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Published by ㅤㅤㅤ ㅤ, 2016-10-31 16:04:22

ㅤㅤㅤ ㅤㅤ

jc31-10-2016

4 Segunda-feira Jornal do Comércio - Porto Alegre
31 de outubro de 2016
opiniao@jornaldocomercio.com.br
Opinião
ARTIGOS
PALAVRA DO LEITOR
Uber legal e regrado suspensa faz tempos em Porto Alegre. No entan-
INSS to, com ousadia, podemos fazer da Capital um
Adeli Sell polo desenvolvimentista, moderno e inovador.
Mediante ação contra o INSS, para contagem de tempo de ser-
viço, me aposentei antes da implantação do fator previdenciário Há um ano, escrevi um artigo defendendo a Falta agora, mais do que nunca, enfrentar
(FP) – outubro de 1998. A ação levou cerca de cinco anos. Quan- legalidade das plataformas, dizendo que “a Uber o péssimo sistema de transporte coletivo, com
do recebi o primeiro pagamento desta aposentadoria, se viu que o é legal”. Agora, de fato, passando pela sanção do a necessária melhoria nos ônibus. Como temos
INSS considerou o FP no cálculo, o que não cabia. Nova ação, desta prefeito, as plataformas serão legais, autorizadas que enfrentar as limitações do número de linhas
vez revisional, foi demandada. Há mais de três anos esta ação está e regradas em Porto Alegre. Orgulhoso de sua de lotação, sua imperiosa ampliação, bem como
suspensa/sobrestada, por decisão do Supremo Tribunal Federal aprovação, depois de ter enfrentado resistências, implementar as linhas T – Transversais – onde os
(STF), aguardando julgamento de mérito. Demandas mais novas já ameaças, xingamentos em pleno plenário da Câ- ônibus não alcançam.
estão sendo julgadas no STF, como direitos a biografias etc., e esta mara Municipal. Foram 57 emendas enfrentadas
como a minha, de interesse público geral, não tem manifestação. uma a uma para que o projeto não fosse desfigu- Da mesma forma, temos que resolver os gra-
Sei que o número destas ações se contam aos milhares, mas vejo rado. Foi o melhor que conseguimos num clima ves problemas com o transporte escolar, este
assuntos de interesses diversos serem acatados celeremente, como de disputas. Venceu a cidade, porque o povo já como aqueles na mão de uma meia dúzia de ope-
benefícios ao próprio Judiciário. Vejo que pessoas públicas, como tinha decidido que o aplicativo Uber é legal. radores. Trabalhamos por uma Porto Alegre para
uma atleta recentemente acidentada, são aposentadas sobre o teto as pessoas. Repetindo: desenvolvimentista, mo-
(cerca de R$ 5 mil) por decreto. Por que os pensionistas do INSS são A lei é avançada, só pode trazer benefícios derna e inovadora.
onerados? Onde foram parar as demandas sobre o fator previden- aos seus usuários e dá segurança jurídica aos
ciário? Sumiram em buraco negro? (João Carlos Wilhelm Coelho) uberistas e a outras plataformas. Mas precisamos Vereador de Porto Alegre (PT)
mais. Mais avanços em tudo. A modernidade foi
Desaposentação
Restituição do ICMS de substituição tributária
Sobre a matéria STF entende que a desaposentação é ilegal
(Jornal do Comércio, 27/10/2016), as contribuições dos aposenta- Feliciano Almeida Neto desde que comprovado que o preço praticado no
dos que continuam a trabalhar vão para onde? Os ministros do varejo é inferior ao presumido pelo fisco e que
Supremo Tribunal Federal votaram contra a pretensão dos aposen- A recente decisão do STF trouxe reflexos posi- foi repassado pelo fornecedor quando da venda
tados trabalhadores, que nada merecem. (Nei de Oliveira e Silva) tivos e diretos às empresas que praticam preços de da mercadoria. Como reflexo, é possível reduzir
venda inferiores ao exigido pelo fisco no regime o custo da compra e aumentar a competitividade
Desaposentação II de substituição tributária. Vejamos a tese do julga- podendo propor menor preço de venda.
mento para fim de repercussão geral: “É devida a
Fiquei perplexo com a decisão dos ministros do STF por não restituição da diferença do Imposto sobre Circula- É prudente que o empresário faça prévia si-
conceder a desaposentação. Dinheiro para elevar salários do funcio- ção de Mercadorias e Serviços (ICMS) pago a mais mulação dos dados e valores, comparando a base
nários públicos o governo tem, porém, para recalcular os míseros no regime de substituição tributária para a frente presumida no cálculo do imposto (ICMS-ST) e o
salários dos aposentados que continuam trabalhando - pelo fato de se a base de cálculo efetiva da operação for infe- preço efetivo praticado na venda no varejo. Dos
seus vencimentos serem baixos - os ministros acharam que não ti- rior à presumida”. Temos visto, ao longo do tempo, dados apurados teremos elementos necessários
nha dinheiro, que a Previdência ia a falência. (Agenor Batista) que empresas reclamam da ânsia de tributar do para a tomada de decisão. Entendemos que excep-
Fisco, que generalizou o regime de tributação de cionar apenas aquelas operações de venda que fo-
Trânsito substituição tributária em muitos segmentos eco- ram realizadas e que são inferiores às bases pre-
nômicos. Também contestam que são adotadas sumidas, sem avaliar a totalidade das operações
O trânsito de Porto Alegre está complicado e lento, porque a Margens de Valor Adicionado (MVA) superiores à poderá resultar em risco de contingência fiscal re-
rede viária não têm mais condições de suportar os cerca de 800 realidade do mercado para compor o preço pre- sultando em novo litígio que poderá novamente
mil veículos que transitam na Capital. Isso é demais. Não adianta sumido de venda. Assim, é resultante no aumen- ser submetido ao Judiciário. O procedimento cor-
fazer viadutos ou outras obras viárias que a paralisação continua. to da carga tributária nas operações de compra e, reto será a elaboração de planilhas onde será apu-
(Gildo de Matheus, Porto Alegre) consequentemente, no custo da mercadoria. rado o real valor global do reflexo da decisão em
cada empresa.
Nobel da Paz Com a decisão do STF, passa a ser permiti-
do restituir o ICMS exigido na ocasião da compra Contador
Muitos dizem – inclusive comunicadores de prestígio – que o
Brasil nunca recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Mas, em 1988, o Bata- Quem tem medo do lobo mau?
lhão Suez, que integrou a Força de Emergência das Nações Unidas
entre 1957 e 1967, na Faixa de Gaza, após conflito entre o Egito e Fábio Berwanger Juliano forma tão radical por parcela significativa da po-
Israel, foi distinguido com o Prêmio Nobel da Paz. Está lá, na Aca- pulação, mostramos o que verdadeiramente pen-
demia Sueca, a premiação. (Carlos Camboim, da Associação dos O discurso de grande parcela da população samos sobre trânsito no Brasil. Enquanto nossos
Integrantes do Batalhão Suez-RS) brasileira não é coerente com seus próprios an- problemas e preocupações forem o “pardal”, os
seios quando falamos de trânsito. Queremos a radares e as Jari e não os que falam ao celular,
Na coluna Palavra do Leitor, os textos devem ter, no máximo, 500 caracteres, podendo civilidade escandinava, mas as punições devem bebem e ultrapassam em local proibido na condu-
ser sintetizados. Os artigos, no máximo, 2 mil caracteres, com espaço. Os artigos e seguir o velho jeitinho brasileiro. São tantas, mas ção de um veículo automotor, não combateremos
cartas publicados com assinatura neste jornal são de responsabilidade dos autores e tantas objeções feitas, que fica difícil enumerá- devidamente o real problema. Para matarmos um
não traduzem a opinião do jornal. A sua divulgação, dentro da possibilidade do espaço -las: o agente não é competente; não preciso fa- mosquito unimos um País de forma emocionante,
disponível, obedece ao propósito de estimular o debate de interesse da sociedade e o zer prova contra mim mesmo; não tinha placa me para retirar a CNH de quem bebe e dirige precisa-
de refletir as diversas tendências. avisando que não posso andar a 120 km/h na ci- mos ir ao STF e contarmos com muita sorte.
dade; e mais um infinito rol de desculpas, quer
A internet que a dizer, direitos, que são vigentes somente em nos- Nosso problema não é de legislação nem da
so País. A mesma câmera e controlador eletrôni- forma como os controladores eletrônicos são ins-
sua empresa precisa co (sempre instalados com critérios técnicos) são talados, nem dos julgamentos dos 99,9% dos re-
vistos como inimigos quando multam o “cidadão cursos protelatórios das multas, mas sim de uma
51 4063 7100 de bem”, aquele mesmo, o que sonha com a Sué- mentalidade e consciência do que queremos com-
cia, mas trafega no corredor de ônibus e ajuda a bater. O direito de não cruzar o meu veículo onde
www.acem.net.br propagar o jargão clássico do sueco, quer dizer, transporto a minha família com o de um condu-
do brasileiro, a indústria da multa. tor alcoolizado é visto hoje como inferior ao direi-
to de ter um julgamento “judicializado” de uma
A tal indústria é o que devemos nos preocu- multa de trânsito. Questão de prioridade de uma
par, o verdadeiro inimigo do povo? Quando mul- nação. Eu, particularmente, temo o bêbado ao vo-
tas aplicadas com toda a tecnologia existente hoje lante. O resto é historinha de lobo mau.
em dia e que não deixam qualquer dúvida do
seu cometimento passam a ser questionadas de Conselheiro do Cetran

Jornal do Comércio - Porto Alegre Segunda-feira 5
31 de outubro de 2016
Economia
Editor: Luiz Guimarães
economia@jornaldocomercio.com.br

INVESTIMENTOS

Bancos estimulam aplicação na poupança

Saques somam R$ 50 bilhões de janeiro a setembro deste ano; instituições criam programas de estímulo

Investidores e bancos entra- JOÃO MATTOS/JC o Poupa Troco, poupança que é
ram em uma espécie de queda alimentada pelo “troco” das ope-
de braço ao redor da poupança. Modalidade rende 6,17% mais a TR ao ano, enquanto o IPCA em 12 meses até setembro fechou em 8,48% rações feitas em conta-corrente.
Enquanto o poupador resgata o Se o cliente gastar R$ 14,95 em
dinheiro guardado - para pagar criar um apelo emocional que meses no sistema, o BB perdeu jetivo, fica mais palpável, e as uma compra no débito, saem R$
as contas ou aplicar em produtos estimule o hábito de poupar, diz 0,3%. A instituição ainda ofe- pessoas acabam criando o hábi- 15,00 da conta-corrente, e os R$
mais rentáveis -, as instituições Edson Pascoal Cardozo, diretor rece prêmios em sorteios para to”, afirma. 0,05 de diferença vão para essa
financeiras investem em sorteios de empréstimos e financiamen- quem faz novas aplicações de poupança alternativa. Frederico
e novas modalidades para que tos do BB. A modalidade tem 20 R$ 300,00 por mês. “Mas o banco estimula eco- Ferrari de Lima, superintenden-
os valores sigam na caderneta. mil clientes e saldo próximo de nomia no produto que ele quer te executivo de investimentos do
Os saques da poupança somam R$ 50 milhões - o banco tinha Michael Viriato, professor de que as pessoas guardem”, avalia Bradesco, afirma que o objetivo é
R$ 50 bilhões de janeiro a setem- quase R$ 150 bilhões em depósi- finanças do Insper, considera po- o professor. Para ele, aplicações a educação financeira e o estímu-
bro deste ano. tos de poupança em junho, dado sitiva a possibilidade de estabe- em títulos públicos via Tesouro lo ao hábito de poupar.
mais recente. lecer objetivos para guardar di- Direto são simples e mais ren-
Para os bancos, a poupança nheiro. “Fazer uma poupança é táveis do que a poupança, mes- “Qual outro produto que eu
é uma fonte barata de recursos. “O produto está ajudando na uma coisa terrível para a pessoa, mo para o pequeno investidor. A poderia aplicar apenas R$ 1,00,
Boa parte do dinheiro aplicado retenção da carteira”, diz Cardo- porque significa abdicar de con- aplicação mínima nesses papéis que fosse simples de contratar e
nela vai para o financiamento zo. Ele argumenta que, enquan- sumir hoje para usar o dinheiro é de R$ 30,00. de entender?”, argumenta, sobre
da casa própria, linha que se- to a caderneta encolheu 1% em 12 depois. Quando se atribui um ob- o estímulo a aplicações em um
gue sendo explorada pelos ban- O Bradesco passou a oferecer produto com rentabilidade baixa.
cos mesmo na crise - apesar do
aperto nas análises de crédito -, “Depois de juntar mais di-
porque o risco de calote é menor. nheiro, o poupador pode direcio-
Na caderneta, o correntista ga- nar para outro produto.”
nha um estímulo para juntar di-
nheiro, mas está longe de ser um O Santander é outro banco
bom negócio. que aposta em sorteios para re-
compensar clientes que aumen-
A poupança rende, ao mês, tarem os depósitos na poupan-
0,5% mais a TR – ou 6,17% mais ça. A promoção começou em
a TR ao ano, menos que outros outubro de 2015, tinha prazo
investimentos e abaixo da in- mais curto, mas foi prorrogada
flação. Nos 12 meses encerrados até o final deste ano. Todo mês,
em setembro, o IPCA esteve em o banco sorteia prêmios de até
8,48%. Há pouco mais de um R$ 50 mil para quem aumenta o
mês, o Banco do Brasil (BB) lan- saldo aplicado na poupança em
çou a Poupança dos Sonhos, que R$ 200,00. O banco não comen-
permite ao cliente atribuir obje- tou por que investe nessa promo-
tivos (como viajar e se aposen- ção. Viriato diz que o fato de o
tar) para a reserva financeira e banco pagar um prêmio, que tem
acompanhar o crescimento do um custo, indica que o produto é
dinheiro acumulado para alcan- muito interessante para ele. “Se
çar cada meta. é tão interessante para quem dis-
tribuiu, será que é interessante
Com isso, o banco espera para mim?”, questiona.

Após três anos no vermelho, Bovespa deve crescer com investidores pessoa física

A Bovespa deve encerrar Bolsa”, afirma o estrategista-chefe o otimismo quanto à melhora da seus ganhos, vinha adquirindo Fund (ETF), que reproduz o com-
2016 com um retorno positivo de- da XP Investimentos, Celson Plá- economia influenciam o apetite papéis de empresas de vários se- portamento da carteira de ações
pois de três anos no vermelho, cido. Ele explica que o afastamen- maior pela aplicação. No entanto, tores desde o final do ano passa- do índice.
e essa perspectiva já começou a to e o desfecho do processo de para o sócio-diretor da Easyinvest do e aproveitou boa parte da alta
atrair pessoas físicas para a ren- impeachment de Dilma Rousseff Márcio Cardoso, a renda fixa con- do Ibovespa neste ano. “Estácio e “A Bolsa ainda está muito ba-
da variável. Até o fechamento da motivaram essa busca. tinua atraente. “Ainda temos uma Kroton foi uma novela. Investi em rata em termos históricos”, diz o
última sexta-feira, o Índice Boves- Selic de 14% ao ano”, destaca. ambas as empresas de educação administrador de investimentos
pa acumulava ganhos de 48,35% O corte nos juros - o primeiro antes da fusão e vendi as ações Fábio Colombo. Mais ganhos, po-
em 2016. em quatro anos -, as reformas fis- “O perfil desse investidor é o depois, na alta”, exemplifica. rém, dependem dos cenários polí-
cais em discussão no Congresso e de quem está na casa dos 30 anos tico e econômico.
Assim, em um ano, a partici- e busca complementar sua ren- Esse comportamento está lon-
pação de investidores individuais da”, diz Raphael Figueredo, ana- ge do usual, pois o público cos- Juliano Brito Sociedade de Advogados
no volume total de recursos nego- lista da corretora Clear. A simpli- tuma ser atraído nos movimen- OAB/RS 3306
ciados na Bolsa passou de 12,8% ficação do acesso às plataformas tos de alta. “Uma perda de 5%
para 19%, segundo dados de se- de negociação e o volume de in- representa pouco para quem já Especialistas em Direito Tributário
tembro. Porém, no mesmo perío- formações divulgadas sobre in- ganhou quase 50% no ano. Mas Contestação e Renegociação de Dividas
do, o número de contas cadas- vestimentos também favorecem a para quem acabou de entrar, é Planejamento Tributário Empresa e Sócios
tradas nessa categoria teve um busca por aplicações além do Te- significativa”, diz Marcos Navar-
comportamento inverso e recuou souro Direto, completa Figueredo. ro, planejador certificado pelo (51) 3031-2494
0,32%. Instituto Brasileiro de Certifica-
A estratégia de antecipar os ção de Planejadores Financeiros www.jbsa.adv.br
Esse movimento é interpreta- movimentos do mercado fez com (Ibcpf). Para quem deseja investir julianobrito@jbsa.adv.br
do como o início de uma discreta que o servidor público Daniel Pon- na Bolsa, ele recomenda comprar
migração para a renda variável. toni vendesse boa parte de suas aos poucos produtos que acom-
“Desde maio, o investidor mode- ações neste mês. Ele, que se ca- panham o rendimento do Ibo-
rado está optando por alocar um dastrou em uma consultoria de in- vespa, como o Exchange Traded
pouco mais de seus recursos na vestimentos e definiu metas para

6 Segunda-feira Jornal do Comércio - Porto Alegre
31 de outubro de 2016

Economia

CONTAS PÚBLICAS

Estados têm desequilíbrio com pessoal

Rio Grande do Sul está entre os cinco que possuem menor dispêndio com funcionalismo ativo

Ao contrário do que se pode CLAUDIO FACHEL/ARQUIVO/JC Fiscal (LRF) foi criada, a folha de
imaginar, os estados mais desen- pagamento dos estados era de ser-
volvidos do País - alguns à beira Gastos com aposentados, pensionistas, Legislaivo e Judiciário gaúcho abocanham 71% da receita vidores ativos. Os inativos e outros
da falência - não são os que mais poderes ainda representavam uma
gastam com a folha de pagamen- que vive uma grave crise financei- que se pensa, o retrato do governo se iguala ao dos ativos, R$ 209 fatia pequena da folha”, afirma
to dos servidores ativos (do Execu- ra, por exemplo, tem uma despesa não é o retrato do estado em várias bilhões ante R$ 215 bilhões, res- José Roberto Afonso, um dos auto-
tivo). Alguns deles - como Rio de per capita menor do que a do Piauí unidades da Federação”, explica o pectivamente. A situação é ainda res da LRF. Pela lei, quando se fere
Janeiro e Rio Grande do Sul, que e quase igual à do Rio Grande do economista José Roberto Afonso, pior nos estados de Pernambuco, o limite de despesas de pessoal, o
frequentemente têm atrasado o Norte. Isso não impede, no entan- que também é professor do Insti- Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Estado tem de cortar até 20% dos
pagamento de salários dos servi- to, que o Estado atrase sistemati- tuto Brasiliense de Direito Público Paulo, Santa Catarina e Rio Grande cargos comissionados, exonerar os
dores - estão entre os que menos camente o salário do funcionalis- (IDP). Ele afirma que o peso dos do Sul, onde essas despesas supe- servidores não estáveis e, por fim,
comprometem suas receitas com mo público. inativos e demais poderes na folha ram a do pessoal que está na ativa. o servidores estáveis. “As três re-
a remuneração dos profissionais de pagamento dos estados inibe a gras alcançam os funcionários ati-
dos setores de segurança, ensino “Esse estudo tenta mostrar a atuação dos governos. No caso do Rio Grande do Sul, vos, e nada de inativos. E outros
e saúde. diferença entre o poder público o gasto com aposentados, pensio- poderes são os mais criativos na
e o governo, entre o estado como Pelos dados do estudo, no to- nistas, Legislativo e Judiciário abo- hora de apresentar a conta.”
Entre as 27 unidades da Fede- um todo e o pessoal ativo do Po- tal do País, o gasto com pessoal canha 71% da receita. “Há 20 anos,
ração, o governo que menos gasta der Executivo. E, ao contrário do inativo e demais poderes quase quando a Lei de Responsabilidade Um exemplo, diz Afonso, é
com pessoal ativo é o do Espírito que, no Rio de Janeiro, os inati-
Santo, seguido por Rio, São Pau- vos entram na conta do Executivo.
lo, Santa Catarina e Rio Grande do “Um juiz aposentado, um deputa-
Sul, mostra um estudo feito pelos do e um procurador aposentado
economistas José Roberto Afonso contam na folha do Executivo. Se
e Vilma da Conceição Pinto, pes- eles passam a ganhar mais, é um
quisadores do Instituto Brasileiro servidor que você precisa demi-
de Economia da Fundação Getu- tir. O desajuste do inativo implica
lio Vargas. ajuste no pessoal ativo.”

O resultado, no entanto, escon- O secretário da Fazenda do Es-
de uma equação perversa. Com a pírito Santo, Paulo Roberto Ferrei-
escalada dos gastos com aposenta- ra, afirma que, por causa dos ina-
dos e pensionistas (inativos) e da tivos e demais poderes, o governo
remuneração dos demais Poderes teve de fazer um pesado ajuste na
(Legislativo e Judiciário), os esta- folha de pagamento. De 2014 para
dos têm tido menos espaço na fo- cá, reduziu em 12% o gasto com o
lha de pagamento para manter sua pessoal ativo. “Estamos enxugan-
atividade-fim, que é garantir o fun- do com corte de cargos comissio-
cionamento dos serviços básicos. nados, mas o raio de manobra tem
diminuído muito.” No estudo de
O trabalho mostra que, em Afonso e Vilma, o Espírito Santo
mais de dois terços das unidades aparece como o estado com menor
da Federação, o gasto per capita despesa com pessoal ativo em re-
com o pessoal ativo é menor que a lação às receitas.
média brasileira. O Rio de Janeiro,

Reação da economia deve demorar mais, avalia grupo de economistas

Apesar da troca de governo, da aprova- mistas de que o Produto Interno Bruto (PIB) para o terceiro trimestre. Oficialmente, o Nelson Marconi, professor de Macroeco-
ção em dois turnos na Câmara dos Deputa- do terceiro trimestre foi negativo e que a departamento econômico do Itaú Unibanco nomia da Fundação Getulio Vargas, consi-
dos da Proposta de Emenda Constitucional economia continua no fundo do poço. prevê queda de 0,5% no terceiro trimestre dera que há risco de uma taxa muito baixa
(PEC) para conter os gastos públicos e da re- ante o segundo. Considera, no entanto, que a de crescimento do PIB para o ano que vem,
cuperação dos indicadores de confiança do Zeina Latif, economista-chefe da XP In- retração pode estar mais perto de 1%. beirando o terreno negativo, se não houver
empresário e do consumidor, a economia vestimentos, lembra que dois meses atrás mudanças na política econômica para pro-
real não está reagindo na velocidade espe- havia uma percepção generalizada no mer- Alessandra Ribeiro, sócia da Tendên- vocar a demanda. “Corre-se esse risco se os
rada pelo mercado. Em agosto, o resultado cado de que o PIB do terceiro trimestre seria cias Consultoria Integrada, diz que a queda juros não forem reduzidos, as concessões
de indicadores importantes apurados pelo positivo. “Mudou o quadro para o terceiro do PIB do terceiro trimestre está mais perto destravadas e o câmbio não for colocado no
IBGE, como a produção industrial e as ven- trimestre, está caindo a ficha”, ressalta. Ela de 0,9% do que a previsão oficial da consul- lugar.” Mesmo com os indicadores prelimi-
das no varejo decepcionaram, com recuos considera o quadro atual da economia mui- toria, que é uma retração de 0,2%. Também nares apontando para um resultado ruim
de 3,8% e 2%, respectivamente, sobre o mês to grave e frágil, porque, neste momento, na as projeções feitas pela consultoria de PIB no terceiro e quarto trimestres, prevalece a
anterior. A queda de mais de 8% na arre- sua avaliação, não há motores para impul- para o quarto trimestre, para este ano e para avaliação de que, em 2017, a atividade sairá
cadação com impostos federais de setembro sionar a atividade. A frustração provocada 2017 podem mudar. “Para 2017, podemos ter do vermelho. Mas essa reação, para alguns,
confirmou que a atividade continuou em pelos resultados da economia real em agos- um crescimento um pouco menor por con- deve ocorrer só a partir do segundo semes-
baixa no mês seguinte. Esses resultados sa- to e setembro fez consultorias privadas e de- ta do carregamento estatístico negativo”, diz tre do ano que vem, quando ficará mais evi-
cramentaram um consenso entre os econo- partamentos econômicos de bancos reava- ela. Por enquanto, a consultoria espera para dente o efeito do corte nos juros.
liarem informalmente as projeções do PIB o ano que vem um avanço de 1,5%.

Um grande banco está sempre
ao seu lado. Inclusive nas suas

Crédito Pessoal

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Economia

INOVAÇÃO

Plataforma analisa
processos e orienta defesa

Simulação na medicina Legal Cognitive é resultado de uma parceria entre a IBM e a Finch

O Instituto Simutec, pioneiro na oferta de treinamento na área mé- Patricia Knebel FINCH SOLUÇÕES/DIVULGAÇÃO/JC
dica pelo uso de simulação e realidade virtual, está no YouTube com
um canal exclusivo no qual já pode ser acessado o primeiro de uma patricia.knebel@jornaldocomercio.com.br
série de vídeos ambientados no centro de treinamento de Porto Alegre.
O formato foi o escolhido para apresentar a graduandos, residentes, A IBM e a Finch Soluções se Sistema é comercializado na forma de assinatura mensal
médicos e professores de Medicina as especificidades de cada um dos uniram para oferecer ao merca-
simuladores disponíveis no local para desenvolver e aperfeiçoar habi- do jurídico uma plataforma cog- FINCH SOLUÇÕES/DIVULGAÇÃO/JC
lidades em cirurgia com destaque para procedimentos minimamente nitiva que auxilia escritórios e de-
invasivos. As principais vantagens da nova tecnologia, que conta com partamentos do ramo a reduzir o Ferramenta monitora ações em qualquer parte do País, diz Buchina
comprovações clínicas, são a possibilidade de repetições ilimitadas e o tempo de avaliação de processos
treinamento individualizado. e, com isso, aumentar a eficiência O líder de Analytics da IBM que o setor jurídico necessita”,
do trabalho de apuração de casos Brasil, Paschoal D’Auria, explica afirma. A solução já está dispo-
Fontes primárias a serem julgados. que a solução foi construída sob nível no mercado. A plataforma
padrões globais da multinacional. é oferecida no modelo de Soft-
Jornalista Afonso Licks realizou verdadeira façanha, inclusive fi- O Legal Cognitive, como foi ware as a Service (SaaS). Os es-
nanceira, para escrever “Octavio, O Civil dos 18 do Forte de Copacaba- batizada a solução, é uma espé- “Esta plataforma nos per- critórios pagam uma assinatura
na”, autografado no sábado, na Feira do Livro de Porto Alegre. Ele bus- cie de assistente virtual inteligen- mitiu explorar largamente os mensal que varia de R$ 30 mil
cou fontes primárias na pesquisa, que envolveu duas curtas temporadas te e utiliza Inteligência Artificial atributos de nossa tecnologia de a R$ 60 mil. Outra parte impor-
em Paris. O advento do Google tornou isso cada vez menos comum. para analisar semanticamente Analytics. Tiramos proveito da tante da oferta é o treinamento
todo o conteúdo de um documen- inteligência cognitiva do IBM complementar, que é ofereci-
Hemocord social to jurídico. O diretor executivo da Watson e validamos todos os as- do separadamente.
Finch Soluções, Armando Buchi- pectos de segurança e robustez
A gaúcha Hemocord acaba de criar seu braço social através do na, relata que a plataforma con-
Instituto Linor Sassi de Amparo à Saúde com Células Tronco. É para segue monitorar qualquer ação
coletar e armazenar sangue de cordão umbilical de forma gratuita e que ingresse contra determinada
auxiliar as famílias que buscam tratamentos inovadores com célula- companhia, em qualquer lugar
-tronco de cordão umbilical para outras doenças. do País, e faz uma pesquisa nos
documentos relacionados.
Meias para cães
Assim como um ser huma-
A Lupo está lançando pet socks Lulupo, meias para um dos mem- no (mas com uma capacidade
bros mais amados da família brasileira: os cães. Segundo a diretora muito maior de análise), a má-
Carolina Pires, o lançamento está sendo realizado em âmbito nacional, quina entende o contexto e o
com a colocação de 100 mil pares no mercado, inicialmente, nas 320 conteúdo jurídico, analisa todos
lojas franqueadas. os casos similares que já aconte-
ceram e fornece os insights para
O Natal Luz 2016 o advogado.

Gramado se prepara para receber dois milhões de visitantes do O sistema indica, inclusive,
seu 31º Natal Luz, que começou neste fim de semana e vai até 15 de a probabilidade de a empresa ga-
janeiro, patrocinado mais uma vez pela Coca-Cola. Destaque para os nhar ou perder ação, com base
espetáculos Eu Sou Maria, Natal pelo Mundo e o Grande Desfile de em casos similares já julgados,
Natal, que acontecem em dias alternados. e sugere a tese de defesa. “Como
o sistema faz análises compor-
Cachoeira 100% de fibra ótica Vivo tamentais, de acordo com o que
geralmente acontece em cada
Vivo inaugura hoje, em Cachoeira do Sul, a primeira estrutura de comarca e com cada juiz, é um
rede 100% fibra ótica do Estado. O investimento inicial de R$ 9 milhões grande aliado para a estratégia
faz o município contar com o que há de mais avançado em banda larga, de defesa”, comenta.
com até 300 Mbps, TV com canais HD e o Vivo Play em todos os pacotes
e telefonia fixa com planos para consumidores que buscam conexão e Empresa criou modelo inédito de condução das ações legais
conteúdos de alta qualidade. A operação da empresa atenderá, inicial-
mente, a 27 bairros. A rede, que leva a fibra ótica até a residência do A Finch Soluções é uma spin advogado cuida de processo do em 2014, em um encontro sobre
cliente, usa uma das tecnologias mais avançadas do mundo: a Gpon (Gi- off da área de tecnologia de dois começo ao fim. Na plataforma disrupção no mundo jurídico. Os
gabit Passive Optical Network). É a melhor opção para navegar em alta grandes escritórios de advoca- criada pela startup, foi adotado o empreendedores já estavam com
velocidade, jogar on-line, ver vídeos e usar aplicativos. cia brasileiros, que durante anos modelo de esteiras. um projeto de inteligência artifi-
trabalhavam com grandes vo- cial em curso, realizando pesqui-
GUARDE SEUS BENS COM SEGURANÇA E COMODIDADE, lumes de processos e percebe- “A nossa plataforma segre- sas nas áreas de processamento
SEM PAGAR NENHUMA TAXA. ram que poderiam ter mais efi- ga os processos por atividades e de linguagem natural, redes neu-
ciência e qualidade com o uso entrega cada parte para pessoas rais e redução semântica para a
contato@guardeflexpoa.com.br (51) 3325 5000 de tecnologia. especializadas, o que garante compreensão de textos legais.
um controle total de produtivida-
www.guardeflexpoa.com.br (51) 9388 3428 Antes mesmo de chegar nes- de e evita a perda de prazos”, co- Durante a apresentação, co-
sa etapa da inteligência artificial menta. Segundo ele, métricas da mentaram isso e foram procura-
Rua Lauro Muller, 860 pav 01 – Porto Alegre e do uso do IBM Watson, o dire- empresa apontam que 70% das dos por executivos da IBM que
tor executivo da Finch Soluções, atividades de um processo não também estavam no evento.
Armando Buchina, comenta que são exclusivas de um advoga- “Eles nos perguntaram se a gen-
a forma de condução dos proces- do, podendo ser realizadas pelas te estava usando o Watson, e na
sos jurídicos da Finch já era dife- áreas administrativas. época ainda não. E foi a partir
renciado. A advocacia tradicional dali que essa relação começou a
trabalha com o conceito de que Foi essa inovação que levou a ser construída”, recorda.
empresa a palestrar em Harvard,

Jornal do Comércio Segunda-feira, 31 de outubro de 2016 9

10 Segunda-feira Jornal do Comércio - Porto Alegre
31 de outubro de 2016
CONSULADO DO REINO UNIDO/DIVULGAÇÃO/JC
Economia

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Reino Unido traz roadshow
para o Rio Grande do Sul

Thiago Copetti são o foco desse roadshow bri- TI (Tecnologia da Informação). Empresários poderão conhecer melhor o mercado britânico, diz Joanna
tânico pelo Brasil? Fiquei muito impressionada, por
thiago.copetti@jornaldocomercio.com.br exemplo, com o que vi no Tec- membros da UE, mas estamos realidades e interesses diver-
Joanna Crellin – O que real- nopuc. Somos o país mais ino- na expectativa de fazer um bom sos, não é nada fácil, como você
Em uma ação inédita no Bra- mente queremos é aumentar o vador do mundo depois dos Es- acordo dentro do que escolheu pode imaginar.
sil, o governo britânico desem- conhecimento dos empresários tados Unidos. O que ocorre em o povo britânico. Na realidade,
barca em Porto Alegre por meio brasileiros sobre o Reino Unido e Porto Alegre com a inovação [e claro que essa decisão do povo JC – Que tipo de acordos
da cônsul-geral em São Paulo, tentar mais engajamento de no- um pouco o que ocorre ao redor britânico nos dá mais liberdade
Joanna Crellin, no dia 8 de no- vos distribuidores. Nos interes- de Manchester e o desenvolvi- para olhar novos mercados, onde a senhora acredita que po-
vembro. O Roadshow Britânico: sa principalmente os mercados mento de tecnologia. O agritech queremos estar com presença
Oportunidades para Distribuido- de energia, especialmente óleo (tecnologia para o agronegócio) mais forte. Saindo da União Eu- derão ser feitos após essa se-
res Brasileiros, além de buscar e gás, saneamento, educação é algo que podemos ter de com- ropeia, nós podemos fazer novos
parceiros locais para representar e treinamento, serviços finan- plementar e para compartilhar. acordos bilaterais. Hoje, é difícil paração do Reino Unido e da
e vender aqui produtos de em- ceiros e equipamentos de segu- Também temos atividades com- fazer qualquer tipo de acordo,
presas inglesas, tem um compo- rança. Mas claro que há muitas plementares com o Rio Grande porque é necessária a aprovação União Europeia?
nente extra no “ineditismo”. A do Sul complementares e inte- de 28 membros da UE. E atingir Joanna - Aqueles acordos
futura saída do Reino Unido (que “Saindo da União ressantes, como na segurança o concessão entre 28 países, com
ainda depende de um acordo já alimentar, com eficiência muito que são do nosso interesse, mas
em elaboração) da União Euro- Europeia, nós grande nas áreas de bovinos e não dos outros países. Na União
peia (UE) abre oportunidades suínos, no uso da terra, da saúde Europeia, há muitos parceiros
para as companhias brasileiras, podemos fazer novos animal e no setor de laticínios. com restrições agrícolas, como a
e essa é a primeira grande ação França. Sozinhos, teremos mais
externa inglesa no Brasil após acordos bilaterais. JC - Qual a expectativa do flexibilidade para isso.
o Brexit.
Hoje, é difícil governo do Reino Unido com
“Ao sair da UE, ganharemos
flexibilidade de negociações bi- qualquer acordo” esse roadshow pelo Brasil?
laterais. E o Brasil está entre as Joanna - Temos potencial
prioridades”, alerta Joanna, tam- outras empresas britânicas inte-
bém diretora de Comércio e In- ressadas no País, como alimen- para triplicar o volume de negó-
vestimento do Reino Unido para tos e agronegócio. E também será cios entre os dois países até 2020.
a América Latina. uma momento de troca, quando É bastante otimista, mas vamos
empresários poderão entender levar em conta que mesmo, na
Em 2015, o Brasil importou melhor como vender para o Rei- atual crise brasileira, o volume
mais de R$ 21 milhões em pro- no Unido. de exportações para o Brasil não
dutos e serviços britânicos, o que caiu muito. Isso é um sinal muito
Joanna espera ver ampliado a JC - E especificamente para importante para nós. Mas não é
partir do roadshow, que também o Rio Grande do Sul, qual é a só para o lado de cá, das nossas
passa por outras quatro capitais: expectativa do roadshow? exportações, que estamos traba-
Belo Horizonte, São Paulo, Reci- lhando. Também estamos vendo
fe e Rio de Janeiro. Para os gaú- Joanna - É estreitar laços, e cada vez mais empresas brasilei-
chos interessados em conhecer não apenas vender produtos. Já ras olhando para o Reino Unido e
as oportunidades do Reino Uni- estive em Porto Alegre, e existe vendendo para lá. Inclusive em-
do e as formas com as quais os a oportunidade de aproximar- presas gaúchas, como Grendene
consulados no Brasil podem aju- mos a capital do Rio Grande do e Tramontina.
dar no negócios é preciso agen- Sul e Manchester. São cidades
dar sua participação pelo e-mail um tanto parecidas em suas po- JC - Esse movimento bri-
victoria.silva@fco.gov.uk. tencialidades, como na área de
tânico de buscar novos par-
Jornal do Comércio - Quais
os setores empresariais que ceiros, com o Brasil, tem re-

lação com a saída do país da

União Europeia?
Joanna – Ainda somos

COMUNICAÇÃO

Grupo Competence vira G5 e ganha novas operações

Com 25 anos no mercado, por rotinas de demanda, de traba- dade, engajamento e ativação.
meio da agência de propagan- lho, de profissionais. Inclusive, A Stronger vai ser a empresa
da Competence, o Grupo Com- estamos buscando no mercado
petence se reestrutura, muda de alguns novos executivos”, diz o do G5 para a área de relaciona-
nome e abre cinco novas empre- publicitário João Satt, agora dire- mento, com CNPJ próprio, dan-
sas. Além de segmentar ativi- tor-presidente do G5. do sequencia ao trabalho que até
dades, sem perder a integração então era feito pela Competence,
de criatividade e inteligência de Apesar de atuações indepen- a agência de propaganda, que
mercado, passa se chamar G5. dentes, as empresas atuarão inte- agora ficará sob o pilar criativi-
“Essa mudança era estudada há gradas no compartilhamento de dade. O mundo digital terá mais
um ano. Chegamos a pensar em informações e operações, quan- braços e focos específicos: uma
agrupar tudo na mesma empre- do for o caso. O projeto é baseado agência específica (a TWF), uma
sa, mas optamos por criar uma nos cinco braços da estrela que produtora (a Comp) e uma para
para cada um dos nosso pilares simboliza a Competence, e que lojas.com (a F-Store). A área de
de trabalho. Cada um tem suas se tornam agora os pilares do G5: estratégia ficará sob o guarda-
inteligência, inovação, criativi- -chuva da Sunbrand.

