação à su a concorrência direta cores, Preto mate, Vermelho brilhante,
a substituição simples das pastilhas A Cruisym 125 é, para todos os efeitos, (Honda Forza 125 e Yamaha X-Max Branco brilhante e Cinza m ate, esta
possa resolver esta questão. Como re- uma scooter ideal para uma utilização 125 ) temos em crer que a Cruisym 125 última apenas disponível em algumas
feri anteriormente as motos estavam urbana e de trajetos a rondar os 50 km, poderá ser uma opção de facto para unidades no seu lançamento. A marca
recém estreadas, apenas com alguns preferencialmente de auto-estrada e quem pretenda uma alternativa real inclui ainda alguns acessórios especí-
Kms, pelo que o “m aterial” e o s seus cidade já que em estradas secundárias ao automóvel para as suas deslocações ficos para este modelos tal como a útil
componentes ainda estavam em pe- nos vemos algo obrigados a circular diárias, entre casa e escritório, e ainda capa para as pern as para dias de frio
ríodo de rodagem e ajustamento. atrás das viaturas mais lentas, pois passar na volta pelo supermercado a ou chuva, além de muitos outros.
As luzes de presença traseiras e dian- nas ultrapassagens realizadas na faixa fazer as compras para o jantar. Ao fim
teiras e o s piscas são de tecnologia contrária sentimos a falta de algo mais de semana será uma excelente moto
LED e os faróis principais são potentes, de potência ou rapidez, obrigando a de passeio, em jei to de descompres-
com 55 Watts, sendo referência nesta fazermos cálculos de distâncias mais são, para ir à praia ou ao shopping, ou

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VOLKER
WEIDLER
ORUÍDO
INFERNAL
DOSMAZDA

Volker Weidler pode ser um dos pilotos menos Guilherme Ribeiro estavam “na hora da morte”, mas ainda
conhecidos da história recente da Fórmula 1, [email protected] havia muito para dar nos GT’s e afins…
A grande verdade é que se sabe muito
mas conta com um triunfo em Le Mans no seu Éfácil catalogar Weidler como pouco sobre a vida e carreira de Weidler,
mais do que interessante palmarés. E quem um dos muitos pilotos pa- à exceção dos anos em que disputou as
sabe o que poderia ter feito se, no auge da gantes que se arrastou pelo principais fórmulas de promoção e cor-
carreira, a saúde não o tivesse traído? fundo d a tabela n as p ré- reu na F1 e no WSC/WEC. Sabe-se que
-qualificações da Fórmula 1 Volker Weidler nasceu em Weinheim a
CONHEÇA ESTA E MUITAS ao longo do final da década 18 de março de 1962 eque oseu interesse
OUTRAS HISTÓRIAS EM AUTOSPORT.PT de 80 e início da década de 90, porque pelo desporto motorizado data, pelo me-
as estatísticas assim odizem. E, sem nos, da fase intermédia da adolescência,
uma carreira meteórica na F3000, é quando se encontram os seus primeiros
ainda mais fácil encostar este piloto resultados – bastante promissores, diga-
alemão para a categoria daqueles que -se de passagem – nos karts. E, logo em
chegaram aonde chegaram graças ao 1980, prestes a completar 18 anos, faz a
dinheiro ou influências. Mas alguém sua estreia no Campeonato Alemão de
ganha LeMans semtalento?Para não Formula Ford, mostrando de imediato um
dizer, muito talento?Definitivamente enorme valor e terminando o campeo-
não. Weidler pode ter falhado, por nato em quinto, com 70 pontos. No final
diversas circunstâncias, uma boa do ano, em vez de continuar no seu país,
carreira nos monolugares, mas era Weidler decidiu tomar o passo arriscado
um piloto de Sport-Protótipos que de se mudar para oCampeonato Europeu
tinha uma longa carreira pela fren- de FF1600. Perante um plantel bem mais
te quando foi forçado a retirar-se em competitivo, Volker não desiludiu e ven-
1992 devido a graves problemas de ceu uma prova, terminando o campeonato
audição. Tudo bem que os Grupo C em 10º. O piloto estava ainda a trabalhar
a sua regularidade e repetiu o campeo-

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nato em 1982, terminando campeão após ronda da época, no aeródromo de Mainz- de avanço sobre o seu principal rival, Kris ENTRE A F3000 E OS PROTÓTIPOS
vencer quatro provas. E, para maximizar Finthen, seguindo-se novos sucessos em Nissen, que o substituíra na VW. Em 1985
a experiência, decidiu competir de novo Wunstorf e Zolder. No entanto, tais resul- já não existia o Campeonato Europeu de Pois bem, na verdade, Weidler estreou-se
na FF1600 alemã, vencendo também este tados não foram suficientes para bater F3, por isso os pilotos de cada campeona- nos Sport-Protótipos ainda em 1985 com
título com alguma autoridade. Kurt Thiim na luta pelo título, acaban- to nacional tinham raras ocasiões de se a Joest Racing numa prova do campeona-
Em 1983, Weidler progrediuparaa Fórmula do Volker na segunda posição, com 154 medirem com os rivais. No G.P. do Mónaco to alemão, e depois disputou osmalfada-
3 alemã, naquela que seria uma época de pontos. Na verdade, o piloto foi vítima de de F3, Weidler saiu desiludido, depois de dos 1000 Km de Spa dessa temporada ao
aprendizagem com carros bem mais po- alguma irregularidade, pois conseguiu ser vítima de um acidente na largada, lado de Marc Duez e “John Winter” com o
tentes, ao volante de um Ralt RT3-VW da cinco poles e quatro voltas mais rápidas, mas na Taça Europeia de F3, criada para Porsche 956 da mesma equipa, concluindo
Walter Lechner Racing School. Depois de nem sempre conseguiu concretizar – por ser mais uma oportunidade de luta entre a prova em sexto. E, embora de imediato
um início discreto (apesar de se ter estrea- vários motivos – a rapidez inata em resul- pilotos de várias nações, Weidler termi- gostasse de competir naquela disciplina,
do a vencer, mas numa prova extra-cam- tados, num campeonato em que apenas nou num excelente terceiro lugar. A últi- o seu principal sonho era a Fórmula 1, por
peonato), Weidler venceu aquarta ronda o seu rival dinamarquês foi regular em ma oportunidade de vencer uma “gran- isso era de vital importância conseguir
do campeonato, em Wunstorf, depois de época toda. E, no final da época, Volker de” na F3 era o G.P. de Macau, mas desta um volante na F3000.
fazer a pole position e a volta mais rápi- foi um excelente quarto no segundo G.P. vez Volker esteve mais apagado e só foi Com o patrocínio do fabricante de rodas
da. A partir daqui Weidler foi presença de Macau de F3! Weidler optou por ficar sétimo. Ainda assim, aos 23 anos, tinha Rial, nada mais, nada menos que o volátil
constante nos pódios, conseguindo pelo um terceiro ano na F3 alemã, assinando credenciais mais do que suficientes para Günter Schmid, o antigo dono da ATS (que
meio mais uma pole, o que o guindou ao pela Josef Kaufmann Racing para pilo- ser considerado um dos melhores jovens competiu na F1 entre 1977 e 1984), Weidler
terceiro posto no campeonato, com 72 tar um Martini Mk45-VW. De imediato, talentos alemães. assinou pela Bromley Motorsport para
pontos. Nada mau para um estreante. E, a combinação revelou-se ganhadora, e 1986, pilotando um Ralt RT20-Cosworth,
em 1984, Volker foi contratado para cor- desta vez nada nem ninguém conseguiu
rer com a equipa oficial da Volkswagen, travar Weidler na sua luta pelo título. Em
ao volante de um Ralt RT3F/84-VW, em 13 provas conseguiu sete vitórias (Zolder,
teoria estando entre os favoritos para o Wunstorf, Avus, Erding, Norisring, nova-
título. Da teoria à prática não foi preciso mente em Zolder e Siegerland),seis poles,
muito, já que o jovem piloto começou a quatro voltas mais rápidas e um total de 11
sua série de vitórias novamente à quarta pódios para vencer com mais de 30 pontos

