The words you are searching are inside this book. To get more targeted content, please make full-text search by clicking here.
Discover the best professional documents and content resources in AnyFlip Document Base.
Search
Published by randolfosc, 2021-01-29 06:18:28

Let’s Go 44

Let’s Go 44

Autos

Divulgação

João Ricardo Araújo, proprietário da SBI, na linha de produção da blindadora

tipo de serviço. “Estamos no- o carro como antigamente e
tando um aumento significa- hoje temos um custo menor”,
tivo, na procura feita por mu- revela. Vale lembrar que há
lheres, por exemplo, que vêm à ainda proteção nos parala-
nossa empresa conhecer todo mas dianteiros, no capô do
o processo, os materiais balísti- veículo e nos pneus. Em caso
cos e negociar a blindagem do de acidente ou de um tiro no
seu carro. Elas são bem exigen- pneu, o carro consegue rodar
tes com a qualidade”, afirma por um determinado tempo.
Leonardo Cavalcanti.
De acordo com João Ricardo, Cuidados extras
da SBI, a blindagem de um veí-
culo sedan médio, como o Co- João Ricardo Araújo explica
rolla ou o Civic, por exemplo, que o serviço de blindagem
custa em torno de R$ 50 mil, é extremamente controlado
no Nível 3A. “É o máximo per- e fiscalizado, e que o clien-
mitido pelo Exército na Bahia, te não deve perder de vista
e nos atende muito bem”, ga- também a necessidade de
rante. Pode haver alguns cus- revisão e manutenção do
tos adicionais quando o carro veículo blindado.
possui itens opcionais como
teto solar panorâmico ou fun- O proprietário da Target sa-
cionamento de mala elétrica. lienta que é importante es-
O proprietário da SBI explica tar atento a algumas blinda-
que a blindagem hoje em dia gens baratas encontradas no
é bem mais leve. A tecnolo- mercado não regularizado.
gia avançou e o veículo não “Utilizam produtos de baixa
fica tão pesado. “Um SW4 da qualidade, às vezes, sem a
Toyota acrescenta cerca de autorização do Exército e ne-
200 kg, um Corolla uns 170 nhuma engenharia de aplica-
kg, no máximo. Não agride ção dos mesmos, pondo em
risco a eficiência na hora de
uma necessidade”, ressalta.

101 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Autos e Motos

aBpMeqWueGna3n1o0táGvSel

Roberto Nunes

Jornalista automotivo
[email protected]

gem com o 5008 nas versões
Griffe e Griffe Pack, com valo-
res sugeridos de R$ 157.500 e
R$ 166.500, respectivamente.

Fotos: Divulgação

Única marca do segmen- da BMW. Divide a base de Rubens dos Anjos, gerente da
to premium de duas rodas chassi e motor e outras par- Danton Salvador, garante que
na Bahia, a BMW Motorrad tes, como o painel com a 310 a Peugeot acertou na dose.
reina praticamente sozinha. R. Da irmã maior R 1200 GS “Agora, temos três modelos
Entre as pequenas espor- ganhou a inspiração de para- neste segmento de crossovers,
tivas, a marca bávara po- -lamas, desenho do tanque e o que mais cresce no país. Te-
siciona a novíssima G 310 rabeta. Seu motor é monoci- mos o 2008, o 3008 e este
GS. Produzida em Manaus líndrico de 313 cm³ com 34 tecnológico 5008, veículo com
para o mercado brasileiro, cavalos e 2,8 mkgf. O câm- motor 1.6 THP, turbo com 165
a BMW G 310 ganhou avant bio é de cinco marchas. cavalos, e câmbio automático
première mundial no Salão de seis velocidades. Ele sur-
Duas Rodas, evento bianual Peugeot 5008: preende pelo desenho da car-
realizado em São Paulo. mais parece roceria e, principalmente, pelo
Nada como uma moto de uma nave que oferece de conforto para
pegada esportiva para boas o motorista e os passageiros.
aceleradas. Já disponível A Peugeot é reconhecida em Esse, sim, é um SUV para o
em Salvador, o modelo tem todo o mundo. Com modelos brasileiro”, acredita.
preço de R$ 24.900 mais o de design marcante e alta-
frete (são R$ 3 mil a mais mente tecnológico, a marca do
que a Street 310 R) nas co- leão aposta as suas fichas no
res vermelho, preto e cinza. 5008. Após o sucesso do cros-
A 310 GS é a segunda versão sover médio 3008, a francesa
da linha de baixa cilindrada Peugeot reforça a sua ima-

102 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Autos e Motos ASSOVEBA une Aceleradas
grupo de lojistas
Godzilla GT-R, na Bahia Asiático renovado
o japonês
nervosinho Daniela Peres, presidente Manoel Geremias, revendedor
da ASSOVEBA exclusivo da SSangYong, ini-
O Nissan GT-R é conhecido ciou a venda do novo portfólio
como Godzilla no Japão. Ape- O VW Gol é o campeão de de veículos da marca sul-core-
lido inspirado no monstro do vendas entre os modelos semi- ana em Salvador. A MG já tem
desenho japonês, o “Godzilla novos mais vendidos na Bahia. os novos modelos Tivoli e XLV.
GT-R” salta aos olhos tanto Maior mercado do Nordeste O Tivoli é um crossover urbano,
pelo visual como também pelo do Brasil, a Bahia fechou com bem equipado e com motor 1.6
seu raivoso motor. Sob o capô, 128.460 unidades comercia- a gasolina, de 128 cv, e trans-
há um “coração” biturbo V6 lizadas de janeiro a abril de missão automática de seis velo-
3.8 24 válvulas com 572 cava- 2018. Daniela Peres, presidente cidades. Sai por R$ 84.990.
los e câmbio automático de da Associação dos Revende-
seis velocidades. Tudo é cons- dores Independentes de Ve- Mobília importada
truído na medida certa para ículos (ASSOVEBA), adianta
quem gosta de aceleradas. O que os bancos voltaram a fi- A GNC Suécia, nova revenda
carro usa agora maior pressão nanciar com taxa de juros de Volvo em Salvador, recebeu
com atuador e um sistema de 0,89% ao mês para carros com o seu mobiliário vindo da Es-
temporização da ignição que quatro anos de uso. O manda- candinávia. Dentro do padrão
é controlado individualmente to da atual gestão da associa- Volvo Cars, a concessionária já
por cada cilindro, uma tecnolo- ção encerra em outubro deste oferece o novíssimo crossover
gia anteriormente exclusiva do ano. Sobre a reeleição à frente XC40. A partir de junho, chega
GT-R NISMO de competição. O da instituição, Daniela garante: a versão XC40 T4 2.0 turbinado
esportivo Nissan GT-R é ven- “Estamos com a engrenagem de 190 cavalos com opcional de
dido por encomenda em todo pronta e muitos projetos que condução semiautônoma que
o Brasil. Tem valor inicial de precisam ser implementados, fica por R$ 174.950.
R$ 900 mil. A personaliza- mas demandam tempo”.
ção do seu interior custa mais Chinesa do Brasil
R$ 20 mil.
Bastou o empresário Carlos Al-
Ducati traz berto de Oliveira Andrade, co-
Panigale para o nhecido pelo seu império no se-
Brasil tor de automóveis, comprar par-
te da chinesa Chery para tudo
Sem ponto de venda na região mudar. Ele lançou a fabricante
Nordeste do Brasil, a Ducati Caoa Chery com o pequeno
anuncia a chegada da exclusiva crossover Tiggo 2 feito em Jaca-
Panigale V4 Speciale. São ape- reí (SP). Tem motor 1.5 flex, de
nas 1.500 unidades numeradas e 115 cv, e câmbio manual de cin-
fabricadas no mundo. O modelo co marchas, nas versões Look e
está com três unidades disponí- ACT (R$ 59.990 e R$ 66.490).
veis para o mercado brasileiro.
Tem motor de 1.103 cm³, com seus
214 cavalos de potência e relação
peso/potência de 1,1 cv/kg.

103 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Spot

Polarização

das informações
Especialistas afirmam que uma das maiores causas da polarização nas redes, a
militância digital, é uma realidade e uma tendência no mundo político

Por Matheus Pastori de Araújo

Basta que você abra o seu Fa- que seria um verdadeiro embate A superexposição, que virou
cebook. É certo, entre uma foto corpo a corpo. As batalhas, por- comum e quase de praxe, nos
e outra, encontrar declarações tanto, se tornam confortáveis de deixa como que de braços
das mais diversas sobre os mais se travar. abertos - à espera da primei-
variados e polêmicos temas. A li- “No quê você está pensando?”: ra pedra, do primeiro like ou
berdade das novas mídias, como nunca uma pergunta foi leva- de um comentário que nos
tudo na vida, tem o seu lado ne- da tão a sério. Como jamais as refute. Para estes, as nossas
gativo. Se assumida em dema- respostas a ela geraram tantos respostas já estão prontas.
sia, é quase certo que o senso de duelos virtuais como se vê, coti- As agressões, mais ainda.
responsabilidade sobre o que é dianamente, pelas timelines afo- E, assim, de pouco em pou-
dito será comprometido e dilu- ra. Seja sobre aborto, igualdade co, cada vez mais libertos e
ído em uma espécie de catarse salarial, reforma trabalhista ou, ferinos, vamos nos esque-
- causada pela sensação de em- claro, se foi ou não golpe. Todos cendo do que o outro sente;
poderamento e proteção. têm uma opinião a dar nesta era ou pior: vamos esquecen-
em que tudo é discutível e pas- do que o outro sente tanto
As armas desta guerra são as le- sível de toda sorte de protestos quanto ou mais do que nós.
tras, e o escudo de todos é a tela – muitos terminados tal qual co-
- aquela que nos distancia do meçaram. Em nada.

104 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Spot

Para Felippe Ramos, sociólo- DivulgaçãoHá menos de 10 anos, no entan- Para Veras, as relações interpes-
go e professor de Gestão da to, o comentário de Chico seria soais são muito mais complexas e
Informação, da Universidade feito em uma mesa de bar. E lá sutis. “Diante da impossibilidade
Salvador (UNIFACS), uma das ficaria. O perigo da polarização de debates com o meu interlocu-
maiores causas da polarização não está apenas na divergência tor, eu já me coloco nas redes so-
nas redes, a militância digital, é das opiniões - o que sempre ciais em uma posição defensiva,
uma realidade e uma tendên- existiu -, mas sim em sua inten- já entro na rede hipnotizado pela
cia no mundo político. “Há três sidade e potencial repercussão. necessidade de impor as minhas
formas de militância: a espon- Algo que, atualmente, ninguém opiniões a qualquer preço”, diz.
tânea de massas – na qual todo consegue prever ou controlar.
mundo é meio militante, como Neste sentido, além da alta dos Contudo ambos os especialis-
aquele seu parente que fica embates digitais, o que se veri- tas ouvidos pela reportagem
mandando memes políticos e fica nessas discussões são ca- consideram que as interações
contra a corrupção no grupo racterísticas do que é chamado digitais são inerentes e impres-
de WhatsApp da família; a mili- discurso de ódio – ou seja, a de- cindíveis ao convívio moderno.
tância ideológica – mais profis- liberada e inescrupulosa inten- Afinal, a convergência das no-
sional, de pessoas próximas ou ção de ferir, denegrir, desmora- vas mídias se torna cada vez
filiadas a partidos, movimentos lizar aqueles que se posicionam mais ressoante na comunicação
sociais ou grupos de interesse, desta ou daquela maneira. pessoal e profissional.
o que provoca a polarização
(“petralhas” vs. “coxinhas”) nas Marcelo Veras, psicanalista “As redes sociais, hoje, são a
redes; e, finalmente, a falsa mi- fonte primordial de produção
litância – que, na verdade, é a “As redes sociais introduzi- e circulação de informações e
produção de respostas auto- ram nas relações pessoais a mensagens. O presidente do
máticas em larga escala por mesma contração temporal país mais poderoso do mundo,
robôs em perfis falsos”, diz o que se exige dos computa- os Estados Unidos, basicamen-
professor, completando: “So- dores no século XXI, máxima te, comunica as suas posições e
madas e misturadas, as três resposta e alcance no mínimo decisões ao mundo via Twitter”,
formas de militância carregam de tempo. O que morre com a lembra Felippe Ramos.
o ambiente virtual e confun- pressa é o diálogo, a dialética
dem os indivíduos, incapazes que nos permite - o que nunca Lembrando o escândalo envol-
de mapear, separar e analisar é fácil - tentar ouvir o outro. vendo o Facebook e a empre-
os conteúdos. Quando reduzimos o outro a sa de comunicação estratégica
Em abril, um áudio atribuído ao um traço, por exemplo, ‘pe- Cambridge Analytica, o soci-
jornalista Chico Pinheiro, ânco- tralha’ ou ‘coxinha’, tornamos ólogo destaca, ainda, que as
ra do telejornal Bom Dia Brasil, ele alvo de nosso amor ou de grandes corporações e potên-
da Rede Globo, voltou a trazer à nosso ódio simplesmente por cias político-econômicas mun-
tona o dilema ético que a polari- nos identificarmos e nos en- diais têm na cyber-segurança
zação de opiniões gera no pró- contrarmos sob o manto de um elemento considerado de
prio Jornalismo nesta era digi- uma marca comum”, afirma o segurança nacional.
tal. Em um grupo de amigos no psicanalista Marcelo Veras.
WhatsApp, o apresentador fala, O professor de Gestão da
cheio de paixão, contra a própria Informação, Felippe Ramos,
emissora e a favor de determina- é taxativo: “As mudanças
do partido político. “Realizaram trazidas pela internet e pe-
o fetiche”, disse Pinheiro ao se los novos padrões de comu-
referir à prisão do ex-presidente nicação têm se consolidado
Lula. A repercussão da coisa fez e se tornado cada vez mais
com que Ali Kamel, diretor-geral complexas. É algo estrutural
de Jornalismo da Globo, emitis- e veio para ficar”.
se um memorando aos colabo-
radores lembrando do que, na
teoria, todos deveriam ter em
mente: o princípio da isenção.