Jornal do Comércio - Porto Alegre 11Segunda-feira

Economia 31 de outubro de 2016

CRÉDITO ENERGIA

Paralisação dos bancários Governo vai ao STF para tentar
reduz concessão de crédito derrubar liminares do setor elétrico

Ritmo seguirá em desaceleração nos próximos meses, segundo o BC O governo vai fazer uma faço de 50% no ano passado. Para
ofensiva para derrubar liminares as hidrelétricas, a consequência foi
JONATHAN HECKLER/JC que atualmente travam o mer- comercial: contratualmente, elas
cado de energia. O Ministério de são obrigadas a comprar a ener-
Queda em setembro foi veriicada em linhas para imóveis, veículos e até mesmo nos consignados Minas e Energia (MME), a Agên- gia que deixaram de produzir de
cia Nacional de Energia Elétrica outras usinas, como termelétricas,
A greve dos bancários as modalidades caíram 7,2% em Na semana passada, o Comitê de (Aneel) e a Advocacia-Geral da eólicas e usinas a biomassa.
ampliou a queda na setembro em relação a agosto Política Monetária (Copom) do União (AGU) entraram com pedi-
concessão de crédito deste ano para pessoas físicas. BC reduziu a Selic em 0,25 ponto do para suspender uma ação que Essa situação gerou uma ver-
pelos bancos, em se- percentual, para 14% ao ano. Em pode gerar efeito dominó e inva- dadeira guerra de ações judiciais,
tembro, principalmente das mo- Maciel ponderou, entretanto, setembro, a taxa média de juros lidar até 152 liminares que envol- opondo hidrelétricas, térmicas, co-
dalidades de crédito imobiliário, que o crédito seguirá em tendên- cobrada de pessoas físicas subiu vem R$ 1,25 bilhão. Nessa verda- mercializadores e distribuidoras.
consignado e de financiamen- cia de desaceleração mesmo sem para 73,3% ao ano, e as do che- deira guerra de ações judiciais, Ao todo, são 152 liminares, mas a
to de veículos, segundo o chefe a greve dos bancários. “A ten- que especial (324,9% ao ano) e hidrelétricas questionam a gestão única que chegou ao Supremo Tri-
do Departamento Econômico do dência do crédito é desacelera- do cartão de crédito (480,3% ao do setor elétrico pelo governo em bunal Federal (STF) é a da Associa-
Banco Central (BC), Tulio Maciel. ção, com expectativa de retração ano) bateram novo recorde. períodos de seca. ção Brasileira de Geração de Ener-
Neste ano, a greve dos bancários, no ano. O resultado de setembro gia Limpa (Abragel). A entidade,
que teve início em setembro, du- foi prejudicado pela paralisação Segundo Maciel, às vezes, O assunto das liminares é o que representa pequenas centrais
rou 31 dias, com retorno dos ban- bancária, mas isso não significa os bancos se antecipam à redu- risco hidrológico, problema rela- hidrelétricas (PCHs), conseguiu li-
cários ao trabalho no dia 7 des- que haveria uma mudança de ção da Selic e reduzem os juros cionado à seca. Para poupar água mitar o risco hidrológico de seus
te mês. tendência. O crédito não irá li- do crédito e, em outras situações, dos reservatórios das hidrelétri- associados e, consequentemente,
derar o movimento de reação da levam alguns meses para reduzir cas, o governo usa uma regra que o gasto extra.
A greve afetou principal- atividade econômica, mas tem as taxas cobradas dos clientes. obriga usinas a produzirem me-
mente as modalidades em que como contribuir nesse processo”, “Não se espera uma defasagem nos energia em períodos em que A ofensiva do governo será no
é preciso negociar a liberação disse Maciel. muito longa. A queda da Selic re- os reservatórios estão mais bai- Supremo. O secretário executivo
do crédito nas agências bancá- duz o custo de captação (de di- xos. Para compensar essa queda do Ministério de Minas e Energia,
rias. Em setembro, as concessões No mês passado, o BC di- nheiro pelos bancos), e isso con- da produção, são acionadas as Paulo Pedrosa, deve pedir audiên-
do crédito consignado (com par- vulgou sua projeção para o sal- tribui para redução de todas as termelétricas, que geram energia cia para discutir o assunto com a
celas descontadas diretamente do das operações de crédito este taxas ativas”, explicou. mais cara, de combustíveis fós- presidente do STF, Cármen Lúcia.
na folha de pagamento) caíram ano. Segundo estimativa do BC, seis. O problema é que o setor aca- “Nossa disposição é a de enfrentar
24,4%. O financiamento para a os bancos vão registrar neste ba pagando a conta, especialmen- a questão, reduzir a judicialização
compra de veículos caiu 8,5%. ano a primeira queda no saldo te as hidrelétricas. no setor e evitar intervenções que
No caso do financiamento imo- das operações de crédito na série gerem novos conflitos”, disse ele.
biliário, as concessões recuaram histórica, iniciada em março de O uso desse modelo evitou um
24,2%. 2007. O recuou deve ser de 2%. racionamento de energia há dois Autora da ação no STF, a Abra-
anos, mas gerou um custo elevado gel informou que busca, por meio
“Essa é uma concessão (de Em setembro, o saldo de to- para todo o setor. Para os consumi- do processo, um novo acordo com
crédito imobiliário) que tem um das as operações de crédito con- dores, o efeito mais claro foi o tari- o governo, com um prazo maior
trâmite mais demorado, que exi- cedido pelos bancos caiu 0,2% para o pagamento das dívidas.
ge a presença do solicitante nas em relação a agosto e ficou em
agências mais de uma vez. Uma R$ 3,109 trilhões. Em 12 meses ATTT/DIVULGAÇÃO/JC
agência fechada interrompe to- encerrados em setembro, o sal-
dos esses processos. Ano passa- do das operações de crédito caiu Setor hidrelétrico é o que acaba pagando a maior parte da conta
do foi afetado de uma forma bem 1,7%.
mais modesta, tinha recuado 4%,
mas este ano afetou de forma sig- Maciel também afirmou que
nificativa”, disse Maciel. No total, não há uma previsão de quando
as concessões de crédito de todas o efeito da redução da taxa bá-
sica, a Selic, será sentido nos ju-
ros cobrados dos consumidores.

12 Segunda-feira Jornal do Comércio - Porto Alegre
31 de outubro de 2016

Economia

TURISMO

Mercado de luxo é destaque na Festuris

Feira, que ocorre em Gramado, de 3 a 6 de novembro, terá área para networking entre expositores e compradores

Adriana Lampert dentro de programações diferenciadas. DIVULGAÇÃO/JC
“Com a crise econômica percebemos que o seg-
adriana@jornaldocomercio.com.br Evento na Serra pretende oportunizar mais negócios para este segmento
mento de luxo não apresenta flutuações, sendo forta-
Ainda que as empresas de turismo no Brasil te- lecido ano após ano”, reforça a fundadora do Festival, MARCELO G. RIBEIRO/JC
nham amargado retração de vendas nos últimos dois Marta Rossi. Ela considera que Gramado ainda “não
anos, o segmento de luxo resistiu e cresceu mais que o estava pronta” para receber, com eficiência, o nicho Espaço Luxury vai permiir encontros entre marcas, diz Rossi
dobro do restante dos nichos do setor. Dados da Brazi- de luxo. “Gostamos de inaugurar os salões focados no
lian Luxury Travel Association (BLTA) apontam que as desenvolvimento da cidade, assim como fizemos com
viagens do gênero têm aumentado em 10% ao ano no os espaços de acessibilidade e sustentabilidade”, ex-
Brasil. De olho na ascensão desta demanda, a organi- plica Marta, anunciando que a feira desta ano irá lan-
zação da Feira Internacional de Turismo de Gramado çar o roteiro turístico de luxo de Gramado
(Festuris) preparou um espaço especial para networ-
king entre expositores e compradores deste produto na Outra novidade desta edição, é o lançamento da
edição deste ano, que ocorre de 3 a 6 de novembro, na Rota dos Jesuítas, que propõe uma integração das
cidade serrana. A área temática contará com sete loun- fronteiras nos países do Mercosul, para fomentar o tu-
ges, distribuídos em 120 metros quadrados. rismo da região. O ministro da pasta na Argentina,
Gustavo Santos, estará presente nos debates do tema,
“É um segmento que atrai poucos viajantes, mas durante o Congresso do Festuris, que ocorre nos dias
com um tíquete médio alto”, explica o diretor do Fes- 03 e 04 pela manhã, no Palácio dos Festivais, em Gra-
turis, Marcus Vinícius Rossi. “Por isso criamos o Es- mado. Santos irá falar justamente sobre o trabalho
paço Luxury, para fomentar novos negócios entre em conjunto para formatar e vender o produto para o
as marcas que atuam neste nicho de mercado a ní- mercado internacional.
vel internacional e os grupos de buyers do Brasil e
do exterior.” Segundo Rossi, os nomes confirmados Durante o congresso, outras pautas serão discu-
são Saint Andrews, Turks aind Kaikos, Air Tahiti Nui, tidas, ressalta Marcus Rossi. “Um assunto debatido
Mercatur Premium, Tahiti Tourisme, Seychelles, La atualmente no Brasil é a liberação dos jogos de azar
Hacienda, Le Passage To India, Sri Lanka, Nepal, Bu- que está passando por análises no plenário da Câma-
tão e Ilhas Maldivas, Oceania Cruises e Regent Seven ra dos Deputados e no Senado Federal”, comenta. Nes-
Seas Crusies. te sentido, o painel Legalização de Jogos e o Impacto
sobre a Atividade Turística abordará o assunto, com
Na visão do diretor do Festuris, a oportunidade mediação do jornalista Claudio Schapochnik e a pre-
de ampliar este mercado também deverá atrair agên- sença do presidente do Instituto Jogo Legal, Magnho
cias e operadoras que comercializam destinos domés- José, entre outros debatedores.
ticos. “Com a alta do dólar, o viajante que buscava
turismo de luxo no exterior começou a se voltar para De acordo com a organização da feira, a expec-
resorts localizados no Brasil, principalmente no Nor- tativa é de que a 28ª edição do Festuris repita os nú-
deste”, observa Rossi, chamando a atenção para o meros do ano passado, quando foram movimentados
fato de que o mercado nacional “ainda não sabe o po- R$ 212 milhões em geração de negócios, segundo o
tencial que tem para este nicho”. Entenda-se por luxo Observatório de Turismo da Universidade Federal
o alto padrão baseado em vivência e experiência, Fluminense (RJ). Em 2015, o evento recebeu 14 mil pes-
soas em dois dias.

Projeto Porto Luz Alegre iluminará novos espaços da Capital até o final de novembro

O projeto Porto Luz Alegre, son Porto Alegre, na rua Lucas de data completou 188 anos. Em seu 13; à torre da Praça do Dmae, junto de LED, o efeito especial sob os es-
que, até o final de novembro, irá Oliveira, entre os dias 3 e 6 de no- roteiro durante o mês de novem- à Hidráulica Moinhos de Vento, em paços urbanos pode ser apreciado
levar o conceito e a alta tecnolo- vembro, em seu circuito itinerante bro, o projeto de iluminação espe- data a ser confirmada, além de ou- sempre a partir do entardecer, com
gia da “iluminação emocional” pela cidade. O lançamento do pro- cial será levado à fachada do Ho- tros empreendimentos hoteleiros e duração de duas horas.
para espaços públicos e privados jeto ocorreu com a iluminação da tel Plaza São Rafael e à Igreja São imediações da Feira do Livro. Com
pré-selecionados na cidade, vai Igreja Nossa Senhora das Dores, José, na rua Alberto Bins, entre os sistema de iluminação artística e O Porto Luz Alegre é um pro-
colorir a fachada do hotel Radis- a mais antiga da Capital, que na dias 8 e 10; à Igreja Santa Terezi- cênica a partir de projetores arqui- jeto-piloto idealizado pela empre-
nha, na rua José Bonifácio, de 11 a teturais RGB e refletores com luzes sa Gerry Marquez-ME, realizado
pela Noratur Trade e Negócios com
Aos anunciantes e o apoio da Star Light Division, de
agências de publicidade São Paulo, responsável pela cedên-
cia dos equipamentos de última
Alteração de horário de fechamento geração. Pela criação e coordena-
ção do projeto responde o dire-
Face ao feriado de Finados, em 2 de novembro, a tor de espetáculos, produtor e ilu-
edição do dia 2 de novembro será conjunta com a do minador cênico Gerry Marquez,
dia 1° de novembro, com o fechamento comercial às nome que assina a o sistema de
17h do dia 31de outubro. iluminação do espetáculo Som e
Luz, de São Miguel das Missões,
A edição do dia 03 de novembro circulará além de trabalhos no Parque Snow
normalmente, com o fechamento Land, Natal Luz e Festival de Cine-
ma de Gramado. A iniciativa conta
comercial às 17h do dia 1° de novembro. com o apoio institucional da Secre-
taria Municipal de Turismo.
Diretoria Comercial
“O projeto busca mostrar as
belezas de Porto Alegre despertan-
do emoções e sensação de bem-
-estar, e nosso propósito é termos
sistemas de iluminação em muitos
locais o ano inteiro”, projeta Gerry.

Jornal do Comércio - Porto Alegre 13Segunda-feira

Economia 31 de outubro de 2016

INDÚSTRIA

Petroquímica nacional vive Empresa deverá sofrer valorização
expectativa de mudanças com negociação, aponta MaxiQuim

Possível venda de participações na Braskem agita setor do plástico Qualquer negociação envol- também está entre os 10 maio-
vendo a Braskem, seja somente res produtores petroquímicos
Jefferson Klein BRASKEM/DIVULGAÇÃO/JC a alienação da participação da no mundo.
Petrobras ou o envolvimento da
jefferson.klein@jornaldocomercio.com.br parcela da Odebrecht, significa- Para o diretor da MaxiQuim,
rá uma das maiores transações não há, no momento, grupos na-
O assunto mais comentado Petrobras e Odebrecht podem se desfazer de suas ações na companhia feitas no Brasil. O diretor da Ma- cionais com potencial para com-
nos bastidores da cadeia do plás- xiQuim Assessoria de Mercado prar grandes participações na
tico atualmente é a possível ven- capacidade. O dirigente chama a outro problema enfrentado pela João Luiz Zuñeda lembra que a Braskem. O analista vê fundos
da da Braskem. A Petrobras, uma atenção para a importância do se- empresa é o fato de ser uma das Odebrecht tem na Braskem uma de investimentos internacionais
sócia relevante da empresa, já tor do plástico, que gera cerca de investigadas dentro da Operação companhia sólida e, dentro dos com essa capacidade. Zuñeda
confirmou que pretende sair do 350 mil empregos no País, sendo Lava Jato. ativos do grupo, é um dos mais afirma ainda que um possível
setor petroquímico. Também há 13 mil no Rio Grande do Sul. rentáveis, devido ao ciclo de alta desmembramento da Braskem
rumores de que o controlador da O empresário salienta ainda da petroquímica. para vendê-la, com a alternativa
companhia, o grupo Odebrecht, Sobre possíveis interessados que uma possível venda da Bras- de dividir os comandos dos po-
poderia seguir pelo mesmo cami- na Braskem, Deitos, que estava na kem, apesar de não acabar com a “Vender a melhor parte, los petroquímicos do País, seria
nho. A Odebrecht possui 50,1% do semana passada na feira K (prin- concentração de mercado, poderá a não ser por um preço muito um retrocesso para o setor.
capital votante e 38,3% do capital cipal evento do setor do plástico), diminuir o que chama de política bom, acho um pouco complica-
total da Braskem; e a estatal tem, realizada em Düsseldorf, diz que, agressiva quanto aos preços de re- do”, avalia. Porém, quanto à Pe- JONATHAN HECKLER/JC
respectivamente, 47% e 36,1%, na Alemanha, debateu-se muito sinas termoplásticas. A fonte es- trobras se desfazer da sua parti-
sendo o restante diluído entre ou- o “apetite” dos investidores chi- pera que a saída da Petrobras da cipação, o consultor pensa que é Para João Luiz Zuñeda, peril da
tros parceiros. neses nos mercados de diversos Braskem acarrete uma negociação uma decisão encaminhada. Para fornecedora de resinas mudará
países. Um empresário que atua mais transparente quanto ao con- Zuñeda, essa movimentação al-
O presidente do Sindicato no segmento e prefere ficar anô- trato de matéria-prima entre as terará o perfil da Braskem. O di-
das Indústrias de Material Plás- nimo aponta, assim como os chi- companhias (nafta petroquímica retor da MaxiQuim destaca que,
tico no Estado do Rio Grande do neses, a Dow Química como uma fornecida pela estatal). Procura- se a estatal se desfizer da sua
Sul (Sinplast-RS), Edilson Deitos, companhia capaz de adquirir da pela reportagem, a assessoria participação, mesmo com a Ode-
argumenta que, hoje, há um ce- uma importante fatia da Braskem. de imprensa da Braskem infor- brecht mantendo a sua, a empre-
nário de vultosos negócios no Bra- A fonte enfatiza que a Odebrecht mou que a companhia não irá se sa terá “uma nova cara”. Nesse
sil, como foi o caso da compra da apresenta dificuldades de caixa e pronunciar sobre esses rumores, contexto, a saída da Petrobras
participação da Camargo Corrêa por isso deverá vender sua partici- até porque o assunto diz respeito fará com que a gestão mude, com
na CPFL Energia pela chinesa Sta- pação. Além disso, acrescenta que aos acionistas. o novo sócio sendo mais atuante
te Grid. Se acontecer a alienação nas decisões do que a estatal.
da Braskem, o dirigente espera
que isso ocorra antes que a com- Zuñeda frisa que a integra-
panhia venha a sofrer eventuais ção da petroquímica no Brasil,
reveses financeiros. com a formação da Braskem con-
duzida por Odebrecht e Petro-
Deitos recorda que a empresa bras, implicou a concentração do
é a principal fornecedora de resi- setor, e isso valorizou a partici-
nas do mercado nacional e que pação da estatal na companhia.
qualquer contratempo impactaria “A Braskem é um belo negócio,
fortemente a cadeia do plástico. tanto para quem quer sair como
O presidente do Sinplast-RS acres- para quem quer ficar”, conside-
centa que os transformadores de ra. O consultor estima que a par-
maior porte podem recorrer à im- ticipação da Petrobras na Bras-
portação de matéria-prima, con- kem custe algo próximo a R$ 15
tudo os menores não teriam essa bilhões. Zuñeda recorda que a
Braskem possui ativos no Brasil
e no exterior, como nos Estados
Unidos, México e Europa, e que

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14 Segunda-feira Jornal do Comércio - Porto Alegre
31 de outubro de 2016

Economia

VAREJO

Nem festa de Halloween escapa da crise

Tíquete médio das compras para a data sofre queda em 2016, mas vendas devem crescer 20%, segundo lojistas

FREDY VIEIRA/JC lojas de fantasias, por exemplo, o Carna-
val ainda é o carro-chefe”, destaca.
Adriana Lampert Lojas especializadas têm diversas opções em fantasias e adornos para o 31 de outubro
“Ao contrário do que parece, o Hallo-
adriana@jornaldocomercio.com.br que as vendas aumentassem em 20%, em produtos relacionados ao Dia das Bruxas ween é o nosso Natal”, contrapõe a pro-
relação ao ano passado. brasileiro tem crescido a cada ano. “O prietária da VS Fantasias, Vanessa Jar-
O burburinho em meio aos 25 mil Halloween virou tradição nas escolas in- dim. Ela argumenta que, desde 2011, a
itens disponíveis na filial do Centro da loja Mas a estimativa no restante do co- fantis, e isso tem impulsionado o segmen- procura por produtos relacionados à data
Glow, em Porto Alegre, confirma que a co- mércio de fantasias não ultrapassa os to”, observa. O dirigente pondera que, ain- vem crescendo consideravelmente. “Além
memoração do Halloween já integra ofi- 10% de crescimento, comenta o presiden- da assim, a data não está entre as mais das escolas, os clubes têm promovido
cialmente o calendário de vendas do vare- te do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kru- importantes para o varejo. “No caso das muitas festas do gênero – para adultos, in-
jo. Deste volume de produtos, pelo menos se, apesar de admitir que a demanda por clusive.” Mãe de dois garotos – de seis e
10 mil são voltados especificamente para um ano –, a pedagoga Aline Russo decidiu
a data. Quase tudo que se pensar para o pesquisar bastante antes de comprar. “Es-
look da brincadeira está ali. No entanto, as tou achando tudo um pouco caro”, opina a
vendas do período estão tímidas, pelo me- consumidora, que, durante a semana pas-
nos no que se refere ao tíquete médio dos sada, percorreu o comércio em busca de
produtos. “Comparando com outros anos, uma fantasia de zumbi para o filho mais
está fraco”, admite o gerente da loja, André velho. “Para o menor, acho que vou com-
Janicsek. Ainda assim, a procura da últi- prar só maquiagem e uma daquelas tiaras
ma semana foi significativa, emenda. que imitam faca atravessando a cabeça.”

Na Glow, a saída mais considerável A brincadeira de bater na porta dos
foi de maquiagem, capas, fantasias e aces- vizinhos com um caldeirão de abóbora
sórios, a exemplo de cílios postiços e len- nas mãos, lançando o desafio dos doces
tes de contato coloridas. “Temos opções ou travessuras, já tem ocorrido inclusive
de preços para todos os bolsos, com aces- nos condomínios residenciais. “Está vi-
sórios a partir de R$ 15,00”, explica Jani- rando tradição e, para o segmento, isso
csek. “O pessoal está apostando em pe- é muito bom”, comenta a proprietária da
ças mais baratas, como chapéu de bruxa, VS Fantasias. Em outubro, ela encomen-
nariz postiço e capas”, comenta a gerente dou 4 mil itens para suprir a demanda da
da loja Linna Festas, Quelen Pinheiro. A data. “Praticamente todo o estoque”, men-
empresa, que é uma das mais antigas do sura Vanessa, informando que o volume
gênero, foi uma das que apostaram as fi- de produtos disponíveis na empresa gira
chas na data, decorando a loja de forma em torno de 5 mil itens.
temática, para inspirar os consumidores.
No fim da semana, a expectativa era de

Decoração temática também atrai consumidores

Nem só das vendas de fanta- xiliares administrativas Edinara rente da Linna aplicou durante o
sias e acessórios para o Dia das Lopes e Eleonora Marchetti gasta- período foi promover tardes com
Bruxas vive o segmento durante ram R$ 150,00 na compra de en- música e funcionários fantasiados
o mês de outubro. Objetos de de- feites para as paredes, chapéus, de monstros e bruxas. “É uma
coração com temática Halloween minicaldeirões de abóboras e ca- forma de atrair os consumidores
também se tornaram foco de de- veiras. “O pessoal despertou para para a loja, e acaba sendo diver-
sejo dos consumidores, ávidos a possibilidade de investir na de- tido, pois incluímos atividades re-
por entrar no clima da brincadei- coração temática”, comenta a ge- creativas para as crianças, com
ra clássica em muitos países do rente da Linna Festas, Quelen Pi- instrutoras pintando as unhas
mundo, mas principalmente nos nheiro. “Isso compensa um pouco dos pequenos.” A loja também in-
Estados Unidos e Canadá. Bus- a queda nas vendas de fantasias veste em propaganda pelas redes
cando criar um ambiente descon- para a data que ocorreu neste sociais e publica receitas de bolo
traído nas salas de reuniões da ano”, pondera. com fotos temáticas, para inspirar
empresa onde trabalham, as au- aqueles que pretendem promover
Uma das estratégias que a ge- uma festa Halloween em casa.
“Outra decisão que tomamos nes-
FREDY VIEIRA/JC te ano foi não aumentar os preços,
mantendo os mesmos valores do
Edinara e Eleonora foram em busca de acessórios decoraivos ano passado”, completa Quelen.

Na opinião do presidente do
Sindilojas Porto Alegre, Paulo
Kruse, o Halloween tem poten-
cial para crescer como data de
aumento de vendas no comércio.
“Inclusive, para o ano que vem,
iremos criar material promocio-
nal para distribuir nas lojas dos
associados”, antecipa. Ele obser-
va que um dos fatores que cola-
boraram para que os preços do
mercado permanecessem próxi-
mos aos do ano passado foi a que-
da da cotação do dólar.

Jornal do Comércio - Porto Alegre 15Segunda-feira

Economia 31 de outubro de 2016

AGRONEGÓCIOS PAULO KURTZ/EMBRAPA/DIVULGAÇÃO/JC

Qualidade do trigo está
mais baixa com chuvas

Várias lavouras não atingem o padrão mínimo para consumo humano

Houve avanço na colheita do de, demonstrando que os efeitos final de setembro e nos primeiros Umidade e granizo prejudicaram plantações em diversas localidades
trigo no Estado. Alguns produto- das chuvas e do granizo foram dias de outubro apontaram para
res optaram por colher a cultu- muito irregulares. produtividade de 40 a 60 sacas
ra com umidade acima do ideal por hectare, com qualidade boa
para diminuir as perdas provo- Com o avanço da colheita e a de trigo tipo Pão, com pH em tor-
cadas pelas chuvas. A colheita continuidade da umidade exces- no de 78 a 80. Entretanto, as la-
alcança 17% do total semeado, siva, a qualidade do produto está vouras colhidas na última sema-
segundo a Emater, tendo ainda cada vez mais baixa, e várias na, depois das intensas chuvas,
42% de lavouras maduras. Pro- lavouras não atingem o padrão tiveram redução na qualidade,
dutores relatam que, para ace- mínimo exigido para comercia- com pH abaixo de 68 e germina-
lerar o processo, colheram com lização visando ao consumo hu- ção do grão na espiga; ocorreu
umidade próxima a 20%. É gran- mano. Devido à má-formação também redução na produtivida-
de a variação na produtividade dos grãos, o produto obtido apre- de, que, em alguns casos, alcan-
obtida, assim como na qualida- senta elevado percentual de im- ça somente 15 sacas por hectare.
purezas. As lavouras colhidas no

Soja já alcança 5% da Agrimark Brasil debate
área prevista no Estado modernização agrícola

As primeiras lavouras de soja da safra TEMPERADOS - LAMINADOS - TERMO-ACÚSTICOS No dia 4 de novembro, o Instituto de Educa-
2016/2017 começam a ser plantadas no Estado, loca- ção do Agronegócio (I-UMA) estará reunindo na 12ª
lizando-se principalmente no Norte e Noroeste. De COLORIDOS - REFLETIVOS - IMPRESSOS edição do “Agrimark Brasil expoentes estratégicos
acordo com a Emater, já foi semeada cerca de 5% BOX - SACADAS - FACHADAS do agribusiness” para debater as novas tecnologias
da área prevista. No ano passado, o plantio atin- que estão impactando a produção sustentável de
gia 3%, sob condições climáticas muito similares às Exija esta marca TAMBÉM COM PELÍCULA DE SEGURANÇA alimentos. O debate mediado pelo presidente do
atuais. O percentual poderia ser maior não fosse a Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
situação desfavorável verificada até meados deste VIDROS PARA TODA OBRA ! (51) 3302 . 4343 Sul (BRDE), Odacir Klein, no Salão Nobre da Fede-
mês, quando o excesso de umidade impossibilitou rasul, das 13h30min às 17h, irá discutir A Moderni-
os trabalhos prévios à semeadura. zação no Agronegócio e o Impacto das Novas Tec-
nologias na Produção Sustentável de Alimentos. As
Plantio do arroz enfrenta dificuldades no Rio Grande do Sul inscrições, gratuitas, estão abertas em agrimark@i-
-uma.edu.br ou pelo telefone (51) 3224-6111.
Os orizicultores novamente enfrentaram dificulda- CAMILA DOMINGUES/PALÁCIO PIRATINI/JC
des neste último período, sendo impedidos de executar “É fundamental que todas as instituições do
a contento o plantio, que nesta semana alcança 64% da Alguns orizicultores gaúchos terão que realizar o replanio segmento – públicas e privadas – e também o meio
área. Segundo a Emater, muitos ainda estão recompon- acadêmico pensem no tema como uma oportunida-
do as lavouras prejudicadas pelas recentes chuvas, sen- de de negócios e de busca de tecnologias que pos-
do que outros ainda se encontram com lavouras sub- sam atender ao grande desafio do século, que é au-
mersas, principalmente nas várzeas localizadas à beira mentar em 70% a produção agrícola nos próximos
de rios e arroios. Entre as consequências que deverão 40 anos, diz José Américo, presidente do I-UMA. Os
ser sentidas pelos produtores, está um possível atraso painelistas serão o ministro da Saúde, Ricardo José
na semeadura e o aumento nos custos de produção de- Magalhães Barros; o secretário da Agricultura, Pe-
vido a um novo preparo, como remontagem de taipas e cuária e Irrigação do Estado, Ernani Polo; a secre-
limpeza dos canais de drenagem, e mesmo o replantio tária do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
de algumas áreas. Embora o atual cenário possa trazer do Estado, Ana Pellini; o vice-presidente da Farsul,
alguma preocupação ao produtor, ele está longe de ser Gedeão Pereira; o diretor para Assuntos Corpora-
comparado com a situação vivenciada no ano passado, tivos da Syngenta Brasil, Pablo Casabianca; e os
quando os orizicultores enfrentaram condições muito presidentes da Ocergs, Vergílio Frederico Perius; da
piores na implantação da cultura. Na época, o plantio SLC Agrícola, Eduardo Silva Logemann; da Fede-
chegava apenas a 34%. rarroz, Henrique Osório Dornelles; da Emater-RS,
Clair Tomé Kuhn; da Cotrijal, Nei César Mânica; e
do BRDE, Odacir Klein.

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16 Segunda-feira Jornal do Comércio - Porto Alegre
31 de outubro de 2016

Internacional internacional@jornaldocomercio.com.br

ESPANHA

Rajoy é reeleito, mas não terá maioria

Entre os desafios do premiê estão as aprovações do orçamento e dos cortes exigidos pela UE

O primeiro-ministro da Espa- Espanhol) decidiu, em um gesto AFP/JC
nha, Mariano Rajoy, foi reeleito no controverso, abster-se do voto no
sábado em votação do Congresso, Congresso, abrindo, assim, o cami- Departamento de Circulação
encerrando uma “paralisia” políti- nho para o PP. O Psoe precisou re-
ca de mais de dez meses. A can- mover seu secretário-geral, Pedro circulacao@jornaldocomercio.com.br
didatura de Rajoy, do conserva- Sánchez, para conseguir aprovar Atendimento ao Assinante
dor PP (Partido Popular), teve 170 a abstenção de seus deputados no Telefone (51) 3213.1313
votos a favor, 111 contra e 68 abs- sábado. Sánchez, que insistia em De 2ª a 6ª das 7h às 18h
tenções. Sem maioria dentro do bloquear o governo de Rajoy, re-
Congresso, formado por 350 depu- nunciou durante o dia ao seu car- atendimento@jornaldocomercio.com.br
tados, o premiê terá um complica- go no Congresso.
do mandato a cumprir. Vendas de Assinaturas
Apesar da formação de um Telefone (51) 0800 051 0133
Esse será o governo com o me- novo governo, “a incerteza políti- vendas.assinaturas@jornaldocomercio.com.br
nor apoio parlamentar desde 1978, ca vai continuar”, de acordo com
dificultando as decisões que Rajoy Marta Romero, analista do think Preço do exemplar avulso:
precisará tomar, depois de meses tank Fundação Alternativas. “Será RS e SC - R$ 2,50 Outros estados - R$ 3,50
de funções limitadas – por exem- muito difícil que o governo chegue
plo, aprovar o orçamento de 2017 ao fim”, afirma a especialista. O Assinaturas
ou os cortes de gastos exigidos mandato do primeiro-ministro é
pela União Europeia (UE). Houve de quatro anos. Primeiro-ministro teve 170 votos a favor, 111 contrários e 68 abstenções Mensal R$ 55,00
eleições na Espanha em dezembro Trimestral à vista R$ 165,00
de 2015 e em junho passado, mas Os mais de dez meses de im- ganharia mais espaço se houvesse liderança da oposição no Congres- 1+1 R$
nenhum partido conseguiu somar passe demonstraram que os parti- uma terceira rodada, em dezem- so. Os socialistas têm a vantagem Semestral à vista R$ 82,50
o número necessário de deputados dos espanhóis não têm sido capa- bro. O Psoe, por sua vez, registrou numérica, com mais assentos (85 1+1 R$ 330,00
para governar. zes de entrar em acordo. Mesmo o os dois piores resultados de sua contra 71). Porém, será difícil ao 1+2 R$ 165,00
Cidadãos (centro-direita), que votou história. Rajoy tem também outros Psoe convencer o público de que 1+3 R$ 110,00
A divisão foi causada pelo sur- a favor de Rajoy no Congresso, não dois trunfos: a maioria absoluta no é um partido de oposição, após Anual à vista R$
gimento de novas forças políticas, necessariamente precisa apoiá-lo. Senado, e a possibilidade de sedu- ter permitido o governo do PP. “O 1+1 R$ 82,50
que pulverizaram os votos. O im- zir os movimentos nacionalistas Psoe será enxergado como respon- 1+2 R$ 660,00
passe foi resolvido apenas porque O PP cresceu entre a primeira para que apoiem suas medidas. sável pelas políticas do PP”, opina 1+3 R$ 330,00
o Psoe (Partido Socialista Operário e a segunda tentativa de eleições, Pablo Simon, do conglomerado de 1+4 R$ 220,00
e analistas preveem que também A disputa não será apenas analistas Politikon. “O Podemos 1+5 R$ 165,00
para governar. O Psoe e o Pode- tomou esta bandeira.” 132,00
mos (de esquerda) vão disputar a 110,00

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IRAQUE Departamento Comercial

Milícias xiitas se juntam a ofensiva contra o Estado Islâmico em Mossul Atendimento às agências
Telefone (51) 3213.1333
As milícias xiitas autorizadas pelo gover- de Mobilização Popular, e Jaafar al-Husseini, tarizada e forças especiais, elevam o número Fax (51) 3213.1332
no do Iraque informaram ontem que cerca porta-voz de um dos grupos, chamado Briga- total de combatentes anti-EI na ofensiva para
de 5 mil combatentes se juntaram à ofensiva das do Hezbollah, disseram que, com o refor- mais de 40 mil pessoas. agencias@jornaldocomercio.com.br
para cercar Mossul, a segunda maior cida- ço recente, participam agora da batalha cerca
de do país, para expulsar os combatentes do de 15 mil combatentes xiitas. As Forças Arma- Nas horas seguintes ao anúncio dos refor- Atendimento ao anunciante
Estado Islâmico (EI) de lá. Karim al-Nuri, da das do Iraque confirmaram os números, que, ços, cinco explosões atingiram áreas predo- Telefones (51) 3213.1331
junção de milícias conhecida como Unidades incluindo unidades do Exército, polícia mili- minantemente xiitas de Bagdá, matando pelo (51) 3213.1343
menos 17 pessoas e ferindo mais de 60.
comercial@jornaldocomercio.com.br
ITÁLIA
Central de anúncios por telefone
Região central do país volta a ser atingida por forte terremoto Telefones (51) 3213.1345
(51) 3213.1350
O Centro da Itália voltou a ser últimos dois meses. liano afirmou, em uma coletiva teiros foram destruídos. Houve Fax (51) 3213.1351
atingido por um forte terremoto O terremoto foi registrado às de imprensa, que “uma dúzia” de centenas de réplicas desde então,
ontem, dias após dois fortes tre- pessoas estavam feridas, algumas duas delas especialmente fortes telemarketing@jornaldocomercio.com.br
mores terem causado danos gra- 7h40min locais (às 4h40min, em delas gravemente. na quarta-feira passada. Esses tre-
ves na mesma região. O sismo, de Brasília), e sentido também na ca- mores podem ter ajudado a redu- Operações comerciais
6,6 graus na escala Richter, derru- pital, Roma, e em Florença. O me- Em 24 de agosto, a região foi zir o número de feridos, pois os Tel: (51) 3213.1355
bou construções em vilarejos já trô de Roma foi fechado tempora- sacudida por um terremoto de moradores deixaram as suas ca-
devastados pelas catástrofes dos riamente. Não havia informações magnitude 6,2. Quase 300 pes- sas na região durante a semana. anuncios@jornaldocomercio.com.br
sobre vítimas, mas o governo ita- soas morreram, e povoados in-
Publicidade legal
Tel: (51) 3213.1331 / 3213.1338

Fax: (51) 3213.1332
comercial@jornaldocomercio.com.br

Redação

Telefones e e-mails
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Jornal do Comércio - Porto Alegre 17Segunda-feira

Política 31 de outubro de 2016

Editora: Paula Coutinho
politica@jornaldocomercio.com.br

JONATHAN HECKLER/JC

Deputado federal foi eleito com 402.165 sufrágios, 60,5% dos votos válidos; no comitê, Nelson Marchezan Júnior disse que Melo colaborou para que Porto Alegre ‘chegasse aqui’

ELEIÇÕES Marchezan é o novo prefeito da Capital

2016 Tucano ressalta que sua candidatura representa a mudança e lamenta críticas pessoais

Jefferson Klein e Bruna Suptitz Atualmente ocupando uma ver quantas são necessárias”. RESULTADO DAS ELEIÇÕES EM PORTO ALEGRE
cadeira na Câmara dos Deputados, Apesar de falar que irá manter
politica@jornaldocomercio.com.br Marchezan descarta se afastar an- Eleitorado: 1.098.517
tes do fim do ano e diz que apro- um diálogo aberto após a eleição,
O deputado federal Nelson veitará o fim do mandato para “fa- ainda durante o dia, Marchezan la- 60,5%
Marchezan Júnior (PSDB) é o novo zer a construção das pontes com o mentou as críticas que recebeu du-
prefeito de Porto Alegre. O tucano governo federal”. Com sua saída, rante a campanha. O tucano atri- 402.165
foi eleito com 402.165 sufrágios, assume a vaga a ex-governadora bui esse tipo de prática, aliada às votos
60,5% dos votos válidos. Yeda Crusius (PSDB). notícias negativas nos panoramas
municipal, estadual e federal, à in- 39,5% 25,26%
A candidatura do PSDB ao Marchezan informou que, an- satisfação popular com a política.
Executivo municipal fez parte do tes mesmo da eleição, havia con- 262.601 277.521
processo de reorganização do par- versado com o atual prefeito José “É óbvio que todos nós nos in- votos
tido no Estado, conforme explicou Fortunati (PDT) para saber como comodamos com algumas inverda- NELSON MARCHEZAN JÚNIOR (PSDB)
Marchezan após a confirmação da seria um possível processo de des que foram, de alguma forma, SEBASTIÃO MELO (PMDB) 5,67% 13,36%
vitória. Ao lado do vice-prefeito na transição. “Combinamos que ele, usadas com a finalidade de vencer
chapa, Gustavo Paim (PP), e de li- como prefeito, ia me fazer suges- uma eleição. Este é um problema 46.537 109.693
deranças dos partidos que o apoia- tões de mudança na estrutura, de pessoal nosso. Porto Alegre está
ram, o tucano fez o primeiro pro- nomes que ele achava que eram acima de problemas pessoais. Nós Brancos Nulos Abstenções
nunciamento como prefeito eleito importantes conversar”, disse. vamos conversar institucionalmen-
da Capital. te com todos os partidos”, afirmou. ça” é enaltecido por Marchezan, ções como esquerda e direita, não
Sobre o tamanho da máqui- que afirma que percebeu um volu- é mais determinante, mas sim usa-
Durante a fala, agradeceu a di- na pública, pauta dos candida- Marchezan começou a manhã me gigantesco de pessoas que que- da como estratégia de marketing.
reção nacional do PSDB, os parti- tos em primeiro e segundo turno, do domingo de eleição dando en- rem a mudança, algo que não seja Ele afirma que manterá conversas
dos que compuseram a coligação e lembrou que o mesmo tema apa- trevistas às emissoras de rádio da governo ou uma alternativa já tes- com todos que tiveram represen-
os apoios no segundo turno. receu no discurso dos oponen- Capital. Votou próximo ao meio- tada. Para o tucano, o público está tatividade nas urnas e observará
tes, e afirmou: “vamos conversar -dia, na Escola Duque de Caxias, mais pragmático. quais partidos e vereadores dese-
Sobre o adversário na dispu- com muita gente antes de tomar a no bairro Menino Deus. Foi rece- jam apoiar o projeto da sua candi-
ta, o atual vice-prefeito, Sebastião decisão de o que diminuir ou au- bido com aplausos por quem o es- Segundo Marchezan, a ques- datura, não excluindo o PMDB.
Melo (PMDB), Marchezan fez ape- mentar. Não vamos começar ana- tava esperando no colégio (curio- tão de ideologia, com classifica-
nas uma referência, agradecendo lisando, de 37 secretarias, quan- sos, eleitores e correligionários) e
“o Melo e a Juliana (Brizola, PDT) tas têm que diminuir. Vamos com palavras como “eu acredito”
e todos aqueles que colaboraram começar de zero secretarias para e “prefeito”.
para que Porto Alegre chegas-
se aqui”. Esse tipo de “voto de confian-

