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Apostila Digital Colorimetria na Pratica

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Published by josineybahia, 2017-06-20 12:12:19

Apostila Digital Colorimetria na Pratica

Apostila Digital Colorimetria na Pratica

Licenciado para Maria Inaiá Matos da silva - 00320548589 - Protegido por Nutror.com

"Existem três classes de pessoas que são infelizes: a que
não sabe e não pergunta, a que sabe e não ensina e a que
ensina e não faz."

Buda

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Sumário 1
2
Módulo 1 4
5
Prefácio 6
Introdução 8
O que é a Colorimetria Capilar 8
O que é Cor? 9
Temperatura das cores 9
Entendendo o Cabelo e sua Pigmentação 10
Tricologia 10
Estrutura do Fio de Cabelo 11
Pigmentos 12
Pigmentos Naturais (ou melaninas) 12
Pigmentos Artificiais (Cartelas de Cores) 13
Altura de Tom 14
Princípios da Neutralização e Matização 16
Neutralização
Matização
Descomplicando a Estrela de Ostwald
Revelando o Segredo do Fundo de Clareamento

Módulo 2 18
19
Prefácio 20
Introdução 21
Série Natural 23
Série Reflexo 25
Os Agentes Químicos da Coloração e Descoloração 28
Diferenças entre Coloração e Tonalizante 29
Colorações Especiais
Tipos de Coloração

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Módulo 3 32
33
Prefácio 34
Introdução 34
Técnicas Avançadas de Avaliação 34
Característica de Resistência e Força 36
Características de Dano 36
Técnicas de Diagnóstico 38
Passo-a-passo do Diagnóstico 40
Clima das Cores 41
Como identificar o Tom de Pele
Escolhendo Tom de Cabelo de Acordo com Tom de Pele

Módulo 4 42
43
Prefácio 44
Introdução 45
Por que os cabelos ficam brancos 45
Técnicas de Cobertura de Brancos 46
Mordaçagem 47
Tabela de Cobertura de Brancos 49
Técnicas de Escurecimento
Técnica de Pré-Pigmentação

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Módulo 5

Prefácio 50

Introdução 51

Matemática da Colorimetria 52

Como Criar Cor Base 52

MISTURANDO DUAS BASES 52

MISTURANDO 3 BASES 53

Como criar Cores Com Reflexos 53

Criando cores com Primeiro Reflexo 54

Como criar Cores Com Primeiro Reflexo e Segundo Reflexo 55

FAZENDO MISTURAS PARA OBTER UM REFLEXO 55

FAZENDO MISTURAS PARA OBTER DOIS REFLEXOS 56

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Módulo 1

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Prefácio

Bem-vindo ao Curso de Colorimetria na Prática.
Se você busca aperfeiçoamento, ou se você não tem as bases para o
entendimento completo da Colorimetria, esse curso é para você. E
como podem estar todos juntos, quem não conhece a teoria e quem
já a estudou antes? A resposta é muito simples, é com bases fortes
que se constrói um conhecimento.
Portanto, se vc já estudou antes, é hora de rever, reconhecer as
dúvidas para depois aprender coisas novas e se aprimorar. E para
você que chegou sem orientação prévia, fique tranquilo, você vai
poder acompanhar o curso em da mesma forma que os outros
participantes, pois este método foi testado, e como você sabe, já
mudou a vida de diversos profissionais.
Se você chegou até aqui é porque sabe a importância desse
conhecimento no ramo da beleza e já entendeu que matar suas
dúvidas fará de você um profissional bem melhor: com mais
oportunidades de trabalho, mais reconhecimento, e portanto, mais
clientes. E consequentemente, com mais dinheiro. Porém, seu
professor David Rocha gostaria de lhe propor um desafio: ao invés
de ser um cabeleireiro que entende de Colorimetria, por que não
pensar em ser um Técnico Colorista. Sim, isso mesmo, um
especialista em Colorimetria!
Já pensou? Se não, então pense, porque é isso que você precisa
desejar nessa jornada do mundo das cores que começa aqui. Um
prédio começa em uma folha de papel, um livro começa com uma
palavra e grandes empreendimentos começam com apenas uma
ideia. Você já deu o primeiro passo da sua caminhada ao assinar
esse curso, agora siga um passo de cada vez! Basta se dedicar!
Vem comigo que vou te ensinar.