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mas a época nunca correu muito bem, já volante na F3000, optando por isso por regressar aos monolugares e, no final de gunda época de Weidler na F3000 foi po-
que o promissor piloto raramente conse- se concentrar nos Protótipos, assinan- 1987, foi convidado pela Marlboro para bre, e começava a pairar sobre ele o espe-
guiu lutar pelos pontos e falhou mesmo do com a Kremer Racing para correr em uma sessão de testes com várias jovens trodeser mais um dosmuitospilotos que
a qualificação por duas vezes, o que mo- várias frentes. promessas, de modo a colocar os pilotos atingem o seu pico em categorias inferio-
tivou a sua saída da equipa, que nem se- No WEC, Weidler alinhou ao lado do seu patrocinados pela tabaqueira nos dife- res e chegam à antecâmara da Fórmula
quer acabou o campeonato. velho rival Kris Nissen, e a dupla até co- rentes campeonatos. 1 no topo da sua margem de progressão.
Mas 1986 seria um ano bem atarefado para meçou por ser uma das melhores a nível O teste deve ter sido bastante impres- No entanto, 1988 não foi assim tão depri-
Volker que, não querendo deixar nenhuma de equipas privadas, com um quarto lugar sionante, porque Weidler conseguiu um mente para o teutónico devido às suas
hipótese da sua carreira fechada, assinou em Jarama e um segundo em Jerez, mas a posto na F3000, perante um painel de prestações no WEC ao volante do car-
pela RSM Marko para pilotar um Mercedes época começoua correr mala partir daíe jurados que incluía homens como James ro da Kremer Racing, mesmo alinhan-
190E 2.3-16 no DTM, terminando este ul- a estreia em Le Mans (com o antigo piloto Hunt e Ron Dennis! Deste modo, encon- do apenas em part-time. Partilhando o
tracompetitivo campeonato no segundo de F1 Kunimitsu Takahashi a completar tramos Volker Weidler na Onyx Racing carro com Kris Nissen, Bruno Giacomelli
lugar com 113 pontos e duas vitórias, batido a equipa) correu mal, com um abandono ao volante de um March 88B-Cosworth, e Manuel Reuter ao longo da temporada,
apenas por… KurtThiim.Eoseu programa muito precoce. Da segunda metade da ao lado de Alfonso de Vinuesa. Weidler conseguiu rodar sempre no meio
não ficou por aqui. Weidler correu ainda época apenas se salvou um sexto lugar Apesar da reputação da equipa de Mike da tabela com um modelo cada vez mais
ocasionalmente nos Sport-Protótipos, nos 1000 Km de Brands Hatch,mas Weidler Earle, a época foi muito apagada, já que o datado, terminando quase todas as provas
tanto no pujante Campeonato Alemão estava também envolvido no campeonato espanhol nunca havia verdadeiramente em que alinhou nos 10 primeiros.
como no WEC. Neste campeonato, Weidler Interseries – vencendo duas provas - e na recuperado do acidente de Spa no ano Podia pensar-se que acarreira de Weidler
foi 10º nos 1000 Km de Nürburgring (com Supercup alemã, aonde os bons resulta- anterior e seria rapidamente substituído, nos monolugares estava verdadeira e
um March 84G-Porsche partilhado com o dos o guindaram ao terceiro lugar no cam- enquanto Weidler raramente demonstrou definitivamente encerrada mas tanto a
gentleman-driver Costas Los), e depois, já peonato. Porfim,Weidler ainda correu em umandamentocompetitivoem qualifica- Marlboro como a Rial confiavam ainda
com um Porsche 962 da Kremer, 12º em algumas provas do Campeonato Japonês ção – falhando-a mesmo em Pau – e só na no piloto, e em 1989 encontramos Volker
Spa e quarto em Fuji, ao lado do antigo de Sport-Protótipos com a associada da segunda metade da época é que começou na Fórmula 1, tendo sido contratado pre-
piloto de F1 Bruno Giacomelli. Kremer, aLeyton House Racing, na mes- a converter aperformance em resultados cisamente pela… Rial.
Talvez a dispersão por tantas categorias ma com Nissen, andando regularmente com sextos lugares em Brands Hatch e Depois de regressar à F1 com a sua nova
não tenha ajudado Weidler a assentar e no pelotão da frente. Dijon e um quarto lugar em Birmingham. empresa em 1988, conseguindo resulta-
a encaminhar a sua carreira nos mono- De facto, com apenas cinco pontos, a se- dos mais do que decentes com Andrea
lugares, e em 1987 o piloto alemão per- DE REGRESSO AOS MONOLUGARES
cebeu que a abordagem teria de ser di-
ferente. No entanto, não conseguiu um ATÉ À F1

