#2152 O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES 41
ANO 41
anos
27/03/2019
Semanal >> autosport.pt
2,35€ (CONT.)
DIRETOR PEDRO CORRÊA MENDES
LIDERAFÉLIXDACOSTA
FÓRMULA E
AZORES RALLYE
VITÓRIA SURPRESA
PARA LUKASZ HABAJ
PÁG. 4
BAJATTDOPINHALNUNO MATOS
VENCE NA ESTREIA DO FIAT
FOÓSRMEURLRAO1 S
DA MERCEDES E FERRARI
3
I/ I N S TA N TÂ N E O SIGA-NOS EM EDIÇÃO
#2152
27/03/2019
f l> > a u t o s p o r t . p t
facebook.com/autosportpt twitter.com/AutoSportPT
ESPETÁCULO É cíclico, mas com este tipo de beleza, não há como lhe fugir. O encanto cénico da passagem do Azores Rallye José Luís Abreu
pelo troço das Sete Cidades, nomeadamente o ‘vulcão’, é absolutamente fantástico
DIRETOR-EXECUTIVO
S/ SEMÁFORO EM DIRETO
[email protected]
PARADO A ARRANCAR A FUNDO “Temos que aumentar a
tecnologia e o desempenho para Q uando este jornal lhe che-
Falta de coerência Bom começo do Alexey Lukyanuk a corrida. O nosso sentimento gar às mãos já a Liberty
na atribuição de Campeonato de mudou de carro, mas sincero é que não atingimos o Media e a FIA terão apre-
penalizações na Portugal de Todo- não mudou de estilo. nível da Ferrari e da Mercedes”, sentado as suas ideias
Fórmula E, redundou o-Terreno, com um Continua espetacular para o futuro próximo da
em ‘guerra’ entre parque automóvel e não merecia o que Masashi Yamamotom diretor da Honda Fórmula 1, com medidas
pilotos no Twitter de fazer inveja na lhe sucedeu no final do que irão visar um teto orçamental,
“Um ponto pode fazer a diferença distribuição de dinheiro e novas
Europa… Azores Rallye no final. Estou disposto a regras. O atual estado de coisas é
arriscar...”, Valtteri Bottas pretende insustentável, a discrepância que
O SEMANÁRIO DOS CAMPEÕES NA ERA DIGITAL existe entre os orçamentos das três
repetir o que fez no GP da austrália, vencer principais equipas e as restantes é
e fazer a volta mais rápida uma loucura, e não pode continuar
assim por muito mais tempo.
“Penso que se o Valtteri (Bottas) Percebe-se a mudança para a era
conseguir manter a mentalidade híbrida, fazia todo o sentido a re-
positiva, pode chegar a Campeão levância da tecnologia para o que
do Mundo, até porque o Lewis se percecionava ser a evolução da
tem os seus momentos de indústria automóvel. A Mercedes
fraqueza…”, Nico Rosberg, a falar não teve culpa de ter trabalhado
melhor que os outros, e por isso
sobre o que sabe muito bem… tem vencido, mas se a F1 se quer
salvar como desporto, quem manda
“Ele venceu tudo [onde competiu], na disciplina tem que preservar o
por isso a nossa expectativa é espetáculo, e anos a fio com apenas
que ele é bom”, Otmar Szafnauer, três equipas e seis pilotos entre 20
a poderem vencer corridas é muito
sobre Lance Stroll mau. Hoje em dia, até um gigan-
te como a Renault demora anos
Siga-nos nas redes sociais e saiba e anos para atingir o topo, porque
tudo sobre o desporto motorizado no não quer gastar o mesmo que os
computador, tablet ou smartphone via seus adversários. As equipas pri-
facebook (facebook.com/autosportpt), vadas estão lá para fazer número
twitter (AutosportPT) ou em e formar pilotos. Será assim tão
>> autosport.pt complicado estabelecer limites?
Tem que ser feito muito rapida-
mente um equilíbrio maior entre
orçamentos, a relevância para a
indústria é importante, mas não
tem que estar no topo. O que deve
ser mais importante é a competição
e a manutenção da enorme massa
de adeptos felizes. Neste momento
há equipas importantes a ameaçar
possíveis saídas, e é bem possível
que se nada mudar muito e depres-
sa, haja quem daqui a algum tempo
fique a falar sozinho.
4 ERC/
CAMPEONATO EUROPEU DE RALIS
AFINAL HAVIA OUTRO
Lukasz Habaj, para muitos um ilustre desconhecido, foi aos Açores averbar a sua primeira vitória no ERC.
Lukyanuk marcou o ritmo mas acabou por abandonar. Ricardo Moura e Chris Ingram completaram o pódio
João F. Faria em São Miguel, mas um furo no penúltimo ao ser o mais rápido nos Graminhais e O lugar mais baixo do pódio ficou na
[email protected] troço cronometrado levou-o a perder conseguiu ultrapassar Ricardo Moura posse de Chris Ingram, o melhor entre
quase minuto e meio e cair para o terceiro no segundo posto. Acabou por herdar os pilotos juniores. O britânico come-
FOTOGRAFIA: ZOOM MOTORSPORT/ANTÓNIO SILVA; lugar, a 40 segundos do futuro vencedor o comando quando Lukyanuk furou e teu alguns pequenos erros, furou e
e 22 de Ricardo Moura. Na tentativa de re- obteve um triunfo inesperado mas que era apenas quinto no final da primeira
DIREITA 3/TIAGO COSTA E PHOTO GREGORY LENORMAND/DPPI duzir essa diferença ou mesmo recuperar lhe assenta bastante bem pelo seu de- etapa. Já no último dia, mesmo tendo
alguma posição, Lukyanuk não conseguiu sempenho em São Miguel. passado por um pião e com enormes
OAzores Rali abriu mais uma evitar mais uma violenta saída de estrada Ricardo Moura foi segundo neste seu dificuldades por um buraco deixar en-
temporada do ERC e foi um que destruiu a sua viatura e o colocou regresso à competição. O açoriano foi trar água e lama para dentro do carro,
rali marcado por uma grande fora de prova. durante muito tempo aquele que mais pró- apostou forte e ganhou dois lugares.
competitividade, com muitos O caminho ficou livre para o triunfo de ximo conseguiu rodar do líder mas apenas Logo atrás classificou-se Bruno Ma-
pilotos a trocarem de posição Lukasz Habaj, um piloto que teve um fim venceu, e já no último dia de competição, galhães. A quarta posição final pode
nos lugares cimeiros da clas- de semana de grande qualidade em Ponta uma classificativa. Nessa fase, contudo, parecer modesta para um piloto que
sificação. O primeiro posto, contudo, foi Delgada. O polaco arrancou de certa forma perdeu muito tempo queixando-se do costumava marcar o ritmo nos Aço-
monopolizado por Alexey Lukyanuk até cauteloso e oscilou durante algum tempo piso deixado bastante escorregadio pela res, mas assume grande relevo numa
duas classificativas do final. Tal como es- entre os quinto e sexto postos. Na primeira bátega que se abateu sobre a ilha, depois fase em que o piloto ainda se adapta ao
perado, o russo adaptou-se rapidamente passagem por Sete Cidades, o piloto do dalguns dias em que o sol resplendeceu. Hyundai i20 R5, um modelo que apre-
ao Citroën C3 R5 da Sainteloc e venceu Skoda Fabia R5 até deu um toque mas Ultrapassado por Habaj, Moura apostou senta algumas limitações em pisos de
nove das 15 classificativas do programa, conseguiu ascender à terceira posição em tentar manter o Skoda Fabia R5 na terra como aquele encontrado em São
mostrando um andamento inalcançável em que concluiu o segundo dia de prova. estrada e obter aquele que é um excelente Miguel. A evolução ficou patente na
à restante caravana. No arranque da última tirada surpreendeu resultado. última etapa quando o piloto de Lisboa
Tudo parecia encaminhado para que obti-
vesse o seu segundo triunfo consecutivo
>> autosport.pt
5
COMENTÁRIO
DO VENCEDOR
LUKASZ HABAJ
foi já capaz de assinar alguns tempos problemas e no final a sua motivação Loubet concluiu o primeiro dia de compe- Lukasz Habaj era a imagem da
muito bons e conseguiu subir nada estava mesmo em baixo, privilegiando tição na segunda posição mas na entrada felicidade à chegada às Portas da
menos que quatro posições. a conquista de pontos que podem vir a para o dia seguinte caiu para quarto, com Cidade de Ponta Delgada.
O ‘top five’ ficou completo com Ricardo ser importantes. alguns erros antes de ter que desistir já na O polaco, depois de ter dito nas
Teodósio. O algarvio deu um toque no Sem qualquer rasgo de brilhantismo, Ale- segunda etapa com problemas de bomba redes sociais: “isto um dia tinha
primeiro dia e sentiu grandes dificulda- xandros Tsouloftas foi sétimo na frente de água no seu Skoda. Luís Rego andou mesmo de acontecer”, dizia-se
des no segundo. Já nas últimas rondas de Bernardo Sousa. O madeirense esteve na luta pelas melhores posições entre “muito contente com esta vitória.
obteve nada menos que três vitórias longe da velocidade exibida noutras parti- os pilotos nacionais e não arrancou para Nunca imaginei que pudesse
em provas especiais e conseguiu as- cipações que o levaram ao triunfo em 2014, o último dia de competição por razões vencer este rali apesar de, como
cender alguns lugares. O sexto posto pois também teve vários problemas com de saúde. Muito era esperado da estreia qualquer desportista, lutar
final alcançado por Marijan Griebel não o Citroën C3 R5, capotou, teve vários furos do VW Polo GTi R5 do húngaro Norbert sempre pelo melhor resultado pos-
evidencia o potencial demonstrado e sofreu duas penalizações. Já a muito Herczig, mas não só rodou sempre em sível. Cheguei aqui pela terceira
pelo alemão neste seu regresso ao tempo dos pilotos à sua frente, o checo lugares secundários como seria forçado vez acreditando numa boa clas-
campeonato com um Skoda. Arran- Vojtech Stajf e o brasileiro Paulo Nobre a abandonar devido à falha da direção sificação pois sabia dispor dum
cou da melhor forma, terceiro, mas completaram o lote dos 10 primeiros clas- assistida do carro da BRR. O ERC volta bom carro e tinha já a vantagem
logo na PE 2 teve um furo e caiu vários sificados. Pelo caminho ficaram alguns à estrada no primeiro fim de semana de de conhecer alguns dos troços
lugares. A partir daí foi acumulando pilotos que deram nas vistas. Pierre-Louis maio com o Rally Islas Canarias. cronometrados.
Trabalhámos muito com a SRT
durante o inverno na afinação e
regulação do Skoda bem como na
escolha dos pneus e, apesar de ter
abordado o segundo dia de com-
petição com alguma apreensão,
a verdade é que fomos bastante
rápidos.
Este triunfo só foi possível com o
furo e acidente do Alexey, e tenho
pena por ele, mas também trabal-
hámos para estar no sítio certo na
altura certa. Estou extremamente
contente, mas ainda mais feliz
porque conseguimos mostrar uma
muito boa velocidade ao longo de
toda a semana”.
Habaj tornou-se no primeiro
piloto polaco a vencer a prova
organizada pelo Grupo Desportivo
e Comercial.
6 CPR/ VISITE NOSSO SITE PARA Ricardo Moura venceu com facilidade
CAMPEONATO DE PORTUGAL DE RALIS VER MAIS FOTOS DA a ‘sua’ prova, mas atrás de si a luta
PROVA AUTOSPORT.PT foi bem interessante entre Bruno
Magalhães e Ricardo Teodósio
TRIUNFOAZORESRALLYE
ESPERADO
Ricardo Moura e António Costa venceram o CPR no Azores Ral-
lye, um triunfo perfeitamente incontestado, com os segundos
classificados a ficarem a bem mais do que um minuto. Posição
ocupada por Bruno e Hugo Magalhães, na frente dos vence-
dores de Fafe, Ricardo Teodósio e José Teixeira, que são os
novos líderes do campeonato
José Luís Abreu e João F. Faria Contudo, e apesar do segundo lugar luta pelo pódio, que acabou, já perto Ricardo Teodósio travaram pela melhor
[email protected] atrás de Moura valer mais três pon- do final da prova, por se transformar posição atrás de Moura.
tos que a posição seguinte (20/17), o também na luta pelo triunfo na geral. Magalhães conhecia bem a prova, mas
FOTOGRAFIA: ZOOM MOTORSPORT/ANTÓNIO SILVA; facto de Teodósio ter ganhado quatro Já não foi a tempo, mas venceu confor- não o carro. Teodósio estava híper
especiais em termos de CPR, valeu-lhe tavelmente a prova do CPR e também motivado pelo triunfo em Fafe.
DIREITA 3/TIAGO COSTA E PHOTO GREGORY LENORMAND/DPPI 1.3 pontos, pelo que na prática, Bruno no Campeonato dos Açores. E lidera o O piloto do Hyundai começou melhor,
Magalhães ganhou-lhe 1.7 pontos. CPR. Pena que fique por aqui... Teodósio reagiu, mas o toque num
A pesar de ausências bem Contas à parte, Ricardo Moura e Antó- lancil numa zona de asfalto não lhe
importantes, devido à nio Costa, a ‘jogar’ em casa, não tinham GRANDE LUTA permitiu fazer melhor.
estratégia de escolha de como objetivo primordial vencer o MAGALHÃES/TEODÓSIO No dia seguinte, devido à sua posição
provas para o CPR – pilo- CPR, seria sempre por inerência do Boa parte do interesse desta prova na estrada, Teodósio atrasou-se mais
tos escolhem oito de nove, trabalho que fariam na tentativa de esteve na luta que Bruno Magalhães e um pouco, mas depois também Maga-
e pontuam com as sete vencer a geral, ou pelo menos obter
melhores – o Azores Rallye valeu es- a melhor posição possível e foi isso
sencialmente pela excelente luta que que fizeram.
Bruno Magalhães e Ricardo Teodósio Ao cabo de três troços a margem de
travaram pela melhor posição atrás Moura para Magalhães já era de 14.5s,
do líder incontestado, Ricardo Moura. no final da manhã do dia seguinte já
Sabendo-se que o açoriano, como já era mais de um minuto para Teodósio.
revelou publicamente, não vai rea- Neste contexto, o filme do vencedor
lizar mais provas do CPR este ano, do CPR, em condições normais, claro,
a posição logo atrás revestia-se da estava encontrado.
maior importância, pois seria aquela E assim foi até ao fim, apesar de algu-
em que os respetivos pontos serão mas dificuldades do açoriano na sua
mais importantes no campeonato.
>> autosport.pt
7
posição de Bruno Magalhães sai ainda
mais valorizada. Deu nos Açores um
sinal perfeito de que terão de contar
com ele no campeonato. Para já subiu
de quinto para terceiro...
lhães perdeu tempo com um problema troços mudaram diametralmente, de nevoeiro e chuva, ambos terminaram MUITO DISTANTES
duma pedra entalada numa roda. No secos e duros, para muito molhados, nas duas primeiras posições da geral,
final da manhã, Teodósio era segundo, enlameados, com o nevoeiro também no último troço, sinal que deram tudo, Daqui para a frente, foi mais uma ques-
6.8s na frente de Magalhães. a fazer grande diferença. Muita chuva com o segundo lugar a ficar para o tão de sobrevivência do que outra coisa
O piloto do Hyundai tinha guardado e vento assolou a ilha e a partir daqui piloto do Team Hyundai Portugal, um qualquer. Para que se percebam bem
pneus melhores para a tarde e isso tudo se tornou numa lotaria. resultado muito importante, para quem as diferenças, Teodósio ficou a 1m37.7s
deu frutos logo no arranque, passando As margens entre ambos passaram a ainda conhece menos bem o carro que de Moura, no terceiro posto, Miguel
o piloto do Skoda no início da tarde. O variar bem mais, mas uma forte reação agora guia. Correia e Pedro Alves, que foram quar-
jogo do gato e do rato continuou, com de Teodósio colocou a diferença em Quem sabe o que vale o Hyundai i20 R5 tos... a 13m50.5s. E com muito mérito.
Magalhães a chegar ao fim do dia com 5.1s a dois troços do fim. face ao Skoda Fabia R5 na terra, sabe Numa prova muito difícil, especial-
17.8s de avanço para Teodósio. Foi o tudo por tudo do algarvio, que bem o que os pilotos têm de fazer para mente no último dia, o jovem piloto do
No último dia de rali as condições dos quis mesmo vencer. Mesmo com muito ultrapassar esse facto e por isso esta Ford Fiesta R5, que, relembre-se, só em
Fafe começou a correr de R5, teve uma
prestação quase totalmente isenta de
erros e o quarto lugar é a sua melhor
classificação de sempre no CPR.
António Dias teve, como toda a gente
em prova, vários contratempos, espe-
cialmente um furo, mas levou a água
ao seu moinho e obteve o seu melhor
resultado até aqui no CPR, o quinto
posto. Para as contas do CPR termi-
naram ainda Gil Antunes, Hugo Lopes
e Paulo Neto, mas deles falaremos em
caixa à parte.
No CPR e como já referimos, Ricardo
Moura é o novo líder, por troca com
Ricardo Teodósio, com menos dois
pontos. Bruno Magalhães subiu a ter-
ceiro, na frente de Miguel Barbosa, que
nesta prova desistiu logo no primeiro
troço devido a um toque que danificou
o radiador do seu Skoda.
Outros dos azarados neste rali, no CPR,
foram Pedro e Nuno Almeida, que saí-
ram de estrada quando eram quartos
classificados.
A próxima prova é o Rali de Mortágua,
que se realiza nos dias 3 e 4 de maio.
CPR/CAMPEONATO DE PORTUGAL DE RALIS
8 BREVES
RICARDO MOURA
(1º CPR)
>> LUKYANUK
NÃO MERECIA NOUTRA DIMENSÃO
Já não é a primeira vez que passa por Ricardo Moura venceu pela sétima vez o Alexey (Lukyanuk) esteve em prova, ele estava, natural vencedor do rali, por isso o segundo
isso, mas Alexey Lukyanuk não merecia Rali dos Açores entre os concorrentes do de longe, noutro patamar. E para defender o lugar acaba por ser ótimo. A realidade é que a
perder este rali. Houve outras alturas, em Campeonato de Portugal de Ralis, depois segundo lugar, no último dia, de manhã, não luta pela vitória nunca esteve em aberto, até
que perdeu quando tinha os ralis na mão, duma prova em que esteve noutra ‘dimensão’ tivemos um carro com um set up adequado ao problema do Alexey portanto o segundo
devido a ser demasiado impetuoso, mas face aos restantes concorrentes ‘nacionais’. para podermos atacar, alterámos as coisas no lugar acaba por ser o único que nós, em
Lukyanuk hoje em dia já é capaz de gerir Ainda assim, acusou falta de ritmo para parque de assistência, ainda tentámos, mas circunstâncias normais, poderíamos ter
e era o que estava a fazer. Mas a sorte, as lutas mais à frente, mas só perdeu o não foi o suficiente. O Alexey seria sempre o alcançado”.
mais uma vez, não quis nada consigo, segundo lugar no início do último dia de prova,
e depois de furar nos Graminhais, no quando as condições dos troços pioraram
penúltimo troço, caindo para terceiro, muito e a afinação escolhida para o Skoda
desistiu na última especial, depois de se Fabia R5 não foi a melhor. Ao lado de António
rebentar um tubo dos travões, levando-o Costa, lutou muito e para além de vencer
a um grande acidente, de que felizmente facilmente no CPR, não ficou longe da vitória
a equipa saiu sem ferimentos. Não na geral: “Cumprimos o objetivo, estamos
merecia perder, muito menos assim... muito satisfeitos pelo segundo lugar. Desde
2015, exceção feita a uma desistência,
em que estávamos na luta pela vitória, em
2017, terminámos sempre no pódio, o que é
excelente. Estamos muito felizes. A luta pela
vitória nunca esteve em aberto enquanto o
>> MIGUEL BARBOSA BRUNO MAGALHÃES “PONTOS MUITO IMPORTANTES”
AZARADO
Bruno Magalhães e Hugo Magalhães duras. Travaram uma excelente luta com manter o Ricardo atrás de nós, mas saímos
Depois da boa prestação em Fafe, terminaram o Azores Rallye na segunda Ricardo Teodósio pela melhor posição atrás satisfeitos com o segundo lugar do CPR, já
Miguel Barbosa chegava aos Açores posição do CPR, e no quarto lugar da de Ricardo Moura e levaram de vencida essa que são pontos muitos importantes para
com aspirações a uma boa pontuação, geral, numa prova em crescendo, sempre batalha: “Este ano tivemos algumas das as nossas contas. De resto, condições
mas um toque logo na primeira especial a melhorar, especialmente quando as condições mais adversas que já encontrei muito adversas, muita água, muita lama,
deitou tudo a perder: “O radiador condições da estrada se tornaram mais nos Açores. Arriscámos bastante para não tinha qualquer experiência com o carro
quebrou e infelizmente ficámos de nestas condições, fiz afinações por intuição,
imediato ali”, disse Barbosa, que fica já e a verdade é que conseguimos ganhar
com um resultado a zero, e por isso, com confiança, arriscar e as coisas correram bem.
menos margem no campeonato. Este rali já foi bem melhor do que o primeiro
que fizemos, em Fafe, e agora temos que
continuar a trabalhar e a levar as coisas para
a frente.
Estivemos sempre a evoluir o carro em todos
os parques de assistência e acho que demos
um passo em frente em termos de set up e
de performance. Foram mais 220 quilómetros
cronometrados com o Hyundai i20 R5, que
mais uma vez mostrou uma fiabilidade
notável e que nos dá todas as garantias para
as próximas provas”.
RICARDO TEODÓSIO
“BOA OPERAÇÃO PARA O CAMPEONATO”
Depois do triunfo em Fafe, Ricardo Teodósio difícil para nós, onde tivemos de ultrapassar
e José Teixeira realizaram nova boa operação várias adversidades. Um toque logo no primeiro
nos Açores, e estão, na prática, no comando do troço deixou uma roda ‘aberta’. Na 6ª feira
campeonato, já que apesar de Ricardo Moura usámos pneus intermédios e o carro ficou com
liderar, já não faz mais provas daqui para a um comportamento estranho. Perdi confiança.
frente: “Tentámos ir buscar o Bruno, mas não No sábado fizemos um pião nos Graminhais e
deu para fazer melhor. O Bruno ganha-nos perdemos o contacto com o Bruno. Ainda assim,
três pontos, mas como conseguimos ganhar o terceiro lugar no CPR é uma boa operação para
quatro troços, só nos ganha 1.7 pontos. É bom o campeonato, além de termos demonstrado um
perder só esse bocadinho”, começou por dizer andamento forte sempre que o carro estava ao
Teodósio, que foi quinto na geral: “Foi um rali nosso gosto”, disse.
GIL ANTUNES VENCE 2WD NOS AÇORES >> autosport.pt
Depois do abandono em Fafe, Gil Antunes experiência dos homens do Renault dia já estavam a 29.1s do líder. Ainda 9
e Diogo Correia regressaram aos bons colocou-nos novamente na frente, na não era irrecuperável, mas sem detetar
resultados ao vencerem as duas rodas segunda passagem pelas Sete Cidades, o problema o atraso foi-se acumulando Tronqueira o autoblocante cedeu, e a
motrizes no Azores Rallye, depois duma sendo que foi a partir daí que o piloto do até que na primeira passagem pela partir daí, com um atraso de mais de dois
bela luta com Hugo Lopes: “Não entrámos Peugeot 208 R2 foi cedendo tempo. minutos, só lhes restava levar o carro até
bem, mas fomos melhorando ao longo da Com as condições dos troços no dia ao fim.
prova e conseguimos o nosso objetivo”, decisivo, Hugo Lopes e Nuno Ribeiro
disse no final o piloto do Renault, decidiram não arriscar, preferindo
que apesar de alguns contratempos assegurar o segundo lugar: “Foi positivo,
ultrapassou a pressão inicial de Hugo queríamos vencer, mas não conseguimos.