Técnico Colorista
Palestrante

Coaching para Cabeleireiros
Micro Empresário

Empreendedor Digital

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Introdução

O objetivo dessa apostila é que você tenha à mão um material de
consulta para acompanhar o ensino do curso. Um guia no qual você
irá encontrar rapidamente os principais pontos abordados no
estudo da cor nos cabelos.

ATENÇÃO:

Imprima esta apostila ou;
Salve-a no seu em seu celular,

Tablet ou,

Computador.

No final dessa apostila consta uma página especial (Anexo) que
contém:

• Estrela Colorimétrica completa,
• Tabela de Fundo de Clareamento.

NOTA:

Sugerimos que você e cole no seu local de trabalho aonde

você costuma preparar as colorações. Esta é a única página que

deve ser impressa. Caso contrário, você pode consultar esse

conteúdo em celular, tablet, ou computador.

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Ao colocar a Estrela de Oswald e a Tabela de Fundo de Clareamento
no seu local de trabalho, você não só terá uma importante
ferramenta de aprendizado a mão para ser utilizada durante esse
curso, como também, estará praticando esses conhecimentos.
Este ato significa também um lembrete do compromisso que você
assumiu com seu crescimento profissional. Com ele, você estará
retomado seus estudos diariamente.
Assim, mesmo que você tenha a Estrela Colorimétrica memorizada,
coloque-a no seu cantinho da coloração, ou entre seu material. A
estrela é mais que uma ferramenta de trabalho, é também algo que
confere a você, e ao seu espaço, seriedade e credibilidade caso possa
ser visto por suas clientes.
Todo salão tem seu período de ócio. Transforme seu tempo de fazer
nada em momento de produção de conhecimento. Mate suas
dúvidas, mas lembre-se que só tem dúvida quem estuda! Portanto,
mãos à obra!

Bons Estudos e Bom Curso!

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O que é a Colorimetria Capilar

A Colorimetria Capilar é o estudo das cores nos cabelos. Por meio
dela, classifica-se os cabelos naturais, os pigmentos artificiais,
instrumentalizam-se processos de modificação dos cabelos com
produtos cosméticos, mensuram-se resultados.

Ela dá ao cabeleireiro um leque de opções para melhorar a auto-
estima das pessoas, modificando a aparência dos fios conforme o
desejo delas.
Colorimetria Capilar envolve conhecimentos das reações químicas
envolvidas nos processos de transformação e permite que o
cabeleireiro possa se prevenir quanto a possíveis danos à saúde do
fio.
A Colorimetria é um dos principais conhecimentos técnicos para
um cabeleireiro, pois a necessidade de retoques garante retornos
frequentes das clientes. Dominar a Colorimetria Capilar TRAZ
CREDIBILIDADE, RESPEITO PROFISSIONAL por parte d

e
celmiepnrteegsaedaosrfiesdeeliczoale. Ngaãsodheátdraúbvaildhaos, dgeerqauceoanfifiadneçliazapçoãropéaartme oeddaas
mais valiosa para todos que trabalham nos salões, pois conquistar
clientela é, não só objetivo principal da
profissão, mas o fator determinante para o sucesso.

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O que é Cor?

Há quem diga que as perguntas mais simples, às vezes, exigem as
respostas mais complexas. Para entender o fenômeno da cor,
diversos estudiosos passaram por essa pergunta e elaboraram
cálculos e experimentos.

O primeiro foi o físico Isaac Newton
(1642-1727), nascido em
Woolsthorpe-by-Colsterworth,
condado de Lincoln, Inglaterra, cujo
trabalho sobre as cores foi publicado em
1672.

Newton passou a luz branca (luz solar) por um prisma, um objeto
que pode ser feito de vidro ou cristal, capaz de decompor a luz. Ele
observou que ao passar pelo prisma a luz branca formava um feixe
de luz colorido ao qual ele chamou de Espectro (do latim
Spetrum:
fOanEtsapsmecatroouoabpsearrviçaãdoo).por Newton contém as cores do arco íris.