18 Segunda-feira Jornal do Comércio - Porto Alegre
31 de outubro de 2016

Política

ELEIÇÕES Marchezan é o prefeito mais jovem

2016 Tucano tomará posse no Executivo de Porto Alegre em janeiro de 2017 com 45 anos e 1 mês

Guilherme Kolling um novo jeito de fazer política, em A IDADE DOS PREFEITOS DA CAPITAL NA DATA DA POSSE 45 anos e 1 mês
um novo tempo para Porto Alegre 45 anos e 9 meses
guilhermekolling@jornaldocomercio.com.br e prometeu uma nova gestão, em- NELSON MARCHEZAN JÚNIOR (PSDB)
bora o PSDB tenha integrado a ad- NASCIDO EM 30 DE NOVEMBRO DE 1971, ASSUMIRÁ EM 1 DE JANEIRO 47 anos
Nelson Marchezan Júnior ministração municipal nas gestões DE 2017 52 anos
(PSDB) é o prefeito eleito de Porto de José Fogaça (PMDB, 2005-2010) TARSO GENRO (PT) 54 anos
Alegre mais jovem da história des- e José Fortunati (PDT, 2010-2016). NASCIDO EM 6 DE MARÇO DE 1947, ASSUMIU EM 1 DE JANEIRO DE 1993 57 anos
de a redemocratização. O tucano, 58 anos
que está com 44 de idade, assumi- Marchezan já havia disputa- OLÍVIO DUTRA (PT) 62 anos
rá o Paço Municipal aos 45 anos e 1 do a prefeitura de Porto Alegre em NASCIDO EM 10 DE JUNHO DE 1941, ASSUMIU EM 1 DE JANEIRO DE 1989
mês, em 1 janeiro de 2017. 2008, quando ficou na sexta colo-
cação. Neste ano, sua candidatura RAUL PONT (PT)
Quem mais se aproxima da foi uma das últimas a serem con- NASCIDO EM 14 DE MAIO DE 1944, ASSUMIU EM 1 DE JANEIRO DE 1997
marca é Tarso Genro (PT), que se firmadas – ficou na espera de alia-
tornou chefe do Executivo da Ca- dos para ter tempo de televisão na JOSÉ FORTUNATI (PDT)
pital, pela primeira vez, em 1993, propaganda, o que daria competi- NASCIDO EM 24 DE OUTUBRO DE 1955, ASSUMIU EM 30 DE MARÇO DE 2010
quando tinha 45 anos e 9 meses. tividade à sua campanha.
Na sequência, estão Olívio Dutra JOSÉ FOGAÇA (então PPS, hoje PMDB)
(PT), Raul Pont (PT), José Fortunati Conseguiu o apoio do PP, que NASCIDO EM 13 DE JANEIRO DE 1947, ASSUMIU EM 1 DE JANEIRO DE 2005
(PDT), José Fogaça (então PPS, hoje estava dividido entre apoiar Melo -
PMDB) e Alceu Collares (PDT). O já que o partido integra o governo ALCEU COLLARES (PDT)
mais velho, nessas três décadas, - ou aderir a Marchezan. Prevale- NASCIDO EM 12 DE SETEMBRO DE 1927, ASSUMIU EM 1 DE JANEIRO DE 1986
é João Verle (PT), que era vice-pre- ceu o apoio ao tucano, que se tor-
feito e assumiu o Executivo aos 62 nou a maior surpresa do primeiro JOÃO VERLE (PT)
anos, com a renúncia de Tarso. turno. Aparecia em terceiro lugar NASCIDO EM 29 DE NOVEMBRO DE 1939, ASSUMIU EM 4 DE ABRIL DE 2002
nas pesquisas, mas foi o primeiro
Treze anos mais jovem que Se- candidato de oposição a vencer o
bastião Melo (PMDB) – seu adver- primeiro turno de uma eleição à
sário no segundo turno desta elei- prefeitura de Porto Alegre. No se-
ção –, Marchezan usou e abusou gundo turno, confirmou o favori-
da palavra “novo” em sua campa- tismo e venceu o pleito.
nha. Não só pela idade. Falou em

Marchezan Júnior Votos nulos, brancos e abstenções bateram recorde na Capital

emergiu na Lívia Araújo os votos recebidos pelos prefei- falta de interesse da população ros: Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
tos eleitos. na política.” e Dilma Rousseff (PT), respecti-
política após a livia@jornaldocomercio.com.br vamente, não foram às urnas em
O número em Porto Alegre se Dos quatro pleitos em se- São Bernardo do Campo, no ABC
morte do pai O volume de abstenções, ampliou inclusive em relação ao gundo turno na Capital nos anos paulista, e em Porto Alegre.
além de votos nulos e brancos, primeiro turno, que teve 34,8% 2000, este é o que apresentou a
O prefeito eleito de Porto Ale- em Porto Alegre no 2º turno do de “não votos”. A parcela do elei- maior “negação” ao voto. Em No âmbito legal, são apenas
gre, Nelson Marchezan Júnior pleito foi recorde: 39,48% do elei- torado que não compareceu às 2000, eleição em que Tarso Gen- os votos válidos que têm voz para
(PSDB), começou a ter projeção torado optou por não escolher urnas ou rejeitou os nomes dispo- ro (PT) venceu com 63,5% dos a eleição ou rejeição de um can-
política após a morte do pai, Nel- um candidato à prefeitura. Em níveis vem gradualmente crescen- votos válidos, a soma de votos didato. Porém a diminuição gra-
son Marchezan, em 2002. Era um números absolutos, foram mais do ao longo dos anos na Capital. brancos, nulos e abstenções foi dual da intenção de voto, ou seja,
dos principais políticos do Rio eleitores do que os apoiadores de de 182.461, correspondendo a 19% o aumento do número de pessoas
Grande do Sul e se destacou, in- Nelson Marchezan Júnior (PSDB), Para a presidente do TRE-RS, do eleitorado da época. que abrem mão de escolher um
clusive, na vida política nacional, que, considerando todo o eleito- Liselena Schifino Ribeiro, o nú- candidato específico – dado o
quando ainda era um quadro da rado fez 36,6% dos votos; Sebas- mero de nulos, brancos e absten- Em 2004, quando José Foga- contexto de descrença na política
Arena, partido de sustentação da tião Melo (PMDB), 23,9%. ções poderia ter eleito qualquer ça (PMDB) conquistou 470.696 representativa – passa justamen-
ditadura militar (1964-1985). Foi prefeito no Rio Grande do Sul. votos, a opção pelo “não voto” te a mensagem de que há algo
deputado e até presidente da Câ- No Rio de Janeiro e em Belo Liselena relaciona o crescimento foi apenas um pouco maior: de errado com o sistema políti-
mara Federal. Horizonte, abstenções, bran- das abstenções a uma crise po- 19,4% do eleitorado, com 196.079 co atual no Brasil, e de que este
cos e nulos também superaram lítica no País. “Isso é reflexo da abstenções, brancos e nulos. precisa, no mínimo, ser discutido
Com um nome conhecido em e revisto.
todo o Rio Grande do Sul, Marche- OPÇÃO POR NÃO VOTAR NO 2º TURNO 39,48% Em 2008, na reeleição de
zan Júnior tentou se eleger deputa- Fogaça, 23,13% do eleitorado ou Um dos pontos mais questio-
do em 2002, mas sua candidatura Soma de votos brancos, nulos e abstenções 433.751 240.390 pessoas optaram por vo- nados por candidatos e pela po-
foi rejeitada pela Justiça Eleitoral. eleitores tar em branco, nulo ou se abster. pulação é o sistema de coalizão,
No ano seguinte, se tornou dire- Porto Alegre teve neste 19% 19,4% 23,1% O “não voto” cresceu 22,6% em presente nas esferas federal, esta-
tor de Desenvolvimento, Agrone- domingo o maior número 2016 relação a 2004. dual e municipal. O formato reú-
gócios e Governos do Banrisul no de votos brancos, nulos 182.461 196.079 240.390 ne partidos diversos em torno de
governo Germano Rigotto (PMDB). e abstenções em um eleitores eleitores eleitores Em 2012 não houve segun- uma candidatura a fim da obten-
Em 2006, se elegeu como o depu- segundo turno nos do turno – José Fortunati (PDT) ção de maior divulgação e expo-
tado estadual mais votado pelo anos 2000. A opção 2000 2004 2008 foi eleito no primeiro turno com sição do cabeça de chapa, e tem
PSDB. Em 2010, elegeu-se o único por não escolher 65,2% dos votos válidos. como contrapartida inicial a dis-
deputado federal do partido e con- nenhum candidato foi tribuição de cargos no Executivo
quistou a reeleição em 2014. crescendo ao longo dos Em 2016, a marca de nulos, (os chamados cargos em comis-
anos, mas em 2016 brancos e abstenções no segundo são - CCs) a esses correligionários.
Marechezan é advogado for- foi muito maior do que turno subiu vertiginosos 80,4%
mado pela Unisinos e tem pós-gra- nos anos anteriores. Ao em relação a 2008. Romper com esse modelo
duação em Gestão Empresarial todo 433.751 eleitores clientelista de indicações políti-
pela Fundação Getulio Vargas. optaram por não escolher No Brasil, a soma de bran- cas, dando espaço a quadros téc-
Exerceu a advocacia por oito anos entre Nelson Marchezan cos e nulos foi de 13,3% em todo nicos é uma das iniciativas ne-
até entrar na vida pública. Júnior (PSDB) e Sebastião o País. Em 2012, o índice foi de cessárias para que a população
Melo (PMDB). O número 9,2%. possa voltar a crer na política.
foi superior inclusive à
votação do tucano. A abstenção no pleito munici-
pal deste ano aconteceu inclusive
entre dois ex-presidentes brasilei-

Jornal do Comércio - Porto Alegre 19Segunda-feira

Política 31 de outubro de 2016

Para Sebastião Melo, PMDB deve ser oposição

Peemedebista pode voltar a advogar após entregar o cargo; para vice-prefeito, ‘Porto Alegre está acima da disputa’

Mauro Belo Schneider FREDY VIEIRA/JC feito tem que falar menos e fazer
mais”, declarou, destacando, mais
e Suzy Scarton Melo disse que vai respeitar a decisão do povo da Capital, ‘que já nos reconheceu em vários momentos’ de uma vez, que a candidatura
dele e a de Marchezan eram com-
mauro.belo@jornaldocomercio.com.br e correligionários, Melo também se sem mandato do que com manda- cedo, com entrevistas a rádios des- pletamente diferentes.
recusou a traçar planos políticos to. Então, vou contribuir com a ci- de as 8h. Ele votou às 12h30min
suzy@jornaldocomercio.com.br para o futuro – mesmo questiona- dade como sempre contribuí. Vou no Colégio Leonardo da Vinci, na “O meu concorrente represen-
do se desistiria de seu sonho pela fazer isso advogando e contribuin- avenida Icaraí, acompanhado da ta uma direita, está relacionado
Derrotado nas urnas, com prefeitura ou se teria outra oportu- do no meu bairro, na minha as- esposa, Valéria, e dos filhos, Pablo ao MBL (Movimento Brasil Livre),
39,5% dos votos válidos, o atual nidade para realizá-lo. sociação, prestando, talvez, parte e João. Demonstrando confiança e aquele movimento truculento, que
vice-prefeito de Porto Alegre, Se- do meu trabalho como advogado gana de vencer, criticou a postu- agride pessoas”, ressaltou, ainda
bastião Melo (PMDB), garantiu “Neste momento, seria uma à organização popular”, detalhou. ra adotada pelo adversário, a qual nas primeiras horas do domingo.
que não participará de qualquer descortesia de quem perdeu a considerou “mentirosa”. “Prefeito Ele criticou o fato de a campanha,
aliança ou parceria com o prefei- eleição falar de uma nova elei- Para abrir seu escritório de ad- não tem vara mágica. O prefeito especialmente no segundo turno,
to eleito Nelson Marchezan Júnior ção. Nós, agora, temos que fazer a vocacia, avisou Melo, ele terá de pode muito na questão social, na ter se concentrado principalmente
(PSDB). Ele espera, inclusive, que transição. Eu vou voltar para a mi- refazer sua carteira profissional. iluminação, na cultura, pode au- nos temas saúde e segurança pú-
o PMDB assuma papel de “oposi- nha profissão, a cidade vai conti- “Sou como a maioria dos brasilei- mentar a Guarda Municipal, mas blica. “Marchezan fez uma cam-
ção responsável” durante a próxi- nuar, e sou daqueles políticos que ros, não tenho aposentadoria tão ele não é chefe da Brigada Mili- panha de relatório, se baseando
ma gestão. sempre fizeram política com man- cedo”, afirmou. tar nem da Polícia Civil. O pre- no medo. A campanha é momen-
dato e sem mandato. Mais tempo to de sugerir propostas viáveis à
Após o resultado das urnas, O dia do candidato começou sociedade. Segurança pública não
Melo saiu da Zona Sul da Capital e é só colocar mais brigadianos na
se encaminhou à sede de seu par- rua, isso é brincar com a inteligên-
tido, na avenida João Pessoa, onde cia da população”, expôs.
chegou por volta das 18h50min.
Recepcionado com gritos de A candidata à vice de Melo, Ju-
“Melo, querido, estamos contigo”, liana Brizola (PDT), acompanhou a
seguiu para a coletiva de impren- coletiva de imprensa final e, apesar
sa. Em suas primeiras palavras, de abatida, disse que continuaria
cumprimentou o oponente, avisou seu mandato de deputada estadual
que não faria análises da eleição e que derrotas fazem parte da de-
e agradeceu a acolhida dos gaú- mocracia. “Desejo sorte à chapa
chos. “Vamos respeitar a decisão vencedora e a vida continua. Políti-
do povo, que já nos reconheceu ca é assim. O importante é não de-
em vários momentos”, lembrou o sistir do que a gente acredita. Con-
goiano, de 58 anos. tinuo como deputada estadual e
pretendo lutar pelo meu mandato,
“Encerramos nosso manda- sobretudo por uma educação pú-
to com muita dignidade. A políti- blica de mais qualidade. Acredito
ca não começa nem termina com muito na política como processo de
a eleição. Porto Alegre está acima transformação e acho que temos
da disputa eleitoral”, frisou. Acom- que virar a página dos episódios
panhado do prefeito e do ex-prefei- dessa campanha para tentar cons-
to da cidade, José Fortunati (PDT) e truir uma Porto Alegre para todos.”
José Fogaça (PMDB), do vice-gover-
nador do Rio Grande do Sul, José
Paulo Cairoli (PSD), e de outros

Simon questiona autoridade de Marchezan sobre base de apoio PF reforça

Patrícia Comunello mou que Nelson Marchezan Júnior ra. “O problema é saber se ele vai taxa de nulos, o que acabou não segurança de
(PSDB) “é um homem responsável ter autoridade ou se vai ser desse ocorrendo. “Quando era governa-
patriciacomunello@jornaldocomercio.com.br e de bem”. Para o experiente polí- grupo que apoia ele, que, cá entre dor do Estado, entre Collor (Fer- candidatos
tico, com 63 anos de passagem por nós, é um grupo radical de direi- nando Collor de Mello, atualmen-
Antes mesmo de conhecer o cargos eletivos, a dúvida é como ta”, definiu Simon, um dos poucos te no PTC) e Lula (Luiz Inácio Lula Agentes da Polícia Federal
resultado e ainda confiando em o tucano vai lidar com os apoios peemedebistas de renome que esti- da Silva, PT) fui ao palanque com (PF) estiveram nos locais de
virada de Sebastião Melo, o ex-se- que alavancaram sua candidatu- veram ao lado de Melo na votação. Lula no segundo turno, porque votação do vencedor da elei-
nador Pedro Simon (PMDB) afir- achava que era mais importante”, ção, Nelson Marchezan Júnior
O político chegou a comparar recordou, sobre a disputa presiden- (PSDB), e do segundo colocado,
FREDY VIEIRA/JC que Melo significava “a mudança, cial de 1989. Sebastião Melo (PMDB), por or-
ética e anticorrupção” e “o outro dem da Justiça Eleitoral.
Ex-senador acompanhou Melo e Fortunai em seção eleitoral (Marchezan) representava o ou- Uma preocupação do ex-go-
tro”. O ex-senador comentou que a vernador é a confusão que para A eleição em Porto Ale-
questão a ser observada é a ascen- ele gera o fato de PMDB e PSDB es- gre foi marcada por um supos-
são do governo, que terá a base de tarem juntos no governo federal e to tiroteio, depois desmentido,
apoio formada pela coligação da em lados opostos na disputa muni- morte de um assessor e acusa-
chapa, com PP, PSDB, PMB e PTC, cipal, seja das siglas como de seus ções ao MBL (Movimento Bra-
acrescida no segundo turno pelas apoios. “Falta consistência e serie- sil Livre).
siglas ligadas a Maurício Dziedric- dade. O eleitor acaba não enten-
ki (PTB, PSC, PR, SD, PRP e PTdoB) dendo nada.” Boa parte da culpa A ordem para a PF acom-
e PV. “Vai ter algum papel (esta é creditada por Simon à existência panhar os candidatos foi dada
base) na maneira de agir ou será de mais de 30 partidos, que promo- pelo juiz Newton Carpes da Sil-
por conta própria (Marchezan). Te- vem arranjos divergentes nas esfe- va para “organizar” a presença
mos de torcer para que dê certo.” ras federal, estadual e municipal. O da imprensa. O juiz é o mesmo
ex-senador opinou que a crise polí- que proibiu a presença da im-
A aposta na virada, segundo tica chegou ao auge e que é preciso prensa durante o voto da ex-
Simon, estava alicerçada no poder limitar o número de partidos. -presidente Dilma Rousseff (PT)
do voto da esquerda, reduzindo a no primeiro turno.

20 Segunda-feira Jornal do Comércio - Porto Alegre
31 de outubro de 2016

Política

ELEIÇÕES Guerra é o novo prefeito de Caxias

2016 À frente de uma coligação formada por PRB, PR e PEN, o candidato somou 148.501 votos

Roberto Hunoff, de Caxias do Sul PRB/DIVULGAÇÃO/JC RESULTADO DAS ELEIÇÕES EM CAXIAS DO SUL

política@jornaldocomercio.com.br Eleitorado: 293.417

Vereador em segundo manda- 62,79% 10,73%
to, Daniel Guerra, do PRB, venceu as
eleições para a prefeitura de Caxias 148.501 31.495
do Sul. À frente de uma coligação votos
formada ainda pelo PR e PEN, o can- 6,54%
didato somou 148.501 votos, repre- 37,21%
sentando 62,79% dos válidos. Na 17.120
comparação com o resultado do pri- 87.996
meiro turno, ampliou a votação em votos 3,17%
quase 80 mil votos. Edson Néspolo, DANIEL GUERRA (PRB)
do PDT, que liderou coligação de 21 EDSON NESPOLO 8.305
partidos, obteve 87.996 votos, equi- (PDT)
valente a 37,21% dos válidos. O nú- Daniel Guerra (c) foi secretário municipal de Turismo de Sartori
mero foi em torno de 15 mil abaixo Brancos Nulos Abstenções
do registrado no primeiro turno, o
qual venceu com 43,24% dos votos. O prefeito eleito pautou sua favor dos 21 partidos e não da po- feita para beneficiar partidos, e não com outras medidas, pretende eco-
Ainda houve 8.305 brancos e 17.720 campanha com críticas ao novo pulação. “Minha gestão será para os cidadãos. Afirmou que a comu- nomizar R$ 20 milhões para garan-
nulos. Caxias do Sul tem 293.417 elei- sistema de transporte coletivo da a população, e não para os parti- nidade escolheu um gestor para ad- tir, de imediato, a abertura da UPA
tores, dos quais 10,73%, equivalente cidade, chamado SIM Caxias; ao dos”, ressaltou Guerra durante toda ministrar a cidade, que aja com se- 24 Horas.
a 31.495, não compareceram. excesso de cargos de confiança na a sua campanha. riedade e responsabilidade para a
prefeitura; à falta de ações na saú- escolha das prioridades ao longo de A festa da vitória teve início na
Guerra, que foi secretário de Tu- de, com destaque ao fato de a admi- Em sua primeira manifestação, todo o mandato, e não apenas em Igreja de São Pelegrino, onde Guerra
rismo no primeiro governo deJosé Ivo nistração não ter aberto a UPA; e à já com 75% dos votos apurados e anos eleitorais. Como primeiras me- participava de uma missa. Em cami-
Sartori (PMDB), apresentou-se como segurança. Guerra também criticou matematicamente eleito, Guerra didas, anunciou o fim do que cha- nhada, o grupo seguiu em direção à
a mudança para a cidade, que há a aliança, afirmando que o objetivo afirmou que a população de Caxias mou de penduricalhos e o corte de Praça Dante Alighieri e, na sequên-
12 anos tinha o mesmo grupo no co- da mesma era de administrar em do Sul deu um recado ao Brasil, de 145 cargos de confiança. Juntamente cia, até a prefeitura, onde ocorreram
mando. Alceu Barbosa Velho (PDT), que cansou da política tradicional, discursos e um abraço ao prédio.
atual prefeito, foi vice de Sartori.

Votação foi tranquila no segundo maior colégio eleitoral LUIZ CHAVES/PALÁCIO PIRATINI/JC

Ao contrário da campanha te a locais de votação. No entanto, eliminação de problemas com a Governador José Ivo Sartori votou pela manhã no Colégio do Carmo
eleitoral, que foi tensa ao longo de nenhum dos chamados foi confir- identificação biométrica, que, no
todo o mês de outubro, o domingo mado quando funcionários da Justi- primeiro turno, atingiu 15,7% dos
de eleição foi calmo em Caxias do ça Eleitoral foram até os pontos. eleitores. Com o recadastramen-
Sul, segundo maior colégio eleitoral to, 48 mil pessoas tiveram o título
do Estado. A Justiça Eleitoral não re- Das 1.108 urnas instaladas em cancelado em Caxias do Sul.
gistrou problemas sérios, exceto a 164 locais de votação na cidade, 16
detenção de um eleitor que gritou tiveram de ser trocadas, o dobro do O governador José Ivo Sartori
o nome de candidato no interior de registrado no primeiro turno. Tam- (PMDB) votou pela manhã, no Co-
uma seção. Pela manhã, o cartório bém faltaram 15 fiscais. De acor- légio Carmo, no Centro. Em rápida
recebeu diversas denúncias de que do com Edson Borowski, chefe da entrevista, previu que os vence-
representantes de partidos estariam 169ª Zona Eleitoral, houve registro dores do pleito terão como maior
cumprimentando eleitores em fren- de poucas filas nas seções eleito- dificuldade a situação financeira
rais. Dentre as razões, destacou a dos governos.

Pozzobom vence em Santa Maria por 226 votos RESULTADO DAS ELEIÇÕES EM SANTA MARIA

O deputado estadual Jorge Poz- ci Oliveira (PT). Pozzobom recebeu nas em Santa Maria – a abstenção Eleitorado: 203.043
zobom (PSDB) foi eleito prefeito de 73.003 votos (50,08% dos válidos), foi de 22,19% do total de votos.
Santa Maria ontem no pleito mais e Valdeci teve 72.777 sufrágios 50,08%
acirrado do Rio Grande do Sul no (49,92% dos válidos). A eleição re- A quinta cidade mais populo-
segundo turno. A vitória foi por gistrou ainda 5.470 votos brancos sa do Rio Grande do Sul viveu o se- 73.003
apenas 226 votos de vantagem so- e 6.731 votos nulos. Outros 45.062 gundo turno pela primeira vez nes- votos
bre o ex-prefeito e deputado Valde- eleitores não compareceram às ur- tas eleições – Santa Maria só atingiu
a marca de 203 mil eleitores neste 49,92% 22,19%
ano. No primeiro turno, a disputa
já havia sido apertada. A diferença 72.777 45.062
de votação dos dois candidatos foi votos
de pouco mais de 700 votos.
RONI RIET/DIVULGAÇÃO/JC 3,46% 4,26%
Pozzobom é deputado esta-
JORGE POZZOBOM (PSDB)dual. Graduado em Direito, sua car-5.4706.731
VALDECI OLIVEIRA (PT)reira política teve início em 2000,
como suplente de vereador na cida-
de. Conquistou sua própria cadeira Brancos Nulos Abstenções
em 2004. Em 2006, virou deputa-
Tucano Jorge Pozzobom vai governar a quinta cidade mais populosa do suplente. Regional e Relações Institucionais parar duas linhas políticas. Para
de Santa Maria em 2010. ele, o partido de Valdeci trouxe
Foi secretário-geral adjunto malefícios ao País, em referência
de Saúde do Estado no governo de A rivalidade entre PT e PSDB ao mandato da ex-presidente Dil-
Yeda Crusius (PSDB). Também foi é antiga. Pozzobom acredita que ma Rousseff (PT).
secretário municipal de Integração isso deu a chance de o eleitor com-

Jornal do Comércio - Porto Alegre 21Segunda-feira

Política 31 de outubro de 2016

ELEIÇÕES Busato é eleito prefeito de Canoas

2016 Deputado federal do PTB venceu a vice-prefeita Beth Colombo por pouco mais de 4 mil votos

Carolina Hickmann MARCO QUINTANA/JC

politica@jornaldocomercio.com.br RESULTADO DAS ELEIÇÕES EM CANOAS

O pleito de Canoas começou Eleitorado: 247.770
disputado e terminou da mes-
ma maneira. Com 4,1 mil votos 51,25% 48,75%
de diferença em um universo
de quase 250 mil eleitores, o de- 84.387 80.263
putado federal Luiz Carlos Bu- votos votos
sato (PTB) é o prefeito eleito de
Canoas. “Quero fazer uma ad- 20,37%
ministração voltada para a po-
pulação. Estarei junto do povo. 50.482
Essa vai ser a nossa marca”,
afirma o futuro chefe do Execu- 5,73% 10,81%
tivo canoense.
11.309 21.329
O resultado não foi previsto
pelas pesquisas. Sua adversária LUIZ CARLOS BETH
Beth Colombo (PRB), vice-pre-
feita durante a gestão do ex-pre- Busato, do PTB, comemora vitória e propõe um projeto só para todos BUSATO (PTB) COLOMBO (PRB) Brancos Nulos Abstenções
feito Jairo Jorge (PT), venceu o
primeiro turno e era líder nas A comemoração, de início, campanha muito disputada e certeza que o que a cidade vai eu me vejo”, explica. Ela acre-
sondagens com os eleitores. era pela saída do Partido dos cheia de mentiras. Isso exaltou mais precisar é de fiscalização. dita que não foi o eleitorado da
Trabalhadores da prefeitura - o os ânimos dos dois lados”, co- Conheço quem está chegando”, cidade que optou por sua derro-
Um dos fatores da virada petista Jairo Jorge comanda o mentou. “Agora temos que es- alertou ela. Com este número ta. “Senão teria sido por muito
de Busato foi o apoio do tercei- município há oito anos. Entre- friar a cabeça e tentar trazer de vereadores, a Câmara de Ca- mais de 4 mil votos. Eu perdi
ro colocado no primeiro turno, tanto, Busato apoiou Jorge em todo mundo para um projeto noas seria majoritariamente de para a intriga, para a mentira.”
Felipe Martini (PSDB). O tucano parte de sua gestão e foi secre- só”, propôs. oposição, já que tem 21 cadeiras.
estava presente no ato de come- tário de Obras no governo do Busato vai renunciar à ca-
moração da coligação. “Canoas Estado com Tarso Genro (PT). Beth, no entanto, conta com No comitê, Beth consolava deira de deputado federal para
está entregue aos canoenses, à 14 vereadores eleitos apoiado- maternalmente a sua militân- assumir a prefeitura. Com isso,
política feita com retidão”, bra- Busato atribuiu a preocu- res de sua chapa na oposição cia, que a aguardava em fila o deputado Cajar Nardes (PR)
dou Martini, no carro de som. pação com os adversários à ao novo governo. “Não defen- para receber abraços. “É o que vira titular e Assis Melo (PCdoB)
emoção do momento. “Foi uma do nenhuma rixa, mas tenho eles esperam de mim e é como preencherá o assento vago.

No Estado, Canoas tem quase todas as ocorrências TSE contabiliza 88 prisões e 309
ocorrências durante as eleições
Juliana Mastrascusa, especial para o JC MARCO QUINTANA/JC

politica@jornaldocomercio.com.br

Canoas registrou o segundo Desembargador Marchionai avaliou episódios como lamentáveis Sem grandes incidentes, o se- teriormente. “O que já sabemos é
turno mais tumultuado entre os gundo turno das eleições munici- que isso desenvolveu custos para
municípios que decidiram a pre- mente 4 mil eleitores. de Tecnologia da Informação do pais registrou 88 prisões por cri- a Justiça Eleitoral em Santa Cata-
feitura ontem. Das 37 ocorrên- Também foi baixo o núme- TRE-RS, Daniel Wobeto. mes eleitorais, em 309 ocorrências rina e também em Curitiba (PR).
cias tidas no Estado, 36 aconte- registradas até às 17h54 de domin- De qualquer forma, a Justiça Elei-
ceram na cidade. Três pessoas ro de urnas substituídas no Es- Nas cidades onde o sistema go. Os eleitores foram às urnas em toral tomou todas as providências,
chegaram a ser detidas, mas tado, apenas 31. Este ano a urna biométrico já foi totalmente im- 57 cidades do País. Segundo o ba- comunicando os eleitores, porque
foram liberadas antes das 19h. eletrônica completa 20 anos de plementado, ocorreram casos de lanço do TSE (Tribunal Superior envolvia um novo endereço. Tudo
Caxias recebeu o único registro sua implementação. “A urna ele- falha na identificação do eleitor Eleitoral), o Ceará (172 ocorrên- correu bem”, afirmou.
fora da cidade metropolitana. trônica é 100% confiável, não há por digital. Marchionatti afirma cias e duas prisões), e o Rio de Ja-
fraude em hipótese alguma”, de- que o número de defeitos foi pe- neiro (44 ocorrências) e 26 deten- O ministro falou ainda sobre
Boca de urna foi a maior fende a presidente do TRE-RS, Li- queno, e as irregularidades de- ções lideram as irregularidades. as candidaturas suspeitas de irre-
ocorrência, com 17 registros, se- selena Schifino Ribeiro. vem ser identificadas e solucio- Nas 14 cidades de São Paulo onde gularidades que ainda não foram
guida por divulgação de pro- nadas para o próximo pleito. houve votação, a Justiça Eleitoral analisadas pela Justiça Eleitoral.
paganda, com 16 incidentes. Até 2022 a perspectiva é ter identificou cinco ocorrências e ne- Atribuiu a questão à redução do
Para o vice-presidente do Tri- a maior parte do Rio Grande do Outra novidade para 2018 nhum preso. tempo de campanha, que caiu de
bunal Regional Eleitoral (TRE- Sul com a identificação biométri- deve ser a impressão do compro- três meses para 45 dias. “Estamos
-RS), desembargador Carlos Cini ca. Nas próximas eleições, a ex- vante de votação, que deve ser- O crime de boca de urna foi apressando, mas não depende
Marchionatti, os episódios são pectativa é de que todos os mu- vir como comprovação do voto o mais comum neste segundo tur- apenas de nós. É um problema do
lamentáveis, mas não repre- nicípios possuam uma votação para o eleitor. Entretanto, o reci- no: 224 casos. Segundo o TSE, 814 modelo eleitoral adotado, que en-
sentam dados relevantes. “São híbrida entre o sistema atual e o bo é devolvido para a urna, ga- urnas apresentaram defeitos e fo- curtou o prazo de campanha e o
5.467 sessões eleitorais, é fácil biométrico, segundo o secretário rantindo o sigilo do voto. ram substituídas. Em São Paulo, prazo de registro.”
perceber que o número é insig- havia 135 máquinas quebradas
nificante”, afirma. e outras 212 no Rio. O movimen- Sobre a reforma eleitoral, o
to de ocupação das escolas, que ministro a considera positiva por
O número de ocorrências no funcionam como seções eleitorais, ter reduzido os gastos com as cam-
município pode ser reflexo do não comprometeu a votação. De- panhas, “ainda que tenha ocorri-
acirramento da disputa no muni- vido às manifestações, os locais do caixa dois”. Ele ressaltou que o
cípio. Antes das 18h o resultado de votação de 700 mil eleitores fo- Congresso ainda precisa discutir
já era conhecido, com menos de ram alterados qual será o modelo para as elei-
2% de diferença entre os candi- ções presidenciais de 2018. “Se
datos. Luiz Carlos Busato (PTB), O presidente do TSE, ministro sabe o que não se quer. Não quere-
ganhou com 51,25%, contra Gilmar Mendes, disse que a opera- mos mais esse número imenso de
48,75% de Beth Colombo (PRB), ção para informar os cidadãos so- partidos. Se vamos ter lista aberta
o que representa aproximada- bre a mudança gerou custos, que, ou um modelo distrital, isso preci-
segundo ele, serão calculados pos- sa ser definido”, afirmou.

22 Segunda-feira Jornal do Comércio - Porto Alegre
31 de outubro de 2016

Política

ELEIÇÕES Capitais terão prefeitos de 13 partidos

2016 PSDB conquistou o maior número de capitais entre os dois turnos QUEM VENCEU

No cipoal de 35 partidos com ca tantos partidos conquistaram nesa. O prefeito eleito venceu João as duas maiores capitais da região 7 PSDB
registro na Justiça Eleitoral, 13 de- o direito de governar ao menos Leite (PSDB), apoiado pelo senador Norte. Em Belém, o candidato Ze- 4 PMDB
les vão governar pelo menos uma um município: 31 em todo o País. Aécio Neves, que, com isso perde naldo Coutinho venceu a dispu- 3 PDT
das 26 capitais brasileiras a partir A Rede, partido da ex-candidata à pontos para disputar a presidência ta com 52,18% dos votos válidos. 2 PSD
de 1 de janeiro de 2017. O PSDB lide- presidência Marina Silva, obteve da República em 2018. Atual prefeito, concorreu à reelei- 2 PSB
rou a corrida eleitoral, na soma dos suas primeiras conquistas eleito- ção pela coligação União por uma 1 PCdoB
dois turnos, fincando a legenda em rais desde sua fundação, em sete Na disputa mais acirrada en- Belém do Bem, composta por 15 1 PHS
sete capitais, entre elas Porto Ale- prefeituras, entre elas Macapá, ca- tre as capitais onde houve segundo partidos. O ex-senador tucano Ar- 1 PT
gre, com Nelson Marchezan Júnior, pital do Amapá. turno, o deputado estadual catari- tur Virgílio Neto, da mesma sigla, 1 PPS
e São Paulo, com João Doria - elei- nense Gean Loureiro, do PMDB, foi reeleito prefeito de Manaus. 1 PRB
to no primeiro turno. A seguir veio Em Belo Horizonte, após saber foi eleito prefeito de Florianópolis. Com o resultado, o partido mante- 1 DEM
PMDB, com quatro capitais, e PDT de sua vitória na disputa à prefei- Com todas as urnas apuradas, ele ve o controle das duas maiores ci- 1 Rede
com três. Entre as surpresas apare- tura, o empresário Alexandre Ka- obteve 50,26% dos votos válidos. dades do Norte. 1 PMN
ceu o PRB, que, com Marcelo Crivel- lil (PHS) usou do humor que lhe é
la, conquistou a cidade do Rio Janei- peculiar para provocar os derrota- Com números recordes de abs- No Nordeste, os dois maiores
ro, segundo maior colégio eleitoral. dos. “Acabou a coxinha, acabou a tenções e votos nulos e brancos, o colégios eleitorais da região reele-
mortadela. O negócio agora é qui- ex-prefeito Rafael Greca (PMN) foi geram seus prefeitos. Geraldo Jú-
O avanço dos nanicos con- be”, afirmou ele, em referência aos eleito em Curitiba e disse que vai lio (PSB) conquistou a prefeitura
solidou o fenômeno da disper- produtos associados, primeiro, aos “reencantar as pessoas”. de Recife, e o prefeito de Fortaleza,
são partidária, que já havia sido tucanos e, segundo, aos petistas. Roberto Cláudio (PDT), também
recorde no primeiro turno. Nun- Kalil tem ascendência sírio-liba- Consolidado como o maior continua no cargo.
vencedor nas eleições às prefeitu-
ras, o PSDB conquistou também

Mapa do voto nas capitais ARTE LUIS FELIPE CORULLÓN

rr ap ELEITO EM PRIMEIRO TURNO
ELEITO EM SEGUNDO TURNO

am pa
mt
ac ma ce
ro rn

pi pb
pe

to al
se

ba

Aracaju (SE)
Edvaldo Nogueira (PCdoB) .........52,11%

Belém (PA) go DF
Zenaldo Coutinho (PSDB)......... 52,33%

Belo Horizonte (MG) mg
Alexandre Kalil (PHS) ............... 52,98% es

Boa Vista (RR) João Pessoa (PB) ms

Tereza Surita (PMDB) ............... 79,39% Luciano Cartaxo (PSD)...............59,67%

Campo Grande (MS) Macapá (AP) sp rj Rio de Janeiro (RJ)
Marcelo Crivella (PRB)...............59,36%
Marquinhos Trad (PSD) ............ 58,77% Clecio (Rede) ............................60,50%

Cuiabá (MT) Maceió (AL) pr Salvador (BA)
ACM Neto (DEM)........................73,99%
Emanuel Pinheiro (PMDB) .........60,41% Rui Palmeira (PSDB) ................ 60,27%

Curitiba (PR) Manaus (AM) São Luís (MA)

Rafael Greca (PMN) .................. 53,25% Artur Virgílio (PSDB)..................55,96% sc Edivaldo Holanda Jr. (PDT) ........53,94%

Florianópolis (SC) Natal (RN) Porto Velho (RO) São Paulo (SP)

Gean Loureiro (PMDB).............. 50,26% Carlos Eduardo (PDT) ............... 63,42% Dr. Hildon (PSDB) ......................65,16% João Doria (PSDB)......................53,29%

rs

Fortaleza (CE) Palmas (TO) Recife (PE) Teresina (PI)

Roberto Claudio (PDT)...............53,57% Amastha (PSB) ........................ 52,38% Geraldo Julio (PSB)................... 61,30% Firmino Filho (PSDB) ..................51,14%

Goiânia (GO) Porto Alegre (RS) Rio Branco (AC) Vitória (ES)

Iris Rezende (PMDB).................. 57,70% Nelson Marchezan Jr. (PSDB).....60,50% Marcus Alexandre (PT) ............. 54,87% Luciano (PPS).............................51,19%

Jornal do Comércio - Porto Alegre 23Segunda-feira

Política 31 de outubro de 2016

ELEIÇÕES Crivella vence no Rio de Janeiro

2016 Novo prefeito diz que vai arregaçar as mangas e cumprir todas promessas de campanha

Bispo licenciado da Igreja Uni- da a vitória, Crivella ficou emocio- sociais, escreveu “chora, capeta”, YASUYOSHI CHIBA/AFP/JC
versal, o senador Marcelo Crivella nado no discurso após o resultado. “chora, Freixo” e “chora, PSOL”.
(PRB), 59 anos, foi eleito prefeito Prometeu arregaçar as mangas e Bispo da Universal, Marcelo Crivella agradeceu apoio da Igreja Católica
do Rio de Janeiro. O estilo con- cumprir todas as promessas de A vitória de Crivella consoli-
servador do futuro administrador campanha. E reforçou o embate da o projeto político da Igreja Uni-
da cidade contrasta com o perfil em torno de questões morais. versal do Reino de Deus, em uma
do carioca. Que, aliás, optou em trajetória iniciada em 2002. Foi
peso pelo “não voto”, quase meta- “O povo disse bem alto nas quando o então bispo foi instado a
de do eleitorado. Crivella recebeu urnas: não à legalização do abor- se candidatar a senador. O Rio é a
59,36% dos votos válidos, ante to, não à liberação das drogas. primeira capital que o PRB, parti-
40,64% de Marcelo Freixo (PSOL). Não, não e não. O povo também do surgido na Universal, adminis-
disse, e eu tenho certeza, eu con- trará. O senador é sobrinho do seu
Em números absolutos, 536 fio na alma carioca que existe na fundador, o bispo Edir Macedo, e
mil votos distanciaram um candi- Câmara Municipal. Na minha elei- já foi duas vezes candidato a go-
dato do outro. A eleição se encer- ção, o povo também disse bem vernador e está na terceira candi-
rou com o mais alto índice de votos alto: não à ideologia de gênero datura ao Executivo municipal.
em branco (4,18%), nulos (15,9%) e para crianças. Não, não e não”,
abstenções (26,85%) já registrado afirmou o prefeito eleito ao lado O prefeito eleito também ape-
em segundos turnos desde 2000 - de aliados. lou à conciliação entre diversas
47% dos eleitores não votaram em religiões. “Quero agradecer à toda
nenhum dos dois candidatos. A fala contra bandeiras do a Igreja Católica, que nos apoiou,
PSOL levou o público ao delírio. vencendo o preconceito, levanta-
A campanha foi dura, com Crivella foi ovacionado. Entre seus do por parte de uma mídia faccio-
trocas de acusações que envolve- apoiadores estava o pastor Silas sa. Agradeço os candomblecistas
ram temas fora da política, como Malafaia, da Assembleia de Deus e também os que não têm reli-
religião e sexualidade. Confirma- Vitória em Cristo, que, nas redes gião”, afirmou Crivella.