105 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Propaganda Spot

&Negócios
Fortalecimento do setor. Atuali- A seguir, você encontra uma
zação de conhecimentos. Com- panorâmica desses eventos Américo Neto
partilhamento das melhores que já aconteceram. Mas a
práticas do mercado de Publi- agenda não para. Novos pro- Sócio da Viamídia Comunicação
cidade e Propaganda. Estes são jetos estão em curso e, ao e presidente da ABAP-BA
alguns dos objetivos que a As- longo do ano, outros eventos
sociação Brasileira de Agências prometem continuar aque- evolução, com mudanças no
de Publicidade (ABAP-Bahia) cendo o mercado publicitário. treinamento de colaboradores
vem buscando com a agenda e nas relações estabelecidas
de eventos promovidos nos pri- O mundo é digital com clientes. Participaram do
meiros meses deste ano. encontro representantes de
Ano, aliás, especial para a enti- Com o advento dos smartpho- marcas reconhecidas como lí-
dade: em 2018, a ABAP Bahia nes, o boom das redes sociais deres ou com posições de des-
comemora 40 anos de existên- e a popularização dos memes taque em suas áreas de atua-
cia. E os eventos organizados e aplicativos de conversas ins- ção como Google, Waze Brasil
pela associação refletem exa- tantâneas, o comportamento e OLX.
tamente o seu compromisso e do consumidor mudou de for-
posicionamento ao longo des- ma significativa nos últimos A hora e a vez do
ses anos de promover cada vez anos. Pensando na necessida- compliance
mais o aumento de visibilidade de de adaptação do mercado
para a atividade publicitária, o para entender e alcançar o A rapidez com que o mundo
desenvolvimento e a valoriza- consumidor final neste con- dos negócios vem mudando
ção dos profissionais do setor. texto, a ABAP realizou o Digi- faz com que a cada dia o vo-
“A realização de eventos pela tal Day Nordeste, etapa Bahia cabulário corporativo ganhe
ABAP nos últimos meses é e Sergipe, durante todo o dia novos termos. Compliance é
uma demanda dos próprios 1º de fevereiro, no auditório da um deles. E no mundo da pro-
associados. Realizamos uma Casa do Comércio. paganda não é diferente. O
pesquisa e identificamos jun- termo significa agir de acordo
to a eles essa necessidade de A programação do evento com uma regra. Assim, quan-
ações que possam gerar con- contou com palestras, apre- do uma organização está em
teúdo útil e diversificado para sentação de cases de suces- compliance é sinal de que ela
o dia a dia das agências”, afir- so e rodas de debate sobre está agindo de acordo com as
ma Américo Neto, presidente a influência do marketing on leis e os regulamentos, sejam
da ABAP Bahia. “Além disso, e off-line no comportamento eles internos ou externos.
a nossa participação em even- do consumidor e a necessida- Para discutir esse assunto no
tos organizados por parceiros de de investimentos em mar- mercado publicitário, a ABAP
é uma forma de fortalecer o keting para acompanhar essa realizou no dia 5 de abril o Café
segmento, contribuindo para com Compliance. Especialistas
colocar o mercado mais em discutiram sobre a aplicação
evidência e mostrar a impor- do compliance na publicidade,
tância da publicidade para a o que é feito em associação
economia”, complementa. com as regras estabelecidas

106 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Spot

durante o ABA Marketing in
Salvador, organizado pela As-
sociação Brasileira de Anun-
ciantes.

pelo Conselho Executivo de No painel, entre outras ques-
Normas Padrão e o Conselho tões, foi abordada a impor-
Nacional de Autorregulação tância de atrair o consumidor
Publicitária (CONAR), com o final com estratégias inova-
objetivo de estabelecer limites doras, além de experiências
em campanhas e promoções diferenciadas para promover
feitas por agências da área. uma marca como patrocínio
de shows ou a criação de jo-
O encontro contou com a par- gos e aplicativos específicos,
ticipação dos advogados Anne em um cenário de mudanças
Caroline Prudêncio e Luiz Na- do perfil do público com o ad-
varro, do Hage, Navarro, Fon- vento das novas tecnologias.
seca, Suzart & Prudêncio, um
dos maiores escritórios de As transformações que têm im-
consultoria especializada em pactado o mundo da comuni-
compliance do país, situado cação também foram mote de
em Brasília e com atuação outro evento que contou com
nacional e internacional. Na a participação da ABAP ainda
ocasião, quem também falou no dia 4 de abril, dessa vez à
sobre o tema foi o advogado noite. Foi a 5º edição do Fórum
David Rechulski, do escritório de Comunicação da Unidade
de mesmo nome, localizado de Ensino Superior de Feira de
na capital paulista. Santana, organizado por estu-
dantes do oitavo semestre do
ABAP por aí curso de Publicidade e Propa-
ganda da universidade.
Além de promover uma agen-
da diversificada de eventos, Discutindo temas emergentes
nos últimos meses, a ABAP na área de Comunicação como
Bahia tem participado tam- a chamada “experiência digi-
bém de eventos organizados tal”, que diz respeito à conver-
por parceiros do setor. Um gência entre o mundo físico e
exemplo disso foi a apresen- o mundo digital, o encontro foi
tação do painel “Marketing de direcionado a estudantes das
Entretenimento – Engajamen- áreas de Comunicação (Publi-
to por Meio de Conteúdo”, cidade, Relações Públicas, Jor-
realizada por Américo Neto, nalismo), profissionais, pesqui-
na manhã do dia 4 de abril, sadores e demais interessa-
dos no assunto. No fórum, o
presidente da ABAP integrou,
ao lado de Lucas de Ouro, da
Agência Tuppi Criatividade, e
de Filipe Ratz, da Agência Ca-
lifórnia, a mesa de debates “O
Mercado Publicitário na Expe-
riência Digital”.

107 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Entrevista

E“pnOatrervamistaoe:rNscizcaaondmGoupaéneateesntes”

Por Luciana Accioly Nizan Guanaes é empresá-
rio, publicitário baiano, sócio-
fundador do grupo ABC, que
reúne diversas empresas na
área de produção de conteú-
do, publicidade e marketing,
dentre elas DM9DDB e África.
De passagem por Salvador,
Guanaes recebeu a equipe da
Revista Let’s Go Bahia no Res-
taurante Amado e falou sobre
os assuntos em pauta na atua-
lidade, como fake news, futuro
da comunicação, mercado pu-
blicitário, entre outros temas.
Confira, na íntegra, a entrevista
a seguir:

“Enquanto eles choram, eu
vendo lenços” (título de um
livro sobre Nizan Guanaes).
Qual é o seu olhar sobre o
mercado publicitário brasilei-
ro e baiano neste cenário de
crise?

Nós vivemos a crise econômi-
ca, não saímos ainda dela, en-
tão é um cenário desafiador e
há uma disrupção no mundo,
no mercado de publicidade, no
mercado editorial. As coisas no
mundo estão em transforma-
ção, então, hoje em dia, você
tem que se disruptar, se vai ha-
ver uma revolução, então, que
ela comece pela gente.

108 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Entrevista

Você acredita que o Brasil já Você é um profissional que, formação cujo fato vai chegar
vive um momento de reação? podemos dizer, já experimen- muito mais rapidamente na
tou de tudo, está à frente de sua mão do que o digital. A
Sim. Eu acho que o Brasil está vários projetos. Das suas ex- exemplo da Vogue, as pessoas
saindo de uma retração, os nú- periências, muitas estão liga- têm uma aderência, um enga-
meros ainda são tímidos, mas das às mídias digitais. Em sua jamento muito grande. Hoje,
eles são consistentes, a menos opinião, há espaço para tudo? engajamento é mais importan-
que na próxima eleição a pauta Mídia digital e mídia impressa? te do que audiência.
econômica dê para trás, o que
seria uma insensatez. O Brasil O mercado é para os compe- Como você enxerga o merca-
precisa ainda avançar nas re- tentes. Não importa se a mí- do baiano publicitário hoje?
formas, reforma da previdên- dia é digital ou impressa, é ser
cia, uma reforma tributária competente na produção de Muito difícil. A Bahia já teve
consistente; se a gente avan- conteúdo de qualidade, seja bancos privados e públicos, a
çar, temos tudo pra entrar nes- para o lado publicitário, seja Bahia já teve indústrias. Este
se ciclo de crescimento. para o lado de entretenimento, é um o momento desafiador
seja para o lado jornalístico. por causa do que aconteceu
No cenário político, como você na economia nacional que se
vê a polarização de opiniões? “ O potencial centralizou, pela disrupção
das mídias, e enfim, o mercado
É natural que exista isso. Eu da Bahia é brasileiro é muito concentra-
só acho que se perde muito enorme, é do em São Paulo, a Bahia tem
tempo em busca de uma única global; a Bahia muito talento e pouca verba. O
verdade. A verdade tem vários é um lugar mercado de agências da Bahia
donos e, às vezes, custa muito abençoado é de extrema qualidade, mas
mais caro ser o dono da verda- faltam anunciantes.
de e ter razão. É mais barato ”
aprender com os outros e com O que falta para termos um
os erros dos outros. É impor- mercado e uma Bahia fora da
tante estar aberto a ouvir o ou- curva?
tro lado. É mais enriquecedor,
mais plural. É mais fácil.

Sobre fake news, o que pode- O que você pensa a respeito Incluirmos uma pauta ambi-
mos esperar nas campanhas das revistas direcionadas a ciosa, diferente, fora da curva,
políticas deste ano? um público específico, como a porque o potencial da Bahia é
Let’s Go Bahia? enorme, é global; a Bahia é um
O pior das coisas. Mas eu acho lugar abençoado.
que as fake news são grandes Eu acho que essas revistas têm
amigas do bom jornalismo, e mais chances de sobreviverem Como o mercado publicitário
cada vez mais estamos entran- do que aquelas que são de brasileiro é visto lá fora?
do na era do jornalista. Notícia, “primeira necessidade”, claro
imprensa é para quem é do que sempre vai haver espaço - É genial. O Brasil é um país
ramo, não é para livre atirador. para os bons. Esta revista, para muito criativo. A gente só pre-
Acho que as fake news são um mim, é uma experiência, então, cisa de uma economia que su-
mau problema que vai trazer talvez ela tenha mais espaço porte essa criatividade toda.
uma boa solução. do que aquela revista de in-

109 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Spot

Mídia virou tudo,

ou tudo virou mídia?

Qual é a preocupação do pro- gualável. O modelo brasileiro de Diego Oliveira
fissional de mídia, hoje, no propaganda é um privilégio que
Brasil? Seria o que os veículos generosamente nos é concedido, CEO da Youpper
fazem com o público ou o con- tanto para profissionais de mí-
trário? Antes, uma breve defi- dia quanto para profissionais de erro, sendo o maior deles o de
nição sobre o que é mídia, para outras áreas, além dos veículos e usar os recursos da máquina e
que possamos ter um ponto de dos anunciantes. não saber interpretar os dados
partida. A mídia desenvolveu uma ex- de maneira correta. Fazer mídia
Mídia é a área da Propaganda pertise própria e um conjunto de pede outras habilidades. É um
que analisa as necessidades de ferramentas que confere confia- exercício de pensamento, cria-
comunicação de um produto bilidade às suas recomendações tividade e observação. Em um
ou serviço e, fundamentada por e consistência aos investimentos. mundo tão nervoso e volátil, com
pesquisas de audiência, define E, por envolver a maior parte dos tanta gente querendo falar, saber
a maneira mais eficaz de atin- budgets de comunicação dos ouvir é importante, além disso,
gir um público-alvo através dos anunciantes, a mídia também ga- não apenas ver, mas enxergar é
meios de comunicação. Esta é nhou fama como área geradora fundamental. Sempre foi assim,
uma definição clássica da ativi- de negócios, desenvolvendo ge- e continuará sendo, agora que as
dade e, dependendo de quem a rações de profissionais que en- alternativas se multiplicaram e as
lê, bastante prolixa. tendem as variáveis envolvidas pessoas mudaram.
Neste começo de século, diante
de tantas transformações, a fun- É preciso É preciso acreditar no poder das
ção da atividade permanece a acreditar no boas ideias, na capacidade de
mesma, mas a sua essência – o poder das repercutir e potencializar as au-
seu sumo, o seu suco – é outra. boas ideias, diências atingidas. Acreditar que
Vamos tentar definir a mídia de na capacidade cada vez mais iremos planejar
um modo mais simples: observar de repercutir pensando em criar estratégias
o cotidiano é a melhor forma de e potencializar em torno de ambientes editoriais
compreender o mundo e se ins- as audiências conectados com os valores e as
pirar. Aqueles que possuem ou atingidas. intenções de uma marca.
adquirem o talento de observar
aquilo que interessa em meio a nos processos de negociação. Hoje, as ligações e mensagens de
tantas tarefas e a tanto frenesi O domínio da técnica e o talento texto para programas televisivos
tecnológico, como esse mar de para os negócios não são dife- basicamente não existem. Porém
informações, estarão mais alinha- renciais decisivos, são, na verda- a interação acontece através das
dos com as demandas do futuro. de, suportes fundamentais que redes sociais, em aplicativos nos
Fazer mídia é tratar de criar es- pedem um constante aprimora- smartphones. E boa parte das
tratégias para falar com as pes- mento, pois estão relacionados análises de audiência é medida
soas e, como tal, para fazer mí- ao retorno dos investimentos pelos comentários feitos por te-
dia também é necessário um dos anunciantes. lespectadores na web. Hashtags
planejamento, que nada mais é Porém toda essa evolução pode são criadas para facilitar a inte-
do que compartilhar os mesmos acabar induzindo as agências ao ração entre as partes, usando o
escopos e as mesmas finalidades Twitter como principal meio, o
com profissionais de outra ex-
pertise e trazer uma riqueza ini-

110 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Spot

que tem funcionado muito bem
em programas esportivos e nas
transmissões de jogos de algu-
mas emissoras, como ESPN e
FOX Sports, que mostram as opi-
niões do público ao vivo, além de
responderem algumas dúvidas.

