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Apresenta a proposta da CNBB em sete encontros sobre a CF 2019.

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Published by MOBON, 2019-04-02 08:05:57

CF 2019 - Fraternidade e Políticas Públicas

Apresenta a proposta da CNBB em sete encontros sobre a CF 2019.

Keywords: CF 2019,Políticas Públicas,mobon,Casa do Mobon,Grupo de reflexão

Fraternidade

e Políticas Públicas

“Sereis libertados pelo direito e pela justiça”

(Is 1,27)
CF - 2019

35

2

Equipe Missionária, SDN

Fraternidade
e

Políticas Públicas

“Serás libertado pelo direito e pela justiça”
(Is 1,27)

Campanha da Fraternidade 2019

Belo Horizonte - 2018

1

Ficha Técnica:
Texto: Denilson Mariano
Diagramação: Denilson Mariano
Imagens: reprodução
Revisão: João Resende e Mariano
Capa: Imagem reprodução, CF 2019 CNBB
Editora O Lutador - BH
Impressão: Gráfica AGEP - Eng. Caldas - MG
ISBN - 978-85-7907-144-7

Pedidos: Casa do Mobon
Rua Santa Maria, 346 - Serapião II

Dom Cavati - MG
Fone: (33) 3357-1348
Visite nossso site: www.mobon.org.br

2

Apresentação

Eis aqui mais um precioso cursinho, para nossas Co-
munidades que se prepararem para celebrar e vivenciar
a Campanha da Fraternidade 2019. Ele tem como tema:
“Fraternidade e Políticas Públicas”; e lema: “Serão liber-
tados pelo Direito e pela Justiça” (Is 1, 27).

O Curso esclarece o que são “Políticas Públicas”, ou
seja: ações do Governo, dos grupos e entidades organi-
zadas e das pessoas, que se empenham em garantir a
segurança e a ordem na Sociedade. Em outras palavras,
é a ação de todos nós, cristãos, sendo fermento, sal e luz
no nosso ambiente, como Jesus nos pede.

Fé e Política estão entrelaçadas. Deus quer que defen-
damos a vida de todos os fragilizados. A verdadeira reli-
gião nos leva à prática da justiça, do amor e da caridade.

Para isso, precisamos de uma conversão social, a fim
de lutarmos, verdadeiramente, para que todos tenham
acesso a uma vida com dignidade, na saúde, na moradia,
no trabalho, na educação e no saneamento básico.

O Papa Francisco pede que nos interroguemos: O
que eu faço para o bem comum? Empenho-me para
que minha comunidade seja mesmo mais justa, mais
humana, mais solidária?

3

E, como um gesto concreto, o Santo Padre convida
a todos nós e a todas as nossas Comunidades para
celebrarmos, com criatividade, o Dia do Pobre, por ele
instituído. Esse Dia do Pobre cai sempre no 33º Domingo
do Tempo Comum, ou seja, no Domingo antes da Festa
de Cristo Rei. Em 2019, será no dia 17 de novembro.

Deixamos aqui nossa bênção episcopal à Casa do
Mobon em seus 40 anos de atividade (11/03/1979) e à
Equipe do Mobon: João Resende, Alípio e Mariano, Mis-
sionários Sacramentinos de Nossa Senhora, que estão
lançando este Curso; a todos os leigos e leigas que irão
treinar-se nele e, depois, aplicá-lo nas Comunidades; e
ainda a todos, homens e mulheres, jovens e adultos, que
irão participar desse curso e, principalmente, colocá-lo
na sua vida e na vida da sua Família, da sua Comunidade,
da sua Paróquia e do seu Município.

Que o Senhor Deus, bondoso e misericordioso, vos
abençoe a todos, em nome do † Pai, e do † Filho, e do
† Espírito Santo. Amém.

Caratinga, aos 12 de outubro de 2018, Festa de
Nossa Senhora Aparecida.
+ Dom Emanuel Messias de Oliveira
Bispo Diocesano de Caratinga

4

Introdução:

Todos os anos a Igreja do Brasil nos convida a
aprofundar a experiência de conversão quaresmal
através da Campanha da Fraternidade (CF). A cada
ano ela nos confronta com um tema desafiante da
nossa realidade. Este ano ela nos propõe avaliar e
aprofundar nossa fraternidade diante das Políticas
Públicas. Daí o tema: “Fraternidade e Políticas Públi-
cas” e o lema que nos motiva: “Serás libertado pelo
direito e pela justiça.” (Is 1,27).

O Objetivo Geral desta CF é: Estimular a parti-
cipação em Políticas Públicas, à luz da Palavra de
Deus e da Doutrina Social da Igreja, para fortalecer
a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade.
Juntamente com este tema, lembramos a celebração
dos 40 anos de Puebla. A Conferência dos Bispos
Latinoamericanos que estimulou o trabalho de uma
multidão de lideranças pastorais, de religiosos, e de
sacerdotes. Um tempo forte da presença do Espírito
que impulsionou a ação da Igreja nos meios popula-
res, apesar das forças contrárias que se levantaram
neste período.

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Somos convidados a abraçar com carinho e dedi-
cação esta CF 2019 para que ela possa produzir os
frutos que Igreja deseja e que nossa sociedade pre-
cisa em vista a uma maior participação dos cristãos
nos destinos da sociedade.

