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04 de março a 12 de julho Sendo 2024 o ano do V Centenário do nascimento de Camões, o Arquivo Nacional Torre do Tombo decidiu assinalar esta data com uma mostra documental para comemorar aquele que é o expoente máximo da história da literatura e da língua portuguesa. Descendente de Vasco Pires de Camões, fidalgo da Galiza, é filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá, nasce em Lisboa em 1524. Viveu a sua infância em Coimbra e nessa cidade, em 1537, inicia estudos em Teologia. É neste contexto que se envolve em várias situações que resultaram no seu desterro para Lisboa. Na capital é já conhecido como poeta, os seus versos são apreciados, no entanto, em 1547 embarca para África, tendo servido em Ceuta onde terá perdido o olho direito numa rixa. Regressou a Lisboa em 1549, e poucos anos depois, em 1553, envolveu-se em novo incidente, sendo condenado e preso em resultado de uma rixa com um funcionário do paço, Gonçalo Borges, de que resultou o ferimento deste. Em 1554 embarcou para o Oriente, onde esteve exilado 17 anos, tendo estado em Goa e tendo tomado parte de várias expedições militares. Em 1572 publicou o seu poema maior “Os Lusíadas”, inspirado nos feitos e conquistas marítimas dos portugueses, e por este poema assim como pelos serviços prestados na Índia obteve uma tença (renda) de 15.000 reis por ano. Faleceu a 10 de junho de 1580. Joel Serrão, dir. – Dicionário de História de Portugal, vol. I, Porto,Livraria Figueirinhas, p. 451 1 1
Da documentação existente na Torre do Tombo, apresenta-se o seu retrato “fidelíssimo” , aquele que se julga ser o retrato mais fiel do poeta, por Fernando (Fernão) Gomes, o chamado retrato a vermelho, mandado fazer pelo Conde de Vimioso, provavelmente entre 1580 e 1582. Cópia "fidelíssima" da capa e portada do livro que mandou fazer o conde de Vimioso para os cantos de Luís de Camões e do retrato do Poeta ANTT, Gavetas, Gav. 25, mç. 2, n.º 7 https://digitarq.arquivos.pt/details?id=4186160
A este juntam-se outros documentos iconográficos referentes a Camões, como um retrato a cores pertencente ao arquivo particular Adília Mendes, um desenho de Luís Vaz de Camões, por Américo Taborda, pertencente ao Jornal “O Século” o retrato “Aquelle, cuja lyra sonorosa, sera mais afamada que ditosa” , ou ainda “Camões salvando os Lusíadas do naufrágio” , do Arquivo fotográfico Panorama, pertencente ao acervo do Secretariado Nacional de Informação. Integrados nas Chancelarias Régias, nomeadamente na Chancelaria de D. João III e na Chancelaria de D. Sebastião e D. Henrique, apresentamos documentos como a “Carta de perdão concedido pelo rei D. João III a Luís Vaz de Camões da culpa no caso do ferimento de Gonçalo Borges” , de 1553; A carta de perdão dada a Luís Vaz de Camões - 1553-03-07 ANTT, Chancelaria de D. João III, Perdões e Legitimações, liv. 20 https://digitarq.arquivos.pt/details?id=3882143
A “Carta de mercê a Luís Vaz de Camões de 15 000 reis de tença por ano, por três anos, pelos serviços prestados nas partes da Índia” (1572); Carta de mercê a Luís Vaz de Camões de 15 000 reis de tença por ano, por três anos, pelos serviços prestados nas partes da Índia - 1572-07-28 ANTT, Chancelaria de D. Sebastião e D. Henrique, liv. 32 https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=3882199
Podemos ainda observar o volume manuscrito de “Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões comentados por Manuel Pires de Almeida”. Este autor viveu entre 1597-1655 e as suas obras foram praticamente inéditas até ao século XX. Foi, a par com Manuel de Faria e Sousa, um dos mais importantes críticos camonianos da primeira metade do século XVII. “Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões comentados por Manuel Pires de Almeida” ANTT, Casa de Cadaval, n.º 3, [16--] https://digitarq.arquivos.pt/details?id=4603878 Alves, Hélio J. S.- Manuel de Faria e Sousa e Manuel Pires de Almeida: uma contenda fundamental em torno de Camões, in Homenagem ao Professor Augusto da Silva, Universidade de Évora, Évora, 2000, pp. 283-300. 2 2
https://digitarq.arquivos.pt/details?id=4603905 3 Da coleção Casa de Cadaval, é possível mostrar o nobiliário “Severins e farias: notícias de sua descendência e das famílias com que se aparentam” , de Manuel Severim de Faria, com “numerosos desenhos heráldicos e de cabeções desenhados à pena e atribuíveis a Gaspar Severim de Faria” , onde se pode observar a genealogia relativa a Camões. 3
“Severins e farias: notícias de sua descendência e das famílias com que se aparentam” ANTT, Casa de Cadaval, n.º 15, [1636?] https://digitarq.arquivos.pt/details?id=4603905
Apresenta-se também o “Colóquio dos simples, e drogas e coisas medicinais (…)” , da autoria de Garcia de Orta, publicado em 1563, onde se inclui uma Ode (por Luís de Camões) ao Conde de Redondo, pedindo o favor e ajuda para a publicação dos "Colóquios". “Colóquio dos simples, e drogas e coisas medicinais […]” ANTT, 1563 https://digitarq.arquivos.pt/details?id=4614066
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