Lopes e depois geriu para chegar ao fim O último dia foi difícil, o Gil esteve bem
na frente. nessas condições e nós preferimos não
Hugo Lopes e Nuno Ribeiro foram os arriscar. Os riscos que teríamos de correr
primeiros líderes, chegaram a ter 25.5s eram grandes, pois para nós foi a primeira
de avanço, mas depois uma ligeira saída vez nos Açores”, disse.
de estrada, na primeira passagem pelas Paulo Neto e Vítor Oliveira tiveram um rali
Sete Cidades, fê-los descer ao segundo muito complicado, sempre a lutar com um
lugar. A partir daí deram muita luta, ainda problema no carro que inicialmente não
regressaram ao comando, com 1.7s de detetaram. Foram perdendo tempo para
avanço para Gil Antunes, mas a maior os dois da frente, e no final do primeiro
EFREN LLARENA VENCEU ERC3 Efren Llarena concluiu este Azores Rali À beira do pódio completado pelo sueco
destacado na frente do ERC3, campeonato Elias Lundberg, num dos Opel Adam R2, ficou
destinado aos pilotos com carros de duas Pedro Antunes. O piloto do FPAK Team ERC
rodas motrizes. O piloto com o Peugeot 208 foi o primeiro guia do escalão mas teve uma
R2 construído por si e pela navegadora Sara saída de estrada no arranque do segundo dia
Fernandez atingiu a meta com quase um minuto de competição que o fez cair vários lugares.
de vantagem para os seus perseguidores, Ainda veio a recuperar posições e alguma da
mas até nem começou o rali da melhor forma. desvantagem acumulada para o líder mas
Llarena era terceiro no final do primeiro dia a passagem pela Tronqueira seria fatal às
mas com a entrada na jornada seguinte passou suas aspirações pois uma das suspensões do
para o comando para não mais o deixar. Com Peugeot 208 R2 danificou-se e nem mesmo
um pequeno avanço para Pedro Antunes à sendo o mais rápido nas últimas classificativas
entrada da última etapa, o jovem espanhol não conseguiu melhor que o quarto posto. O checo
evitou alguns percalços mas aproveitou da Erik Cais fechou o lote dos cinco primeiros
melhor forma os problemas do português para classificados depois duma prova em que
cimentar a sua liderança e aumentar mesmo assinou por norma tempos secundários. O
significativamente a sua vantagem sobre o norueguês Steve Rokland realizou alguns bons
norueguês Sindre Furuseth que, numa viatura “cronos” mas viu a sua prova comprometida com
idêntica, foi segundo. a quebra duma transmissão na PE 5.
RICARDO MOURA VENCEU CRA
Segundo classificado absoluto, contribuiu também a desistência de
Ricardo Moura foi também o vencedor Luis Miguel Rego que, com o Skoda
da prova a contar para o Campeonato Fabia R5, era o piloto que menos
dos Açores de Ralis, competição que longe rodava do primeiro classificado
teve início com este evento. O piloto até ter que abandonar, ao não partir
do Skoda Fabia R5 da Além Mar esteve para a última etapa devido a razões
sempre muito à frente dos outros de saúde. O lugar mais baixo do pódio
participantes neste campeonato e o ficou então na pertença de Henrique
seu triunfo nunca teve contestação. Silva, a quase 39 minutos do primeiro
A mais de seis minutos e meio do classificado com um Mitsubishi
vencedor ficou Bernardo Sousa, Lancer Evo VI. Pilotos bem mais
segundo com o Citroën C3 R5, que, velozes, Ruben Rodrigues desistiu
contudo, acabou por conseguir aqui com problemas no seu Peugeot 208
um bom resultado se for levado em R2 enquanto Rafael Botelho terminou
conta que Moura poderá não estar à bastante atrasado também devido a
partida de mais provas este ano. dificuldades com o seu Citroën DS3
Para o resultado do piloto da Play R3T.
CPR/
CAMPEONATO DE PORTUGAL DE RALIS
10 A Z O R E S R A L LY E 2 D E 9
FIM DE UM CICLO?
No ar em Ponta Delgada pairava a sensação obstáculos se juntar a possibilidade de, por bastidores é frequente ouvir o desejo do QUEM É
de que esta poderia ser a última edição do razões de saúde e legais, não poder contar Eurosport em reduzir o número de provas LUKASZ HABAJ?
Azores Rali a contar para o Campeonato da com o trabalho do presidente da comissão insulares, indo ao encontro da vontade dos
Europa de Ralis. A prova organizada pelo Grupo organizadora da última década, muitos são concorrentes que, por sua vez, lamentam as Desconhecido do grande público,
Desportivo e Comercial integrou o IRC em os que acreditam que a prova poderá entrar cerca de 3 semanas que as viaturas ficam Lukasz Habaj nasceu na cidade de
2009, ocupando o lugar deixado vago pelo em declínio. A acontecer, o Azores Rali poderia imobilizadas e os custos bastante elevados Katowice (Polónia) a 29 de abril de
Rali de Portugal, e, com o Eurosport a passar a ficar numa posição muito delicada pois nos destas deslocações. 1975. Fundador da eSky.pl, empresa
organizar e promover o ERC em 2013, transitou de serviços turísticos na internet, só
para aquele que é o mais antigo campeonato se estreou no desporto automóvel
internacional da modalidade. Primeiro no IRC bastante tarde, em 2003, com um
e depois no ERC, o rali açoriano rapidamente Fiat Seicento. Apenas começou a
ganhou estatuto e tanto a aposta do governo participar no campeonato do seu país
local como as belas imagens proporcionadas em 2005 com um Peugeot 206 XS.
fizeram com que tivesse “lugar cativo” nestas Passou depois pelo volante de vários
competições. Mitsubishi Lancer mas foi já aos
No entanto, em 2019 foram notórias as comandos dum Ford Fiesta R5 que
dificuldades financeiras em levar à estrada foi vice-campeão em 2014 e obteve o
uma prova desta dimensão. O evento título no ano seguinte.
perdeu o apoio da Azores Airlines bem como Desde 2016 tem alinhado no ERC,
viu bastante reduzido o apoio dado pelo ganhando experiência internacional,
governo regional à sua realização. Se a estes e tinha até agora como melhor
classificação num rali o terceiro
ERC A CAMINHO DE NOVA FÓRMULA? posto conquistado em 2017 no Rally
Liepaja, uma prova em que sempre
O ERC, tal como conhecemos desde 2013, que nos últimos anos tem sido organizado origem no European Rally Trophy, assim como se sentiu à vontade. Foi, nas provas
poderá ter os dias contados. Várias fontes e promovido pelo Eurosport. Os dirigentes pretendem que os eventos que façam parte do disputadas no norte da Europa, um
ligadas à FIA avançam que aquela federação federativos pretendem que as provas que calendário do Campeonato da Europa sejam forte adversário de Bruno Magalhães
quer tomar sob a sua égide o campeonato integram ou transitam para o ERC tenham escrutinadas após observação, o que nem em várias ocasiões.
sempre tem acontecido.
Este desejo federativo é bem aceite por
alguns dos organizadores de provas que
não só veem neste maiores hipóteses de
ascender ao campeonato mas também por
poder vir a obviar às taxas de inscrição
habitualmente pedidas pelo Eurosport e
que visam também todos os custos de
promoção. Por outro lado, são muitos os
intervenientes a este nível competitivo que
temem o que possa vir a suceder a este
campeonato, tanto ao nível organizativo
como à sua divulgação e protagonismo, ao
conhecerem algum marasmo vigente no
organismo presidido por Jean Todt no que
toca a competições que não tenham o selo
de campeonato mundial.
PEDRO ANTUNES “O ANDAMENTO ESTÁ LÁ...”
Pedro Antunes lutou pelo triunfo no ERC3, os erros sucedem. Capacidade não lhe falta,
mas as duas ligeiras saídas de estrada, não falta só mesmo esse equilíbrio entre andar
impeditivas de continuar em prova, custaram num ritmo alto e não ter percalços. Quanto à
tempo e foram determinantes para que rapidez, não é problema, como se percebeu
tivesse chegado apenas em quarto do ERC3 nos Açores: “Não foi fácil chegar ao fim,
depois de ter andado na luta pelo primeiro tivemos alguns problemas, mas o balanço da
lugar. Ficámos a perceber que o jovem piloto prova não foi de todo mau. O andamento ‘está
de Torres Vedras tem andamento para as lutas lá’, agora só nos falta errar um bocadinho
que se perspetivam pela frente, mas depois de menos. Vamos tentar fazer isso no próximo
correr nas duas rodas motrizes em Portugal, rali, nas Canárias, vamos trabalhar para isso,
em que este tipo de pressão é pequeno e por a minha equipa está de parabéns, quero
vezes quase inexistente, no ERC é constante agradecer a eles o belo trabalho que fizeram”,
e é a andar constantemente a esse nível que disse.
>> autosport.pt
11
SORTES DIFERENTES C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S
PARA CANDIDATOS
NO CRA AZORES RALLYE 2 DE 9
ALOÍSIO MONTEIRO 21/03 A 23/3/2019
“CHEGÁMOS
AO FIM, É O QUE 219,04 KM 1.º DIA 2.º DIA 3.º DIA
INTERESSA…”
15 TROÇOS
Aloísio Monteiro terminou o Azores
Rallye na 13ª posição da geral, depois PROVA CARRO
de um rali muito difícil que começou TEMPO/DIF.
a correr mal logo no Qualifying, em
que um toque condicionou toda a 1 ŁUKASZ HABAJ/DANIEL DYMURSKI ŠKODA FABIA R5 02:50:55.4
prova. Má posição inicial na estrada, 00:00:08.4
Luís Miguel Rego e Bernardo Sousa tiveram e depois vários ‘azares’ que não 2 RICARDO MOURA/ANTÓNIO COSTA ŠKODA FABIA R5 00:00:42.2
provas diametralmente opostas, e se o permitiram fazer melhor. O melhor 00:01:29.0
Campeão açoriano em título começou da que conseguiu em troços foram dois 3 CHRIS INGRAM/ROSS WHITTOCK ŠKODA FABIA R5 00:01:46.1
melhor forma a defesa do seu cetro, já ao 13º lugares, precisamente a posição 00:02:12.5
madeirense quase tudo aconteceu. em que terminou o rali: “Batemos logo 4 BRUNO MAGALHÃES/HUGO MAGALHÃES HYUNDAI I20 R5 00:04:34.7
Já bem adaptado ao Skoda Fabia R5 assistido no shakedown, esse toque danificou o 00:06:44.0
pela ARC Sport, Rego esteve sempre em alinhamento do carro, só no segundo 5 RICARDO TEODÓSIO/JOSÉ TEIXEIRA ŠKODA FABIA R5 00:10:10.7
posições de destaque, bem dentro do top dia à tarde conseguimos pôr o carro 00:11:40.9
10: “Foi um rali difícil, mas fizemos um bom em condições de fazer tempos ao 6 MARIJAN GRIEBEL/STEFAN KOPCZYK VOLKSWAGEN POLO GTI R5 00:13:58.9
trabalho. A equipa deu-nos um carro bastante nível do top 10, só que ao forçar o 00:15:09.9
competitivo que nos permitiu um bom andamento tivemos uma saída de 7 ALEXANDROS TSOULOFTAS/ANTONIS CHRYSOSTOMOU ŠKODA FABIA R5 00:15:14.4
resultado e por isso estão todos de parabéns, estrada. Chegámos ao fim, é o que 00:15:23.4
este é um resultado fantástico para o CRA”, interessa...”, disse. 8 BERNARDO SOUSA/VICTOR CALADO CITROËN C3 R5 00:16:22.2
disse Luís Rego Jr, que foi segundo atrás de 00:17:04.2
Moura. 9 VOJTĚCH ŠTAJF/VERONIKA HAVELKOVÁ ŠKODA FABIA R5 00:17:24.7
Quanto a Bernardo Sousa, a única boa notícia 00:18:53.4
é que chegou ao fim, e em terceiro do CRA, 10 PAULO NOBRE/GABRIEL MORALES ŠKODA FABIA R5 00:18:56.4
mas a estreia com o Citroën C3 R5 não correu 00:22:58.9
nada bem: “Chegámos ao fim, o ano passado 11 MIGU+EL CORREIA/PEDRO ALVES FORD FIESTA R5 00:23:34.9
começámos o ano com uma desistência, este 00:25:39.8
ano com um terceiro lugar. O que não correu 12 ANTÓNIO DIAS/PEDRO CASTRO ŠKODA FABIA R5 00:27:01.7
bem, serve de experiência, há coisas para 00:41:59.5
alterar, as notas, afinações do carro, umas 13 ALOÍSIO MONTEIRO/SANCHO EIRÓ ŠKODA FABIA R5 00:55:21.3
melhores, outras piores. Vamos preparar o 01:00:41.9
próximo, temos que testar e preparar bem as 14 EFRÉN LLARENA/SARA FERNANDEZ PEUGEOT 208 R2
coisas...”, disse.
15 SINDRE FURUSETH/JIM HJERPE PEUGEOT 208 R2
16 ELIAS LUNDBERG/DAVID ARHUSIANDER OPEL ADAM R2
17 PEDRO ANTUNES/PAULO LOPES PEUGEOT 208 R2
18 ERIK CAIS/JINDŘIŠKA ŽÁKOVÁ FORD FIESTA R2T
19 ROSSEL YOHAN/FULCRAND B. PEUGEOT 208 R2
20 TALAŠ JAN / KRAJČA ONDŘEJ PEUGEOT 208 R2
21 ADIELSSON M. / JOHANSSON A. CITROËN C3 R5
23 GIL ANTUNES / DIOGO CORREIA RENAULT CLIO R3T
24 HUGO LOPES / NUNO RIBEIRO PEUGEOT 208 R2
27 PAULO NETO / VÍTOR HUGO CITROËN DS3 R3T
29 MANUEL OSORIO / ALBERTO DOS REIS PEUGEOT 208 R2
30 RAFAEL BOTELHO/RUI RAIMUNDO CITROËN DS3 R3T
ABANDONOS PE VENCEDORES DE PE
CAUSA
A. LUKYANUK PE A. LUKYANUK
M. BARBOSA LÍDERES R. TEODÓSIO
P. LOUBET PE15 ACIDENTE PE1/13 P. LOUBET, L. HABAJ 9
P. ALMEIDA PE1 RADIADOR A. LUKYANUK E14/15 E R. MOURA 3
PE12 ALTERN. L. HABAJ
PE5 ACIDENTE 1
MIGUEL CORREIA PEDRO ALMEIDA
“EXPERIÊNCIA QUE ABANDONOU
NÃO VOU ESQUECER”
Desde que começou a correr no CPR com
Miguel Correia foi aos Açores realizar um os RC2, primeiro com o Skoda Fabia S2000
‘curso acelerado’ de ‘como ultrapassar e logo a seguir com o Ford Fiesta R5, a
dificuldades’. Numa prova muito extensa Pedro Almeida ainda não se tinha visto uma
e difícil, especialmente no último dia, o saída de estrada. Viu-se sim, evolução de
jovem piloto do Ford Fiesta R5, que só em andamento prova a prova, mas nos Açores
Fafe começou a correr de R5, teve uma completou mais um capítulo por que passam
prestação quase totalmente isenta de todos os bons pilotos de ralis enquanto
erros. O saldo é muito positivo, quarto aprendem... e não só: Saiu de estrada: “O
lugar é a sua melhor classificação de Azores Rallye’19 definitivamente não foi a
sempre no CPR, uma excelente posição nossa corrida. Ao longo dos três dias de
para quem corre de R5 somente há duas prova tivemos sempre algum problema que
provas: “Só posso fazer um balanço muito acabou por nos afastar dos objetivos que
positivo desta nossa participação no trazíamos para o rali e a saída de estrada
Azores Rallye. Foi uma experiência que acabou por frustrar as nossas expetativas,
nunca mais vou esquecer, e uma verdadeira mas os indicadores que temos é de uma
aventura, essencialmente na parte final da evolução no nosso andamento, uma
prova, onde a ARC Sport fez um trabalho aprendizagem e melhor conhecimento do
fantástico para que fosse possível alcançar carro e ensinamentos sobre outros aspetos
este resultado”, disse Miguel Correia. onde temos ainda de melhorar para atingir o
patamar a que queremos chegar”.
R/12
RALIS PEUGEOTRALLYCUPIBÉRICA/
/RALLYE SIERRA MORENA
LUTA AO
SEGUNDO,
DANIEL NUNES
NO PÓDIO
Daniel Berdomás e David Rivero venceram a prova da
Peugeot Rally Cup Ibérica que se realizou no Rallye
Sierra Morena, depois de uma grande luta com os seus
compatriotas, Josep Bassas/Manel Muñoz. Daniel Nunes e
Fernando de Almeida terminaram no pódio
José Luís Abreu
[email protected]
FOTOS AIFA/Jorge Cunha
Depois do triunfo de Pedro An- Carlos Fernandes e João Leones já eram gundo dia de prova, Daniel Berdomás/
tunes em Fafe, a Peugeot Rally nonos, a 1m57,6s, e Ricardo Sousa/Luís David Rivero conseguiram impor-se
Cup Ibérica prosseguiu em Marques a 2m01,2s. aos seus compatriotas Josep Bassas/
Espanha, com o Rallye Sier- Na manhã seguinte, no final da PE10, a Manel Muñoz e venceram o Rallye Sierra
ra Morena, uma prova muito dois troços do fim, Bassas mantinha o Morena, segunda prova da Peugeot Rally
equilibrada, com as equipas primeiro lugar mas já com o compatriota Cup Ibérica, a primeira em asfalto do ano.
espanholas a destacarem-se. Melhores Daniel Berdomás a aproximar-se for- Numa recuperação feita especial a espe-
conhecedoras do terreno, os espanhóis temente, colocando-se a 3.6s. cial, foi nos cerca de 31 km do maior troço
deram cartas. Na fase inicial do rali, as No terceiro lugar permanecia a dupla do rali que desferiram o seu mais forte
duplas portuguesas ainda deram um ar lusa Daniel Nunes e Fernando Almeida, ataque, numa vantagem que, no final da
da sua graça, mas quando a noite caiu, que sem conseguir chegar mais à frente, prova, deu para baterem por meros 7,7
o desconhecimento dos troços afetou a solidificou o seu terceiro lugar, tendo segundos os até aí líderes do rali.
confiança, a que se juntaram também na altura um avanço de 1m18s para os Depois de terem dominado o primeiro
alguns contratempos. quartos classificados. Na luta pelo quarto dia, a dupla Bassas/Muñoz teve de se
Ainda assim, o saldo foi positivo. lugar havia vários pretendentes, com contentar com o segundo lugar. Ricardo
Voltando atrás, na fase inicial da prova, apenas 25 segundos a separá-los. Essa Sousa e Luís Marques ainda venceram
a dupla espanhola Josep Bassas/Manel posição pertencia aos também espa- uma especial neste segundo dia.
Muñoz atingiu o final do primeiro dia na nhóis José María Reyes/Diego Sanjuan, No degrau mais baixo do pódio termi-
frente, tendo registado o melhor tempo que evoluíram desde o sétimo lugar em naram Daniel Nunes/Fernando de Al-
nas três especiais disputadas, das quatro que tinham partido de manhã. meida, como a melhor dupla portuguesa,
previstas. A maior oposição chegou dos O segundo melhor português estava eles que estiveram sempre na terceira
seus compatriotas Daniel Berdomás/ nesse grupo e era Carlos Fernandes posição.
David Rivero, ficando a cerca de meio com Ricardo Costa/Sérgio Rocha, logo Carlos Fernandes e João Leones foram
minuto dos líderes, batendo, por outro a seguir. nonos classificados, na frente de Ricardo
tanto, os portugueses Daniel Nunes/ No final, e após uma luta cerrada que Costa e Sérgio Rocha. Ricardo Sousa e
Fernando de Almeida, terceiros da geral. se prolongou ao longo de todo o se- Luís Marques foram 11º.
>> autosport.pt
13
C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S
1º DANIEL BERDOMÁS/DAVID RIVERO 2H09M02,6S
2º JOSEP BASSAS/MANEL MUÑOZ A 7,7S (VENC. DA JUNIOR CUP)
3º DANIEL NUNES/FERNANDO DE ALMEIDA A 1M57,3S
4º SÉRGIO FRANCOLI/MARÍA SALVO A 3M21,7S
5º JOSÉ MARÍA REYES/DIEGO SANJUÁN A 3M23,0S
6º RUIARI BELL/DARREN GARROD A 3M35,0S
7º ÁLVARO PEREZ/BRAIS MIRÓN A 3M35,6S
8º JOSÉ LUIS PELÁEZ/RODOLFO DEL BARRIO A 3M39,6S
9º CARLOS FERNANDES/JOÃO LEONES A 3M54,3S
10º RICARDO COSTA/SÉRGIO ROCHA A 4M26,6S
11º RICARDO SOUSA/LUÍS MARQUES A 5M27.2S
(…)
15º NABILA TEJPAR/MAX FREEMAN, A 15M53,1S (VENCEDORA DA
LADIES CUP)
F1/14
FÓRMULA 1
GP AUSTRÁLIA
MERCEDES
EFERRARI
ERRARAM
Quase nunca o GP da Austrália de F1 é emocionante, e acaba por não ser bitola para nada. A Mercedes dominou, a
Ferrari tropeçou e a Red Bull aproveitou, embora numa análise mais profunda se perceba que Mercedes e Ferrari
erraram de forma grosseira e que Bottas não ganhou de forma tão avassaladora como dizem os números.
