GUIA DE
PROGRAMAÇÃO
EXPEDIENTE
EQUIPE
Hegli Lotério | Coordenação e Curadoria
Gabriela Alves | Consultoria e Curadoria
Karol Mendes | Produção
Láisa Freitas | Assistente de Produção
Daiana Rocha | Assistente de Produção
APOIO
Próximos Olhares
Neab/UFES
Espaço Raiz Forte
Burlesqueria
Guanaaní Hostel
Secult ES
FUNCULTURA 2016
PROJETO GRÁFICO
Diana Klippel
CONTATO
facebook.com/teresacineclube
[email protected]
Vitória, 2017.
28 DE AGOSTO A
1 DE SETEMBRO
AUDITÓRIO DO IC-IV - UFES
ESPAÇO RAIZ FORTE | BURLESQUERIA
4
apresentação
Nós, mulheres negras, em exercício de existência, nunca deixaremos de
resistir aos equivocados olhares do outro sobre nosso corpo, nosso lugar,
nossa identidade. A força da mulher negra se faz presente. A 1ª Mostra
Cineclube Teresa de Benguela, nessa perspectiva, apresenta o conceito
Trajetórias, pois acredita que nosso protagonismo é essencial para discutirmos
enfrentamentos ao racismo e ao sexismo. Ao olharmos e narrarmos nossas
histórias cada ação se torna um ato de ocupação e resistência.
Discutir a representação e a representatividade da mulher negra na mídia
e no audiovisual brasileiro é a nossa forma de resistir. Discussão que quanto
mais cedo começar, mais desconstruções é capaz de realizar.
Pensando nisso, a Mostra Abayomi traz obras que buscam trabalhar a
autoestima em crianças e adolescentes, protagonistas da Mostra. Abayomi
é uma boneca preta de retalhos, carregada de afeto, cuidado e memória em
cada um de seus nós. Seu nome significa “encontro feliz”, “o meu presente”.
Lápis de Cor, da diretora baiana Larissa Fulana de Tal (2014), aponta, a
partir da caixa de lápis de cor, que a negritude nem sempre se apresenta de
modo positivo na infância. A dureza desse mesmo racismo a rapper mirim Mc
Soffia vivenciou ainda muito nova. Mas ela deu a volta por cima e no episódio
que protagoniza na 1ª temporada da web série Empoderadas (2015), a artista
fala do caminho pessoal de empoderamento que contou com incentivo e
parceria de sua mãe.
Joyce Prado escolhe uma abordagem lúdica em Fábula de Vó Ita (2016)
para mostrar a rede de afeto e sororidade em torno da autoestima da
integrante mais jovem da família, Gisa, personagem principal dessa história.
Na série televisiva Pedro e Bianca (2012), Renata Martins foi corroteirista
da história dos gêmeos que buscam respostas para conflitos da adolescência.
5
A 1ª Mostra Cineclube Teresa de Benguela: Trajetórias apresenta também
filmes que não discutem a questão racial, pois nosso objetivo não é limitar
lugares de fala. São os casos de Bicho, Karol Mendes (2015), que traz de forma
leve a crença de uma tia bem-humorada, e o documentário poético Calado
(2014), onde a diretora Lívia Gegenheimer trata das relações que a cidade
estabelece com os navios que recebe diariamente.
Um dos trabalhos iniciais de Renata Martins é o curta Aquém das Nuvens
(2010), onde uma história doce e cheia de gracejos nos é contada pelo
protagonismo negro. Não por necessidade, mas por fazer parte do universo
da diretora.
Meninas Black Power (2015) é um filme maravilhoso onde conceitos como
enegrecer, resistir e ancestralidade são explicados, de maneira bem didática,
através da relação da personagem com seu cabelo crespo.
O cabelo é uma discussão recorrente nos filmes desta mostra. A web série
Raiz Forte – epi03 – Vida Adulta, de Charlene Bicalho (2012), e o documentário
Das Raízes às Pontas, de Flora Egécia (2015) reforçam a estética dos cabelos
afro enquanto ato político.
O dia de Jerusa (2014) e Casca de Baobá (2017) são filmes que dialogam
de modo direto com a Mostra. Em contextos muito diferentes, as ficções de
Viviane Ferreira e Mariana Luiza, respectivamente, são protagonizados por
mulheres negras, trazem histórias de conexão entre passado e presente,
resgatam a prática da oralidade e ressignificam memórias.