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1º EncontroO: que é política pública?

Chave de Leitura: Êxodo 23,1-9
1. O que o texto recomenda não fazer?
2. O que acontece com quem aceita suborno?
3. O que este texto tem a dizer para a prática

política de hoje?
O livro do Êxodo relata a libertação do povo de
Deus das mãos do Faraó do Egito. Deus ouve o clamor
de seu povo sofrido, desperta lideranças e conduz o
povo para fora da escravidão. Para que o povo não
volte a ser escravo, Deus faz uma Aliança. Ele aponta
leis, normas que são capazes de transformar a relação
entre as pessoas para uma vida nova: uma sociedade
mais justa e mais humana.
O texto acima diz respeito à questão da justiça nos
tribunais. Lugar, onde, às vezes, a lei é torcida a favor

7

dos mais fortes e em prejuízo dos mais fracos e pobres.
O texto procura indicar uma conduta reta, honesta
e respeitosa dos direitos de cada um. Somente uma
sociedade baseada na justiça e no direito será capaz
de evitar que os mais fracos se tornem escravos dos
mais fortes. Por isso o povo devia manter viva a me-
mória da escravidão no Egito, para não criar, na Terra
prometida, outra situação de opressão.

A CF deste ano quer nos ajudar a compreender e a
participar mais ativamente das Políticas Públicas. São
políticas que favorecem a todos, mas principalmente
os mais pobres (TB nº 13). Daí a necessidade de enten-
dermos bem o que vem a ser Política Pública. Precisa-
mos também superar os preconceitos que levam as
pessoas a se fecharem, a tudo o diz respeito à política,
por entender que se trata de coisa suja, de corrupção
e desvios.

A palavra “Política” finca suas raízes em um termo
grego e se refere à “pólis”, ao lugar de tomar decisões
em função do bem comum. É o espaço do diálogo e do
exercício do poder para a construção da vida em socie-
dade. Por isso “Política” diz respeito a tudo na vida em
sociedade. Ela está na arte, nas relações de trabalho,
no preço dos alimentos, nas questões da moradia, do
estudo, do transporte, do lazer, nas empresas, nos
clubes, nas associações, na religião, etc. Nas Palavras
de Dom Pedro Casaldáliga: “Tudo é política, embora o
político não seja tudo.”

A nossa vida particular, se dá dentro de uma socie-
dade, quer no campo ou na cidade. Não temos como

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ficar fora dessa realidade da vida. As decisões sociais
pesam sobre nossa vida. Elas podem ser favoráveis à
justiça e ao direito ou podem negá-los, prejudicando,
sobretudo, os mais pobres e sofredores. Por isso, a CF
nos alerta para o fato de que Políticas Públicas dizem
respeito à busca de soluções para as necessidades e
os problemas da sociedade em que vivemos.

A Política Pública é a ação do Estado (Governo),
bem como das instituições sociais (grupos e entidades
organizadas) e pessoas que se empenham na busca de
garantir a segurança e a ordem na sociedade. Busca
fazer com que a lei, a justiça, previstos na Constituição
Federal e nas outras leis estaduais e municipais sejam
colocadas em prática por meio da defesa dos direitos
de todos. (cf. TB nº 20-21).

A Política Pública é um espaço de participação para
a busca e a garantia dos direitos. É preciso que esse
espaço seja ocupado por pessoas honestas, sérias, que
agem a favor do bem comum, que busquem a justiça
e o direito. Por cristãos que queiram fazer a diferença,
sendo um fermento da justiça, uma luz que desmancha
as tramas da corrupção e da violência, e um sal que
tempera a sociedade com a vida que brota do Evange-
lho (cf. Mt 5, 13-14).

O Papa Francisco, em suas homilias e em seus escri-
tos, sempre tem nos orientado sobre a questão de que
envolver-se na política é uma obrigação dos cristãos.
Ele destaca que não podemos “lavar as mãos” como
fez Pilatos: A Política é uma das formas mais altas da
caridade, pois buscam o bem comum. Os leigos cristãos

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devem trabalhar na política. E se a política está suja
é porque os cristãos não se empenharam nela ou se
empenharam sem o espírito evangélico. É fácil colocar a
culpa nos outros. Mas o que eu faço pelo bem comum?
Qual o meu empenho para que a sociedade, o lugar
que eu moro, minha cidade, meu estado, meu país,
seja, de fato, mais justo, humano e solidário? (Vídeo
do Papa no Vaticano)

APROFUNDAMENTO: Nas Políticas Públicas, nosso
povo de Igreja está mais semelhante a Jesus, ou a
Pilatos? Por quê?

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2º EncontrRoe: vendo nossa história

Chave de Leitura: Deuteronômio 17,14-20
1. Quem pode e quem não pode ser nomeado

governante?
2. O que o governante não deve fazer?
3. Como o governante deve tratar a Lei?
4. Em que este texto ilumina a nossa realidade,

hoje?
O livro do Deutoronômio é um convite para que o
povo se converta a Deus. O povo havia entrado na Terra
Prometida, mas acabou se esquecendo de Deus. O ca-

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minho para recuperar a felicidade é retornar à Aliança
com Deus, caso contrário vai perder seus direitos, vai
perder a sua terra e voltar à escravidão. O livro é um
apelo a buscar vida para todos, superar a injustiça e a
desigualdade social que levavam o povo ao sofrimento
e à miséria.