Já outros programas, como o iStock
Domingão do Faustão (Rede
Globo), não utilizam tanto esse aos canais tradicionais - existe tando essas informações aos nú-
recurso, apesar de também se- um diálogo com o consumidor meros dados acima sobre o uso
rem alvo de comentários nas por meio de inúmeros canais do mobile, integrar a força que o
redes sociais. Aliás, todos os chamados atualmente de “no- celular possui hoje é fundamental
programas são comentados, vas arenas da comunicação” - em qualquer plano de mídia.
mesmo que não haja interação como o uso de eventos, patrocí- O papel que o celular está exer-
com o público. nios, mídia alternativa e inúme- cendo na comunicação interpes-
Há 28 anos, Fausto Silva apare- ras plataformas de mídia. soal, como veículo de propagan-
ce nos televisores dos brasileiros Como o mercado atual passa da, além de ferramenta de venda
todos os domingos, ininterrupta- pela comunicação digital em e compra de produtos e serviços,
mente. O apresentador tem um rede, a tecnologia de hoje nos dá é muito grande. A internet rom-
grau altíssimo de autenticidade várias possibilidades para pensar peu a barreira entre as classes
e não deixa de expressar a sua no novo, sair da mesmice e parar sociais, chegou o momento das
opinião em assuntos polêmicos, de insistir nos mesmos – e falidos marcas repensarem sobre a ex-
mesmo que isso o faça criticar a – modelos de negócio. O univer- periência, conectando o consu-
própria empresa em que traba- so mobile é um caminho bom e midor à marca, saber como ele
lha. Além disso, Faustão participa extremamente viável. Ao final de se comporta naquele ambiente
ativamente de todas as ativida- 2018, o número de smartphones mobile; a comunicação e as mé-
des envolvendo a produção do em uso no país atingirá a impres- tricas da jornada do consumidor
programa, inclusive nos acordos sionante marca de 168 milhões de e medir apenas o último clique
de patrocínio que são fechados. aparelhos. Este número contrasta não é mais suficiente.
As recentes participações da com os 160 milhões de dispositi- Assim sendo, a estratégia e a tá-
cantora Ivete Sangalo aumenta- vos, entre notebooks, tablets ou tica no planejamento de mídia
ram a interação do público com a desktops. Estes números nos dão têm, atualmente, um desafio: não
atração, o que faz com que anun- uma base de 1,6 dispositivos por se perder entre discursos moder-
ciantes optem por expor os seus habitante, que podem chegar a nosos nem ficar parado como se
produtos ao longo da exibição dois dispositivos por habitante nada estivesse acontecendo. O
do Domingão do Faustão. nos próximos dois anos. profissional precisa andar para
A mídia programática sempre É necessário considerar diversas frente, olhando com atenção
existiu. A diferença é que agora áreas para formar um objetivo para o mundo à sua volta, para
ela é digital, mais fácil de ser uti- de mídia e poder comprar espa- que metas possam ser traçadas
lizada e muito mais dinâmica e ço e tempo publicitários, e essas e o público-alvo desejado seja
rápida para entregar seja lá o que áreas incluem alcance e frequ- alcançado, saindo da mesmice
tenha sido designada para fazer. ência, continuidade no decorrer do “AB 25+”. Além, é claro, de
Ao mesmo tempo, desinforma- do tempo, abordagem da con- mensurar quais foram as reações
ções podem chegar ao público, corrência, exigências de apoio do público, para que não haja
sejam elas por erros de apura- e ações de merchandising, exi- preocupações como o que os
ção, fontes não confiáveis ou até gências criativas da mensagem e receptores podem fazer com os
mesmo influência do governo. considerações políticas e conec- veículos.
Mas será que com toda esta era
digital tudo virou mídia? A mí-
dia, hoje, não fica mais restrita

111 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

as marcasComocrescem José Petroski

Gerente de Planejamento e

Marketing da TV Globo

Sob o título “Como As Mar- porque há um limite no volu- “ Como tema
cas Crescem” (How Brands me e na frequência de consu- central, a obra
Grow), Byron Sharp e mais três mo da categoria. A chave do aborda a questão
pesquisadores reuniram suas crescimento está no aumento de como as marcas
constatações empíricas sobre da penetração da marca. crescem, e para
a realidade de Marketing em Em outro ponto da obra, os au- entender melhor
um amplo leque de categorias tores destacam que os profis- como se dá esse
e mercados ao redor do mun- sionais de Marketing mais com- crescimento,
do, um trabalho realizado com petentes sabem que as marcas é necessário
a contribuição de um grande devem falar com todos os seus ”observar alguns
número de marcas e empre- possíveis consumidores – os light pontos
sas e aos grupos de estudo do e os heavy buyers –, de modo a
Ehrenberg-Bass Institute. reforçar a propensão de compra possível de consumidores, cada
O primeiro ponto desenvolvido e conquistar novas vendas. vez mais disputados, a estabe-
no livro é sobre o Marketing ba- Também falam sobre o Marke- lecer ou manter o seu padrão de
seado em evidências, e não em ting de Consumo de Massa e compra de determinada marca.
teorias ou “experiências” que a sua anunciada morte, tese Dados levantados por pesqui-
vão sendo transferidas de gera- corrente desde o final do sé- sas e observação da realidade
ção em geração de executivos culo passado, disseminada nas últimas décadas forneceram
e de categoria a categoria, sem por Kotler e por outros autores aos profissionais de Marketing
a necessária comprovação pela famosos, de que era preciso constatações como a que aque-
observação de suas ações prá- mudar da perspectiva de falar les consumidores considerados
ticas e reais e suas consequên- com todos os consumidores como compradores eventuais
cias mensuradas. para concentrar os esforços realmente importam muito para
Como tema central, a obra abor- nos targets mais prováveis de as marcas líderes.
da a questão de como as marcas comprar a marca promovida. Como observam os autores,
crescem, e para entender me- Com isso, a mídia digital e ou- raramente os profissionais de
lhor como se dá esse crescimen- tras práticas de “maior pre- Marketing têm consciência de
to, é necessário observar alguns cisão” foram valorizadas em quão baixa é a frequência e o
pontos como a fidelidade dos detrimento de meios, estraté- volume médio de consumo da
consumidores. gias e táticas que fizeram por maioria dos compradores de
A observação da realidade so- muitas décadas o sucesso e a sua marca e quão relevante es-
bre esse tema levou os autores riqueza das marcas mais po- ses light buyers são para manter
a formularem a lei do duplo ris- derosas do mundo. a sua posição no mercado.
co: marcas com menor market “Nunca foi tão importante recu- É claro que a outra ponta
share têm menos compradores, perar os conceitos e instrumen- desse espectro, a dos heavy
e esses compradores são um tos do Marketing de Massa para buyers, é bastante significativa
pouco menos fiéis. Assim, a vida falar com o maior número pos- e representa uma parcela ex-
delas é sempre bem mais difícil sível de consumidores”. Mas a pressiva das vendas – mas, em
que a das marcas líderes. verdade é oposta a isso, e nun- geral, não tanto que se possa
E a solução não está no au- ca foi tão importante recuperar viver exclusivamente deles.
mento da fidelidade, como os conceitos e instrumentos do
muitos pensam, simplesmente Marketing de Consumo de Massa
para convencer o maior número

112 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

113 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

114 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Pós com Internet
pra toda família.

30 gb COMPARTILHE INTERNET
COM A SUA FAMÍLIA
LIGAÇÕES PELA MINHA OI
ILIMITADAS OIOI.0004.008.AF.160105.Logomarca_CMYK_Laranja

PARA QUALQUER OPERADORA NO BRASIL Item: OI Logomarca CMYK Laranja 3E Cores e acabamentos

NO COMBO OI TOTAL BAIXE O APP MINHA OIData:05.01.16 CMYK

POR: Responsável: Jonas O. - [email protected]
Arte Final: Diones C. - [email protected]
99R$ ,90/MÊS OBS.: Imagens em baixa resolução servem apenas para posicionamento. Elas devem ser substituídas por cromos, ilustrações ou imagens em alta resolução.
Todos os textos e fontes estão corretamente posicionados e não devem ser alterados. Qualquer alteração ou dúvida deve ser comunicada à FutureBrand.

VÁ À UMA LOJA OI
E SAIBA MAIS.

Oferta válida de 18/04/2018 a 18/07/2018, sujeito a prorrogação. Ofertas com as mesmas condições comerciais poderão ser disponibilizadas nos períodos de adesão subsequentes. As franquias de dados dos pós-
pago terão um bônus de acordo com o plano contratado: Básico 7GB + 7GB de Bônus, Intermediário 10GB + 20GB de Bônus e Top 20GB + 30GB de Bônus. (1) As ligações de longa distância devem ser realizadas com o
código Oi (14 ou 31). Confira o código Oi da sua localidade em oi.com.br. A Oi, dentro das determinações legais e normativas aplicáveis, poderá suspender ou cancelar, imediatamente, os benefícios desta oferta, caso

constate utilização fraudulenta e/ou indevida dos mesmos. (2) Para baixar o novo aplicativo Oi WiFi no iOS ou Android, acesse www.oiwifi.com.br/apps. (3) Acess1e1o5ipl|ayL.tveet’scoGnfoiraBoashcioanteMúdoasr/rAefebrren2t0es1a8o pacote

contratado. Em caso de inviabilidade técnica para contratação do Plano de Banda Larga de 15 Mega, será disponibilizada ao cliente a opção de um plano inferior de Banda Larga com preço correspondente. Modem
wi-fi incluído apenas para velocidades a partir de 5 Mega. Verifique a compatibilidade do seu aparelho celular com a tecnologia 4G. Oferta com fidelização por 12 meses, sujeita a cobrança de multa proporcional por
cancelamento ou migração antes deste período. Consulte termos e condições desta oferta em oi.com.br ou fale com o Vendedor.

Surf

Por Verônica Villas Bôas

116 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Surf

Há algum tempo, uma nova como em qualquer outro es- Keale Lemos/Divulgação
geração de surfistas brasi- porte, existe todo um inves-
leiros vem roubando a cena timento de tempo e dinhei-
no surf mundial. Muitos ten- ro que prepara o atleta para
tam achar uma explicação a competição. A verdade
para este fenômeno, e é isso é que nossos surfistas não
que o vídeo “What’s Behind contavam com a visibilidade
the Brazilian Fire Storm?”, necessária para fazer des-
produzido pela Oakley, ten- se esporte um investimento
ta fazer. No vídeo, referên- atrativo para patrocinadores
cias mundiais no surf como e, com isso, competiam em
Kolohe Andino, Mike Par- condições muito difíceis. Era
sons, Fred Patacchia, Sebas- algo absurdamente despro-
tian Zietz, C.J. Hobgood, en- porcional”, explica Lapo.
tre outros, dão o seu ponto
de vista para essa ascensão O fato é que os Gabriel Medina - Pipemaster, 2014
meteórica do surf brasileiro. brasileiros que vêm
Para eles, os brasileiros são se destacando e Pela primeira vez, o Brasil
um povo aguerrido e que ditando o rumo será a nação com mais atle-
tem sede de vitória, o que os na elite do surf tas na elite do campeonato
torna destemidos e focados mundial atingiram o mundial. Com 11 competi-
em vencer as baterias. seu ápice em 2014, dores, o Brasil superou os
Chama a atenção dos seus quando Gabriel norte-americanos e austra-
adversários o jeito latino Medina conquistou lianos, iniciando o circuito
dos brasileiros, que têm a o primeiro título com ótimas chances de bri-
tendência de ficar juntos e mundial para o lhar. “Com essa quantidade
de torcer uns pelos outros, Brasil, e Adriano de de brasileiros na tempora-
o que, na opinião dos seus Souza, conhecido da, certamente, teremos, no
adversários, os fortalece como “Mineirinho”, mínimo, um brasileiro na fi-
ainda mais. Já para Elsior repetiu o feito em nal de cada evento, o que é
Coutinho Neto, conhecido 2015. De lá para cá, ótimo para o surf nacional,
no meio como Lapo, a expli- o fenômeno Brazilian especialmente se eles con-
cação é bem diferente e vai Storm se consolidou seguirem desbancar o ha-
muito além do que pensam ainda mais e os vaiano John John Florence,
os concorrentes dos atletas brasileiros chegaram campeão nas duas últimas
brasileiros. em 2018 dominando temporadas”, afirma Lapo.
“Raça, garra, união e compe- o cenário do surf de
titividade são importantes forma ainda mais Clube dos 11
em qualquer esporte, mas inédita.
não são suficientes para ex- Yago Dora
plicar o surgimento do fenô- Tomas Hermes
meno Brazilian Storm (tem- Willian Cardoso
pestade brasileira). Há uma Jessé Mendes
razão muito mais consisten- Michael Rodrigues
te por trás desse sucesso e Gabriel Medina
ascensão que não é percebi- Adriano de Souza
da pelos seus concorrentes. Filipe Toledo
Somente nos últimos quatro Caio Ibeli
ou cinco anos, os brasileiros Italo Ferreira
passaram a ter reais condi- Ian Gouveia
ções de competir de igual
para igual com os surfis-
tas internacionais. No surf,

117 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Surf

Na crista da onda Bruno Lemos/Divulgação

Essa geração que despon-
tou e, hoje, domina o cená-
rio brasileiro e mundial co-
lhe os frutos de um período
áureo no surf nacional. Tudo
começou no ano 2000, com
a realização do ISA World
Surfing Games, quando
conquistamos o título mun-
dial por equipes, no even-
to realizado em Maracaípe,
Pernambuco. Um campeo-
nato de grande visibilidade
no próprio país, que per-
mitiu aos brasileiros ter um
desempenho melhor. O re-
sultado dos brasileiros foi tra-
duzido em números: o Brasil
somou 31.532 pontos, o Havaí
22.805 e a Austrália 22.332.
Essa conquista colocou os
nossos surfistas debaixo dos
holofotes que realmente inte-
ressavam e os patrocinadores
passaram a enxergar e com-
preender que eles valiam o
investimento.