Questões relacionadas ao corpo também estão presentes na mostra.
Seja pela discussão da sexualidade, como na ficção universitária Tudo Puta
(Carolina Campista, 2016), onde a diretora (re)debate com humor e ironia
os julgamentos sobre a sexualidade feminina; ou pela discussão de gênero,
abordada na ficção Assim (2014), da manauara Keila Serruya, onde a ida de
duas travestis ao supermercado é ato de resistência e ocupação do espaço
público.
O corpo poético é abordado por Camila de Moraes em A Escrita do seu
Corpo (2016), no qual a documentarista empresta o próprio corpo numa
relação com o grafite e a literatura. A relação entre corpo e direito reprodutivo
é lembrada na Mostra através do filme de Carol Rodrigues, que trata o assunto
com tato e sensibilidade na ficção A Boneca e o Silêncio (2015).
6
A fotografia em preto e branco de Rainha (2016) foi a estética escolhida
pela diretora Sabrina Fidalgo para falar sobre as opressões causadas pelos
padrões de beleza impostos às mulheres.
Esses filmes nos mostram que o corpo fala sobre os mais variados assuntos,
que é político em si mesmo. E precisamos estar atentas às duas demandas.
Larissa Fulana de Tal reaparece na programação com o filme Cinzas (2015),
onde muitos espectadores se veem representados no personagem Toni,
protagonista de angústias cotidianas da vida real.
Anchieta – Nossa História (2014) filme em primeira pessoa, tem como
pano de fundo as histórias de um time de futebol amador em que um dos
fundadores é o pai da documentarista, Hegli Lotério. Ou como disse um
querido professor e amigo, um filme sobre uma mulher negra se descobrindo
cineasta.
O Cineclube Teresa de Benguela tem a honra de exibir as pré-estreias
capixabas dos curtas Braços Vazios, de Daiana Rocha, e Revejo, de Láisa
Freitas. O curta ficcional de Daiana tem a força necessária para discutir o
extermínio da juventude negra pelo viés das mães, enquanto o híbrido de
Láisa nos mostra com sensibilidade o processo de construção da identidade
negra feminina.
Encerrando a Mostra, será exibido o primeiro longa realizado por uma
diretora negra no Brasil: Amor Maldito (1984) com a presença da pioneira e
homenageada Adelia Sampaio.
O processo de construção do Cine Teresa me proporcionou estabelecer
pontes com mulheres maravilhosas, verdadeiras rainhas em suas formas
de se relacionar e contar histórias. Obrigada por me permitirem viver isso.
Seguimos reconstruindo quilombos. Obrigada, Tamyres Batista, por me fazer
perceber que o Cineclube Teresa de Benguela é mais um deles.
HEGLI LOTÉRIO
COORDENAÇÃO E CURADORIA
7
8
programação
28 DE AGOSTO | SEGUNDA-FEIRA
AUDITÓRIO DO IC-IV - UFES
18h | Abertura e 1ª Mostra Cineclube Teresa de Benguela:
Trajetórias com os filmes Bicho, Meninas Black Power,
Aquém das Nuvens, Braços Vazios, Casca de Baobá, O dia
de Jerusa.
20h | Coffee break
20h30 | Mesa-redonda 1: “Trajetórias” com Hegli Lotério,
Karol Mendes, Patrícia Rufino, Renata Martins, mediação
Gabriela Alves
9
29 DE AGOSTO | TERÇA-FEIRA
ESPAÇO RAIZ FORTE
14h - 15h30 | Mostra paralela Abayomi com os filmes
Empoderadas #T01EO7 – Mc Soffia, Fábula de Vó Ita, Lápis
de cor e Pedro&Bianca
AUDITÓRIO DO IC-IV - UFES
16h | Mesa-redonda 2: “Tornar-se negra: desafios
contemporâneos da negritude feminina” com Daiana
Rocha , Láisa Freitas e Grupo Virgínia Bicudo de Mulheres
Negras das Pós-Graduações da UFES, mediação Hegli
Lotério
18h | 1ª Mostra Cineclube Teresa de Benguela: Trajetórias
com os filmes Tudo Puta, Assim, A Escrita do seu Corpo, A
Boneca e o Silêncio, Das Raízes às Pontas, Fábula de Vó
Ita
20h | Palestra – Joyce Prado “Cinema e Educação”
10
30 DE AGOSTO | QUARTA-FEIRA
LOCAL A SER DIVULGADO
NA ABERTURA DAS INSCRIÇÕES
08h | Oficina 1: Ciberativismo feminino negro –
empoderamento, militância e subjetividades com Lais
Reverte. 12 vagas.