No entanto, Weidler estava decidido a

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de Cesaris, Günther Schmid decidiu am- conduziria à vitória em Le Mans. um “buraco nas regras” que permitia ao defesa do título em Le Mans. No entanto,
pliar aoperação para dois carros, contra- Volker estava mais do que consciente que Mazda 787B alinhar com um peso mínimo o “Mazda” estava longe de ser um carro
tando como primeiro piloto o experiente o seu insucesso nos monolugares, agra- substancialmente inferior às suas rivais muito competitivo, mas se a fiabilidade
Christian Danner e, para o segundo car- vado pela pavorosa temporada na F1 em diretas do “velho” Grupo C. E, ao contrário durasse, poderia alcançar um bom posto
ro, o seu protegido Weidler. O problema 1989, tinha praticamente arruinado as dos anos anteriores, aformação nipónica na geral. Assim aconteceu, e a trip la vi-
é que, tal como havia acontecido sempre suas oportunidades de continuar na ca- tinha finalmente resolvido todos os pro- toriosa de 1991 reunida terminou a prova
com Schmid, a gestão de equipa era uma tegoria, por isso o alemão imitou homens blemas de fiabilidade, por isso os Mazda num interessante quarto lugar.
confusão, como“patrão”aintrometer-se como GeoffLees e Eje Elgh e decidiu con- rolaram como relógios suíços ao longo No entanto, um mês depois de Le Mans,
e a causar instabilidade contínua na ges- tinuar a sua carreira no Japão, tanto no da prova, em particular aquele compos- a carreira de Weidler era forçada a uma
tão desportiva. A par disso a equipa de- competitivo campeonato local de Sport- to pela tripla Herbert/Gachot/Weidler, paragem abrupta.
batia-se com a falta crónica de dinheiro. Protótipos como na F3000 Japonesa, cor- que conseguiu uma fabulosa vitória, com O piloto estava com crescentes proble-
Por isso o Rial ARC2-Cosworth não era rendo contra os nomes mais consagrados duas voltas de avanço sobre o mais di- mas de audição e foi diagnosticado com
mais do que uma evolução do fabuloso do país do Sol Nascente (muitos deles reto perseguidor. Até à vitória da Toyota tinnitus, uma condição do ouvido que se
chassis do ano anterior. veteranos da era de ouro dos anos 70, este ano, esta havia sido a única vitória pensou ser hereditária mas, com os co-
Depois, as pré-qualificações. Fruto dos que haviam passado brevemente pela de uma marca japonesa em Le Mans. Se nhecimentos existentes, também não dei-
bons resultados de de Cesaris no ano an- F1 nos G.P.’s do Japão de 1976 e 1977 e de- ainda havia dúvidas sobre Weidler, es- xou de ser associada às longas horas que
terior, o primeiro piloto da equipa estava monstrado velocidade para uma carreira tas acabaram com a glória nas 24 Horas, o pilotopassouatestar os Mazdade motor
isento destas, por isso a “fava” sobrou na Europa). Nos monolugares, ao volan- principalmente sabendo-se do seu papel rotativo, conhecidos pelo seu fenomenal
para Weidler. Sem grandes testes e com te de Lola T90/50-Mugen, Weidler teve no desenvolvimento do carro. silvo agudo produzido por aquele tipo de
um carro pouco competitivo, Weidler ra- uma aprendizagem gradual – até porque Em 1992, aos 30 anos, Weidler tinha,final- motor. Esta condição tende a agravar e
pidamente percebeu que a sua tempo- era preciso conhecer as pistas – mas, no mente, uma boa reputação e resultados causar, além de perda de audição, zum-
rada iria ficar resumida a uma sessão de final da época, já andava regularmente por trás, e decidiu continuar no Japão. Na bidos contínuos nos ouvidos e perdas de
30 minutos na sexta-feira de manhã. A na luta pelos pontos e conseguiu mes- Fórmula 3000, manteve-se no Team Nova, equilíbrio, e os médicos aconselharam
questão é que Danner conseguiu quali- mo uma vitória em Fuji, o que lhe deu com o Lola T92/50-Mugen, começando a Weidler a interromper a sua carreira por
ficar o carro e, melhor ainda, levá-lo aos um sexto lugar no campeonato, com 15 época em grande forma com duas vitórias um pouco, tendo em vista uma futura
pontos nos EUA, o que agravava mais a pontos. Tiravam-se aqui as dúvidas acer- e mais dois pódios, o que o tornava num operação.
comparação com Weidler, que não saía ca da alegada “aselhice” do germânico favorito a conquistar este prestigiado tí- No entanto, esta não garantia que Volker
dos últimos lugares na pré-qualificação. para os monolugares. Nos Protótipos, as- tulo de monolugares. voltasse a poder competir ao mesmo ní-
Porém, é preciso ter em consideração sinou pela From A Racing, pilotando um Quanto aos Protótipos, Volker tinha dois vel e, desse modo, o alemão decidiu re-
que, neste grupo, se incluía a regressada Porsche 962C, geralmente partilhado com objetivos: na Europa assinou pela Mazda tirar-se imediatamente da competição.
Brabham e a Onyx, que tinha avançado Akihiko Nakaya, conseguindo algumas para disputar por completo o WEC, e no Logo quando parecia ter estabilizado a
para a F1 em 1989 e tinha conseguido um performances ocasionais de relevo, como Japão manter-se-ia na From A Racing. carreira, eis como tudo acabou, subita-
chassis deveras bom. Deste modo, não se o segundo posto obtido nos 1000 Km de Mas, primeiro, a equipa nipónica deci- mente. Numa última atitude altruísta,
pode justificar tudo com o piloto, já que Suzuka. E, para as 24h de Le Mans, voltou diu ir às 24h de Daytona com um Nissan Volker Weidler recomendou à Team Nova
Weidler defrontavaem apenas meia hora a ser chamadopela Mazda, partilhando o R91CK, que Weidler iria partilhar com que contratasse Heinz-Harald Frentzen,
alguns carros bem mais competitivos e novo modelo 787 com dois pilotos de F1, Mauro Martini e Katsumoto Kaneishi, à altura uma das maiores promessas do
pilotos experientes. As coisas pareceram Johnny Herbert e Bertrand Gachot, mas terminando em oitavo. No campeonato automobilismo alemão, mas que tinha
melhorar a meio da época já que, fruto dos a tripla desistiu com problemas elétricos japonês a tripla conseguiu um segundo deixado por vontade própria o programa
pontos de Danner, a Rial ficou isenta das ainda antes do meio da prova, ironicamen- e dois terceiros lugares em três provas, júnior da Mercedes.
pré-qualificações. Só que, agora, os Rial te apenas uma volta após o abandono dos podendo por isso sonhar com o título. A carreira do mais novo dos germânicos
estavam em nítida regressão, porque o seus colegas de equipa! E, na Europa, ao volante do novo Mazda tinhaficado praticamente parada em 1992,
carro não era desenvolvido por falta de Para 1991, Weidler decidiu permanecer no MXR-01 (que, na prática, usava a plata- eestaatitude deWeidlerpermitiu-lhere-
meios e começava a ficar cada vez mais Japão para um programa semelhante, mas forma do Jaguar XJR-14 construído pela construí-la definitivamente, para chegar
para trás. Assim, Weidler foi o mais len- acrescentava ainda funções de testes cada TWR para 1991, com um motor Judd em à F1 em 1994.
to na qualificação em Hockenheim, mas vez maiores no seio da Mazda, juntamente vez do Cosworth do Jaguar, o que lhe per- Quando a Volker, abandonou de vez o
os seus tempos foram excluídos porque com outro antigo piloto de F1, o irl andês mitia adaptar-se à nova regulamenta- automobilismo e desligou-se bastan-
os mecânicos trabalharam no carro na David Kennedy. Como a Mazda se focava ção do Grupo C), num WEC moribundo, te da competição, dedicando-se à ges-
pista. Depois repetiu igual performance no WEC, Weidler renovou com a From A a dupla Weidler/Sandro Sala abandonou tão emp resarial, atividade que ainda
no Hungaroring. Nessa altura, Schmid Racing, que trocava o“velhinho” Porsche na primeira ronda em Monza, e a equipa mantem, radicado na cidade vizinha de
queria era um piloto pagante, ao mesmo por um Nissan R91CK. Competindo na decidiu concentrar-se na preparação da Meddensheim.
tempo que criticava o diretor desportivo mesma com Nakaya, as performances
por todos os erros que sucediam à equi- foram substancialmente melhores e a
pa. E, após o falhanço húngaro, ambos fo- dupla conseguiu três segundos lugares,
ram sumariamente despedidos. E a Rial entre outras classificações nos pontos, o
não passaria do final da temporada. Em que lhes deu o sétimo posto no campeo-
suma, uma época para esquecer… nato. Quanto à F3000 Japonesa, Volker as-
sinou pela Team Nova, que usava os Lola
(BREVES) TEMPOS DE GLÓRIA T91/50-Mugen, estando constantemente
nos lugares pontuáveis ao longo da épo-
Ainda em 1989, Weidler disputou quase ca e terminando com mais uma vitória
todo o campeonato DTM com um Ford em Fuji, o que lhe deu o terceiro lugar no
Sierra Cosworth da ABR Motorpsort, mas campeonato com 25 pontos.
não conseguiu grandes resultados, e re- No entanto, o melhor da época viria em Le
gressou às 24h de Le Mans, desta vez com Mans. Weidler fora o principal responsável
a Mazda, partilhando o 767 com Yojiro pelo novo Mazda 787B de motor rotativo,
Terada eMarc Duez, eaequipa conseguiu e a marca aproveitou-se da transição re-
o 12º lugar nofinal e oterceiro na categoria gulamentar dos velhos Grupo C para os
GTP. Foi oinício de uma curta, mas inten- novos limitados a3.5 litros, assim como de
sa, ligação ao construtor nipónico, que o