Entre os anos 2000 e 2009, Gabriel Medina Brasil, os atletas foram para a In-
o circuito brasileiro conhe- donésia disputar os pontos nas
cido como Supersurf tinha visibilidade aos garotos da- ondas de Keramas. Em setem-
o apoio de marcas como quela geração que despon- bro, a disputa acontecerá na pis-
Volkswagen e Nova Schin. tavam no cenário nacional cina de ondas de Kelly Slater, no
Na época, o Brasil tinha um como Gabriel Medina, Adria- Surf Ranch, quando, pela primei-
dos melhores circuitos em no de Souza, Filipe Toledo, ra vez, os surfistas vão competir
estrutura e premiação. Em Ítalo Ferreira, Wiggoly Dan- no circuito de ondas artificiais.
2010, nasceu o Brasil Surf tas, Jadson André e Miguel
Pro, que tinha como patro- Pupo”, lembra Lapo, que, na A WSL promete uma temporada
cinador máster a Petrobras. época, veio como juiz repre- incrível e aposta no uso da tec-
“O movimento local em tor- sentando o Havaí. nologia. As transmissões ao vivo
no do surf chamava a aten- mostrarão gráficos com dados
ção e marcas de diversas Novidades de GPS, como a altura dos aére-
multinacionais investiam no os, o tempo dentro de um tubo
esporte, o que fazia com Tentando sempre melhorar a e a velocidade dos surfistas nas
que grandes nomes do surf os campeonatos, a WSL (Liga ondas. Outra novidade é uma
internacional viessem par- Mundial de Surfe) lançou algu- pequena mudança nas etapas,
ticipar, atraídos pela visibi- mas novidades para este ano. A que não terão mais a quinta fase.
lidade e boas premiações. primeira foi a mudança em duas
A presença deles trazia a etapas. Logo depois do even-
mídia e isso valorizava os to realizado em Saquarema, no
eventos. Todos ganharam
notoriedade. O país come-
çou a ter circuitos internos
fortes, dando uma enorme

118 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Surf

Filho de peixe... dos diversos campeonatos, Como qualquer esporte, dedi-
circuitos e etapas relevantes cação, concentração e tranqui-
Além dessa geração ter surfado para garantir pontuação, para lidade são fundamentais para o
essa onda boa do país, também os brasileiros era quase uma bom desempenho de qualquer
pegaram carona em um forte gincana conseguir participar atleta. Agora some a isso a di-
apoio familiar. A turma do Brazi- de alguma etapa das diversas ficuldade com a língua e a de-
lian Storm é quase toda compos- temporadas do surf de elite. sigualdade de condições dos
ta de ex-surfistas que investiram “Para se ter uma ideia, se levar- brasileiros em relação aos con-
nos seus filhos: Filipe Toledo é mos em conta os picos, onde correntes, só mesmo com muita
filho de Ricardo Toledo (bicam- as etapas dos principais cam- raça e talento para superar todas
peão brasileiro); Miguel Pupo é peonatos mundiais costumam as barreiras. Levar as pranchas,
filho de Wagner Pupo (ex-circui- acontecer, custos de hospeda- por exemplo, era algo complexo
to mundial); Alejo Muniz é filho gem, alimentação, transporte para os brasileiros, que saíam
de Rubão; e, assim como eles, das pranchas, dentre outros itens daqui com quatro ou cinco pran-
tantos outros tiveram o apoio podem variar entre R$ 40 e R$ chas, levadas a muito custo e
e as portas abertas pelos seus 60 mil por etapa. Se trouxermos pagando caro, quando deveriam
pais, o que tornou suas vidas esses custos para o patamar chegar aos campeonatos com,
menos difíceis. Medina, além de anual, estamos falando de quase pelo menos, 20 delas, já que é
muito talento, sempre teve um meio milhão de reais ou mais! Se muito comum que as pranchas
enorme incentivo do padrasto, formos levar em conta apenas as se quebrem nos treinos ou até
Charles Serrano, que o criou. premiações, a coisa piora muito, mesmo no meio do campeona-
pois isso torna a situação inviá- to, sobretudo se não forem de
Essas condições que antece- vel, já que, de um modo geral, o boa qualidade. Isso custa caro
deram o aparecimento dessa pagamento das premiações de- e sem patrocínio tudo fica mais
geração foi exatamente o que, mora cerca de 20 a 30 dias para difícil. Os brasileiros não tinham
somadas ao talento de cada um, acontecer e até lá os surfistas já dinheiro pra ficar o tempo sufi-
proporcionaram o advento da se afogaram em contas. Isso sem ciente nas ilhas e acabavam trei-
“Tempestade Brasileira” na elite contar os custos para viajar, com nando pouco. Enquanto os voos
desse esporte. equipamentos e vida fora do cir- que os seus concorrentes pega-
cuito, que também pesam signi- vam duravam cerca de 6 horas,
“Hoje, a maioria dos surfistas ficativamente”, destaca Lapo. os brasileiros tinham que pegar
brasileiros que despontaram voos que duravam 20 horas, fa-
e estão fazendo bonito nos zendo com que, muitas vezes,
mundiais está morando fora
do Brasil. Grande parte na
Califórnia, pois assim o des-
locamento fica mais central
e, consequentemente, mais
fácil. Mas isso só está sendo
possível por conta de pode-
rem, efetivamente, viver do
surf, através das condições
conquistadas nos últimos
anos”, afirma Lapo.

Na ponta do lápis Keale Lemos/Divulgação

Surfar profissionalmente não é Adriano de Souza, o “Mineirinho”
nada fácil. Participar de campe-
onatos exige alto investimento
e, se falarmos dos campeona-
tos mundiais, os números são
bem expressivos. Tudo era
mais caro para os brasileiros!
Enquanto norte-americanos
e australianos conseguiam se
manter com facilidade no Havaí
e participavam com frequência

119 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Surf

André Silveira/@andresilveirafotos nossos surfistas chegassem ao aero- OI RIO PRO
porto e fossem direto para a competi-
Filipe Toledo ção, quase que saindo do avião direto O Rio de Janeiro recebeu a 4ª
para o mar. etapa do Circuito Mundial de
Importante valorizar a atuação de Surfe 2018 agora em maio, na
marcas como Volkswagen, Petrobras, Praia de Itaúna, em Saquarema.
Gillette, Guaraná Antarctica, Oi, Sam- Tivemos 17 brasileiros no mar,
sung, Mitsubishi, Red Bull, Jeep, den- sendo 14 na disputa masculina
tre outras, que apoiam o surf e boa e três na feminina. Com a gran-
parte dos surfistas que vêm se desta- de quantidade de brasileiros,
cando. Vamos torcer para que nossos foi inevitável o duelo entre eles
meninos continuem aguerridos o bas- já no primeiro round.
tante para continuar estimulando es- Entre os homens, o nosso elen-
sas marcas a investirem nesse esporte co fixo do Brasil no circuito
que evoluiu absurdamente depois dos mundial fez bonito, entrando
patrocínios conquistados e caiu no na competição com o potiguar
gosto mundial. Ítalo Ferreira, vestindo a lycra
amarela de atual líder da tem-
Coragem, muita Os episódios envolvendo porada. Michael Rodrigues,
coragem! tubarões acenderam a luz Filipe Toledo, Gabriel Medina
vermelha. Para minimizar os e Yago Dora nos brindaram fi-
A World Surf League (WSL) riscos, a WSL aumentou o cando entre os oito melhores
cancelou a etapa na cidade monitoramento das áreas dessa etapa. Dos quatro brasi-
de Margaret River, na Aus- de competição com jet-skis, leiros mencionados, apenas Fi-
trália, do Circuito Mundial de câmeras e fiscais, além do lipe Toledo avançou para a se-
Surf, após dois ataques de tu- patrulhamento das águas mifinal e sagrou-se campeão.
barões que aconteceram no por helicópteros e drones.
local, em menos de 24 horas. O uso da shark shield, uma André Silveira/@andresilveirafotos
Antes dos ataques, os surfis- tornozeleira eletrônica que
tas já se sentiam inseguros funcionaria como “espan-
e pressionaram a entidade ta-tubarões”, ainda não foi
para tomar providências. Mas confirmado por falta de
essa não foi a primeira vez comprovação científica, mas
que os tubarões roubaram é uma providência bastante
a cena. Em 2015, o surfista aguardada por todos.
Mick Fanning protagonizou
um episódio inacreditável na Todas as medidas tomadas
história do surf durante uma até agora são boas alterna-
transmissão ao vivo na final tivas para evitar tragédias,
da etapa de Jeffreys Bay, na
África do Sul. Fanning saiu mas o que não pode fal-
ileso após ser atacado por tar mesmo é coragem,
um tubarão, e por mais incrí- muita coragem para
vel que pareça, ao retornar entrar na água.
pela primeira vez ao mar seis
dias após o fatídico ataque,
encontrou justamente quem
não gostaria: outro tubarão!

Filipe Toledo

120 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Surf

O Xerife
Entre os anos de 1966 e 1967, aos nove ou dez anos, Lapo Coutinho
contemplava os surfistas nas praias de Salvador, os quais, com idade entre 14
e 18 anos, foram os primeiros ídolos desse baiano que virou uma referência no
surf mundial. Morando no Havaí desde 1980, Lapo atuou nos últimos 20 anos
como árbitro de grandes competições, fazendo parte do quadro da World
Surf League (WSL). Aproveitamos a sua passagem pela terrinha para um
bate-bola com o Xerife, como é conhecido no mundo do surf.

Por Verônica Villas Bôas 121 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018
Imagens: Jotta Fotografia

Surf

Por que Xerife? De onde vem
esse apelido?

Fui um dos primeiros brasi- Lapo Coutinho com sua filha Kaimana Crystal Coutinho, nascida no Havaí, e sua
leiros a ter família no Havaí. mulher Carolina Cavalcanti Mendes
Tornei-me conhecido entre
os locais e os brasileiros. Por que saiu agora? Foi uma Como árbitro, foi possível
No Havaí, existe um localis- decisão sua? contribuir para mudar regras
mo muito forte, e a disputa no esporte?
pelas melhores ondas entre Convidaram-me para julgar
nativos e estrangeiros é fre- ondas grandes e achei que Sim, muita coisa mudou e para
quente. O apelido de Xerife seria conflitante, já que meu melhor! Paramos de penalizar
veio em decorrência de ter, filho (Lapinho) é competidor as quedas dando as notas das
naturalmente, virado um me- de ponta nessa categoria. Não ondas até o momento em que
diador nos conflitos entre aceitei a proposta e as alter- o surfista caía. Instituímos a
nativos e brasileiros. nativas que restaram não me utilização do sistema de replay
interessavam. Eu apenas an- como oficial para julgar notas;
Quando foi que você “virou tecipei a minha aposentadoria saímos de três para duas ondas
a chave” e saiu de surfista a nessa atividade. O trabalho de somadas; instituímos o Fair Play
árbitro? árbitro me ausentava demais de forma definitiva nesse es-
de casa, e com uma filha pe- porte, dentre outras mudanças
Participo de julgamentos quena em casa a ausência aca- não menos significativas.
desde o início do surf baia- ba sendo muito sofrida.
no. Em 1972, o primeiro cam- Qual a sua opinião em relação
peonato feito na Praia da Quem você julga uma refe- ao nível do julgamento nos
Onda  foi julgado da janela rência como árbitro? dias atuais?
de meu apartamento. Fui vi-
ce-presidente da 1ª Federa- Esta é uma pergunta delicada Acho excelente! Ouso dizer
ção de Surf do Brasil, a qual de responder. Sempre fica fal- que tivemos uma evolução e
fundei em 1976, aos 19 anos. tando alguém. Há alguns no- um investimento maiores que
Costumava reclamar muito mes que são marcantes para os de qualquer esporte em
dos critérios de julgamen- mim, como Jack Shitey, que foi nível profissional. Os investi-
to da ASP (hoje a WSL) por o meu mentor. Mas tenho ou- mentos com juízes, palanque,
achar que as regras favore- tras referências como Arman- transmissão ao vivo e replay
ciam os norte-americanos e do Praça, do Ceará, que, para são fantásticos e altamente
australianos. Costumava dar mim, é um dos melhores juízes agregadores ao trabalho de
notas (mentalmente) aos e heads do Brasil e do mun- arbitragem nos tempos atuais.
surfistas nos campeonatos e do; David Shittey; Luli Pereira Os juízes são muito prepara-
percebi que as minhas avalia- (atual brasileiro no mais alto dos e íntegros e posso afir-
ções tinham coerência, o que nível no WSL); Paulo Mota, no mar que a escola de juízes do
me encorajou a questionar Brasil; e Ícaro Cavalheiro são Brasil, para mim, é a melhor
regras, sugerir mudanças e nomes importantíssimos no do mundo. Referência para a
quando dei por mim já esta- cenário mundial e não podem WSL desde que ela existe. Te-
va envolvido em julgamentos deixar de ser mencionados. mos vários juízes com 20 ou
de campeonatos amadores
nos finais de semana. Come-
cei a julgar profissionalmen-
te na ASP e daí para come-
çar a julgar os campeonatos
profissionais foi um pulo.
Confesso que achei que não
daria certo, pois já estava
com 37 anos e, em média, a
carreira de um árbitro se en-
cerra entre os 40 e 45 anos.
Deu certo! São mais de 20
anos atuando em campeona-
tos pelo mundo afora.