O texto acima dá indicações de como escolher o
governante. Ele deve ser alguém do povo; deve repre-
sentar os anseios do povo; precisa evitar usar o poder
em benefício próprio, desviando-se do serviço ao povo.
Para isso, é preciso obedecer à Lei, não usar a força
do poder para oprimir e escravizar. Não usar do cargo
ou função para garantir privilégios particulares como
mulheres e dinheiro. Acima de tudo deverá orientar-se
pela Lei de Deus, sem desviar-se dela. Esse é o caminho
para a paz no meio do povo.

Na história do nosso país, os interesses individuais
e os interesses coletivos sempre se misturaram no
campo do exercício do poder. A isto se dá o nome de
patrimonialismo. Um líder político é qualificado como
patrimonialista quando, ao assumir um cargo público
(vereador, prefeito, governador etc.), cria mecanismos
de controle e também de desvios, para satisfazer as
suas necessidades pessoais, particulares. O dinheiro
público é desviado para interesses pessoais. O público
fica a serviço da vontade particular, privada. Desde o
período da monarquia, passando pela 1ª República,
pela Ditadura Militar, mesmo depois da Redemocratiza-
ção, os interesses de pessoas e grupos particulares, têm
sempre predominado sobre os interesses da cidadania.
A Constituição de 1988, conhecida como “Constituição

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Cidadã”, foi um avanço importante, mas tentam mini-
mizar e até mesmo anular suas conquistas.

Foi a partir desta Constituição Cidadã que se passou
a tratar de “Políticas Públicas”. Entre as várias Políticas
Públicas temos: 1. Políticas Públicas Sociais, estas são as
mais conhecidas. Dizem respeito às políticas de Saúde,
Educação, Habitação, Previdência, Assistência Social e
outras; 2. Políticas Públicas Fiscais, que dizem respeito
às questões Monetárias, Cambiais, Industriais, Comer-
ciais (Políticas Macroeconômicas); 3. Políticas Públicas
Administrativas: Ações pela democracia, descentrali-
zação das tomadas de posições, canais de participação
social, entre outros; 4. Políticas Públicas Específicas:
Meio Ambiente, Direitos Humanos, Agrária, Mulheres,
Negros, Jovens, Crianças, Adolescentes, Homossexuais,
entre outras.

Vale lembrar que as Políticas Públicas estão divididas
em dois tipos: Políticas de Estado, quando as ações são
amparadas pela Constituição, devendo ser realizadas
independentemente de quem governa. Políticas de
Governo, quando as ações são iniciativas de um gover-
nante ou de um partido, assim, terminado o mandato,
cessa-se aquela ação. No tocante às ações de Políticas
Públicas a sua responsabilidade recai, primeiramente,
sobre o governo federal (48,4%), depois, sobre os go-
vernos estaduais (26.1%) e das prefeituras municipais
(25,5%). (TB nº 49).

São duas as principais razões para a sustentação e
a defesa das Políticas Públicas: 1. Corrigir os desvios
gerados pelas forças de mercado (comandadas pela
livre iniciativa). Para regular a competitividade, como

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bancos públicos para financiar seguimentos marginali-
zados pelo sistema de crédito privado; controlar efeitos
nocivos ao meio ambiente, à segurança, à qualidade de
vida e serviços públicos. 2. Lutar contra a desigualdade
gerada pelo desenvolvimento econômico. É papel das
Políticas Públicas reparar as iniquidades sociais com
oferta de bens, serviços e projetos que quebrem a
excluvidade do dinheiro para o atendimento às neces-
sidades humans básicas: Saúde, Educação, Moradia,
Assistência Social... visando a melhoria da qualidade de
vida, sobretudo, dos mais desasistidos. (cf. TB nº 55-61).

APROFUNDAMENTO: Quem se interessa pela po-
lítica tem buscado o bem comum ou os privilégios
particulares? Por quê?

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3º EnOcoCnatrmo:inho das Políticas Públicas

Chave de Leitura: Jeremias 7,1-11
1. O que é necessário para entrar no Templo do

Senhor?
2. Que tipo de abominações eram praticadas?
3. Em que este texto nos ilumina hoje?
O livro de Jeremias é uma combinação de vários
relatos, feitos em períodos bem diferentes, mas que,
em geral, retratam tempos difíceis para o povo de Deus.
Jeremias era um patriótico e não queria que seu povo
sofresse o castigo de Deus. Seu povo não queria ouvir
sua mensagem que era uma ameaça de destruição, caso
não houvesse uma mudança de vida. Por causa disso
Jeremias é o profeta que mais sofre nas mãos de seu
próprio povo e termina morrendo no Exílio.

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O texto acima retrata o período do governo do Rei
Joaquim (600 a.C) em que a idolatria tinha se espalhado.
O grande perigo é que o Templo, casa de Deus, ao invés
de servir para guiar na prática da justiça e do direito,
seja usado como um véu para encobrir as injustiças e
desvios dos dirigentes. Nossa presença no culto e nossa
prática de fé devem nos conduzir a uma vida honesta,
honrada, justa, capaz de vencer a violência e a opressão.