Pelo meio, Hamilton lá bateu mais uns recordes de Michael Schumacher e Vettel ficou a perceber que o miúdo Leclerc
vai ser uma verdadeira pedra no sapato, se Mattia Binotto deixar de dar ordens de equipa
José Manuel Costa duas semanas de testes na pista catalã, 13 voltas, 0,233s para Lewis Hamilton e tarem-se para uma paragem serôdia
[email protected] Mattia Binotto deverá ter levantado o so- 0,573s para Valtteri Bottas, ficando a 3,8 que tinha, também, na manga, o se-
brolho quando Lewis Hamilton, já estava segundos da liderança. creto desejo de arrastar a Mercedes. O
Percebendo que este é um des- toda a gente a arrumar a trouxa, ficou a O desespero tomou conta da Ferrari e tudo mais estranho é que a equipa de Toto
porto para homens de barba um piscar de olhos do tempo mais rápido se precipitou: Vettel foi mandado parar na Wolff acabou mesmo por ser arrasta-
rija, Valtteri Bottas deixou dos ensaios de Barcelona, rubricado por volta 14 para trocar de pneus sem justi- da. Assistindo, estupefactos, à para-
crescer a barba. Não, não foi Sebastian Vettel. Mas rapidamente passou ficação aparente. O alemão tinha feito a gem cedo de Vettel e assustados pelos
por isso que ganhou a prova, a um encolher de ombros, pois a radiogra- sua volta mais rápida da corrida imedia- 1m27,954s rubricados pelo alemão na
nem foi por ter estado mais ou fia dos tempos em simulação de corrida tamente antes de entrar para as boxes; segunda volta em pista com pneus no-
menos agressivo face ao seu colega de dizia que a Ferrari tinha vantagem sobre o piloto da Ferrari tinha feito 10 voltas vos, mandaram parar Lewis Hamilton.
equipa. A raiz da quarta vitória da car- a Mercedes. Apesar de como dizia Franz sempre no segundo 29 e não se viam si- O receio de serem “apanhados” por um
reira do piloto finlandês da Mercedes Tost, responsável da Toro Rosso, “o que nais de degradação dos pneus. Ainda por carro que tão boa conta de si deu em
está bem mais longe que na sua barba é que estamos aqui a fazer se só vamos cima, a diferença para os primeiros não Barcelona com os pneus mais duros da
loura. Não quer isto dizer que não te- encontrar estas condições (ndr.: tempe- seria anulada na paragem, pois recupe- Pirelli, falou mais alto e nem tiveram o
nha tido mérito na conquista da quar- raturas baixas), talvez, em Spa?” Bruxo! rar quase quatro segundos numa volta é discernimento, tal como a Ferrari, de
ta vitória do seu percurso na Fórmula Chegados a Melbourne, a Ferrari levou impossível em condições normais, mes- olhar em volta sobre o que se estava
1, mas não “esmagou” o seu colega de um verdadeiro “banho” da Mercedes nos mo com pneus frescos. a passar.
equipa e muitas coisas foram aconte- treinos livres (principalmente no sába- Além disso, nenhuma equipa, com ape- Se tivessem, todos, tido um pouco mais
cendo para que o resultado final fosse do) e quando chegaram à qualificação a nas 14 voltas, tinha dados suficientes para de calma, a Ferrari podia ter olhado para
aquele que lhe permite acalentar o so- diferença ficou em mais de meio segun- perceber como é que as borrachas da o que aconteceu com Kimi Räikkönen.
nho de ser campeão do mundo. Sim, do. A preocupação aumentou de tom na Pirelli se comportavam no asfalto quente O piloto da Alfa Romeo viu os travões
porque sempre que um construtor faz casa de Maranello, mas continuaram a de Melbourne, se os macios seriam mais do seu carro sobreaquecerem e foi for-
uma dobradinha na Austrália, o ven- descansar sobre uma superioridade em rápidos que os desgastados macios com çado a parar nas boxes na volta 12, tro-
cedor da corrida é campeão do Mundo. termos de ritmo de corrida, exatamente que todos arrancaram para a corrida e cando para os pneus macios. Portanto,
como tinha sucedido em 2017. qual seria essa diferença. bastava ter esperado uma mão cheia
FERRARI ERROU Porém, os Ferrari SF90 estavam len- de voltas para perceber que a ilusão de
tos, tanto em qualificação, treinos como DESESPERO DA FERRARI mais velocidade dos pneus médios no-
E MERCEDES FOI ATRÁS em corrida e isso ficou evidente quando vos durava, apenas, três voltas, como
Sebastian Vettel perdeu, nas primeiras Claro que foi o desespero que levou os o provaram vários pilotos que passado
Saída de Barcelona como “campeã de rapazes de Mattia Binotto a precipi-
inverno”, tal a forma que alardeou nas
>> autosport.pt
15
esse pico, estavam mais velozes com ça para o Red Bull no final da corrida.
os pneus mais desgastados. Mas há uma prova inequívoca que a
A paragem serôdia para troca de pneus Ferrari poderia ter chegado ao pódio.
ofereceu a Valtteri Bottas e a Max Charles Leclerc, por linhas tortas, aca-
Verstappen a oportunidade de sonha- bou por ter a estratégia certa: parou
rem com a vitória e com o pódio, lançando somente à volta 28, fez 30 voltas com
a corrida, ainda a muitas voltas do final, os pneus médios (Vettel fez 14 voltas)
noutras bases. Primeiro foi Vettel, que e rubricou a quarta volta mais rápida
durou uma mão cheia de voltas até per- da corrida na penúltima passagem pela
ceber o erro cometido pela Ferrari, erro meta com 1m26,956s. Demasiado longe
esse ampliado por um carro a piorar com de Bottas (1,346s) e a mais de meio se-
o esvaziar do depósito, que o condenou na gundo de Verstappen. Porém, se Vettel
parte final da corrida. Quanto a Hamilton tivesse parado só a meio da corrida,
as coisas não correram melhor, pois a poderia ter feito tempos semelhantes
passagem agressiva por um corretor es- aos de Leclerc: 16 voltas no segundo 27
tragou o fundo plano do Mercedes dese- e depois muitas no segundo 30, mas aí
quilibrando o carro. já debaixo das ordens de Mattia Binotto
A dura realidade, porém, diz-nos que Vettel que manteve o monegasco na quin-
nunca esteve em condições de lutar pelo ta posição, ele que estava muito mais
pódio, quanto mais pela vitória. E isso é rápido que um Vettel a sofrer que nem
provado pelos tempos por volta. um condenado com os pneus desgas-
Após a paragem nas boxes, Vettel faz tados. A diferença entre os dois SF90
1m27,954s – a sua melhor volta da corrida era de tal ordem que Leclerc roubou a
assustou a Mercedes, mas nas 44 voltas Vettel nada menos de 10,1 segundos em
que fez com pneus médios nunca voltou a apenas 20 voltas, ou seja, meio segundo
esse registo. Fez 33 voltas no segundo 28 por volta, por isso compreende-se que
e seis no segundo 29, o resto entre o se- Binotto não quisesse penalizar ainda
gundo 30 e 33. Já Hamilton, parou à volta mais o alemão, depois da estratégia,
15 e teve como melhor registo o tempo profundamente errada, o ter condenado
na 57ª e penúltima volta, com 1m26,057s à quarta posição final.
(menos 1,9 segundos que Vettel). Depois
da paragem e com pneus médios, o cam- RED BULL QUASE ESTRAGAVA
peão do mundo efetuou três voltas no se-
gundo 26 (as últimas três voltas da cor- A DOBRADINHA DA MERCEDES
rida), 20 voltas no segundo 27, 17 voltas
e no segundo 28 e duas no segundo 29. As coisas não foram piores para Lewis
Isto com pneus muito degradados e com Hamilton porque Max Verstappen
o fundo plano partido. não teve tempo útil para apanhar o
Olhemos para os tempos de Valtteri campeão do Mundo. Para a equipa de
Bottas e Max Verstappen. O finlandês, Milton Keynes, as paragens inopina-
entre as voltas 14 e 23 (paragem de Vettel das de Sebastian Vettel e de Lewis
e Hamilton e a sua paragem) fez seis voltas Hamilton foram a oportunidade que
em 1m28s e quatro em 1m27s e depois de esperavam: prolongaram a presença de
parar, a 35 voltas do final, Bottas cumpriu Verstappen em pista até que o holandês
27 voltas no segundo 27, três no segundo tinha Hamilton a quase 20 segundos
28, uma no segundo 29 e fez a volta mais e Vettel a mais de 20 segundos, ten-
rápida da corrida na 57ª com 1m25,580s. Já do essa vantagem crescido para lá dos
Max Verstappen, parou na volta 25 e nas 21 segundos quando o Red Bull parou
33 voltas que fez com os pneus médios, nas boxes. Com uma paragem perfeita
cumpriu 19 no segundo 27, seis delas fo- e uma volta de saída das boxes muito
ram no segundo 28 e depois há alguma veloz (ganhou 2 segundos à volta de
irregularidade com uma volta no segundo saída de Hamilton!), Verstappen come-
29 e seis no segundo 26. çou a encurtar distância e com os pneus
Contas feitas, compreende-se, assim, traseiros do Ferrari a derreterem-se
como é que Bottas descolou de forma como gelo ao sol, a Red Bull assegurava
clara de Hamilton – ganhou-lhe tempo o pódio, com uma ultrapassagem sem
antes da sua troca de pneus e depois, problemas que deixou Hamilton com
quando este tinha o carro danificado e o coração nas mãos. Felizmente que a
teve de poupar pneus – ganhando-lhe ultrapassagem foi na volta 31 e nas 26
mais de 20 segundos e percebe-se que voltas finais Verstappen não conseguiu
Vettel tinha um carro lento que a troca melhor que ver a bandeira de xadrez
de pneus só agudizou, pois obrigou-o a 1,634 segundos de Lewis Hamilton.
a andar devagar para que as borrachas
médias da Pirelli chegassem ao final. Foi COMO UM “TEAR OFF”
uma vítima indefesa e impotente pe-
rante Max Verstappen, justificando-se, MUDOU UMA CORRIDA
assim, os 35,589 segundos de diferen-
Falei acima que Kimi Räikkönen poderia
ter sido a cobaia para todos perceberem
que parar cedo era um erro. O finlandês
da Alfa Romeo foi vítima de um inciden-
F1/
FÓRMULA 1
16
te, no mínimo, infeliz, tendo de parar na
12ª volta da corrida. E nem sequer preci-
sava de pneus estando numa estratégia
de parar bem mais tarde. Mas um “tear
off” retirado por Kimi Räikkönen, capri-
chosamente, alojou-se na entrada de ar
para os travões traseiros e atirou-o para
uma paragem desnecessária. Se os da
frente nem se preocuparam com isso, os
rivais do meio do pelotão acreditaram que
o experiente finlandês estava a jogar xa-
drez e foi uma romaria às boxes.
Provando que um raio pode cair duas ve-
zes no mesmo sítio, Romain Grosjean foi
às boxes e de lá saiu com um “deja vú” de
2018. Uma porca foi reapertada duas ve-
zes e, 14 voltas depois, decidiu partir en-
caminhando o francês para o abandono.
Já Antonio Giovinazzi foi um “cordeiro”
sacrificial: depois de Räikkönen ter parado
e ficado atrasado com os pneus a degra-
darem-se, o colega de equipa do finlan-
dês serviu de tampão a Kevin Magnussen
até que Räikkönen chegasse, trazendo
consigo Nico Hulkenberg. Um sacrifício
que permitiu a recolha de dois pontos
>> autosport.pt
17
pela Alfa Romeo. Isso não evitou que a Vettel juntasse mais um ponto aos 12 do e que o iria fazer quer ele quisesse quer ria de ir buscar pneus macios novos para
melhor equipa do meio do pelotão fos- quarto lugar. Mattia Binotto defendeu-se não, deixando Tony Ross à beira de um anular a diferença de andamento para o
se a Haas, como se esperava, com Kevin lembrando que numa corrida onde tudo ataque de nervos. Felizmente, não havia Mercedes de Bottas. Quando o finlandês,
Magnussen a terminar no sexto lugar na correu mal, arriscar poderia ser perigoso muitos carros em condições de contra- isolado com quase 20 segundos de vanta-
frente do Renault de Hulkenberg e do Alfa e o mais sensato era chegar ao final com riar Bottas: Vettel estava assoberbado gem sobre o segundo, iniciou o ciclo para
Romeo. Enfim, o alinhamento dos mais os dois carros. Olvidou, claro, o facto de com a sobrevivência até final da corrida, tentar a volta mais rápida. Tony Ross terá
fortes entre os outros que se esperava nas boxes não haver pneus macios no- Hamilton tinha de se defender de Max rezado aos deuses das corridas. Valtteri
depois de Barcelona. vos, apenas usados... Valtteri Bottas lem- Verstappen, que estava mais preocupado Bottas carregou ao máximo as baterias
brou, muitas vezes, ao seu engenheiro em ganhar três pontos mais, que ir bus- nas voltas 55 e 56, mudou para o modo de
PONTO DE BÓNUS ANIMA CORRIDAS que queria ficar com a volta mais rápida car o ponto de bónus. Charles Leclerc te- potência máxima e atirou-se ao circuito
de Melbourne para recolher o ponto de
A introdução do ponto de bónus para a bónus: 1m25,580s, quase meio segundo
volta mais rápida já rendeu alguns fru- menos que a segunda volta mais rápida,
tos, com a parte final da corrida a ser a cinco segundos da “pole position” de
animada, numa luta entre pilotos e en- Lewis Hamilton. Suspirou o engenheiro
genheiros. Se olharmos para as tabelas de Valtteri Bottas, pois se fosse necessário
de tempos de quase todos os pilotos, as outro ciclo no modo de potência máxima,
melhores voltas foram feitas já no anoi- a unidade de potência da Mercedes po-
tecer da corrida, com pouca gasolina no deria sair danificada. Contas feitas, oito
depósito. E até neste exercício, a Ferrari pilotos (Räikkönen, Leclerc, Magnussen,
errou! Expliquemos. Hulkenberg, Verstappen, Hamilton, Rusell
Após ter percebido que a corrida estava e Bottas) fizeram a sua melhor volta nas
perdida e que até o pódio estava inalcan- derradeiras 10 voltas da corrida, os res-
çável, a Ferrari chegou às últimas voltas tantes, exceto os que abandonaram, cum-
com uma enorme vantagem para o resto priram os seus tempos mais velozes na
do pelotão. Poderiam ter parado nas bo- segunda metade da corrida.
xes, montar pneus macios e tentar que
F1/
FÓRMULA 1
18
MERCEDES TEM O
CAMPEONATO GANHO...
Se olharmos à historia e à estatística,
sim, a Mercedes já ganhou o campeonato
de 2019 e Valtteri Bottas será campeão.
Isto porque sempre que uma equipa faz
a dobradinha na Austrália, o vencedor
ganha o título de pilotos e a equipa o de
construtores. Damon Hill e a Williams
em 1996; Mika Häkkinen e a McLaren em
1998; Michael Schumacher e a Ferrari em
2000 e 2004; Jenson Button e a Brawn GP
em 2009; Lewis Hamilton e a Mercedes
em 2015 e Nico Rosberg e a Mercedes em
2016. Nada nos diz que em 2019 a tradição
não se cumpra. Quem não deve ter gostado
nada de ler isto foi Lewis Hamilton, que
pode ver repetir-se o que sucedeu em
2016, desta feita para Bottas. Será que a
história se repete? Talvez não, este ano
não há GP da Malásia, onde o motor do
Mercedes de Hamilton rebentou e abriu a
passadeira e Rosberg...
O ‘ROCKET MAN’ E O ‘POLEMAN’...
Hamilton tem mais pole positions que todos os pilotos
do plantel de 2019! Com um registo de 36,52% de “pole
positions” na sua carreira, Lewis Hamilton é o recordista e
consegue o feito extraordinário de, sozinho, ter as mesmas
pole postions que todos os pilotos do plantel de 2019. É a
13ª época consecutiva em que Hamilton rubrica, pelo menos,
uma pole, um recorde de Michael Schumacher (conseguido
entre 1994 e 2006) que o britânico igualou nesta temporada
de 2019. Contas feitas, Hamilton tem 84 “pole positions”, as
mesmas de Vettel (55), Räikkönen (18), Bottas (6), Ricciardo
(3), Kubica e Hulkenberg (1 cada).
HAMILTON FERRARI ENTROU,
IGUALOU MESMO, COM
AYRTON SENNA O PÉ ESQUERDO
E SCHUMACHER
Saiu de Barcelona como candidata a
O piloto, cinco vezes campeão do mundo de Fórmula (Japão) conseguiram fazer na história da Fórmula 1. destruir a concorrência, acabou de
1, conseguiu a oitava “pole position” na Austrália Com esta pole position na Austrália, Lewis Hamilton joelhos e fora do pódio, algo que em
(2008, 2012, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018, 2019). bateu mais um recorde de Michael Schumacher: Melbourne não acontecia desde 2014. Se
Oito pole postions numa só pista, algo que só assinou 58 pole positions para uma única equipa, a em 2015 e 2016 os Ferrari estiveram no
Ayrton Senna (GP San Marino) e Michael Schumacher Mercedes. pódio e se Sebastian Vettel conseguiu,
mesmo, vencer em 2017 e 2018, desta
feita o pódio ficou a mais de meio
minuto. Contas feitas, a Ferrari marcou
22 pontos (12 para Vettel e 10 para
Leclerc), o mais curto pecúlio desde
2016, onde apenas Sebastian Vettel
concluiu a corrida no terceiro lugar,
recolhendo 15 pontos.
>> autosport.pt
19
VALTTERI BOTTAS SOMA QUATRO VITÓRIAS
EM SETE ÉPOCAS NA FÓRMULA 1
O piloto finlandês estreou-se na Fórmula 1 no dia 17 de março de 2013, com a Williams.
Seis anos depois, no dia 17 de março de 2019, Bottas ganhou a sua quarta corrida
da carreira. O piloto da Mercedes só ganhou com a equipa alemã tendo registado
três sucessos em 2017 (Rússia, Áustria, Abu Dhabi) e, agora, a Austrália em 2019. No
seu palmarés tem, ainda, 31 pódios (4 primeiros lugares, 15 segundos lugares e 12
terceiros lugares) e na sua carreira, já com 119 Grandes Prémios, o finlandês terminou
por vinte vezes no quinto lugar, a posição mais habitual de finalização de Bottas. O
piloto esteve sem ganhar mais de 12 meses, desde o GP do AbuDhabi de 2017 até ao GP
da Austrália de 2019.
FINLANDESES NAFÓRMULA1 BOTTAS ‘PRIMEIRO’ PILOTO
A ALCANÇAR 26 PONTOS
Valtteri Bottas está a liderar o Mundial
de Fórmula 1 pela primeira vez na A inclusão de um bónus de um ponto para o autor da melhor volta da corrida,
sua carreira e é o primeiro finlandês, permitiu que, pela primeira vez, um piloto tenha registado 26 pontos no
desde Kimi Räikkönen, que liderou final de uma corrida. Valtteri Bottas foi o primeiro piloto, desde Maurice
o campeonato em 2013, depois de Trintignant, no GP dos EUA de 1959, disputado em Sebring, ao volante de um
ganhar o GP da Austrália, a fazê-lo. Cooper, a receber esse bónus. Passaram-se 60 anos para que o ponto extra
Tornou-se no 60º piloto diferente a de bónus para a volta mais rápida regressasse à Fórmula 1. Claro está que
liderar um Mundial de Fórmula 1, sendo nesta estatística não entram os pontos obtidos por Lewis Hamilton (50 pts),
o quarto finlandês nessa situação, Felipe Massa (36 pts) e Valtteri Bottas (30 pts) no GP do Abu Dhabi de 2014.
depois de Keke Rosberg (1982), O famoso ano em que a Fórmula 1 duplicou os pontos oferecidos na última
Mika Häkkinen (1998 e 1999) e Kimi corrida da temporada.
Raikkonen (2007 e 2013).
HONDA REGRESSOU AOS PÓDIOS
AZAR
PERSEGUE O terceiro lugar obtido por Max Verstappen no GP da Austrália permitiu que a
HAAS EM Honda regressasse ao pódio de um GP, que não visitava desde o Grande Prémio
MELBOURNE
de Inglaterra de 2008,
Se em 2016 a Haas F1 Team conseguiu um sexto lugar em Melbourne através de Romain Grosjean com Rubens Barrichello, a
(Esteban Gutierrez abandonou devido a acidente), em 2017 e 2018, nada correu bem. Grosjean viu corrida que assistiu à única
o motor Ferrari sofrer uma fuga de água à 13ª volta e Kevin Magnussen partiu uma suspensão “pole position” da carreira
do Haas, na volta 46. Não marcaram pontos e 2018 foi pior. Ambos desistiram devido a rodas mal de Heikki Kovalainen. Os
apertadas, quando estavam a caminho de um excelente resultado de conjunto. Este ano, pela motores Honda já realizaram
terceira vez consecutiva, Romain Grosjean não chegou ao final. E pela segunda vez consecutiva, 422 Grandes Prémios, tendo
devido a uma roda desapertada! Kevin Magnussen “salvou” a corrida da Haas, com um sexto lugar. conquistado 72 vitórias, 77
“pole positions” e, agora, 175
pódios. A marca conquistou
seis títulos de construtores
(1986, 1987, 1988, 1989,
1990 e 1991) e cinco de
pilotos (Nelson Piquet em
1987, Ayrton Senna em 1988,
1990 e 1991 e Alain Prost
em 1989).
TT/20
CAMPEONATO DE PORTUGAL DE TT AM48 - BAJA TT DO PINHAL
REGRESSO
À CAMPEÃO
Nuno Matos e Pedro Marcão venceram a Baja TT do Pinhal e
assumiram a liderança do campeonato, começando da melhor
maneira um ano de regresso a tempo inteiro à modalidade.
Mas as novidades não se ficam por aqui, a competição respira
saúde, com um plantel de luxo, entre pilotos e carros...
André Duarte
[email protected]
FOTOS: Go Agency/Ricardo Oliveira; Paulo Cerejeira e Pedro Carvalho
André Duarte COMENTÁRIO ABaja TT do Pinhal, organizada
DE QUEM VIU pela Escuderia Castelo Branco,
marcava o início da temporada gente. Dos 37 carros que se apresentaram
O campeonato de Portugal da especialidade atravessa de todo-o-terreno, num dos à partida, foram os campeões nacionais,
um período muito sugestivo. No início desta temporada, campeonatos mais aguardados João Ramos e Victor Jesus, a começar da
a quantidade de novos carros que surgiram é sem dos últimos anos, pese embora melhor maneira, ao vencer o prólogo aos
dúvida a maior dos últimos anos, o que faz despertar algumas ausências de vulto, dado o leque comandos da Toyota Hilux, mesmo com
ainda mais o interesse sobre o que poderá ser o seu incomum de carros novos que se estrea- Ramos com duas costelas fraturadas, após
desenrolar, à medida que os pilotos vão desflorando o vam na competição. uma queda de moto nos reconhecimentos.
coração das novas máquinas. Uma época que começou Mas rapidamente seria outro campeão a
desde já com uma vitória de um piloto que voltou a PROVA QUASE DECIDIDA surgir, Nuno Matos, com Pedro Marcão,
estas lides a tempo inteiro, Nuno Matos. Mas a Baja que estreava da melhor maneira o seu
TT do Pinhal deixou também vislumbrar outro ponto: a NO PRIMEIRO DIA FIAT Fulback Proto, ao ser o mais rápido
quantidade de pilotos com capacidade para lutar pelos Com 402,75kmcronómetrados,divididos nos 112,90 km do primeiro setor seletivo
lugares cimeiros. O campeão em título, João Ramos, por dois dias de competição, a prova, que (SS1), no sábado, passando do terceiro
é o natural favorito, apesar do abandono nesta prova, tinha como pano de fundo as regiões de posto, obtido no prólogo, para a liderança.
mas Alexandre Ré, Tiago Reis, Pedro Dias da Silva, André Vila Velha de Rodão, Proença-a-Nova e Ramos foi segundo, mas a equipa optou
Amaral e César Sequeira mostraram já, nesta primeira Sertã, revelava-se um teste bastante exi- por abandonar após problemas mecâ-
ronda do ano, que têm todos os ingredientes para nicos na Hilux registados durante a liga-
chamarem a si o protagonismo ao longo da época. A
estes certamente juntar-se-ão outros que irão aparecer
e/ou evoluir, no binómio carro/piloto. Um belíssimo
plantel que deixa antever um campeonato que terá
muitos motivos de interesse...