122 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Surf

mais anos de experiência, que de nível no nosso país estão Havaí; e concorreu ao XXL na
participaram de toda a evolu- parados. Enquanto os patroci- onda que surfou com Danilo
ção do esporte. As regras de nadores não entenderem a im- Couto. Hoje, aos 25 anos, meu
prioridade de dois e de quatro portância de apostar os seus filho chegou lá! É um orgulho
surfistas começaram no Brasil. recursos nos nossos talentos, para qualquer pai!
O replay e o sistema de notas colocarão em risco tudo o que
por computador começaram já conquistamos até hoje: Bra- Do que você tem medo?
aqui, através do Manu Ziou. zilian Storm, Mad Dogs e as
possibilidades de termos mais Tenho mais medo quando
Você é a favor do árbitro ter árbitros brasileiros no cenário saímos às ruas do que quan-
conhecimento de quanto um mundial. do entramos no mar. Já tive
surfista precisa para virar amigos acidentados com on-
uma bateria? Acha essa uma Como é ver seu filho seguir os das médias tubulares, já per-
questão polêmica? seus passos? É difícil ser pai di amigos em ondas comuns,
de um Mad Dog? mais até do que ondas gran-
No passado fazia sentido ser des. Atualmente, não tenho
polêmico, mas hoje é funda- Ele trilha o caminho que eu tanta preocupação, pois todos
mental poder rever a onda no queria ter trilhado. Eu dei a ele eles têm uma enorme discipli-
vídeo. A gente sempre acha a oportunidade de fazer o que na com o quesito segurança,
que vai lembrar-se dos deta- eu gostaria de ter feito. Foi uma que no nosso tempo não ha-
lhes de cada onda, mas não surpresa quando ele decidiu via. Danilo Couto, atualmente,
é verdade. Quando um atleta ser surfista de ondas grandes. ministra cursos de segurança
precisa de um ponto para virar, Ele tinha acabado de passar que o tornaram referência no
a primeira coisa que você faz no vestibular na Universidade mundo. Lapinho, por exemplo,
é olhar para a nota de outros Federal da Bahia (UFBA). Ti- é capaz de ficar cerca de 5 mi-
atletas ou outras ondas e isso vemos uma boa conversa e nutos debaixo d’água sem res-
torna o julgamento mais justo, falamos a respeito do convite pirar. Fazem curso de apneia,
criando condições reais de ba- que ele recebeu para escre- de respiração, e se preparam
lizar uma nota em detrimento ver para a Revista Hard Core e muito para enfrentar as ondas
das outras. morar em São Paulo. Ponderei gigantes. Não dá mais para ter
com ele se era aquilo mesmo medo como antes. As coisas
O que é preciso para ser um que ele queria. Eu podia abrir mudaram e para melhor.
juiz no surf? todas as portas para ele no
mundo do surf. No dia seguin- Qual o seu conselho para a
Ter ética e caráter e não ser te, ele voltou com a decisão e geração que está na crista da
influenciado por bairrismo, confesso que levei um susto: onda no surf mundial?
patriotismo ou qualquer tipo surfar ondas grandes. Essa era
de torcida. Quando virei árbi- a decisão dele. Sabia que ele Esta geração conquistou tudo
tro, deixei de torcer em tudo, tinha o dom e talento, mas sa- o que nenhuma outra geração
até no futebol, porque entendi bia dos riscos. Fiquei preocu- jamais sonhou. Estão no topo,
que a paixão que envolve uma pado, claro! No entanto, havia com bons patrocínios. A maio-
torcida poderia contaminar Danilo Couto, que já estava lá ria deles está conseguindo se
o meu trabalho. Ter atenção, e bem próximo do seu auge, e manter próximos da família e
boa memória, ser profissional, isso era um lastro! Uma pers- eles sabem que têm condições
saber trabalhar em equipe, ter pectiva. Os dois eram e são de se tornar campeões mun-
tranquilidade, serenidade e muito amigos até hoje. Suge- diais. Esta é uma geração que
coragem de admitir que errou ri que ele cursasse ao menos está vivendo o melhor do nos-
quando isso acontecer. seis meses de faculdade, para so surf nos últimos dez anos.
depois trancar, mas ele estava Meu conselho é que busquem
Qual a sua expectativa quan- decidido. Liguei para Danilo se manter onde estão e que
to ao futuro da arbitragem do na mesma hora e ele foi para contribuam para que novas
surf no Brasil? o Havaí, com a combinação de gerações conquistem as mes-
morar com Danilo que avalia- mas condições, a exemplo do
Preocupa-me! Acho que, ape- ria as possibilidades dele. Já Wigoli Dantas, do Mineirinho,
sar dos diversos talentos que no primeiro ano dele no Havaí, que vem buscando movimen-
já mencionei, temos poucas saiu na capa do jornal de Maui, tar o surf no seu Estado de ori-
oportunidades. Só se aprende com uma das maiores ondas gem e de Gabriel Medina, com
praticando e os campeonatos de Jaws; saiu no calendário do a Fundação Medina.

123 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Rick Brayner/@rickbrayner Cachorros loucos?

Mas, afinal, quem são os Mad
Dogs, por que esse nome e de
onde vem tanta coragem?
por Verônica Villas Bôas

124 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Surf

“Acho o apelido Mad Dog mui- Bruno Lemos/@lemosimages
to irado! Foi um nome dado pe-
los havaianos aos baianos que Yuri Soledade - Pe’ahi - Maui, Havaí maiores e mais frequentes ris-
estavam desbravando Jaws cos. As ondas são grandes, pe-
na remada e demonstrou um letes salva-vidas e as pranchas sadas, muitas vezes com vento
respeito grande por parte dos apropriadas, e ainda assim, se e sem acesso a uma praia. Para
locais para com os surfistas jogavam no mar como verda- chegar às ondas, tem que ser
de ondas grandes”, destaca o deiros gladiadores. Os riscos de barco ou de jet-ski ou des-
surfista Marcio Freire. Pode-se eram tantos e tão grandes que cendo o penhasco por trilhas
dizer que os nativos acertaram eles iam para o mar sem saber bem difíceis, e ainda tendo
em cheio no apelido, porque se sairiam vivos. que encarar uma arrebenta-
foi exatamente isso que Danilo Cheios de coragem e muito ção em cima das pedras, que
Couto, Yuri Soledade e Marcio amor pelo big surf, esses me- torna complicado entrar e sair
Freire, três baianos que moram ninos ultrapassaram todos os do mar. O mar é muito podero-
há muito tempo no Havaí, fize- limites na remada, enfrentan- so e perigoso e exige, além de
ram. Os meninos não tinham os do cada milímetro de água da coragem, muita concentração
equipamentos de hoje, como famosa e assustadora onda de e tranquilidade para a tomada
jet-ski, equipe de resgate, co- Jaws. Desmaiar em decorrên- de decisões. Uma decisão erra-
cia de um caldo ou uma pan- da e os próprios limites podem
“Acho o apelido Mad cada na cabeça era e é um dos jogar contra esses verdadeiros
Dog muito irado! Foi heróis dos mares.
um nome dado pelos
havaianos aos baianos
que estavam desbra-
vando Jaws na remada
e demonstrou um res-
peito grande por parte
dos locais para com
os surfistas de ondas
”grandes
Márcio Freire

Bruno Lemos/@lemosimages Os baianos que mudaram a his-
tória de Jaws estavam se pro-
pondo a fazer algo impensável
até mesmo para os locais. Uma
aventura que durou cinco anos
(de 2006 a 2011). Desafiando
Jaws ano após ano, eram eles
um sonho e a sua coragem era
movida pela paixão.

Márcio Freire - Pe’ahi - Maui, Havaí Mas essa história vem desde
1988, quando o surfista Lapo
Coutinho realizou o primeiro
evento de ondas grandes só
para brasileiros em Pipeline, no

125 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Surf

“ Jaws, para mim, é a
mais assustadora onda

do planeta, além de

ser a mais perfeita. A

água é quente e azul.

A onda quebra para

os dois lados, o que

traz um clima tropical,

mas também faz dela Bruno Lemos/@lemosimages

uma onda tão difícil

que acaba sendo muito

assustadora ”
Danilo Couto

Havaí: era o 1º Brazilian Nuts, Danilo Couto - Jaws - Pe’ahi - Maui, Havaí
um apelido dado aos brasilei-
ros por conta da falta de condi- com eles, até que surfar aque- os atletas top, a mídia e po-
ções para surfar aquelas ondas; las ondas como os “cachorros tenciais patrocinadores esta-
faltavam pranchas adequadas loucos” virou uma febre. Hoje, vam presentes. Ter um título
e, com isso, eles viravam as muitos surfistas seguem a tri- e uma premiação oficial abre
maiores “vacas” (nome popular lha dos surfistas brasileiros. portas, e a conquista propor-
que define os famosos caldos Todo mundo tem a sua “gun- cionou novos patrocínios.
que os surfistas sofrem quando zeira” (prancha grande, com
caem das pranchas). O evento medida acima de oito pés). A Não é para
foi o início do aparecimento coragem dos baianos foi re- qualquer um
de brasileiros pegando ondas conhecida em 2011 quando
grandes e pode ser conside- Danilo Couto e Lapinho – filho É importante esclarecer que
rado precursor dos Mad Dogs, de Lapo Coutinho – foram pre- para ser um Mad Dog não
que cresceram ouvindo as his- miados no Billabong XXL, pela basta um sonho e muita co-
tórias dos Brazilian Nuts. melhor onda do ano, com o seu ragem. Requer disciplina,
“Marcio, Danilo e Yuri são desempenho em Jaws. concentração, dedicação e
meus ídolos e representam “Jaws, para mim, é a mais as- muito treinamento! Muito
muito no mundo das ondas sustadora onda do planeta, surf, alimentação saudável,
grandes, tenho orgulho de além de ser a mais perfeita. A cursos de apneia e muscu-
também ser considerado um água é quente e azul. A onda lação são alguns dos treinos
Mad Dog e de ser um des- quebra para os dois lados, o aos quais essa turma cora-
cendente dos Brazilian Nuts, que traz um clima tropical, mas josa se submete. Estar bem
representando o Brasil nas também faz dela uma onda tão fisicamente e sempre tran-
ondas grandes”, confessa La- difícil que acaba sendo muito quilo para poder analisar as
pinho, filho de Lapo Coutinho. assustadora”, confessa Danilo. condições e tomar as deci-
Apesar da coragem, paixão A conquista do título chegou sões certas é imprescindível
e ousadia, os baianos não fa- de uma maneira especial co- para um Mad Dog enfrentar
ziam muito estardalhaço com roando toda a dedicação que a força e pressão das enor-
o fato de surfar aquelas ondas. essa dupla e seus compa- mes ondas que são capazes
Eram discretos. À medida que nheiros de aventura tiveram de segurar um surfista de-
iam desbravando as ondas e por aquela onda. O universo baixo d’água por um tempo
conquistando confiança, iam conspirou e Danilo e Lapinho difícil de calcular, além dos
inspirando os demais surfistas pegaram a onda certa na hora riscos de contusão e sérios
que começaram a cair na água certa, em um momento onde ferimentos no corpo decor-
rentes da grande massa de
água que elas trazem.

126 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Nos tempos de hoje é inima- As ondas gigantes continu-
ginável pensar no surf de on- am sendo para esses rapazes
das gigantes sem o apoio e a uma aventura inexplicável,
segurança oferecidos pelos mas não sem garantir-lhes
jet-skis, coletes e todo o apa- um mínimo de gerenciamen-
rato em torno dessa aventura. to de risco e oferecendo aos
Danilo Couto ministra treina- amantes do surf uma emo-
mentos extremamente com- ção tão inexplicável quanto a
pletos em que os surfistas que os nossos heróis desfru-
aprendem a ficar em apneia tam sobre as enormes ondas.
por cerca de 5 minutos. Eles Coragem, garotos, vocês são
mergulham com pedras amar- os nossos ídolos!
radas ao corpo, e aprendem a
usar equipamentos de segu-
rança.

Para os Mad Dogs, quando se Arquivo Pessoal
fala de remada ou tow-in é
como falar de dois esportes Lapinho e Nicole Pacelli
totalmente diferentes. Tow-in
significa, literalmente, “rebo- Aventura em família
car para dentro”. O surfista é
levado por um jet-ski por meio Toda essa história foi contada
de um cabo de esqui aquáti- no documentário “Mad Dogs”,
co, já em pé e com os pés do diretor Roberto Studart,
presos à prancha, até o ponto e exibido no Canal OFF. Um
certo da onda, quando ela co- verdadeiro sucesso! Em janei-
meça a arrebentar. Na remada ro de 2019, o canal vai exibir
ou no braço, como os surfistas uma série denominada “Ca-
gostam de falar, o esportista sal 20 Plus”, na qual Lapinho
tem que fazer tudo sozinho, e Nicole Paceli (sua esposa,
remando até a onda, até se le- que também surfa ondas gi-
vantar e surfar. Para eles, cada gantes) viajam o mundo na
um tem o seu lugar e a sua vez. companhia de Jorge Paceli,
Existe um limite na velocidade pai de Nicole e shaper, que
e no tamanho com que a onda também surfa ondas gran-
quebra que define claramente des. O projeto promete fortes
a necessidade de usar um em emoções e lindas cenas, e os
detrimento do outro. três estão superempolgados.
“A remada é o sentimento Vale a pena conferir!
puro do surf. Pegar uma onda
gigante com os seus próprios
braços não tem comparação,
é um sentimento muito grati-
ficante”, afirma Yuri Soledade.
Antes dos Mad Dogs, o limite
estabelecido para decidir usar
ou não o jet-ski era bem me-
nor. Os meninos conseguiram
provar que existe um limite
bem maior, e é nesse limite que
se encaixam os Mad Dogs.

127 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Gastrô

Foto: UAU SABOR Na terra do acarajé, o
Fotos: Four Dogs hot dog se reinventa
DE para atender a um
público mais jovem,
NOSTALGIA conectado e exigente

Por Simone Ribeiro

Uma “paixão” que ignorava o
trânsito de Salvador. E fazia
Evandro Oliveira sair da Pituba
para Vilas do Atlântico: o ca-
chorro-quente da The Dog Fa-
ther. Idas e vindas uniram a fome
à vontade de comer. Há oito me-
ses, o empresário abriu a própria
casa, em Stella Maris. Apesar da
inexperiência no ramo, ele en-
xergou na crise econômica uma
oportunidade e confiou no ce-
nário apontado pela Associação
Brasileira de Franchising (ABF):
no segmento de franquias, a ali-
mentação teve o melhor desem-
penho em 2017. A opção por um
prato “das antigas”, que nos re-
mete desde as festinhas de ani-
versário às noitadas nada ino-
centes, justifica: “É um produto
saboroso, gostoso e inovador”.
Além do sabor, outras iscas
atraíram Evandro. Todos os 18
sanduíches lá têm nomes dos
personagens de “O Poderoso
Chefão”: o Corleone e o Moe
são os mais pedidos. A base é o
pão (em 17 cm ou 33 cm), o purê
de batata, a salsicha e o molho
especial (um segredo da fran-
quia). O que diferencia um hot
dog do outro são os adicionais:
calabresa, cheddar, frango com
creme cheese etc. A decoração
do lugar, com motivos em bran-
co, preto e vermelho, tem um
charme retrô. Na vitrola, música
contemporânea. Jovens formam
o público principal. Moram em
Stella, Alphaville, Patamares,
Piatã, Orlando Gomes e Itapuã.
A loja atende delivery e abre,
diariamente, das 17h às 23h.