Quando olhamos para as Políticas Públicas temos
de ter presente que elas representam um caminho
para a garantia de direitos e para a construção de
uma sociedade mais igualitária: Garantia de direitos
significa: “educação, saúde, trabalho, lazer, segurança,
previdência social, proteção à maternidade e à infância,
assistência aos desamparados”. Uma sociedade livre,
justa e solidária implica: erradicar a pobreza e a margi-
nalização; reduzir as desigualdades sociais e regionais;
e promover o bem de todos, sem preconceitos ou
quaisquer formas de discriminação (Cf. Constituição
Federal, art. 6º e 3º).

O caminho das Políticas Públicas é traçado pelas
Constituições e por demais leis complementares. Isto
significa que o poder público só pode agir de acordo
com o que é permitido pela Constituição. Tudo deve
ser feito dentro da legalidade, de forma democrática
e orientado para o interesse público, com finalidade
social e não por interesses particulares ou de mer-
cado. Deste modo, Políticas Públicas de Governo são
entendidas como o “Estado em ação”. É o governo
(federal, estadual, municipal) colocando em prática
projetos e programas de ações voltados para setores

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específicos da sociedade: saúde, educação, assis-
tência, meio ambiente, etc. Além de garantir que o
poder emana do povo (Art. 1), a Constituição Federal,
fez a previsão de várias formas, pelas quais os cidadãos
podem exercer esse poder, dentre as quais destaca:

- Orçamento Participativo é um mecanismo eficaz
de exercício da democracia, onde a população decide,
a cada ano, as prioridades de investimentos em obras
e serviços a serem realizados;

- Audiências Públicas são um instrumento que visa
garantir a legitimidade e a transparência no processo
de tomada de decisões administrativas ou legislativas.
Por meio delas, a autoridade competente compartilha
os projetos com as pessoas que venham a sofrer os
reflexos das decisões a serem tomadas;

- Iniciativa Popular é a manifestação direta do povo
na elaboração das leis, ordinárias ou complementares,
funcionando como uma alternativa constitucional para
exercício direto da democracia;

- Plebiscitos e Referendos consistem em uma con-
sulta à opinião pública para decidir uma questão polí-
tica ou institucional, não necessariamente de caráter
normativo (com peso de lei);

- Conselhos de Políticas Públicas são canais de parti-
cipação que articulam os representantes da população
e os membros do poder público estatal em práticas que
dizem respeito à gestão de bens públicos. Os Conselhos
devem ter composição paritária, ou seja, composto por
membros da sociedade civil e do Estado que devem se
fazer representar de forma igualitária, pois os conselhos
são espaços democráticos.

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Estas são Ferramentas de Controle Social que devem
ser utilizadas pela sociedade sobre o governo. Por mais
que a Administração Pública exista para atendimento
do bem comum, muitas vezes, este objetivo não é o
prioritário dentro das gestões. Daí a importância da
sociedade civil, atingida diretamente pelas atitudes
da Administração Pública, acompanhar e fiscalizar
as atividades dos gestores públicos para que atuem
verdadeiramente a favor da sociedade.

APROFUNDAMENTO: Temos fiscalizado as ações
governamentais, ou apenas reclamamos de longe?
Por quê?

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4ºFEénceonPtorolí:tica: Elos de uma só corrente

Chave de Leitura: Isaías 1,10-20.
1. O que o Senhor já não suporta mais?
2. O que o Senhor espera do seu povo?
3. O que este texto nos diz sobre fé e política?
O livro de Isaías, em sua 1ª parte, trata de um pe-
ríodo anterior ao Exílio da Babilônia (740 a 734 a.C.).
Havia grandes festas religiosas que mascaravam a
situação de injustiças contra os pequenos, a corrup-
ção das autoridades e a cobiça por parte dos grandes
proprietários. O profeta tenta abrir os olhos do povo
contra a corrupção e para a ameaça de cair nas mãos
dos inimigos (Assíria). Isaías deixa claro que o povo só
vai garantir sua liberdade se permanecer fiel a Deus e
a Seu projeto de Justiça.
Isaías revela uma fé engajada na vida, na realidade
de seu povo. Ele condena a hipocrisia daqueles que
usam a religião, o culto e as festas religiosas para abafar
as injustiças e desvios dos governantes. O que Deus

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quer é a defesa da vida: dos pequenos, do órfão, da
viúva, do estrangeiro. O culto deve levar à prática da
justiça. A fé deve conduzir à defesa da vida. A espiri-
tualidade deve levar à prática do amor. A obediência
a Deus conduz à vida, a desobediência leva à morte.

Vemos que boa parte do povo de Igreja, ainda
costuma separar a fé da vida, a prática religiosa das
relações de justiça. No texto acima, vemos que isso é
um erro e não confere com a Tradição bíblica, muito
menos com a prática de Jesus. Fé e vida são como elos
de uma mesma corrente. São distintos, mas se entre-
laçam um ao outro. Separar fé e vida e atentar contra
o projeto de Deus. A fé é o horizonte que faz ver mais
longe, faz acreditar quando não há esperanças. O com-
promisso com a vida é o lado prático da fé. Lugar onde
a fé se transforma em ação. Em decorrência disso não
se pode separar também fé e ação política. Uma vez
que a política diz respeito ao nosso modo de agir e de
organizar a sociedade, a fé aponta para que esta ação
seja guiada pela justiça, pela verdade, para que possa
garantir a vida e a dignidade para todos.

