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Published by jahyrp, 2019-06-28 13:27:39

Educação Física_módulo5.docx

Educação Física_módulo5.docx

Apostila de Educação Física
Módulo 05

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Módulo 5 – EDUCAÇÃO FÍSICA

Avaliação Física e capacidades físicas

Em geral, a avaliação física compreende em
identificar o condicionamento físico. É o
pontapé inicial para começar um bom programa
de treinamentos, sair do sedentarismo e melhorar
a qualidade de vida ou rendimento esportivo.

Os testes são divididos em antropométricos, que
medem a composição corporal, e, ergométricos,
que medem a aptidão cardiorrespiratória, ou
seja, a sua capacidade de realizar exercício de
intensidade moderada a alta, com grande grupo
muscular, por períodos diversos. A realização de
tal exercício depende do estado funcional dos
sistemas respiratório, cardiovascular e
musculoesquelético. Com a avaliação física,
você fica sabendo a sua real possibilidade de
praticar qualquer modalidade, de que forma você
deve fazer isso e o quanto você pode progredir
com segurança.

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Para iniciar um teste, é indicado que se faça
inicialmente uma boa anamnese (entrevista),
que nada mais é que um questionário para
verificar seus hábitos gerais, prática de atividade
física pregressa e atual, hábitos alimentares,
existência de doenças hereditárias, cirurgias
realizadas ou lesões que tenham deixado ou não
sequelas.

Tipos de avaliação física

Em uma avaliação física completa podemos
utilizar diversos testes, por exemplo:
a bioimpedância para uma avaliação rápida do
percentual de gordura por meio da passagem de
uma corrente eletromagnética pelo corpo do
avaliado (que ficará com 2 a 4 eletrodos – pontos
de contato com a pele) para que a corrente
percorra toda a extensão corporal. Com este teste
é possível identificar o nível de água existente no
organismo e quantificar o percentual de gordura
geral e segmentar (braços, pernas e tronco).

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Para o mesmo objetivo – composição corporal -
podemos ainda citar a avaliação por dobras
cutâneas, que é um método tradicional e muito
eficaz que nos permite identificar o percentual de
gordura, a massa magra (isenta de gordura). É
executada quantificando várias medidas por
meio de um compasso (adipômetro) e
transferindo as medidas para fórmulas já
estabelecidas (protocolos diferentes para cada
tipo de pessoa ou grupo), estas já consideradas
como padrão comprovadas por meio de vários
estudos científicos.

Em suma, as avaliações físicas podem nos

classificar ou ranquear, utilizando um

vocabulário mais esportivo, por conta de

quantificar todas as capacidades

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biomotoras (Força, Flexibilidade, Resistência,
Potência etc.). É importante salientar que apesar
de ser extremamente importante individualizar
as avaliações e prescrições, podemos nos valer
do enorme banco de dados (tabelas criadas a
partir de muitos dados de pessoas avaliadas
no mundo inteiro) para saber se a partir de uma
avaliação física completa, está abaixo da
média, na média ou acima da média quando
comparado com estas tabelas já validadas pela
ciência do esporte.

Avaliação antropométrica

Umas das formas e a mais utilizada para
mensuração de percentual de gordura é através
das dobras cutâneas, essas nos dão um valor
aproximado da composição corporal a partir da
avaliação da espessura em milímetros, e para tal
procedimento, utiliza-se o adipômetro, também
chamado de compasso de dobras cutâneas. As
principais dobras cutâneas mensuradas são:
tríceps, bíceps, subescapular, peitoral,

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antebraço, axilar média, supra-ilíaca, abdominal,
coxa e panturrilha.

As circunferências informam a presença de
gordura corporal e analisam os padrões de
distribuição dessa gordura. As circunferências
que podem ser mensuradas são: pescoço, tórax,
cintura, abdômen, quadril, coxa, panturrilha,
braço, antebraço e punho.

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IMC e RCQ

O IMC (índice de massa corporal) e o RCQ
(Relação Cintura Quadril), são medidas
antropomórficas e antropométricas que
comprovam riscos de saúde em padrões já
aceitos pela OMS. Por sua vez o IMC consiste
no cálculo da massa (o peso em kg) dividida pela
altura ao quadrado, verifica especificamente a
quantidade de gordura, e a composição corporal
dos envolvidos. O RCQ consiste no perímetro da
cintura dividida pelo perímetro do quadril. Essas
duas medidas aliadas somam um poderoso
método de analisar os riscos de saúde.

Embora o IMC não forneça informações
acerca dos componentes da massa corporal, sua
aplicabilidade não pode ser ignorada, já que
envolve medidas relativamente fáceis de serem
obtidas, é um método rápido e barato na
determinação da obesidade, porém ele não
fraciona os componentes da massa gorda e massa
magra. A RCQ (Relação Cintura Quadril) é um
índice simples e prático para determinação da

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distribuição da gordura abdominal e um forte
preditor de morte prematura e doenças
cardiovasculares, podendo ser usado como
índice de nível de adiposidade, mas não
independentemente das concentrações de
colesterol e da pressão sanguínea.
Como medir o RCQ?
Você vai precisar de uma fita métrica. A cintura
será entre o umbigo e a primeira costela,
normalmente a região mais fina da cintura.