128 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Gastrô

A história de Evandro é pare- Reprodução/Instagram @uauhotdog
cida com a dos sócios da Uau,
dogueria da Pituba. Após um O cachorro-quente lembra comida de mãe, como definiu Gabriel Chamusca, do UAU
começo promissor no projeto
Salvador Boa Praça – vende- Proporcionar um ambiente Para quem surfa na onda do
ram 300 unidades na primeira acolhedor, que faça a pessoa hambúrguer, incluir um hot dog
edição em que participaram, gostar do atendimento, da co- no cardápio foi uma ação na-
em 2016 –, partiram para o pro- mida e querer retornar é tam- tural. Sócio da ÃBurguer, no
fissionalismo e já pensam em bém uma das preocupações Jardim Apipema, Rodrigo Dias
expandir. “O cachorro-quente de Juca Pretto à frente da Four morou na Califórnia e percebeu
tem uma coisa nostálgica, lem- Dogs. Um dos três sócios da que lá era comum os restauran-
bra comida de mãe”, define Ga- loja e apaixonado por cachor- tes servirem os pratos juntos. “A
briel Chamusca. Viagens para ros, ele criou a marca em 2015. gente quis inovar, pois percebe-
os Estados Unidos (a meca do Do food truck e do contêiner mos que dogueria ainda é algo
sanduíche) e São Paulo e a as- eles migraram, há sete meses, pouco conhecido em Salvador”.
sessoria da chef Patricia Veiga para uma área verde no Costa Os sanduíches com salsicha ale-
(ex-Restaurante Doc) também Azul. Nas redes sociais, Four mã artesanal da hamburgueria
contaram na formatação do Dogs é sinônimo de gastrono- são praticamente iguais; o que
negócio. Eles chegaram a com- mia artesanal e premium (eles diferencia é o chilli. No mais, le-
prar um trailer, mas o ponto es- só usam linguiça), mas tam- vam pão brioche e uma mistura
colhido foi a Pituba, onde fun- bém de cuidado com os pets. de queijo e batata-palha doce.
cionam desde agosto do ano
passado, de terça a domingo, A ideia da dog friendly foi Menos é mais
das 18h às 23h; e sexta e sába- reforçada depois que Juca-
do fecha à meia-noite. passou por uma multinacio- Na contramão do hot dog gour-
Os três sanduíches que foram nal. Hoje, o slogan “Loucos met, nascia há 31 anos o cachor-
o carro-chefe das vendas da por hot dogs e dogs” está ro-quente da Travessas, no Santo
Uau nos seus primórdios – o presente em sanduíches com Antônio. Feito com pão e molho
Italiano, o Mexicano e o Chilli nomes de raça e eventos que caseiros, queijo ralado e salsicha.
& Cheddar – continuam no apoiam ações de adoção, por Com o sucesso, a portinha da
cardápio. Hoje, são sete tipos exemplo. Na Four Dogs, os casa de Dona Ridalva e seu Egi-
de hot dog, todos feitos com cães são muito bem-vindos dio, point dos alunos do Colégio
pães, salsichas e molhos ar- e ficam soltos no domingo. Divino Mestre, ficou pequena. O
tesanais. Em breve, dois no- A dogueria abre de terça a segredo? O pão que a matriarca
vos sabores se juntarão à fa- domingo, das 18h às 23h; ter- inventou e cuja receita não forne-
mília: o Baconzolla (que leva ça, quarta e quinta, das 18h à ce, diz o filho Daniel Erhardt, ad-
creme de gorgonzola, bacon, 00h, sexta, sábado e domin- ministrador da lanchonete. A Tra-
cebola caramelizada e couve go, das 14h30 em diante. Nas vessas, que funciona de segunda
crispy) e o Provoletta (com caixas de som, muita black a segunda das 9h à meia-noite,
tomate confitado, creme de music, soul e MPB. Artistas é um exemplo da propaganda
provolone, farofa da casa, da cena local estão esquen- boca a boca (literalmente falan-
alho frito e bacon frito). Do tando o recente projeto Jar- do): não está em redes sociais e
lado de dentro da dogueria dim Acústico. nem atende delivery.
são três mesinhas e na área
externa mais 17. Nos finais
de semana, a clientela conta
com música ao vivo no trailer
grafitado e estacionado em
frente à rua: o veículo se abre
e vira um palco. Futuramente
haverá recital, apresentação
de mágica, Domingo do Jazz
e mais programação cultural,
promete o proprietário.

129 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Gastrô

Reprodução/Instagram @aburgeroficial teve a feliz ideia de acrescentar
o pão. Hoje, o empresário res-
O hot dog é um prato que remete tanto às festas de aniversário quanto às noitadas nada inocentes peita a luta histórica de não se
colocar adicionantes na receita
Empresário, produtor de eventos Pesquisador do cachorro-quen- original. “Poucos elementos são
e habitué do Rio Vermelho, Anto- te, chef de cozinha e dono do suficientes pra fazer as pesso-
nio Portela é outro que não acre- Bierstrô, em Stella Maris, e da as sentirem os sabores em um
dita em adicionais no cachorro- Rice Road Street Food (um cachorro-quente”. Pickles é a
quente. Para ele, “a estrela tem restaurante alemão itinerante), única concessão a que faz. No
que ser a salsicha”. Quando re- Giorgio Sérvius afirma que no Bierstrô, Sérvius serve três ti-
solveu mergulhar no mundo da Brasil existem “culturas de hot pos de hot dog, sendo que dois
charcutaria – porque viu aí um dog”. Na Bahia, chama a aten- chamam a atenção: o Choripan
campo inovador – foi a São Paulo ção o sanduíche com mistura de (com carne de búfalo ou javali)
estudar. “Salvador não conhece molho de tomate e... “tempero”. e o Bjorn (feito com pão preto,
esse tipo de negócio. Tanto que “É o que me faz sair de casa duas linguiça artesanal de porco, mo-
aqui você bota vários ingredien- horas da manhã para comer um lho de ervas e molho de manga).
tes para mudar o gosto. Quando cachorro-quente de rua”. Em
se usa uma coisa de qualida- Campina Grande, foi apresenta- Uau
de, sem química, a salsicha vai do ao prato servido com carne Rua Rio de Janeiro, 480, Pituba.
te alimentar, não vai só passar moída em cima. Surpresa foi ter
a fome”. Um dos donos da Ori- comido na Argentina “os melho- Tel.: 71 3027-5011
ginal Hot Dog Dogueria, Portela res hot dogs” depois dos EUA.
está com o espaço fechado para Para quem pensa que tudo que The Dog Father
recompor sociedade e resolver é embutido deve ser chamado Alameda Praia de Caratingui, 71,
problemas com mão de obra. de hot dog, Sérvius começou a
O “minimalismo” também pa- vender a sua versão do sandu- Stella Maris.
rece ser a base da receita que o íche em Salvador em 2015, nas Tel.: 71 3011-7017
publicitário Washington Olivetto feiras de rua – “e com salsicha
preparou ao vivo no dia 19 de de verdade”, frisa. Acredita que Four Dogs
abril, no programa da apresen- a partir daí outras pessoas se- Rua Cassilandro Barbuda, 139,
tadora Ana Maria Braga (Globo): guiram o seu passo.
duas salsichas tipo alemã, uma Sobre as origens do cachorro- Costa Azul.
baguete, 16 fatias finas de queijo quente, que teria migrado da Tel.: 71 3037-3489
Emmental e mostarda de Dijon a Alemanha para os EUA, o co-
gosto. Cansado da culinária fran- zinheiro mais de forno do que Travessas
cesa em uma temporada na ca- fogão conta que existe uma len- Travessa dos Perdões, 65,
pital parisiense, ele fez o pedido da, segundo a qual, no início, só
do hot dog em um restaurante, existia a salsicha, além de uma Santo Antônio.
mas descobriu que o prato, na luva passada de mão em mão. Tel.: 71 3242-6497
terra da gastronomia, era servido Como nem todo mundo acha-
apenas aos funcionários. va o costume higiênico, alguém à Burguer
Rua Professor Sabino Silva, 767,

loja 002, Jardim Apipema.
Tel.: 71 3042- 0617

Bierstrô
Alameda das Praias, Empório

Greco, loja 5, Stella Maris.
Tel.: 71 99302-4449

130 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

sorvete acdoqerumaeccaaeeo
gela

mmdpnParoruêere.nsfpcedEaarondrmidt.eeraienaA.ghmcmQuoeae.nuoioaaorD.ndsFdisaoeaofprçavrmracoechuãevtemee.egiqaatPaeruseqeuarugpqleoeurulgceanioestnvae.aa.ipPqRareumaibgeueareirfr.erapAcu,eethdalba,êeemeralsaãqeooum.beCalaeatoibesslrrooagaqrçoqruoisuestoeauml.emqauQvaieseuMnastgPólinoBavhstopooscrusfaêroaitosoaccddboaooerr

●Sa6lv0aSdAoBrOSRhEoS p●piHnEOgSRP,TÁASRrCIahOIçoOaDpNEGpAFiMUenNnEgCNeIBOrTNaOaAlrMPOrEAaNsR,óTASOriiClDovLO,eISE8rSN7HSTOh-EPoSRPpIi●NbpGeiSAnirBgaEdRoT OImTObDuOí S OS DIAS
e Aeroporto.

131 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Gastrô

psfleaFoaoafrmaorcuaAtadmladrtmaddaasdvisa,grptreeiimvoaorírmeecElordmaéaiccPndecuaeemsscsampdoêotsóelnxaoiqtelz,aosedcreãprubttasuiadrionemansoocraeov,eaafm,daslho,Lsroriolça,pclimeeaziiêcvupàvnsdãzherivnaaoónuaoondcaaepnpdafcilh,rçossfuietsirlregrtieodaaaã,aaidasstirdmentopioartatsdnavieiorhddvd,azreasoiaroanoacd“eafaideisçegrpo.plaoçrsieaeAãtdzeorrmmoOãgsimeoeeavuaguogcrcacp,iedacpnardoatrcedcdsmaiooieverromisõoiaianofroéotstltoaneafed,amtohr,fscaodaadtososlonrasêftiyiifsran,znoarndiease,vdt.ao-dodgjateaaaceçomaarsnoaãe.saq,q-niooa-aalbuidu-q”c-jeeufi,emoolueexipddsdoOeseicuArripaiatlsdmfoaoemeioutrorcdtencnadusocmponudeee,dtntteotslierreuaqsodteomamssmeossmpbu.amoaoasaedeeidSoédgccfp.siaoqmeeoãsmOiãaarapalsutioipol,rcmovnlsareve,avaocuieaanalnsmiaecoreeldnmtrtaltotienoignmaiouduemuesstmacurszuidocdetaslaoeamepiésoooamusegnnpúmtmrdflpeprathrmtdaaprfioeierseazaoecmreao,eacsaderlusr.dtdrmemiiimropqeoalltabotimoaameoluoreea:sasqnrunrardn,oqlpcteuimunmsdcnoéepuaeseamdtoegfa,aodro-ieomn-r.learoiesodncs-a-.o--

132 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Gastrô

CmnfoprseaceecrocragoPson“ciordcNrdotmideaorvougaoádla,t,gopeimoiGteMisdiroronsaa,iiena,latzstusfsehluoteiiaómm.nradnnzoOciárdeocniPavaaononqo,eoltmaicmujomolgul”oeis,ginadaemaectdildanoiaAuoimeatd,mqonfqtaedeéuteeunotdopmennaituvmoohontaRaecoddai.desamcoidsao.costae,ThàamapdneemubqedemfrooquaaaaKoreuinscosésaseetosrtfenouuroriã-deomo,ison--

133 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Gastrô

Localizado na Barra, o restau-
rante traz a proposta de promo-
ver uma alimentação saudável
com o conceito comfort food.
“Aqui é a nossa casa. Eu quero
que o cliente sinta a minha mão
em tudo o que é feito, que sin-
ta aquilo que a gente sentiu fa-
zendo a comida. Envolve amor,
cuidado; é um prato preparado
para ele, com afeto”. Sobre a es-
colha do nome do restaurante,
Karine respondeu que o coen-
tro é um tempero regional que
tem a cara da Bahia, é muito
saboroso, sustentável, fácil de
encontrar sempre fresquinho e
que melhor traduz a proposta
do restaurante, que é servir uma
comida saudável, cheia de sabor.

A cozinha afetiva é feita de boas Frederico Pimentel/Divulgação
histórias e o culinarista (e tam-
bém diretor de arte) Leonardo Leonardo Grimaldi: “Amor, tempero e carinho. Isto, para, mim é cozinha afetiva”
Grimaldi, da @lagrimacozinha
e sócio, juntamente com Ivone Já de volta ao Brasil, o culina- comida da avó, da minha mãe,
Mit, da Deguste Cozinha Afeti- rista, vendo os seus pais cozi- a comida que você faz quando
va, é cheio delas. Ele contou que nharem desde as comidas mais está longe de casa e sente sau-
os seus pais sempre foram a sua simples às mais sofisticadas, se dades, é a lembrança do instan-
maior fonte de inspiração. As encantou pela cozinha e perce- te em que pediu ou foi pedido
suas primeiras memórias olfati- beu que era aquilo que ele que- em casamento, é o cheiro da-
vas e degustativas são da feijo- ria fazer para o resto da vida. quela comida que te remete a
ada e da quiabada da sua mãe, “Amor, tempero e carinho. Isto, um lugar que te marcou”, definiu
Iraci Grimaldi, memórias da sua para, mim é cozinha afetiva. É a Grimaldi.
infância. O seu despertar para a
cozinha surgiu de uma necessi-
dade. Em um intercâmbio que
fez aos Estados Unidos, aos de-
zesseis anos, Grimaldi sentia a
falta do tempero, da comida de
casa, então, ele que estava em
uma casa de vegetarianos, cer-
to dia ligou para a sua mãe pe-
dindo uma receita para que ele
mesmo a preparasse, e aquele
foi o seu primeiro contato efe-
tivo com a cozinha, o seu pri-
meiro prato, um frango ao forno
ao molho de mel e mostarda.
A partir de então, ele começou
não somente a reproduzir as re-
ceitas de sua mãe, mas também
a compartilhá-las com a família
norte-americana.

134 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

GGaassttrrôô

As reuniões em família eram co- Reprodução/@chefemcasassa
muns aos domingos, tios, avós,
primos e comida farta. De um Paella então os primeiros eventos e,
lado, a influência de sua família assim, o negócio foi tomando
italiana, do outro, o regionalis- Personal chef forma. “Meu pai e meu tio foram
mo “brazuca” (reuniões que se quem me inspiraram. Lembro-
mantêm até hoje) e foi unindo A comida aproxima as pessoas, me sempre do meu pai prepa-
elementos das duas culturas e quer algo mais afetivo do que rando feijoada, caruru e o meu
que ele começou a compor as uma reuniãozinha de amigos em tio cozinhava muito e é casado
suas próprias receitas. E são os casa ou um jantar em família? com uma espanhola, então, eu
seus amigos os primeiros a ex- Uma alternativa para aqueles comia muita paella. Eu estava
perimentarem as suas receitas que não têm tanta habilidade na sempre participando, ajudando
autorais, a quem ele chama de cozinha é o serviço de personal na cozinha, nas festas familiares
“verdadeiros críticos”. Receitas chef, ou chef delivery, uma ten- e espero um dia passar isso para
como o risoto de dendê com ca- dência que vem ganhando cada o meu filho”. O cardápio varia
marão preparado especialmente vez mais espaço na casa dos desde massas, frutos do mar, a
para esta matéria, servido com brasileiros. O personal chef pre- paella (um dos carros-chefes do
duas entradas, a bruschetta e a para as refeições de acordo com negócio), a feijoada, queridinha
florata de carne-seca e banana- o que o cliente deseja, em suas dos brasileiros e turistas.
da-terra. Hoje, Grimaldi dá aulas casas ou no local do evento indi-
de Culinária, junto com a sua só- cado. Em datas comemorativas
cia no Deguste Cozinha Afetiva, como o Dia das Mães ou o Dia
e compartilha as suas receitas dos Namorados cresce a busca
através de um catálogo on-line por esses serviços.
em seu site e vídeos no recém-
criado canal do YouTube “La
Grima Cozinha”.