Oficina 2: Som de Preta – A mulher negra contemporânea
na música brasileira – estéticas, identidades e discursos
com Magalli Lima. 15 vagas.
Oficina 3: Diálogos com a Cidade – com Thiara Pagani. 15
vagas.
ESPAÇO RAIZ FORTE
14h - 15h30 | Mostra paralela Abayomi com os filmes
Empoderadas #T01EO7 – Mc Soffia, Fábula de Vó Ita, Lápis
de cor e Pedro&Bianca
AUDITÓRIO DO IC-IV - UFES
16h | Mesa-redonda 3: “Identidade e Sexualidade” com
Camila de Moraes e Carolina Campista, mediação Hegli
Lotério
18h | 1ª Mostra Cineclube Teresa de Benguela: Trajetórias
com os filmes Cinzas, Raiz Forte – epi 03, Lápis de Cor,
Calado, Anchieta – Nossa História, Revejo
20h | Mesa-redonda 4: “Resistência Capixaba” com
Charlene Bicalho, Priscila Gama, Suely Bispo e Thaís
Amorim, mediação Hegli Lotério
11
31 DE AGOSTO | QUINTA-FEIRA
LOCAL A SER DIVULGADO
NA ABERTURA DAS INSCRIÇÕES
08h | Oficina 1: Ciberativismo feminino negro –
empoderamento, militância e subjetividades com Lais
Reverte. 12 vagas.
Oficina 2: Som de Preta – A mulher negra contemporânea
na música brasileira – estéticas, identidades e discursos
com Magalli Lima. 15 vagas.
Oficina 3: Diálogos com a Cidade – com Thiara Pagani. 15
vagas.
ESPAÇO RAIZ FORTE
14h - 15h30 | Mostra paralela Abayomi com os filmes
Empoderadas #T01EO7 – Mc Soffia, Fábula de Vó Ita, Lápis
de cor e Pedro&Bianca
AUDITÓRIO DO IC-IV - UFES
18h | Palestra – Sabrina Fidalgo “Mercado Audiovisual” +
1ª Mostra Cineclube Teresa de Benguela: Trajetórias com
o filme Rainha
20h | Aula Magna do curso de Cinema e Audiovisual com
Adélia Sampaio
12
01 DE SETEMBRO | SEXTA-FEIRA
LOCAL A SER DIVULGADO
NA ABERTURA DAS INSCRIÇÕES
08h | Oficina 1: Ciberativismo feminino negro –
empoderamento, militância e subjetividades com Lais
Reverte. 12 vagas.
Oficina 2: Som de Preta – A mulher negra contemporânea
na música brasileira – estéticas, identidades e discursos
com Magalli Lima. 15 vagas.
Oficina 3: Diálogos com a Cidade – com Thiara Pagani. 15
vagas.
ESPAÇO RAIZ FORTE
14h - 15h30 | Mostra paralela Abayomi com os filmes Empo
deradas #T01EO7 – Mc Soffia, Fábula de Vó Ita, Lápis de
cor e Pedro&Bianca
BURLESQUERIA
18h | Apresentação dos resultados produzidos nas oficinas
19h | Homenagem à Adélia Sampaio
20h30 | Apresentação de dança afro com Cia. Afronta
21h | Festa de encerramento
13
14
os filmes
MOSTRA ABAYOMI
TERÇA A SEXTA
#EP07 – EMPODERADAS [MC SOFFIA], Renata Martins e Joyce Prado (SP,
WEB, 04’, 2015) | “Empodere uma criança e empoderará o mundo”… diz a
celebre frase solta nas redes sociais. Mas ao ver o trabalho da Mc Soffia a
frase deixa de ser solta e torna-se coesa, urgente, verdadeira e multiplica-se
em poesia, rima, ritmo, cultura, respeito e busca por suas raízes.