A Palavra nos mostra que, ao se revelar no Antigo
Testamento, Deus se apresenta como aquele que viu a
miséria de seu povo, ouviu o seu clamor e desceu para
libertá-lo (Ex 3,7-8). Essa experiência libertadora repre-
senta o centro da fé do povo de Israel (cf. Dt 26,5-9) e
o modelo para toda a pregação dos Profetas. Eles pro-
curam reorientar a vida do povo em direção à justiça.
Conhecer a Deus equivale a praticar a justiça. O injusto
é aquele que não conhece a Deus. Os profetas não se
cansam de defender o direito do pobre, do despossuí-

20

do. Por isso, justiça não é apenas a obrigação de dar ao
outro o que lhe pertence: é também dar algo a quem
nada possui. O discurso dos profetas fundamenta-se
no fato de que, se não é respeitado o direito dos po-
bres, de nada valem as orações, as peregrinações e as
assembleias (cf. Am 5,21-25; 8,4-8; Is 1,11-17; Jr 7,3-7).

Para os profetas, as questões sociais estão ligadas
às questões religiosas e vice versa. “Aprendei a fazer o
bem! Buscai o direito! Corrigi o opressor! Fazei justiça
ao órfão! Brigai pela viúva!” (Is 1,17). É em vista dessas
dimensões sociais, que acompanhavam sua fé no Deus
de Israel, que os profetas lutaram contra a idolatria e a
favor de um culto comprometido com a justiça social.

Políticas Públicas, em sentido amplo, se referem a
tudo aquilo que o Estado faz. Também Jesus de Nazaré,
em seu tempo, conviveu com o fenômeno do Estado
e do exercício do poder por determinadas lideranças
políticas. Jesus de Nazaré anunciou seu Evangelho da
chegada do Reino de Deus no início do primeiro século,
em torno do ano 30. Politicamente, era um momento
delicado. A paz anunciada pelo Império Romano como
benefício aos habitantes das províncias, na verdade,
resultava para grande parte da população em domina-
ção violenta e exploração econômica, já que tal situação
favorecia a fome, o endividamento e, com isso, a perda
da liberdade. Mas Jesus não desistiu do anúncio do Rei-
no de Deus, baseado na justiça e no amor, defendeu o
projeto de vida em abundância para todos (cf. Jo 10,10).

APROFUNDAMENTO: O que podemos fazer para
reforçar os elos entre Fé e Política? Dê exemplos.

21

5º Encontro: Conversão Social

Chave de Leitura: Isaías 1,21-28.
1. O que piorou na cidade?
2. O que Deus vai fazer?
3. O que Deus espera de nós em nosso município?
Na cidade de Jerusalém, no tempo do profeta Isaías,
imperava a injustiça. Os governantes envolveram-se na
corrupção, tornando-se inimigos e opressores do povo.
Isaías anuncia que a mudança da situação só vai acontecer
quando os governantes forem substituídos por pessoas
que se empenhem pela prática do direito e da justiça. Os
que praticam injustiças, abandonaram a Deus e vão sofrer
as consequências.
O profeta acredita que a cidade vai se recuperar. Mas
isso só vai acontecer através da busca da justiça e do
direito. É preciso limpar a sujeira, vencer a corrupção.
Buscar juízes honestos, conselheiros que sejam tementes
a Deus, como havia no meio do povo, quando entrou na

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Terra prometida. É preciso ter os olhos abertos para a
realidade e ser capaz de reconhecer que nosso Deus é o
Deus da vida. A injutiça, a corrupção e a violência contra
os pobres e oprimidos não é vontade de Deus, mas fruto
da ganância dos poderosos que deles se aproveitam.

O profeta aponta para a necessidade do que podemos
chamar de “conversão social”. É preciso converter-se para
uma nova forma de agir na sociedade. Buscar meios de
intervir para que a justiça e o direito sejam efetivados na
vida social. Encontrar as ferramentas que possam ajudar
a contruir uma sociedade na qual todos possam viver com
dignidade. As Políticas Públicas existem para reparar uma
dívida social. O mundo, bem como a sociedade, existem
para todos, mas a desigualdade de oportunidade e de
condições faz com que uma grande maioria não tenha
o devido acesso à saúde, moradia, trabalho, educação,
saneamento básico, etc. o mínimo necessário para uma
vida com dignidade.

A Igreja, continuadora da missão de Jesus, busca ilumi-
nar a ação dos cristãos para que sejam um fermento do
Evangelho no mundo. O conjunto dos ensinamentos da
Igreja sobre as questões sociais é o que se chama Doutrina
Social da Igreja (D.S.I.). O objetivo principal desta Doutrina
Social é a dignidade da pessoa humana: imagem de Deus
e a defesa de seus direitos que são inalienáveis.

A D.S.I. se fundamenta na Sagrada Escritura (Antigo
e Novo Testamento), no ensinamento dos chamados
Padres da Igreja, nos grandes teólogos e no Magistério,
especialmente dos últimos papas. O ensino e a difusão da
D.S.I. fazem parte da missão evangelizadora da Igreja. E,
tratando-se de uma doutrina destinada a orientar o com-

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portamento das pessoas, tem de levar, cada uma delas,
ao empenho pela justiça, segundo o papel, a vocação e
as circunstâncias pessoais.