Um em cada quatro brasileiros será Alexandre Kalil vence a disputa em Belo Horizonte
governado por prefeito do PSDB
O empresário Alexandre Kalil de político” e pediu votos de elei- o confronto se limitou a dois can-
O PSDB saiu do segundo turno quistada por um tucano foi Ma- (PHS) foi eleito prefeito de Belo Ho- tores descrentes com a “má políti- didatos. Com o resultado, tanto o
como o maior vencedor da eleição naus, onde Artur Virgílio Neto rizonte ontem. Ele venceu a dispu- ca”. O ex-cartola tem dito que não governo de Minas Gerais quanto
municipal de 2016, quando o crité- conseguiu se reeleger, com 56% ta contra o deputado estadual tuca- fará novas construções na cidade, a prefeitura de Belo Horizonte dei-
rio observado é o número de elei- dos votos válidos. no João Leite e impôs uma derrota, mas que irá “botar para funcionar xam de ser comandadas por um
tores que cada partido vai gover- em casa, ao grupo comandado o que está aí”. Apesar de estar no candidato articulado por Aécio.
nar. Em seu conjunto, os prefeitos O PMDB teve o segundo me- pelo presidente do PSDB, senador PHS e de ter estreado em campa- Desde 2009, o prefeito da capital é
do partido vão administrar cida- lhor desempenho: vai governar Aécio Neves. nhas políticas neste ano, Kalil já foi Marcio Lacerda (PSB), empresário
des que abrigam 23,9% do eleito- 20,5 milhões de eleitores a partir filiado ao PSDB e ao PSB. cuja candidatura foi lançada pelo
rado - ou seja, para cada quatro do ano que vem, o equivalente a Kalil tem 57 anos e é ex-pre- senador tucano e também pelo
eleitores, um será governado por 14,2% do total. O partido do presi- sidente do Atlético-MG, clube que Leite ficou à frente no primeiro então prefeito Fernando Pimentel
um tucano. dente Michel Temer só ficou à fren- comandou de 2008 a 2014. Em sua turno, com 33% contra 26% de Ka- (PT), atual governador.
te do PSDB no quesito número de campanha, lançou o slogan “chega lil, mas caiu nas pesquisas quando
A fatia do eleitorado que o prefeituras conquistadas: foram
PSDB vai governar é a maior do- 1.028 contra 789. Com 53,25% dos votos, Rafael Greca ganha em Curitiba
minada por um único partido des-
de a eleição de 2004, o primeiro No segundo turno, candida- O candidato do PMN Rafael compor a malha viária arrasada pe à disposição para a transição
ano para o qual o Tribunal Supe- tos peemedebistas venceram em 9 Greca foi eleito prefeito de Curiti- e devolver a Curitiba, ao lado do dos governos.
rior Eleitoral (TSE) divulga dados municípios, que concentram 11,8% ba ontem. Ao final da apuração, meu vice-prefeito, o jovem Eduar-
de resultado eleitorais digitaliza- do eleitorado em disputa (cerca de Greca tinha obtido 461.736 votos, do Pimentel Slavieiro, a qualidade Greca criticou a gestão do pre-
dos. O recorde anterior pertencia 33 milhões). que representam 53,25% dos votos desta que já foi a melhor prefeitura feito Fruet e afirmou que percorreu
ao PMDB, que em 2008 venceu em válidos. Ele venceu Ney Leprevost do País”, afirmou Greca. “Agrade- os bairros na reta final da campa-
municípios que abrigavam 22,1% A onda antipetista, que havia (PSD) e deve assumir o cargo em ço emocionado a oportunidade de nha e que a cidade está destruída.
do eleitorado da época. se manifestado no primeiro tur- janeiro de 2017. fazer história”, acrescentou Greca. “Fiquei muito golpeado pelo senti-
no, voltou a demonstrar sua força mento de abandono da cidade. A
No primeiro turno, o PSDB ontem. Todos os 7 candidatos pe- “Quero ser um servidor de O atual prefeito, Gustavo Fruet cidade está destruída do ponto de
venceu em 789 cidades, que con- tistas que haviam conseguido se quem precisa de saúde, de quem (PDT), parabenizou o sucessor vista da sua conservação. O meu
centravam 26,8 milhões de elei- classificar para a segunda rodada precisa de segurança, de quem eleito, por meio de uma nota ofi- olhar de prefeito pede que eu co-
tores. Na segunda rodada da elei- acabaram perdendo. A derrota pe- precisa de educação. Quero re- cial. Ele também colocou a equi- mece a trabalhar amanhã.”
ção, foram 14 cidades a mais, com tista mais significativa se deu em
eleitorado total de 7,6 milhões. Nos Santo André, onde Paulo Serra Gean Loureiro é eleito prefeito de Florianópolis
municípios com votos apurados (PSDB) derrotou Carlos Grana (PT),
ontem, os tucanos venceram nos candidato à reeleição, por 78,2% a Gean Loureiro (PMDB) foi eleito de deputado federal em 2011. No tem mestrado em Engenharia pela
que concentram cerca de 23% dos 21,8%. ontem prefeito de Florianópolis. O ano seguinte, foi candidato à prefei- UFSC. Ao Tribunal Superior Eleito-
brasileiros com idade de votar. peemedebista concorreu pela coli- tura de Florianópolis. Em 2013, foi ral (TSE) declarou como bens um
Com os resultados de ontem, gação “Um novo olhar para Floria- presidente da Fundação do Meio apartamento, um terreno, um car-
Principal conquista do PSDB o PT foi praticamente varrido do nópolis” e tem como vice-prefeito Ambiente (Fatma). Em 2014, foi ro, aplicações e poupança, no valor
em 2016, a cidade de São Paulo é chamado clube do segundo turno, João Batista (PSDB). Angela Amin eleito deputado estadual. de R$ 536.744,97. O plano de gover-
responsável por 25,8% dos eleito- o conjunto das 92 cidades que têm (PP) estava na frente, até a apu- no do candidato pode ser acessado
res que serão governados pelo par- 200 mil eleitores ou mais. Nesse ração dos últimos 2% das seções Ele tem 43 anos e é natural no site do tribunal.
tido. João Doria, novato na política, conjunto, que abriga 38% do elei- apuradas, quando houve a virada. de Florianópolis. É formado em
venceu com 53,3% dos votos váli- torado do País, o único represen- Direito pela Universidade Federal Durante a campanha, Gean
dos e vai suceder o petista Fernan- tante petista a partir do ano que Eleito cinco vezes vereador da de Santa Catarina (UFSC) e Admi- Loureiro afirmou que vai priorizar
do Haddad a partir de janeiro do vem será o prefeito de Rio Branco, capital catarinense - a primeira em nistração pela Universidade do o transporte coletivo sobre o indivi-
ano que vem. Marcus Alexandre, reeleito já no 1992 -, Loureiro assumiu mandato Vale do Itajaí (Univali). Também dual e os meios não motorizados.
primeiro turno, com 54,9% dos vo-
Ontem, a maior cidade con- tos válidos.

24 Segunda-feira Jornal do Comércio - Porto Alegre
31 de outubro de 2016
ELEIÇÕES Apuração é feita
Política 2016 em tempo recorde

Ouvir isso dói Lívia Araújo Tecnologia das urnas eletrônicas faz 20 anos

“Aviso aos navegantes: o tempo da vagabundização remune- livia@jornaldocomercio.com.br
rada acabou. Vagabundo remunerado, neste governo, não! Certa-
mente, nós vamos...” A frase do deputado federal gaúcho Alceu A presidente do Tribunal Re- e Pelotas cumpriam os requisitos “Outro receio da Justiça Eleito-
Moreira (PMDB) ecoou no plenário da Câmara durante a votação gional Eleitoral (TRE-RS), Liselena para receber as urnas eletrônicas. ral era que, se os votos nulos oca-
da medida provisória que restringe o acesso ao auxílio-doença Schifino Ribeiro, comemorou a sionados por erro fossem grandes,
e à aposentadoria por invalidez. Outros deputados começaram a apuração mais rápida da história De acordo com o assessor de isso comprometeria a credibilida-
gritar. Alceu Moreira terminou o discurso. “Não adianta gritar! neste segundo turno das eleições. planejamento do TRE-RS, Jorge de do voto eletrônico”, externou
Não adianta gritar! Ouvir isto dói: vagabundo remunerado não re- Antes das 19h já era possível saber Freire, que participou do grupo Freire. Apesar da adesão do elei-
ceberá.” Não se sabe quanto tempo levou para ele perceber o que matematicamente os prefeitos elei- que estabeleceu os parâmetros tor, o primeiro turno de 1996 teve
tinha falado, mas o aviso da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) tos nas quatro cidades com 2º tur- para o uso da urna eletrônica ain- uma marca alta de urnas quebra-
pouco importou. “Eu dispenso o seu conselho, deputada. Aliás, o no no Estado. “Tudo foi muito tran- da em 1995, as duas grandes in- das. Cerca de 7% dos equipamen-
povo do Rio de Janeiro lhe deu resultado de votação de vereadora. quilo”, avaliou Liselena. cógnitas das eleições eram se os tos apresentaram defeito. “Espe-
A senhora não está com moral para falar sobre nada”, afirmou. O eleitores saberiam votar e se con- rávamos 1,5% no máximo, mas
deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) reclamou, assim como o Em Canoas, o resultado saiu seguiriam interagir com uma in- as máquinas estavam calibradas
segundo suplente Gilberto Nascimento (PSC-SP). antes das 18h, em menos de uma terface eletrônica na hora do voto. para travar diante de qualquer
hora. Às 20h, os resultados já esta- “Antes, o eleitor escrevia o nome movimento brusco. Não percebe-
Mentira deslavada vam totalizados nos quatro muni- do candidato, não o número. Foi mos que, pela falta de familiarida-
cípios gaúchos com segundo turno, uma mudança de paradigma na de, muitas pessoas pressionavam
O que Alceu Moreira (foto) não ZECA RIBEIRO/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC e os novos prefeitos, definidos. A época, pois ele teria de aprender a a urna com força, e isso travava o
contava era que a deputada Jandira velocidade da apuração ajudou a guardar o número.” Segundo Frei- equipamento”, disse. Para o segun-
Feghali sabe usar a internet. Pouco definir cedo os vencedores em 57 re, não havia parâmetro anterior do turno, houve um ajuste, e aí só
tempo depois do discurso, o vídeo municípios brasileiros. de uso de urnas eletrônicas, pois o 0,7% das urnas quebraram.
com as suas palavras estava circulan- Brasil foi o primeiro país do mun-
do. Alceu voltou atrás e acusou quem O feito não teria sido alcança- do a adotar esse tipo de votação. Freire também conta que o
colocou o vídeo na internet. “Em do sem a votação eletrônica, que pioneirismo da votação eletrônica
nenhum momento, eu fiz qualquer completa 20 anos no Brasil neste A tentativa foi bem-sucedida. levou o Brasil a apresentar sua ex-
tipo de referência a trabalhador ou a pleito. O uso da tecnologia subs- Com uma intensa campanha de pertise em países como Argentina,
aposentado como vagabundo. No en- tituiu o voto em papel a partir de divulgação sobre o novo sistema, Equador e República Dominicana.
tanto, isso logo foi repetido pelo depu- 1996. Na época, apenas 1/3 dos o resultado foi a diminuição de vo- “Muitos criticam que o modelo bra-
tado Arnaldo e pela deputada Jandira municípios brasileiros adotou o tos nulos ocasionados por erro do sileiro não é replicado em outros
Feghali, e uma mentira se transformou sistema, que era restrito às capitais eleitor, que também ficou impos- países, mas, além de não vender-
em verdade. Está nas redes sociais como se eu tivesse chamado e aos municípios com mais de 200 sibilitado de escrever outro nome mos, o sistema eleitoral brasileiro
aposentados de vagabundos. É uma mentira deslavada! É uma mil eleitores. na cédula: em 1959, o rinoceronte é muito mais complexo que no ex-
mentira proposital para me prejudicar. Peço a todos que achem Cacareco (que morava no jardim terior, onde existe o voto em lista.
no meu pronunciamento, nas minhas palavras, a frase em que eu Porto Alegre estava nesse gru- zoológico do Rio de Janeiro) rece- Passamos esse know how para es-
tenha afirmado que aposentados ou trabalhadores são vagabun- po e elegeu, na época, o petista beu 100 mil votos na eleição para ses países, que podem ter uma so-
dos. Jamais pronunciei coisa semelhante! Portanto, tal acusação é Raul Pont, no segundo turno, já vereador em São Paulo, mostran- lução bem mais simples”, conclui.
outra mentira sustentada por irresponsáveis que, não tendo como com o uso do novo sistema. Além do a indignação da população.
defender suas falcatruas, querem achar nos outros a culpa pelos da Capital, apenas Caxias do Sul
seus atos. Respeito absoluto aos trabalhadores e aos aposentados
sempre! Jamais pronunciei frase contra eles”, afirmou. Mesária voluntária destaca espírito de cidadania

Capital estrangeiro MARCELO G. RIBEIRO/JC

A Associação Nacional dos Jornais (ANJ) entrou com uma Bruna Oliveira
ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Fede-
ral (STF) alegando que a expressão “empresa jornalística” tam- bruna@jornaldocomercio.com.br
bém engloba os portais de notícias. Segundo a associação, a ma-
nifestação do STF se faz necessária para afastar interpretações Mesmo com o crescente sen- Suzana Pohia já está em sua terceira eleição por vontade própria
no sentido de que sítios de notícias hospedados na internet, ape- timento de descrença dos brasi-
sar de produzirem, veicularem e divulgarem notícias, não pode- leiros na política, ainda há os que voluntários, incluindo a presiden- panhar a eleição de outro ângulo.
riam ser conceituadas como empresas jornalísticas, e a expres- se envolvam no processo eleitoral te. Nos últimos anos, ela diz per- Eu acredito no papel da cidadania
são abarcaria apenas a imprensa tradicional (jornais e revistas por pura paixão à democracia. Os ceber que o número de mesários e acho que participar é importante
de papel). “Os adeptos desse entendimento afirmam haver a ne- mesários voluntários, por exem- que se candidatam por vontade para garantir a segurança da de-
cessidade de lei específica para o enquadramento dos sítios de plo, se destacam a cada ano pelo própria é cada vez maior. “Aque- mocracia.” Para Suzana, estar en-
notícias da internet.” Essa interpretação permitiria que os portais papel que desempenham na vota- la história de que quem vota cedo volvida permite entender o proces-
fossem controlados por capital estrangeiro. ção. Em Porto Alegre, já são 84,8% corre o risco de ser convocado já é so democrático. “É legal ver que as
do total de pessoas que trabalham quase uma lenda urbana”, brinca. pessoas vêm votar e trazem seus
Curtas no pleito. filhos, ou idosos que não têm mais
A vontade de conhecer outras o voto obrigatório, e ainda assim
· O deputado federal gaúcho Marco Maia (PT) apresentou cin- Mesária voluntária desde realidades, ouvir histórias e reen- comparecem às urnas. É bom para
co projetos de lei dando nomes a viadutos que dão acesso a Ca- 2010, a jornalista e estudante de contrar pessoas é o que motiva os quando se está descrente”, diz.
noas pela BR-116. Três têm nomes de ex-presidentes (Getulio Var- museologia Suzana Pohia está na voluntários. “Ser mesária é acom-
gas, João Goulart e Juscelino Kubitschek) e dois de ex-prefeitos de sua terceira eleição trabalhando
Canoas (Carlos Loureno Giacomazzi e Hugo Simões Lagranha). por vontade própria. Recém-che-
gada à Capital após deixar São Ga-
· O deputado Afonso Hamm (PP) apresentou projeto de lei briel, na região da Campanha, ela
tornando Canguçu a “Capital Nacional da Agricultura Familiar”. escolheu se voluntariar após sentir
falta da rotina nos dias de eleição.
“No interior, o dia de votação sem-
pre foi muito presente na rotina da
família. Íamos votar todos juntos,
e isso sempre foi algo importante
da minha vida”, conta.

Na seção eleitoral de Suzana,
na Escola Paulo Freire, todos eram

Jornal do Comércio - Porto Alegre 25Segunda-feira

Geral 31 de outubro de 2016

SAÚDE

Experiência somática ajuda a aliviar traumas

Suzy Scarton atuando no córtex, a sede do entendimento e ANTONIO PAZ/JC aquilo ainda mais preso dentro de si.
da razão, e assim entrando em contato com
suzy@jornaldocomercio.com.br todos os outros sistemas. E a somática abor- Trabalhar os sistemas isiológicos pode mudar JC – Qual o tipo de trauma mais difícil
da pela fisiologia, acessando os sistemas e comportamentos, airma Russell Ira Jones
O terapeuta e especialista em experiên- causando uma reação na parte emocional tramos em contato suavemente. É preciso en- de tratar?
cia somática Russell Ira Jones é discípulo de e psicológica. Nem sempre o que ocorre no tender a delicadeza com que se deve abordar Jonas – Os mais difíceis são os repetiti-
Peter Levine, o idealizador da abordagem corpo causa efeitos no cérebro, e nem sem- aquele sobrevivente ao trauma. Se perguntar
que trata e previne os efeitos do trauma. pre o que pensamos ou imaginamos tem in- logo “você lembra do assalto?”, a pessoa já vos, como crianças que foram abusadas por
Norte-americano, Jonas, como prefere ser cha- fluência no corpo. O que tem se comprovado entra em congelamento e piora, ou fica com anos. Isso é mais delicado do que tratar de
mado, mora atualmente em Florianópolis, em em estudos recentes é que esse trabalho nos uma pessoa que sofreu um acidente ou en-
Santa Catarina, e foi um dos fundadores da As- sistemas fisiológicos pode mudar o cérebro e frentou uma doença, por exemplo. Depende
sociação Brasileira de Trauma, na década de alterar comportamentos e hábitos. muito da situação, dos sintomas e das pró-
2000. Oferecendo um tratamento livre de me- prias características das pessoas. Há todos os
dicamentos e, por consequência, de efeitos co- JC – A metodologia aplicada também tipos de pessoas com traumas, com sintomas
laterais, Jonas explicou ao Jornal do Comércio específicos, como ansiedade, dificuldade de
quais as vantagens em relação à psicoterapia. se baseia no diálogo? sair de casa ou de falar em público, ou medo
Jonas – Sempre há um diálogo, mas a ex- de dirigir. Esses são sintomas específicos,
Jornal do Comércio – Qual a dife- mas existem aquelas pessoas com proble-
rença entre o tratamento somático e periência somática não foca os motivos. Nos- mas mais gerais, com dificuldades em tudo,
a psicoterapia? sa parte cognitiva quer saber os motivos pe- em se expressar, em digerir alimentos. Nosso
los quais algo ocorreu, e é possível alcançar sistema é muito bem desenvolvido. O siste-
Russell Ira Jones “Jonas” – A experiên- essa resposta, mas pode-se levar anos. Pre- ma nervoso simpático estimula as reações de
cia somática quer dizer “através do corpo”. ferimos trabalhar com base nas sensações, fuga, de luta, enfim, respostas às situações de
Começa pelo acesso físico, fisiológico, a to- com o que alguém está sentindo, por exem- estresse, e o sistema nervoso parassimpático
dos os sistemas, especialmente o sistema plo, quando está ansioso ou entra em pânico, se encarrega de acalmá-las. O que acontece
nervoso autônomo, responsável por todas as e acessando essas emoções aos poucos, deva- com a pessoa que sofreu um trauma é que
atividades essenciais para a sobrevivência, gar, e deixando “descarregar”, ou seja, per- o sistema nervoso simpático nunca desliga,
como respiração, circulação, digestão. Costu- mitindo que o sistema se acalme. Claro que e as sensações ficam presas, congeladas. As-
mamos dizer que essas abordagens vêm de usamos o diálogo para que a pessoa descreva sim, tratamos de renegociar o trauma, aces-
baixo para cima, enquanto a psicoterapia, a o que pensa ou o lembra, mas a ideia é não sando-o aos poucos para que as reações pos-
psicanálise tradicional é de cima para baixo, se focar os pensamentos. Em vez de provocar sam ser descarregadas e para que o sistema
as sensações, podendo piorar o trauma, en- possa voltar a fluir de forma saudável.

CLIMA EDUCAÇÃO LOTERIAS

Instabilidade e Consórcio de universidades Resultados divulgados no receberão R$ 4.419,76 cada. As
aposta na força do conjunto site da Caixa Econômica Federal cinco dezenas sorteadas: 01, 08,
calor marcam o (www.caixa.gov.br): 18, 36 e 53.
MARCO QUINTANA/JC
início da semana Mega-Sena – Uma pes- Dupla Sena – Não houve
Reunindo 15 entidades, o Consórcio das Universidades Comunitárias soa acertou as seis dezenas do acertador no concurso 1.563, rea-
A semana começa com cli- Gaúchas (Comung) representa 50% dos estudantes do Ensino Superior no concurso 1.871, realizado no sá- lizado na sexta-feira. O próximo
ma bastante instável no Estado. Estado. Eleito na semana passada, o presidente José Carlos Carles de Souza bado, e receberá o prêmio de concurso deve pagar um prêmio
A previsão do Instituto Nacional (foto), também reitor da Universidade de Passo Fundo (UPF), quer mostrar R$ 76.548.193,31. Para a próxima de R$ 1,4 milhão. O resultado foi
de Meteorologia aponta que a se- o potencial do Comung. “Sempre se avalia o potencial isolado das institui- semana, o valor acumulou em o seguinte: 1º sorteio – 10, 34, 42,
gunda-feira deve ser quente, com ções, mas, no conjunto, temos muito mais poder”, afirma. A possível apro- R$ 2,5 milhões. Já a Quina teve 45, 47 e 48; e 2º sorteio – 09, 21, 27,
possibilidade de chuva na região vação da Proposta de Emenda Complementar nº 55 (antes, PEC 241), que 275 ganhadores, cujos prêmios in- 36, 49 e 50.
Oeste do Rio Grande do Sul. Ama- prevê um teto máximo de gastos federais para os próximos 20 anos, causa dividuais serão de R$ 20.893,81.
nhã também deve chover, princi- preocupação. “Essa medida ataca a filantropia. Se for retirada, não pode- As seis dezenas sorteadas foram: Federal - Números sorteados
palmente nas regiões Sul, Centro e remos aceitar estudantes do Programa Universidade Para Todos (ProUni), 03, 11, 17, 33, 52 e 58. do concurso 5.123, realizado no
Oeste, assim como na quarta-feira. pois não teremos condições de dar conta de todos os alunos”, explica. sábado: 1º prêmio (R$ 700 mil)
Somente na quinta-feira o tempo Lotomania – Duas pessoas – 57.956; 2º prêmio (R$ 38 mil)
estabilizará. As temperaturas po- acertaram as 20 dezenas sorteadas – 50.426; 3º prêmio (R$ 32 mil)
dem variar entre 7 e 32 graus. sábado, no concurso 1.705. Am- – 80.631; 4º prêmio (R$ 28 mil) –
bas receberão R$ 2.843.485,99. O 4.377; e 5º prêmio (R$ 24.048,00)
Em Porto Alegre, a semana co- próximo sorteio deve pagar uma – 68.963.
meçará seca e quente. Para quarta- quantia de R$ 400 mil. Na faixa
-feira, está prevista a ocorrência de de 19 acertos, 17 apostadores rece- Timemania - O concurso 949
chuva forte. Hoje, a temperaturas berão R$ 17.838,66 cada. Os 20 nú- acumulou, uma vez que nenhum
devem variar entre 14 e 30 graus. meros sorteados foram: 05, 07, 18, apostador acertou as sete dezenas
21, 23, 27, 30, 43, 45, 52, 56, 57, 59, sorteadas no sábado. O próximo
O domingo foi ensolarado no 61, 69, 70, 76, 83, 89 e 93. concurso deve pagar um prêmio
Estado. A temperatura mais baixa, de R$ 1,9 milhão. Na faixa de seis
de 6,8 graus, foi registrada em Bom Quina - O concurso 4.221 não acertos, oito apostadores recebe-
Jesus. A máxima, de 29,9, foi em teve acertadores. O prêmio acu- rão o prêmio de R$ 8.733,49. Os
Alegrete. Na Capital, a temperatu- mulou para R$ 3,4 milhões. A números sorteados foram: 09, 15,
ra variou entre 13,8 e 26,9 graus. Quadra teve 91 ganhadores, que 17, 43, 69, 72 e 78. O time do cora-
ção foi o Portuguesa Desportos/SP.

26 Segunda-feira Jornal do Comércio - Porto Alegre
31 de outubro de 2016

Esportes esportes@jornaldocomercio.com.br

HIPISMO

César Almeida é tetracampeão do Best Jump

Em conjunto com Zojasper Império Egípcio, cavaleiro concluiu sem faltas o Grande Prêmio Cidade de Porto Alegre

Depois de duas horas de prova, o cava- A prova tinha obstáculos de 1,40m e THIAGO OLIVEIRA/DIVULGAÇÃO/JC
leiro César Almeida pôde comemorar pela 1,60m, e dois percursos distintos. Dos 30
quarta vez o título máximo do The Best conjuntos qualificados para a disputa, 12 ob- Almeida já havia vencido o tradicional concurso de saltos em 2003, 2005 e 2013
Jump 2016, principal concurso de saltos da tiveram vagas para tentar a segunda passa-
América Latina. Montando o cavalo Zojas- gem. O vice-campeão foi Bruno Pessanha,
per Império Egípcio, ele conquistou o ouro que saltou com Audi’s Allouette Van Het
no Grande Prêmio Cidade de Porto Alegre/ Lambroeck e teve quatro pontos perdidos,
Celulose Riograndense ao completar os dois completando o segundo percurso em 43,44s.
percursos da prova sem faltas, atingindo O bronze ficou com Marcelo Ciavaglia, mon-
46,12s na segunda passagem. O evento, or- tando Queenie, que também perdeu quatro
ganizado pela Federação Gaúcha de Espor- pontos no trajeto e ultrapassou o último obs-
tes Equestres, foi disputado na Sociedade Hí- táculo da segunda volta em 44,99s.
pica Porto-Alegrense.
Ontem, também foi disputada a prova
“É uma grande emoção vencer o Best N14 (obstáculos de 1,25m), com a vitória da
Jump. E ainda maior quando se é o primeiro amazona Stefânia Caramori. Em conjunto
da história do concurso a fazer isso quatro com Cachetana Jmen, ela garantiu o melhor
vezes”, vibrou Almeida. Antes do triunfo tempo na prova de desempate ao completar
deste domingo, ele tinha conquistado o Best o percurso em 79,51s. Já o prêmio Plaza Ho-
Jump em 2003, com Salamandra Chapman téis Resort Spa, com obstáculos de 1,35m, fi-
Rougue; em 2005, formando conjunto com cou com a amazona Gabrielle Fontoura Ber-
Singular Joter; e, em 2013, montando Vanity ges e Calandra, que também conquistaram
Império Egípcio. o ouro no desempate (77,51s).

Amazona de apenas 14 anos ganha o Prêmio Jornal do Comércio NOTAS

Ficou com a jovem amazona gaúcha FREDY VIEIRA/JC Série B - Resultados de sexta-feira e sábado pela
Laura Bosquirolli Tigre, de 14 anos, a vitó- 33ª rodada: Criciúma 1x1 Londrina, Paraná 4x1
ria no Prêmio Jornal do Comércio, realiza- Montando a égua Cher da Boa Vista, compeidora inalizou a prova em 57,47s Bragantino, Náutico 2x1 Atlético-GO, Joinville 1x1
do na sexta-feira na Sociedade Hípica Porto- Brasil-Pel, Bahia 3x1 Ceará, Paysandu 2x1 Sampaio
-Alegrense. Ela conduziu a égua Cher da Boa Corrêa e Tupi 1x0 Vila Nova. O G-4 é formado por
Vista, que finalizou em 57,47s a prova N15 Atlético-GO (61 pontos), Vasco (58), Avaí (55) e Náu-
com obstáculos de 1,30m, disputada na pis- tico (54). O Brasil de Pelotas é o 12º, com 46 pontos.
ta internacional (grama). O pódio foi com-
pletado pela catarinense Gabrielle Fontoura Série C - No sábado, em Campinas, pela primeira
Berger, com Calandra (60,35s) e pelo cario- partida das finais, Guarani e Boa Esporte ficaram
ca Rodrigo Ullmann Lima, montando Chan- no 1 a 1. O título será decidido no próximo sábado,
ta Libre Santo Antônio (64,96s). na cidade mineira de Varginha.

A prova foi marcada pelo ótimo desem- MotoGP - O italiano Andrea Dovizioso venceu on-
penho das amazonas Laura e Gabrielle, am- tem o Grande Prêmio da Malásia, no circuito de
bas da categoria pré-junior, que bateram ve- Sepang. A prova, porém, não valia muita coisa, já
teranos da divisão master top, como Lima. que o espanhol Marc Márquez, 11º colocado neste
Dos 28 conjuntos inscritos para o circuito, domingo, havia conquistado o título do Mundial na
26 se apresentaram de fato e 13 fizeram etapa passada, na Austrália.
tempo abaixo dos 70 segundos, considera-
do ideal para completar a prova. O prêmio Tênis - O brasileiro Marcelo Melo retomou com su-
foi entregue pelo diretor comercial do JC, cesso a parceria com o polonês Lukasz Kubot. De-
Luiz Borges. fendendo o título do Torneio de Viena, conquistado
no ano passado, a dupla faturou ontem o bicam-
JUDÔ peonato na Áustria, vencendo o tenista local Oliver
Marach e Fabrice Marin, da França, por 2 a 1, de
Brasil conquista ouro e totaliza 13 medalhas em Abu Dhabi virada, com parciais de 4/6, 6/3 e 13/11.

Depois de um desempenho abaixo com apenas sete competidoras. Apesar O judô do Brasil também levou dois Tênis 2 - A esloveca Dominika Cibulkova surpreen-
do esperado nos Jogos Olímpicos do Rio de o torneio só distribuir menos pontos bronzes no último dia de disputas em deu ao conquistar, ontem, o título do Masters da
de Janeiro, o judô brasileiro afastou um que Olimpíada, Mundial e Masters, pou- Abu Dhabi. Reserva de Mayra Aguiar na WTA. Na final, em Cingapura, ela derrotou a líder
pouco a imagem negativa com um gran- cos judocas olímpicos foram até Abu seleção olímpica, Samanta Soares ven- do ranking mundial, a alemã Angelique Kerber,
de desempenho no Grand Slam de Abu Dhabi. Em toda a competição, apenas 60 ceu Madeleine Malonga, da França, na por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/4.
Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, en- mulheres brigaram por 28 medalhas. categoria até 78kg, enquanto David Mou-
cerrado ontem. A delegação do País fatu- ra imobilizou o russo Soslan Bostanov Surfe - O norte-americano Kelly Slater anunciou que
rou 13 medalhas, uma delas de ouro, com Além da vitória de Maria Suelen, o Bra- para garantir a última medalha da com- a próxima temporada do Circuito Mundial de Sur-
Maria Suelen Altheman, na categoria pe- sil pôde comemorar a conquista de quatro petição para o País. fe será sua última na elite da modalidade. Aos 44
sado (acima de 78kg). medalhas de prata e oito de bronze. Neste anos, Slater ocupa hoje a nona posição no ranking
domingo, Luciano Corrêa, 25º do ranking A única categoria em que o Brasil mundial e, nesta temporada, venceu apenas uma
A atleta brasileira, 14ª do mundo em na categoria até 100kg, acabou derrotado passou em branco foi na disputa mas- etapa, no Taiti. Além dos 11 títulos mundiais, o úl-
sua categoria, venceu na final a alemã na decisão do ouro por Elkhan Mamma- culina até 90kg. Depois de cair para timo conquistado em 2011, ele já acumulou quase
Carolin Weiss, 13ª do ranking. Pelo ca- dov, do Azerbaijão. Nos primeiros dias de Max Stewart, da Grã-Bretanha, Eduar- US$ 4 milhões em premiação na carreira.
minho, superou também a turca Kubra competição, o Brasil já tinha conquistado do Bettoni acabou vencido também na
Kara e a bielorrussa Maryna Slutskaya, pratas com Eric Takabatake (60kg), Victor repescagem, ao ser superado por Tural Vôlei - Na abertura da Superliga masculina, o Bento
em uma chave que acabou contando Penalber (81kg) e Maria Portela (70kg). Safguliyev, do Azerbaijão. Vôlei perdeu fora de casa para o Minas Tênis Clu-
be, sábado, por 3 sets a 1, com parciais de 25/23,
18/25, 18/25 e 23/25. No mesmo dia, o Canoas caiu
diante do também mineiro Montes Claros, fora,
pelo mesmo placar, mas com parciais de 21/25,
25/22, 20/25 e 23/25.

Jornal do Comércio - Porto Alegre 27Segunda-feira

Esportes 31 de outubro de 2016

CAMPEONATO BRASILEIRO

Empate amargo e a volta da preocupação

Jogando com um a menos, Inter fica no 1 a 1 com Santa Cruz e não consegue se distanciar da zona do rebaixamento

Um empate com sabor de RICARDO/DUARTE/INTER/DIVULGAÇÃO/JC nunca mais se reencontrou no
derrota. A descrição de Celso jogo. Um novo golpe veio aos 40
Roth resume o sentimento que minutos, quando Eduardo Hen- Inter 1
tomou conta do Beira-Rio no sá- rique - único que tinha recebido
bado, após o empate do Inter em cartão amarelo até o momento - Danilo Fernandes; Ceará, Paulão,
1 a 1 com o Santa Cruz, em Por- acabou sendo expulso, após co- Ernando e Geferson; Fabinho,
to Alegre. Em uma partida ruim, meter falta dura em Roberto. Eduardo Henrique, William,
na qual jogou boa parte do tem- Alex (Anderson) e Eduardo
po com um atleta a menos, o Co- No intervalo, Celso Roth tro- Sasha (Aylon); Vitinho (Valdívia).
lorado perdeu a chance de somar cou Alex por Anderson, tentando Técnico: Celso Roth.
pontos contra o então lanterna do dar mais ímpeto ofensivo ao time.
Campeonato Brasileiro. Agora, o O sucesso foi apenas parcial: o In- Santa Cruz 1
time gaúcho está na 16ª posição, ter de fato criou oportunidades,
com 38 pontos, dois à frente do mas acabava dividido entre a ne- Tiago Cardoso; Vítor (Arthur),
Vitória, que abre o Z-4. cessidade de fazer pressão e os Neris, Luan Peres e Roberto;
riscos de um contra-ataque ad- Jadson, Derley (Wellington), João
Admitindo que todos dentro versário, ampliados pela desvan- Paulo (Mazinho) e Léo Moura;
do clube esperavam um resulta- tagem numérica. O goleiro Tia- Keno e Grafite. Técnico: Adriano
do melhor, Celso Roth lamentou a go Cardoso fez pelo menos duas Teixeira.
“falha grave coletiva” que resul- ótimas defesas, em conclusões
tou no gol do Santa Cruz. “Erra- de William e Fabinho, e o Santa Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO).
mos de novo em uma bola parada Cruz teve uma chance clara com
e sentimos bastante depois disso. Colorado foi superior no início da parida, mas acabou relaxando Jadson, que chutou para fora na afastar de vez o risco de cair para
Não podemos perder a concen- frente do gol. Como preocupação, a Série B. “Temos que compen-
tração, precisamos ter mais aten- ainda mais euforia logo aos seis era tanta que o Inter relaxou, e era a saída de Vitinho, que sentiu a sar fora de casa esses pontos que
ção”, acentuou o treinador. minutos. Após defesa de Tiago tudo que o time pernambucano coxa direita e é dúvida para a se- perdemos. Não vamos perder o
Cardoso em cabeceio de Sasha, precisava para reviver na partida. quência do Brasileirão. foco”, garantiu o vice de futebol
Nos primeiros minutos de William recolocou a bola para colorado, Fernando Carvalho. Ele
jogo, o clima no Beira-Rio era dentro da pequena área e Vitinho Aos 31 minutos, após cobran- Confirmado o empate, resta prometeu um esforço extra para
de muito otimismo. E os 40.114 empurrou de qualquer jeito para ça de falta, o veterano Vítor rece- ao Inter se remobilizar para bus- pontuar contra o Palmeiras, no
presentes tiveram motivos para as redes. O domínio colorado era beu na lateral, driblou e cruzou car os pontos que faltam para próximo fim de semana, em São
total, a ponto de o Santa Cruz se- para o ainda mais veterano Léo Paulo. Antes, porém, o Colorado
quer chegar perto da área de Da- Moura, de cabeça, encostar para tem compromisso pela Copa do
nilo Fernandes. Mas a facilidade as redes. O empate reanimou o Brasil: na quarta-feira, enfren-
Coral e perturbou o Inter, que ta, fora de casa, o Atlético-MG,
em busca de uma vaga na final
da competição.