Em 1800, outro cientista explorou o
fenômeno da cor. William Herschel,
astrônomo, nascido em Hanôver, Alemanha
em 1738, realizou experiências a respeito da
Temperatura das Cores. Todos sabem que a
luz do sol traz calor, mas Herschel quis
saber se algumas Cores tinham mais calor
em relação a outras.

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Para testar sua teoria, Herschel repetiu a experiência de Newton
passando luz branca por um prisma. O Espectro foi refletido em
uma folha de papel branca e sobre ele, em cada faixa de cor, o
astrônomo colocou um termômetro que não recebia luz solar para
que a relação entre temperatura e cor fosse observada. Os
termômetros em cada cor se alteraram e, dessa forma, ele
comprovou que a luz vermelha é mais quente do que a azul e que
existem temperaturas variadas no Espectro Solar.
Assim, cabe concluir que "a cor é a forma como nossos olhos
percebem a energia das ondas luminosas" refletida em tudo que
vemos (Documentário: Cosmos: A Spacetime Odissey. 2014).

Temperatura das cores

Como vimos anteriormente, a temperatura das cores é um
fenômeno físico, mas também pode ser entendida de forma
interpretativa e psicológica dividia em dois grupos: Cores Quentes
e Cores Frias, conforme a sensação que elas nos transmitem.

As Cores Quentes estão associadas ao sol, interpretativamente nos
transmitem calor. São exemplos: vermelho, amarelo, laranja, rosa,
marrom, etc
As Cores Frias estão associadas ao frio, ao gelo. São exemplos: azul,
violeta, lilás, verde, roxo, anil, etc.

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O Branco e o Preto, no entanto, não estão nessa classificação.
O Branco é formado por todas as cores. O Preto é a ausência de cor,
portanto, não reflete luz.
Analisar a temperatura das Cores de forma interpretativa, auxilia o
cabeleireiro colorista a entender as cores percebendo-as de forma
que desenvolva sua sensibilidade e percepção.
Futuramente, ao combinar tons de pele e cores inseridas
artificialmente nos fios, essa sensibilidade será mais requisitada de
você.

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Entendendo o Cabelo e sua Pigmentação

Antes de mergulhar na Colorimetria e seus desafios é necessário
construir algumas bases teóricas. É sabido que para ser cabeleireiro
é necessário conhecimento prático. Contudo, na Colorimetria
Capilar, a teoria tem peso de modo que sem ela não é possível
construir prática.
Portanto, será necessário entrar em contato com alguns termos
científicos descritos adiante.

Tricologia

Tricologia vem do grego thricos (cabelos) + logos (estudo),
significando então, Estudo dos Cabelos.

O médico dermatologista especialista em Tricologia está preparado
para tratar todos os problemas que acometem o couro cabeludo,
que por sua vez, atingem os cabelos. Esses especialistas têm um
conhecimento aprofundado da estrutura do fio de cabelo, bem
como, das células que compõem sua base situadas abaixo da pele,
do couro cabeludo.

A Tricologia Capilar é uma especialização técnica da área médica,
contudo os cabeleireiros necessitam emprestar alguns conceitos
dessa área de conhecimento, pois os cabelos são a matéria de
trabalho desses profissionais da beleza.

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Estrutura do Fio de Cabelo

Para os cabeleireiros não é necessário um conhecimento tão
aprofundado das estruturas capilares intra-derme (situadas abaixo do
couro cabeludo), pois eles cuidam da parte mais externa, da estética do
fio. Contudo, é bem vindo um conhecimento básico para tratar a haste,
ou seja, o fio de cabelo propriamente dito.