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ÁFRICA
MINHA...

Recentemente o Promotor do WRC assinou um memorando
de entendimento com o governo do Quénia para o regresso

do Rali Safari ao WRC. Mas esta será uma possibilidade
baseada em argumentos desportivos, ou apenas políticos?

Martin Holmes recordam com saudade. Isto era aceitável há 17 ou mais anos, e já nos últimos anos do Safari realizado
[email protected] Já em 2002 o rali foi criticado por se afas- em que as equip as não eram obriga- no WRC que os organizadores ultrapas-
tar muito do caráter normal do evento das a competir em todas as provas do savam esta situação ao levar a prova
Há coisas na vida que são bas- nos seus melhores dias, e um novo even- campeonato e os budgets para eventos para áreas mais estéreis, e com muito
tante mais do que parecem à to em 2019 seria inevitavelmente ainda individuais eram mais flexíveis. Os regu- menos probabilidade de haver proble-
primeira vista. O final da pri- muito mais diferente. Alguém poderia lamentos do WRC evoluíram de tal for- mas com tráfego.
meira metade da tempora- achar interessante um Rali Safari com o ma desde que o Safari saiu do campeo- No Quénia encontrou-se uma forma
da do WRC terminou com o mesmo modelo dos ralis que atualmen- nato, que temos de questionar quanta diferente de fazer ralis, pois trocaram-
Promotor do WRC a assin ar te se realizam hoje no WRC? tradição ainda resta para um po ssível -se estradas públicas por privadas, pois
um contrato-promessa com o governo A tradição do Rali Safari centrava-se no regresso da prova... existem muitas propriedades priva-
do Quénia, sob os bons auspícios, nada facto de ser disputado numa enorme va- das, e a o que parece há uma enorme
mais nada menos, que do Presidente da riedade de terrenos, cobrindo distâncias COMO PODERÁ SER O ‘NOVO’ SAFARI? variedade de terrenos entre esse tipo
FIA, Jean Todt. O regresso do Mundial de consideráveis, em percursos que mui- Uma das poucas obrigatoriedades da de propriedades, em qu e podem ser
Ralis ao Quénia tem sido uma jogada tas vezes incluíam todo o terreno quase FIA é o facto das secções competitivas feitos troços, especialmente no esta-
política levada a c abo pela hierarquia extremo, e um número incrível de difi- terem de ser obrigatoriamente dispu- do do Delamere, a sul de Nakuru, e os
da FIA, já que o d esporto motorizado culdades técnicas, que levam a que os tadas em estradas fechadas. estados de Del Monte, à volta de Thika,
africano está cheio de membros votan- carros tivessem que ser equipados com Mas este nem é sequer o maior desafio que segundo dizem, têm uma grande
tes na FIA, e se eles perceberem que as uma panóplia muito própria de ‘gadgets’ para um Rali Safari dos tempos moder- variedade cénica. Mais desafiante se-
suas causas são reconhecidas pela ins- que os salvavam de grandes problemas, nos. Há muito que os ralis em África são ria encontrar bons troços à volta de um
tituição que gere o desporto automóvel, como por exemplo passar por rios. Para feitos em estradas fechadas ao trânsito, parque de assistência.
ficarão do lado do atual regime, quando além disso, o rali disputava-se em es-
chegar o momento certo… tradas abertas ao ‘trânsito’ normal, nem
E não há causa melhor que a ressurrei- que esse ‘trânsito’ fossem manadas de
ção do Rali Safari, cuja organização se elefantes ou outros animais quaisquer,
desmoronou depois da última vez que o para além, claro está, dos veículos locais.
rali foi para a estrada no WRC em 2002. Passe o exagero e fique a ideia.
Nas duas últimas décadas, o WRC trans- Isto exacerbava o ris co de ‘encontros
formou-se radicalmente, e t odos os imediatos do 3º grau’ e por isso as equipas
eventos foram-se adaptando à nova oficiais usavam helicópteros para sobre-
realidade. Um dos medos que resulta voar os carros, as assistências, faziam-se,
desta iniciativa é precisamente o facto como era habitual no WRC no passado,
das mudanças de formato de um novo onde calhasse, e todas estas característi-
rali façam esfumar a alm a do Safari cas exigiam muitos testes (e caros) bem
tradicional, que ainda hoje os adeptos como uma enorme preparação.