Em jogo fraco, Grêmio e Figueirense não saem do 0 a 0 Classificação 33ª RODADA

1º Palmeiras 67 33 20 7 6 56 30 26 QUINTA-FEIRA
Sport 1 x 0 Ponte Preta
O confronto de sábado entre mistas demonstrando claro desin- trave de Gatito Fernández, Marce- 2º Flamengo 62 33 18 8 7 47 33 14
Figueirense e Grêmio, disputado teresse pela partida; do outro, um lo Grohe defendeu bem um cabe- SEXTA-FEIRA
no Orlando Scarpelli, em Floria- Figueirense até interessado, mas ceio de Rafael Moura, e mais nada 3º Santos 61 33 19 4 10 51 28 23 Fluminense 2 x 2 Vitória
nópolis, foi tão ausente de emoção de baixa criatividade e efetividade digno de nota aconteceu na pri-
que chega a ser um desafio des- próxima do zero. O placar deixou o meira etapa. 4º Atlético-MG 60 33 17 9 7 56 42 14 SÁBADO
crevê-lo. O placar final de 0 a 0 foi Grêmio na oitava posição, com 49 Corinthians 1 x 1 Chapecoense
coerente com a baixa qualidade do pontos, dois atrás do Atlético-PR, De volta do vestiário, era de 5º Botafogo 54 33 16 6 11 41 35 6 Atlético-MG 2 x 2 Flamengo
jogo, um dos mais sonolentos de último clube na faixa de classifica- se esperar mais pressão do Figuei- Atlético-PR 1 x 0 Cruzeiro
todo o Brasileirão. De um lado, gre- ção para a Libertadores. rense, desesperado para escapar 6º Atlético-PR 51 33 16 3 14 33 28 5
do rebaixamento. Mas a equipe Inter 1 x 1 Santa Cruz
Com uma equipe formada por catarinense resumiu-se a bolas 7º Corinthians 50 33 14 8 11 44 34 10 Botafogo 0 x 0 Coritiba
reservas, o Tricolor jogou a maior alçadas na área, a maioria delas Figueirense 0 x 0 Grêmio
parte do tempo fechado, apostan- rebatidas sem sustos pela zaga 8º Grêmio 49 33 13 10 10 36 34 2
do nas saídas em velocidade. O gremista. No final, com o time da Santos 1 x 0 Palmeiras
problema é que elas quase não casa finalmente partindo para o 9º Fluminense 48 33 13 9 11 41 37 4
vieram durante toda a partida, tudo ou nada, o Tricolor chegou HOJE
já que o Figueirense, mesmo pre- a ter duas boas chances em con- 10º Ponte Preta 45 33 13 6 14 42 48 -6 20h
cisando muito da vitória, cercou- tra-ataques, mas Batista e Lin-
-se de precauções em sua defesa. coln desperdiçaram. 11º Chapecoense43 33 10 13 10 44 52 -8 América-MG x São Paulo
Com os dois times concentrados
em não levar gols, foram pou- Ao fim do jogo, o técnico Re- 12º São Paulo 42 32 11 9 12 32 31 1 PRÓXIMA RODADA
cas as chances de alguma altera- nato Portaluppi parecia satisfeito
ção no placar. Bolaños cobrou de com o empate, elogiando a “pe- 13º Cruzeiro 41 33 11 8 14 38 42 -4 SÁBADO, 5/11
modo quase casual uma falta na gada da garotada” que colocou Flamengo x Botafogo
Figueirense 0 em campo. Bolaños, de atuação 14º Sport 40 33 11 7 15 42 50 -8 São Paulo x Corinthians
Ponte Preta x Santos
Gatito Fernández; Ayrton, Bruno 15º Coritiba 39 33 9 12 12 36 37 -1
DOMINGO, 6/11
Alves, Marquinhos e Marquinhos 16º Inter 38 33 10 8 15 32 37 -5 Vitória x Atlético-PR
Palmeiras x Inter
Pedroso; Renato, Ferrugem (Elvis), 17º Vitória 36 33 9 9 15 40 46 -6 Cruzeiro x Fluminense
Santa Cruz x América-MG
Bady (Matheusinho) e Rafael 18º Figueirense 33 33 7 12 14 28 42 -14 Coritiba x Atlético-MG
Chapecoense x Figueirense
Silva (Dodô); Lins e Rafael Moura. 19º Santa Cruz 24 33 6 6 21 36 59 -23
SEGUNDA-FEIRA, 7/11
Técnico: Marquinhos Santos. 20º América-MG 24 32 6 6 20 20 50 -30 Grêmio x Sport

Grêmio 0 Zona da Libertadores Zona de rebaixamento

Marcelo Grohe; Wallace Oliveira,

Rafael Thyere, Wallace Reis e Iago; apagada, levou o terceiro cartão lotada para o jogo de volta con-
amarelo e desfalca o time no jogo tra o Cruzeiro, que pode colocar
Jailson, Kaio, Negueba (Guilherme contra o Sport. Mas a prioridade o Grêmio na final do torneio. On-
gremista é a Copa do Brasil. Na tem, mais de 30 mil ingressos já
Amorim), Miller Bolaños (Lincoln) quarta-feira, a Arena deve estar estavam vendidos para a partida.

e Guilherme (Batista); Everton.

Técnico: Renato Portaluppi.

Árbitro: Eduardo Valadão (GO).

28 Segunda-feira Jornal do Comércio - Porto Alegre
31 de outubro de 2016

Esportes

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Di CONSULTORIA Lewis Hamilton ganha GP do México, ELEITORAL
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VOTO E PODER e decisão pode ficar para São Paulo VOTO E PODER

O inglês Lewis Hamilton não alemão Michael Schumacher, hepta- pontos, contra 422 da Red Bull. YURI CORTEZ/AFP/JC
deu chances ao companheiro de campeão. Apesar do resultado, Ros- A principal briga foi pela tercei-
Mercedes, o alemão Nico Rosberg, berg precisa apenas de uma vitória Inglês (c) tornou-se o segundo maior vencedor da F-1, junto com Alain Prost
e conquistou uma tranquila vitória no GP do Brasil, que será disputado ra colocação. A três voltas do final,
no GP do México de Fórmula 1, dis- em Interlagos (São Paulo) no dia 13 o alemão Sebastian Vettel, da Ferra-
putado ontem no autódromo Her- de novembro, para garantir o título. ri, foi para cima de Max Verstappen,
manos Rodriguez. Com o resultado, que errou na curva e cortou cami-
encurtou a distância em relação a Mesmo com um susto na larga- nho pela grama. A comissão de pro-
Rosberg para 19 pontos. da, quando travou os pneus e pre- va considerou a manobra ilegal e
cisou cortar caminho pela grama, puniu o holandês com cinco segun-
Agora, o britânico soma 330 Hamilton conseguiu se manter na dos. Verstappen, que já estava pron-
pontos no Mundial, contra 349 do ri- ponta. A partir daí, abriu distância to para ir ao pódio, acabou caindo
val. Foi a 51ª vitória da carreira de e só perdeu a liderança temporaria- para o quinto lugar. Com isso, Vettel
Hamilton, que igualou o tricampeão mente, durante a troca de pneus. O herdou o terceiro. Entre os brasilei-
francês Alain Prost e se consolidou resultado fez a Mercedes disparar ros, Felipe Massa, da Williams, ter-
como o segundo maior vencedor de ainda mais no Mundial de Constru- minou na nona posição. Felipe Nasr,
corridas na história, atrás apenas do tores: agora, a escuderia tem 679 da Sauber, ficou em 15º.

José Simão não escreveu sua coluna hoje

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Jornal do Comércio - Porto Alegre 29Segunda-feira

31 de outubro de 2016

INDICADORES

DÓLAR CDB MOEDAS SALÁRIO- IMPOSTO DE RENDA
MÍNIMO
Dia/Mês Comercial Variação Paralelo Variação Dias Ano % Mês % 28/10/2016 - Valor de venda Base cálculo (R$) Alíquota (%) Dedução (R$)
Compra Venda % Compra Venda % Nacional: R$ 880,00
Em R$ Em US$ Rio Grande do Sul Até 1.903,98 --- ---
+1,21 3,2700 3,3700 +1,61 R$ 1.103,66
28/10 3,1934 3,1944 +0,42 3,2100 3,3100 +0,10 27/10/2016 31 11,80 0,97 Real (Ptax) 1,00 3,1815 >> FIQUE POR R$ 1.129,07 De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80
+1,12 3,2100 3,3100 +0,81 26/10/2016 32 11,80 1,00 DENTRO DO QUE ESTÁ R$ 1.154,68
27/10 3,1555 3,1564 -0,28 3,1800 3,2800 -0,30 25/10/2016 30 11,80 0,93 Dólar (EUA) (Ptax) 3,1815 1 ACONTECENDO NO R$ 1.200,28 De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80
-1,33 3,1900 3,2900 -1,10 24/10/2016 30 11,80 0,93 MERCADO ANTES DE R$ 1.398,65
26/10 3,1424 3,1433 21/10/2016 30 11,80 0,93 Euro 3,4764 1,0927 TOMAR UMA DECISÃO. De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13
FONTE: INVESTIMENTOS E NOTÍCIAS EMPRESAS & NEGÓCIOS. Cada faixa atende categorias
25/10 3,1077 3,1086 Yene (Japão) 0,03018 105,42 TODA SEGUNDA, específicas. Acima de 4.664,68 27,5 869,36
NO SEU
24/10 3,1166 3,1174 Libra Esterlina (UK) 3,8646 1,2147 JORNAL DO COMÉRCIO. SALÁRIO- Deduções: R$ 189,59 por dependente mensal; R$ 1.903,98 por
FAMÍLIA aposentadoria após os 65 anos; pensão alimentícia.
FONTE: AGÊNCIA ESTADO Peso Argentino 0,2091 15,23
Quem recebe até R$ 806,80 FONTE: RECEITA FEDERAL
As moedas dos países que adotam o euro
MERCADO FUTURO/DÓLAR - 28/10/2016 RESERVAS deixaram de ser cotadas pelo Banco Central Benefício de R$ 41,37

Bolsa de Mercadorias & Futuros - Taxa do Dólar Comercial Liquidez Internacional TR para correção de Poupança e Casa Própria Quem recebe de CONTRIBUIÇÕES AO INSS
(contrato =US$ 50.000,00; cotação = R$ 1.000,00) R$ 806,81 até R$ 1.212,64
Data US$ bilhões Mês % Mês % Salário contribuição (R$) Alíquota (%)
27/10 375.259 Benefício de R$ 29,16
Contr. Cont. 26/10 375.672 Out/2016 0,1601 Abr/2016 0,1304 Até 1.556,94 8
aberto negoc. 25/10 375.561 0,2168
Meses Máximo Médio Último Volume total 24/10 375.577 Set/2016 0,1575 Mar/2016 0,0957 De 1.556,95 até 2.594,92 9
430.015 21/10 375.639 0,1320
Nov/2016 423.545 90 3.207,000 3.187,571 3.197,000 68.535.157.750 20/10 375.969 Ago/2016 0,2545 Fev/2016 0,2250 De 2.594,93 até 5.189,82 11
260 3.307,000 3.304,778 3.307,000 14.871.500 FONTE: BANCO CENTRAL 0,1297
Dez/2016 14.375 0 3.335,500 3.329,923 3.335,500 43.289.000 Jul/2016 0,1621 Jan/2016 Tabela de contribuição dos segurados empregados, em-
0 0 pregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de
Jan/2017 67.505 0 0 0 0 Jun/2016 0,2043 Dez/2015 remuneração a partir de 1 de janeiro de 2016.
0 0 0
Fev/2017 5.260 Mai/2016 0,1533 Nov/2015 FONTE: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Mar/2017 5.750 FONTE: INVESTIMENTOS E NOTÍCIAS

FONTE: BM&FBOVESPA TJLP SELIC PREÇOS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES

JUROS - 28/10/2016 Meta: 14,00% Rio Grande do Sul - Semana de 24/10 a 28/10

Taxa de Juros Mês Juros para Taxa efetiva em 27/10 Produto Unidade Mínimo (R$) Médio (R$) Máximo (R$)
de Longo Prazo pagamento 13,90%
Bolsa de Mercadorias & Futuros - DI de 1 Dia Futuro Set/2016 em atraso
(contrato = R$ 100.000,00; cotação = PU) Mês % Ago/2016 Para débitos federais, entre Arroz em casca saco 50 kg 47,00 48,85 52,00
Jul/2016 1,11% eles o I.R, além dos juros,
Dez/2016 7,50 Jun/2016 1,22% há multa de 0,33% ao dia, Feijão saco 60 kg 160,00 213,26 300,00
Nov/2016 7,50 Mai/2016 1,11% limitada a 20% sobre o
Meses Contr. Cont. Máximo Médio Último Volume total Out/2016 7,50 Abr/2016 1,16% valor nominal. Soja saco 60 kg 62,50 67,01 73,00
aberto negoc. Set/2016 7,50 Mar/2016 1,11%
13,882 13,879 13,870 1.653.293.720 Ago/2016 7,50 1,06% A Taxa Selic Sorgo saco 60 kg 33,15 38,55 44,00
16.550 13,929 13,916 13,928 640.944.339 Jul/2016 7,50 1,16% substitui, desde
Nov/2016 1.097.482 6.540 13,750 13,739 13,741 23.565.370.721 4/3/99, a Tban e a TBC Boi gordo kg vivo 4,60 4,86 5,30
243.113 13,585 13,564 13,565 65.209.976
Dez/2016 539.609 680 Vaca gorda kg vivo 4,00 4,36 5,00

Jan/2017 3.156.857 Suíno tipo carne kg vivo 2,90 3,37 4,05

Fev/2017 92.300 Jun/2016 7,50 Cordeiro para abate kg vivo 5,20 5,72 6,50

FONTE: BM&FBOVESPA Leite litro 0,90 1,23 1,51

POUPANÇA TR TBF OURO Milho saco 60 kg 38,00 40,50 46,00

Taxa Básica Financeira Ligue e assine Trigo saco 60 kg 31,00 33,00 38,00
Validade Índice (%) 0800.051.0133 ou
Dia 2/11 1/11 28/10 27/10 26/10 Período Dias (%) 27/10 a 27/11 0,9775 Dia BM&F grama Nova Iorque onça-troy FONTE: EMATER/RS
Rendimento % 0,6895 0,6609 0,6829 0,6532 0,6600 úteis 26/10 a 26/11 1,0157 R$ (31,0917g) US$ acesse www.jornaldocomercio.com
25/10 a 25/11 1,0325
Mês Out Nov 27/10 a 27/11 20 0,1264 24/10 a 24/11 1,0219 28/10 130,00 1.282,10 CESTA BÁSICA ALUGUEL
0,6609 23/10 a 23/11 0,9687 1.269,50
Rendimento %* 0,6583 26/10 a 26/11 21 0,1842 FONTE: INVESTIMENTOS E NOTÍCIAS 27/10 128,00 1.266,60 DIEESE IEPE/UFRGS Indicador (%) Junho Julho Agosto Setembro Outubro
1.273,60 (R$) (R$) 11,43 11,76 11,98 11,89 11,40
*Contas com aniversário no dia 1 25/10 a 25/11 21 0,1611 26/10 127,00 1.263,70 9/2016 477,69 787,24 IPC (IEPE) 9,82 9,49 9,56 9,62 9,15
FONTE: ABECIP 8/2016 474,34 797,67 INPC (IBGE) 9,98 10,18 9,63 9,13 8,26
24/10 a 24/11 21 0,1903 25/10 126,00 7/2016 468,78 800,23 IPC (FIPE/USP) 11,26 12,32 11,23 11,27 9,74
DIEESE: 13 produtos para famílias com até IGP-DI (FGV) 11,09 12,21 11,63 11,49 10,66
23/10 a 23/11 20 0,1574 24/10 126,00 quatro pessoas e um salário mínimo. IGP-M (FGV 9,32 8,84 8,74 8,97 8,48
IEPE/UFRGS: 54 produtos com 1.182 IPCA (IBGE)
NOVA POUPANÇA FONTE: INVESTIMENTOS E NOTÍCIAS FONTE: AGÊNCIA ESTADO famílias da Região Metropolitana que 10,54 10,91 10,40 10,45 9,45
recebem até 21 salários mínimos. Média do INPC
Dia 2/11 1/11 28/10 27/10 26/10 INDEXADORES FONTE: DIEESE E IEPE/UFRGS e do IGP-DI
Rendimento % 0,6895 0,6609 0,6829 0,6532 0,6600
FONTE: BANCO CENTRAL Agosto Setembro Outubro
2016 2016 2016

BALANÇA (em US$ bilhões) Valor de alçada 8.612,50 8.635,00 8.650,00 Válido para correção de imóveis com período anual. O cálculo do reajuste é feito pelo
índice do mês anterior. Os índices desta tabela mostram o acumulado de 12 meses.
Exportação Importação Saldo URC 34,45 34,54 34,60
FONTE: SECOVI/RS
Set 15,790 11,987 3,803 UPF-RS (R$) 17,1441 17,1441 17,1441
Ago 16,989 12,849 4,140
Jul 16,331 11,752 4,578 FGTS (3%) 0,004091 0,005017 0,004045
Jun 16,743 12,770 3,974
Mai 17,571 11,134 6,437 FACDT (R$) 993,292276 996,268072 997,627982 CUB - RS - SETEMBRO
FONTE: BANCO CENTRAL
UIF-RS 23,68 23,80 23,90 NBR 12.721 - Versão 2006
Projetos
UFM (Unidade financeira de Porto Alegre/anual/R$) 3,6501 Padrão de Projetos R$/m2 Variação
acabamento padrões No ano
FONTE: FÓRUM CENTRAL DE PORTO ALEGRE, SEC. DA FAZENDA DO RS, CEF, TRT E SEDAI 1.308,70 Mensal 12 meses
R 1-B 1.641,46
>>PUBLIQUE SEUS Residenciais R 1-N 2.056,14 0,55
BALANÇOS NO R 1-A 1.186,97 0,53
TAXAS DE INFLAÇÃO - ÍNDICES DE PREÇOS % JORNAL DO COMÉRCIO CÂMBIO TURISMO/BRASIL Baixo PP 4-B 1.566,83 0,59 3,98 5,69
E VEJA AS INFORMAÇÕES Normal PP 4-N 1.126,40 0,62 4,53 6,25
Mês/Ano Acumulado RENDEREM. Compra Venda R-1 (Residência Unifamiliar) R 8-B 1.349,81 0,50 4,80 6,66
3,1330 3,3370 Alto R 8-N 1.662,62 0,65 3,95 5,28
Mai Jun Jul Ago Set Out Ano 12 meses Dólar (EUA) 2,2200 2,6000 PP-4 (Prédio Popular) Baixo R 8-A 1.310,61 0,46 4,35 6,20
Dólar Australiano 2,2600 2,5800 Normal R 16-N 1.697,29 0,58 4,03 5,31
IGP-M (FGV) 0,82 1,69 0,18 0,15 0,20 0,16 6,63 8,78 Ligue e assine 0800.051.0133 ou Dólar Canadense 3,4530 3,6730 R-8 (Residência Multifamiliar) Baixo R 16-A 915,37 0,52 4,39 5,92
acesse www.jornaldocomercio.com Euro 2,9500 3,3800 Normal PIS 1.357,64 0,58 4,48 6,16
Franco Suíço 3,7000 4,1500 R-16 (Residência Multifamiliar) Alto RP1Q 0,60 4,30 5,81
IPA-M (FGV) 0,98 2,21 -0,01 0,04 0,18 0,15 7,07 9,57 Libra Esterlina 0,1500 0,3000 PIS (Projeto de Interesse Social) Normal 1.597,42 0,63 4,33 5,96
Peso Argentino 0,0900 0,1600 RPQ1 (Residência Popular) Alto CAL 8-N 1.764,76 4,43 6,26
IPC-BR-M (FGV) 0,65 0,33 0,29 0,40 0,16 5,58 8,20 CRÉDITO Peso Uruguaio 0,0280 0,0380 Comerciais CAL 8-A 1.331,77 0,45 4,72 6,14
Yene Japonês 0,3800 0,6300 CAL - 8 (Comercial Andares Livres) Normal CSL 8-N 1.535,69 0,44
INCC-M (FGV) 0,19 1,52 1,09 0,26 0,37 0,17 5,79 6,34 Cheque especial - taxa média Yuan Chinês CSL - 8 (Comercial Salas e Lojas) Alto CSL 8-A 1.779,51 0,51 4,21 6,12
CSL - 16 (Comercial Salas e Lojas) CSL 16-N 2.047,96 0,59 4,28 6,39
IGP-DI (FGV) 1,13 1,63 -0,39 0,43 0,03 6,10 9,74 Banco % ao mês FONTE: AE /PRONTUR GI (Galpão Industrial) Normal CSL 16-A 708,07 0,53 4,20 5,68
Alto 0,61 4,20 5,86
IPA-DI (FGV) 1,49 2,10 -0,81 0,50 -0,03 6,53 10,97 Bradesco 12,81 GI 0,54 4,16 5,64
Normal 4,23 5,91
IPA Ind. (FGV) 0,30 0,75 0,09 0,10 0,53 0,53 3,99 5,68 Citibank 13,78 Alto 4,06 5,30

IPA-Agro (FGV) 2,58 5,89 -0,25 0,11 -0,65 -0,79 14,92 19,66 Banco do Brasil 12,28

IGP-10 (FGV) 0,60 1,42 1,06 -0,27 0,36 0,12 6,68 9,30 Banrisul 12,11 PIB IPCA ANUAL

INPC (IBGE) 0,98 0,47 0,64 0,31 0,08 6,17 9,15 Safra 11,70 Ano
2016*
IPCA (IBGE) 0,78 0,35 0,52 0,44 0,08 5,51 8,48 Santander 15,29 2015 Índice (%) Ano Índice (%)
2014 -3,22 2015 10,67
IPCA-E (IBGE)* 0,86 0,40 0,54 0,45 0,23 5,90 1,22 Brasília 7,82 2013 -3,80 2014 6,41
2012 0,10 2013 5,91
IPC-SP (FIPE) 0,57 0,65 0,35 0,11 -0,14 5,33 8,26 CEF 12,24 FONTE: IBGE 3,00 2012 5,84
1,90 2011 6,50
ICV-SP (DIEESE) 0,67 0,45 0,21 0,36 0,03 5,35 8,08 HSBC 14,70 FONTE: IBGE
*Previsão – Focus
IPC (IEPE) 1,00 0,86 0,89 0,25 0,17 8,15 11,40 Itaú Unibanco 12,81

* IPCA-E passou a ser divulgado trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Período 7/10/16 a 14/10/16 FONTE: SINDUSCON
**O acumulado é no trimestre. Fonte: FGV, IBGE, FIPE, DIEESE e IEPE. FONTE: BANCO CENTRAL

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BRASIL/BOVESPA

Bolsa Índice %Fech. Abert. Máx. Mín. Méd. Fech. Nº Neg. Quantidade Volume R$
São Paulo Bovespa +0,09 64.250 64.728 63.777 64.366 64.307 971.947 1.266.062 8.286.888.033,51

28/OUTUBRO/2016 - COTAÇÃO UNITÁRIA - LOTE PADRÃO 28/OUTUBRO/2016 - COTAÇÃO UNITÁRIA - LOTE PADRÃO

Código Empresa Ação Abertura Mínimo Máximo Médio Fechamento Oscilação Oferta Oferta Negócios Quant. títulos Código Empresa Ação Abertura Mínimo Máximo Médio Fechamento Oscilação Oferta Oferta Negócios Quant. títulos
% do fech. Compra Venda % do fech.
realizados 4.700 3,9 3,91 Compra Venda realizados 2.000
MMMC34 3M DRN 131,98 131,98 131,98 131,98 131,98 1,21% 131,94 133,45 352.600 ELEK3 ELEKEIROZ ON 3,9 21,5 21,5 3,9 3,9 -0,25% 2.800
15,1 1 21,5 23,19 23,91 21,5 21,5 2,38% 3,8 4 6 1.828.200
ABCB4 ABC BRASIL PN N2 15 14,89 15,36 15,2 3,65 1,20% 15,05 15,1 1.762 500 EKTR4 ELEKTRO PN EJ 23,19 26,72 27,77 23,72 23,91 1,91% 17,55 21,61 2 877.300
3,3 6.300 26,72 10,35 10,72 27,48 27,55 1,99% 23,8 23,91 7.208 702.900
TIET3 AES TIETE E ON N2 3,67 3,65 3,67 3,66 16,8 -1,35% 3,6 3,65 3 472.500 ELET3 ELETROBRAS ON N1 10,51 7,08 7,48 10,5 10,42 -0,85% 27,5 27,55 3.815 1.100
3 7 7,08 15,8 16,44 7,29 7,09 -6,09% 10,42 10,43 1.734 5.419.900
TIET4 AES TIETE E PN N2 3,31 3,3 3,31 3,3 2,9 -1,19% 3,21 3,3 1.661 300 ELET6 ELETROBRAS PNB N1 15,98 15,1 15,65 16,19 16,05 1,07% 7,05 7,48 7 1.184.100
3,99 2 400 15,38 4,15 4,15 15,35 15,3 -1,29% 16,04 16,06 11.386
TIET11 AES TIETE E UNT N2 16,83 16,66 17,1 16,88 4,65 -0,23% 16,78 16,87 4 500 ELPL4 ELETROPAULO PN N2 4,15 21,77 22,49 4,15 4,15 0,00% 15,23 5.665 400
5,73 1 2.300 14,39 22,01 22,24 2,39% 15,3 2 733.400
AFLU3 AFLUENTE ON ED 3 3 33 16,34 0,00% 2,9 3 1 22.200 EMAE4 EMAE PN 22 14 40,89 14,31 14,39 1,33% - 4,15 1.913
19,2 7 295.600 14,29 39,9 55,49 40,42 40,5 -0,24% 21,93 22,34 20 8.500
AFLT3 AFLUENTE T ON 2,56 2,56 2,9 2,73 9,02 0,00% 2,56 2,9 1.285 6.342.600 EMBR3 # EMBRAER ON NM 40,82 52,78 18,52 54,63 55,49 2,00% 14,15 14,39 7.853 2.726.400
4.460 200 54,14 17,91 0,7 18,23 18,26 -1,02% 40,28 40,5 8.662 2.428.000
CRIV4 ALFA FINANC PN 3,99 3,99 3,99 3,99 10,92 6,40% 3,75 3,99 2 467.900 ENBR3 # ENERGIAS BR ON NM 18,36 0,67 1,57 0,69 0,69 1,47% 55,45 55,49 3.409
104,9 813 4.400 1,54 3,05 1,55 1,56 0,00% 18,25 18,26 93 621.800
RPAD5 ALFA HOLDING PNA 4,65 4,65 4,65 4,65 0,00% 4,5 4,8 3 5.200 ENGI4 ENERGISA PN N2 0,7 2,97 4,4 3,05 0,00% 0,68 0,69 229 130.500
6,8 24 10.600 1,56 4,26 8,2 3 4,39 2,09% 1,55 1,56 16 485.000
BRIV4 ALFA INVEST PN 5,63 5,63 5,8 5,7 5,71 1,59% 5,6 5,74 44 879.300 ENGI11 ENERGISA UNT N2 3,05 105,52 4,35 -4,76% 3,05 1.235
18,4 2.769 1.000 4,32 8 67,48 8,07 8 -3,78% 3 4,39 6 22.400
ALSC3 ALIANSCE ON NM 16,89 16,29 16,89 16,42 1248,55 -2,68% 16,33 16,45 3 200 ENEV3 ENEVA ON NM 105,52 17,12 105,52 105,52 -1,47% 4,35 2 296.000
30,98 2 35.116.800 8 2,48 67,48 -2,63% 7,85 7,9 1
AALR3 ALLIAR ON NM 19,3 18,92 19,76 19,29 19,1 0,00% 19,2 19,23 46.438 1.500 EGIE3 # ENGIE BRASIL ON NM 105,52 67,48 7,91 16,75 67,48 2,06% - 2.294 600
463,2 5 17.000 16,59 25,3 2,44 16,6 0,12% - 222 200
ALPA3 ALPARGATAS ON N1 9,18 9,02 9,18 9,1 13,2 -0,33% 9,01 9,23 111 2.300 EQTL3 # EQUATORIAL ON NM 67,48 7,84 2,47 2,15% 67,48 68,26 320 200
36,22 3 74.200 16,9 2,4 42 25,07 7,81 3,79% 16,6 16,65 9.366 556.800
ALPA4 ALPARGATAS PN N1 10,74 10,66 10,92 10,79 30,23 1,58% 10,75 10,92 535 43.900 ESTC3 # ESTACIO PART ON NM 2,45 7,77 1,76 41,26 25,07 0,57% 2,42 5.061 97.500
1,19 73 601.500 7,77 24,64 1,81 1,75 -0,55% 7,81 2,47 7 135.200
GOGL34 ALPHABET DRN 104,9 104,9 104,9 104,9 15,67 2,08% 104,33 105,62 2.102 11.400 ESTR4 ESTRELA PN 24,65 40,39 4,55 41 -1,56% 25,07 7,83 10 2.009.900
11 248.600 1,74 2,58 1,8 1,76 -1,95% 25,15 94 1.184.700
ALUP3 ALUPAR ON N2 6,64 6,52 6,9 6,71 2,9 -1,44% 6 6,9 186 200 ETER3 ETERNIT ON NM 41 1,8 93,37 4,44 3,59% 41 41,27 14.445 2.300
1,46 2 900 1,74 4,4 4,5 2,51 1,8 1,12% 1,74 1,76 1 10.700
ALUP4 ALUPAR PN N2 6,35 5,71 6,98 6,1 14,06 -9,79% 5,71 5,9 2 1.400 EUCA4 EUCATEX PN N1 1,81 2,45 40,6 93,37 4,41 -0,02% 1,81 1,83 1 45.000
2,69 7 300 4,48 93,37 7,99 2,51 3,63% 4,4 4,54 1 25.441.700
ALUP11 ALUPAR UNT N2 18,05 17,98 18,8 18,48 2,65 1,93% 18,27 18,4 2 100 EVEN3 EVEN ON NM 2,57 4,5 11,04 4,5 93,37 2,52% 2,51 2,52 1.755 100
53,16 1 956.000 93,37 40,6 4,55 40,6 1,61% 93,37 23.418 100
AMZO34 AMAZON DRN 1244,05 1244,05 1248,55 1244,95 12,9 -3,76% 1236,29 1248,69 3.770 600 BAUH4 EXCELSIOR PN 4,5 7,67 4,88 7,94 4,5 3,02% 4,38 - 110 100
13,43 3 1.300 40,6 10,71 8,06 10,93 40,6 0,37% 4,5 18.780 889.500
BAZA3 AMAZONIA ON 30,98 30,98 30,98 30,98 14,3 -0,06% 30,98 31,49 8 400 ESRX34 EXPRESCRIPTS DRN 7,67 7,04 4,49 7,99 0,71% 34 49,99 1.525 12.693.900
12,79 2 400 10,75 4,4 17,51 4,79 10,97 1,50% 7,97 7,99 2 57.600
ABEV3 # AMBEV S/A ON 18,8 18,72 19,29 19,01 10,37 -2,05% 19,1 19,11 1 EXXO34 EXXON MOBIL DRN 4,44 4,64 18,5 7,95 4,41 0,86% 10,93 10,97 3 27.225.700
5 90 4,65 7,76 20,54 7,03 4,77 3,08% 4,41 4,49 158 1.548.900
AMGN34 AMGEN DRN 463,2 463,2 463,2 463,2 8,1 -7,02% 462,25 467,55 9.858 3.001.200 EZTC3 EZTEC ON NM 7,91 7,02 69,89 17,5 7,94 -0,41% 4,76 4,77 1.794 200
44,8 1 7,04 17,5 17,46 7,02 -0,24% 7,94 7,95 41 900
ANIM3 ANIMA ON NM 13 12,97 13,2 13,07 31,34 0,60% 13,03 13,2 3 800 FHER3 FER HERINGER ON NM 17,5 17,29 58 20,19 17,5 0,31% 6,96 7,05 24 48.300
458,76 118 33 17,3 19,68 3,15 68,31 17,4 -2,94% 17,5 18,22 12 314.100
AAPL34 APPLE DRN 36,18 36,18 36,29 36,28 290 0,33% 36,22 36,66 22.328 94.800 FESA4 FERBASA PN N1 19,88 67,85 148,1 57,95 20,41 2,00% 17,32 17,54 1 5.000
8,2 127 11.436.100 68,5 57,8 2,05 3,14 67,87 0,00% 20,2 20,41 535 2.600
ARZZ3 AREZZO CO ON NM 31,06 30,04 31,47 30,54 18,3 -3,10% 30,23 30,38 1.759 111.000 FIBR3 # FIBRIA ON NM 5,19 148,1 57,86 1,97% 67,87 68,94 2 18.000
2,59 274 653.700 58 3 196,7 2,03 3,15 0,00% 57,6 58,1 2 100
AZEV4 AZEVEDO PN 1,28 1,16 1,28 1,21 1,73 -7,03% 1,19 1,2 21.355 86.200 FLRY3 FLEURY ON NM 3 148,1 3,1 5,19 148,1 0,26% 2,95 3,14 2 359.100
19,8 153 6.466.800 148,1 27,25 196,68 2,04 -2,91% 148,26 149,95 9.809 300
BTOW3 B2W DIGITAL ON NM 16,17 15,63 16,55 15,94 12,83 -3,27% 15,67 15,74 972 77.600 FJTA3 FORJA TAURUS ON N2 2 2 5,39 3,1 5,19 -0,80% 2,04 2,05 141 3.200
8,44 6.174 248.600 5,19 5,19 30,1 26,99 196,7 1,35% 5,01 5,19 2.325 200
BAHI3 BAHEMA ON 2,81 2,81 2,94 2,88 8,54 3,20% 2,72 2,9 18.714 1.427.600 FJTA4 FORJA TAURUS PN N2 196,66 196,66 6,04 4,67 3,1 0,00% 196,73 198,96 276 1.940.000
30,8 43 7.240.100 3,1 3,1 3,18 29,64 26,92 0,00% 2,89 3,1 34 90.800
BPAN4 BANCO PAN PN N1 1,55 1,45 1,57 1,5 32,42 -4,57% 1,45 1,46 6.545 19.800 FRAS3 FRAS-LE ON N1 26,85 26,6 1,38 5,99 -1,48% 26,91 26,92 3 348.100
15.350 2.264.800 5,1 4,21 1,33 3,12 5 1,10% 4,85 9 215.400
BGIP4 BANESE PN 14,05 14,05 14,06 14,06 11 0,00% 14,01 14,1 750 6.630.900 GFSA3 GAFISA ON NM 29,7 29,43 111,02 1,37 29,65 -0,17% 29,56 5 1 36.400
13 6 300.400 5,92 5,9 16,99 1,32 0,81% 29,65 1.858 600
BEES3 BANESTES ON 2,69 2,69 2,69 2,69 28,29 -0,37% 2,63 2,69 7.935 1.100 GEOO34 GE DRN 3,15 70,6 111,02 6 0,28% 6 25 7.000
10,75 4 1.270.300 1,37 3,1 62,7 16,88 3,13 0,17% 3,1 6,03 13.900 1.300
BEES4 BANESTES PN 2,68 2,65 2,68 2,67 24,1 0,00% 2,61 2,65 18.071 5.700 GSHP3 GENERALSHOPP ON NM 1,32 1,37 52,6 70,45 1,38 -0,50% 1,27 3,13 2 401.000
27,63 1.827 4.382.000 111,02 1,31 71,91 62,29 1,33 0,93% 1,33 1,38 2 5.260
BOAC34 BANK AMERICA DRN 53,56 53,16 53,56 53,43 7,57 -0,87% 53,16 53,73 7 758.100 GEPA4 GER PARANAP PN ED 16,84 111,02 59,65 52,58 111,02 0,06% 110,56 1,36 14 4.079.890
54,09 12.184 5.110 70,5 16,62 64,3 71,81 16,75 0,32% 16,75 111,88 1 40
BRSR3 BANRISUL ON N1 12,9 12,9 12,9 12,9 15,97 1,57% 12,9 14 718 3.402.200 GGBR3 GERDAU ON N1 61,86 70,15 33,64 59,13 70,37 -0,25% 69,51 16,8 9 270
64 1 1.045.400 52,6 61,76 66,51 64,3 62,29 0,60% 62,29 70,37 5 3.550
BRSR6 BANRISUL PNB N1 13,23 13,12 13,55 13,43 17,41 1,74% 13,43 13,45 11 100 GGBR4 # GERDAU PN N1 71,91 52,56 16,61 33,58 52,56 0,85% 0,4 62,35 7 100.000
1,67 1 17.800 59 71,54 26,14 66,4 71,54 0,04% 10 570
BSAN33 BANSANTANDER DR3 14 14 14,3 14,2 3,99 10,00% 14,3 15 11 200 GOAU3 GERDAU MET ON N1 64,3 58,9 110,73 16,58 59,65 0,23% - - 59 130
13,9 1 21.800 33,44 64,3 8,67 26,12 64,3 0,22% 58,9 73 68 430
BTTL3 BATTISTELLA ON 12,33 12,11 12,79 12,62 7,13 6,76% 7 12,8 86 100 GOAU4 # GERDAU MET PN N1 66,47 33,44 9,12 110,16 33,53 -0,18% 59,65 26.519 770
2,05 15.983 31.300 16,6 66,1 32,33 8,58 66,1 0,84% 60 70 297 17.620
BTTL4 BATTISTELLA PN 10,37 10,37 10,37 10,37 20,5 -0,19% 9 10,35 1 10.005.900 GOLL4 GOL PN N2 26,05 16,52 37,33 9,06 16,52 -2,50% 29,85 33,62 26.197 29.500
9,65 6.906 200 110 25,9 10,19 32,01 25,96 0,46% 66,2 23.636 18.955.400
BALM4 BAUMER PN 8,1 8,1 8,1 8,1 9,69 0,00% 8,1 8,5 3.904 1.119.500 GPIV33 GP INVEST DR3 8,54 109,49 6,49 37,06 110,06 0,00% 55 1 58.300
13,09 1 956.700 9,05 1,77 9,96 8,56 0,71% - - 189 9.686.700
BBSD11 BB ETF SP DV CI 44,84 44,79 44,84 44,82 15,01 0,58% - - 3.016 300 CGRA3 GRAZZIOTIN ON 31,83 8,5 110,26 6,49 9,07 3,46% - 6 11.822.600
44,3 11.399 813.300 36,7 8,94 11,66 1,75 0,52% 25,55 110,3 297 3.400
BBSE3 # BBSEGURIDADE ON NM 31,63 30,84 31,96 31,53 165,75 -0,34% 31,33 31,34 1 3.685.600 CGRA4 GRAZZIOTIN PN 10,05 31,66 1,98 109,89 32 0,53% 110,06 8,59 7 492.000
18,8 64 4.100 6,49 36,47 18,95 11,1 37,11 -0,61% 9,08 161 1.900
BERK34 BERKSHIRE DRN 458,76 458,76 458,76 458,76 32,53 0,78% 456,69 465,92 1 11.200 GRND3 GRENDENE ON ED NM 1,76 9,75 5,2 1,94 1,73% 8,56 32,08 42 113.100
96,88 15 800 109,77 6,49 2,95 18,66 9,75 -0,66% 9,07 37,11 235 4.200
BMKS3 BIC MONARK ON 299,93 290 299,93 299,27 48,5 -3,01% 290 299,93 103 2.600 GUAR3 GUARARAPES ON 11,5 1,73 16,69 4,91 6,49 -0,76% 9,76 5.216 52.400
196,42 94 25.300 1,93 109,72 15,92 2,93 1,74 0,53% 32 6,86 17.621 7.800
BSEV3 BIOSEV ON NM 8,23 8,15 8,29 8,22 49,49 0,36% 8,2 8,23 1.791 32.500 GUAR4 GUARARAPES PN 18,76 10,92 3,79 16,55 110,26 0,28% 37,1 1,75 40 169.200
52,72 124 917.300 5,1 1,93 17,67 15,61 11,64 -1,16% 9,75 111,25 4.497 1.207.100
BVMF3 # BMFBOVESPA ON NM 18,46 18,18 18,55 18,33 11,17 -1,08% 18,25 18,3 2.606 26.200 HAGA4 HAGA S/A PN 2,92 18,45 18,97 3,73 1,93 2,55% 6,32 11,64 674 7.068.500
33,22 1 421.900 16,6 4,87 40,22 17,35 18,88 -0,86% 1,74 2 6.447 18.600
BOBR4 BOMBRIL PN 2,75 2,52 2,78 2,65 23,3 -4,07% 2,59 2,64 4.607 100 HALI34 HALLIBURTON DRN 15,73 2,89 5,75 18,69 4,87 -1,63% 110,26 18,88 37 895.500
36,42 930 919.600 3,72 16,42 3,74 39,96 2,94 -0,56% 11,48 4,99 145 193.700
BBRK3 BR BROKERS ON NM 1,66 1,65 1,77 1,71 35,85 5,48% 1,71 1,73 69 255.200 HBOR3 HELBOR ON NM 17,2 15,3 15,93 5,69 16,49 -1,20% 1,93 2,94 1.290 1.148.100
42,62 4 15.000 18,97 3,7 20,87 3,65 15,58 1,76% 18,68 16,52 8.242 71.300
BRIN3 BR INSURANCE ON NM 19,21 18,92 19,8 19,38 4,76 3,07% 19,6 19,8 2 1.600 HETA4 HERCULES PN 39,33 17,06 7,67 15,8 3,75 0,37% 4,87 15,58 183 103.500
28,6 5.009 24.600 5,75 18,45 26,73 20,63 17,35 -2,78% 2,91 3,75 8.007 219.400
BRML3 # BR MALLS PAR ON NM 13 12,48 13,02 12,79 3,3 -0,92% 12,82 12,83 2 1.013.500 HOME34 HOME DEPOT DRN 3,68 39,15 4,07 7,49 18,65 0,72% 16,48 17,35 325 1.945.200
36,42 159 1.600 15,86 5,65 137,03 26,44 40,1 -4,39% 15,57 18,65 747 97.200
BPHA3 BR PHARMA ON NM 8,55 8,38 8,6 8,47 24,19 -1,17% 8,44 8,49 95 290.800 HOOT4 HOTEIS OTHON PN 20,8 3,59 93,5 3,84 0,42% 3,73 40,1 1.683 1.507.000
11,48 1.560 59.500 7,23 15,61 23,42 135,62 5,7 0,00% 17,19 5,72 211 55.900
BRPR3 BR PROPERT ON NM 8,6 8,45 8,6 8,53 1,17 -0,35% 8,51 8,54 10 318.900 HYPE3 # HYPERMARCAS ON NM 26,15 20,46 2,54 87,9 3,61 -2,12% 18,64 3,69 27 84.500
4,88 4 1.400 3,91 7,23 3,31 23,25 15,8 0,00% 40,04 15,8 2.252 280.200
BBDC3 # BRADESCO ON N1 30,85 30,4 31,29 30,81 24,2 -0,32% 30,57 30,8 6.750 400 IDNT3 IDEIASNET ON NM 134,01 26,15 5,66 2,53 20,55 4,60% 5,67 20,58 5.991 51.600
132,74 1 2.288.100 90,95 3,77 341,81 3,25 7,5 1,15% 3,61 7,5 1 22.600
BBDC4 # BRADESCO PN N1 32,14 32 32,59 32,37 10,2 0,37% 32,41 32,42 3 500 IGTA3 IGUATEMI ON NM 23,15 134,01 89,13 5,6 26,5 -0,74% 15,76 26,5 1 1.858.400
10,92 1.376 300 2,54 83,55 5,36 341,81 3,84 2,97% 20,55 3,9 3 1.708.900
BRAP3 BRADESPAR ON N1 10,8 10,67 11,19 11,03 19,6 -0,63% 10,77 11 1.763 229.000 MEAL3 IMC S/A ON NM 3,3 23,12 4,25 89,13 135,98 -3,70% 7,41 135,98 5 1.000
498,99 2.600 8.070 5,6 2,52 0,26 5,36 86,99 26,42 87 2 700
BRAP4 # BRADESPAR PN N1 13,14 12,88 13,39 13,15 5,62 -1,14% 12,99 13 9.043 860.400 ROMI3 INDS ROMI ON NM 341,81 3,21 4,21 23,4 3,84 23,4 1.200
387 2.712.500 89,13 5,53 0,26 2,54 135,84 2,54 900
BBAS3 # BRASIL ON NM 28,55 28,02 28,93 28,45 8,81 -1,56% 28,29 28,3 IDVL3 INDUSVAL ON N2 5,35 341,81 3,23 86,99 3,25 2.000
9,42 4,25 89,13 5,64 23,2 5,66
AGRO3 BRASILAGRO ON ED NM 11,13 10,61 11,13 10,76 -4,01% 10,73 10,75 IDVL4 INDUSVAL PN N2 0,26 5,35 341,81 2,52 343,41
4,15 89,13 3,23 90,26
BRKM3 BRASKEM ON N1 24,1 24,1 24,12 24,11 -0,41% 24,1 24,31 ITLC34 INTEL DRN 0,26 5,36 5,64 5,4
4,15 339,94 4,2
BRKM5 # BRASKEM PNA N1 27,57 27,26 28 27,62 0,10% 27,42 27,63 MYPK3 IOCHP-MAXION ON NM 0,26 89,15 0,28
5,05
BMTO4 BRASMOTOR PN 7,44 7,44 7,57 7,45 1,47% 7,36 7,57 IVVB11 ISHARE SP500 CI 4,12
0,26
BRFS3 # BRF SA ON NM 52,15 51,53 54,75 54,03 3,06% 53,99 54,09 BOVA11 ISHARES BOVA CI