Estruturas que formam o fio de cabelo:

•Cutícula: é a camada mais externa do fio de cabelo. Ela recebe as
ações externas (como o sol, a ação de produtos cosméticos, e outros)
representa 90% do corpo da fibra. É formada por células ue se
chamam escamas, e apresentam-se de maneira sobreposta umas às
outras como as telhas de uma casa. Composta de 3 a 10 espessuras
de queratina e sua função é proteger o Córtex.
•Córtex: é uma camada situada abaixo da cutícula e protegida por
ela. É no Córtex que está presente a melanina que dá cor aos
cabelos. O Córtex dá aos cabelos suas principais propriedades:
elasticidade, resistência e permeabilidade.
• Medula: se situa no centro do fio capilar. Sua função ainda é
desconhecida.
• Haste: É o conjunto das três estruturas descritas acima que
constituem o fio de cabelo propriamente dito.

Pigmentos

Pigmentos são as substâncias que dão cor, podem ser artificiais ou
naturais. Nas colorações os pigmentos artificiais reproduzem a cor
natural dos cabelos repondo os a cor perdida com o aparecimento
dos cabelos brancos, modificam a aparência natural conforme o
desejo da pessoa (podem tornar uma morena em ruiva ou loira),

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ou podem ainda criar a aparência de fios não naturais como cabelos
verde, ou rosa, por exemplo.

Pigmentos Naturais (ou melaninas)

• Eumelanina: Presente nos cabelos escuros. Variam de preto e/ou
marrom até vermelho escuro.
• Feomelanina: Presente nos cabelos claros. Variam do vermelho ao
amarelo. Dentro dessa descrição está a Tricossiderina, presente nos
cabelos ruivos.

Pigmentos Artificiais (Cartelas de Cores)

Nas Cartelas de Cores encontram-se todos os pigmentos da marca
trabalhada. Por meio de cabelos sintéticos as empresas criam essas
"vitrines portáteis" de tudo que a marca tem a oferecer na coloração
em questão. É também um instrumento para o cabeleireiro colorista
demonstrar qual resultado pretende atingir, ou para que a cliente
aponte, entre os cabelos sintéticos, qual a cor mais se aproxima do
resultado que ela espera em seus cabelos.
As Cartelas de Cores são importantes instrumentos para o trabalho
diário de um cabeleireiro colorista. Nelas, os pigmentos são
representados por meio de um trio numérico, como 6.73, 5.37, etc.
Contudo, existem diferenças entre as cartelas, as empresas
fabricantes das colorações não tem consenso na representação
numérica desses pigmentos, logo, o número 6, por exemplo, pode
representar vermelho para uma empresa e violeta para outro
fabricante. Por isso, é necessário que o cabeleireiro colorista tenha
domínio no conhecimento dos pigmentos, para poder transitar
livremente entre as marcas sem se confundir, caso tenha que mudar
de salão para um que adote uma cartela com a qual ele nunca
trabalhou antes, ou precise adotar outra marca em seu próprio
salão, por motivos administrativos ou de qualidade.

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Altura de Tom

O primeiro número do trio mencionado anteriormente é a Altura de
Tom, que de agora em diante será denominada AT.
AT significa quão clara ou quão escura pode ser uma coloração. Há
em torno de 10 a 12 tonalidades nas colorações profissionais.

Após o número de AT, as empresas colocam outros dois números
separados por um ponto ou uma barra. Eles representam as
nuances.

Assim temos listada a AT:

• 12.0 - louro ultra claro • 6.0 - louro escuro
• 11.0 - louro claríssimo • 5.0 - castanho claro
• 10.0 - louro super claro • 4.0 - castanho médio
• 9.0 - louro muito claro • 3.0 - castanho escuro
• 8.0 - louro claro • 2.0 - castanho escuríssimo
• 7.0 - louro médio • 1.0 - preto

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Princípios da Neutralização e Matização

Os processos de clareamento dos cabelos exigem conhecimentos
que auxiliam o cabeleireiro colorista a não cometer erros, como os
da Neutralização e Matização.
Contudo, antes de explicar esses conceitos, é necessário descrever o
princípio número um da Colorimetria, tão importante, que vale a
pena dar um destaque especial para ele:

Guarde esse princípio fundamental. Ele é uma informação de base,
valiosa para cabeleireiros coloristas quer sejam iniciantes, ou
estejam em aperfeiçoamento. Ele deve ser sempre rememorado
antes de qualquer processo em coloração ou descoloração.