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E o m aior desafio de todos seria criar -ia com mão de obra estrangeira e ex- tradas que não sejam difíceis demais plicado hoje em dia, que está espelhado
uma boa estrutura para o evento. Os perimentada… para os carros de hoje, a l ogística dos na dificuldade que o Promotor tem tido
organizadores quenianos estão 17 anos Custos, ou talvez orgulho, talvez pos- dias de reconhecimentos, os aspetos de para ir para novos países.
atrasados, embora os fundos estatais sam impedir a importação de especia- segurança da prova, quer seja a nível de É que ‘meter’ lá um rali e estar prepa-
possam pressionar as decisões, sendo listas estrangeiros – como por exemplo espetadores e de tudo o resto. rado para esperar que este se estabe-
uma possibilidade ir buscar gente com o nosso país já exporta há muito – que Apesar d os m ais r ecentes r alis n o leça é obra...
experiência ao estrangeiro. Sim, por- seria certamente bem mais seguro do Quénia serem disputados em estradas Será que as equipas hoje em dia acei-
que esperar uma organização do nível que ter os locais a explorar território fechadas, estes eventos não têm atraí- tam um campeonato que inclua um Rali
das que há hoje em dia no WRC talvez desconhecido. É que há muita coisa im- do muita gente, e alguns lapsos nos fe- Safari que traga consigo os problemas
seja pedir muito. Mas isso resolver-se- portante para decidir, por exemplo es- chos de estradas, que em países como endémicos de África?
o Quénia são um problema muito maior A chegada ao país de muita gente com
do que nos restantes ralis do mundial. dinheiro significa que não será nada fácil
E estes são aspetos que não têm sido, assegurar que o crime, fraude e corrup-
para já, referidos. Talvez ainda seja cedo ção oriunda de maus polícias, serviços
demais para isso… fronteiriços, lojas e empresários locais
Um Rali Safari novamente no WRC iria sejam contidos.
atrair certamente muitos espetadores Não há muito tempo, no GP d o Brasil
locais, que não deixariam de aprovei- de F1, pessoal das equipas foi assalta-
tar a ocasião, mas lapsos de seguran- do à mão armada, já este ano a equipa
ça num novo Rali Safari no WRC seriam de promotores do WRC foi assaltada à
catastróficos. mão armada na Argentina. No Quénia,
Estará o Quénia pronto para o regres- pessoal da caravana do WRC era rou-
so ao WRC? O C ampeonato de África bada em plena rua, de dia, em Nairobi.
de Ralis da FIA disp uta-se a um ní vel É a um mundo destes, mesmo que a
muito baixo, está muito mal promovido, esse nível tenha melhorado muito, que
sendo que curiosamente o campeonato as equipas do WRC vão querer regres-
do Quénia é uma das ‘series’ nacionais sar? E isso leva-nos de volta para a FIA.
mais ativas no continente. Mesmo que ultrapassássemos a ques-
Recuando um pouco no tempo, quan- tão das votações, a possível ida do WRC
do o Rali do Japão entrou no WRC, em ao Quénia poderia colocar uma ênfase
2004, havia grande entusiasmo no seio muito forte numa questão super im -
das equipas, o que era normal, pois não portante. É que a taxa de mortalidade
só o Japão é um país muito forte como nas estradas no país é cerca de 10 ve-
construtor de automóveis, como na al- zes maior que a da Grã-Bretanha nes-
tura ainda existiam as equipas oficiais te momento, e um a campanha da FIA
da Subaru e Mitsubishi, mas quando ajudaria muito.
todos se instalaram no Japão, é que a Podemos referir muita coisa, mas tudo
dura realidade começou a ‘b ater’, pois parece mais ou menos claro. Vale a pena
o desinteresse local pelo rali era por para o Promotor do WRC regressar ao
demais evidente. Quénia?
De repente, as equipas perceberam que Quem precisa mais do Safari no WRC,
o evento não lhes iria criar o ‘buzz’ que os adeptos em casa, o Promotor ou so-
esperavam, e esse éum problema com- mente a FIA?

+42

JAGUAR Filipe Pinto Mesquita grelhas laterais Satin Chrome com logo-
[email protected] tipo “R-Sport”, para além do spoiler na
» XE 20D R-SPORT tampa da bagageira. As p roteções das
Apergunta impõe-se: entre um embaladeiras metálicas com a m arca
LEGÍTIMA DIFERENÇA Mercedes-Benz Classe C (li - “R-Sport” e as jantes de liga leve de 18’’
nha de equipamento AMG), um e cinco raios também se demarcam. Mas
Em 2015, a Jaguar escolheu o XE para se tentar BMW Série 3 (linh a de equi- o que realmente impressiona é a enor-
imiscuir na guerra do segmento D premium, um feudo pamento M Performance) ou me grelha central dianteira do radiador
das três marcas alemãs, Audi, BMW e Mercedes. Três um Audi A4 (linha de equipa- Black com moldura Satin Chrome, que
anos depois, o modelo continua com dificuldades em mento Sport S Line), para qual é que olha lhe confere um ar verdadeiramente im-
primeiro? A resposta pode variar, mas ponente, ainda que mais aristocrático do
ombrear com o A4, Série 3 e Classe C em termos de se lhe juntarmos o Jaguar XE, vestido que desportivo, mas que fica bem acom-
vendas, mas a sua distinta imagem continua com a linha de equipamento “R-Sport”, panhada por faróis afilados que evocam
dificilmente o felino inglês não atrairá um certo ar de felino. Fora do alcance
a impressionar e, ainda mais, na versão “R-Sport”… mais atenções, a avaliar pelos olhares visual, assuspensõesSportacrescentam
indiscretos que pouco descanso dão à “desportividade” a esta versão, que atrai
LEIA MAIS ENSAIOS E ACOMPANHE beleza estética do mais pequeno da fa- atenções por onde quer que passe, mas
TODAS AS NOVIDADES EM AUTOSPORT.PT mília Jaguar. mais ao estilo “cordeiro em pele de lobo”
Face à versão Prestige, a “R-Sport” pri- do que “lobo em pele de cordeiro”, como
vilegia, como seria de esperar, o look mais há frente se verá…
desportivo e há vários apontamentos que “Requinte” e “e legância” são também
o tornam evidente. Desde logo, o kit de prioritárias no habitáculo. Na versão
carroçaria, que incluiu um novo desenho “R-Sport”, os bancos Sport Luxtec e
dos pára-choques dianteiros, extensões Technical Mesh, o volante multifunções
das embaladeiras na cor da carroçaria e em couro Softgrain e os acabamentos em