Os princípios básicos defendidos pela D.S.I.: 1. A
dignidade da pessoa humana, que exclui qualquer discri-
minação: racial, social, econômica, religiosa ou cultural.
2. A primazia do bem comum, a responsabilidade do
Estado de trabalhar para o bem de todos, sem discrimi-
nações. 3. A destinação universal dos bens. 4. A primazia
do trabalho sobre o capital. “O trabalho é um valor do
espírito. O capital um valor da matéria.” 5. O princípio
da subsidiariedade, o que pode ser decidido neste nível,
não precisa ser levado a um nível superior. 6. O princípio
da solidariedade, cada um cresce em valor e dignidade
na medida em que investe as suas capacidades e o seu
dinamismo na promoção do outro.

A situação em que vivem os pobres é critério para me-
dir a bondade, a justiça, a moralidade, enfim, a efetivação
da ordem democrática. Os pobres são os juízes da vida
democrática de uma nação. Neste sentido, o Papa Paulo
VI aponta a missão dos leigos: “Os leigos e leigas devem
assumir como sua tarefa a renovação da ordem temporal;
[...] pertence aos leigos e leigas, pelas suas livres iniciativas
e sem esperar passivamente ordens e diretrizes, imbuir de
Espírito Cristão a mentalidade e os costumes, as Leis e as
estruturas da sua comunidade de vida. Seria bom que cada
um procurasse examinar-se, para ver o que já fez até agora
e aquilo que deveria fazer.” (Octogésima Adveniens nº. 48).

APROFUNDAMENTO: O que temos feito para conhe-
cer mais de perto da Doutrina Social da Igreja? Em que
podemos melhorar?

24

6PºaErntciocniptraoç:ão nas Políticas Públicas

Chave de Leitura: Mateus 18,21-35.
1. Qual a atitude do patrão para com seu empregado?
2. O que fez o empregado com aquele que lhe devia?
3. O que o patrão esperava do seu empregado?
4. O que Deus espera de nós em relação às Políticas

Públicas?
O Evangelho de Mateus nos revela Jesus como Emanuel:
Deus no meio de nós, no meio de seu povo. Um Deus pró-
ximo que realiza as promessas feitas no Antigo Testamento.
Jesus é também o Mestre que veio para realizar a justiça do
Reino: “devemos cumprir toda a justiça” (Mt 3,15). Jesus é a
plenitude de tudo o que foi ensinado na Lei e nos Profetas.
Com suas atitudes Jesus vai conduzindo seus discípulos
para a prática da verdadeira justiça. Ele é o Caminho para
todos os cristãos.

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No texto acima, a parábola é contada no contexto da
necessidade de perdoar sempre: “setenta vezes sete”. Mas
também nos permite olhar algo mais. O rei perdoa quem
lhe deve uma grande quantia. Os 10.000 talentos (cerca de
60 milhões de denários), era uma soma incrível, nunca vista
por qualquer judeu. O montante era superior ao orçamento
de toda a província da Judéia. Por outro lado, a dívida do
outro servo, 100 denários, era insignificante: quinhentos
denários. Porém, aquele que teve o perdão de uma enorme
quantia, não soube perdoar quem lhe devia uma mixaria.

Tendo em vista nossa participação nas Políticas Públicas,
podemos ler na atitude do servo a falta da solidariedade.
Ele foi incapaz de compadecer-se diante da necessidade
do outro. Não conseguiu trazer, ao seu coração, a dor do
outro. Quem tinha recebido o perdão de uma dívida enor-
me, deveria ser capaz de perdoar uma dívida tão pequena.
Nem sempre fazemos a nossa parte, nos empenhamos para
mudar o que está errado.

Nos últimos anos vivemos uma crise do modelo de De-
mocracia Representativa, onde as tomadas de decisões são
feitas pelos técnicos e agentes políticos. As pessoas não se
sentem mais representadas por aqueles que ocupam cargos
eletivos (presidente, governadores, prefeitos, deputados,
senadores e vereadores). Também as instituições religiosas,
escolas, movimentos sociais, sindicatos, vivem uma espécie
de crise de representatividade.

Isto exige uma maior participação nos processos de
decisão nos vários setores de nossa sociedade. Torna-se
urgente que os atores sociais ocupem seu espaço e atuem
de verdade para a melhoria da sociedade. Os atores sociais
podem ser indivíduos, grupos, movimentos sociais, parti-

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dos políticos, instituições religiosas, organizações públicas
e privadas. Seu campo de ação é na esfera pública (o bem
comum). É ai que também ocorrem os conflitos, as disputas,
a cooperação e a negociação, para confrontar ou apoiar a
implementação de uma determinada política pública.

As Políticas Públicas resultam da interação dos diferen-
tes atores sociais e dos interesses dos agentes políticos.
Essa variedade de setores e áreas e as ligações entre eles
e as instituições, fazem com que Estado, Sociedade Civil e
Mercado acabem cooperando ou se opondo. Isso ocorre
na tentativa de resolver os problemas prioritários, seja em
níveis locais, regionais, estaduais, nacionais ou global.