>> autosport.pt
21
pilotos, punham à prova os carros, al- COMENTÁRIO
guns atrasando-se com problemas, e DO VENCEDOR
priviligiavam quem passava incólume
a complicações, contribuindo para uma NUNO MATOS
diferença pouco habitual entre primeiro
e segundo em provas de todo-o-terreno, “É uma estreia de sonho. O balanço é
no caso, Matos e Ré, separados por mais de sonho. Tenho que confessar que
de cinco minutos ao cabo de cerca de não estava à espera, é um sentimento
120 km, com Amaral em terceiro e César inexplicável. Voltar a um campeonato
Sequeira e a sua filha Filipa, também com tão competitivo como o nosso, a
uma nova máquina, um Mini Cooper D estrear um novo carro, e sair daqui com
Proto, a serem quartos. Desta luta acir- uma vitória deixa-nos muito felizes.
rada pelo top cinco também fez parte Melhor era impossível. Foi uma prova
a dupla Tiago Reis/Valter Cardoso, em fantástica para nós, de início ao fim
Mitsubishi Racing Lancer, que chegou sem qualquer tipo de percalço. No
a rodar em segundo da geral provisória sábado começámos muito bem com
até ver partir-se a correia do alternador um excelente tempo no prólogo. O início
e um tubo da água. Também Pedro Dias do primeiro sector também foi muito
da Silva/José Janela, segundos no prólogo, bom. Estávamos todos presos por
viam dois furos condicionarem a estreia poucos segundos. Depois da vantagem
do Ford MO EXR05 Proto. que conseguimos no sábado, e como
beneficiámos com alguns percalços
ção. Desta forma, Alexandre Ré/João Ré C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S CONFIRMAR A TENDÊNCIA que os nossos adversários tiveram, o
adaptavam-se bem ao novo Volkswagen andamento foi diferente. Começámos
Amarok, herdando o segundo posto da 1º NUNO MATOS/PEDRO MARCÃO Numa posição que o próprio não espe- com o pé direito com este novo
geral, com André Amaral/Nelson Ramos rava, Nuno Matos partiu para o segundo projecto. Esta prova, seja pela distância,
logo atrás, também com um novo modelo, FIAT FULLBACK PROTO 5:35:59.0 dia da baja com uma vantagem que lhe seja pelos pisos, foi uma das mais duras
um Ford Ranger. A prova apresentava um permitiu controlar o andamento. Isento que o nosso campeonato conheceu nos
traçado muito exigente e técnico, que 2º ALEXANDRE RÉ/JOÃO RÉ de problemas no seu FIAT Fullback Proto, últimos anos. A vitória é sem dúvida a
obrigava a um esforço acrescido para as o portalegrense manteve a toada do dia melhor forma de agradecer a todos os
máquinas, algo espelhado pelas palavras VW AMAROK +13:39.9 anterior e dilatou a liderança nos 172,43 que nos têm apoiado ao longo do anos.
de Nuno Matos: “Já fui de carro a muitos quilómetros do SS2, que venceu. Uma Queria deixar também uma palavra
sítios, mas não me lembro de uma prova 3º TIAGO REIS/VALTER CARDOSO grande performance do campeão de 2016 especial para toda a minha equipa,
com um traçado tão duro.” Dificuldades no regresso a tempo inteiro à disciplina. foram incansáveis e este resultado só é
a que se juntou um percurso, na opinião MITSUBISHI RACING LANCER +21:09.2 Com uma inusitada vantagem de 15m02s possível graças a eles.”
generalizada dos pilotos, mal marcado, face ao segundo, no caso, Alexandre Ré,
gerando situações que colocavam em 4º PEDRO SILVA/JOSÉ JANELA só um azar lhe podia roubar a vitória, a
risco a segurança dos intervenientes. qual ficou ainda mais perto ainda antes
Situações que complicavam a vida dos FORD MO EXR05 PROTO +21:38.5 de arrancar para o último troço. O SS3,
devido a um incêncio que deflagrou na
5º ANDRE AMARAL/NELSON RAMOS região, foi encurtado para 38,17 km. Matos
confirmou a vitória na baja, ao ser quarto,
FORD RANGER +31:41.9 com o protagonista do SS3 a ser Tiago
Reis. Venceu e subiu a a terceiro da geral,
6º JOÃO RATO/CARLOS MENDES por troca com Dias da Silva, mesmo ao
cair do pano. Alexandre Ré fez o segundo
LANDROVERDISCOVERYTD5SWILDCAT +45:58.7 (1º T8) tempo, posição em que terminou. O top 5
foi fechado por André Amaral, piloto que
12º NUNO CORVO/JOSÉ CAMILO MARTINS viu o pódio fugir-lhe ao capotar no SS2,
incidente que resultou de estar a rodar
NISSAN PATHFINDER +1:12:10.0S (1º T2) sem embraiagem. A próxima prova é a
Baja de Loulé (12 a 14 de abril).
TIAGO SANTOS/ANTÓNIO DIAS
LAND ROVER DEFENDER 1º TPTT (CLASS. PRÓPRIA)
TT/ REIS BASTANTE
CAMPEONATO NACIONAL DE TODO-O-TERRENO AM48 COMBATIVO
22 B A J A D O P I N H A L
ALEXANDRE RÉ EM GRANDE
Há cerca de 12 anos sem realizar uma época a tempo à exceção de uma transmissão partida no decorrer
inteiro no nacional de TT e há dois sem alinhar do SS2, que o fez perder algum tempo. Ainda assim,
numa prova em autos (a última foi a Baja Portalegre e num carro que desconhecia e no qual tinha feito
500 de 2017), Alexandre Ré era um dos regressos à cerca de oito quilómetros, o segundo lugar, que
competição. O piloto, navegado por João ré, equipou- apenas no prólogo não foi seu, é um feito. “Começar
se a rigor, com uma Volkswagen Amarok com motor assim é ótimo, o carro esteve impecável, adaptei-
Ford V8 e uma potência a rondar os 340 cv. O carro, me bem, correu tudo sem problemas. Espero fazer
alugado à South Racing, será a máquina para o campeonato todo, mas ainda não tenho certeza,
disputar um campeonato em que espera participar agora é seguro que vou à Baja de Loulé (12 a 14 de
na integra. A prova correu sem incidências de maior, abril)”, próxima ronda da competição.
PERCURSO MAL Tiago Reis, navegado por Valter Cardoso, teve uma prova de
MARCADO GERA altos e baixos e acabou no terceiro lugar. Os baixos foram
CRÍTICAS os problemas no seu Mitsubishi Racing Lancer, os altos os
momentos em que rodou sem entraves. Terminou o primeiro
Uma opinião generalizada durante dia em 10º depois de chegar a ser segundo geral provisória,
o decorrer da Baja TT do Pinhal, nos ao ver a correia do alternador ceder e um tubo da água partir.
pilotos das diversas categorias, foi o Foi o segundo mais rápido no SS2, mesmo condicionado vários
percurso mal marcado, com falhas que quilómetros ao rodar no pó de Dias da Silva, prestação que lhe
levaram participantes a perderem-se e permitiu subir a quarto. No final, venceu o SS3 e conseguiu
alguns a apanharem sustos. Disso são guindar-se ao pódio, numa boa mostra de espírito de luta:
bons exemplos dois testemunhos de “Quando consegui andar sem problemas fui rápido, o pior foram
realidades diferentes. Roberto Borrego, os azares com o carro que nos limitaram o andamento.”
vencedor entre os quads afirmou ao
longo da prova: “Havia muitas falhas de JOÃORATOTRIUNFA NOT8ENUNOCORVONOT2
marcações, perdi-me várias vezes, e são
sempre situações que se podem revelar A dupla João Rato/Carlos
perigosas para nós.” Também Alexandre Mendes (em cima) assinou
Ré, piloto que alinhou com um Volkswagen o triunfo no agrupamento
Amarok, frisou: “O percurso está de facto T8. Uma prova de nota dos
com muitas falhas, há indicações que pilotos que, ao volante de
faltam, outras fora de sítio. Tudo isso um Bowler Wildcat, não tão
faz-nos perder a concentração e perder o evoluído como os atuais T1,
foco da prova, com naturais riscos para ficaram às portas do top 5
todos.” da geral, na sexta posição
e na frente de vários T1. Um
desempenho numa prova
que contava com 37 pilotos
à partida. “Correu tudo bem,
sem quaisquer percalços.
O objetivo é o título”,
frisou o piloto. Na segunda
posição ficou Rui Marques/
Miguel Marques, em Nissan
Navara D21 e Edgar Reis e
Paulo Marques, em Nissan
Navara, foram terceiros. O
agrupamento T2 teve apenas
três pilotos a concluírem a
prova. A vitória foi para Nuno
Corvo/José Camilo Martins
(em baixo), que lideraram a
geral, à exceção do prólogo.
Aí o triunfo foi para Georgino
Pedroso/Carlos Silva, seguidos
de Sérgio Palminha e Rafael
Lucas, ambos em Isuzu D-Max.
DE PAISPARAFILHOS >> autosport.pt
23
Quando o bichinho da competição entra no complicadas, com muitas notas, umas em é que devemos fazer nas partidas. Sem os domingo. Mas a Baja TT do Pinhal foi apenas
sangue, é muito difícil sair, se é que alguma cima das outras”, afirmou, lembrando que nossos pais a prova teria sido 20 vezes mais o primeiro contacto com esta nova realidade,
vez acontece. Por isso não é surpresa vermos nada melhor que ter a ajuda de quem sabe: difícil do que foi, para não dizer mais.” num ano em que vão fazer a época completa e
dois jovens pilotos a seguirem as pisadas “O meu pai ajudou-me com alguns princípios A dupla acabou por abandonar a prova na por isso oportunidades de ganhar experiência
dois pais... literalmente, como dupla. Paulo Rui básicos, como pintar o road book ou como sequência de uma saída de estrada no não vão faltar.
Ferreira e Jorge Monteiro, nomes habituais
do TT nacional, acompanharam de perto
a estreia na competição dos seus filhos,
João Ferreira e David Monteiro, que fizeram
na Baja TT do Pinhal a sua primeira prova
do nacional – antes disso apenas tinham
participado nas 24 Horas TT de Fronteira em
2018. A estreia foi ao volante de um Toyota
Land Cruiser da categoria T2, carro que já
fez provas do mundial de TT e esteve na Baja
Portalegre há dois anos.
Um nome oriundo do karting, João Ferreira
teve aqui uma experiência longe da realidade
a que está habituado: “É muito diferente de
um kart. A parte da navegação foi o mais
difícil. Acima de tudo deu para aprender. Nos
quilómetros iniciais, no prólogo, tivemos
uma saída de estrada, furámos e fizemos o
prólogo nessas condições. Acho que temos a
velocidades, falta-nos é a experiência.”
Ao lado, David Monteiro enfrentou outros
desafios: “Apercebi-me que é um trabalho
muito difícil, mas foi uma adaptação gira.
As partes muito encadeadas são as mais
CÉSAR SEQUEIRAESTREIA-SE EMT1 OS HOMENS DOS LANCER
Com muitos anos de competição e títulos categoria: “A condução não tem nada a ver. Manuel Correia e Miguel
nas categorias T8 e T2, mas sem qualquer Saber qual o ponto de travagem é onde sinto Casaca estrearam-se ao
prova em carros de T1, 2019 foi o ano em mais dificuldade. No T2 travamos muito mais volante de dois Mitsubishi
que César Sequeira decidiu dar o salto. Para cedo e, por exemplo, nos ganchos a condução Racing Lancer na Baja TT
tal, apostou numa Mini Cooper D Proto, que é muito diferente, além de que andamos muito do Pinhal. Correia, piloto
esteve até ao derradeiro momento de início mais devagar. De facto quando passamos do campeão nacional de
da prova para ser terminado, com os últimos T2 para o T1, trazemos a experiência, mas fora Turismos de Montanha,
acertos a serem dados em pleno parque de isso o tipo de condução é totalmente novo.” assinala em 2019 a sua
assistência, antes do começo da Baja TT do Esta primeira experiência acabou com um 14º passagem para o TT,
Pinhal. Uma aposta que o piloto, navegado posto, fruto de problemas de juventude do acompanhado pela sua
pela filha Filipa, soube rapidamente converter carro: “Andámos sempre bem, mas o carro esposa, Ana Pinto. Porém,
em frutos, terminando o primeiro dia no acusou alguns problemas de juventude que as coisas não correram
quinto lugar com um carro em que não houve nos atrasaram, como a geometria do turbo, pelo melhor e um problema elétrico deitou por terra o objetivo de terminar o evento
tempo de testar. Uma grande prestação do que partiu, ou a ventoinha que se soltou.” em fim de semana de estreia na modalidade. Já Miguel Casaca (na imagem), com Pedro
piloto que confessou que tem a sensação Apesar do sucedido, a satisfação estava Tavares ao lado, foi melhorando a prestação com o decorrer da prova, terminando o
de ter de aprender tudo novamente nesta estampada no rosto da dupla. evento no oitavo lugar. “Foi um teste ao carro e correu bem. Quando nos sentámos
nele, nem o sabíamos pôr a trabalhar”, brincou o piloto.
TIAGO SANTOS TRIUNFA
NATAÇA DE PORTUGAL DE TT
Na prova dedicada aos modelos que já foram protagonistas
noutros tempos do campeonato em Portugal, que não
percorriam o SS2 dos demais autos, Tiago Santos e António
Dias foram os vencedores. Os pilotos, em Land Rover
Defender 90 TD5, deixaram a 2m03s José Maia e Gustavo
Gaudêncio, em Nissan Navara. A terceira posição ficou
nas mãos de João Pinheiro e Fernando Santos, em Nissan
Pathfinder. Dado que só acabaram três pilotos, todos
saborearam o champagne do pódio.
TT/
CAMPEONATO NACIONAL DE TODO-O-TERRENO AM48
24 B A J A D O P I N H A L
SANTINHOMENDES FOIMAISFORTE
Os SSV são a
categoria onde
todos querem
estar e voltaram
a assumir enorme
protagonismo na
prova beirã
Com três dias de prova e quase lómetros, onde a liderança começou por gar essa vantagem até ao final dos 173 ANDRÉ
quatro centenas de quilóme- pertencer a Vitor Santos, mas a meio do km de SS. VILAS-BOAS
tros disputados ao cronóme- setor o mais rápido passou a ser Pedro Vitor Santos terminou na 2ª posição com FORTÍSSIMO
tro, a Baja TT do Pinhal foi a Santinho Mendes, que terminou o dia mais 2m50s e manteve a liderança do
segunda prova da temporada, no 1º lugar, 2ª posição para Vitor Santos, Campeonato. De regresso às competições dos desportos
mas o primeiro grande teste com mais 1m40s 3ª posição para o seu colega de equi- motorizados que tanto o entusiasmam,
à resistência de pilotos e máquinas do A anteceder os dois Can-Am da SGS Car pa The Racing Factory / Speedfreak, o André Villas-Boas participou na Baja
CNTT. que dominaram o prólogo colocou-se brasileiro Aristides Júnior. TT do Pinhal. Aos comandos do Can-Am
Com a vitória de Pedro Santinho Men- em 3º lugar o campeão nacional João Nas três posições seguintes outros tan- da equipa South Racing sediada em
des, a prova organizada pela Escuderia Monteiro. Luís Cidade encerrava este tos Can-am Maverick. João Monteiro, Portugal e recente vencedora do Dakar
Castelo Branco permitiu identificar um grupo de pilotos, todos com uma des- do Sharish Gin Racing Team, vencedor nos SSV, começou por realizar o 27º tempo
núcleo de candidatos ao título que se vantagem inferior a 3 minutos para o da Classe stock do Troféu Can-Am, no prólogo entre as seis dezenas de
mantiveram firmes nas primeiras po- líder da prova. antecedeu João Dias, um dos grandes participantes nesta disciplina.
sições das duas provas já disputadas. O terceiro dia de prova começou com animadores da prova, e Marco Pereira, Depois foi sempre a melhorar. Em SS1
A dupla de pilotos da SGS Car dominou um ataque fortíssimo de João Dias que que foi o mais rápido deste última dia de registava o 9º tempo à passagem por
por completo o prólogo, com Pedro Car- nos primeiros 50 quilómetros já tinha corrida. No top 10 ficaram mais quatro CP1 terminando os 191 quilómetro na 14ª
valho a ser 4,4s mais rápido que o seu recuperado 4m25s ao líder e subido Can-Am, marca que ocupou as 14 pri- posição. No dia seguinte voltou a estar
colega de equipa João Dias. Estes dois sete posições, depois de na véspera meiras posições. Pedro Carvalho (SGS no top 10 na passagem em CP2 vindo a
pilotos foram ainda os mais rápidos da ter sofrido uma penalização de 10m. Car Racing) foi 7º, à frente da grande terminar a corrida na 16ª posição. Sem uma
Classe Open do Troféu Can-Am. Ao km 100 era, todavia, Mário Franco, novidade desta corrida, Sérgio Batista penalização de 10 minutos por arranque
Com um Can-Am da Classe Stock, o em Yamaha, o mais rápido em prova. (Benimoto), antigo piloto de Trial que antes de tempo no reabastecimento teria
campeão nacional João Monteiro reali- Por essa altura Pedro Santinho Mendes na estreia de SSV terminou no 8º lugar. terminado no top 10. Temos piloto.
zou o 3º tempo a 7,2s do vencedor. Com tinha a liderança da corrida presa por José Garcia, com um excelente início
apenas 17 anos Gonçalo Guerreiro foi o escassos 3s, mas o piloto do Can-Am de temporada, e o brasileiro Cristiano
4º mais rápido e venceu a Classe Junior. Off Road Portugal iria conseguir alar- Batista, encerram este top 10.
5º lugar para mais um Can-Am, o de
Pedro Santinho Mendes, enquanto que
na 6º posição colocou-se o vencedor da
prova de abertura, Vitor Santos, que foi o
mais rápido da Classe Veteranos.
No dia seguinte os concorrentes tive-
ram pela frente um troço com 191 qui-
C/ C L A S S I F I C A Ç Õ E S
1 PEDRO SANTINHO MENDES 6:10:04.9 DESTAQUES & INCIDENTES
CAN-AM MAVERICK X3 XRS 2:50.3
2 VITOR SANTOS 3:59.8 Muitas penalizações repartidas por arranque antes de tempo no reabastecimento
CAN-AM MAVERICK X3 XRS 4:53.6 (é obrigatória uma paragem de dois minutos controlada pela equipa e verificada
3 ARISTIDES JÚNIOR (BRA ) 11:51.8 pelo GPS), excesso de velocidade nas zonas de velocidade controlada (igualmente
CAN-AM MAVERICK X3 XRS 14:46.6 verificada pelo GPS) e por não permitirem a ultrapassagem apesar de ter sido
4 JOÃO MONTEIRO 16:53.4 sinalizado pelo sentinel (aparelho que notifica o piloto que tem um concorrente
CAN-AM MAVERICK X3 XRS 19:34.4 atrás mais rápido). A situação que levantou maior celeuma foi a que teve João Dias
5 JOÃO DIAS como protagonista. Um caso em que o piloto terá saído da ZA 10s mais cedo tendo
CAN-AM MAVERICK X3 XRS sido penalizado em 10 minutos, o que lhe tirou o 2º lugar.
6 MARCO PEREIRA
CAN-AM MAVERICK X3 XRS
7 PEDRO CARVALHO
CAN-AM MAVERICK X3 XRS
8 SÉRGIO BAPTISTA
CAN-AM MAVERICK X3 XRS
ABSOLUTO: 1º VÍTOR SANTOS, 45; 2º PEDRO SANTINHO
MENDES, 35; 3º JOÃO DIAS, 31; 4º JOÃO MONTEIRO, 26;
5º PEDRO CARVALHO, 25; 6º ARISTIDES JÚNIOR, 20; 7º
NUNO FONTES, 14; 8º PEDRO GRANCHA, 11; 9º MARCO
PEDREIRA E JOSÉ GARCIA, 10.
T2: 1º JOSÉ MANESCAS, 41; 2º ERIC STEICHEN, 40; 3º
DAVID GOMES, 29; 4º TIAGO GUERREIRO, 25; 5º PAULO
FIGUEIREDO, 21; 6º PAULO FERNANDES, 19.
MOTOS NOVOSVENCEDORESNABAJATTDOPINHAL >> autosport.pt
A Baja TT do Pinhal entrou para a história do tinha sido quarto no prólogo, acabou o dia muita pedra solta devido à passagem 25
campeonato nacional de todo-o-terreno com na frente da classificação geral depois de dos carros. O percurso era muito técnico.
a vitória de Daniel Jordão. ser o mais rápido no primeiro setor seletivo. Parecia mais enduro do que um raide. BREVES
Esta foi a primeira vez que o piloto da A partir daí, mais ninguém o incomodou. Sensivelmente ao quilómetro 100, numa
Figueira da Foz venceu a classificação Bernardo Megre bem tentou com a vitória subida, bati em alguma coisa, penso que >> FRANCO COM
absoluta de uma prova pontuável para no SS2, mas teve de se contentar com o numa pedra. Sofri uma queda forte, dobrei o SABOR AGRIDOCE
a competição maior da modalidade em segundo posto final, a 2m41,8s do vencedor. guiador e fiz algumas escoriações no braço.
Portugal. Roberto Borrego e Pedro Santinho Salvador Vargas concluiu a sua prestação Mas consegui voltar à moto e terminar, Mário Franco voltou a estar em
Mendes venceram igualmente nas suas na prova organizada pela Escuderia Castelo embora com muitas dores”, explicou o destaque tanto pelo excelente
classes, estes já conhecedores do sabor da Branco no terceiro lugar. ex-campeão nacional TT1 (2005) e vencedor andamento demonstrado como pelos
vitória no TT luso. A vitória de Daniel Jordão foi bem mais difícil da Baja TT do Pinhal 2019 em motos que pequenos problemas que teimam em
Com três dias de corrida, Salvador Vargas foi e sofrida do que inicialmente previsto. conseguiu a pontuação máxima para o não o deixar.
o primeiro a estar em destaque ao vencer o O piloto não evitou um acidente durante o campeonato nacional e para a Taça FIM de
prólogo com uma décima de vantagem sobre último setor seletivo e foi a muito custo que Bajas. >> 17 ANOS
Domingos Santos (AJP) e assumiu-se como conseguiu, não só, chegar ao fim, como na Por classes, Daniel Jordão foi o melhor em E MUITAVELOCIDADE
primeiro líder da Baja TT do Pinhal. Contudo, primeira posição da classificação absoluta. TT2, enquanto Megre venceu em TT1.
uma queda no primeiro setor seletivo fê-lo “O dia estava a correr muito bem, apesar Apesar do último lugar do pódio absoluto, Gonçalo Guerreiro (JB Racing / Rich),
descer várias posições e Daniel Jordão, que do piso estar bastante deteriorado. Tinha Salvador Vargas foi o mais forte em TT3. com apenas 17 anos, continua a
demonstrar um andamento fortíssimo.
QUADS: BORREGO REGRESSA Falta-lhe, todavia, consistência. Foi
ÀSVITÓRIAS NO PINHALINTERIOR 4º no prólogo. Chegou a rodar em 3º
no SS1 que terminou em 7º, mas no
FRANCO SPORT Roberto Borrego voltou a mostrar mas, mesmo assim, ficou a quase cinco derradeiro dia acabou por ficar fora
DOMINA TAÇA porque é que é um dos principais nomes minutos de distância de Borrego. de prova.