FÁBULA DE VÓ ITA, Joyce Prado e Thallita Oshiro (SP, FIC, 05’, 2016) | Gisa
tem um cabelo diferente, cheio de vida e personalidade, mas seus colegas
da escola vivem debochando dela por conta disso. Triste e sem estima ela
irá buscar a ajuda da Bruxa Leleira, mas fugindo da sua identidade a menina
pode perder a chance de ser feliz. Esse é o conto de fadas que Dona Ita conta
para sua neta, Gisele, através das pinturas que faz enquanto narra a história.
Mergulhando na fantasia a menina compreenderá a beleza das diferenças e
começará a construir a sua personalidade.
LÁPIS DE COR, Larissa Fulana de Tal (BA, DOC, 13’, 2014) | O documentário
aborda a representação racial no universo infantil e a maneira como o padrão
de beleza eurocêntrico afeta a autoimagem e autoestima de crianças negras,
revelando a ação silenciosa do racismo. Lápis de cor faz referência a uma cor
de lápis, conhecida como “cor de pele”.
15
PEDRO E BIANCA – #EPI 22 – IGUAIS, MAS DIFERENTES, Cao Hamburguer,
Roteiro: Renata Martins (SP, FIC, 25’, 2013) | Chega o dia do jogo e o grupo
de jogadoras do colégio particular desce de um ônibus de luxo com seus
uniformes e cabelos impecáveis. O contraste com as meninas da Piquerobi
é gritante.
01ª MOSTRA CINECLUBE TERESA DE BENGUELA:
TRAJETÓRIAS
SEGUNDA-FEIRA | 28.08
BICHO, Karol Mendes (ES, FIC, 04’, 2015) | Tia e Sobrinha numa conversa
bem-humorada.
MENINAS BLACK POWER, Denize Galião (RJ, DOC, 16’, 2015) | Você teria
coragem de assumir sua identidade cultural em um país que te oprime? Essas
mulheres lutam pelos seus direitos como Afrodescendentes. “Meninas Black
Power”. Denize Galião revela a força emergente de sua terra natal.
AQUÉM DAS NUVENS, Renata Martins (SP, FIC, 17’, 2012) | Nenê é casado
com Geralda há 30 anos. Em uma tarde de domingo, como de costume, ele
vai à roda de samba encontrar os amigos. Ao voltar para casa, surpreende-se
com uma notícia sobre Geralda. Sem deixar que o ritmo do samba caia, Nenê
encontra uma solução para ficar ao lado de sua eterna namorada.
BRAÇOS VAZIOS – pré-estreia, Daiana Rocha (ES, FIC, 15’, pré-estreia) | Vera
não consegue se recuperar de um trauma e se apega às lembranças numa
tentativa de amenizar o seu sofrimento. Até que um dia ela encontra um
bilhete que a obriga a fazer uma escolha.
CASCA DE BAOBÁ, Mariana Luiza (SP, FIC, 12’, 2017) | Maria, jovem negra
nascida em um quilombo no interior do estado, é cotista na Universidade
16
Federal do Rio de Janeiro. Sua mãe, Francisca, leva a vida cortando cana nas
proximidades do quilombo. As duas trocam mensagens para matar a saudade
e refletir sobre o fim de uma era econômica social.
O DIA DE JERUSA, Viviane Ferreira (SP, FIC, 21’, 2013) | Bixiga, coração de São
Paulo. Jerusa, moradora de um sobrado envelhecido pelo tempo, em um dia
especial, recebe Silvia, uma pesquisadora de opinião que circula pelo bairro
convencendo pessoas a responderem questionários para uma pesquisa de
sabão em pó. No momento em que conhece Silvia, Jerusa a proporciona uma
tarde inusitada repleta de memórias, convidando-a a compartilhar momentos
de felicidade com uma “desconhecida”.
TERÇA-FEIRA | 29.08
TUDO PUTA, Carolina Campista (ES, FIC, 13’, 2016) | As personagens Cecí,
Regina e Camila apresentam diferenças em suas personalidades, profissões
e faixa etária, mas para a sociedade machista e patriarcal, ao serem livres e
empoderadas são igualmente lidas como “putas”.
ASSIM, Keila Serruya (AM, FIC, 14’, 2013) | Coragem. ASSIM, do jeito que quer
e do jeito que é, apenas de suas vontades, crenças e desejo de existir. A ida
de duas travestis ao supermercado.