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Para medir o quadril a fita deve passar pela
região mais larga do glúteo. Preste atenção para
fita não ficar torta ou enrolar, pois afetarão os
dados.
Em seguida, deve-se dividir o valor que obteve
do tamanho da cintura pelo tamanho do
quadril. De forma geral, a relação ideal é inferior
a 0,8 para mulheres e menor que 0,9 para
homens, mas isto depende da faixa etária:

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Como calcular o IMC?
O cálculo do IMC deve ser feito usando a
seguinte fórmula matemática: Peso ÷ altura x
altura.

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É importante estar dentro do peso ideal porque o
peso certo está intimamente ligado ao estado de
saúde da pessoa.

Ter um pequeno acumulo de gordura no corpo é
importante para que hajam reservas de energia
para quando a pessoa ficar doente ter tempo para
se recuperar. No entanto, o excesso de gordura
se acumula no fígado, na cintura e também
dentro das artérias dificultando a passagem do

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sangue, e isso aumenta o risco de doenças
cardíacas.
Por isso, estar dentro do peso ideal é importante
para aumentar a saúde, prevenindo doenças
cardiovasculares e aumentar a qualidade de vida.
Assim, quem está abaixo do peso deve aumentar
o volume muscular para aumentar de peso de
forma saudável e quem está acima do peso, deve
queimar gordura para ganhar saúde.

Capacidades físicas

Capacidades Físicas são definidas como todo
atributo físico treinável num organismo humano.
Em outras palavras, são todas as qualidades
físicas motoras passíveis de treinamento
comumente classificadas em diversos
tipos: Resistência, Força, Velocidade,
Agilidade, Equilíbrio, Flexibilidade e
Coordenação motora (destreza).

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Força: É a capacidade física que permite
deslocar um
objeto, o corpo
de um parceiro
ou o próprio
corpo através
da contração
dos músculos.

Velocidade: É a

capacidade física

que permite realizar

movimentos no

menor tempo

possível ou reagir

rapidamente a um

sinal.

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Agilidade: É a
qualidade física
que permite mudar
a direção do corpo
no menor tempo
possível.
Conhecida como
velocidade de
“troca de direção”.
Para a agilidade, a
flexibilidade é importante.

Equilíbrio: É a
qualidade física
conseguida por uma
combinação de
ações musculares
com o propósito de
assumir e sustentar
o corpo sobre uma
base, contra a lei da gravidade. Pode ser de 3
tipos: dinâmico, estático e recuperado.

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Coordenação
Motora (destreza): É
a capacidade física
que permite realizar
uma sequência de
exercícios de forma
coordenada.

Flexibilidade: É a
capacidade física que
permite executar
movimentos com
grande amplitude.

Resistência: É a capacidade
física que permite efetuar
um esforço durante um
tempo considerável,
suportando a fadiga dele
resultante e recuperando
com alguma rapidez.

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Teste de impulsão vertical e horizontal
Salto é a ação e o resultado de saltar. Este verbo
tem diversas acepções que, por sua vez, derivam
em múltiplos usos do conceito de salto. Um salto
pode ser o movimento que se realiza para
despegar do solo/chão. O teste de
Impulsão Horizontal consiste em atingir a
máxima distância num salto em comprimento a
pés juntos. Este teste tem como objetivo avaliar
a força explosiva dos membros inferiores.

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Teste de flexibilidade

A flexibilidade e a distensibilidade são
importantes para as tarefas da vida diária como
por exemplo, calçar um sapato e alcançar as
prateleiras mais alta de uma cozinha para pegar
um utensilio doméstico. Apresentar bons níveis
de flexibilidade também são importantes para
obter-se um bom relaxamento muscular, gerar
equilíbrio muscular entres músculos agonista e
antagonista e consequentemente a preservação
de uma boa postura. A literatura apresenta que a
realização de treinamentos de flexibilidade é
importante por dois fatores, sendo eles: 1) como
preparo para atividades, que irão aprimorar a sua
execução e 2) como meio de reduzir a
probabilidade de surgimento de lesões durante a
atividade física.
O banco de Wells (Wells e Dillon) é utilizado
para medir a flexibilidade da parte posterior do
tronco e pernas. O banco mede 35 cm de altura e
largura, 40 cm decomprimento com uma régua
padrão na parte superior ultrapassando em 15 cm
a

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superfície de apoio dos pés.
O indivíduo senta-se de frente para o banco,
colocando os pés no apoio com os joelhos
estendidos. Ergue os braços com as mãos
sobrepostas, levando ambas para frente e
empurrando o marcador para o mais distante
possível na régua. É aconselhável realizar uns 3
movimentos antes do teste como aquecimento.
Podem ser feitas

várias testagens do mesmo indivíduo ao longo

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do tempo, para avaliação e monitoramento da
evolução de sua flexibilidade, ou a comparação
com valores médios estatísticos. A classificação
mais utilizada dos resultados é a seguinte:

até 11cm = fraco
de 12 a 13cm = regular
de 14 a 18cm = médio
de 19 a 21cm = bom
22cm ou + = excelente

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