YAMAHA… da competição em moto4 no TT em “A seguir à primeira ZA vi os meus
ENÃO SÓ Portugal. O piloto de Ponte de Sor voltou adversários mais perto e procurei atacar >> FUTURAS
à competição a fazer o que tão bem mais. Depois, o resto da prova foi a atacar PROMESSAS
No arranque da Taça Yamaha só deu sabe… ganhar. Começou por ser o mais e a gerir ao mesmo tempo.” contou
Franco Sport. Na Classe Open os três rápido no prólogo, voltou a ficar no topo Roberto Borrego depois de terminar o Entre a lista de inscritos, há pilotos
primeiros classificados foram da equipa da tabela no primeiro setor selectivo com setor e ter garantido mais um triunfo na que, não agora, mas no futuro podem
de Alenquer. José Manecas venceu à uma vantagem superior a dois minutos e sua carreira. vir a dar cartas. Para já garantem
frente de Mário Franco e André Rodrigues. meio sobre o campeão em título, Arnaldo Na terceira posição ficou um piloto boas indicações.
Na Classe Stock o francês Eric Steichen Martins. Com a desistência do seu proveniente da Europa Central que está David Rodrigues (Sharish Gin Race
voltou a exibir-se em excelente plano, principal adversário, Borrego viu a sua vida a correr na Taça FIM de Bajas. Juraj Varga Team) esteve no top 10 em SS1 mas
enquanto o jovem João Franco vai mais facilitada. Em SS2 limitou-se a gerir, chegou depois de Borrego e Engeitado e abandonou em SS2. O estreante Rui
crescendo e terminando corridas e esta embora tenha gasto mais tempo porque beneficiou dos problemas que afetaram Carneiro, navegado por Henrique
não era propriamente fácil. andou “quatro ou cinco quilómetros pilotos como Arnaldo Martins e Filipe Nogueira, rodou no top 10 em SS1O. O
De referir que por outro lado a Franco perdido” explicou. Luís Engeitado foi Martins para segurar o derradeiro lugar estreante Nuno Rodrigues, navegado
Sport venceu nas motos através de Daniel o mais rápido. Ganhou 37 segundos do pódio. por Joana Pais, tinha o 8º tempo em
Jordão enquanto nos Quad Luís Engeitado CP1 de SS2 antes de protagonizar um
foi 2º classificado. Ambos os pilotos vistoso capotamento. O ex-campeão
lideram os respetivos campeonatos. de quad, Nelson Caxias (Benimoto),
realizou o 6º tempo em SS2.
>> ESTREIAVITORIOSA
DO POLARIS RS1
A estreia do Polaris RZR RS1 não
podia ter corrido de melhor forma. O
também estreante Tiago Guerreiro
(JB Racing / Rich) concluiu a corrida
na 14ª posição e venceu de uma
assentada o Troféu Polaris, a Classe
TT2 e foi o primeiro não Can-Am da
classificação absoluta.
>> IGNACIO CASALE
NABAJATTDO PINHAL
Vencedor do Dakar em quad por duas
vezes, Ignacio Casale esteve em
Portugal a convite da Franco Sport. O
piloto chileno foi um dos muitos que
se passou para os SSV no Dakar 2019 e
poderá vir a ter um Yamaha preparado
pela equipa portuguesa. Pelo meio
poderá haver ainda uma participação
numa das jornadas portuguesas do
CNTT. O piloto ficou fascinado com
o que viu do melhor campeonato de
todo-o-terreno da Europa.
FE/26
FÓRMULA E - SANYA
PÓDIO DÁ
LIDERANÇA
AFÉLIXDA
COSTA
Monótona e dividida em duas partes por uma bandeira
vermelha, a prova de Sanya acabou com tons alegres, pois
António Félix da Costa arrancou de terceiro, nesse lugar
terminou e com os azares alheios, sentou-se na cadeira da
liderança da competição. Um fim de semana chocho, mas muito
saboroso para as cores nacionais
José Manuel Costa variavelmente acabavam peças a voar nas boxes permitiram que a equipa de ao oitavo lugar ocupado pelo carro da
[email protected] (como sucedeu com Félix da Costa) ou Félix da Costa recuperasse o BMW, no- Virgin, vinha a fundo na longa curva 7 e
carros encostados ao muro. meadamente, trocando o nariz do carro. acertou no carro de Frjins. Que, por sua
Ao contrário de outras jorna- A ultrapassagem de Vérgne a Rowland Reatada a prova para a segunda metade, vez, descontrolado, acertou na trasei-
das da Fórmula E que quase aconteceu a 21 minutos do final da corri- nada se alterou, com Jean-Èric Vergne a ra do carro de Lucas di Grassi e acabou
exigiam um comprimido de- da e esta primeira parte terminou quan- fazer um passeio pelo circuito chinês – com a corrida deste. Mais peças e nervos
baixo da língua tal a emoção, do faltavam 12 minutos de corrida com que parece uma pistola de abastecimento a voarem, com Buemi a ser penalizado
a prova de Sanya, na China, foi o piloto da DS Techeetah na liderança, de combustível, ironia das ironias – bene- com 10 segundos após o final da corrida,
um longo bocejo dividido em depois de ter saído da pole position. Um ficiando, também, das instruções dadas abandonando o sexto lugar conquistado
duas partes por uma bandeira vermelha desentendimento entre André Lotterer pela Nissan e-Dams a Oliver Rowling. A no braço e caindo para o nono lugar final.
devido ao toque no muro de Alexander e Alexander Sims acabou com este úl- equipa pediu ao britânico para não pro- Este acidente tripartido fez sair as ban-
Sims, colega de equipa de António Félix timo a bater no muro. Destrui a suspen- curar em vão recuperar o primeiro lugar deiras amarelas e a corrida, sensaborona,
da Costa, e posterior inépcia dos comis- são traseira e parou pouco depois, numa (estava evidente a incapacidade de lá terminou da maneira mais aborrecida,
sários em conseguir retirar do local o posição que impossibilitava a continua- chegar) optando por manter o segundo com a bandeira amarela e de xadrez a
monolugar da BMW i Andretti Autosport. ção da corrida. lugar. Um resultado muito interessante darem como terminada uma corrida ga-
Oliver Rowland largou da pole position e Primeiro saíram as bandeiras amarelas, para a Nissan. Atrás destes dois, António
aí se manteve, enquanto António Félix da depois um “Full Course Yellow” – e aqui Félix da Costa defendeu-se, primeiro,
Costa era investigado por irregularidade ainda se assistiu a um esboço tático para de Daniel Abt, depois de André Lotterer
na largada depois de se manter no ter- usar o “Attack Mode” que nesta corrida – que fez uma ultrapassagem muscu-
ceiro lugar de onde saiu para a corrida. era mais um atraso de vida que uma aju- lada, mas que foi investigada e julgada
Nem Rowland conseguiu manter-se na da – e, finalmente, a bandeira vermelha. legal - e também não conheceu muitas
frente da corrida, nem a investigação ao Passaram 15 minutos parados na linha dificuldades em rubricar o lugar mais
piloto português foi a algum lado, com de boxes, debaixo de um calor e uma baixo do pódio.
Jean-Èric Vérgne a surpreender o pilo- humidade enormes, até que o carro de Furioso por ter sido penalizado devido a
to da Nissan, apanhando-o completa- Sims foi retirado e limpa a pista. um episódio com os travões, Sébastien
mente a dormir, e a conquistar a lide- Entretanto, após a bandeira vermelha, Buemi teve de arrancar do final da linha
rança da corrida. soube-se que os comissários desporti- de boxes, encetando uma recuperação
A partir daqui a prova foi andando com vos investigaram o líder da corrida por notável, que foi travada por um desen-
pouca emoção e com os pilotos a não te- uma alegada irregularidade no reco- tendimento entre o piloto da Nissan e
rem possibilidade de esboçar qualquer meço por ter atrasado o lançamento da Robin Frijns, à chegada ao gancho da
ultrapassagem. Quando tentavam, in- segunda parte da corrida. Os 15 minutos curva 8. Buemi estava a tentar chegar
>> autosport.pt
27
ANTÓNIOFÉLIXDACOSTA
“É ASSIM QUE VAMOS GANHÁ-LO!”
Não foi a posição que
desejava, mas foi o que
se conseguiu arranjar, um
terceiro lugar que, sabendo
a pouco, acabou por deixar
o piloto muito satisfeito.
“Não correu como esperava,
não consegui o resultado
que queria, mas estou de
regresso á liderança do
campeonato.” E rematou:
“É assim que vamos
ganhá-lo!” Já depois da
cerimónia do pódio, o piloto
português sustentou: “Foi mais um excelente pódio para mim e para a BMW. Foi uma corrida
onde senti que tinha andamento para terminar em 2º ou até lutar pela vitória, mas na tentativa
de ultrapassagem que fiz, percebi que o Oliver Rowland estava muito agressivo a correr riscos,
visto não estar na luta do campeonato. Desta forma optei por manter o 3º lugar e garantir mais
um importante pódio nas contas do campeonato. É assim que no final se vai fazer a diferença,
na regularidade e no ter de jogar muito com a inteligência nestas lutas, pensando sempre no
campeonato. Estou muito contente com o dia de hoje, saímos daqui na frente do campeonato,
mas sabemos que temos de continuar a trabalhar intensamente para mantermos o bom
momento. As contas que verdadeiramente interessam são no final, por agora é bom estar na
frente, mas o que conta é no final!”
Pelo facto de ter recebido pela sexta vez consecutiva o Fan Boost, Félix da Costa disse: “É incrível,
podemos até ser um país pequeno, mas a verdade é que tenho um apoio muito grande de todos
os Portugueses e sinto-me orgulhoso de ter estado sempre em todas as provas nos mais
votados. Hoje o fanboost ajudou-me verdadeiramente a aguentar o Abt numa luta que tive com
ele aonde acionei o botão, portanto este pódio não é apenas meu mas de todos os Portugueses
que votaram em mim no Fanboost. Obrigado, seguimos juntos!”
C/ C L A S S I F I C A Ç Ã O
1º JEAN-ÈRIC VERGNE DS TECHEETAH FORMULA E TEAM 1H02M50,185S
2º OLIVER ROWLAND NISSAN E.DAMS A 1,762S
3º ANTÓNIO FÉLIX DA COSTA BMW I ANDRETTI AUTOSPORT A 3,268S
4º ANDRÉ LOTTERER DS TECHEETAH FORMULA E TEAM A 4,631S
5º DANIEL ABT AUTI SPORT ABT SCHAEFFLER A 5,972S
CLASSIFICADOS 15 PILOTOS
CAMPEONATO DE PILOTOS
1º ANTÓNIO FÉLIX DA COSTA, 62 PTS; 2º JÊROME D’AMBROSIO, 61 PTS; 3º JEAN ERIC VERGNE, 54
PTS; 4º SAM BIRD, 54 PTS; 5º LUCAS DI GRASSI, 52 PTS; CLASSIFICADOS 24 PILOTOS
CAMPEONATO DE CONSTRUTORES
1º ENVISION VIRGIN RACING, 97 PONTOS; 2º MAHINDRA RACING, 97 PTS; 3º AUDI SPORT
ABT SCHAEFFLER, 96 PTS; 4º DS TECHEETAH FORMULA E TEAM, 95 PTS; 5º BMW I ANDRETI
AUTOSPORT, 80 PTS; CLASSIFICADAS 11 EQUIPAS
nha por Jean-Èric Vergne. O pódio ficou curva 2, logo depois do recomeço da cor-
fechado com Oliver Rowland e António rida e colocando-se a jeito para a equipa
Félix da Costa. Atrás dos três primeiros Jaguar trocar o brasileiro por outro piloto.
ficou André Lotterer, Daniel Abt e nos Gary Pafett encostou com um problema
dois lugares seguintes, com a penali- de transmissão no carro da HWA. Stoffel
zação de Buemi, ficaram os dois carros Vandoorne e Sam Bird encontraram-se,
da Mahindra, com Jerôme d’Ambrosio e na primeira volta, no mesmo espaço em
Pascal Wehrlein a ficarem como sexto e pista e ficaram fora de prova. José María
sétimo classificados, seguindo-se Mitch López também não foi muito longe e
Evans (um excelente resultado para o pi- Felipe Nasr também fez parte dos pilo-
loto da Jaguar) e os dois pilotos da Virgen, tos que abandonaram.
Edoardo Mortara e Felipe Massa. Contas feitas ao campeonato, António
Voltaram a acontecer muitos abando- Félix da Costa lidera a competição, se-
nos, sete para sermos mais precisos, guido de Jêrome d’Ambrosio, Jean-Èric
com Nelson Piquet Jr. a bater no muro da Vérge e Sam Bird.
FE/
FÓRMULA E
28 F Ó R M U L A E S A N Y A
LUCAS DI GRASSI
FURIOSOCOM
ROBINFRIJNS
C ontinuam a voar peças e a pa-
ciência dos pilotos na Fórmula E. tido entre Robin Frinjs, Lucas di Grassi MULTASPARA
Desta feita, um desentendimen- e Sébastien Buemi atrasou o suíço da TODOSOSGOSTOS
to entre Robin Frinjs e Lucas di Nissan e atirou o brasileiro da Audi para
Grassi deixou o brasileiro à beira de um o 15º lugar final. “Fez-me perder apenas
ataque de nervos. “Bateste no Buemi e três lugares no campeonato, mas per-
acabaste com a minha corrida!” disse di oito pontos preciosos, graças a ele.
um enfurecido di Grassi a Frinjs, mal Não quero saber de quem é a culpa –
acabou a corrida. “Espero que sejas acho que é do Buemi e do Frijns – mas
penalizado!” concluiu. O embate tripar- acertaram em mim. Da próxima vez
vou ficar longe do Frijns.”
Sébastien Buemi acabou por ser cia atrás do Safety Car; Lucas Di Grassi
condenado como o causador do teve de desembolsar cinco mil euros
embate entre ele, Robin Frijns e por abandonar o carro sem autorização
Lucas di Grassi (estava engana- do diretor de corrida; Sébastien Buemi,
do o di Grassi), sendo penalizado com Daniel Abt e André Lotterer foram apa-
10 segundos no final da corrida, o que nhados em excesso de velocidade no
o atirou para o oitavo lugar final. Jean- “full course yellow”, Buemi e Lotterer
Èric Vergne levou uma reprimenda por foram multados em 2000€, e Abt em
não ter mantido os 10 lugares de distân- 1000€.
OLIVER ROWLAND EXPLICOU
O FIASCO DE HONG KONG
O piloto britânico da Nissan e.dams explicou, finalmente,
o que se passou em Hong Kong, quando tinha tudo para
ser um dos heróis da corrida. Tudo teve a ver com Sam
Bird, um volante e um azar do tamanho da Catedral de
Westminster. “O Sam bateu-me na traseira no meio de
uma curva e o volante ficou meio doido pois perdi o con-
trolo do carro. Tentei recuperar e nesse processo ativei
inadvertidamente o botão do ‘full course yellow’ (ndr.:
bandeira amarela em todo o circuito o que obriga uma
velocidade máxima de 50 km/h). Não conseguia andar a
mais que 50 km/h. Ainda pensei que fosse o limitador das
boxes, pelo que o liguei e desliguei duas vezes. No deses-
pero carreguei em todos os botões e a coisa resolveu-
se”, esclareceu Rowland que disse ainda e com razão:
“Poderia fazer a mesma coisa 10 milhões de vezes que
nada disto aconteceria!” Lá está, um azar do camandro! E
para piorar, o carro avariou depois do piloto ter acertado
em tudo o que estava para lá da pista e dentro da pista.
>> autosport.pt
29
ANDRE LOTTERER
NÃOQUISOUVIR
SAM BIRD
Além de voarem o primeiro lugar, já em Sanya que “vou esquecer pois re- adas, encontrámo-nos ao almoço e
peças e cabeças quentes, o resul- gressei a casa de mãos vazias e não cumprimentei-o. Não vou ficar amarra-
tado da corrida de Hong Kong ditou vale de nada chorar sobre o leite der- do a amarguras, a vida é assim e o de-
uma irritação que ainda não acalmou. ramado” esclarecendo que deixo Bird sporto automóvel também, por isso va-
Sam Bird “atirou-se” a Andre Lotterer, a falar sozinho. “Tentou falar comigo, mos em frente.” Já Bird confirmava que
empurrou-o para fora da corrida para enviou mensagens a pedir desculpa e “tentei falar com ele, mas ele não quis,
“voar” até à vitória e uma liderança a sentir-se mal com o que aconteceu, é um problema dele” e quando pergun-
sólida do campeonato. Sam Bird aca- mas foi algo para acalmar a consciên- tado se faria algo diferente, foi curto e
bou por perder o primeiro lugar, de- cia dele. Não atendi nem devolvi cham- groso: “Não!”.
sceu até ao sexto posto e tudo ficou
mais renhido no topo. Mas a coisa
não ficou pelos cinco segundos de pe-
nalização, pois a DS Teechetah queria
mais que esta palmada na mão, ten-
do protesto a decisão alegando que
o crime compensou, porque Lotterer
ficou fora da corrida. O alemão disse
WEHRLEIN “VOA” PILOTOS QUEREM “ATTACK MODE” MAIS RADICAL
SEM A MERCEDES
Uma das particularidades da Fórmula E é o “Attack
O piloto alemão, ex-Mercedes, tem estado na ribalta e é um Mode”, a oferta durante quatro minutos, em dose dupla,
dos destaques da temporada 2018/19 da Fórmula E, aproveit- de mais 25 kW de potência, desde que o piloto passe
ando a boa forma dos carros da Mahindra. Após perder o lugar por uma zona de ativação que obriga a perder tempo
na Sauber em 2017, a Mercedes ficou sem opções para ele e a pois está fora da trajetória de corrida. A informação so-
única foi uma temporada no DTM. Piloto com excelente quali- bre as zonas de ativação é feita, apenas, uma hora antes
dade e relatórios positivos (marcou pontos com carros como de começar a corrida, evitando-se assim que as equi-
o Manor e o Sauber), Wehrlein viu Toto Wollf defender Esteban pas façam simulações para desenhar estratégias para
Ocon, sem se lembrar dele. Ficava evidente que o seu tempo na aproveitar esse “Attack Mode”. Quer isto dizer que este
Mercedes tinha acabdo. “Tomei a decisão de sair da Mercedes bónus adiciona mais um detalhe à estratégia para a cor-
a meio do ano passado e, até agora, foi a decisão certa e não rida e as equipas começam a encarar este bónus como
podia estar mais feliz”, esclareceu o alemão em Sanya. “Quero um mal e não uma benesse. Por isso, os pilotos querem
ter o controlo do meu futuro e é isso que estou a fazer neste que tudo seja mais radical, para ajudar a que as corridas
momento.” Isso e o ambiente muito mais relaxado na Fórmula não sejam feitas em comboio.
E deixaram o piloto mais alegre, confiante e os resultados rev-
elam isso mesmo. COMO A FÓRMULA E
REGRESSOU A LONDRES
Com sede no Reino Unido, na cidade de
Londres na zona de Hammersmith, a
Fórmula E visitou Londres e acabou por
não voltar por oposição dos residentes
que acabaram com qualquer possibilidade
da prova se voltar a realizar no centro de
Londres. O esforço conjunto de várias en-
tidades e o interesse da prova para a ci-
dade levou o evento para outro circuito
que terá como pano de fundo a O2 Arena,
o centro financeiro Canary Wharf, o Shard,
o London Eye e a Tower Bridge, enfim,
um postal ilustrado do melhor que tem
Londres. O circuito terá 2,4 quilómetros
de extensão, 23 curvas e linha de meta
dentro do gigantesco edifício da ExCel. O
campeonato de 2019/2020 terminará com
uma jornada dupla em Londres.
K/30
KARTING - TROFÉU ROTAX – 1ª PROVA
ARRANQUE
EM PALMELA
A primeira jornada dupla do Troféu Rotax 2019 disputou-se
no último fim de semana, no Kartódromo Internacional
de Palmela, com mais de seis dezenas de pilotos
Filipe Cairrão e Ricardo S. Araújo nova prova, no somatório dos resultados CATEGORIA JÚNIOR pletado o pódio, enquanto Duarte Pinto
[email protected] das duas Finais, Mariano Pires venceu a Coelho e Matilde Ferreira fecharam o top-
FOTOS Alexandre Araújo/HelloFoto categoria DD2 enquanto Gonçalo Coutinho Na categoria Júnior, no soma dos resul- 5. Diogo Martins foi sexto classificado, se-
e Pedro Pinto completaram o pódio. João tados das duas Finais de sábado, Miguel guindo-se Francisco Serôdio, Diogo Faria,
OTroféu Rotax 2019 arrancou Oliveira foi quarto classificado na geral e Silva triunfou ‘em casa’, enquanto Tomás Gonçalo Moura e Pedro Pinto Soares que
no Kartódromo Internacional garantiu a vitória na Master, na qual Vítor Ribeiro e Diogo Martins completaram o encerrou o top-10.
de Palmela, com a realização Mendes foi segundo classificado, na frente pódio. José Barros e Pedro Perino foram os José Almeida, Carolina Trindade e José
da primeira jornada dupla, sob de Mark Dinis e de António Bravo Lima. quarto e quinto classificados, respetiva- Barros terminaram, respetivamente, nas
a organização do Motorsport mente, na frente de Duarte Pinto Coelho, posições seguintes.
Viana Clube, competição que CATEGORIA SÉNIOR Matilde Ferreira, Diogo Faria, Gonçalo
apura o vencedor de cada categoria para Moura e José Almeida que fecharam, por CATEGORIA MINI-MAX
as Finais Mundiais Rotax, que este ano se- Na categoria Sénior, no sábado, Guilherme esta ordem, o top-10. Pedro Pinto Soares Na categoria Mini-Max, Adrián Malheiro
rão disputadas no Circuito Internacional de de Oliveira foi o vencedor, sendo acom- terminou na 11.ª posição, seguindo-se venceu no sábado, seguindo-se o es-
Nápoles, em Itália, entre 19 e 26 de outubro. panhado no pódio por Diogo Marques e Francisco Serôdio e Carolina Trindade. panhol Guillermo Pernía e João Oliveira.
Face ao ano anterior, existiram mudan- Manuel Alves. O holandês Jesse Doorgest Pedro Perino venceu a prova de domingo, José Pinheiro e Miguel Couteiro termi-
ças quanto à fórmula de competição, pas- foi o quarto classificado e madeiren- tendo Miguel Silva e Tomás Ribeiro com-
sando a disputar-se uma prova no sába- se João Bazenga fechou o top-5 no seu
do (duas finais) e outra no domingo, com regresso às provas no continente.
os respetivos pódios a realizarem-se no Gabriel Caçoilo foi o sexto classifica-
final de cada dia. No que diz respeito ao do final, Miguel Corsino foi sétimo, en-
primeiro dia de competição nas catego- quanto Rodrigo Lessa, Afonso Trindade
rias DD2 e DD2 Master (esta para pilotos e Alexandre Almeida também termi-
com idade igual ou superior a 32 anos), naram dentro do top 10, por esta ordem.
que partilham a mesma grelha, no soma- Diego Sirgado foi o 11.º classificado, Dennis
tório dos resultados das duas Finais, Pedro Oliveira foi 12.º e Leonardo Guimarães
Pinto venceu a categoria DD2 enquanto completou a classificação após as duas
Gonçalo Coutinho foi segundo classifi- corridas deste sábado.
cado e João Oliveira terceiro, triunfando No domingo, Guilherme de Oliveira fez
entre os Master, com os mesmos pontos o pleno de vitórias, sendo acompanha-
de Vítor Mendes, sendo o melhor tempo do no pódio por Jesse Doorgest e Diogo
obtido nos treinos cronometrados o fator Marques. Manuel Alves ficou muito perto
de desempate. António Bravo Lima fechou de subir ao pódio, no quarto lugar, Gabriel
o top-5 e o pódio da Master e Mark Dinis Caçoilo garantiu o quinto posto, na fren-
terminou na sexta posição, sendo o quar- te de Miguel Corsino, Afonso Trindade,
to posicionado da Master. Mariano Pires Rodrigo Lessa, Alexandre Almeida e
foi forçado a abandonar na Final 2 devido Leonardo Guimarães, que completa-
a problemas mecânicos. No segundo dia, ram o top 10 por esta ordem, seguidos por
Dennis Oliveira e Diego Sirgado.