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FT/ F I C H A T É C N I C A

Etched Aluminium tornam a experiência 2.0 / 180 CV também é longa e pode ultrapassar fa- aliado para explorar este tipo de registo
interior agradável, com o toque refina- cilmente os 10.000 €! (tal como a caixa automática de 8 veloci-
do a provir da qualidade dos materiais, GASÓLEO Uma distribuição de peso próxima dos dades e patilhas no volante), mas fica já
mas sobretudo do pormenor de eleva- 50%/50% é o p rimeiro sinal de que o aquém dos valores e, de certo modo, da
ção automática do seletor de modos de 7,8 S XE se vai sentir à vontade na estrada. E, vivacidade dos propulsores que equipam
condução da caixa de 8 velocidades que de facto, não são precisos muitos quiló- os concorrentes germânicos.
emerge da consola central, logo que se 0-100 KM/H metros para se confirmar o seu exce- Em ritmos mais moderados (nos restan-
carrega no botão start/stop. O destaque lente comportamento dinâmico. Com o tes três modos, que não o “Dynamic”),
vai para o écrã tátil de 8’’, com o sistema 5,3 L / 8,0 L (AUTOSPORT) Jaguar Drive Select, que permite optar é sempre possível usufruir de conforto,
de infoentretenimento InControl que pelos perfis de condução “Normal”, “Eco”, com as reações da carroçaria a s erem
agrupa inúmeros submenus com ima- 100 KM “Dynamic” ou “Chuva/Gelo/Neve”, pa- suaves e a base rolante a mostrar-se
gem moderna, mas alguns comandos, recem existir diversas formas de ser XE, plenamente c ompetente, n ão tendo
como os dos vidros, mostram-se pouco 141 com o modo “Eco” a otimizar a condução qualquer problema em assumir o com-
ergonómicos. económica, o modo “Chuva/Gelo/Neve” promisso familiar.
Relativamente à habitabilidade, à frente G/KM- CO2 a mostrar-se ideal para superfícies com Sintetizando, é no estatuto do símbolo
nada aapontar, mas nos lugares traseiros, pouca aderência (reduzindo a potência) e que transporta que o XE tenta impor os
o espaçofica a perder para a concorrência 57 924€ o modo “Dynamic” a tornar o acelerador seus argumentos à concorrência alemã
(até pelo efeito descendente do tejadilho), mais reativo, a direção mais pesada, a que há muitos anos abraçou a hegemonia
o mesmo sucedendo com os 455 litros PREÇO BASE suspensão mais firme e as p assagens do segmento. E não se pode dizer que se
oferecidos pela bagageira, que merecia, de caixa mais rápidas nos regimes mais saia mal, uma vez que apesar de estar
de série, ter portão elétrico, mesmo se a EQUILÍBRIO ENTRE PRESTAÇÕES elevados. Este, claro está, é o modo ideal no início da linha hierárquica da Jaguar,
Jaguar afirma que não é preciso porque E CONFORTO / HABITABILIDADE / para explorar o máximo das potencia- o modelo britânico tem muitas virtudes
o XE realiza o “truque mágico” de abrir EQUIPAMENTO lidades do XE R-Sport, ágil em curva e (e também alguns defeitos). O “status”
a mala com a passagem do pé pela parte capaz de assumir a sua tendência natural ajuda, o design exterior e o habitáculo
exterior inferior da mala. PAINEL DE BORDO E MONITOR sobreviradora (fruto da sua transmissão moderno também, tal como a dinâmica,
CENTRAL POUCO INTUITIVO / ACESSO traseira), mas apenas nos regimes mais mas os consumos (com médias entre
ESTREITO À BAGAGEIRA elevados, uma vez que a primeira tendên- os 8-9 l/100 km reais, dependendo do
cia é ver a frente a perder motricidade, peso no acelerador, mas sempre muito
MOTOR 4 CIL., INJ. DIRETA, TURBO, no caso das ajudas eletrónicas estarem longe dos 5,3 l/100 km anunciados), o
1999 CM3 POTÊNCIA 180 CV / 4000 desligadas e o o bjetivo ser, declarada- equipamento standart e o preço (57.194
RPM BINÁRIO 430 NM / 1750-2500 mente, puxar ao limite as capacidades €) deixam algo a desejar e poderão ser
RPM TRANSMISSÃO TRASEIRA, CX. deste Jaguar. um entrave à mudança para as c ores
AUTOMÁTICA DE 8 VEL SUSPENSÃO O motor de 180 cv, turbodiesel, é um bom inglesas.
DUPLOS TRIÂNGULOS À FRENTE E EIXO
MULTIBRAÇOS ATRÁS TRAVÕES DV/D PESO
1640 KG MALA 455 LT DEPÓSITO 56 LT
VEL. MÁX. 228 KM/H

Com uma imagem a preservar, o nível de
equipamento apresentado pelo Jaguar é
notável em termos de conforto, seguran-
ça ou cinemática, mas a lista de opcionais