Foi pensando nessa crescente
demanda que Gustavo Campos
teve a ideia de criar o @chefe-
mcasassa. Ele, que já coman-
dou um restaurante em Belo
Horizonte, identificou no mer-
cado baiano uma oportunida-
de e conta que tudo começou
com os pedidos de amigos para
preparar almoços e jantares em
suas casas, posteriormente, os
amigos dos amigos; surgiram
Karine Poggio, sócia e chef do Murillo Dias/Divulgação
Coentro Gastronomia Afetiva Reprodução/@chefemcasassa

Lombo de bacalhau com legumes e
batata ao murro

135 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Gastrô

SeduzirComida para
Seduzir e cozinhar são artes mas que não enfartem; escolha
deliciosas que envolvem a comidas que façam o seu parcei- Tereza Paim
cabeça, o corpo e o coração. Os ro desejar mais comida… ou sexo!
grandes chefs de cozinha, assim Lembre-se que servir uma refei- Cozinheira pesquisadora e apaixona-
como os amantes, são inspirados ção sedutora com bom humor da pela cozinha baiana
pela paixão. em um ambiente preparado para
Há quem diga que a culinária o amor vai provocar a melhor re- seus mortos ou celebram os fu-
de sedução é norteada pela uti- compensa. Por último, use a em- nerais com bastantes alimentos
lização de receitas de fácil pre- patia quando cozinhar para o seu e bebidas. Toda família tem uma
paração que permitem que o parceiro; pense cuidadosamente ou mais receitas que são passa-
cozinheiro passe menos tempo nas suas preferências culinárias das de geração em geração em
na cozinha e, assim, sobra mais e fique atento às alergias, afinal, um ato contínuo de amor e per-
tempo para os jogos amorosos. o seu plano pode estar perdido petuação desse grupo.
Há uma corrente que se classifica com uma simples frase como
por uma culinária cujas comidas “detesto camarão” ou até uma A dica do chef desta
puxam pela sensualidade, sabor, urticária! edição é de Ana Robéria,
cheiro e texturas que vão estimu- Arrisque-se e experimente coisas da Bella Gourmet Bistrot
lar o apetite sexual dos parceiros, novas. Use aventais provocantes, @bellabistrot
em que tudo é pensado para se- uma venda de olhos, explore to-
duzir. dos os sentidos, namore, vista-se Afrodite
Os ingredientes considerados ou não vista nada. Comer é um
afrodisíacos são aqueles que têm ato primário, uma questão de so- Arroz de coco
vibrações refrescantes, evoca- brevivência e attitude. Raul Lody,
ções visuais, aromas e nutrientes em “Brasil Bom de Boca”, escre- Ingredientes:
necessários para melhorar o de- ve: “Comer é um ato biológico, 120 g de arroz parboilizado
sempenho sexual, na maioria das indispensável, principalmente, cozido
vezes nada comprovado cien- simbólico, ritualizado, seguin- 1 colher de sopa de cebola à
tificamente, mas juramentado do os padrões de cultura, das brunoise
na sabedoria popular. Há quem ofertas do meio ambiente, das 1 dente de alho picado
questione se os afrodisíacos têm maneiras de misturar, preparar e 1/2 xícara de chá de leite de
mesmo resultado ou se são ape- servir, sendo certamente o ato coco
nas sugestivos. É bom lembrar mais pleno do homem, somente 2 colheres de sopa de água
que a imaginação pode ir longe comparado ao ato sexual”. 1 colher de chá de coco ralado
na arte da sedução; ao servir es- De maneira geral, os momentos desidratado
sas comidas sensuais em um am- importantes são sempre acom- 1 colher de sopa de óleo de
biente provocante, você pode le- panhados de boa comida e boa gergelim
var qualquer amante ao êxtase. O bebida, seja um casamento, um 1 colher de sopa de cheiro-verde
fato é que a comida sedutora nos batizado, um aniversário, o al- picado
deixa mais enérgicos, promoven- moço da casa da mãe aos do-
do uma sensação de bem-estar e mingos, um encontro de amigos, Modo de preparo:
o aumento do vigor físico. qualquer que seja a celebração Em uma frigideira pequena
Ao montar um menu de sedu- sempre há comida e bebida inte- aquecida, coloque o óleo de
ção, escolha pratos que saciem, grando as pessoas. Há até povos gergelim, acrescente a cebola
cuja cultura oferece comida aos

136 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Gastrô

e o alho, recheie, acrescente o
leite de coco e a água. Quando
começar a ferver coloque o ar-
roz, o coco ralado e, por último,
o cheiro-verde. Deixe ferver até
ficar mais sequinho.

Frutos do mar

Ingredientes:
6 ostras frescas
6 filés de camarão 21/25
1/2 xícara de conhaque
1 colher de sopa de gengibre
à Juliene
1 colher de chá de açafrão
2 colheres de sopa de azeite
de oliva

Modo de preparo:
Cozinhe no vapor as ostras. De-
pois de cozidas, tire-as das cas-
cas. Tempere os camarões com
sal e pimenta-do-reino. Em uma
frigideira aquecida com o azeite,
coloque os camarões e as ostras,
em seguida despeje o conhaque
com açafrão e o gengibre, dei-
xando-o flambar.

Geleia de pimenta

Ingredientes:
1 maçã
50 g de pimenta biquinho
2 colheres sopa de açúcar mascavo
Suco de 1/2 laranja

Modo de preparo:
Bata tudo no liquidificador até
formar um creme, leve-o ao fogo,
deixando ferver até ficar um cre-
me homogêneo.

Arrumação:
Coloque o arroz dentro de meia
casca de coco fresco. No prato,
coloque a geleia de pimenta, ar-
rumando sobre ela os camarões
e as ostras.Use para decorar pi-
menta dedo-de-moça e algumas
casacas das ostras.

137 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Gastrô

Criativo e minucioso

FViignui eirana arte da gastronomia
Por Aleile Moura Araújo

Foi a paixão pela gastronomia que
fez com que Vinicius Figueira ga-
nhasse o mundo e, depois de ter
morado em mais de 15 países, ar-
riasse as malas na terra do dendê.
Nas suas andanças mundo afora,
o jovem chef de apenas 31 anos
de idade adquiriu conhecimento e
aprendeu as minúcias da arte gas-
tronômica em seus mais de 10 anos
de profissão.
Natural de Búzios, no Rio de Ja-
neiro, Vini Figueira, como é co-
nhecido, estudou Gastronomia em
Barbacena, no interior de Minas
Gerais, onde se encantou pela ri-
queza da culinária. Depois de ter
passado por grandes restaurantes
e convivido com renomados che-
fs na Europa, Vinicius retornou ao
Brasil, passando por conceituados
restaurantes, até que foi chamado
para vir à Bahia montar o cardápio
do Zen, em Salvador. Além do Zen,
Vini montou também o Bistrô du
Vin para a Casa dos Vinhos. Sem
dúvida, foi amor à primeira vista
pelos cheiros e sabores singulares
dos ingredientes baianos.

138 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Gastrô

Apostando em uma culinária ar-
tesanal de bases clássicas e to-
ques de ousadia, o chef viu na
Bahia uma excelente oportuni-
dade para empreender e, então,
criou o seu primeiro negócio: a
Cantina du Vini. Em cada can-
to do espaço é possível notar o
toque do chef: da montagem
do cardápio à decoração. Para
o restaurante, localizado na Rua
Bartholomeu de Gusmão, no Rio
Vermelho, foi escolhida a gastro-
nomia italiana. No menu, pratos
deliciosos à base de produtos
simples como o tomate, o manje-
ricão, uma massa e um toque de
pimenta-de-cheiro ganharam o
paladar dos soteropolitanos.

A sua expertise no ramo da gas- Chocolate Preparo
tronomia e no atendimento pri- Aveludado
moroso lhe permitiu, ainda, criar Derreta o chocolate em banho-
mais uma unidade da Cantina du Ingredientes -maria ou no micro-ondas con-
Vini, desta vez, no bairro do Imbuí; trolando o tempo de 30 em 30
e o Ko Phai, onde o chef Vini e a 200 g de chocolate segundos para não queimar. Em
sua equipe oferecem variedades meio-amargo seguida, adicione o creme de
da culinária do Japão, Tailândia leite e misture bem. Enquanto o
e Índia, respeitando a leveza e o 1 caixinha de creme de leite chocolate esfria completamen-
sabor dos alimentos de cada cul- (se usar a lata, retire o soro) te, bata as claras em ponto de
tura. Além dos restaurantes, Vini neve bem firme. Quando o cho-
fornece serviços de buffet por 3 claras de ovo batidas colate estiver frio, adicione as
meio da Vini Figueira Gastrono- em neve claras em três etapas e misture
mia. A empresa atua no mercado delicadamente para que o ar e a
baiano, oferecendo alto padrão leveza adicionados pelas claras
em serviços e locação de material. não se perca. Leve à geladeira
por, pelo menos, três horas an-
A dica do chef tes de servir. Use a criatividade
para a sua apresentação.
Baseada em sua essência de ino-
var e apostar em pratos com in-
gredientes simples, a dica do chef
desta edição é o Chocolate Avelu-
dado. Trata-se de uma sobremesa
de chocolate suíço com crocante
de Óreo. Para acompanhar essa
delícia, Vini Figueira indica uma
boa taça de vinho do Porto. A be-
bida, classificada como vinho for-
tificado, é a harmonização perfei-
ta na hora da sobremesa, fazendo
par com tortas e doces à base de
chocolate. A seguir, o passo a pas-
so de como prepará-la. A decora-
ção e a finalização ficam a critério
de cada um.

139 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

O Caminho do Chá: Rosana Boaventura

arte e espiritualidade Trabalha com arte e educação,
é uma andarilha do seu
autodesenvolvimento e faz
de uma tigela de chá o seu

momento de graça

Quando as pessoas desco- A história e a tradição eu dei- “Chá nada mais é que
brem que sou uma ser- xarei para que você as pesqui- isso: primeiro, você
viente do chá, logo me per- se, desejando que não deixe aquece a água, depois
guntam: “Você vende chá?”. de fazê-lo porque você vai você prepara o chá.
Na hora, respondo que não, adquirir outro conhecimento, Depois você o bebe
nada contra a sua comerciali- como também pode te tornar adequadamente. Isto
zação, mas faço dessa pergun- um grande apreciador da be- é tudo o que você
ta um atalho para comparti- bida e fazê-lo chegar a outro ”precisa saber
lhar o Caminho do Chá, com o caminho. Rikyu
qual me encantei há dez anos Pouco conhecido pelos oci-
e se faz presente em minha dentais, o Chadô tem como das aparências. A disciplina, a
vida desde então. Para seguir base quatro princípios: a Har- discrição e a ordem serão es-
algum caminho é importante monia (Wa), o Respeito (Kei), senciais para se tornar o “ho-
antes de sair percorrendo-o a Pureza (Sei) e a Tranqulida- mem de chá”, nome dado para
procurar estudar a origem do de (Jaku) servindo como pi- aquele que aspira seguir esse
que o despertou a caminhar. lares para aquele que deseja caminho, dado pelo Sen Rikyu,
E com o chá não poderia ser continuar levando uma tigela grande mestre do Chadô do
diferente. de chá para a humanidade. século XVI, no Japão.
Pela arte, beleza e por um Para tanto, há a necessidade
aprimoramento espiritual que de dominar esse caminho em Um “homem de chá”, que in-
levo a você essa cerimônia ain- que a arte se faz presente na corpora os elementos essen-
da nova para muitos leitores: arquitetura do ambiente, na ciais acima citados e busca os
o Chadô, o Caminho do Chá. apreciação dos utensílios, no princípios Wa, Kei, Sei e Jaku
Uma expressão cultural típica poema e na natureza como um no seu contidiano, torna-se
japonesa que graças aos des- artifício ao rito do belo. E por capaz de perceber que o es-
cendentes do país do sol nas- ser arte, nos parece que ela pírito do Chadô não é algo
cente pode ser vivenciada não passa a ser suficiente ao domí- para, simplesmente, amenizar
somente no Japão, mas tam- nio do Chadô. Porém não o é, a sede nessa experiência secu-
bém em algumas outras partes o Caminho do Chá ocorre além lar japonesa, mas para sentir e
do mundo, inclusive no nosso compreender o verdadeiro es-
Brasil nos dias atuais. pírito desse caminho, quando
a serventia se torna mútua e
contribui para uma paz com-
partilhada por uma simples ti-
gela de chá, fazendo das suas
mãos o caminho.

Que esta pouca leitura desper-
te em você a curiosidade de
saber que sempre há um novo
caminho, o Chadô pode ser um
deles. Mas tenho a obrigação
de informar que para esse ca-
minho ser alcançado ele será
longo, por ser muito simples.