CATEGORIA SÉNIOR MAX >> autosport.pt
31
CATEGORIAS DD2 E DD2 MASTER
CATEGORIA JÚNIOR CATEGORIA MINI-MAX
CATEGORIA MICRO-MAX CATEGORIA MICRO-ACADEMY
naram nas posições seguintes, com os treinos cronometrados. sificado na frente de Martim Menezes, pódio por Afonso Ferreira e Tomás Lobo.
mesmos 97 pontos, mas com vanta- Pedro Rilhado foi o sétimo classificado, Pedro Barbosa, Pedo Moura e Afonso No top 5 terminaram o espanhol Gonzalo
gem para o Pinheiro devido ao resul- João Pinto Coelho foi oitavo, enquanto Pinto Soares. No domingo, triunfou Pernía e João Pereira, seguidos por Oliver
tado obtido nos treinos cronometrados. Henrique de Oliveira e João Dinis fe- Christian Costoya, Salvador Trindade Doctor e David Luís. No domingo, Tomás
Pedro Rilhado foi o sexto classificado, charam o top 10, seguidos por Tomás e João Maria Gouveia completaram Gomes voltou a triunfar, desta vez em
Diogo Castro terminou no sétimo lugar, Rodrigues. o pódio. igualdade pontual Afonso Ferreira mas
na frente de João Coelho, Henrique de Rodrigo Vilaça e Gonçalo Pereira com vantagem no desempate devido ao
Oliveira, João Dinis e Tomás Rodrigues. CATEGORIA MICRO-MAX encerraram o top 5, seguindo-se resultado nos treinos cronometrados.
No domingo, João Oliveira foi o vence- Na Micro-Max, João Maria Gouveia Lourenzo Campos, Martim Menezes, Tomás Lobo completou o pódio, na fren-
dor, sendo acompanhado no pódio por venceu a prova de sábado, Christian Pedro Barbosa, Pedro Moura, Afonso te de Gonzalo Pernía, David Luís, Oliver
Guillermo Pernía e Adrián Malheiro. Costoya foi segundo classificado e Pinto Soares e Martim Marques. Doctor e João Pereira.
O top 5 final ficou completo com Miguel Salvador Trindade completou o pódio. A segunda jornada dupla do Troféu
Couteiro e José Pinheiro, este em igual- Rodrigo Vilaça e Gonçalo Pereira fe- CATEGORIA MICRO-ACADEMY Rotax está marcada para 25 e 26 de
dade pontual com Diogo Castro mas charam o top 5, respetivamente, en- Na Micro-Academy, Tomás Gomes ven- maio e será disputada no Kartódromo
com vantagem pela performance nos quanto Martim Marques foi sexto clas- ceu no sábado, sendo acompanhado no de Viana do Castelo.
>>motosport.com.pt
KAWASAKI
» VERSYS 1000 SE
CONFORTO, SOFISTICAÇÃO E VERSATIBILIDADE EM 2 RODAS
A convite do importador da Kawasaki em Portugal,
a empresa Multimoto, deslocámo-nos há dias ao Luso
para ter o primeiro contacto com a novíssima Kawasaki
Versys 1000 versão SE
Pedro Rocha dos Santos do o comportamento da Versys 1000 SE O assento dividido em dois, e com a parte pode não parecer suficiente para se bater
[email protected] em todo tipo de situações, terminando do pendura a um nível superior, garan- com a concorrência direta no universo
de volta ao Luso, já de noite e com mais te maior visibiliade ao mesmo. O novo das Sport Tourers, onde existem outras
Aorganizaçãorecebeu-noscom alguns quilómetros percorridos do que quadro permite que a secção do assento opções com potências na ordem dos 160
uma breve apresentação sobre os inicialmente previstos. dianteiro esteja colocada mais perto do cv. No entanto, a Kawasaki parece ser uma
o modelo, onde se destacaram A Kawasaki Versys 1000 que pudemos solo fazendo com que o condutor não opção mais equilibrada, procurando dotar
algumas características fun- ensaiar era a versão topo de gama, a SE. só chegue mais facilmente com os pés a sua Versys 1000 de características que
damentais desta nova versão Distingue-se da versão standard no equi- ao chão, aumentando a segurança em privilegiam o rodar de forma descontraída
da Kawasaki Versys 1000 de pamento e componentes adicionais onde manobras, como também assuma uma e em segurança, com potência mais do
2019 que iríamos conhecer melhor no dia se incluem; Painel de informação TFT a posição mais integrada e uma postu- que suficiente onde ela se torna mais ne-
seguinte. Previsto estava um percurso de cores e não LCD, suspensões semi-ativas, ra mais direita na moto. Assento muito cessária para garantir um condução fácil,
cerca de 350 km, a realizar pelas fantásti- quatro modos de motor - Sport, Road, confortável, por sinal, que garantiu que descontraída e harmoniosa. Para além
cas estradas da Serra da Estrela. Especial Rain e Rider ( este último personalizável ao fim de 350 kms chegássemos ao nosso de tudo o que referimos anteriormente
ênfase foidadodurantea apresentação à ) -, faróis direcionais em curva, “quick- destino sem cansaço aparente. também em modo Sport e na fase dois
nova eletrónica da versão SE, ao novo de- -shifter”, punhos aquecidos, écrã dianteiro No arranque, de imediato apercebemo- do nosso percurso quisemos colocar à
sign e estilo mais agressivo do modelo, ao mais alto, proteções de punhos, descanso -nos de duas situações, motor muito prova o comportamento da Versys 1000
seu novo chassis, mais leve, à suspensão central e malas laterais nesta versão que silencioso e sem vibrações, um binário num regime de condução mais agressi-
semi-ativa, aos faróis de tecnologia LED e incluía o Pack Tourer. imenso e uma enorme leveza na sua vo e o resultado foi muito positivo, com
ao sistema de iluminação em curva com No primeiro contacto visual destaca-se condução em ambiente urbano graças a enorme estabilidade em curva, muito
três níveis de intervenção, ao painel de de imediato a nova frente mais agressiva uma direção leve e a um equilíbrio geral fácil de colocar e encadear em curvas, um
informação TFT a cores e ao sistema de da Versys 1000 e os 3 faróis LED laterais e bem conseguido por uma distribuição de sistema de gestão de travagem em curva
controle e gestão de informação através direcionais que se acendem em função do massas acertada. O modo selecionado de que gere vários parâmetros de inclinação
da App “Rideology” da Kawasaki. ângulo de inclinação da moto em curva. início foi o Road pois assumimos que seria e de motor ( KCMF ) e que atua de forma a
A primeira parte do dia seguinte seria O écrã frontal é ajustável manualmen- o mais abrangente e adequado para o tipo garantir um nível de segurança a toda a
intensa, com várias paragens para foto- te rodando dois manípulos laterais. As de percurso de montanha que iríamos prova e que confere uma eficiência fan-
grafar, até ao Sabugueiro. Já na Serra da malas têm um pormenor interessante realizar e as condições climatéricas de tástica da Versys em condução extrema.
Estrela pudemos recompor forças com um que é o sistema de fixação, pois ao serem excelente dia de sol com que a Serra da O enorme binário a baixa rotação da
almoço de especiarias regionais, antes de destacadas da moto não fica nenhuma Estrela nos brindou. Versys 1000 SE surprendeu-nos tam-
arrancarmos até à Torre no topo da Serra. estrutura de suporte à vista, não afetando A Versys 1000 monta um motor tetracilín- bém pela positiva, de tal forma que nos
A segunda metade do dia seria dedicada por isso a estética traseira da moto quando drico em linha com 1047cc que debita 120 transmitia a sensação de estarmos numa
essencialmente a rodar e a testar a fun- pretendermos circular sem malas. cv às 9.000 rpm, realidade que à partida moto de caixa automática pois, mesmo
33
abaixo das 2 000 rpm e em 6ª velocidade, obviamente do regime a que rodarmos. trânsito citadino.
bastava rodar o punho, inclusivamente Com um peso de cerca de 250 kg, peso As suspensões semi-ativas desenvol-
em subidas, e o motor da Versys 1000 aliás compensado, como já referimos vidas pela Showa atuam em função dos
respondia de imediato sem nenhum bater anteriormente, por uma frente que nos modos selecionados de condução sendo
e de forma suave e progressiva, de forma passa a sensação de uma enorme leve- que por exemplo no modo Sport se tornam
deveras impressionante, realidade que za, e que facilita imenso as manobras a obviamente mais duras e no modo Rain
torna a condução muito menos cansativa. baixa velocidade, sobretudo no meio do mais brandas. Optámos quase sempre por
Isto apesar da podermos utilizar uma
caixa com quickshift nos dois sentidos,
opção incluída na versão SE, assim como
termos uma embraiagem deslizante e
assistida que transforma a sua utilização
numa “brincadeira de meninos”.
Não tivemos a oportunidade de testar a
Versys com pendura, nem de obter por
isso a sua opinião, mas pelo que pudemos
avaliar em termos da suavidade que pro-
porciona a condução da Versys 1000 quase
que podemos garantir que esta moto está
pensada para correr mundo a dois.
Apesar de toda a suavidade demonstrada
nos baixos e médios regimes existe uma
pequena vibração perto das 6000 rpm que
no percurso que realizámos de montanha,
com subidas e baixadas constantes de
regime, quase não se nota, no entanto
em vias rápidas ou autoestrada torna-se
mais evidente.
Com um depósito com capacidade para
21 litros a Versys 1000 tem uma autono-
mia para cerca de 300 km, dependendo
34
>>motosport.com.pt
rodar no modo Road que aatua também piloto e pendura ou ambos e bagagem. encontrar a combinação perfeita pode surpreendeu-nos o seu excelente tato e
sobre o controle de tração e confere um O sistema funciona apenas na versão SE não ser uma tarefa simples nem evidente. a sensação de controle total sem esforço.
comportamento abrangente às suspen- atravésdeumabombahidráulicacolocada O percurso levou-nos ao topo da Serra da As pinças radiais monobloco e o sistema
sões, proporcionando conforto e segu- debaixo do assento. Estrela onde as temperaturas estavam ABS em curva, o sistema de controle de
rança mesmo a velocidades mais altas. Claro que no modo “Ride” tudo pode ser abaixo dos zero graus e mesmo nessas tração em curva também e a gestão que
Num botão no punho esquerdo podemos alterado e selecionado de acordo com a condições não sentimos qualquer al- é feita ao nível das suspensões, não as
regular a pré-carga da suspensão traseira nossa vontade e “intuição”, mas diga- teração no comportamento da Versys deixando afundar demasiado em trava-
em função do peso com que a mota irá mos que esse é um processo que requer 1000. Na longa descida da Torre para Seia gem à entrada das curvas, mantendo as
circular: só piloto, piloto e bagagem ou mais tempo e alguma sensibilidade pois pudemos testar a eficiência dos travões e trajetórias o mais limpas possíveis, torna-
CONCORRÊNCIA DUCATI MULTISTRADA 1260 - 1262 CC KTM 1090 ADVENTURE L - 1050 CC SUZUKI DL 1000 V-STROM - 1037 CC
BMW S 1000 XR - 999 CC 158 CV 125 CV 99,2 CV
160 CV POTÊNCIA POTÊNCIA POTÊNCIA
POTÊNCIA 209 KG 205 KG 232 KG
228 KG PESO PESO PESO
PESO 17 895€ 15 556€ 12 999€
17 172€ PREÇO BASE PREÇO BASE PREÇO BASE
PREÇO BASE
35
FT/ F I C H A T É C N I C A
1 043 CC
CILINDRADA
120 CV
POTÊNCIA
21 L
DEPÓSITO
250 KG
PESO
17 995€
PREÇO BASE
TIPO DE MOTOR REFRIGERAÇÃO LÍQUIDA, 4 CILINDROS
EM LINHA CILINDRADA 1,043 CM³ DIÂMETRO X CURSO
77 X 56 MM RÁCIO DE COMPRESSÃO 10.3:1 SISTEMA
DE VÁLVULAS DOHC, 16 VÁL. SISTEMA DE COMBUSTÍVEL
INJEÇÃO DE COMBUSTÍVEL: Ø 38 MM X 4 (KEIHIN) COM DUPLA
VÁLVULA DE ACELERADOR IGNIÇÃO DIGITAL SISTEMA DE
ARRANQUE ELÉT. LUBRIFICAÇÃO LUBRIFICAÇÃO FORÇADA,
CÁRTER HÚMIDO POTÊNCIA MÁX. 120 CV/ 9000 RPM
BINÁRIO MÁX. 102 NM / 7500 RPM EMISSÕES CO2 137 G/
KM TRANSMISSÃO 6 VEL. TRANSMISSÃO FINAL CORRENTE
SELADA EMBRAIAGEM HÚMIDA MULTIDISCO, MANUAL,
DESLIZANTE E ASSISTIDA TRAVÕES DIANTEIROS DUPLO
DISCO SEMI-FLUTUANTE EM PÉTALA DE 310MM. DUAS PINÇAS
DE 4 ÊMBOLOS OPOSTOS TRAVÕES TRASEIROS DISCO DE
250MM EM PÉTALA. PINÇA DE UM ÊMBOLO SUSPENSÃO
DIANTEIRA INVERTIDA DE 43 MM SEMI-ACTIVA COM
EXTENSÃO E PRÉ-CARGA AJUSTÁVEIS SUSPENSÃO TRASEIRA
SEMI-ATIVA - PRÉ-CARGA COM AJUSTE REMOTO TIPO DE
QUADRO DUPLA TRAVE, ALUMÍNIO RASTO 106 MM CURSO
DA RODA DIANTEIRA 150 MM CURSO DA RODA TRASEIRA
150 MM PNEU DIANTEIRO 120/70ZR17M/C (58W) PNEU
TRASEIRO 180/55ZR17M/C (73W) ÂNGULO DIREÇÃO E/D
34° / 34° C x L x A 2,270 X 895 X 1,400 (1.465 PÁRA-BRISAS
AJUSTADO NO MÁXIMO) MM DIST ENTRE EIXOS 1,520 MM
DISTÂNCIA AO SOLO 150 MM ALTURA DO ASSENTO 840 MM
ram a descida numa verdadeira balada de vamente gerir em modo “Rider” todas as Nada a referir sobre o painel de infor- semana ou duas sendo que o processo
prazer, acompanhada por uma sensação funções eletrónicas disponíveis na moto, mação TFT a cores extremanente com- pode ser ativado mediante calor.
de controle e segurança constantes. podendo criar até 4 modos personalizados pleto e de fácil leitura da Versys 1000 No final e após concluídos os 350 km do
Uma das funcionalidades que a versão que ficam pré-gravados na aplicação para SE, mesmo com luz intensa de dia. Os percurso podemos facilmente concluir
SE acrescenta é a possibilidade de utiliza- poderem ser introduzidos a qualquer mo- punhos aquecidos ajudaram a superar que a nova Kawasaki Versys 1000 de 2019
ção da App “Rideology” da Kawasaki que mento. Dado o pouco tempo que tínhamos as temperaturas negativas sentidas é uma Adventure Tourer perfeita para
permite emparelhar o sistema da Versys e o estarmos mais focados na condução no topo da Serra e o Cruise Control quem queira, de forma tranquila, segura
com o nosso smartphone e obtermos uma acabámos por não nos dedicar muito a funcionou na perfeição já no regresso e confortável, enfrentar longos percursos
série de informação e podermos inclusi- explorar esta funcionalidade. em auto-estrada. Em termos de pro- em duas rodas, não necessariamente
teção aerodinâmica o écrã mais alto e fora de estrada pois a aventura não é só
TRIUMPH TIGER 1050 SPORT - 1050 CC YAMAHA SUPER TÉNÉRÉ 1200 - 1199 CC envolvente da versão SE oferece uma feita de pó, pedras e areia, sendo que a
proteção eficiente e sem turbulências tranquilidade das estradas secundárias
126 CV 112 CV permitindo ser ajustado manualmente do interior são aquelas que muitas vezes
em altura embora recomendemos que o nos trazem maior prazer nas nossas
POTÊNCIA POTÊNCIA ajuste se realize com a moto parada. As viagens, pelas suas paisagens, pela
proteções de mãos incluídas na versão sua gastronomia, pelas suas gentes e
218 KG 265 KG SE são também uma ajuda importante a os lugares que visitamos, pela paz que
diminuir o fluxo de vento e frio ou chuva podemos sentir sempre com um lugar à
PESO PESO sobre as mãos. nossa espera onde pernoitar e recuperar
Finalmente, um pormenor que já ti- forças para continuar no dia seguinte.
13 900€ 13 795€ nhamos visto na desportiva topo de Uma moto ideal para viajar a dois, com
gama da marca, a Kawasaki Ninja H2, a todas a funcionalidades em termos de
PREÇO BASE PREÇO BASE versão SE da Versys traz pintura auto- suspensões, travões e eletrónica para
-regenerativa no depósito e nos painéis melhor adaptar a moto às circunstâncias
superiores laterais, pintura que, tal como da viagem e garantir um enorme prazer
o nome indica, regenera pequenos riscos na sua condução.
provocados por objectos pouco contun- A Kawasaki Versys 1000 de 2019 está
dentes como por exemplo o fecho de disponível em duas combinações cro-
um blusão ou uma fivela de um relógio máticas na Versão SE, a Verde e Cinza
ou mochila. Segundo a informação que e a Preta e Branco e também em duas
nos foi passada a pintura recupera o cores na versão standard, Branco e Preto
seu acabamento inicial ao fim de uma e Laranja e Preto.
36
GRANDE PRÉMIO Jorge Covas
[email protected]
PETERDA GRÃ-BRETANHA DE 1958
COLLINS, Ao longo da história do des-
porto motorizado podemos
UMA “LEBRE” escolher vários exemplos de
VOADORA um piloto agarrar uma corrida
pela garganta e ditar a sua lei
Peter Collins, o simpático piloto britânico, tinha uma missão: e conduta. Jacky Ickx nas 24
vencer pela Ferrari. Quando ele e a equipa precisavam de Horas de Le Mans de 1977, onde pegou
ter bons resultados na temporada de 1958 de Fórmula 1, o num carro que estava para lá dos 40 pri-
meiros da corrida e com muitas voltas
britânico, que estava numa situação contratual complicada de atraso e andou tão depressa que os
e com a equipa a passar por uma má fase de resultados e Renault quebraram, um a um, até Ickx
com a perda de pilotos nos meses anteriores, foi com tudo na
sua corrida caseira, esmagando os adversários e dominando
uma prova onde conduziu tão depressa que chegou a ser
aconselhado para nunca mais andar daquela forma
CONHEÇA ESTA E MUITAS
OUTRAS HISTÓRIAS EM AUTOSPORT.PT
>> autosport.pt
37
estar na frente. Michael Schumacher Prémio da Grã-Bretanha de 1958, em Hawthorn, Luigi Musso, Peter Collins, e que a posição do motor se mantivesse
no Grande Prémio de Espanha de 1996 Silverstone, também foi especial, com ainda podiam contar com outros pilo- inalterada, na frente do carro.
onde, em condições extremamente ad- uma exibição de condução simples- tos como Wolfgang von Trips ou Olivier
versas, com muita chuva, dominou lar- mente genial. Os acontecimentos an- Gendebien. Em termos da seleção de INÍCIO DA TEMPORADA
gamente a corrida e ganhou com quase teriores a esta prova dão ainda mais pilotos, não parecia haver problemas, A temporada não começou com o pé
um minuto de vantagem. Ayrton Senna magia a esta história. e a equipa continuava forte apesar das direito. Na Argentina, mesmo sem a
fez algo semelhante naquele famoso Para a temporada de 1958 a Ferrari ti- perdas de Eugenio Castellotti e Alfonso presença dos Vanwall e BRM, que ain-
Grande Prémio da Europa de 1993 em nha boas perspetivas de ter sucesso, de Portago. da não estavam a postos por causa da
Donington Park, quando passou quatro tanto no programa de Fórmula 1, como Nesta temporada, a marca italiana ti- alteração das regras de combustível, e
carros na primeira volta, chegou à lide- no programa de Resistência, com mais nha um novo carro, o modelo 246 F1. com apenas 10 carros na corrida, houve
rança e mostrou todo o seu brilhantismo um ataque às 24 Horas de Le Mans. E a As mudanças nos regulamentos sobre uma enorme surpresa com um Cooper-
na chuva para vencer de forma arrasa- escolha de pilotos refletia bem a aposta o combustível a ser usado mudaram e a Climax, pilotado por Stirling Moss, que
dora, dobrando todos os carros menos de Enzo Ferrari em conquistar todas as Ferrari desenhou um motor novo, um V6 pôde correr com o Cooper com autori-
um. O que Peter Collins fez no Grande provas, com grandes pilotos como Mike (Dino) de 2.4 litros, uma novidade, ainda zação da sua equipa, a Vanwall. Venceu a
38
A relação entre Enzo Ferrari e Peter Collins não foi
das mais fáceis, com o piloto a estar por mais que
uma vez com o ‘pé fora da equipa’
corrida graças a uma belíssima estraté- pilotos que competiam regularmente no pidamente voltou a perder posições. A Brooks venceu e a Vanwall somava duas
gia de não parar para trocar pneus. Esta campeonato. Foi uma espécie de prelú- corrida foi muito frustrante e terminou vitórias consecutivas. Mike Hawthorn
corrida ficou para a história por ter sido a dio para o que iria acontecer no Grande rapidamente sem glória com o Ferrari somava pontos importantes e levou
primeira vitória de um carro com motor Prémio da Grã-Bretanha, mais tarde, na- a ter um problema na caixa de veloci- o Ferrari ao 2º lugar. Quando Brooks
dianteiro na Fórmula 1. Para a Ferrari, foi quela temporada. No Mónaco, já com as dades, forçando Collins a um pião e a cruzou a linha de meta, partiu a caixa
um segundo e terceiro lugares, Musso equipas da Vanwall e da BRM presentes, voltar às boxes a pé. A Vanwall tinha de velocidades. Hawthorn deu tudo na
seguido de Hawthorn. Quanto a Collins e com a Cooper a estrear o modelo T45, a primeira vitória da temporada, com última volta, apesar de muito distante
teve um início de temporada de enor- Collins terminou no 3º lugar depois de Stirling Moss a dar um recital do início de Brooks, e terminou a corrida com um
me desilusão, não conseguindo sequer uma corrida que não foi propriamente ao fim. O melhor Ferrari nesta corrida pistão partido. O terceiro classificado,
concluir a primeira volta, forçado a aban- espetacular. Collins teve uma aborda- foi o de Mike Hawthorn, num distante Stewart Lewis-Evans, noutro Vanwall,
donar com problemas no semi-eixo. gem semelhante àquela que tinha sido 5º lugar, com uma volta de atraso. Nesta terminou a corrida com uma suspen-
A estadia de Collins na Argentina aca- executada em Sebring, mas numa corri- corrida, os Ferrari sofreram bastante são quebrada.
baria por ser positiva. Uma semana de- da de resistência este tipo de abordagem com um comportamento muito sub- As 24 Horas de Le Mans iriam ser ca-
pois conseguiu vencer os 1000 km de cautelosa compensa por causa da dura- virador, mas nada pôde ser feito para tastróficas para Collins. Nesta corrida
Buenos Aires com Phil Hill. Um resul- ção de uma prova. Embora no Mónaco melhorar o rendimento dos carros e o partilhou o Ferrari 250 TR 58 com o seu
tado muito positivo e moralizador para houvessem muitos abandonos, Collins resultado foi um desastre. colega e grande amigo, Mike Hawthorn,
a equipa, que iria atacar as 12 Horas de não tinha tantas voltas para recuperar. No Grande Prémio da Bélgica, Collins que iniciou a corrida em alta velocida-
Sebring. Nessa prova, Collins voltava Maurice Trintignant deu uma nova vi- ficou rapidamente fora de prova com o de, mas o carro já mostrava sinais de
a fazer parelha com Phil Hill e a dupla tória à Cooper nesta corrida. Ferrari a sobreaquecer logo na grelha de ter uma embraiagem em mau estado.
fez uma corrida com muita cautela e partida. Envolto em vapor e com mecâ- Depois de uma longa paragem a dupla
gentileza com o carro e foram recom- FASE DIFÍCIL nicos em pânico à sua volta, o britânico fez uma bela recuperação até que pa-
pensados com uma vitória na clássica ainda conseguiu começar a corrida, mas raram definitivamente na 11ª hora de
americana. Estas vitórias compensa- A partir daqui, a temporada de Collins com as temperaturas altas.Determinado prova, com a embraiagem a ser mes-
ram o fracasso que havia sido o Grande iria sofrer uma reviravolta que certa- a resolver o problema, conseguiu ainda mo a culpada.