A ESCRITA DO SEU CORPO, Camila de Moraes (BA, DOC, 14’, 2016) | Aborda a
questão racial e de gênero a partir da poesia. Três modelos distintas escolhem
três poemas de autores diferentes que trabalham com essa temática.
A BONECA E O SILÊNCIO, Carol Rodrigues (SP, FIC, 19’, 2015) | A solidão
de Marcela, uma menina de 14 anos, que decide interromper uma gravidez
indesejada.
17
DAS RAÍZES ÀS PONTAS, Flora Egécia (DF, DOC, 20’, 2015) | Luiza tem 12
anos e fala com orgulho de seu cabelo crespo e sua ancestralidade. A história
de Luiza é uma exceção. Questionar os padrões de beleza, que são impostos
cada vez mais cedo, além de tratar a afirmação do cabelo crespo como um
dos elementos fundamentais da identidade negra são a principal temática
do filme, que também avalia a aplicação da Lei 10.639/03 que regulamenta o
ensino da História Afro-Brasileira e Africana nas escolas brasileiras.
FÁBULA DE VÓ ITA, Joyce Prado e Thallita Oshiro (SP, FIC, 05’, 2016) | Gisa
tem um cabelo diferente, cheio de vida e personalidade, mas seus colegas
da escola vivem debochando dela por conta disso. Triste e sem estima ela
irá buscar a ajuda da Bruxa Leleira, mas fugindo da sua identidade a menina
pode perder a chance de ser feliz. Esse é o conto de fadas que Dona Ita conta
para sua neta, Gisele, através das pinturas que faz enquanto narra a história.
Mergulhando na fantasia a menina compreenderá a beleza das diferenças e
começará a construir a sua personalidade.
QUARTA-FEIRA | 30.08
CINZAS, Larissa Fulana de Tal (BA, FIC, 15’, 2015) | Cinzas é um filme que
trata do cotidiano de Toni, um personagem fictício, mas que se assemelha a
vivência de muitos outros personagens reais.
RAIZ FORTE EPI 03 – VIDA ADULTA, Charlene Bicalho (ES, WEB, 10’, 2012) | O
terceiro e último episódio da série web documentária Raiz Forte aborda como
as experiências das personagens em relação ao cabelo crespo, da infância a
juventude, marcam sua história hoje.
LÁPIS DE COR, Larissa Fulana de Tal (BA, DOC, 13’, 2014) | O documentário
aborda a representação racial no universo infantil e a maneira como o padrão
de beleza eurocêntrico afeta a autoimagem e autoestima de crianças negras,
revelando a ação silenciosa do racismo. Lápis de cor faz referência a uma cor
18
de lápis, conhecida como “cor de pele”.
CALADO, Lívia Gegenheimer (ES, DOC, 14’, 2014) | Grave e penetrante se
incorpora à paisagem. O corpo estranho e majestoso em meio à metrópole.
Calado é a profundidade que um navio imerge em água. Que imerge em nós.
ANCHIETA – NOSSA HISTÓRIA, Hegli Lotério (ES, DOC, 15’, 2014) | Anchieta,
um time de futebol amador ativo a mais de 30 anos no bairro de Argolas, Vila
Velha – Espírito Santo, desperta na documentarista e filha de um de seus
fundadores a curiosidade quanto às histórias que tanto escutou na infância.
Nesse contexto o documentário é uma busca por fragmentos que culminam
em outras histórias e laços de amizade e família.
REVEJO – pré-estreia, Láisa Freitas (ES, DOC, 18’, 2017) | Identidades negras
são construídas coletivamente. Revejo é um filme sobre tornar-se negra e
rever a si mesma de forma contemplativa.
QUINTA-FEIRA | 31.08
RAINHA, Sabrina Fidalgo (RJ, FIC, 30’, 2016) | Rita finalmente realiza o sonho
de se tornar a rainha de bateira da escola de samba de sua comunidade;
porém ela terá que lutar contra forças obscuras, internas e externas.
SEXTA-FEIRA | 01.09
AMOR MALDITO, Adelia Sampaio (RJ, FIC, 75’, 1984) | Primeiro filme lésbico
nacional, “Amor Maldito” trata da relação entre Fernanda (Monique Lafond) e
Sueli (Wilma Dias), que acaba por suicidar-se. Considerada culpada, Fernanda
é levada aos tribunais e massacrada pelos valores machistas e moralistas da
sociedade.
19