Podemos perceber que os atores sociais são importantes
na tomada de decisões das Políticas Públicas. É por meio
de pressão, da participação social, das greves, das mobili-
zações sociais, que eles influenciam e pressionam o Estado
(governo, prefeitura, setor social) para que seus direitos
sejam garantidos e suas necessidades atendidas.

Em uma sociedade interligada e complexa como a nos-
sa, não é possível pensar em Políticas Públicas isoladas,
nos quadradinhos das secretarias e ministérios. É preciso
que além dos diferentes atores sociais, também diferentes
pastas governamentais possam atuar e contribuir para
resolução do problema. Em outras palavras é preciso um
esforço conjunto, entre todos os setores da sociedade, com
o objetivo de construir um mundo mais justo e fraterno,
sobretudo, os mais pobres. (cf. TB 94 e 95).

APROFUNDAMENTO: Nas Políticas Públicas, nós esta-
mos avançando ou andando para trás? Por quê? Em que
podemos melhorar?

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7º EncontGrol:obalizar a Solidariedade

Chave de Leitura: Marcos 6,30-44.
1. Diante da fome do povo, o que os discípulos pedem

a Jesus?
2. O que Jesus responde aos discípulos?
3. De onde veio a solução para saciar a fome?
4. O que este texto tem a dizer para nós nesta CF?
O Evangelho de Marcos é o primeiro dos quatro a ser
escrito. Marcos mostra que através das ações de Jesus se
manifesta a vontade do Pai para os seus filhos e filhas.
Jesus transforma as relações humanas entre as pessoas
e as relações com o poder. O verdadeiro poder está na
capacidade de servir. Marcos apresenta o começo da Boa
Notícia (1,1), a obra de Jesus deve ser continuada por seus
seguidores, a serviço da vida plena para todos.
No texto acima, enquanto os discípulos querem des-
pedir o povo, Jesus atende suas necessidades. Ele “ficou
tomado de compaixão” (6,34). Ele se pôs a “ensinar”.
Depois, insistiu na reorganização do povo sofrido em
grupos menores (6,39-40). Ele envolveu os discípulos na

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solução do problema: “Quantos pães tendes! Ide e vede!”
(6,38). A solução não estava simplesmente no dinheiro,
(6,37), mas, na partilha do recurso que tinham. Por fim,
“agradeceu” e repartiu os pães” (6,41) – como na última
ceia (14,22). A solução para a miséria se encontra na auto-
doação, ou seja, na postura de doar a vida, no insistir, até
as últimas consequências, no Reino de Deus e na justiça
do Reino. (cf. TB 135-136).

Esta Campanha da Fraternidade nos desafia a reforçar
a democracia participando mais ativamente da sociedade.
Um envolvimento maior da parte de todos para globali-
zar a solidariedade. Fazer com que a preocupação com
o bem-comum assuma, de fato as rédeas, a direção da
política e de todas as nossas ações sociais.

Através desta CF 2019 e do Documento 105, a Igreja
encoraja e estimula os leigos e leigas a um engajamento
mais efetivo nas ações e organizações sociais. A transfor-
mação da sociedade passa pelo pouco que temos, - “cinco
pães e dois peixes” -, mas que partilhado e somado com
outras ações pode devolver a vida a uma multidão de
pessoas. A Igreja anseia que os leigos e leigas sejam ‘sal
da terra e luz do mundo’ nos espaços políticos e coletivos
de decisão. (TB nº 218)

A sociedade civil organizada, as comunidades, mo-
vimentos e pastorais não podem se calar diante dos
desmandos e escândalos. Não podem se omitir diante
do desrespeito em que os agentes políticos e as grandes
corporações tem apresentado ao “cuidar” do que é pú-
blico. O fortalecimento das Políticas Públicas passa pelas
ideologias partidárias, por isso, é fundamental que as co-

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munidades realizem rodas de conversa sobre os processos
eleitorais e sobre a responsabilidade de escolher pessoas
comprometidas com as Políticas Públicas para atuar e
nos representar nos meios institucionais e partidários.
(TB nº 221-222).

Pistas de ação a partir desta CF 2019:
a. Buscar uma participação mais efetiva, com a atuação
voluntária nas pastorais sociais;
b. Estimular o uso dos serviços públicos de forma cons-
ciente, organizada e cuidadosa, valorizando e respeitando
sempre os profissionais que lá trabalham;
c. Promover seminários, debates, rodas de conversa
ou outras formas de encontros, a fim de contribuir com
a necessária reforma política e renovação do quadro de
agentes políticos nos níveis: municipal, estadual e federal;
d. Estimular a participação dos cristãos leigos e leigas
na política. Romper com o preconceito de que a política
é coisa suja. Ela é essencial para transformar a sociedade;
e. Mostrar as várias maneiras de participar da política:
nos Conselhos de Políticas Públicas, nos movimentos
sociais, na coleta de assinaturas para projetos de lei de
iniciativa popular, nos comitês da Lei 9840/99 de combate
à corrupção eleitoral e da Lei 135/2010, “Lei da Ficha
Limpa” (TB nº 253)
f. Jornada Mundial do Pobre - O Papa Francisco, pro-
pôs a toda Igreja um Dia Mundial do Pobre para que as
comunidades cristãs se tornem, em todo o mundo, sinal
concreto da caridade de Cristo pelos últimos e pelos mais
carentes. (TB n º 254)
APROFUNDAMENTO: Qual a nossa ação concreta pes-
soal e comunitária nesta CF 2019?