Prémio da Argentina. mente ninguém esperava… liderar a prova, só que o sobreaqueci- Enzo Ferrari não culpou a embraiagem,
Antes de chegar o Grande Prémio A prova seguinte no Mundial de Fórmula mento do motor já tinha feito estragos, mas sim a condução de Collins, a quem
do Mónaco, Collins venceu o BRDC 1 foi em Zandvoort, no Grande Prémio da e encostou o carro na garagem. Depois atribuiu o facto da embraiagem não re-
International Trophy em Silverstone, Holanda. Esta corrida não correu bem de uma boa exibição nos treinos, o bri- sistir porque, aparentemente, não queria
uma corrida extra-campeonato que para o piloto britânico. Depois de partir tânico viu das boxes um final de corri- pilotar o carro debaixo de uma tempes-
teve uma grelha de partida com muitos apenas do 10º lugar, o melhor que con- da quase cómico e inacreditável. Tony tade que se abateu sobre a corrida e, a
seguiu foi subir até ao 7º lugar, mas ra-
>> autosport.pt
39
ser assim, Collins danificou de propósi- O piloto alcançou e este, não querendo perder o seu pi- entre os Vanwall e os Ferrari, mas ou-
to a embraiagem do carro. Enzo Ferrari três triunfos no loto, mudou de ideias. Collins iria par- tros pilotos intrometeram-se e a luta foi
parecia magoado com o seu piloto, que ticipar na corrida em Reims. muito renhida. Stirling Moss fez a pole
o tinha ajudado tanto a ultrapassar a mundial de Fórmula Nesta corrida, os Ferrari estavam mais no Vanwall, na frente do BRM de Harry
morte do seu filho, Dino Ferrari, e Collins 1, o último dos quais competitivos. Desde a partida, Hawthorn Schell. Roy Salvadori, no Cooper-Climax,
seria castigado severamente. tentou ir embora, mas Luigi Musso, o seu era 3º, Mike Hawthorn largava do 4º lu-
histórico, em casa, colega de equipa, tinha que vencer esta gar. O Lotus-Climax de Cliff Allison era
ENZO FERRARI na Grã-Bretanha, de- corrida. Pressionado pelas suas dívidas 5º. Peter Collins não fez melhor do que o
pois de uma perfor- de jogo e com um negócio de importa- 6º lugar. O piloto sabia que iria necessitar
REDEFINE ESTRATÉGIA ção de carros americanos algo ruinoso, de uma partida à campeão para poder
mance formidável Musso sabia que uma vitória em França estar nas primeiras posições.
Depois de Le Mans, que até acabou por iria trazer-lhe uma boa recompensa fi- No dia de domingo, Silverstone viu muito
correr muito bem para a marca italia- Collins a tentar refazer a sua vida. nanceira. O italiano também se sentia público à volta do circuito, com muitos
na, com Olivier Gendebien e Phil Hill a Até ao Grande Prémio de França, Collins pressionado e algo marginalizado por motivos de interesse. Uns torciam por
vencerem a corrida, “Il Commendatore” não sabia ao certo sobre os seus pla- Collins e Hawthorn. Havia um acordo en- Moss, outros por Hawthorn, ou Collins,
redefiniu as suas prioridades e tomou nos. O Commendatore aliviou um pou- tre os britânicos para dividirem os pré- ou pelas marcas britânicas. Não era um
uma decisão sobre Collins. O facto de co a tensão após alguma reflexão, e mios no final das corridas, mas Musso dia para estar em casa. Era, sim, um dia
ter alegadamente danificado a embraia- ao viajar até Reims, Collins descobriu não fazia parte do acordo. O italiano, ao para ir ao circuito ver os carros e pilo-
gem do Ferrari, a par da sua vida amo- que não havia carro para ele para a levar o Ferrari ao limite, encontrou a tra- tos de Fórmula 1 a levarem as máqui-
rosa que, na mente do homem forte da corrida de Fórmula 1. Em vez disso, gédia. A alta velocidade, perdeu o con- nas ao limite.
marca italiana, prejudicava um piloto, tinha sido inscrito para a corrida se- trolo do carro e teve um acidente hor- A atmosfera positiva pareceu de certa
retirando-lhe alguma rapidez, concen- cundária de Fórmula 2 e a intenção rível, sendo atirado para fora do carro. forma enfeitiçar Collins, que iria estar
tração, e foco das corridas, foram razões era de forçar Collins a correr apenas Ainda foi transportado para o hospital, mesmo inspirado naquela tarde.
muito fortes e lineares para o retirar da em F2 até ao final do ano. Foi aí que mas nada havia a fazer. Musso faleceu
equipa principal. Enzo Ferrari, sempre Mike Hawthorn interviu e, para aju- nesse dia. Hawthorn venceu a corrida, COLLINS PREGO A FUNDO
implacável nas suas decisões, forçava dar o seu grande amigo, o “Mon Ami dando a primeira vitória à Ferrari, mas
Mate”, como se chamavam mutua- foi uma vitória com um sabor demasia- Na partida, Collins trabalhou melhor
mente, falou com alguma preocupa- do amargo para ser saboreada. com a embraiagem e fez o arranque da
ção com Romolo Tavoni, o diretor da Collins tinha feito um erro, ao sair de sua vida, passando imediatamente dois
equipa, disse que tinha sido ele o res- pista na fase inicial, em resultado de carros. O britânico ficou entalado en-
ponsável pelo abandono nas 24 Horas uma peça de metal ter ido parar à par- tre o Vanwall de Roy Salvadori e o BRM
de Le Mans, e recusou-se a participar te de trás do pedal do travão, mas re- de Harry Schell, mas de alguma forma
na corrida se Collins não estivesse cuperou como um leão e terminou no conseguiu passar ambos antes de che-
com o carro de Fórmula 1 nas mãos. A 5º lugar, apesar de ainda ter mais uma gar à travagem para a curva Copse, fi-
conversa pareceu ter chegado a bom aventura no final, ao ser forçado a em- cando no segundo lugar. Tinha apenas
porto. Tavoni reportou a Enzo Ferrari, purrar o carro até à meta por falta de o Vanwall de Stirling Moss à sua fren-
combustível. te. Mesmo com ordens de equipa para
ajudar Hawthorn, que teve um arran-
RECUPERAÇÃO PSICOLÓGICA que hesitante, não era altura de olhar
para trás. Collins iria iniciar a sua mis-
No choque que se seguiu à morte de são ofensiva.
Musso, Romolo Tavoni teve que rece- Em poucos metros, iria deixar para
ber assistência hospitalar, sofrendo de trás Moss em Becketts, cujo Vanwall
exaustão e estando num estado alta- era algo difícil de pilotar com o tanque
mente depressivo. Enzo Ferrari tentou de combustível cheio e necessitava de
segurar as tropas, mas estava emocio- outro tipo de condução, mais suave e
nalmente afetado... e voltou a remover elegante, como o seu colega de equi-
Collins da equipa. Hawthorn ficou irado pa Tony Brooks fazia regularmente, e
e viajou até Itália. Depois de arrombar que Moss também sabia fazer, mas não
duas portas, chegou ao Commendatore seria naquele dia. Collins rapidamente
com determinação e, num mano a mano, tentou distanciar-se com uma série de
face a face, disse-lhe que se não vol- voltas extremamente rápidas. O objeti-
tasse a colocar Collins na equipa, iria vo era ser uma lebre para tentar atrair
embora. Enzo, um apreciador do ta- os Vanwall, em especial o de Moss, que
lento de Hawthorn, não podia perder o também estava muito rápido, e causar
seu melhor piloto, e voltou a chamar o problemas mecânicos.
piloto de volta. Com a morte de Musso, Entretanto, Hawthorn tinha corrigi-
Collins tinha lugar na equipa. do o seu arranque ineficaz e rodava
Com o Grande Prémio da Grã-Bretanha, no 3º lugar, mas algo não estava bem
Collins tinha uma bela oportunidade de no Ferrari. Um líquido estava a sair do
provar a Enzo Ferrari que estava errado carro pela parte esquerda do capô. Era
ao dar-lhe as despromoções anteriores óleo, e estava a distrair e, por vezes, a
e iria trabalhar em prol da equipa para enervar Mike, que mesmo assim não
ajudar Mike Hawthorn a chegar ao tí- quis levantar o pé e tentava abstrair-se
tulo. Nesta fase, Collins estava longe de disso ao colocar voltas rápidas no seu
poder ser uma carta no baralho para Ferrari, deslizando pelas curvas rápi-
conquistar o campeonato para a Ferrari, das de Silverstone como se tivesse os
as fichas estavam no seu amigo Mike. pneus feitos de manteiga.
Em Silverstone, a batalha nos treinos foi Deslizar era o segredo para ser rápido
40
nesta corrida. Collins fazia-o com exu- sistência para andar completamente a não aguentou mais este sprint de lou- Trips, também tinha um consumo de
berância mas de forma eficaz, e a velo- fundo como se de um Grande Prémio se cos. Fumo azul saiu do motor. O britâ- óleo elevado no seu Dino V6. Na volta
cidade do Ferrari em linha reta era letal. tratasse até que o carro não tivesse mais nico estava perto das boxes para con- 44, Hawthorn parou rapidamente nas
Moss tentava desesperadamente man- capacidade para andar, mas quebran- seguir encostar imediatamente para a boxes, travando e desligando o carro e
ter o contacto com o carro à sua frente, do os outros que o seguissem. Moss era garagem, e de lá não saiu. Uma exibi- gritando efusivamente e agitadamente
muitas vezes a girar o volante quase no exímio neste tipo de táticas em Le Mans. ção corajosa de Moss, que se esqueceu as palavras “oleo, oleo, molto oleo!”. Após
limite da rotação que podia dar, como O britânico adorava andar a fundo nas da luta pelo campeonato para pensar um reabastecimento com “molto oleo”,
se estivesse num ringue de gelo. Esta primeiras horas e deixar que a testos- exclusivamente na corrida com tanta tal como tinha pedido, que durou cerca
batalha tática marcou a primeira parte terona o levasse mais além. Mas desta adrenalina, acabava ali. de meio minuto, lá deu um sinal positivo
da corrida. Collins estava a mil naquele vez tinha sofrido aquilo que fazia sofrer Os Vanwall sofreram um pouco com a com o polegar, arrancou o motor e vol-
dia. Tanto forçou, puxou, agarrou e cas- aos adversários em Le Mans. Deixou-se mudança do tipo de combustível para tou à corrida, ainda na segunda posição.
tigou o Ferrari que Moss já desespera- levar nesta guerra e foi com tudo para esta temporada. Ao rodarem em Avgas A Ferrari tinha uma decisão a tomar.
va no seu cockpit, em pânico por ver o caçar o carro vermelho infrator, em vez nesta corrida, estavam mais frágeis, e o Deveria Collins deixar passar Hawthorn
carro vermelho cada vez mais longe. Os de ser a presa, era o predador. motor cedeu em resultado disso. para conquistar mais três preciosos
Vanwall eram carros muito velozes na Collins estava a adorar ser a presa mas Mike Hawthorn, em 3º, era promovido pontos para o campeonato? A resposta
temporada de 1958, mas os Ferrari, no lutou com a garra de um leão e andava ao 2º lugar, e estava certo em resguar- foi não. Depois de uma exibição magní-
dia de corrida, pareciam ter algo extra, tão depressa como uma águia. Na sua dar-se atrás da luta entre os seus com- fica, a equipa premiou o esforço do seu
e com o tanque cheio estavam extre- mente, ao mesmo tempo que estava patriotas, à espera de que algo surgisse. piloto e deixou-o estar na frente até ao
mamente eficazes. Em prol da equipa, completamente concentrado no seu A sua paciência dava frutos. Agora era fim, isto se o carro não desse problemas.
Collins iria rebentar com o carro até que trabalho e na sua função de destrui- uma procissão entre dois Ferrari que Harry Schell tinha problemas de tem-
este não aguentasse mais o esforço, não dor da mecânica alheia, também vinha continuavam a andar a alta velocidade peratura do óleo e decidiu abrandar até
aguentasse as acelerações bruscas, que sempre um pensamento de que poderia mas com alguma distância a separá-los. arrefecer. Quando voltou ao ataque, foi
não passasse bem nas lombas ou que a qualquer momento ter um problema O público não ficou particularmente sa- passado por Collins, ficando com uma
ficasse com os pneus no arame com as mecânico. Mas o momento mágico da tisfeito por ver Moss fora de prova, mas volta de atraso, e o americano, perce-
derrapagens. Mesmo que o seu carro corrida não tardou muito tempo. continuavam a estar pilotos britânicos bendo que estava atrás de um Ferrari
não desse mais, esperaria pelo menos na frente da corrida, e isso continuava muito rápido, decidiu segui-lo de perto,
fazer danos nos adversários. AGRESSIVIDADE PAGA DIVIDENDOS a ser um facto positivo. tentando aproveitar o ritmo para ganhar
Se olharmos para a prova, era como es- Para Hawthorn, o problema do con- tempo aos carros à frente. Collins ficou
tar nas primeiras horas das 24 Horas de Na volta 26, os espetadores britânicos sumo e perda de óleo tinha potencial algo irritado por ver um carro sempre
Le Mans, onde alguém iria ter a tentação levantaram-se e escutaram incrédu- para criar problemas a longo prazo. O a segui-lo, volta após volta. A paciên-
de esquecer que era uma corrida de re- los os altifalantes com a notícia de que seu colega de equipa, Wolfgang von cia finalmente esgotou-se e o britânico
Moss estava em sarilhos. O Vanwall
>> autosport.pt
41
levado em ombros por colegas e amigos
que estavam à espera dele nas boxes.
Na cerimónia do pódio, Collins, que era
conhecido por fazer muitas caretas, ti-
nha uma careta bem guardada na gaveta
para aquele dia. Um sorriso brilhante e
bem rasgado para todos verem. Era um
dia sensacional, possivelmente o seu
melhor dia que alguma vez tivera numa
corrida. Com honra e dignidade, recebeu
em mão os troféus e deu um discur-
so para os milhares de fãs presentes,
que o aplaudiram incessantemente.Rob
Walker, que fundou a sua equipa e que
corria com os Cooper-Climax naquela
temporada, dirigiu-se a Collins para lhe
dizer que tinha achado a sua condução
assustadora, e que nunca mais deveria
conduzir assim!
decidiu encostar o carro a um lado da tir e estar relaxado e, ao mesmo tem- nunca tinha desistido de vencer a prova. FINAL TRÁGICO
pista e convidou o americano da BRM po, ser extremamente rápido e eficaz. Collins não pensou em mais nada a não
a ultrapassá-lo. Schell seguiu as ins- Com os momentos finais da corrida, ser cruzar a linha de meta. Quando o fez, Foi a terceira e última vitória na sua car-
truções e foi para a frente. Collins pôde levantar o pé e poupar óleo depois de 75 voltas na liderança, final- reira e, segundo a sua esposa, Louise
e combustível, porque os Ferrari tam- mente celebrou, os braços bem levan- King, já tinha planeado retirar-se das
FASE FINAL TRANQUILA bém eram algo sedentos em combus- tados, a sua alegria imensa, o seu alívio corridas no final da temporada. Por cir-
Collins podia finalmente relaxar nas tível. Era apenas uma questão de per- retemperador. Os seus fãs já tinham cunstâncias infelizes, Collins perderia a
últimas voltas, mas continuava a sua correr os últimos metros de corrida e saudades de ver o seu querido piloto vida no Grande Prémio que se seguiu,
demostração de acrobacias ao volante. esperar que estivesse alguém com a vencer uma corrida, e não podia ter sido duas semans depois, na Alemanha, no
Um belíssimo espetáculo de condução bandeira de xadrez na linha de meta em melhor altura e num melhor local. assustador Nürburgring Nordschleife.
de um dos pilotos mais rápidos da sua para poder desfrutar da glória. Um britânico vencia o Grande Prémio da Estava na luta com o Vanwall de Tony
geração. Após algum tempo sem ven- Atrás de Collins, Hawthorn tinha ainda Grã-Bretanha. Era um dia maravilhoso. Brooks e a ajudar Mike Hawthorn. Na
cer corridas, sabia muito bem estar a uma mensagem para deixar bem clara, Até Mike Hawthorn, em 2º, ficou deliciado secção do Pflanzgarten, Collins alargou
conduzir daquela forma exuberante a e certificou-se de que fazia a volta mais por ver o seu amigo vencer. Nada mau demais a curva, saiu da pista e capotou.
liderar uma corrida. É uma das melho- rápida da corrida. Quando esta termi- para um piloto que tinha sido pratica- Infelizmente, Collins foi atirado para fora
res sensações para um piloto quando se nou, Hawthorn estava a 24 segundos mente despedido da equipa. do carro em mais um acidente do gé-
tem o controlo do carro e se pode diver- de Collins, o que provou que Hawthorn Com muita alegria e delírio, Collins foi nero daquela época e não sobreviveu.
O popular britânico, que dois anos an-
tes estava prestes a conquistar o seu
primeiro título mundial mas que optou
por ser corajoso e desistiu de chegar ao
título na última corrida, em Itália, para
entregar o seu carro a meio da corrida ao
seu companheiro de equipa na Ferrari,
Juan Manuel Fangio, o grande campeão
argentino, para que este somasse pon-
tos e conquistasse ele o título, na atitu-
de mais altruísta alguma vez feita na
Fórmula 1, perdia a vida com apenas 26
anos, e certamente tinha o potencial de
ser um futuro campeão. O seu amigo,
Mike Hawthorn, ficou de rastos com a
morte de Peter e retirou-se das corridas
mas não sem antes provar ter coragem
para conquistar o campeonato na últi-
ma corrida do ano, em Marrocos. Três
meses depois, o campeão faleceu num
acidente de carro. Dois grandes heróis
do desporto motorizado perdidos para
sempre em pouco tempo. Para a história
fica a memória de um grande exemplo
de uma vitória cheia de garra, determi-
nação e fibra de um grande piloto, Peter
Collins, que foi um autêntico rei por um
dia, superando uma má fase pessoal em
resultados e um quase despedimento da
equipa e ajudando a Ferrari a ultrapas-
sar um mau momento para conquistar
uma vitória absolutamente inesquecí-
vel que ficou na memória de muitos.
42 AUTO+mais
TOYOTA
» COROLLA
REGRESSA O CARRO MAIS VENDIDO DO MUNDO
Arrisco dizer que Corolla é o nome mais conhecido de
toda a indústria automóvel mundial e com 45 milhões
de unidades vendidas após 53 anos de existência e 11
gerações, é o carro mais vendido em todo o Mundo!
José Manuel Costa desenvolvimento os responsáveis pelo
[email protected] projeto tinham como missão fazer um
carro desejável. A carrinha, por exem-
Apesar disso, a Toyota foi ingrata plo, foi mesmo pensada para os gostos
e afastou-o dos grandes palcos europeus!
para dar espaço à vaidade da Partilhando com o C-HR a plataforma, o
casa japonesa que pegou na Corolla foi desenvolvido de forma dife-
palavra latina para ouro (au- rente e por isso recebeu uma nova caixa
rum) e chamou Auris àquela de direção, mais rápida, uma suspensão
que seria a 10ª geração do Corolla. Um traseiradeeixoindependentemultibraços,
erro absurdo que durou demasiado tempo mais desenvolvida e, evidentemente, um
(13 anos!) mas que acaba de ser corrigido centro de gravidade mais baixo.
com o regresso do Corolla, ainda por cima, Como todos já sabem, a Toyota acabou
agarrado àquele que deverá ser um dos com os motores diesel – afinal só os ven-
mais interessantes e agradáveis desenhos dia, praticamente, na Europa... – e no seu
de toda a história do Corolla. lugar temos uma novidade na Toyota:
duas motorizações híbridas. A primeira
NOVA PLATAFORMA, é conhecida e tem como base o bloco 1.8
litros com ciclo Atkinson, o segundo é
NOVO ESTILO, CARRO NOVO totalmente novo e conta com um motor de
2.0 litros igualmente com ciclo Atkinson.
A Toyota está diferente no que toca ao es- Também há um bloco 1.2 litros sobrea-
tilo e o novo Corolla é disso prova evidente. limentado com 116 cv (0-100 km/h em
Mas além dessa novidade de um esti- 10,3 segundos, 200 km/h de velocidade
lo agressivo, mas com qualidade e bom máxima, 6,2 l7100 km e 141 g/km de CO2),
gosto, o Corolla oferece mais coisas. que completa a gama de motorizações.
Tem com base uma nova plataforma, a Os primeiros têm uma caixa CVT, o ter-
TNGA, que tem como prioridade um bom ceiro motor uma caixa manual de seis
comportamento em estrada e durante o velocidades.
Os dois blocos híbridos têm responsa-
bilidades diferenciadas, segundo uma
nova filosofia da Toyota que, mantendo a
filosofia de proteção do ambiente, passa
a oferecer nas suas gamas uma versão
focada nos baixos consumos e baixas
emissões, outra mais virada para a per-
formance. Nenhum dos motores híbridos
tem tecnologia “Plug In” porque a Toyota
entende que um híbrido que carrega ele
próprio as suas baterias, é mais que sufi-
ciente para poupar combustível.