140 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018



Life Style

Lte’amiprsdu
No universo digital, estamos
plugados 24h em contato que traz charme e personali- Adriana Cravo
constante com familiares, ami- dade para o dia a dia veloz que
gos, parceiros de trabalho... um toma conta da vida de todos. Relações Públicas
bombardeio de informações, Em muitas culturas, o hábito
correntes e também de afagos de pontuar comemorações e Renovação
e gentilezas. Celebrações com agradecimentos com cartões
aniversários, dia do amigo, das continua vivo! Os japoneses Após anos de casamento, vida
mães e um sem-fim deles nun- que amam tecnologia não estabelecida, filhos crescendo,
ca passam em branco após os abrem mão dos seus cartões você é surpreendido (a) com a
lembretes das mídias sociais. sofisticadíssimos, feitos de pergunta: “Você quer se casar
Para além do digital, uma papéis especiais, e fazem do comigo... de novo?”. Essa cena
“nova onda” com perfume vin- ato da entrega um protocolo à romântica tem se repetido
tage volta à cena: o uso da pa- parte, em termos de elegância cada vez mais. Muitos casais
pelaria. Ela nunca esteve tão e reverência. Um movimento têm aproveitado o desejo de
em evidência. Ter a própria simbólico que cumpre a fun- renovar os votos do casamen-
papelaria, com iniciais, ou ele- ção da comunicação, buscan- to para realizar o sonho de
mentos artísticos de design é do materializar o gesto aten- uma cerimônia com tudo ou
uma tendência no meio social cioso da “presença” que tanto “quase tudo” de uma festa de
e corporativo. Um elemento faz falta na atualidade! casamento original.
Para muitos, a renovação dos
votos do casamento é a opor-
tunidade de reviver o momen-
to mais lindo de suas vidas, em
uma situação bem diferente,
com a presença de familiares,
amigos e dos filhos, parte es-
sencial desse encontro.
Para comemorar as bodas, al-
gumas pessoas optam por um
evento simples, uma pequena
reunião em casa ou na igreja
ou um jantar íntimo. Mas há
uma tendência crescente de
se fazer algo bem mais gran-
dioso, com recepções realiza-
das em cenários idílicos, como
as Ilhas Gregas, Itália ou Maldi-
vas, por exemplo. No mês das
noivas, das mães, e do Dia dos
Namorados, nada mais suges-
tivo para aqueles que acredi-
tam no amor!

142 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Life Style

Dos deuses! E foi pensando em oferecer aos
brasileiros um serviço diferen-
Estrela de primeira grandeza da ciado que em 2016 ele fundou o
enologia francesa, o sobrenome Magnum Club - único clube com
Rothschild é símbolo de uma vinhos de 150 anos de tradição.
das mais tradicionais famílias Os extraordinários produtos
produtoras de vinho do mundo, oferecidos passam pela rigorosa
desde 1853. Philippe de Nicolay- escolha do próprio Philippe e re-
-Rothschild não carrega apenas presentam algumas das melho-
o sobrenome, mas também o res opções do mundo, como os
conhecimento e a paixão pela grandes vinhos dos Domaines
arte de produzir e degustar bons Barons de Rothschild e outros
vinhos. Mudou-se para o Brasil exemplares de vinícolas reco-
em 2010 com a intenção de ex- nhecidas internacionalmente,
plorar novas oportunidades. O que seguem o mesmo padrão
objetivo de Philippe se concre- de qualidade da família. Ao con-
tizou em 2013, com a abertura trário dos outros clubes de vi-
da PNR Import, que trouxe com nhos brasileiros, Philippe decidiu
exclusividade aos consumidores não impor as suas escolhas, dan-
brasileiros os vinhos dos domai- do liberdade aos seus clientes
nes e châteaux Lafite Rothschild para escolherem os vinhos que
e os champagnes Barons de mais agradam o seu paladar. O
Rothschild. “Abri a importadora associado pode optar tanto pela
porque ficava indignado e ainda seleção de rótulos do mês quan-
fico com os preços estratosféri- to escolher as recomendações
cos que se praticam por aqui. Eu que ele faz seguindo as temáti-
tinha noção de quanto deveria cas mensais do clube. Uma op-
custar. Acredito que tomei a de- ção imperdível para os amantes
cisão correta em fincar raízes no de vinho!
Brasil”, explica. www.magnumclub.com.br

Arte Pelo
Mundo

ArteBA (Buenos Aires)
De 24 a 27 de maio

Art Basel (Suíça – Baseleia)
De 14 a 17 de junho

Bienais:

11ª Bienal do Mercosul (Porto
Alegre, Brasil)
De 6 de abril a 3 de junho

143 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Fotos: DivulgaçãoTdoLuexuo rluxo Patricia Zanotti
Datas especiais são sempre
uma ótima oportunidade de Jornalista
presentear. Durante o primeiro
trimestre do ano, acompanha- Jean Paul Gaultier apresenta
mos de perto lançamentos e Scandal! Um perfume de uma
novidades que movimentaram mulher que é livre e forte. Os
o mercado de luxo nacional frascos de Gaultier eram bus-
e, por que não, internacional. tos; agora, são pernas! O cora-
Confira abaixo uma seleção in- ção dessa fragrância é sobre a
crível com opções de presen- vida. Durante o dia, é um mel
tes para todos os gostos. Ca- gourmet refrescante que chei-
priche na escolha! ra como gardênia e laranja san-
A bolsa é definida por ele- guínea, quase infantil. À noite,
mentos-chave do trench coat é um mel sensual e sedutor
Burberry. Seu formato é in- misturado com patchouli.
fluenciado pelos contornos da
lapela e movimentos delicados Este ano, comemora-se o 160º
do clássico tecido gabardine e aniversário da Minerva, ma-
apresenta um cinto oversized, nufatura de relógios de alta
assim como o trench. Acaba complicação que a Montblanc
de chegar ao Brasil em dois mantém em Villeret, na Suíça.
tamanhos, média e larga, nas Como parte das comemora-
cores: preta, cinza mineral, giz ções, a Montblanc apresentou
e rosé claro. no Salão Internacional de Alta
Relojoaria três linhas de reló-
gios que serão lançados co-
mercialmente a partir de junho
– todos fazendo referência ao
legado da Minerva.

Burberry 2018 collection - The Belt Bag

144 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Luxo

Ferragamo celebra a coleção gulho e também deu início à Fotos: Divulgação Four Seasons estreia na Grécia
Primavera 2018 com a inicia- longa parceria da marca com com a conversão do Astir Pa-
tiva #FlowerInvasion. Padrões o personagem James Bond. lace, um dos hotéis mais tradi-
florais sofisticados dos arqui- Agora, 25 anos mais tarde, cionais da Riviera Ateniense. O
vos da Salvatore Ferragamo chegou uma nova e ousada hotel, que fica em uma penín-
decoram uma seleção inédita coleção. A OMEGA revela uma sula a cerca de 20 km de Ate-
de sapatos e bolsas. Flores completa renovação do seu fa- nas, tem vários restaurantes,
impressas digitalmente es- moso relógio para 2018, com duas praias particulares e uma
tampam lenços de seda amar- 14 modelos únicos, incluindo animado beach club – o ponto
rados no tornozelo de sandá- 6 em aço e 8 em uma mistura de partida perfeito para uma
lias de couro e anabelas de de aço e ouro. Agora, dimen- temporada pelas Ilhas Gregas.
saltos ondulados, conhecidos sionado em um relógio maior,
como F-Heel. com 42 mm, cada novo Diver Creme de firmeza reparador
A flora original da Toscana e da 300 M é equipado por um formulado com peptídeos
Inglaterra florescem na parte Master Chronometer Calibre biomiméticos e ação sobre
superior de mules, sapatilhas e 8800, que eleva de imediato a rugas dinâmicas. O creme da
outros modelos sobre o icôni- coleção a um novo patamar de USK restaura os sinais avança-
co salto Flower Heel, projetado precisão, desempenho e resis- dos da idade com ação espe-
pelo diretor de criação das li- tência magnética. cífica sobre as rugas dinâmi-
nhas femininas, Paul Andrew, cas, amplia a manutenção das
inspirado pelo design atempo- estruturas intercelulares, ativa
ral dos arquivos da maison de o metabolismo celular, exer-
luxo italiana. ce o efeito antioxidante imu-
Desde 1993 que o Seamaster noestimulador e diminui os
Professional Diver 300 M tem sinais da contração muscular,
consigo uma legião de segui- reduzindo as rugas e linhas de
dores. Amado pelo seu design expressão dinâmicas.
e tecnologia oceânica, o reló- Pele luminosa. Creme para a
gio original assinalou o triun- beleza das pálpebras, exclusivo
fante regresso da OMEGA ao para a área dos olhos, com for-
mundo dos relógios de mer- tes ações de super-hidratação,
antirrugas. Clareador de olhei-
ras e firmeza. Anna Pegova.

145 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Social & Eventos

VIPColuna Social

Fotos: Divulgação Karla Borges

História VIP des sociais, sendo um grande Administradora de empresas, bacha-
veículo de comunicação no rela em Direito e professora
Ricardo Luzbel, sócio do site Facebook, com mais de um
Bahia Notícias milhão de seguidores, 340 mil Max Gehringer
no Twitter e 120 mil no Ins- na Bahia
Ricardo Luzbel largou um tagram. Está incrementando
bom emprego de 24 anos na no momento o WhatsApp e A competente relações pú-
TV Itapoan em busca de um a transmissão ao vivo: fez re- blicas do Othon Palace Hotel,
novo projeto profissional por centemente um debate para Jaqueline Costa Lino, recebeu
acreditar que, fazendo a coisa a presidência do Esporte Clu- o palestrante do “Fantástico”
certa, o resultado logo viria. be Bahia que atingiu 80 mil Max Genringer na sua passa-
Associou-se a Samuel Celesti- usuários. Lançou também a gem por Salvador para falar
no, que na época era o maior rádio, a RBN Digital, com mú- sobre liderança.
articulista político do Jornal sica de qualidade e informa-
A Tarde, presidente da ABI, e ção, conquistando mais de 145
juntos iniciaram o site como mil ouvintes por mês, através
samuelcelestino.com.br, trans- dos aplicativos. Ricardo afir-
formando-se depois no Bahia ma que se ser VIP é apresen-
Notícias, também recheado de tar notícias selecionadas, bem
colunas de variedades e es- apuradas e de interesse geral,
portes. Luzbel não tem dúvi- ele tem absoluta convicção de
das de que o principal diferen- que o site o é, e enfatiza o seu
cial desse importante veículo é caráter apartidário, com o in-
a imparcialidade, além do seu teresse único de informar cor-
enorme alcance no interior. retamente e com a agilidade
O site investe muito nas re- que a internet proporciona.

146 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018

Social & Eventos Fazer o bem
Duas grandes
mulheres

A potiguar já é A primeira-dama do Estado As Voluntárias Sociais do Esta-
baiana! da Bahia, a carismática Aline do da Bahia em tarde de chá
Peixoto, e a querida amiga Mi- com a presidente Aline Peixo-
A potiguar radicada na Bahia, chelle Magalhães prestigiaram to, no Palácio da Aclamação,
Guta de Paula Brito, entre o o aniversário de Milton Marti- que se tornou cerimonial e
marido, o empresário Rober- nelli. terá toda a sua renda revertida
to Brito e o pai Paulo Vascon- em prol da educação e saúde
celos de Paula, presidente do Ela é festa! das crianças carentes. Já está
Prospere ITB, comemorando agendado no local um jantar
o enorme sucesso do Institu- de gala com leilão para a so-
to Tecnológico Brasileiro, que ciedade baiana.
oferece mais de 100 cursos de
formação profissional no Rio Aniversário
Grande do Norte. cor-de-rosa

A festa do ano

Fotos: Divulgação

Belíssimo o aniversário de Mil- O aniversário de Sandra Tes- Juca Lisboa recebeu um enor-
ton Martinelli, que ofereceu chner é diversão garantida. A me grupo de amigas para uma
aos amigos requinte, sofistica- famosa baiana, radicada em tarde de chá no seu aparta-
ção e, sobretudo, fidalguia. Há São Paulo, sócia da Editora mento do Morro do Gato para
muito não se via na Bahia uma Profashional, conhecida como comemorar mais um aniver-
festa black tie tão glamourosa a rainha das revistas customi- sário. Na foto, a animada ani-
no Cerimonial Cunha Guedes. zadas do Brasil, se esbaldou versariante com a filha Cristina
Na foto, Milton com Beatriz, na pista com o seu filho ale- Martins, a neta Carol Lisboa e
Denise e Marici Martinelli. mão Kai Hrebabetsky. a nora Kátia Dantas Lisboa.

147 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018





AmvoarleqouueroSocial & Eventos

Manuel e Adelaide Brinço
comemoram 50 anos de união

O caminho de Portugal para o Brasil foi realizado
por Manuel Evangelista Mendes Brinço e Adelai-
de Rosa Brinço há mais de cinco décadas. Em
diferentes momentos da vida, chegaram ao país
e alguns anos depois se conheceram. Apaixona-
ram-se, se casaram em São Paulo na década de
1960 e já comemoram 50 anos juntos.
As Bodas de Ouro do casal foram festejadas no
início de maio, com uma linda cerimônia em um
espaço residencial no Rio Vermelho, em Salvador.
A bênção foi dada pelo Padre Luís Simões, da
Igreja da Vitória. O casal tem três filhos, Fábio Ma-
nuel Brinço, Antônio Carlos Brinço e Raquel Rosa
Brinço, e três netos, Helena, Carolina e Beatriz.

Com muitos convidados, en- pela nora Fernanda Brinço, mas. Saíram de duas aldeias
tre familiares, amigos e cole- responsável pela produção e em Portugal, sem se conhe-
gas, os imigrantes portugue- decoração do evento. cer, em momentos distintos.
ses ficaram emocionados em A história do casal é muito Ela veio ainda menina, ele,
diversos momentos da cele- bonita. Isso por conta do pro- aos dezoito anos. Um ca-
bração, assim como todas as tagonismo que o amor teve samento de muito respeito,
pessoas presentes. Uma sur- e continua tendo ao longo apoio e luta conjunta, diante
presa especial ocorreu quan- dessa união. Nas palavras de das dificuldades da trajetória,
do viram a réplica do altar da Adelaide: um encontro de al- e conquistas. Um crescimen-
Igreja da Imaculada Concei- to de amor.
ção do jeito que estava quan-
do se casaram há 50 anos.

Muitas referências afeti-
vas, como a toalha da mesa
do belíssimo bolo, toda em
crochê, feita por D. Julia (in
memoriam), mãe de Ade-
laide, e a sua ampliação em
uma plotagem na pista de
dança, fizeram parte da co-
memoração. Um buffet de
doces portugueses, a toa-
lha de mesa trazida da Ilha
de Madeira, muitas flores e a
banda Baile Fantástico tam-
bém fizeram parte do clima
da festa. Tudo organizado

150 | Let’s Go Bahia Mar/Abr 2018


Click to View FlipBook Version