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KIA num visual mais maduro também no
interior, onde, a par da já conhecida boa
» CEED 1.0 T-GDI TX 5P qualidade de construção e solidez, com
um upgrade visível nos revestimentos,
ENTRADA NA IDADE ADULTA é possível apercebermo-nos do mesmo
esforço de exaltação do espaço, acom-
Tal como o Homem, também os automóveis têm um panhado de novidades como ecrã táctil a
momento em que entram na idade adulta. Foi o que cores do sistema de info-entretenimento,
aconteceu com o Kia Ceed, que, nesta segunda geração, a “flutuar” sobre o tablier, ou os botões
perdeu a inocência da adolescência, para se tornar um junto à manche da caixa de velocidades,
produto mais adulto e maduro mais agradáveis ao toque.
Num habitáculo onde não faltam aplica-
Francisco Cruz apurada através da aproximação visual ao ções em metal e plástico negro brilhante, a trazer mais largura para três ocupantes.
[email protected] novo “menino bonito” da marca, o Stinger, promover sensações de qualidade, bancos Os quais dispõem ainda de mais espaço
e anunciada através de um “novo” nome, em tecido, mas que também podem ser para as pernas.
Acabada de chegar a Portugal, já sem apóstrofe e com direito a maiús- em couro, os da frente com bom apoio Ganhos também na bagageira, com um
a nova geração Kia Ceed apre- cula - Ceed, sinónimo de “Community of lateral e todos os ajustes. Ao passo que o acréscimo de 15 litros, tendo passado dos
sentou-se com “pézinhos de Europe, with European Design”. do condutor, a garantir, graças também 380 para os 395 litros. Isto a juntar a um
lã”, uma evolução na conti- Com o mesmo comprimento (4,310 m) à regulação em altura e profundidade do plano de carga mais baixo e de mais fácil
nuidade, produto amadurecido do antecessor, mas também mais largo volante de ótima pega, uma posição de acesso, um al çapão por baixo do piso
pelo caminho já percorrido, mas (+20 mm), mais baixo (-23 mm) e com condução correta econfortável. Apropor- falso e a po ssibilidade de rebatimento
também reforçado pelos novos argumen- uma secção traseira mais comprida (+20 cionar ainda bom acesso a comandos (a das costas dos bancos traseiros 60/40,
tos que agora ganhou. E que se fazem mm), o novo Kia Ceed, que tem por base consola central surge ligeiramente virada
notar, desde logo, na estética exterior, a nova plataforma K2, repete a aposta para o condutor) e visibilidade - a traseira,
a pedir mais habituação.
Quanto aos restantes ocupantes, passam
a beneficiar de mais espaço, nomeada-
mente, nos lugares traseiros, onde o au-
mentodasquotasaoníveldosombros veio

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FT/ F I C H A T É C N I C A

1.0 / 120 CV

GASOLINA

11,1 S

0-100 KM/H

5,6 L / 8,0 L (AUTOSPORT)

100 KM

128

G/KM- CO2

19 590€

PREÇO BASE

CONFORTO / EQUIPAMENTO /
HABITABILIDADE

CONSUMOS / INSONORIZAÇÃO
DO MOTOR QUANDO A FRIO /
INEXISTÊNCIA DE SISTEMA DE MODOS
DE CONDUÇÃO

MOTOR 3 CIL. EM LINHA, INJ. DIRECTA,
TURBOCOMPRESSOR E INTERCOOLER,
998 CM3 POTÊNCIA 120 CV/ 6000
RPM BINÁRIO 172 NM / 1500-4000
TRANSMISSÃO DIANTEIRA, CX MANUAL
DE 6 VEL SUSPENSÃO INDEPENDENTE
DO TIPO MCPHERSON À FRENTE E EIXO
MULTIBRAÇOS ATRÁS TRAVÕES DV/D PESO
1297 KG MALA 395 LT DEPÓSITO 50 LT
VEL. MÁX. 190 KM/H

na horizontal e no seguimento do piso os Faróis Máximos Automáticos, sejam nado sistema de modos de condução e, a frio e, principalmente, as médias reais
da mala. presença assegurada, desde a versão de já agora, o saudoso pneu sobressalente... de 8 l/100 km.
Disponível entre nós com dois níveis de entrada, SX. O mesmo acontecendo com o Disponível em Portugal com dois motores Adulto mostra-se igualmente o c om-
equipamento, SXe TX, o “nosso” Kia Ceed Bluetooth, ligação USB, cruise control com a gasolina - 1.0 T-GDi de 120 cv e 1.4 T-GDi portamento, traduzido num ótimo com-
ostentava o pacote de equipamento mais limitador de velocidade, ecrã touchscreen de 140 cv - e dois Diesel - 1.6 CRDi de 115 e promisso entre conforto edesempenho
completo. Embora muitas das novas tec- e as luzes diurnas em LED. C om o novo 136 cv-, o Kia Ceed com que fizemos este dinâmico. Este último,oaspecto que mais
nologias de segurança e apoio à condu- Ceed a ser igualmente o primeiro carro primeiro ensaio envergava, precisamen- parece ter evoluído.
ção, como o Sistema Alerta de Condutor, do seu segmento com luzes DRL traseiras te, a motorização de entrada, 1.0 T-GDi de Revisto nas suspensões, o novo Ceed
Alerta de Colisão Frontal, Assistente de de série. O que faz com que, a faltar, fique, 120 cv, acoplada a caixa manual de seis conta ainda com uma direção 17% mais
Manutenção em Faixa de Rodagem, ou talvez, apenas o cada vez mais dissemi- velocidades. Conjunto que se destaca por directa, além de caixa manual de accio-
desempenho agradável e desenvolto, namento agradável, intuitivo e com bom
particularmente quando mantido acima tato. A juntar a travão de estacionamen-
das 2.000 rpm, e que permite acelerações to por botão, apenas mais um entre os
dos 0 aos 100 km/h a rondar os 11 segun- muitos argumentos que fazem deste
dos, além de uma velocidade máxima novo Kia Ceed uma proposta versátil,
anunciada de 190 km/h. Valores mais competente, convincente... e com 7 anos
convincentes que a insonorizarão quando de garantia.