NÃO HÁ DIESEL,
APENAS HÍBRIDOS E GASOLINA
O sistema híbrido com motor 1.8 litros
tem uma potência combinada de 122 cv,
chega dos 0-100 km/h em 10,9 segun-
>> autosport.pt/automais
43
dos com uma velocidade máxima de 180 10 cm na distância entre eixos e mais 5,8 mensões onde surge quase tudo o que se como habitualmente. Também conduzi o
km/h, com consumos segundo o proto- cm de espaço atrás. pode ver no painel de instrumentos e no 1.2 litros turbo com caixa manual de seis
colo WLTP de 4,4 l/100 km e emissões Outra novidade é o ecrã de 7 polegadas sistema de navegação, com boa qualidade. velocidade que, esperamos todos nos,
de CO2 de 101 g/km. Já o sistema com (o equipamento de entrada não tem este Depois, nova desilusão: o Toyota Touch 2 tenha direito a uma versão Gazoo Racing
bloco 2.0 litros, oferece 190 cv, mantém a ecrã) que funciona como painel de instru- não foi atualizado, continua algo confuso e, depois, um Corolla GRMN à imagem do
velocidade máxima nos 180 km/h, mas mentos, existindo outro ecrã, desta feita e, para cúmulo, não tem Android Auto Yaris. Enquanto isso é um sonho meu – e
acelera dos 0-100 km/h em apenas 7,9 com 8 polegadas (aqui é de série em todos nem Apple CarPlay. Diz a Toyota que está de muitos adeptos da Toyota, creio – o 1.2
segundos, ou seja, menos três segundos os modelos) onde está o Toyota Touch 2, a caminho, só não sabe quando. turbo é o carro mais divertido. Primeiro,
que o 1.8 litros. No que toca aos consumos, cujas funções podem ser controladas Nota final sobre o interior: a bagageira não quer salvar ursos. Depois, tem uma
5,2 l/100 km e emissões de 118 g/km, uma por botões. não é igual em todos os modelos. Se optar caixa como deve ser, finalmente, pesa
vez mais, cifras homologadas debaixo do A Toyota oferece, para algumas versões, pelo bloco 1.2 litros turbo ou pelo 1.8 litros menos uma centena de quilos que os hí-
protocolo WLTP. um “head up display” de generosas di- híbrido, é-lhe oferecido 361 litros de ca- bridos. Não é desportivo (não podia ser
Ambos utilizam a caixa CVT, mas o 2.0 pacidade, no cinco portas. Se quiser o 2.0 com 112 cv) mas sempre chega aos 200
litros oferece patilhas no volante para que litros híbrido, verá a bagageira diminuir km/h e é interessante de ser conduzido.
possa ter a sensação que anda a passar de para os 313 litros. Tenho de lhe dizer que a Toyota fez um be-
caixa. Só a sensação, já que sendo de va- líssimo esforço ao equipar todos os carros,
riação contínua, tudo é apenas simulado. COMPORTAMENTO de série, com o Toyota Active Sense, um
Outra novidade do Corolla é a oferta, si- pacote de equipamentos cuja lista é longa:
multânea, de três carroçarias: Sedan com SERÁ MELHOR DIZ A TOYOTA sistema de mitigação de acidente (ativo
4 portas, “hatchback” com 5 portas e a entre 10 e os 180 km/h), cruise control
carrinha Touring Sports que, na minha Infelizmente, o contacto com o Corolla foi ativo que pode parar o carro se estivermos
opinião, é simplesmente linda. muito curto e terei de esperar pelo ensaio num engarrafamento, deteção de peões e
ao carro para lhe dar a minha opinião sobre de ciclistas, aviso de desvio involuntário
INTERIOR BEM DIFERENTE DO AURIS o comportamento do carro, que a Toyota da faixa de rodagem e manutenção na
reclama estar muito mais desportivo que faixa de rodagem que influi na direção
A posição de condução dos modelos da o Auris. para que o carro não se desvie, seja em
Toyota há muito tempo que é estranha, Falar de desportivo com uma gama de linha reta, seja em curva.
com o volante muito baixo que nos obriga motores orientada para a economia é O Corolla, depois do RAV4, está a provar
a estar em cima do mesmo. Ora, uma das um exagero. Certo é que dos quatro car- que levou a sério a promessa de Akio
novidades é que o banco está 25 mm mais ros que experimentei de forma muito Toyoda e deitou para o lixo os carros
baixo que no Auris e que já não temos o breve, o chassis me pareceu bem mais aborrecidos.
volante em cima dos joelhos. Não está composto e rígido que o Auris. A caixa O carro tem muito bom aspeto, a carrinha
perfeito, mas melhorou imenso! CVT também me pareceu, finalmente, é lindissima e o quatro portas é... um qua-
Olhando para a habitabilidade, à frente é rimar melhor com o motor, embora não tro portas. É um carro confortável, bem
excelente, atrás é um pouco mais aca- tenha tido a oportunidade de puxar pelos equipado e preocupado com o ambiente
nhado e passageiros de maior gabarito blocos híbridos. Terei de reservar segunda ao oferecer duas versões híbridas, uma
vão ter alguma dificuldade em arrumar as opinião para mais tarde. mais ecológica, outra mais dinâmica, jun-
pernas e, especialmente, os pés. É que se Gostei da forma filtrada e refinada com que tando-lhe um motor a gasolina pequeno
baixarmos os bancos da frente na totali- o Corolla enfrenta a estrada mais ou me- que servirá para os que não gostem de
dade, praticamente desaparece o espaço nos esburacada ou mais ou menos pejada complicações. E a Toyota Caetano sou-
para colocar os pés debaixo do banco. Por de lombas. Quando a lomba é daquelas be fazer o esforço certo para oferecer o
isso, se a habitabilidade é fundamental “quebra molas” sentimos o toque, mas Corolla com preços agradáveis, olhando
para si, deverá optar pela carrinha, não fora desse extremo, o Corolla é dos carros ao equipamento oferecido. Se é o melhor
só porque tem uma maior distância entre mais confortáveis do segmento. Com o 2.0 carro do segmento? Não. Mas é uma exce-
eixos, mas porque há, realmente, mais litros ainda experimentei um pouco de lente proposta para a qual reservo melhor
espaço. Claro que se compararmos com aceleração e usar as patilhas, mas nem opinião quando puder tê-lo nas mãos mais
o Auris, o Corolla tem mais espaço e na a simulação de passagem de caixa corre que um par de quilómetros.
carrinha, essa diferença é grande: mais bem, nem a caixa reage bem a essa situa-
ção. Por isso é melhor mesmo deixar tudo
44 AUTO++mais
SEAT Francisco Cruz MAIS ESPAÇO, QUALIDADE...
[email protected]
» IBIZA 1.0 TSI DSG FR EQUIPAMENTO
Apresentada no início de 2017,
DIVERTIDO COMO POUCOS! a quinta geração do SEAT Também fruto da nova plataforma, mais
Ibiza estreou não apenas larga (+8,7 cm) e com maior distância entre
O novo SEAT Ibiza é, hoje em dia, um dos utilitários mais uma nova plataforma, MQB eixos (+9,5 cm), a melhor habitabilidade
divertidos do mercado. Mesmo quando equipado com A0 (a mesma do novo Polo, alguma vez proposta num Ibiza, ainda que
Seat Arona e Volkswagen mantendo como lotação recomendada os
um pequeno tricilíndrico 1.0 TSI de 115 cv, apoiado numa T-Roc, entre outros...), mas também quatro ocupantes.
ótima caixa automática de sete velocidades... uma estética bem mais agressiva, de Até porque um quinto, sentado no lugar do
arestas e pormenores vários, todos eles meio, continua a ter de pedir compreen-
LEIA MAIS ENSAIOS E ACOMPANHE a contribuírem para um visual arreba- são e espaço (em largura) aos restantes,
TODAS AS NOVIDADES EM AUTOSPORT.PT tador. Além de claramente inspirados apesar de desfrutar já de um túnel de
no “irmão maior” Leon. transmissão mais estreito.
Novidade é também a tecnologia LED Nos lugares da frente, a perceção imediata
nas óticas dianteiras e, no caso con- de uma melhor qualidade de construção,
creto da versão mais desportiva FR, de acrescida de revestimentos também eles
um pára-choques dianteiro específico, um pouco melhores do que é o habitual
retrovisores exteriores esculpidos e no segmento. É o caso do couro que re-
de cor negra, jantes específicas de 17” veste a frontal do tablier, rematado com
(ou, em opção, de 18”), e de um difusor pespontos em linha vermelha, opção que,
traseiro a negro, com duas ponteiras de sendo exclusiva desta versão FR, não
escape... quadradas. impede a predominância do já conhecido
plástico rijo...
Em plano bastante positivo, a ergonomia
>> autosport.pt/automais
45
e funcionalidade, com todos os coman- FT/ F I C H A T É C N I C A volante desportivo de excelente pega, Números não propriamente deslumbran-
dos acessíveis e intuitivos, inclusive, o além de multiregulável, mas também tes, mas que acabam por ganhar um outro
generoso ecrã tátil a cores do sistema 1.0 / 115 CV de um banco não menos ergonómico, peso, graças à presença de uma eficaz
multimédia, um dos muitos argumentos revestido a tecido, e a acomodar o corpo caixa DSG de 7 velocidades.
da ótima versão FR, a qual não deixa, ainda GASÓLEO na perfeição, graças ao bom apoio lateral. Garantia, entre outros, de um aproveita-
assim, de convidar à chamada persona- Contando ainda com o contributo não só mento quase perfeito das capacidades do
lização. Nomeadamente, ao colocar na 9.5 S de um ótimo apoio de pé esquerdo, como três cilindros, a fazer realçar a boa dispo-
lista de ocionais o Front Assist (parte do também de sensores e câmara traseira, no nibilidade desde os regimes mais baixos,
sistema de Cruise Control mais completo, 0-100 KM/H esforço de garantir uma boa visibilidade progressividade na subida de regime, e a
por 450€), a câmara de visão traseira com exterior. sonoridade discreta, mas também médias
sensores de estacionamento à frente e 4,9 L / 7,2 L (AUTOSPORT) Já quanto à bagageira, acabou benefi- nos consumos de 7,2 l/100 km... Quase
atrás (525€), a regulação hidráulica dos ciando igualmente dos atributos da nova só em cidade!
amortecedores com jantes em liga leve de 100 KM plataforma, nomeadamente, através de Submetido à intensidade do dia-a-dia,
18” Performance (649,99€), ou até mesmo um aumento de 63 litros na capacidade de mas também ajudado pelas qualida-
a roda sobressalente de emergência de 18” 112 carga, que assim subiu para os 355 litros. des da nova plataforma, a eficácia da
(85,01€). Esta última, disponível apenas Mas que, basicamente, é o que está à vista, suspensão desportiva e do controlo de
com o também opcional sistema de som G/KM- CO2 uma vez que não existe qualquer alçapão tração com Diferencial Autoblocante
Beats Audio (450€). escondido; e que, tal como a possibilidade Electrónico XDS, e até mesmo pelo sis-
22 054€ de rebatimento 60/40 das costas dos tema de perfis de condução SEAT com
A PENSAR NA CONDUÇÃO bancos traseiros na horizontal, poucas quatro modos - Eco, Normal, Sport e
PREÇO BASE SEM OPCIONAIS vantagens proporciona, já que estas ficam Individual -, a verdade é que este 1.0 TSI
Num ambiente a que não faltam sequer sempre mais altas que o piso da mala. e respetiva caixa DSG, acabam fazen-
alguns espaços de arrumação, a garantia, MOTOR/CAIXA DE VELOCIDADES / do deste Ibiza FR um dos utilitários que
igualmente, de uma excelente posição COMPORTAMENTO / POSIÇÃO DE VENHA A DIVERSÃO! mais diversão proporciona ao volante.
de condução, fruto não apenas de um CONDUÇÃO Fruto não só da firmeza e eficácia dos
CONFORTO EM MAU PISO / De regresso à dianteira e mais concre- amortecedores ou das óptimas sensações
FUNCIONALIDADE DA BAGAGEIRA / tamente ao espaço destinado ao motor, transmitidas pela direção, mas também
REBATIMENTO DOS BANCOS TRASEIROS temos um pequeno tricilíndrico 1.0 litros, pela envolvência e facilidade na condução.
equipado com sistema de injeção direta Que só os maus pisos, um dos maiores
MOTOR 3 CIL., EM LINHA, INJEÇÃO DIRETA, e turbocompressor, que anuncia uma inimigos do conforto e do próprio Ibiza,
TURBOCOMPRESSOR E INTERCOOLER, 999 potência máxima de 115 cv e 200 Nm de conseguem beliscar...
CM3 POTÊNCIA MÁX. 115 CV / 5000-5.500 binário.
BINÁRIO MÁX. 200 NM / 2000-3500 RPM
TRANSMISSÃO DIANTEIRA, CX. AUT. DE 7
VEL. SUSPENSÃO INDEPENDENTE DO TIPO
MCPHERSON À FRENTE E EIXO DE TORÇÃO ATRÁS
TRAVÕES DV/D PESO 1164 KG MALA 355 LT
(1165 LT) DEPÓSITO 40 LT VEL. MÁX. 193 KM/H
AUTO+ mais
VOLKSWAGEN frisos cromados e interruptores das luzes, vidros e da
regulação dos retrovisores exteriores, conferem um
» ARTEON 2.0 TDI DSG ELEGANCE toque de elegância ao interior. Os estofos são em couro
e Alcântara. Os bancos dianteiros são desportivos,
IMPECÁVEL aquecidos e têm regulação lombar (elétrica no caso do
condutor). É, segundo a marca, o modelo do segmento
Há casos em que as marcas parecem ter acertado em tudo. É precisamente a sensação que oferece maior espaço para as pernas.
que deixa o Volkswagen Arteon depois de alguns dias na sua companhia... O ecrã tátil de 9.2 polegadas do sistema Infotainment
Discover Pro (de série nas versões Elegance e R-Line; a
André Duarte mativa, fazem deste um carro que é um natural motivo versão Basis surge com ecrã de 8”) ao centro do tablier
[email protected] de atenções por onde passe. A Volkswagen conseguiu é muito intuitivo e funcional, permitindo-nos aceder
criar um modelo de topo, sem ser demasiado sóbrio ou aos seguintes menus: rádio; média; media control; app
OVolkswagen Arteon é um modelo imponente, austero, e que parece ter tudo no sítio. connect; telefone; veículo; navegação; trânsito; car-net;
fruto das suas dimensões, em particular o imagens; som; ajustes. Integra controlo por gestos e
comprimento, 4,86m, mas ao mesmo tempo INTERIOR inclui atualizações para o software de navegação e
muitoelegante.Tudopareceassentarnasideias Se o exterior nos deixa rendidos, o interior segue-lhe os uma licença para “Guide & Inform”. O sistema tem
de harmonia e equilíbrio, principalmente na passos. A aura criada pela estética simples e cativante, ainda: amplificador de 4 x 20 watt; leitor de DVD; porta
versão por nós testada, Elegance (há ainda a par de materiais de qualidade e um espaço interior USB (compatível com a Apple); dois leitores de cartões
os níveis de equipamento Basis e R-Line). em toda a linha – lugares dianteiros, traseiros e uma SD; entrada auxiliar AUX-IN; disco rígido SSD de 10 GB.
bagageira gigante de 563l (extensível aos 1557l com
Este coupé de cinco lugares, atualmente a proposta de os bancos traseiros rebatidos) – depressa nos deixam AO VOLANTE
topo da Volkswagen, não deixa ninguém indiferente. A rendidos. No habitáculo sentimo-nos perfeitamente
grelha de grandes dimensões, que se estende por toda à-vontade em qualquer lugar. O modelo faz jus ao estatuto de topo de gama, com a
a dianteira, o capot longo, a elegância de perfil atribuída As inserções em Piano Black no painel de instrumentos sensação premium a acompanhar-nos desde a primeira
pelas linhas fluidas de coupé e uma traseira muito cha- e consola central, a par da guarnição das portas com hora. O Volkswagen Arteon é muito equilibrado, com
um pisar muito agradável e decidido. O rolar é de nota,
a suspensão reage bem às irregularidades do piso,
garantindo conforto aos ocupantes, e a direção, apesar
de não muito informativa, cumpre bem a sua função.
A aura interior faz-nos abstrair da realidade exterior
e envolve-nos na viagem. O Arteon dá gosto conduzir
e faz-nos orgulhar do carro que temos em mãos. O
volante é de muito bom tato. A caixa automática DSG
da distância ACC; câmara multifunções, monitoriza- >> autosport.pt/automais
ção da pressão dos pneus, monitorização de peões,
reconhecimento de sinais de trânsito com sistema de 47
assistência à condução, sistema “Front Assist” com
sistema de travagem de emergência em cidade e ajuda FT/ F I C H A T É C N I C A
ao estacionamento.
2.0 / 150 CV
GASÓLEO
9,1 S
0-100 KM/H
5,6 L / 6,7 L (AUTOSPORT)
100 KM
146
G/KM- CO2
48 731€
PREÇO BASE
IMAGEM EXTERIOR / ESPAÇO /
CONDUÇÃO / COMPORTAMENTO
RECUPERAÇÕES / DIREÇÃO
MOTOR GASÓLEO, 4 CIL. EM LINHA, INJEÇÃO
DIRETA, TURBO, INTERCOOLER, 1968 CM3
BINÁRIO 340 NM / 1750-3000 RPM
TRANSMISSÃO DIANTEIRA, TRANSMISSÃO AUT.
DSG DE 7 VEL. SUSPENSÃO MCPHERSON À FRENTE
E EIXO MULTIBRAÇOS ATRÁS TRAVÕES DV/DV
PESO 1643 KG MALA 563 LT (1557 LT C/ BANCOS
REBATIDOS) DEPÓSITO 66 LT VEL. MÁX. 220 KM/H
de 7 velocidades é um mimo e as passagens através MOTOR
das patilhas de volante nem se sentem. O bloco 2.0 TDI garante-nos uma resposta de uma forma
O modelo flui muito bem em estrada, permite-nos abor- muito imediata, suportando de forma muito digna os
dar curvas e traçados sinuosos como se flutuássemos, 1635 kg de peso (que não se notam) e fazendo mesmo
quase transmitindo a sensação de que estamos a levitar parecer que o motor tem mais que os 150 cv que debita.
sobre o asfalto. É de facto um modelo muito cativante. Com um binário máximo de 340 Nm disponível desde as
Tudo parece fazer sentido e funcionar com uma leveza 1750 rpm, o Volkswagen Arteon reage bem em todas as
e sintonia tocantes. É uma proposta ideal para grandes situações. Apenas em recuperações por vezes o motor
viagens, realizadas com total comodidade e que passam demora a desenvolver. Os 9,1s dos 0 aos 100 km/h ou os
sem darmos por isso. Dá muito gosto. 220 km/h de velocidade máxima não impressionam,
O modelo incluiu assistente de manutenção na faixa mas este não é um modelo para correrias, e sim para se
de rodagem, de luzes máximos, controlo automático desfrutar, calmamente, de cada viagem. Ainda assim, o
motor 2.0 TDI adequa-se perfeitamente a esta proposta
e não compromete em nada o seu desempenho.
BALANÇO FINAL
O VW Arteon é um modelo muito completo. Bonito
esteticamente, muito espaçoso por dentro e com uma
condução que seduz. No fundo, tudo o que se pede a um
topo de gama... e mais.
E/ Dando cumprimento ao estabelecido no n° mais importantes provas de desporto au- leitores uma informação atual, rigorosa abordagem e de análise dos factos noti-
1 do artigo 17° da Lei 2/99, de 13 de Janeiro, tomóvel disputadas em território nacional e de qualidade, opinando sobre tudo o ciosos, com total abertura à interatividade
ESTATUTO Lei da Imprensa, publica-se o Estatuto e no estrangeiro, relata acontecimentos que se passa na área do automóvel e dos com a sua comunidade de leitores. 4. O
EDITORIAL Editorial da publicação periódica AutoSport: ligados à competição automóvel, bem como automobilistas, numa perspetiva plural, re- AutoSport pratica um jornalismo pautado
1. O AutoSport é um semanário dedicado temas que versam o automóvel como bem cusando o sensacionalismo e respeitando pela isenção, sem comprometimentos
ao automóvel e aos automobilistas, nas de consumo, tanto na área industrial como a esfera da privacidade dos cidadãos. 3. ou enfeudamentos, tendo apenas como
suas mais distintas vertentes: desporto e comercial. O AutoSport pauta as suas opções edito- pressuposto editorial facultar a melhor
competição, comércio, indústria, segurança 2. O AutoSport está comprometido com riais por critérios de atualidade, interesse informação e a melhor formação aos seus
e problemática rodoviária. O AutoSport o exercício de um jornalismo formativo e informativo e qualidade, procurando apre- leitores, seguindo sempre as mais elemen-
edita, semanalmente, conteúdos sobre as informativo e procura oferecer aos seus sentar aos seus leitores a mais completa tares normas deontológicas.
PROPRIEDADE FOLLOW MEDIA COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL, LDA. – NIPC 510430880, RUA MANUEL INÁCIO Nº8B 2770-223 PAÇO DE ARCOS DETENTORES DE CAPITAL PEDRO CORRÊA MENDES REDAÇÃO RUA MANUEL INÁCIO Nº8B
2770-223 PAÇO DE ARCOS GERÊNCIA PEDRO CORRÊA MENDES [email protected] DIRETOR PEDRO CORRÊA MENDES [email protected] DIRETOR-EXECUTIVO JOSÉ LUÍS ABREU [email protected]
COLABORADORES ANDRÉ DUARTE, ALEXANDRE MELO, FÁBIO MENDES, GUILHERME RIBEIRO, JORGE GIRÃO, JOSÉ MANUEL COSTA, JOÃO F. FARIA, JOÃO PICADO, MARTIN HOLMES, NUNO BRANCO E RODRIGO FERNANDES FOTOGRAFIA AIFA/JORGE CUNHA, ANDRÉ
LAVADINHO, ZOOM MOTORSPORT/ANTÓNIO SILVA DESIGNER GRÁFICA ANA SILVA [email protected] IMPRESSÃO SOGAPAL, S. A., SOC. GRÁFICA DA PAIÃ, S.A. - ESTRADA DE SÃO MARCOS, 27, SÃO MARCOS - 2735-521 AGUALVA- CACÉM
DISTRIBUIÇÃO VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES, S. A., TIRAGEM 15 000 EXEMPLARES REGISTO NA ERC 105448 DEPÓSITO LEGAL Nº 68970/73 – COPYRIGHT© TODOS OS DIREITOS RESERVADOS DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO EM VIGOR.
EMVIRTUDE DO DISPOSTO NO ARTIGO 68 Nº2, I) E J), ARTIGO 75º Nº2, M) DO CÓDIGO DO DIRETOR DE AUTOR E DOS DIREITOS CONEXOS ARTIGOS 10º E 10º BIS DA CONV. DE BERNA, SÃO EXPRESSAMENTE PROIBIDAS A REPRODUÇÃO, A DISTRIBUIÇÃO, A
COMUNICAÇÃO PÚBLICA OU A COLOCAÇÃO À DISPOSIÇÃO, DA TOTALIDADE OU PARTE DOS CONTÉUDOS DESTA PUBLICAÇÃO, COM FINS COMERCIAIS DIRETOS OU INDIRETOS, EM QUALQUER SUPORTE E POR QUAISQUER MEIOS TÉCNICOS, SEM A AUTORIZAÇÃO DA
FOLLOWMEDIA COMUNICAÇÃO, UNIPESSOAL LDA. A FOLLOWMEDIA NÃO É RESPONSÁVEL PELO CONTÉUDO DOS ANÚNCIOS. EDIÇÃO ESCRITA AO ABRIGO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO. CONTACTO [email protected]
+
BJÁA2NN.3AC5SA€S EDIÇÃO
ESPECIAL
GUIA F1 + GUIA MOTOGP