BBTG11 BTG PACTUAL UNT 16,12 15,63 16,23 15,91 -0,37% 15,86 15,97 BRAX11 ISHARES BRAX CI

XBOV11 CAIXAETFXBOV CI 64,09 63,65 64,09 63,78 0,06% 63,99 - ECOO11 ISHARES ECOO CI

CCRO3 # CCR SA ON NM 17,22 17,12 17,5 17,4 0,81% 17,4 17,41 SMAL11 ISHARES SMAL CI

CCXC3 CCX CARVAO ON NM 1,43 1,43 1,81 1,68 16,78% 1,66 1,67 BOVV11 IT NOW IBOV CI

CEDO4 CEDRO PN N1 3,99 3,99 3,99 3,99 -1,96% 3,15 3,99 DIVO11 IT NOW IDIV CI

CLSC4 CELESC PN N2 13,91 13,9 13,94 13,93 0,00% 13,87 13,92 FIND11 IT NOW IFNC CI

GPAR3 CELGPAR ON 7,13 7,13 7,13 7,13 0,42% 7,13 15 MATB11 IT NOW IMAT CI

CELP3 CELPA ON 1,99 1,9 2,05 2 3,01% 2 2,05 ISUS11 IT NOW ISE CI

ENMA3B CEMAR ON MB 20,5 20,5 20,5 20,5 2,50% 19 20,5 PIBB11 IT NOW PIBB CI

CMIG3 CEMIG ON N1 9,46 9,45 9,7 9,59 2,00% 9,61 9,68 ITSA3 ITAUSA ON N1

CMIG4 # CEMIG PN N1 9,48 9,4 9,73 9,64 2,21% 9,66 9,69 ITSA4 # ITAUSA PN N1

CESP3 CESP ON N1 13,09 13,09 13,09 13,09 0,00% 13 13,3 ITUB3 ITAUUNIBANCO ON N1

CESP6 CESP PNB N1 15,07 15 15,25 15,08 -0,39% 15,01 15,06 ITUB4 # ITAUUNIBANCO PN N1

CTIP3 # CETIP ON NM 44,31 43,81 44,52 44,14 -0,42% 44,25 44,3 JBSS3 # JBS ON NM

CHVX34 CHEVRON DRN 165,75 165,75 165,75 165,75 4,69% 165,4 167,12 MLFT4 JEREISSATI PN

HGTX3 CIA HERING ON NM 18,81 18,63 19,09 18,82 0,00% 18,8 19,09 JHSF3 JHSF PART ON NM

CIEL3 # CIELO ON NM 32,57 31,9 32,75 32,39 -0,51% 32,41 32,53 JPMC34 JPMORGAN DRN

CSCO34 CISCO DRN 96,88 96,88 96,88 96,88 1,15% 97,37 98,56 JSLG3 JSL ON NM

COCE5 COELCE PNA 47,95 47,6 48,5 48,05 1,10% 47,75 49,49 CTKA4 KARSTEN PN

CMCS34 COMCAST DRN 196,42 196,42 196,42 196,42 1,88% 197,1 199,24 KEPL3 KEPLER WEBER ON

CGAS3 COMGAS ON 49 47,4 49,49 48,49 1,00% 48,02 53 KLBN3 KLABIN S/A ON N2

CGAS5 COMGAS PNA 52,35 52,35 52,78 52,66 0,84% 52,47 52,73 KLBN4 KLABIN S/A PN N2

CTAX3 CONTAX ON NM 10,96 10,96 11,4 11,13 2,94% 10,96 11,17 KLBN11 # KLABIN S/A UNT N2

CSMG3 COPASA ON NM 33,47 32,99 33,61 33,28 -0,65% 33,2 33,22 KROT3 # KROTON ON NM

CPLE3 COPEL ON N1 23,4 23,2 23,64 23,34 -0,34% 23,3 23,43 LLIS3 LE LIS BLANC ON NM

CPLE6 # COPEL PNB N1 35,88 35,88 36,66 36,37 0,85% 36,3 36,43 LIGT3 LIGHT S/A ON NM

COPH34 COPHILLIPS DRN 35,85 35,85 35,85 35,85 3,31% 35,85 - LINX3 LINX ON NM

CSAN3 # COSAN ON NM 42,73 42,43 43,34 42,82 -0,72% 42,61 42,65 RENT3 # LOCALIZA ON NM

RLOG3 COSAN LOG ON NM 4,77 4,69 4,78 4,74 -0,20% 4,75 4,76 LCAM3 LOCAMERICA ON NM

CZLT33 COSAN LTD DR3 28,2 28,2 28,95 28,6 0,00% 28,6 28,67 LOGN3 LOG-IN ON NM

CTNM4 COTEMINAS PN 3,15 3,15 3,3 3,27 4,76% 3,05 3,28 LAME3 LOJAS AMERIC ON

COTY34 COTY INC DRN 36,5 36,42 36,5 36,47 1,98% 36,4 36,97 LAME4 # LOJAS AMERIC PN

CPFE3 # CPFL ENERGIA ON NM 24,24 24,16 24,27 24,22 -0,20% 24,19 24,23 AMAR3 LOJAS MARISA ON NM

CPRE3 CPFL RENOVAV ON NM 11,48 11,48 11,48 11,48 0,00% 11,25 11,48 LREN3 # LOJAS RENNER ON NM

CRDE3 CR2 ON NM 1,2 1,16 1,27 1,2 -2,50% 1,17 1,19 LPSB3 LOPES BRASIL ON ES NM

CARD3 CSU CARDSYST ON NM 4,81 4,81 4,92 4,88 -0,20% 4,87 4,89 MDIA3 M.DIASBRANCO ON NM

CVCB3 CVC BRASIL ON NM 24 23,74 24,35 24,07 0,83% 24,16 24,2 MGLU3 MAGAZ LUIZA ON NM

CVSH34 CVS HEALTH DRN ED 133,5 132 133,5 132,77 -4,09% 115,04 - MAGG3 MAGNESITA SA ON NM

CCPR3 CYRE COM-CCP ON NM 10,4 10,2 10,5 10,35 -1,92% 10,1 10,4 POMO3 MARCOPOLO ON N2

CYRE3 # CYRELA REALT ON NM 10,83 10,78 11,05 10,98 0,00% 10,92 10,94 POMO4 MARCOPOLO PN N2

DASA3 DASA ON 19,6 19,6 19,6 19,6 1,03% 15,4 20,3 MRFG3 # MARFRIG ON NM

PNVL3 DIMED ON 498,99 498,99 498,99 498,99 1,31% 495 499 MSCD34 MASTERCARD DRN

DIRR3 DIRECIONAL ON NM 5,71 5,6 5,74 5,68 -1,40% 5,62 5,63 MCDC34 MCDONALDS DRN

DAGB33 DUFRY AG DR3 373,6 373,6 398,5 383,56 1,84% 383,5 387 BMEB3 MERC BRASIL ON

DTEX3 DURATEX ON NM 8,78 8,71 8,81 8,78 0,80% 8,81 8,82 BMEB4 MERC BRASIL PN

ECOR3 # ECORODOVIAS ON NM 9,55 9,41 9,67 9,52 -1,36% 9,42 9,44 BMIN4 MERC INVEST PN

Jornal do Comércio - Porto Alegre 31Segunda-feira

31 de outubro de 2016

28/OUTUBRO/2016 - COTAÇÃO UNITÁRIA - LOTE PADRÃO MUNDO/BOLSAS

Código Empresa Ação Abertura Mínimo Máximo Médio Fechamento Oscilação Oferta Oferta Negócios Quant. títulos Nova Iorque Londres Frankfurt Milão Sidney Coreia do Sul
% do fech.
188,1 188,1 Compra Venda realizados 800 FT-100 Xetra-Dax FTSE(Mib) S&P/ASX Kospi
MRCK34 MERCK DRN 188,1 22,02 22,27 188,1 188,1 -2,68% 148.100 +0,14 -0,19 -0,59 -0,20 -0,23
22,07 2,53 22,07 22,05 -0,04% 187,32 189,43 1 128.400
LEVE3 METAL LEVE ON NM 2,45 2,4 10,03 2,44 22,05 22,09 1.196 Índices Dow Jones Nasdaq Tóquio Hong Kong Argentina
10,03 9,7 191,25 9,94 2,4 -1,63% 2,36 500 em % -0,04 -0,50
FRIO3 METALFRIO ON NM 191,25 191,25 191,25 10 2,66% 2,4 72 100 Nikkei Hang Seng Merval
4,97 5,15 191,25 0,41% 9,53 10,04 4 465.100 +0,63 -0,77 -0,97
MTSA4 METISA PN 5,01 10,07 10,23 5,06 5,08 1,39% 191,25 192,74 1 480.900
10,17 4,3 10,14 10,16 0,19% 5,08 787.600
MSFT34 MICROSOFT DRN 70,2 6,58 5,75 33,72% 5,06 10,19 990 7.600 Paris Madri China
4,3 12,33 70,2 5,78 70,2 1,45% 10,16 5,75 2.586 1.773.000
MILS3 MILLS ON NM 70,2 61,75 12,79 70,2 12,53 -1,72% 72,85 1.247 815.700 CAC-40 Ibex
12,64 42,75 63,31 12,53 62,6 -0,94% 5,7 12,53 403.500 +0,33 +0,04
BEEF3 MINERVA ON NM 62,68 9,11 44,19 62,66 43,35 0,11% 71,93 62,82 1 3.700
43,56 30,24 10,1 43,26 10,1 1,91% 12,51 43,35 9.500 1.201.900
MMXM3 MMX MINER ON NM 9,99 403,05 31,27 9,95 30,7 0,03% 62,56 10,24 4.232 100 Índices Xangai Shenzen
30,69 24,05 403,05 30,82 403,05 1,34% 43,26 30,71 2.588 4.300 em % -0,26 -0,80
MDLZ34 MONDELEZ INT DRN 403,05 11,39 24,76 403,05 24,76 3,16% 9,91 407,41 1.720.600
24,05 121,8 11,92 24,1 11,7 -0,59% 24,76 22 100
MRVE3 # MRV ON NM 11,8 36,34 121,8 11,71 121,8 1,39% 30,7 11,73 5.610 200
121,8 57,64 37,49 121,8 37,49 1,35% 403,2 122,85 1.278.500
MULT3 # MULTIPLAN ON N2 36,34 34 61,15 36,92 59,9 3,48% 37,5 1 100
57,75 10,77 59,55 34 -0,02% 22 59,9 4 10.887.800
MPLU3 MULTIPLUS ON NM 1,73 34 10,77 -6,75% 11,7 4.284 869.700
34 14,96 11,91 34 1,73 -2,25% 121,55 60 1 131.900
MNDL3 MUNDIAL ON 11,6 2,59 11,6 15,11 -0,26% 36,36 11,4 2 1.343.600 MERCADO/DIA
1,77 340,66 1,81 1,76 2,71 -1,09% 59,89 1,74 5.502 300
NATU3 # NATURA ON NM 19 15,32 15,14 340,66 1,41% 15,13 1 10.468.300
15 17,95 2,82 19,13 -0,62% 34 2,71 141 37.689.700
NFLX34 NETFLIX DRN 2,74 16,1 340,66 2,7 18,09 0,00% 10,77 554 16.300
340,66 1,96 19,44 340,66 16,1 -1,22% - 596 14.000
BNBR3 NORD BRASIL ON 19,11 101,87 18,29 1,99 1,53% 1,73 19,13 765 100
17,99 3,98 16,59 19,18 101,87 -0,55% 15,11 18,09 1 60.400
ODPV3 ODONTOPREV ON NM 16,25 3,8 2,05 18,13 4,13 5,35% 2,68 16,1 11.573 2.500 MERCADO À VISTA MERCADO A TERMO
1,97 4,05 101,87 16,24 3,8 -5,23% 25.942 1.500
ORCL34 ORACLE DRN 101,87 30,15 4,14 1,97 4,05 -4,70% 325 2 53 382.600
3,98 2,48 101,87 30,4 0,59% 19,05 102,86 14 214.400
OFSA3 OUROFINO S/A ON NM 3,8 3,79 3,8 4,11 2,53 1,60% 18,07 1 814.900 Ação Volume R$ mil Part. (%) Ação Prazo Volume R$ mil Part. (%)
4,05 10,42 4,05 4,06 6,28% 16,02 4,13 22 164.400
PCAR4 # P.ACUCAR-CBD PN N1 30,88 7,23 31,13 3,8 10,92 3,70% 1,96 3,85 3 169.200 PETROBRAS PN 683.237 8,56 BSEGURIDADE ON NM 90 22.857 21,09
2,49 5,47 2,54 4,05 7,35 1,94% 101,87 4,04 7 795.100 CIELO 18,46
PEAB4 PAR AL BAHIA PN 3,79 19,97 4,08 30,53 5,5 0,00% 4,07 30,41 2.644 1.049.600 AMBEV S/A ON 667.617 8,37 PETROBRAS ON NM 90 20.005 17,55
10,53 69,3 11,1 20,53 0,73% 2,53 268 1.379.400 CETIP 9,56
PRBC4 PARANA PN EDJ N1 7,23 3,26 7,39 2,5 70 1,83% 3,8 4,06 1.273 1.200 BRASIL 4,78
5,5 4,82 5,56 3,99 3,27 4,14% 3,3 10,92 569 2.340.800
PMAM3 PARANAPANEMA ON NM 20,41 2,3 20,6 10,9 4,9 1,44% 30,4 7,36 381 100 VALE PNA N1 561.483 7,04 (*) Lote de mil PN 120 19.018
70,1 11,15 70,7 7,33 2,3 0,00% 2,52 5,54 2.079 11.000 (N1) Nível 1
PARC3 PARCORRETORA ON NM 3,26 5,64 3,27 5,5 11,18 0,26% 20,55 6.310 700 ITAUUNIBANCO PN N1 358.975 4,50 (N2) Nível 2 ON NM 60 10.365
4,86 3,87 4,98 20,24 5,64 4,83% 4 70,04 8.642 131.500
PDGR3 PDG REALT ON NM 2,3 6,78 70,09 3,94 1,80% 10,86 3,27 4 4.079.300 USIMINAS PNA N1 265.803 3,33 ON NM 17 5.183
11,15 32,55 2,3 3,27 6,85 0,14% 4.318 1.620.600
PEPB34 PEPSICO INC DRN 5,64 9,7 11,34 4,91 32,87 0,36% 7,3 4,9 1 271.400 (N1) Nível 1 (N2) Nível 2 (NM) Novo Mercado (MB) Mercado de Balcão (NM) Novo Mercado
3,88 16,47 2,3 9,78 -0,20% 5,5 2,2 31 200 (MB) Mercado de Balcão
PETR3 # PETROBRAS ON 6,84 8,93 5,64 11,22 16,47 2,68% 20,53 11,41 4 2.300 (@) Termo em pontos
32,75 25,08 4 5,64 9,05 1,34% 70 5,64 206 1.470.000
PETR4 # PETROBRAS PN 1,7 3,94 25,56 0,66% 3,16 3,94 8.051 3.800
9,8 1,85 6,88 6,84 1,77 2,90% 4,88 6,86 7.996 100
PRIO3 PETRORIO ON NM 16,5 2,89 33,2 32,95 1,85 4,51% 2,15 32,88 905 69.500
29,72 9,89 9,76 2,98 1,01% 11,18 9,78 2 8.500
PTNT4 PETTENATI PN 9 62,57 16,5 16,49 30,07 0,87% 5,38 16,45 10 204.200
25,21 6,09 9,06 9,02 63,79 1,41% 3,89 9,05 8.270 300
PFIZ34 PFIZER DRN 3,41 25,63 25,39 6,09 0,00% 6,85 25,56 5 318.900 MERCADO DE OPÇÕES BLUE CHIPS
1,7 5,23 1,77 1,74 3,7 7,87% 32,87 1,76 1 29.100
PINE4 PINE PN N2 1,85 14 1,85 1,85 5,25 -1,86% 9,7 1,99 89 5.400
20,06 2,95 14 0,86% 16 2,98 27 152.600
PLAS3 PLASCAR PART ON 3 10,77 3 29,97 20,12 -0,64% 8,99 30,07 1.662 5.083.300 Preço Exerc. Volume
29,72 18,78 30,07 63,62 10,84 0,18% 25,51 63,79 1 1.400 R$ R$ mil
FRTA3 POMIFRUTAS ON NM 62,57 15,33 64,28 6,09 19,03 2,42% 1,7 252 167.800 Opções Venc. 22.813 Part. (%) Ações Movimento
56,71 3,54 15,44 0,52% 1,77 - 76 231.400 PETR PN 18.00 19.105
PSSA3 PORTO SEGURO ON EJ NM 6,09 4,5 6,09 5,3 57,82 0,32% 2,93 3,7 26 2.600 Nov.16 11,61 Itau Unibanco +0,84%
3,45 8,8 3,7 14,11 4,5 0,00% 29,72 5,25 914 3.300 Nov.16 12.423 9,72 Petrobras estável
PTBL3 PORTOBELLO ON NM 5,32 3,83 20,28 8,8 2,32% 63,42 14,1 8.920 20.000 Nov.16 6,32 Bradesco PN +0,37%
18,31 5,37 10,96 3,88 -0,25% 4,2 20,12 7 794.100 Nov.16 12.068 6,14 Ambev PN -2,05%
POSI3 POSITIVO INF ON NM 14 10,85 14,15 18,91 2,32% 3,65 10,85 834 2.836.000 VALE PNA N1 20.00 Nov.16 8.940 4,55 Petrobras PN -0,62%
20,24 20,64 20,49 19 11,02 2,32% 5,23 19,03 1.852 3.832.400 Vale ON +0,29%
PFRM3 PROFARMA ON NM 10,85 6,13 11,12 15,48 20,75 -2,49% 13,95 15,48 4 600 BRF SA ON +3,07%
18,81 4,49 19,03 57,56 6,34 0,63% 20,11 57,82 6 806.000 Vale PNA +0,64%
PRML3 PRUMO ON NM 2,42 15,59 4,77 4,37% 10,83 4,5 72 695.200 VALE PNA N1 21.00 ON
15,4 2,4 58,39 4,5 2,47 -1,20% 18,5 8,98 4.624 800 ON
QGEP3 QGEP PART ON NM 57,15 2,45 8,8 2,4 2,12% 15,44 3,88 8.711 1.500
8,25 4,5 3,9 2,45 1,23% 57,81 18,91 9.871 145.800
QUAL3 # QUALICORP ON NM 4,5 36 8,81 18,78 8,35 -0,47% 4,48 11,05 5 100 PETR PN 19.00
8,81 24,15 3,94 11,07 36 -10,00% 8,7 20,77 249 130.700
RADL3 # RAIADROGASIL ON NM 3,89 36,81 19,16 20,99 24,16 -16,68% 3,85 6,34 1.999 17.600 VALE PNA N1 22.00
18,48 44,85 11,2 6,26 37,59 1,04% 18,78 4,77 5 1.942.500
RAPT3 RANDON PART ON N1 10,85 8,66 21,69 4,66 45,35 0,33% 11,02 2,47 5 3.055.700 (N1) Nível 1
21,3 5,6 6,34 2,45 8,78 0,68% 20,71 2,5 237 48.100 (N2) Nível 2
RAPT4 RANDON PART PN N1 6,29 277,5 4,83 2,49 5,6 -5,08% 6,2 2,45 1 600 (NM) Novo Mercado
4,49 28,22 2,5 2,47 277,5 0,16% 4,71 8,36 623 459.200 (S) Referenciadas em US$
REDE4 REDE ENERGIA PN 2,5 59 8,4 28,22 -2,99% 2,45 39,95 87 1.900
68,84 2,5 36 59 -1,66% 2,45 24,2 10.210 892.700
RNEW11 RENOVA UNT N2 2,5 3,43 2,5 26,06 69,74 -1,55% 2,38 37,59 5.738 76.600
2,5 13,45 8,51 37,18 3,5 -1,12% 8,35 45,35 135 179.200
RDNI3 RODOBENSIMOB ON NM 8,47 71,97 36 45,32 13,6 0,29% 25 8,78 1 681.500
36 2,7 29,2 8,76 72,6 0,11% 24,15 5,8 2.682 63.500
RSID3 ROSSI RESID ON NM 29,2 6,72 37,59 5,88 2,8 2,94% 36,71 5 9.000 MAIORES ALTAS MAIORES BAIXAS
37,42 8,56 45,6 277,5 6,75 0,00% 45,06 - 4.443 113.900
RUMO3 # RUMO LOG ON NM 45,4 4,27 8,82 28,52 8,9 3,97% 8,76 28,35 519 59.447.100
8,69 12,74 59,52 4,63 11,29% 5,6 1.024 46.700
SBSP3 # SABESP ON NM 5,96 21,83 6 70,44 12,85 -1,75% 60 4.144 9.967.500 Ação Classe Preço R$ Osc. (%) Ação Classe Preço R$ Osc. (%)
277,5 20,52 277,5 3,48 22,14 0,63% - 69,76 82 26.947.800
SAPR4 SANEPAR PN 29,09 28,84 29,09 13,62 20,78 0,28% 28,22 3,51 24 287.800 USIMINAS PNA N1 4,63 11,29 JBS ON NM 9,75 -2,50
59,99 153,88 59,99 72,55 29,26 0,20% 53,41 13,61 242 100 -2,05
SANB3 SANTANDER BR ON 71,57 3,4 71,65 2,76 153,88 0,73% 69,69 72,62 30.826 25.900 P.ACUCAR-CBD -1,72
3,52 2,84 6,77 3,64 6,12% 249 113.100 -1,56
SANB4 SANTANDER BR PN 13,5 8,98 3,55 8,87 2,9 1,39% 3,5 2,8 16.387 1.545.700 BRF SA PN N1 59,90 3,48 AMBEV S/A ON 19,10 -1,36
72,51 262 13,74 4,47 9,45 3,84% 13,6 6,77 29.209 700
SANB11 # SANTANDER BR UNT 2,7 1,29 72,94 12,97 262 1,55% 72,55 8,93 1.149 724.300 GERDAU MET ON NM 54,09 3,06 MRV ON NM 12,53
6,73 2,2 22,21 1,3 -2,98% 2,79 4,64 1 101.100
CTSA3 SANTANENSE ON 8,6 55,84 2,8 20,84 2,35 -2,08% 6,74 13,08 77 100 LOCALIZA PN N1 4,77 3,02 BRASIL ON NM 28,29
4,3 299,08 6,8 29,1 55,84 1,80% 8,9 22,14 128 800 (*) cotações p/ lote mil
CTSA4 SANTANENSE PN 12,95 17,1 9,05 153,88 299,08 1,02% 4,63 20,78 5.018 1.609.500 ($) ref. em dólar ON NM 40,10 2,55 ECORODOVIAS ON NM 9,42
21,85 147,5 4,63 3,56 17,28 -0,80% 12,85 29,26 1 1.300 (NM) Cias Novo Mercado
STBP3 SANTOS BRP ON NM 20,61 3,19 13,23 2,92 147,75 0,95% 22,05 155,16 549 200
29,2 3,39 22,47 9,45 3,19 0,31% 20,75 3,73 113 33.700
SCAR3 SAO CARLOS ON NM 153,88 35,9 21,07 262 3,41 0,29% 1 100 (N1) Cias Nível 1 (N2) Cias Nível 2 (*) cotações por lote de mil (#) ações do Ibovespa
3,4 3,1 29,44 1,32 35,9 4,08% 29 2,9 1 15.500 (#) ações do Ibovespa (MB) Cias Soma ($) ref. em dólar (&) ref. em IGP-M
SMTO3 SAO MARTINHO ON NM 2,84 153,88 2,32 3,1 0,00% 153,88 9,45 6.911 (&) ref. em IGP-M (NM) Cias Novo Mercado (N2) Cias Nível 2
8,99 3,64 55,84 331,49 2 (N1) Cias Nível 1 (MB) Cias Soma
SLED3 SARAIVA LIVR ON N2 262 3,01 299,08 3,5 1,31 1
1,36 9,6 17,28 2,77 2,39 8
SLED4 SARAIVA LIVR PN N2 2,42 262 147,56 9,4 56,38 1
55,84 1,38 3,19 6
SHUL4 SCHULZ PN 299,08 2,46 3,4 - -
17,35 55,84 35,9 1,3 17,28
SNSL3 SENIOR SOL ON MA 147,5 299,08 3,1 2,35 148,82 AGENDA TRIBUTÁRIA
3,19 17,49 55,84
SEER3 SER EDUCA ON NM 3,39 147,75 3,33 IMPOSTOS FEDERAIS E ESTADUAIS
35,9 3,19 - 3,41
CSNA3 # SID NACIONAL ON 3,1 3,41 17,26 34,49
35,9 147,15
SSBR3 SIERRABRASIL ON NM 3,11 3,1
3,19
SLCE3 SLC AGRICOLA ON NM 3,4
33
SMLE3 # SMILES ON NM 3,08

SFSA4 SOFISA PN Venc. Natureza Discriminação
01.11 GPS
SEDU3 SOMOS EDUCA ON NM 04.11 A empresa está obrigada a fixar cópia da Guia da Previdência Social no quadro de horários de que trata o art. 74 da CLT. Prazo: 1º dia de cada
04.11 mês.
SGPS3 SPRINGS ON NM 04.11
04.11
SULA11 SUL AMERICA UNT N2 04.11
04.11
SUZB5 # SUZANO PAPEL PNA N1 07.11
07.11
TAEE11 TAESA UNT N2 IOF Último dia para o recolhimento do IOF. Prazo: Até o 3º dia útil subsequente ao decêndio da cobrança ou do registro contábil do imposto.

TRPN3 TARPON INV ON NM

TECN3 TECHNOS ON NM

TCSA3 TECNISA ON NM IOF Último dia para o recolhimento do IOF no caso de aquisição de ouro e ativo financeiro.

TOYB3 TECTOY ON

TOYB4 TECTOY PN GIA Último dia para envio do arquivo da GIA pelos estabelecimentos fornecedores de água natural canalizada.

TGMA3 TEGMA ON NM

TELB3 TELEBRAS ON Último dia para recolhimento do Imposto de Renda na Fonte referente a juros sobre o capital próprio e aplicações financeiras, inclusive os
atribuídos a residentes ou domiciliados no exterior, e títulos de capitalização.
TELB4 TELEBRAS PN IR-FONTE
IR-FONTE Último dia para recolhimento do Imposto de Renda na Fonte referente a prêmios, inclusive os distribuídos sob a forma de bens e serviços,
VIVT3 TELEF BRASIL ON IR-FONTE obtidos em concursos e sorteios de qualquer espécie e lucros decorrentes desses prêmios.

VIVT4 # TELEF BRASIL PN Último dia para recolhimento do Imposto de Renda na Fonte referente a multa ou qualquer vantagem, de que trata o art. 70 da Lei nº 9.430,
de 27 de dezembro de 1996.
TIMP3 # TIM PART S/A ON NM

SHOW3 TIME FOR FUN ON NM

TWXB34 TIME WARNER DRN

TOTS3 TOTVS ON NM

TRPL3 TRAN PAULIST ON N1

TRPL4 TRAN PAULIST PN N1 SALÁRIOS Último dia para o pagamento do salário. Prazo: Até o 5º dia útil do mês subsequente. Referência: Outubro de 2016.

TPIS3 TRIUNFO PART ON NM

TUPY3 TUPY ON NM CAGED Último dia para remeter ao Ministério do Trabalho a relação de admissões, transferências e demissões de empregados.

UGPA3 # ULTRAPAR ON NM

UCAS3 UNICASA ON NM

UNIP6 UNIPAR PNB

USIM3 USIMINAS ON N1

USIM5 # USIMINAS PNA N1 FONTE: WWW.INFORMANET.COM.BR

VAGR3 V-AGRO ON NM

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Porto Alegre, segunda-feira, 31 de outubro de 2016 - Nº 112 - Ano 84 - Venda avulsa R$ 2,50

Fechamento Em foco LUIZ MUNHOZ/DIVULGAÇÃO/JC Tradicionalmente marcada pelo forte calor ou
MARCELO G. RIBEIRO/JC muita chuva, neste ano a
Telefonia O Theatro São Pedro lotou, na manhã de
domingo, para ver o autor israelense Feira do Livro
Desde ontem, as chamadas de telefo-
nes fixos entre 587 municípios vizinhos David de Porto Alegre
deixaram de ser cobradas como interurba- Grossman.
nas e terão a mesma tarifa das chamadas teve um início de luxo: sol e temperatura amena
locais. A relação das cidades abrangidas Conhecido por sua obra pacifista, marcaram os primeiros dias do evento, que ocorre
pode ser consultada no site da Anatel. Grossman viveu o luto por um de seus até 15 de novembro na Praça da Alfândega. O públi-
filhos, sargento de Israel falecido num co agradeceu e preencheu os corredores das quase
Codesul ataque contra o Hezbollah, no elogiado 100 barracas espalhadas pelo local. Hoje, um dos
livro Fora do tempo. Ontem, questionado destaques da programação é o bate-papo sobre
O governador José Ivo Sartori repre- pela mediadora Adriana Carranca se era Antônio Chimango, livro publicado pela primeira
senta o Rio Grande do Sul na reunião de possível a literatura promover a paz vez em 1915 e que teve, neste ano, uma nova
hoje do Conselho de Desenvolvimento e (justamente o tema do encontro), edição. A atividade, gratuita, terá as presenças de
Integração Sul (Codesul). O encontro ocorre Grossman admitiu que é complicado Luiz Augusto Fischer, Fausto Domingues, Gunter
no Palácio Iguaçu, em Curitiba, com a pre- convencer as pessoas, por meio das Axt e José Francisco Botelho, a partir de 17h, no
sença dos governadores Carlos Alberto Ri- palavras, da importância da paz uma vez Auditório Barbosa Lessa do CCCEV. Mais informa-
cha (PR) e Raimundo Colombo (SC), além que a realidade delas é o oposto, repleta ções em www.feiradolivro-poa.com.br.
do secretário de Gestão Estratégica do de bombas e conflitos. A atividade, que
Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel. marcou os 10 anos do Fronteiras do Ainda dá tempo de se inscrever para a 10ª Traçando Histórias – Mostra de Ilustração de
Pensamento, ocorreu em parceria com a Literatura Infantil e Juvenil, integrada por oficinas e mesas-redondas com
Concessões Feira do Livro de Porto Alegre. O próximo
convidado do ciclo de conferências é o ilustradores
A CCR não descarta a possibilidade de francês Michel Houllebecq, autor de
ficar fora do próximo leilão de aeroportos, Submissão, dia 7 de novembro. de renome nacional. As atividades ocorrem hoje e amanhã no Memorial do Rio Grande
que concederá à iniciativa privada os ter- do Sul. Ilustradores, artistas plásticos e outros interessados podem se inscrever
minais de Fortaleza, Florianópolis, Porto Tempo gratuitamente pelo e-mail visitacaoescolar@camaradolivro.com.br.
Alegre e Salvador. O presidente da compa-
nhia, Renato Vale, indicou que, se manti- Rio Grande do Sul 14° 30° Porto Alegre
das as condições sinalizadas hoje, o grupo
de concessões pode não disputar os ativos. Parcialmente nublado a nublado com pancadas de chu- Parcialmente nublado. Temperatura: em eleva-
va em áreas isoladas. Temperatura: em ligeira eleva- ção. Mínima: 14°C. Máxima: 30°C. Umidade:
Estradas ção. Mínima: 7°C. Máxima: 32°C. Umidade: 45%/90%. 45%/90%. Vento: Leste a Norte, de fracos a
Vento: Leste a Norte, de fracos a moderados. moderados.
A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR)
mobiliza nesta semana 30 equipes para 7° 32° FONTE: INMET/8º DISME
obras. Os trabalhos vão até sexta-feira. As
frentes de trabalho estarão distribuídas en- NESTA EDIÇÃO Porto Alegre, segunda-feira, 31 de outubro de 2016 - Nº 77 - Ano 33 Porto Alegre, segunda-feira, 31 de outubro de 2016 | Ano 16 - nº 43 | NESTA EDIÇÃO
tre as rodovias ERS-240, ERS-239, ERS-122,
ERS-115, ERS-040, RSC-287, ERS-135, ERS- Porto Alegre AUDIOVISUAL CINE CARAMELO/DIVULGAÇÃO/JC Consumo KUES/FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
235, ERS-129, RSC-453 e ERS-130 exibe clássicos
no Festival Luiza Fritzen Pod
Gastos Públicos de cinema dos b
infantojuvenil Fantasia, infância e ao n Em dois anos, o poder de compra dos
Prefeituras do interior de São Paulo es- aventura são alguns brasileiros caiu 9%, de R$ 3,4 trilhões
tão dando ponto facultativo em dias úteis dos temas do Cine Página Ce para R$ 3,1 trilhões. A perda levou os
entre feriados para reduzir gastos. Levanta- Caramelo, que começa consumidores ao menor nível desde
mento apurou que pelo menos 100 municí- nesta terça-feira, na 2011 mostra pesquisa especializada
pios assinaram decretos com a prática. Sala Redenção (av.
Engenheiro Luiz Englert, s/
Reciclagem
nº). Em sessões gratuitas, a 3ª
A Secretaria da Segurança Pública
inaugura hoje o Projeto de Reciclagem de edição do festival de cinema
Resíduos eletroeletrônicos na Penitenciária
Feminina Madre Pelletier. infantojuvenil de Porto Alegre

Saúde irá exibir 14 filmes clássicos e

Médicos do Hospital Nossa Senhora contemporâneos e proporcionar
das Graças, de Canoas, decidiram suspen-
der os serviços eletivos pelo menos até atividades lúdicas para todas
amanhã. A paralisação afeta os setores de
neurocirurgia, ortopedia, traumatologia, as idades.
cirurgia e anestesia.
Criado em 2013, o Cine Ca-
>>PUBLIQUE SEUS
BALANÇOS NO ramelo surgiu com a proposta
JORNAL DO COMÉRCIO
E VEJA AS INFORMAÇÕES de trazer diversão e informação
RENDEREM. para crianças e adultos, apre- O mundo dos pequeninos é atração do Cine Caramelo, fes�val que ocupa a Sala Redenção até 8 de novembro
sentando conteúdos que trans-
Ligue e assine 0800.051.0133 ou
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PARA TODOS OS PÚBLICOSacriaçãoeexpressãoartística

e promovam a autoestima das
crianças e jovens.

Por meio de sessões de cine-
ma, o público entra em contato
com longas que refletem sobre
a diversidade cultural, cui-

dados com o meio ambiente,

valorização da amizade, afeto

e amor à família. O objetivo dos Agricultores Ecologistas e propiciar a difusão e circula- siderada o primeiro longa-me- O grande diferencial deste

é que através de uma alfabe- sessões de cinema no Instituto ção de bens culturais além de tragem colorido de animação ano são as sessões para adul-

tização audiovisual, os filmes Ling. Além das já tradicionais contribuir para a formação de no Brasil. A história se passa tos, que lançam um olhar so-

contribuam para um processo mostras itinerantes, que leva- público para o cinema. em uma vila típica do Nordeste bre diversos temas da infância

de formação ética, cultural e ram filmes, oficinas e vivências O filme que abre a progra- brasileiro, onde Piconzé ten- através de filmes de ficção e

educacional do indivíduo. lúdicas para comunidades qui- mação da Sala Redenção é o ta salvar sua namorada das documentários. A importância

A edição deste ano começou lombolas e escolas indígenas clássico Piconzé, de Ypê Na- garras de um bandido. Ainda da primeira infância na forma-

em outubro, com uma feira de das cidades de Campo Bom, kashima. Realizado em 1972, na terça-feira, às 16h, acontece ção de cada pessoa, os desafios

troca de brinquedos na Feira Viamão e Montenegro, a fim de em São Paulo, a produção é con- a atividade vivencial Encontro da passagem da adolescência
brincante para adultos, com para a vida adulta, o drama da
HAROLDO BORGES/DIVULGAÇÃO/JC
a presença do arte-educador alienação parental, e uma sé-

mineiro Adelsin. A atividade rie de filmes sobre a cultura da

tem como objetivo fazer com infância, o brincar e o espírito

que os participantes reencon- lúdico são retratados em títu-

trem a sua capacidade criadora los como o documentário Tarja
e transformadora. branca, o filme Brincante e o

Animações do cinema mun- longa Território do brincar.
dial também marcam presen- Junto ao festival, será reali-

ça no festival, com o francês zada a mostra Curta Saci, que

Contos da noite, de Michel reúne curtas sobre mitos do

Ocelot, e o japonês O mundo folclore brasileiro seguidos por

dos pequeninos, de Hiromasa contação de história após a exi- Com a palavraA MontoarmoleansSotoolulueçtõpeioersesntássiindfBooercvanaastddielaobdreuaamssccoeasmmeurpmcuaomnnmhoauivafnoo,iErcpnlatoeçosõcnieceidBsooo-crrraígtidocaenso, vdoe.stPaácgainoa 3
Yonebayashi, que tem roteiro bição dos filmes. Além do Saci

de Hayao Myiazaki, conhecido e do Curupira, as crianças po-

por A viagem de Chihiro e Meu derão saber mais sobre a bruxa
amigo Totoro. Outros desta- Matinta Perera e as guerreiras

ques são os longas inéditos As amazonas, Icamiabas.
O Cine Caramelo tem
aventuras do pequeno Colom-
bo, com previsão de lança- curadoria e direção-geral de

mento para janeiro de 2017, Andreia Vigo, realização da

e Jonas e o circo sem lona, de Bureau de Cinema e Artes Vi-
Paula Gomes, eleito pelo públi- suais. A programação completa

Jonas e o circo sem lona, da diretora Paula Gomes, foi premiado no Fes�val de Toulouse, na França co o melhor documentário do pode ser conferida no site www.