Neutralização

Neutralização significa prever o resultado a ser obtido no
clareamento, segundo a Tabela de Fundo de Clareamento, e inserir
pigmentos (nuances) para anular uma possível cor indesejada, de
modo que o resultado final possa ser o mais próximo da cor de um
cabelo natural e, é claro, estar em conformidade com o desejo da
cliente.
Será necessário o conhecimento da Neutralização quando o
cabeleireiro colorista estiver com a missão de clarear um cabelo
natural fazendo uso apenas de coloração. Aqui usamos o jargão
técnico Subir o Tom, que significa retirar uma tonalidade escura ou
clarear mais, uma tonalidade já clara, o que vai depender do ponto
de partida, ou seja, da Altura de Tom dos cabelos naturais da
cliente.

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Matização

Matização significa tratar o resultado obtido na descoloração, de
modo que a cor revelada possa se aproximar ao máximo dos
cabelos louros naturais. A cor resultante do processo de
descoloração dependerá do Fundo de Clareamento, da espessura
dos fios, da volumagem do oxidante e do tempo empregado no
procedimento.
Será necessário o conhecimento da Matização quando o cabeleireiro
colorista trabalhar com descolorações no intuito de construir
cabelos louros seja com reflexos, ombré hair, californianas, ou outra
técnica de descoloração.
Para matizar um cabelo, o profissional deverá ainda dominar os
conhecimentos da Tabela de Fundo de Clareamento e da Estrela de
Oswald.

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Descomplicando a Estrela de Ostwald

Eis aqui um dos instrumentos principais no
entendimento e realização das colorações.
Conhecemos a Estrela Colorimétrica do
trabalho do físico e químico Friedrich Wilhelm
Ostwald (1853-1932), nascido na Letônia. Para
entender a Estrela de Oswald é preciso analisar
as cores que compõem cada ponta da Estrela.

A Estrela de Oswald é composta de muitas cores, mas as
principais são as 3 conhecidas como Cores Primárias,
são elas: vermelho, amarelo e azul. Essas Cores são também
chamadas de cores puras, pois não são obtidas por meio de
misturas.

Cores Primárias ou Puras

Pela mistura das Cores Primárias formam-se as Cores Secundárias.
Observe as misturas e depois encontre-as na Estrela. As Cores
Primárias e Secundárias estão nas pontas maiores da Estrela.

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As Cores Terciárias são formadas pela mistura de uma Cor Primária
e uma Secundária. É aqui que o cabeleireiro colorista deve ter
atenção especial, pois as cores indesejadas reveladas no processo de
descoloração estão descritas entre as Cores Terciárias da Estrela de
Ostwald. Observe a Estrela.
As pontas menores são as Cores Terciárias.

Estrela de Ostwald

Para matizar então uma cor, o cabeleireiro deve usar as cores
situadas frente à frente, isto é, em oposição, e então preparar uma
coloração que contenha os pigmentos matizadores. Logo, o
Amarelo-laranja, por exemplo, pode ser matizado com o pigmento
em oposição a ele que, segundo a Estrela de Ostwald, é o
Azulvioleta.
Há ainda uma importante cor Terciária, a qual não consta entre as
pontas da Estrela de Ostwald: o marrom. O marrom é a Cor Neutra
dos cabelos, ou seja, todos os cabelos contém a cor marrom,
portanto para Matizar um cabelo é necessário reunir
as 3 Cores base amarelo+vermelho+azul.

Estrela de Ostwald

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Revelando o Segredo do Fundo de Clareamento

Descolorir um cabelo significa despigmentar, ou seja, retirar dele
por meio de uma reação química os elementos que lhe dão cor. Ao
retirar a cor dos cabelos eles revelam os pigmentos de fundo, ou
sejam, que estão na base do fio. A Tabela de Fundo de Clareamento
mostra de maneira padronizada o processo que os cabelos naturais
seguem até perder completamente os pigmentos.
Sabendo que os cabelos naturais podem clarear com coloração de 3
a 4 tons, quanto a cliente quer subir o tom do cabelo, basta consultar
a Tabela de Fundo de Clareamento para descobrir qual Coloração
será necessária aplicar para atingir o resultado desejado.
O cabeleireiro deve identificar o ponto de partida, ou seja, qual é o
tom dos cabelos naturais, e consultar na Tabela qual é o ponto de
chegada, ou seja, identificar qual tom deseja atingir, observar qual é
a cor do fundo de clareamento e preparar a coloração de acordo de
forma a neutralizar, ou não, o fundo de clareamento que será
revelado ao aplicar a coloração.