+

MERCEDES-BENZ tradores e pelo ecrã do sistema de infoentretenimento,
é a primeira expressão.
» CLASSE A 180 D Complemento desta afirmação tecnológica, o novo
sistema de infoentretenimento MBUX - M ercedes-
ESTRELA BRILHANTE Benz User Experience, que o Cl asse A estreia e do
qual faz parte não só um ecrã digital de 7”, a partir de
Consolidado o sucesso dos seus compactos, dos quais o Classe A é a estrela agora já tátil, e com elevada definição, mas também o
maior, a Mercedes-Benz tem já em comercialização a nova geração do seu popular novo assistente inteligente. O qual, materializado numa
hatchback. O qual, graças às inovações que encerra, bem mais do que o novo sensual voz feminina, responde, de forma natural, a
design desvenda, volta a brilhar a grande altura... (quase) todos nossos pedidos e perguntas: como é
vai estar o tempo hoje, onde fica o restaurante mais
Francisco Cruz Melhor preparado para receber um quinto passageiro, perto, baixar o volume ou pedir uma estação de rá-
[email protected] ainda que mantendo apreferência por quatro ocupantes, dio, modificar a cor da iluminação interior, fazer uma
o novo Classe A junta a esta mais-valia uma bagageira chamada telefónica ou até mesmo fechar a cortina do
Averdade é que, embora as linhas exteriores com mais 29 litros na capacidade de carga - oferece teto de abrir. Esta última, contudo, não sem algumas
não o mostrem totalmente, o Mercedes-Benz agora 370 litros, com a po ssibilidade de chegar aos dificuldades de entendimento da parte da nova assis-
Classe A mudou, nesta nova geração que 1.200 litros, após rebatimento 40/20/40 das costas tente, que a marca decidiu baptizar de “Mercedes”. E
agora inicia comercialização, mais do que a dos bancos traseiros. que apenas exige que comecemos qualquer pedido
estética indicia. Juntando a um aspeto exte- Ainda assim, mais surpreendente é o novo habitáculo, com a frase “Olá, Mercedes”.
rior claramente inspirado no também novo concebido para, claramente, criar uma nova expe- Resumindo: uma experiência verdadeiramente di-
CLS, um interior que, esse sim, foi claramente varrido riência visual e s ensorial a bo rdo deste novo Classe ferente de tudo o que já experimentámos, ainda que,
pelos ventos da modernidade, evolução, exuberância! A. Construída, desde logo, a partir de uma posição de nesta fase, a pedir desenvolvimento.
As novidades começam, de resto e desde logo, na ha- condução correta e convincente, graças a u m banco Igualmente merecedor de elogios é a aproximação ao
bitablidade, melhorada em todos os lugares, e princi- desportivo e volante totalmente reguláveis, e acentuada mais estatutário Classe S, em po rmenores como os
palmente no que à largura diz respeito, graças também por uma faceta tecnológica, da qual o novo painel digital, comandos do volante, o desenho e retro-iluminação
à nova plataforma. a ocupar dois terços do tablier, e constituído pelos mos- das saídas de ar, e até mesmo no rigor da qualidade
de construção, dos acabamentos e dos materiais.
Sendo de lamentar apenas que, por exemplo, o novo
touchpad não consiga acompanhar este deslumbra-
mento, mostrando-se bem menos funcional e intuitivo
que o anterior botão rotativo.
De resto e sobre o equipamento, importa salientar a

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manutenção do princípio da personalização, com a marca tribui para acelerações dos 0 aos 100 km/h em 10,5s, assim FT/ F I C H A T É C N I C A
a convidar cada cliente a construir o seu próprio Classe como uma velocidade máxima de 202 km/h. Prestações
A, ainda que garantindo à p artida um p acote mínimo de que, neste pequeno Mercedes, acabam por resultar num 1.5 / 116 CV
equipamento (do qual, refira-se, faz parte o painel digital e desempenho alegre e ágil, em particular, com os modos
o MBUX), ao mesmo tempo que limita, igualmente e nesta Sport ou Individual selecionados no Dynamic Select, fruto GASÓLEO
fase inicial, a oferta em termos de motorizações: apenas também de uma suspensão mais evoluída, e que percebe
dois blocos a gasolina - 200 e 250 - e um a di esel - 180 d. bem a importância de conjugação do bom conforto, com 10,5 S
Tendo sido, precisamente, este, que tivemos oportunidade a melhor eficácia.
de ensaiar. Quatro cilindros 1.5 Turbo de origem Renault, Assim e embora confrontado com um motor incapaz de 0-100 KM/H
com 116 cv e 260 Nm de binário, este 180 d prima por um colocar em xeque um conjunto com aptidões para mais, fica
funcionamento despachado, graças também ao contributo a certeza de um novo Classe A com argumentos para recu- 4,5 L / 5,9 L (AUTOSPORT)
de uma competente caixa automática 7G-DCT, a qual con- perar a coroa do segmento, e a brilhar de forma intensa!
100 KM

118

G/KM- CO2

32 450€

PREÇO BASE

COMPORTAMENTO / CONSUMOS /
TECNOLOGIA

APENAS ENTRADAS USB DE
ÚLTIMA GERAÇÃO / TOUCHPAD
POUCO FUNCIONAL E INTUITIVO /
VISIBILIDADE TRASEIRA

MOTOR 4 CIL., INJ. DIRECTA,
TURBOCOMPRESSOR DE GEOMETRIA
VARIÁVEL E INTERCOOLER, 1461 CM3
POTÊNCIA 116 CV / 4000 RPM BINÁRIO
260 NM / 1750-2500 RPM TRANSMISSÃO
DIANTEIRA, CX. AUTOMÁTICA 7 VEL.
SUSPENSÃO MCPHERSON À FRENTE R EIXO
DE TORÇÃO ATRÁS TRAVÕES DV/D PESO
1375 KG MALA 370 LT DEPÓSITO 43 LT
VEL. MÁX. 202 KM/H

E/ Dando cumprimento ao estabelecido no n° mais importantes provas de desporto au- leitores uma in formação atual, rigorosa abordagem e de análise dos f actos noti-
1 do artigo 17° da Lei 2/99, de 13 deJaneiro, tomóvel disputadas em território nacional e de qualidade, opinando sobr e tudo o ciosos, com total abertura à interatividade
ESTATUTO Lei da Impr ensa, publica-se o E statuto e no estr angeiro, relata acontecimentos que se passa na área do automóvel e dos com a sua comunidade de leit ores. 4. O
EDITORIAL Editorial da publicação periódicaAutoSport: ligados à competição automóvel, bem como automobilistas, numa perspetiva plural, re- AutoSport pratica um jornalismo pautado
1. O AutoSport é um semanário dedicado temas que versam o automóvel como bem cusando o sensacionalismo e respeitando pela isenção, sem compr ometimentos
ao automóvel e aos automobilistas, nas de consumo, tanto na área industrial como a esfera da priv acidade dos cidadãos. 3. ou enfeudamentos, tendo apenas como
suas mais distintas vertentes: desporto e comercial. O AutoSport pauta as suas opções edito- pressuposto editorial facultar a melhor
competição, comércio, indústria, segurança 2. O AutoSport está comprometido com riais por critérios de atualidade, interesse informação e a melhor formação aos seus
e problemática rodoviária. O AutoSport o exercício de um jornalismo f ormativo e informativo e qualidade, procurando apre- leitores, seguindo sempre as mais elemen-
edita, semanalmente, conteúdos sobre as informativo e pr ocura oferecer aos seus sentar aos seus leitores a mais completa tares normas deontológicas.

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