Festival de Tolouse 2016. cinecaramelo.com.br.

ANTONIO PAZ/JC SEGUROS&
PREVIDÊNCIA

Caderno Especial do Jornal do Comércio | Porto Alegre, segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Busca por
segurança
aquece
mercado

SEGUROS&
PREVIDÊNCIA

Caderno Especial do Jornal do Comércio | Porto Alegre, segunda-feira, 31 de outubro de 2016

REPORTAGEM ESPECIAL As duas pontas de um
negócio em expansão
Oportunidades que vão
da cidade ao campo O seguro rural privado fora do segmento, as razões das maiores
de bancos, mesmo com as instabi- demandas e sinistros estão vincula-
Sem perspectivas de grandes KENTEEGARDIN VIA VISUALHUNT /DIVULGAÇÃO/JC lidades do governo, tende a crescer das aos fenômenos climáticos. Um
mudanças no cenário econômico graças ao aumento da produção risco que o produtor não tem com
do Brasil em pouco tempo, e sem- Mercado corporaivo investe no segmento de seguros agrícola, à maior conscientização evitar, mas pode se precaver. “Há
pre reletindo mudanças sociais dos produtores no uso do sistema poucos anos, a região Sul, e espe-
(comportamentais, econômicas e a venda do seguro de vida precisa ser alta”, diz Garcia. e pela necessidade e abrangência. cialmente o Rio Grande do Sul, era a
conjunturais), o mercado de segu- apresentada a um consumidor ainda Ele também acredita que por Rogério Pacheco, produtor de Ca- que mais fazia seguro rural privado.
ros e previdência perde de um lado pouco educado inanceiramente. Ao razinho, onde cultiva 800 hectares Mas isso tem mudado bastante, e
e ganha oportunidades de outro. Ao mesmo tempo que oferece um pro- necessidade e maior conscientiza- de trigo, começou a adotar o segu- regiões agrícolas normalmente mais
ver reduzido o número de veículos duto, o setor precisa ensinar ao con- ção cresceu a busca por produtos ro rural privado há cinco anos. Já calmas também são afetadas e, por
vendidos – e, consequentemente, sumidor os ganhos, dizem, em coro, como de proteção a residência. usou duas vezes para se recompor isso, começam a investir no seguro,
também o volume de seguros – cor- especialistas, seguradoras, correto- “Além de ser pouco usado pelos bra- de perda com granizo e geada. “A como Mato Grosso, Minas Gerais e
retores e empresas se voltam para ras e proissionais do mercado. sileiros (ao menos bem abaixo do commodity é um grão sensível, com São Paulo”, diz Simch.
outros segmentos. E como tudo que que recomenda a alta frequência de perdas frequentes. Basta lembrar da
se refere a seguros, previdência e “As famílias brasileiras se reú- roubos a residências, apartamentos quantidade de pedra de granizo que Além dos grãos, há perdas em
futuro no Brasil é desassistido, são nem para organizar a viagem de e condomínios), o produto também caiu na região nos últimos meses.” setores como de frutas (especial-
muitos os setores com potencial de férias uma vez por ano, mas nunca não é ofertado como deveria pelas O produtor explica que os seguros mente na uva, mas há seguros no
crescimento. param para falar e pensar no futuro próprias empresas e proissionais”, de produção feitos pelos bancos pú- mercado para cerca de 80 tipos de
mesmo, na segurança e na previdên- pondera o executivo. blicos na hora do inanciamento são frutas) e de gado (com o crescen-
Enquanto o consumidor co- cia. É sempre tudo muito imediatis- burocráticos para pagar os sinistros te abigeato). A gama de atuação
mum se retrai, o mercado corpora- ta”, compara a presidente da Fun- O caso da pensionista Adriana e cobrem apenas o valor de custeio, no agronegócio, diz o executivo,
tivo investe no segmento, apesar da dação CEEE-Previdência Privada, Ricardo, moradora da Zona Nor- que não corresponde à realidade. é imensa e ainda usada bastante
crise, por necessidade, precaução ou Janice Antonia Fortes. A desacelera- te da Capital, é exempliicador. Ela aquém do que recomenda a prudên-
temor real de perdas. Cada vez mais ção do mercado de veículos, para os teve a residência invadida recen- Ainda que o seguro rural tenha cia nos negócios. “O segmento como
companhias buscam minimizar proissionais, é só uma porta que se temente, de onde roubaram, além primazia na lavoura, não é apenas da um todo deve se expandir 30% em
riscos de perdas com roubos, por fecha. Mas não signiica um freio de do carro, televisores, computador e porteira para dentro que o produto um ano. Isso porque, aos poucos, o
exemplo, e montam planos empre- mão nos negócios. “O mercado cor- telefone “Por falta de tempo para fa- cresce. Conforme Otávio Simch, di- produtor se conscientiza da necessi-
sariais de assistência de saúde e vida porativo, mais até do que o segmento zer o pagamento, de um ou dois dias, retor executivo da Tovese, segurado- dade e, assim como faz com o auto-
aos funcionários, como diferencial e de pessoas físicas, tem muitos setores iquei sem seguro do carro. Mas, por ra especializada no agronegócio, as móvel, precisa proteger o patrimô-
contrapartida a impossibilidade de em crescimento além da tradicional sorte, ele foi recuperado e já estou coberturas do setor podem englobar nio no campo. Há 10 anos, o seguro
aumentos nos salários. cobertura de bens e máquinas, com com seguro em dia. Mas da casa eu desde a produção propriamente dita de carro não era tão comum. Isso é
novos produtos, como de respon- nunca iz, nem sei porque razão não até depósito, transporte e mesmo ex- uma mudança de cultura que ocorre
Além de novos produtos adap- sabilidade civil, segurança jurídica iz. Também não me recordo de al- portações. Nas lavouras, carro-chefe aos poucos”, diz Simch.
tados ao mercado consumidor com e risco a terceiros são produtos em guém ter me apresentado um”, diz
o bolso menos encorpado, o setor de- Adriana. SEGURO RURAL Outros
pende da readaptação dos corretores
e empresas, que precisam olhar para A distribuição R$ 20 milhões
novos segmentos. Se antes a demanda do seguro rural
por seguro de veículos batia na porta anunciado pelo Frutas Grãos de inverno
desses proissionais, ressalta o presi- governo federal
dente do Sindicato das Empresas de para a safra R$ 80 R$ 110 milhões
Seguros Privados, de Resseguros e 2016/2017 milhões
de Capitalização no Estado do Rio FONTE: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA
Grande do Sul (Sindseg-RS), Pedro Total Grãos de verão
Moreira Garcia, agora eles precisarão
conhecer e investir na divulgação de R$ 400 milhões R$ 190 milhões
outros atrativos. Um dos segmentos
com bom potencial de expansão é o Arrecadação 327 365
seguro de vida, avalia o executivo. do setor, em 12,1% 11,6%
R$ bilhões e
A insegurança pública tende % de variação 291,8
a levar os brasileiros a investirem em relação ao 13,3%
mais em seguros de vida, por exem- período anterior
plo. Apesar do temor de estar na rua
e a exposição maior à criminalidade, Os dados incluem capitalização,
saúde suplementar, cobertura de
EXPEDIENTE pessoas (planos de risco e planos de 257,6
acumulação) e ramos elementares 18,3%
Editor-chefe: Pedro Maciel
maciel@jornaldocomercio.com.br 217,8
Edição: Ana Fritsch
anafritsch@jornaldocomercio.com.br Diagramação: Ingrid Müller, Juliano Bruni,
Produção: Fernanda Crancio
Reportagem: Thiago Copetti Kimberly Winheski, Lilian Martins e Luís
Projeto gráfico: Luis Felipe Corullón
Gustavo Van Ondheusden

diagramacao@jornaldocomercio.com.br
Revisão: André Fuzer, Rafaela Milara e Thiago

Nestor

FONTE: CNSEG 2011 2012 2013 2014 2015

2 Seguros e Previdência

SEGUROS&
PREVIDÊNCIA

Caderno Especial do Jornal do Comércio | Porto Alegre, segunda-feira, 31 de outubro de 2016

REPORTAGEM ESPECIAL PEDRO REVILLION/PALÁCIO PIRATINI/JC

Lavoura menos
exposta ao
prejuízo

Fora das áreas urbanas um Empresas de Seguros Gerais, Totalidade da área agricultável do Brasil segurada não chega a 15%
segmento em especial exibe ten- Previdência Privada e Vida, Saú-
dência de demanda cada vez de Suplementar e Capitalização sua lavoura”, diz o economista. regras do Ministério da Agricul- “Tudo isso nos traz grandes desa-
maior no mercado de garantias (CNseg) sobre o segmento reve- Presidente da Comissão de tura, Pecuária e Abastecimento ios. Os valores são importantes,
para o negócio: o seguro rural. lam tanto as possibilidades de (Mapa) em relação ao produto mas para o mercado segurador é
Hoje, de acordo com a Federa- expansão quanto a pouca pene- Seguro Rural da FenSeg, Wady são fundamentais, não só em re- fundamental que haja regras está-
ção Nacional de Seguros Gerais tração no setor. O seguro rural Cury concorda que é necessária a lação aos valores a serem conce- veis”, completa.
(FenSeg) - que recentemente lan- apresentou crescimento nominal estabilidade de regras para que o didos, mas, principalmente, em
çou uma cartilha para divulgar de prêmio acentuado de 58,6% seguro rural possa progredir em relação ao acesso dos recursos de Para o diretor executivo da
e esclarecer o produto, menos de de janeiro a junho de 2016, evi- um novo horizonte. Segundo ele, subvenção, em que momento eles FenSeg, Julio Cesar Rosa, plan-
15% de toda área agricultável do denciando maior independência às vezes as companhias segurado- estarão disponíveis para que as tar sem garantias é uma aventura
Brasil está segurada. Apesar de da sua contratação à subvenção ras têm diiculdade para realizar companhias possam encaminhar perigosa, à qual o produtor não
haver crescimento da procura, o do governo, cuja estimativa para um planejamento de operação as suas apólices e para saber se pode se sujeitar. “E a ferramenta
percentual de usuários ainda é 2016 é 60% menor - R$ 400 mi- mais detalhado em curto e médio esses agricultores tiveram ou não é necessária não apenas ao pro-
muito pequeno frente ao merca- lhões - que a do ciclo anterior. prazo. “É necessário ter peritos, acesso à subvenção”, diz Cury. dutos mas ao desenvolvimento do
do existente. Mas há evoluções: uma estrutura operacional, e as País”, ressalta.
desde 2006, o número de cultu- Para Antônio da Luz, econo-
ras cobertas no País saltou de 25 mista da Federação da Agricultu-
para 80. Eram menos de 26 mil ra do Rio Grande do Sul (Farsul),
agricultores segurados e, hoje, esse percentual de crescimento
eles somam 118 mil. Além disso, pelo seguro privado revela ape-
os cerca de 1 milhão de hectares nas uma base muito pequena de
segurados em 2006 evoluíram adesão. “O crescimento se dá em
para 12 milhões em 2015, segun- uma base baixa, por isso é tão ex-
do dados divulgados pelo Sistema pressivo. O maior problema é a
da Federação da Agricultura do instabilidade do governo em fa-
Estado do Paraná (Sistema Faep), zer sua parte. Uma hora anuncia
em parceria com a FenSeg e com a aporte de R$ 700 milhões para
Confederação Nacional da Agri- o seguro rural, depois reduz,
cultura (CNA). depois muda de novo. Além do
custo, essa falta de estabilidade
Os dados divulgados pela desestimula e, muitas vezes, im-
Confederação Nacional das pede o produtor de assegurar a

Consumidor também busca reduzir riscos com a Justiça

O Poder Judiciário também reconhecida judicialização do casos de conlitos legais é um de giro”, diz David Brito, diretor materiais, alguns produtos co-
tem garantido novas deman- Brasil e a grande procura por so- dos itens da carteira de negócios de Linhas Financeiras da BR In- brem, também, danos morais e
das ao setor, fora da violência luções de impasses, contar com que vem sendo estimulados pelo surance. até estéticos.
das ruas. Além da crescente e apoio inanceiro de seguros em Novo Código de Processo Civil
e por mudanças em temas como De acordo com o executivo, Uma mudança positiva para
BR INSURANCE/DIVULGAÇÃO/JC responsabilidade social. o sistema também anula o im- o setor é a aceitação, pelo Supe-
pacto do passivo no balanço da rior Tribunal de Justiça (STJ),
Modalidade evita reirada de dinheiro do caixa da empresa, diz Brito Os serviços têm sido soli- empresa e não compromete o do seguro-garantia em execução
citados por pequenas, médias e crédito. “O custo do crédito ban- iscal. Apesar de o tema ter sido
grandes companhias, além de cário é sempre muito alto. Atual- paciicado pelo STJ há dois anos,
proissionais liberais. O recur- mente, o investimento no seguro ainda estimula e traz benefícios à
so pode ser utilizado pela em- jurídico é metade do custo ape- aquisição do produto. Até então,
presa em casos como processos nas dos juros de um empréstimo ministros resistiam à aceitação
trabalhista, tributário e civil. bancários caso a empresa venha desse meio como forma de asse-
“Uma das vantagens é não reti- a precisar”, compara Brito. O re- gurar o pagamento de cobranças
rar dinheiro do caixa da empresa lexo da nova visão de proteção judiciais de tributos porque não
quando o caso exige. Por exem- jurídica é de uma alta de R$ 1,6 estava previsto na Lei de Exe-
plo, iança e depósito bancário. bilhão em arrecadação do seg- cuções Fiscais – Lei nº 6.830, de
Também evita bloquear os ati- mento da BR Insurence em 2015 1980. Cenário que mudou em
vos, sofrer a penhora on-line e para R$ 2 bilhões neste ano. A 2014, com a Lei nº 13.043/2014,
não compromete seu capital de alta, de 25%, também se deve a que levou em consideração as
giro e, ainda, evita os efeitos ne- procura por proissionais como vantagens da utilização dessa
gativos do bloqueio de contas e dentistas, médicos, proissio- forma e incluiu expressamente o
de bens, em não retirar o capital nais de turismo. Além de danos seguro garantia na legislação.

Seguros e Previdência 3

SEGUROS& GBOEX/DIVULGAÇÃO/JC
PREVIDÊNCIA

Caderno Especial do Jornal do Comércio | Porto Alegre, segunda-feira, 31 de outubro de 2016

CONJUNTURA

Menos automóveis nas ruas
e segurados nas empresas

Um dos fatores nitidamente pessoas não aumenta, o cenário fu- inanceira que se aplica às famílias Decisão de reduzir custo também é por imediaismo, ressalta Almeida
relacionado à desaceleração da eco- turo é incerto. Infelizmente, o segu- na hora do aperto e de cortes. A de-
nomia no Brasil e seu impacto di- ro acaba, muitas vezes, sendo uma cisão nem sempre é por importân- R$ 1,3 bilhão entre janeiro e junho teve crescimento acima do padrão
reto no setor de seguros é a queda das primeiras opções, porque não cia, mas por imediatismo também. de 2016, caiu 9,4% neste período em histórico pela preocupação maior
drástica na venda de veículos. Me- é um benefício imediato. E o bra- “Se o pai e a mãe de uma casa icam comparação a 2015, segundo a Con- e latente de que muitos trabalhado-
nos veículos novos nas ruas, um dos sileiro não costuma pensar muito sem trabalho, entre a televisão a federação Nacional das Empresas de res sairiam do mercado. Agora, o
motores do setor até o ano passado, no futuro”, completa Garcia, que é cabo e o seguro, muitos vão manter Seguros Gerais, Previdência Privada movimento é inverso: há contração
reletem em menos seguros vendi- também executivo da Liberty Se- o pacote de TV e deixar de lado um e Vida, Saúde Suplementar e Capita- nominal de 10,7% da arrecadação
dos. “Também na contramão dos guros. seguro, porque é um produto com lização (CNseg). de prêmios, justiicada pela impos-
negócios, com menos renda ou com ganho não palpável imediatamente, sibilidade inanceira de manuten-
os ganhos corroídos pelo aumento Ele destaca que o volume de mas que ele sentirá muita falta no Também simbólico do cená- ção desse tipo de seguro frente ao
dos preços, muitos consumidores vendas de uma das concessionárias caso de sinistros”, compara. rio atual é o uso do seguro presta- aumento da taxa de desemprego.
pararam de se segurar, e com os parceiras da empresa caiu de 100 mista (que garante o pagamento No acumulado dos primeiros seis
riscos maiores para todos, os preços para 20 mensais, redução de 80%. Outro produto que relete bem das contas do usuário em caso de meses do ano, o valor dos sinistros
do produto, que minimizam o pre- A queda foi sentida diretamente pe- a desaceleração econômica no Brasil desemprego, por exemplo). Hou- pagos pelas seguradoras teve cresci-
juízo econômico, tendem a aumen- los corretores em seu dia a dia, nas e o impacto no setor é o ramo de se- ve queda na arrecadação e alta no mento de 23,4%.
tar”, avalia Pedro Moreira Garcia, mesmas proporções. A migração guro de garantia estendida de bens uso. A CNseg avalia que o produto
diretor do Sindicato das Empresas dos compradores para veículos usa- patrimoniais. Comprando menos
de Seguros Privados, de Capitali- dos igualmente afeta o segmento, produtos como eletroeletrônicos
zação e de Resseguros no Estado porque é mais comum não ter segu- (segmento ao qual o serviço está as-
do Rio Grande do Sul(Sindseg-RS). ro de carro mais antigo. sociado), a demanda pela ampliação
“Todo mundo está sendo prejudi- da garantia do bem também caiu
cado. O setor não cresce, mesmo O diretor técnico-comercial ou foi cortada para reduzir o preço
tendo potencial, porque a renda das do Gboex, Gustavo Luiz Sodré de inal, apesar do risco de perda. A re-
Almeida, exempliica com elemen- ceita nominal do produto, que foi de
tos do cotidiano a forma de decisão

Triplamente garantido MAIS SINISTROS, MAIS PAGAMENTOS

MARCELO G. RIBEIRO/JC Arrecadação no segmento de seguros tem alta menor
do que volume de pagamentos
O assessor de mercado i-
nanceiro Vitor Pinheiro, 38 (comparativo entre o primeiro semestre de cada ano)
anos, reúne características co-
muns aos atuais usuários de Arrecadação
seguro, mas se diferencia pelo do setor
início antecipado, em relação à
média. Assim como a maioria Variação 2014/2015
dos brasileiros, ele tem o temor
cada vez maior de ser vitima 13,8%
de crime, acidente de trânsito
ou doença grave. Também acha Variação 2015/2016
que, a cada dia, aumentam as
chances de ser vítima do roubo 6,4%
de carro ou de ter algum sinis-
tro na residência. A diferença 2014 2015 2016
é que ele começou a pensar em R$ 94,1 R$ 107,1 R$ 113,9
tudo isso mais cedo. O primeiro bilhões bilhões bilhões
seguro de vida fez aos 32 anos –
seguro resgatável, que ele consi- Pinheiro tem seguro da residência, de vida e de carro Indenizações, benefícios,
dera a melhor opção em relação resgates e sorteios
à previdência privada. de vida e na saúde como de inva- usual). Proteção tripla são pou-
lidez ou impossibilidade para o cos que fazem. “Para ter essa Variação 2014/2015 2014 2015 2016
“Pela idade, eu pagava um trabalho no caso de um acidente garantia e poder manter os se- R$ 48,7 R$ 54 R$ 61,7
valor bem menor. Esse foi um de trânsito”, lista Pinheiro entre guros com mais tranquilidade, 11% bilhões bilhões bilhões
dos motivos pelos quais comecei os motivos de sua precaução. eu faço opções. Não pago a mais
cedo a fazer esse tipo de investi- nos canais a cabo de esportes Variação 2015/2016
mento. Neste ano, reforcei o pla- O executivo também se des- por um pacote para assistir ao
no. As chances de ser acometido taca por ter seguro de residência Brasileirão. Fico com o que já 14,3%
por algum problema, um impre- (atitude ainda pouco comum), tenho e aplico nesse recurso”,
visto, são muito grandes. Tenho de vida (quem vem em crescen- explica Pinheiro. FONTE: CNSEG
amigos que já perderam esposas, te demanda) e de carro (o mais
por exemplo, por câncer. Tam-
bém vejo um risco grande não só

4 Seguros e Previdência

SEGUROS&
PREVIDÊNCIA

Caderno Especial do Jornal do Comércio | Porto Alegre, segunda-feira, 31 de outubro de 2016

CONJUNTURA

Proteção em ordem invertida FDC/DIVULGAÇÃO/JC

Enquanto a lógica e os merca- precavido do gaúcho, que investe aspectos alteram a vida dos indi- econômica (o que retira dinheiro Inlação menor e emprego
dos mais maduros indicam que a mais com vistas ao médio e longo víduos e as estruturas familiares. da população para fazer planos favorecem setor, diz Vicente
proteção à vida deveria vir antes da prazo. “O envelhecimento populacional, privados).“No Brasil, é tudo tão in-
de patrimônios como o automóvel, conjugado com uma maior longe- certo, que é sempre difícil estimar
como fazem mais tradicionalmen- Entre os fatores que devem vidade, desencadeará novos desa- o que será sistema público de pre-
te americanos e europeus, no Bra- impulsionar o setor nos próximos ios nas políticas públicas de mé- vidência, e até mesmo se isso real-
sil se faz primeiro o seguro de car- anos está o temor da população dio e longo prazo, principalmente mente sairá logo. É uma questão
ro, depois o de casa e, por último, o quanto ao futuro da previdência em relação aos custos e serviços muito política. Então, não se sabe
de vida. Isso signiica um mercado pública no País, tanto sob o pon- dos sistemas de saúde, previdên- o quanto e para onde a questão
ainda a ser trabalhado e educado. to de vista de manutenção e sus- cia e assistência social”, airma avançará”, explica.
“Se levarmos em conta a violên- tentabilidade quanto de regras. Vicente. Para ele, é uma questão
cia e o aumento de crimes como “Assim, o gaúcho, mais do que o bastante preocupante, visto que a Apesar do cenário imprevi-
latrocínios e mortes no trânsito restante dos brasileiros, tende a população brasileira contará, cada sível sobre o tema, o acadêmico é
- e quantas famílias icam desam- buscar mais estabilidade, previ- vez menos, com a participação do mais otimista quanto a 2017, que,
paradas - a opção pela segurança sibilidade e segurança em planos Estado para resolver os seus pro- melhorando, respinga e aquece
de vida deveria ser prioridade há de previdência privados. Além de blemas. novamente o setor de seguros.
muito tempo”, avalia o professor sobrecarregar o sistema público, a “Acredito que os preços já subiram
de Gestão Pública da Fundação maior longevidade e o consequen- Vicente ressalta que, no seg- muito, e a inlação deve diminuir
Dom Cabral, Paulo Vicente. te envelhecimento da média da mento da previdência, o Brasil signiicativamente, dos atuais 6%
população têm impactos diretos vive um tripé de problemas e dúvi- a 8% para apenas até 2%, no ano.
Segundo ele, para o segmento na rotina e nas inanças da popu- das: político (com regras ainda in- Outra estabilidade que deve ser re-
de seguro de vida um ponto a fa- lação”, explica. deinidas), demográico (envelhe- tomada é o emprego, que tende a
vor é o pensamento normalmente cimento da população) e de crise melhorar”, pondera Vicente.
O professor ressalta que esses

Seguros e Previdência 5

SEGUROS&
PREVIDÊNCIA

Caderno Especial do Jornal do Comércio | Porto Alegre, segunda-feira, 31 de outubro de 2016

CONJUNTURA

Mercado em alta apesar da crise e do desemprego

FREDY VIEIRA/JC

A violência urbana e os riscos Garcia ressalta que, no Brasil, setor ainda tenta vencer pela garra e criaividade 100% em cinco anos, para Pedro
maiores de ser vítima de crime e Moreira Garcia, diretor do Sindi-
de ter o carro furtado ou rouba- de prevenção econômica. O ce- Geograia e Estatísticas – IBGE), serviços em alta, o setor deverá cato das Empresas de Seguros Pri-
do são uma realidade cada vez nário, que aparentemente levaria porém, o que vem ocorrendo é o crescer em 2016, mesmo que desa- vados, de Capitalização e de Resse-
mais constante - especialmente as pessoas a investirem mais em aumento no número de consu- celerando um pouco o movimen- guros, no Estado do Rio Grande do
dos moradores de Porto Alegre, produtos como seguros de vida e midores que não renovam ou não to em relação aos últimos anos. Sul (Sindseg-RS), porém, não cor-
onde os números negativos se es- residência, no entanto, tem regis- conseguem mais manter o serviço respondia a uma realidade da eco-
palham por todos os lados e ruas. trado movimento inverso. Com o – e passam a conviver com riscos O segmento passou de um nomia brasileira que seria mantida
desemprego em alta no País (che- e medos maiores. Ainda assim, acúmulo de negócios de R$ 187 bi- por muito tempo. Executivo da
Apenas nos primeiros seis gou a mais de 11%, de acordo com com a diversidade de produtos lhões em 2010 para R$ 365 bilhões Liberty Seguros no Estado, Garcia
meses deste ano quase 20 mil veí- dados do Instituto Brasileiro de oferecidos e a demanda de alguns em 2015, de acordo com dados da conta que, ao levarem para a sede
culos foram roubados e furtados CNseg. O crescimento de quase da empresa, em Boston (EUA),
no Rio Grande do Sul, de acordo a projeção de manter um cresci-
com dados da Secretaria de Se- mento médio de 10% para este ano
gurança Pública do Estado. Em nos negócios feitos no Brasil, os
2015, os números foram ainda executivos reduziram a projeção.
mais alarmantes: 38,5 mil car- Em 2012, o setor chegou a elevar
ros foram levados de seus donos, a arrecadação em mais de 18%, de
que amargam traumas em per- acordo com a CNseg.
das, assim como as seguradoras,
que acabam absorvendo os custos “Durante um bom tempo se
maiores com o pagamento de si- teve a sensação, por aqui, de que
nistros, de acordo com a Confede- aquela economia era a real. Agora,
ração Nacional das Empresas de as coisas estão se ajustando. Em
Seguros Gerais, Previdência Pri- Boston, apresentamos uma proje-
vada e Vida, Saúde Suplementar e ção de crescimento de 10%. Acha-
Capitalização (CNseg). ram alto demais e reduziram. A vi-
são do americano é feita com base
Mais grave do que a realidade muito segura e direta, planejada a
de insegurança é o número de la- partir de indicadores reais. Aqui,
trocínios (140 no ano passado e 89 nós ainda tentamos vencer na cria-
no primeiro semestre deste ano) tividade, na garra. Para eles, po-
e homicídios (2,4 mil em 2015, e rém, não havia razão para manter
1,3 mil nos primeiros seis meses o otimismo. Não há nenhum indi-
de 2016) registrados. “Com maior cativo real de melhora na situação
chance de ser vítima de um crime, no Brasil, por isso, reduziram a
que pode deixar órfãos e famílias projeção para o País em 2016”, diz
desamparadas, a tendência seria Garcia.
de uma maior adoção de formas

MARCELO G. RIBEIRO/JC

Cenário otimista para o próximo ano

Menos de 10% dos brasileiros têm seguro de vida, mercado que pode crescer Em fase de projeções para 2017, Pedro notícia diante dos dados de setores que
Moreira Garcia, diretor do Sindicato das inluenciam diretamente o mercado. De
Empresas de Seguros Privados, de Capi- acordo com a entidade, no acumulado do
talização e de Resseguros, no Estado do período - janeiro a junho de 2016 - frente
Rio Grande do Sul (Sindseg-RS) , diz que a igual período de 2015, a produção in-
os cálculos e estimativas não estão sendo dustrial apresentou queda de 9,1%, assim
feitos para um cenário otimista. A redu- como a fabricação de automóveis (-21,7%),
ção no ritmo dos negócios já registrada dos bens de consumo duráveis (-22,2%), e
neste ano deve seguir o mesmo rumo nos bens de capital (-20,1%).
próximos meses. Isso se deve a menor ca-
pacidade inanceira da população, com Apesar de o cenário macroeconômico
renda corroída pela inlação ou reduzida brasileiro ser incerto e não muito positivo
pela perda de trabalho de alguém dentro em curto prazo, o setor equilibra as con-
de casa. tas, as receitas e o ânimo para os negócios
de olho em um mercado com potencial
Segundo números anunciados pelo imenso e ainda carente de cobertura. O
presidente da Confederação Nacional das Sindseg aponta que, atualmente, menos
Empresas de Seguros Gerais, Previdência de 10% dos brasileiros contam com segu-
Privada e Vida, Saúde Suplementar e Ca- ro de vida, por exemplo, um dos mercados
pitalização (CNseg), Marcio Coriolano, com potencial para crescimento na lista
o primeiro semestre fechou com evolu- de prioridades brasileiras, comenta, o in-
ção de 6,4%, o que ele considera uma boa verso dos mercados americano e europeu.

6 Seguros e Previdência

Jornal do Comércio segunda-feira, 31 de outubro de 2016 7

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SEGUROS&
PREVIDÊNCIA

Caderno Especial do Jornal do Comércio | Porto Alegre, segunda-feira, 31 de outubro de 2016

ENTREVISTA

Os riscos e os custos MARCO QUINTANA/JC
da sobrevivência

O pensamento do consumi- A invalidez, que é ainda pior, foi pensado para dar as condições Vivência do consumidor determina a escolha por seguros, diz Saut
dor sob uma ótica comportamen- inanceiramente falando. A famí- mínimas, e não aquilo que as pes-
tal e sociológica é a forma com a lia, nesse caso, além de não pas- soas gostariam de ter. Se você qui- Costuma-se dizer que o seguro de sobrevivência?
qual o vice-presidente corporati- sar a ganhar apenas 10 unidades ser manter uma renda e um pa- vida é caro. Não é. Você pode fa- Com certeza, faz aumentar o
vo da Icatu Seguros, César Saut, de renda, ainda terá um custo de drão de vida maiores, vai ter que zer seguro a partir de R$ 5, R$ 10,
trabalha para entender as razões mais dois, digamos assim, com os se planejar para isso. R$ 20. O que determina o valor é pensamento neste sentido. Hoje,
para que ele adote, ou não, pro- cuidados dessa pessoa. A família teu nível de exigência. Costumo temos cerca de 2 mil propostas
dutos como seguro de vida e de empobreceu substancialmente. E O risco social da sobrevivên- dizer que o seguro de vida é uma aprovadas por dia, o que ocorre
previdência. Um dos conceitos vamos para outro risco, esse ain- das coisas mais corretas no mun- em um contexto mais nítido de
que aplica nessa análise ele deine da mais comum: você trabalhou, cia seria, então, uma corrosão do. Ele se adapta a qualquer ren- longevidade, principalmente. Até
como Risco Social de Sobrevivên- contribuiu com o sistema, chegou da, e não vai sair mais caro para há pouco tempo, a idade média de
cia (RSS). Ao olhar para a vida sob aos 65 anos e se aposentou. Ain- das condições da renda e das con- a classe A ou E. Todos vão pagar vida era 50, 60 anos. Agora, é 80, e
a ótica dos danos a que estamos da terá pela frente uns 15 ou 20 pela renda que estão projetando as pessoas estão vendo isso muito
sujeitos, Saut avalia que a ausência anos, mas seu custo de vida su- dições físicas ao longo da vida? para o futuro. Agora, uma pessoa próximo delas. Mas por que não
de precaução do consumidor tem biu, o plano de saúde aumentou, Isso faz parte do ciclo natural que quer viver melhor não poderá há ciência e planejamento me-
mais relação com falta de cons- há maior gasto com remédios e pagar R$ 200, porque não terá o lhor para isso? Porque as pessoas
ciência sobre as consequências procedimentos médicos. Mesmo da vida. Normalmente, ao mesmo que quer. E uma pessoa que tem são mais sensíveis ao que sentem
econômicas do envelhecimento e que a incidência seja pequena, tempo em que tuas necessidades renda menor, e não precisará de e vivenciam diretamente. E só se
seus custos do que propriamente isso vai aumentar. É natural. No vão aumentando, os teus recursos tanto depois, não precisa pensar morre e só se envelhece uma vez.
com a renda atual. Nesta entre- meu próprio caso, minha mãe vão diminuir, pela queda na capa- em um plano de R$ 200. É questão
vista, ele mostra como o risco de tem 85 anos, e o plano de saúde cidade laboral. Temos a infância, de adequação. Por que o brasileiro tem uma
viver é ampliado dia a dia e por dela custa hoje R$ 2,5 mil. Se ela a juventude, a senioridade e a ve-
que é melhor pensar desde cedo dependesse de salário-mínimo ou lhice. É ciclo de decrepitude. Con- Mas em qual faixa de renda visão diferente na questão do se-
na questão para não depender do mesmo mais que isso, como iria forme você vai vivendo, cumpre-se
Estado, se manter no futuro de pagar? Não iria. Ela tem problema o ciclo da vida. No im, é óbvio está mais concentrada, hoje, a guro de veículos? Neste caso, o
forma mais tranquila e sem so- de saúde, como ocorre com mui- que você vai morrer. E você não
brecarregar a família por falta de ta gente nessa idade, e precisa de morre, porque chegou a sua hora, venda de seguros de vida e planos consumidor costuma se precaver
planejamento. remédios, que também não são salvo um acidente ou algo assim.
baratos. Ela acabaria indo buscar Tua máquina não para de um de previdência? mais.
O que é o Risco Social da So- ajuda no serviço público, oneran- hora para outra. O teu organis- A primeira linha de corte, na Qual a lógica de um seguro
do ainda mais o Estado. mo vai se desgastando aos poucos
brevivência, de forma prática? e, para mantê-lo, você vai gastar realidade, é a das necessidades de carro? Por que todos fazem se-
Vamos pensar em um casal Mas o brasileiro não enfren- mais. E qual é o papel do seguro isiológicas, a necessidade que a guro de carro? Porque você já teve
e da previdência nisto? Defender pessoa tem de comer e de se sus- um roubado, daniicado, e vai ser
que tem dois ilhos, os mantém ta problemas econômicos e a o teu futuro e o da tua família. tentar. Após essa etapa, ela tem roubado de novo. O consumidor
na escola privada e ainda conta Ou melhor, te dar condições de determinada capacidade de fazer tem um carro de R$ 100 mil, por
com um plano de saúde para os crise, o que diiculta esse plane- enfrentar isso da melhor forma escolhas. Não é renda a maior di- exemplo, e paga R$ 5 mil ao ano
dois. Isso é pago, por exemplo, possível. É um sistema que te per- ferenciação entre quem faz seguro de seguro, por exemplo. Mas não
com a receita de duas pessoas, jamento? mite acumular renda para quando e previdência ou não. É a idade. tem um seguro de vida de R$ 25
que somam, igurativamente, 10 É mais do que problema eco- tua capacidade de trabalho dimi- Começa a partir dos 35 aos 40 ao mês, que dará pouco mais de
unidades de salário cada uma. nuir. Qual a consequência de não anos essa atitude, independente- R$ 300 em um ano em caso de
Eles vivem, portanto, com 20 uni- nômico. É uma lógica social. No pensar nisso? Tu vais depender de mente da renda. morte acidental e dará à tua fa-
dades. Só que a Maria ou o João, Japão, já se estimula que eles con- alguém: da família ou do Estado. mília R$ 500 mil. Qual a lógica de
um dos membros do casal, faleceu sumam mais, porque os japoneses E qual o impacto da carên- fazer do carro e não de vida? É que
prematuramente. A renda mensal só poupam. Ou seja, eles já têm E como as seguradoras tra- o ser humano aprende pela expe-
dessa família cairá para a metade, economia para viver e seguem cia de previdência e da falta de riência. E o carro será roubado
e não se conseguirá mais arcar poupando, em vez de consumir. balham com essa falta de educa- mais de uma vez, a invalidez e a
com ensino e saúde privados. Os É cultural. O Brasil está no outro segurança públicas sobre os ne- velhice, não. Por isso que eu digo:
ilhos imediatamente irão para oposto. Consome mesmo sem ter ção inanceira? não temos que vender um produ-
uma escola pública, e o resto das poupança e terceiriza para toda a As seguradoras e corretoras gócios e sobre a conscientização to, mas lucidez.
coisas começa a ser reduzido por sociedade os problemas que a ida-
necessidade. Esse é um dos Riscos de acarretará. E isso em um Esta- deveriam fazer mais esse tipo de das pessoas da necessidade de se
Sociais da Sobrevivência, a morte do que já não dá conta de atender trabalho de conscientização i-
prematura. Parece um fato iso- com qualidade a população. Se nanceira das pessoas. Temos que precaver desses riscos sociais da
lado, mas todos são afetados. A você tem um determinado nível de trabalhar mais no conceito e me-
família ica desassistida inancei- exigência, não adianta achar que, nos no produto. Tem que vender
ramente e vai recorrer aos servi- sem pagar por isso, terá o mesmo mais essa segurança e menos um
ços públicos, que, por im, serão atendimento no sistema público. produto. As pessoas dizem que
onerados. E quem paga? Toda a O serviço que o Estado oferece é o não guardam, porque não têm
sociedade. mínimo. Se você quiser mais, vai como. Mas é o nosso trabalho
ter que se responsabilizar por isso também mostrar como guardar,
Quais são os outros riscos desde cedo. O que o Estado vai te mostrar os meios para isso. Na
dar é previdência e saúde básicos. Icatu, temos feito muitas palestras
dessa falta de previdência para a O primeiro modelo de previdên- de conscientização dos próprios
cia pública, lá de 1901, se chamava corretores nesse sentido. Temos
sociedade e para uma família? Lei dos Pobres. O sistema sempre 3 milhões de segurados no Sul
em capitalização e previdência, o
que mostra o quanto isso é possí-
vel. A diiculdade é menos inan-
ceira e mais de conscientização.