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Cânticos para animar o Estudo

01. Adoremos e exultemos (Abertura) - Mi+ balada

L. e M.: Crisógono Sabino – Vitória – ES

Não fecheis o coração, ouvi hoje a voz de Deus. / Vinde
beber da água viva, / que Eu vos dou, ó povo meu.

1. Neste tempo de conversão, imploramos por Salvação. /
Dai-nos, Senhor, da água viva, que nos sacia e traz perdão.

2. Adoremos e exultemos, / a Deus Pai, nosso Criador. / Na
esperança de Sua glória, / nos reunimos aqui, Senhor.

3. O amor, derramado em nós, / é sinal de libertação. / É nos-
sa força, nossa esperança, para vencermos a tentação.

02. Louvor e glória (Aclamação) Ré+ balada

L. e M.: Jakson Moreira, João Marcos e Mínisson

Louvor e glória, a Ti, Senhor. / Rei da eterna glória, / Rei
da eterna glória.

Cinzas: Oxalá, ouvísseis hoje sua voz. / Não fecheis, os vossos
corações.

1º Dom.: O homem não vive somente de pão, / mas de toda
Palavra da boca de Deus.

03. Bendito! Bendito! (Oferendas) Ré- balada

L. e M.: Jakson Moreira, João Marcos e Mínisson

1. As mãos se abrem, ofertam. / Fazendo a transformação. /
Não armas, só trazem justiça, / direito de vida ao irmão.

Bendito! Bendito! / É Jesus que se faz nosso irmão. / O Pai que
nos trouxe a esperança, / louvamos no vinho e no pão.

2. Da cepa então brotará, / justiça que vem do Senhor. / Os
povos serão saciados, / farão a partilha do amor.

3. Desertos florescerão, / a glória, a beleza de Deus. / Pois,
vem para nós, Deus conosco, / trazendo alegria aos seus.

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04. Banquete da vida (Comunhão) Dó+ balada

L. e M.: Milton Rosa – Caratinga – MG

1. Sou o Caminho, a Verdade e a Vida / o amor, a justiça e a
paz / e na mesa, Eu sou alimento / corpo e sangue que
a força refaz.

Venham todos ao banquete da vida, / alimento bendito, /
o Pão que sacia. / É Jesus, corpo e sangue doados, / na
mesa do altar, na Eucaristia.

2. O meu Reino é dom, é partilha / a serviço da vida do ir-
mão./ É amor, é fraternidade / prá fazer maior comunhão.

3. Nesta mesa da Eucaristia / temos fé, esperança, união. / Feli-
zes, bem-aventurados / os que buscam o Deus comunhão.

4. O meu Reino será resgatado / das amarras de toda cobiça. /
O meu povo será libertado / no direito, igualdade e justiça.

05. Hino da Campanha 2019 - Dó+ Marcha

L.: João Edebrando Roath Machado / M.: Pe. Cireneu Kuhn, svd

1. “Eis que o Senhor fez conhecer a salvação / e revelou sua
justiça às nações”. / Que, neste tempo quaresmal, nossa
oração / transforme a vida, nossos atos e ações.

Pelo Direito e a Justiça libertados, / povos, nações de tantas
raças e culturas. / Por tua graça, ó Senhor, ressuscitados,
//: somos em Cristo, hoje, novas criaturas. (bis)

2. Foi no deserto que Jesus nos ensinou / a superar toda
ganância e tentação. / Arrependei-vos, eis que o tempo
já chegou. / Tempo de Paz, Justiça e reconciliação.

3. Em Jesus Cristo, uma nova Aliança / quis o Senhor com o
seu povo instaurar. / Um novo Reino de justiça e espe-
rança, / fraternidade, onde todos têm lugar.

4. Ser um profeta na atual sociedade, / da ação política,
com fé, participar, / é o dom de Deus que faz, do amor,
fraternidade, / e bem-comum faz bem de todos se tornar!

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Oração da Campanha Fraternidade 2019

“Pai misericordioso e compassivo,
que governais o mundo com justiça e amor,
dai-nos um coração sábio para reconhecer

a presença do vosso Reino
entre nós.

Em sua grande misericórdia,
Jesus, o Filho amado,
habitando entre nós

testemunhou o vosso infinito amor
e anunciou o Evangelho
da fraternidade e da paz.

Seu exemplo nos ensine a acolher
os pobres e marginalizados,
RcuoamSPnaeonpdtsioadslooMítssi:acCriariaamss,a3pãd4úoo6bs-MlSeicoeabirraosmpnjiuããosstIIas,

e sejamos cFhoouDnnmeos:mtar(3unC3taa)ov3aer3tei5ss-7oM-dl1iedG34áu8rmiaa. sociedade
O dViivsiitneonEossspsíoristiotea:cwewnwd.amoebmonn.oorsgs.abrIgreja

a caridade sincera e o amor fraterno;
a honestidade e o direito

resplandeçam em nossa sociedade
e sejamos verdadeiros cidadãos
do “novo céu e da nova terra.”
Amém.

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