8 Seguros e Previdência

SEGUROS&
PREVIDÊNCIA

Caderno Especial do Jornal do Comércio | Porto Alegre, segunda-feira, 31 de outubro de 2016

MERCADO

Valores poupados retornam à economia CONTRIBUIÇÕES
E RESGATES
Tudo que o cidadão poupa pen- demanda menor nos serviços público. proissionais têm em convenções tra- economizados vêm em um crescente. PREVIDENCIÁRIOS
sando no futuro acaba retornando Entusiasta do efeito social da pre- balhistas, o pecúlio é uma proteção Apenas no primeiro semestre, o volu-
para a economia e ajuda na estabi- inanceira a ser contratada pelo em- me de novas contribuições foi de R$ 52 1º semestre 2016
lidade do País. O impacto desses re- venção, Gustavo Luiz Sodré de Al- pregador em favor dos colaboradores. bilhões, crescimento de 13% frente a Novas contribuições:
cursos guardados, quando retornam meida, diretor técnico-comercial do “Esses acordos alavancaram em torno igual período de 2015 (R$ 46 bilhões). R$ 52 bi, crescimento
à população, amenizam mais do que Gboex, comemora o fato de que essa de 25% a venda em relação a 2015, nes- Os resgates também são expressivos. de 13% frente a igual
uma situação individual complicada. “economia” de recursos é cada vez se tipo de contratação”, diz Almeida. Foram R$ 26,3 bilhões pagos, ou 18,4% período de 2015
Garantir que os familiares terão um mais presente e não se limita aos con- a mais do que em relação aos R$ 22,9 (R$ 46 bi).
aporte rápido de recurso inanceiros, sumidores de maior renda. De acor- Presidente da Federação Nacio- bilhões registrados no 1º semestre de Resgates: R$ 26,3 bi
fugindo da demora de um inventário, do com Almeida, o tíquete médio na nal de Previdência Privada e Vida 2015.
por exemplo, é um dos objetivos de companhia é de cerca de R$ 120,00 no (FenaPrevi), Edson Franco analisa os 1º semestre de 2015
quem faz um seguro de vida. O paga- produto denominado pecúlio (plano benefícios da previdência sob a ótica André hozeski, diretor de Mar- Novas contribuições de
mento praticamente imediato é uma vitalício que só poderá ser rescindido do ganhos social, presente e futuro. keting do Sindicato dos Corretores de R$ 45,9 bi, crescimento
das vantagens desse tipo de produto pelo cliente em três situações: por von- “Mesmo diante de um cenário adverso Seguros no Rio Grande do Sul (Sin- de 27,3% frente ao 1º
– além de ser uma garantia de que o tade própria, inadimplência ou morte). da economia, as contribuições tiveram cor-RS), ressalta que o setor tem repre- semestre de 2014.
dinheiro vai para o beneiciário. Ao “É um produto adotado por quem tem um desempenho positivo no primeiro sentação signiicativa e cada vez maior Resgate: R$ 22,3 bi.
olhar para o cenário macroeconômi- dependentes que não terão, no mo- semestre. Os planos abertos de cará- na economia. “Em 2011 éramos 4,98%
co desse mercado, porém, os valores mento do sinistro, condições iniciais ter previdenciário se tornam cada vez do PIB, em 2015 fomos 6,12% do PIB 1º semestre de 2014
se multiplicam a atingem somas que de subsistirem inanceiramente. Em mais um importante mecanismo de (considerando Saúde Suplementar), e Novas contribuições de
acabam tendo impacto social, seja suma, famílias com ilhos menores e proteção para os brasileiros que bus- devolvemos para a sociedade em for- R$ 36,1 bilhões.
pela economia feita, seja pelos valores ainda fora do mercado de trabalho”, cam constituir uma reserva de longo ma de pagamentos de indenizações R$ Resgate: R$ 20,3 bi.
que retornam aos usuários ou pela exempliica. No caso dos planos em- prazo”. 234,5 bilhões e, em impostos, R$ 15,1
presariais, que algumas categorias bilhões. FONTE: FENAPREVI
Na previdência, os valores

Seguros e Previdência 9

SEGUROS&
PREVIDÊNCIA

Caderno Especial do Jornal do Comércio | Porto Alegre, segunda-feira, 31 de outubro de 2016

EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Uma escola para ensinar a ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC

olhar o presente e o futuro

Para a psicóloga Luciane Fa- mortalidade e aspectos como a Se o modelo atual da Previ- Brasileiro é despreocupado e imprevidente, diz Luciane
gundes, professora de Psicologia longevidade, por exemplo. Os dência Social não acompanha o
Econômica no MBA em Previ- dois temas (presente e futuro) são envelhecimento da população,
dência Complementar da Escola o grande foco desse trabalho . daqui para frente o desaio será
Superior de Propaganda e Marke- “cada um por si”, ou seja, cada
ting (ESPM), os dilemas da previ- Para Luciane, o mundo está um será responsável por com-
dência, sob a ótica do consumidor, mudando, e teremos uma série plementar a aposentadoria oicial
podem ser vistos sob dois aspec- de desaios pela frente. “A expec- para viabilizar a sustentabilidade
tos principais: o viés do presente e tativa média de vida e o envelhe- inanceira. “Se quisermos viver
a falta de visão sobre o futuro. Ao cimento da população vêm au- muito e viver bem (com qualida-
se aprofundar no tema, Luciane mentando e, em contrapartida, a de de vida), teremos que ter fôlego
acabou virando uma referência estrutura das famílias está enco- inanceiro para que nossos recur-
sobre Psicologia Econômica, edu- lhendo. Diante dessas mudanças, sos inanceiros acompanhem os
cação inanceira e previdenciária. o modelo atual da Previdência anos a mais de vida que estamos
Também consultora da empresa Social chegou ao seu esgotamen- ganhando”, completa. Apesar
Mirador Atuarial, a psicóloga to”, comenta. Atualmente, 70% desse cenário, por exemplo, ape-
participa do projeto Oicina do dos benefícios pagos pelo Regime nas 8,7% da população brasileira
Futuro, criado pela Icatu Seguros Geral da Previdência Social são possui um plano de previdência
para o Sicredi, que propõe uma de até um salário-mínimo. Essas complementar, segundo dados
abordagem nova para o mercado, mudanças geram um fenômeno da Superintendência Nacional de
com o desenvolvimento de estra- social recente e crescente: dos 15 Previdência Complementar(Pre-
tégias sensibilizadoras, apoiadas milhões de aposentados hoje, 4,5 vic). “Sob este aspecto, a relação
nos fundamentos da Psicologia milhões continuam na ativa, se- do brasileiro com o seu dinheiro
Econômica, para incentivar os gundo o Instituto Grasileiro de e o seu futuro é de despreocupa-
cooperados da companhia a fazer Geograia e Estatística (IBGE), ção e imprevidência. Precisamos
as melhores escolhas de mecanis- sendo que mais da metade pre- planejar o futuro, caso contrário
mos de proteção contra os riscos cisa continuar trabalhando, por- teremos que improvisar e, com
de curto e longo prazo, como in- que sua renda é insuiciente, ou sorte, contar com a ajuda de ter-
validez e doenças incapacitantes, porque precisa ajudar inanceira- ceiros”, completa a psicóloga.
mente a família.

Instinto de sobrevivência RECUPERANDO O TEMPO PERDIDO expressões e pensamentos como “ainda tem
tempo” ou “no mês que vem eu começo”. Isso
As razões pelas quais as pessoas tendem Brasileiros vêm investindo em seguros de se aplica ao poupar, ao economizar e ao co-
a pensar mais nas necessidades do presente proteção pessoal e prevenção e começam meçar a investir em um plano de previdên-
do que nas demandas do futuro remetem a a pensar mais no dia de amanhã FONTE:CNSEG cia ou seguro de vida também. “É assim que
nossos ancestrais mais remotos e à genética: seguimos arriscando o nosso futuro”, alerta
o homem das cavernas e o instinto de sobre- Arrecadação do setor (em R$ bilhões) 113,9 Luciane, que exempliica com um dos produ-
vivência imediata. Herdamos o imediatismo tos líderes do mercado de seguros essa ten-
de valorizar mais o “hoje” em detrimento Indenizações, benefícios, 107 dência de comportamento. Os motoristas,
do “amanhã”, o que foi necessário durante resgates e sorteios pagos especialmente quando adquirem um veículo
muito tempo, mas que hoje nos prejudica. novo, correm para proteger o patrimônio,
“O foco no presente foi fundamental para 94,1 porque há um risco eminente de roubo ou
garantir a sobrevivência dos nossos antepas- danos em acidentes. Já o seguro de vida ain-
sados. No tempo das cavernas, não havia a 61,7 da é pouco procurado.
possibilidade de estocar e preservar alimen- 54
tos, e um dos desaios era comer”, explica a “Sabemos, com 100% de certeza, que
psicóloga Luciane Fagundes, especializada 48,7 vamos morrer, mas só 10% da população
em Psicologia Econômica. brasileira tem seguro de vida. Tememos os
1º semestre 2014 1º semestre 2015 1º semestre 2016 riscos, reconhecemos a necessidade de nos
Esse comportamento, que já foi funda- protegermos, mas não contratamos produtos
mental, se transformou em um obstáculo a uma espécie de miopia temporal, uma visão que treinar e nos esforçar, pois não está nos de proteção como deveríamos por falta de
ser vencido nos dias de hoje. Para os brasilei- encurtada que prioriza o presente e negli- nossos genes”, explica a psicóloga. percepção imediata de necessidade”, diz ela,
ros, o ato de planejar a longo prazo é inexis- gencia o futuro. “Poupar hoje para desfrutar lembrando que a teoria do Viés do Presente
tente, em muitos casos. “Somos movidos pelo algo no futuro é uma habilidade que temos O exemplo diário da procrastinação é tão importante que o estudo de dois psicó-
desejo e pela busca da satisfação imediata”, está na rotina de quase todo mundo, em logos israelenses, Daniel Kahneman e Amos
diz a psicóloga. Ela cita estudo da Universi- Tversky, sobre o tema é a razão pela qual eles
dade do Colorado em Boulder (Estados Uni- receberam o Nobel de Economia de 2002 e
dos), que identiicou os genes responsáveis ganharam relevância no mundo dos investi-
pela impulsividade e procrastinação, que sig- mentos.
niica deixar para depois algo que poderia ser
feito no momento. Para Luciane, herdamos

10 Seguros e Previdência

SEGUROS&
PREVIDÊNCIA

Caderno Especial do Jornal do Comércio | Porto Alegre, segunda-feira, 31 de outubro de 2016

DICAS

Para que e quando Sete pontos para analisar
você vai precisar?
1Primeiramente, é preciso saber viaInstituto Nacional de Seguro So- pagará o imposto no im e sobre o
Quando migram da fase “pensar é saber que cada um tem vantagens que, pela ótica da rentabilidade, a cial (INSS), tem um futuro incerto a total, podendo desfrutar do abati-
no futuro” à etapa do “planejar e exe- e vantagens, e buscar entender quais previdência não é necessariamente a médio e longo prazo, com temas de- mento no imposto anual. O ressar-
cutar o futuro” – guardar, em suma –, são elas. Para isso, é preciso saber melhor opção. Existem alguns cus- licados sobre idade, alíquotas, tempo cimento é de até 12% do valor pago.
as pessoas se deparam com a primei- qual é o seu objetivo. Muitas pessoas tos para aportes nos planos de pre- de contribuição e outras questões. No VGBL, o Imposto de Renda é
ra dúvida real: onde e como guardar confundem as coisas e tomam deci- vidência (taxa de carregamento) que Na hora de fazer uma simulação, pago somente sobre o ganho.
dinheiro? É ai que geralmente come- sões inanceiras erradas.” não existem para aplicações inan- tenha sempre em mente o custo de
ça uma confusão entre os meios e os ceiras e outros tipos de garantia de taxas de administração e a inlação, 6O VGBL ainda é preciso ser ana-
objetivos para fazê-lo, o que acaba São explicações como essa que futuro, como aquisição de imóveis que inluencia diretamente nos ga- lisado pela ótica do tempo, pois
levando a uma má escolha. Rassier também compartilha, no Es- (que tem riscos inerentes). nhos. tem uma tabela de Imposto de Ren-
túdio de Finanças da Pontifícia Uni- da que pode abocanhar 35% dos ga-
É neste contexto, e ponto de re- versidade Católica do Rio Grande do 2O fundamental nos planos de 4Após decidir e reconhecer na nhos (se utilizado em menos de dois
lexão, que trabalha o economista Sul (Pucrs), com mais uma dezena de previdência é que você estará fa- previdência privada sua melhor anos) ou para um patamar bem me-
Leandro Rassier, educador inancei- proissionais. O local oferece apoio zendo uma reserva importante, que opção, existem basicamente dois ca- lhor – de 10%-, ao inal de 10 anos. É
ro, palestrante, professor universitá- especializado na gestão de inanças certamente será necessária para você minhos: os Planos Vida Gerador de neste ponto que realmente os planos
rio e escritor (têm dois livros sobre o para consumidores que estão se recu- e sua família, e de forma rápida em Benefício Livre (VGBL) e Plano Ge- começam a icar vantajosos.
tema). “A primeira coisa que se tem de perando de perdas, evitando-as ou se caso de necessidade imediata, como rador de Benefício Livre (PGBL), que
ter consciência é de que plano de pre- garantindo contra elas. No quadro, morte inesperada. E o recurso é des- basicamente diferem pelo momento 7Também há uma tabela progres-
vidência privada não é investimento veja as dicas de Rassier para quem tinado a uma pessoa especiica, não em que você vai pagar o imposto. siva, que estimula o poupador
no sentido de aplicação inanceira. chegou à fase do “se preparar para o precisará passar por inventários ou que irá precisar de menos recurso
São coisas diferentes. O importante futuro”. outras burocracias, sendo pago nor- 5De modo geral, a regra é sim- e pagará menos imposto. Já a tabe-
malmente em menos de 30 dias. ples: se você declara o Imposto la regressiva privilegia o tempo de
de Renda de maneira simpliicada, poupança. Quanto mais demorar
3Também é preciso conside- adote o VGBL. Se a declaração for para resgatar, menos Imposto de
rar que a previdência pública, detalhada, adote o PGBL. Nele, você Renda será pago.

Seguros e Previdência 11

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SEGUROS&
PREVIDÊNCIA

Caderno Especial do Jornal do Comércio | Porto Alegre, segunda-feira, 31 de outubro de 2016

MERCADO CORPORATIVO FUNDAÇÃO CEEE/DIVULGAÇÃO/JC

RH aposta em fundos
de pensão coletivos

Os fundos de previdência com mais R$ 1,00. E, além da melhores taxas de juro”, exempli- Vantagens são custos de manutenção, taxas e juros menores, diz Janice
fechados são as grandes estra- aposentadoria, o participante de ica Janice, que atua diretamente
tégias do mercado corporativo, um fundo de pensão tem, à sua na gestão de um patrimônio su-
atualmente, para valorizar e re- disposição, proteção contra ris- perior a R$ 5 bilhões, hoje sob
ter funcionários. Criada normal- cos de morte, acidentes, doenças, o guarda-chuva da Fundação
mente por empresas dispostas a invalidez. CEEE, em mais de 35 anos de
colocarem, junto com o dinhei- atuação.
ro dos empregados, uma parcela Em geral, explica a presi-
extra de depósito, a previdência dente da Fundação CEEE-Previ- No caso da fundação, o pró-
fechada vem ganhando massa dência Privada, Janice Antonia ximo passo e a nova meta é o
como ação de Recursos Huma- Fortes, para usufruir do recurso lançamento de um fundo de pre-
nos (RH). Para o setor de seguro total dos depósitos da empresa e vidência que seja viável também
e previdência, se revela um mer- do funcionário se exige um deter- para pequenas empresas, criando
cado em expansão. Hoje, existem minado tempo de permanência um fundo padrão de previdên-
mais de 300 fundos de previdên- na empresa. O prazo para resgate cia fechada. A ideia, diz Daniele
cia fechados no Brasil, com 2,7 costuma ser a partir de 10 anos. Mascherin Pastore, da gerência
mil empresas patrocinadoras – As vantagens são menos custos de expansão da entidade, é lan-
além de 504 entidades que tam- de manutenção e taxas (por não çar o produto ainda no primeiro
bém se organizaram para fazer ter ins lucrativos) e juros me- semestre de 2017.
previdência coletiva, com sindi- lhores nos investimentos feitos
catos e associações. (no comparativo com aplicações E grandes números de estí-
individuais). Além de atuar com mulo ao setor não faltam: já são
Para os funcionários, o mo- a gestão do fundo de pensão da 2,5 milhões de participantes ati-
delo é cheio de atrativos: na fase CEEE, a fundação também opera vos no sistema e 740 mil aposen-
de acumulação de recursos, as na administração, elaboração e tados e pensionistas aproveitan-
empresas também contribuem coordenação de fundos empresa- do o descanso do trabalho com o
para o fundo de previdência de rias de outras entidades. bolso um pouco melhor rechea-
seus empregados, e o saldo acu- do, de acordo com a Associação
mulado poderá ser resgatado “Entre 2001 e 2015, para pe- Brasileira das Entidades Fecha-
integralmente ou recebido men- garmos um prazo longo e ade- das de Previdência Complemen-
salmente, como uma pensão ou quado a um fundo de previdên- tar (Abrapp).
aposentadoria tradicional. Em cia, a rentabilidade acumulada
boa parte dos casos, para cada R$ obtida desses investimentos foi O patrimônio total do seg-
1,00 que o colaborador coloca lá, de 629% ante 205% da poupança. mento já alcança, segundo a en-
a empregadora engorda o saldo Pelo volume de recursos que os tidade, R$ 763 bilhões, de quase
fundos gerenciam, se consegue 13% do Produto Interno Bruto
(PIB) do Brasil.

Apoio a empregados endividados e com baixa produtividade EVOLUÇÃO DOS FUNDOS NÃO-EMPRESARIAIS

Ao perceber que boa parte de por causa disso”, lamenta Mar- implantávamos o produto. Parte Ativos de
seu grupo de funcionários vinha con. dos colaboradores também de- entidades e
enfrentando problemas inancei- morou a aderir porque havia o sindicatos (em
ros, solicitando adiantamentos e Para estimular o grupo a re- risco de demissões. Infelizmente, R$ bilhões)
empréstimos consignados, o di- ver as contas a Inpel, de Sapucaia chegamos mesmo a demitir. Ago-
retor comercial da Inpel Arman- do Sul, com cerca de 160 funcio- ra, com as coisas mais calmas na 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016*
do Marcon Júnior decidiu ajudar nários, se aliou ao Fundo de Pre- economia, até voltamos a contra- 1,018 1,495 1,894 2,431 3,079 4,469 5,067
os colaboradores a reorganizarem vidência Privada da CEEE, que tar funcionários. Mais estáveis,
suas inanças. E, mais do que isso, entrou na indústria com apoio eles começaram a entrar no pla- *até junho
passou a idealizar um projeto de individual a alguns funcionários no”, conta o empresário.
previdência privada interna para e também com palestras e ações 1970 1980 1990 2000 2011 a O crescimento
estimular a economia. de conscientização inanceira. Para o educador inanceiro e 1,18 1,71 1,63 2,25 2016 no número de
professor de economia da Pontifí- participantes
Pior do que o baixo rendi- Estimulados pela ação, e cia Universidade Católica do Rio 2,5 (em milhões de
mento de bons funcionários en- também pelos depósitos que a Grande do Sul (Pucrs) Leandro pessoas)
voltos em contas e atrasos foi per- empresa faria para cada R$ 1,00 Rassier, observadas as regras para
ceber que havia até proissionais que cada empregado colocasse os casos de saída do emprego, di- Fonte: Associação Brasileira das Entidades
pedindo para serem demitidos. no fundo de previdência, o gru- icilmente o empregado encontra- Fechadas de Previdência Complementar
“Eles faziam isso para receber po vem crescendo. Hoje, cerca de rá opção melhor se houver aporte
algum dinheiro e quitar dívidas. 40% dos colaboradores aderiram de recursos da empresa. “Neste
Só que isso não era uma solução, ao sistema e, ao invés de gastar caso, mesmo onde a empresa co-
pelo contrário. Havia um des- mais do que tem, passaram a pou- loca somente 50% do valor de-
controle inanceiro muito grande par. positado pelo funcionário, como
entre alguns colaboradores. Che- um estimulo, esse dinheiro extra
gamos a perder bons proissionais “No início, o processo foi é ganho puro”, ressalta.
mais lento, fomos pegos no
meio de uma crise bem quando

12 Seguros e Previdência

Jornal do Comércio segunda-feira, 31 de outubro de 2016 13

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SEGUROS&
PREVIDÊNCIA

Caderno Especial do Jornal do Comércio | Porto Alegre, segunda-feira, 31 de outubro de 2016

TENDÊNCIAS

Sobre rodas seguras Inexistência de norma e perigo no ar

ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC Os veículos aéreos não tri- para o setor segurador, de acor-
pulados (vants), ou drones, do com a Federação Nacional de
Para Marins, o mercado de bikes é um desaio porque a bicicleta não é um produto emplacado como são mais conhecidos, tam- Seguros Gerais (FenSeg).
bém estão na mira das segura-
doras, assim como cada vez mais Cabe à Agência Nacional de
nas mãos dos brasileiros. Em Aviação Civil (Anac) a regula-
agosto deste ano, o tema chegou mentação, que em 2015 propôs
a ser assunto de destaque duran- uma norma em que, para ope-
te o 5º Encontro de Resseguro do rações civis, o piloto deve ser
Mercado Segurador. Na ocasião, maior de 18 anos e contratar um
foi realizado um painel com a seguro com cobertura de danos
participação do vice-presidente a terceiros. Já os órgãos de segu-
e gerente de aviação da segura- rança pública e defesa civil po-
dora especializada em seguro de derão operar aeronaves guiadas
aviação XL Catlin, Tony Trost. a distância em qualquer área sob
sua responsabilidade, também
Usados para lazer e para tra- necessitando de seguro com
balho (como de monitoramento, cobertura de danos a terceiros.
até mesmo em áreas rurais), os Mas, apesar do incentivo à con-
drones são silenciosos, leves e tratação de seguro na proposta
fáceis de usar. Devido à versati- da Anac, a inexistência de nor-
lidade e ao preço acessível, mul- ma publicada é uma das razões
tiplicam-se e impõem desaios para que muitas seguradoras
regulatórios para sua operação ainda não tenham entrado nesse
com segurança, abrindo um mercado, apesar de a procura ter
grande mercado em potencial aumentado.

Ciclista e corretor de seguros, seguro. Pelo preço, minha margem têm buscado seguro para possíveis JEFFERSON BERNARDES/AGÊNCIA PREVIEW/JC
Paulo Renato Martins, 53 anos, de- seria muito pequena, e logo a conta danos físicos do esporte. O empre-
dicou seis meses de pesquisa, visitas não iria fechar” analisa o sócio-ge- sário conta que recebeu pedidos Drones são usados para monitoramento de áreas
a São Paulo e muitos cálculos para rente da Ábaco, que não desistiu. de cotações, por exemplo, de uma
chegar a um produto ideal ao seu médica que havia caído de bicicleta, Cuidado com os danos a terceiros
próprio hobby: pedalar. Apesar do Em procura por sites de gran- porque a roda prendeu em um bu-
número crescente de bicicletas nas des companhias com a quais pu- raco. “A manutenção das vias é um Outro segmento bastante com habilidades bem especíicas
ruas, ainda não fácil achar um se- desse fechar parcerias, Martins fator de risco enorme. Essa médica adaptado às novas realidades é o e regulamentadas (como advo-
guro para esse bem (e este esporte). esbarrava sempre no mesmo pro- que me procurou chegou a icar de seguro de Responsabilidade Ci- gados, dentistas, contadores e até
O motivo maior, diz o presidente do duto: algo vinculado à bike, como cadeira de rodas por tempo, devido vil, com amplo leque de produtos. proprietários de cartórios), há
Sindicato das Seguradoras do Rio no caso de cobertura a roubo de re- à gravidade do caso.” O principal objetivo é a proteção modalidades que protegem, por
Grande do Sul (Sindseg-RS), Pe- sidências – operado, por exemplo, do patrimônio do cliente caso exemplo, o dono de uma residên-
dro Moreira Garcia, é a diiculdade pela Porto Seguro e que anuncia a Conforme Martins, o mercado ele venha a ser responsabilizado, cia com cachorro, para o caso de
de se precaver de fraudes no setor. proteção da bike como um diferen- para o setor de seguros, no entanto, judicialmente ou por meio de re- ataque do animal a outros.
“O mercado de bikes é um desaio, cial –, mas nada especíico e mais está não apenas no grande público clamação direta, por ter causado
porque a bicicleta não é um produto amplo. Acabou trazendo para a amador, que cresce dia a dia, mas danos materiais, corporais ou “Por pouco dinheiro a mais
emplacado, como uma moto ou um empresa um seguro da Argos, com também no esportista. Ele explica morais involuntários a terceiros. no seguro de residência, o con-
carro, que se tenha registro e con- o qual se identiicou, como corretor que, enquanto uma bicicleta com- sumidor também pode ter essa
trole. Então, é muito fácil de simu- e como ciclista. Pouco depois de prada para lazer custa até R$ 5 mil, Conforme o diretor de mar- proteção”, explica hozeski.
lar um roubo, por exemplo. Mas é lançar o produto no mercado, teve os equipamentos para proissionais keting do Sindicato dos Correto- Ainda seguindo o exemplo do
um produto com grande demanda, a própria bicicleta furtada – e ainda vão a R$ 10 mil. Em caso de ne- res de Seguros do Rio Grande do cão que causa danos a terceiros,
e quem tem que achar uma solução não havia feito seguro. cessidade de uso, o ciclista pagará Sul (Sincor-RS), André hozeski, o caso pode ser ainda mais grave
para essa diiculdade e encontrar um taxa de franquia equivalente a Além da responsabilidade civil se o ataque for a um proissional
uma forma de viabilizar o produto “Estava no supermercado, determinado percentual do patri- proissional, esse tipo de segu- da saúde, por exemplo. Se ele i-
é o próprio setor”, ressalta Garcia, com a bicicleta em cima do carro mônio assegurado e avaliado por ro deve ser cada vez mais aceito car impossibilitado de trabalhar,
também um ciclista ativo. e, quando voltei, a tinham levado. vistorias e fotos. O proissional, como apêndice de seguros con- como no caso de um cirurgião,
E sei de mais casos com o meu. O diz Martins, costuma ter menos vencionais, como de residência. o consumidor terá um custo alto
Martins, sócio-gerente da Ába- roubo de bicicleta é alto, todo dia danos do que o ciclista que pedala Enquanto o seguro proissional a pagar por perdas desse traba-
co Seguros, primeiro tentou chegar tem relato, apesar de nem tudo ser por hobby, já que o atleta costuma pode ser feito por trabalhadores lhador.
a uma equação que se torna viável registrado. O que para o setor é cuidar melhor do equipamento.
o valor de um seguro para bicicleta ruim, porque há falta de estatística Aos usuários comuns os riscos de-
para o usuário e para o próprio cor- real”, diz Martins. vem seguir em alta, avalia o empre-
retor. Acabou achando que pagaria sário. “Recentemente, a prefeitura
para trabalhar, dados os riscos. A Entre as consultas que já rece- de Porto Alegre ainda reduziu o
fraude era o maior risco, diz Mar- beu para o produto não há apenas número de quilômetros de ciclo-
tins. “A maioria dos seguros que casos de pessoas que foram vítimas vias previsto para fazer na cidade.
eu conhecia não cobria quebra do de crimes, mas também de aciden- É uma pena, porque tem cada vez
produto. No caso de ter estragado tes. Com as ruas mal conservadas, mais gente pedalando nas ruas, por
a bicicleta, seria muito fácil simu- motoristas desrespeitosos e im- hobby e como meio de locomoção
lar o crime, se livrar dela e pegar o prudentes com os ciclistas, poucas mesmo.”
ciclovias (e mesmo estas, em más
condições), os clientes também

14 Seguros e Previdência

SEGUROS&
PREVIDÊNCIA

Caderno Especial do Jornal do Comércio | Porto Alegre, segunda-feira, 31 de outubro de 2016

QUALIFICAÇÃO

Profissionais de olho em diferentes mercados

Estar atento e conhecer o comporta- de várias gerações, desde os baby boomers, vendaval que passou em Porto Alegre, com Crescemos 12,1% em 2014, 11,6% em 2015.
mento da economia, a renda do consumi- geração X, a Y e agora a Z. Do mais conser- ventos de 119 km/h, trouxe, com inúmeros As perspectivas são de fecharmos 2016
dor e suas necessidades de proteção são vador ao mais arrojado tecnologicamente”, sinistros, o aumento de uma sensibilização com crescimento de 8 a 10%”, diz André
características que diferenciam, hoje, os diz Jane. do consumidor e para o próprio mercado. hozeski, diretor de Marketing do Sindi-
bons corretores no mercado de trabalho de Quais riscos estavam cobertos? Havia co- cato dos Corretores de Seguros do Estado
seguro e previdência. De acordo com Jane Ao mesmo tempo em que destaca a berturas de responsabilidades? Foram dias do Rio Grande do Sul(Sincor-RS). Ele su-
Mansur, coordenadora da Fundação Esco- importância de manusear e ter intimida- de questionamentos para corretores, segu- gere que, no lugar de se retrair, o prois-
la Nacional de Seguros (Funenseg) no Rio de com novas ferramentas de trabalho, a radoras e segurados”, explica Jane. sional se adeque ao momento, ofertando
Grande do Sul, a diversidade do mercado executiva alerta que os corretores não po- também seguros mais simples a um con-
atual é um desaio e uma oportunidade dem se afastar do básico, a sensibilidade “Somos sempre um setor que sofre sumidor que não pode comprar tudo que
para os proissionais. “Possuímos clientes para individualizar as situações. “O dia 29 por último quando a crise chega e rea- deseja.
de janeiro para Porto Alegre foi o dia D. O ge primeiro quando a economia retoma.

Prepare-se para vender previdência e saúde juntos

Além do seguro auto popular Sul (Sincor-RS), destaca que outra e saudável, o cidadão vai investindo saúde são maiores. os saques lá adiante). Este produto,
como boa alternativa de negócios inovação no mercado será na Previ- num plano de previdência privada “Como isso, ele vai desonerar como depende da parceria do Esta-
aos corretores em período de vendas dência Privada com Seguro Saúde, especíico para bancar o seguro- do, depende de previsão legal, está
em queda, André hozeski, diretor batizada de “PreviSaúde”. A ideia é -saúde privado na terceira idade, o Estado. A contrapartida será um com as negociações em andamento
do Sindicato dos Corretores de Se- simples: ao longo da vida economi- quando a renda cai, as doenças apa- incentivo iscal (ou no Imposto de e um projeto de lei tramitando na
guros do Estado do Rio Grande do camente ativa, quando ainda jovem recem e os custos com um seguro Renda a pagar enquanto poupan- Câmara”, alerta o diretor do Sincor.
do ou em forma de isenção sobre

Seguros e Previdência 15

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16 segunda-feira, 31 de outubro de 2016 Jornal do Comércio

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Porto Alegre, segunda-feira, 31 de outubro de 2016 | Ano 16 - nº 43 |

KUES/FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC

Consumo

Poder de compra

daoosnbívraelsidleeir2o0s11voltaPágina Central Com a palavraA MontoarmoleansSotoolulueçtõpeioersesntássiindfBooercvanaastddielaobdreuaamssccoeasmmeurpmcuaomnnmhoauivafnoo,iErcpnlatoeçosõcnieceidBsooo-crrraígtidocaenso, vdoe.stPaácgainoa 3

2 Segunda-feira, 31 de outubro de 2016 | Editor-Chefe: Pedro Maciel
Secretário de Redação: Guilherme Kolling
Opinião
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Editor de Economia: Luiz Guimarães
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Editora-Assistente: Cristine Pires
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Projeto Gráfico: Juliano Bruni e Luis Felipe Corullón

Gestão e infraestrutura

Mário Lanznaster mercado (preços desestimulantes “Na economia, ilustra bem essa situação. Todo setor público. Logo após, porém,
para o produtor rural). Para agra- todos os fatos estão ano a agroindústria catarinense será necessário, um programa de
Presidente da Cooperativa Central Aurora var, o governo, desatento, permitiu intrinsecamente precisa buscar no Centro-Oeste reformas profundas e dolorosas
Alimentos e vice-presidente que se realizasse uma imensa e ligados. A crise do brasileiro cerca de 3 milhões de em muitas frentes para mudar
para o agronegócio da Fiesc desmedida exportação desse va- milho impactou na toneladas de milho para suprir o essa situação, na qual, 90% dos
lioso grão que pode chegar a 38 inflação e atingiu a déicit interno desse insumo. Para gastos do Estado são obrigató-
Existem muitas coisas que os milhões de toneladas embarcadas. sociedade nacional, isso são necessárias mais de 50 rios e 75% são indexados.
agentes econômicos em geral e os A ironia é que esse insumo foi e porque encareceu mil viagens de carretas/ano que
empresários em particular estão está sendo exportado para con- todas as carnes e os custam 6 bilhões de reais. Se exis- A retomada do crescimento
tendo cada dia mais diiculdade correntes do Brasil que o trans- alimentos em geral. tisse uma malha ferroviária ligan- requer muitas reformas, mas, é
em tolerar. Uma delas é a crônica formarão em proteína animal na Da mesma forma, do o Oeste catarinense, pólo das consenso que o País requer uma
má gestão que impregna todo o disputa do mercado internacional a má infraestrutura agroindústrias, com Mato Grosso urgente e modernizante reforma
setor público, incluindo a admi- de carnes. encarece a produção e Mato Grosso do Sul, esse custo na Previdência e na legislação
nistração indireta e as empresas brasileira em geral cairia em pelo menos 1/3. trabalhista para retomarmos
de economia mista, e que se revela Assim, de um lado, favorecemos e, em especial, as condições de empregabilida-
pelo desperdício de dinheiro pú- os concorrentes e, de outro, preju- a produção de Vivemos um choque de reali- de, sustarmos a destruição de
blico, pela corrupção e pela inei- dicamos a indústria nacional que, alimentos” dade provocado pela atual crise. milhões de postos de trabalho
ciência generalizada. com a escassez do milho, sofre um Uma das suas faces é o descon- e encorajarmos a volta do capi-
brutal aumento de custo. Chegou ma forma, a má infraestrutura trole iscal que eliminou a capa- tal externo para investimentos
Outro desconforto do empre- a ser desconcertante assistir, nos encarece a produção brasileira em cidade de investimento do Estado produtivos no Brasil – algo que
sariado reside nas deiciências de portos brasileiros, o milho nacio- geral e, em especial, a produção de e até de manutenção dos serviços desapareceu há vários anos – e
infraestrutura que penaliza quem nal sendo exportado, enquanto alimentos. A falta de ferrovias, ro- públicos. Tenho fé que esse cho- estimularmos os empresários
produz e anula a competitividade se desembarca milho da Argenti- dovias, hidrovias, armazéns, por- que de realidade leve a sociedade brasileiros a novos empreen-
das principais cadeias produtivas na, numa operação kafkiana que tos e aeroportos etc. torna mais brasileira a compreender e aceitar dimentos. A reforma também
do País. Um tema ligado ao agro- poderia ter sido substituída pela penosa e mais cara a produção de que não existe salvação para o deve ser política, destacando-se
negócio – a crise no abastecimento racionalidade e pelos princípios carnes, grãos, leite etc. País sem uma reforma do Estado as vantagens do sistema eleito-
do milho – é um exemplo que ex- da inteligência comercial agrícola, brasileiro para dar racionalidade ral distrital misto, que melhora
terioriza e une os ios desses dois conceitos dominados e praticados O exemplo de Santa Catarina a esse mastodonte caro e ineicaz, e equaliza a representatividade
fatores: gestão e infraestrutura. por países mais desenvolvidos. que drena recursos dos setores de todas as regiões e fortalece e
produtivos, consome-os em bol- aperfeiçoa a democracia repre-
O milho é um insumo essencial O episódio do superencareci- sões insaciáveis do funcionalismo sentativa verde-amarela.
para gigantescas cadeias produti- mento do milho está, agora, em público e devolve muito pouco em
vas do Brasil. Duas delas estão em curva descendente, mas, resultou obras e serviços. Esperança e coniança são dois
Santa Catarina, que detém o mais em milhões de reais de custos adi- ingredientes necessários à vida
avançado parque agroindustrial cionais para as indústrias e a in- O governo de Michel Temer em sociedade. Sem elas, a som-
da avicultura e da suinocultura do solvência de produtores rurais não colocou alguma ordem no caos bra do pessimismo pode cair pe-
País. Para alimentar um rebanho protegidos pelo sistema integrado político e institucional que rei- rigosamente sobre os indivíduos,
anual de 1,2 bilhões de aves e 12 de produção avícola e suinícola. nava. Já existem sinais de que a obliterando a visão do mundo e
milhões de suínos por ano, empre- crise desacelera e aproxima-se o exasperando a sensação de der-
gam-se milhões de toneladas de Na economia, todos os fatos início de uma esperada reversão. rotismo e catastroismo. Sou oti-
rações cuja base nutricional em estão intrinsecamente ligados. A A sociedade espera que o gover- mista. O Brasil é muito maior que
70% é o milho. A produção brasi- crise do milho impactou na inla- no lance um programa de refor- a crise. Precisamos restabelecer a
leira de milho vem caindo, ora por ção e atingiu a sociedade nacional, mas imediatas e emergenciais coniança e trabalhar pela recons-
efeito do clima (estiagens ou ex- porque encareceu todas as carnes para recuperar a viabilidade do trução e pelo futuro.
cesso de chuvas), ora por efeito do e os alimentos em geral. Da mes-

O sucesso da equinocultura no Brasil

André Gelfi dústria do cavalo viu seu faturamento sal- Mangalarga Marchador, Nordestino, Quarto diretos nesta indústria. Isso ixa o homem no
tar 113%, quase 12% ao ano. Em 2006, o de Milha, Crioulo e Mangalarga –, o Puro campo, que passa a ver a permanência no seu
CEO do Suaposta, plataforma de apostas on-line setor movimentava R$ 7,5 bilhões. No ano Sangue Inglês conta com cerca de 15 mil ambiente como viável economicamente, im-
em corridas de cavalos passado, atingiu R$ 16 bilhões. Esta pes- cavalos no País, segundo o levantamento da pedindo-o e protegendo-o de vir tentar a vida
quisa foi comandada pela Confederação Esalq. O crescimento da criação desta raça no meio urbano e aumentando todo o caos
O Brasil de 2016 tem problemas eco- Nacional da Agricultura e conduzida pela está diretamente relacionado ao volume de social que encontramos nas cidades.
nômicos, sociais e políticos de toda ordem. Esalq – Escola Superior de Agronomia Luiz apostas nas corridas.
Mas há um Brasil que é sucesso a cada ano de Queiroz (USP), por intermédio do De- Diante deste cenário, devemos apoiar a
que passa: o do agronegócio. Neste campo, partamento de Economia Aplicada (Cepea). A roda funciona ou gira assim: quanto equinocultura cada vez mais. É um setor
crescemos mais, os números e a produti- Difícil achar um setor formal da economia mais se aposta, mais os prêmios aumentam. pujante que cresce como nenhum outro,
vidade só aumentam, independentemente brasileira com resultados tão positivos. E quando os prêmios crescem, toda a cadeia inserido no agronegócio, que alguns eco-
das crises que o País enfrenta. Foi o único envolvida com aquele cavalo ganha e se esti- nomistas costumam chamar de “o Brasil
setor com PIB positivo em meio ao terre- O Rio Grande do Sul sempre foi um polo mula o investimento na criação de mais ca- que dá certo”, tamanho é o sucesso. É uma
moto da instabilidade econômica que as- da criação de cavalos no Brasil. Regiões próxi- valos. E, com mais investimento, todo o setor estimulante alternativa para que possamos
solou a nação em 2015, crescendo 1,8%, mas à fronteira com o Uruguai e a Argentina, ganha: o cuidador, o treinador, o proprietário, sair desta crise econômica que tanto teima
segundo o IBGE. Analistas acreditam que o países de grande tradição nesta cultura, têm o jóquei, os Jockey Clubs e o apostador. em nos aligir ano após ano. É chegada a
desempenho do segmento seguirá em alta excelentes haras com estruturas de ponta. O hora de os empreendedores, legisladores e
entre 1,5% e 2,2% neste ano. Estado é referência quando se fala em Puro Calcula-se que é necessário um trabalhador autoridades do nosso País darem uma boa
Sangue Inglês, raça que disputa as corridas rural para cada cinco cavalos. E, com os anos, olhada para este setor. Eu olhei e não me
Em meio a toda esta situação positiva, pelos Jockey Clubs País afora. o agronegócio equino como um todo contri- arrependo. Pelo contrário, a cada dia, tenho
há um setor do agronegócio que lidera fol- buiu para a formação de uma mão de obra mais convicção de que é um caminho com
gado no que diz respeito a crescimento: a Apesar de esta raça não igurar entre as extremamente especializada. Hoje há 600 mil muito potencial de crescimento ainda.
equinocultura. Nos últimos 10 anos, a in- principais do Brasil – as mais numerosas são empregos diretos e cerca de 3 milhões de in-

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