Estrela de Ostwald

Acompanhe um exemplo:
Uma cliente tem os cabelos AT 3 e deseja chegar a AT 6. Se o
cabeleireiro aplicar 6.0 (louro escuro natural) diretamente sobre o
cabelo 3 (castanho escuro), conforme a Tabela, revelará laranja (ou
alaranjado).

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Então, ao olhar a Tabela e podendo prever que o resultado será
laranja, o cabeleireiro colorista consulta a Estrela de Ostwald e
verifica que a cor oposta ao laranja na estrela é o azul. Logo, ele
deve aplicar não o 6.0, mas sim 6 mais nuance que contenha o
pigmento neutralizador.
No geral, a coloração empregada no exemplo acima seria 6.1. O
número 1 equivale a nuance azul para alguns fabricantes, mas
também pode representar a nuance cinza. Conforme já comentado
em "Pigmentos Artificiais (Cartela de Cores)", cada profissional
deve conhecer quais números representam cada pigmento dentro
das marcas de coloração trabalhadas.
Depois desse exemplo você percebeu como Tabela de Fundo de
Clareamento e Estrela de Ostwald são ferramentas para operarem
juntas nos trabalhos de coloração ou descoloração.

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Módulo 2

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Prefácio

Bem vindo ao mundo dos Experts.

Aos poucos sua experiência com a cor nos cabelos ficará mais sólida
e toda a complexidade sobre o assunto “Colorimetria” dará lugar
para um entendimento simples, fácil de se reproduzir.
Não deixe de experimentar na prática tudo o que você aprender no
curso.

Seja com bonecas de treino, em mechas de cabelos que você cortar e
guardar, seja nas clientes que você atende, ou convidando alguma
amiga, ou parente para uma transformação. Tudo conta para
encurtar sua jornada no sentido de se tornar um expert do assunto,
sendo assim, prática é a palavra de ordem.

Se você sempre encontrou dificuldades em Colorimetria Capilar,
até o final desse curso você vai sair do grupo de profissionais
cabeleireiros que consideram o tema difícil.

O Curso Colorimetria na Prática vai descomplicar de uma vez por
todas esse assunto com uma série de tutoriais que vão transformar
seu modo de trabalhar.

Mãos-à-obra!
E vamos estudar!

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Introdução

No Módulo I você entrou em contato com a Colorimetria. Agora
que você está de posse dos principais conceitos a respeito da
matéria, então é hora de se aprofundar construindo um
conhecimento cada vez melhor.

No Módulo II, você estudará mais sobre os agentes químicos que
fazem a Colorimetria acontecer.

Não é necessário conhecimento prévio aprofundado de Química,
contudo alguns conceitos necessitam de mais atenção, afim de
manter a saúde dos cabelos e realizar os trabalhos de colorimetria
com segurança.

Além dos efeitos que os agentes químicos provocam na fibra capilar
para promover as mudanças que desejamos, em suas video-aulas
você vai conhecer como resolver problemas comuns que acontecem
como a falta de algum material no salão.

Não é sempre que isso acontece e nem todo material pode ser
criado, mas alguns eles podem e não tem truque, nem "jeitinho
brasileiro". Você vai aprender a aplicar o conhecimento de
colorimetria e química para resolver estas surpresas.

Bons estudos!

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Série Natural

Conforme você aprendeu no Módulo I, as colorações são
representadas por um trio numérico separados por pontos ou
barras.
Ex.: 6.0, 6.73, etc.

Quando a nuance é representada pelo número zero significa que AT
(Altura de Tom) está representando cabelos naturais, ou seja, sem
reflexo. Ex.: 6.0 (louro escuro natural), 8.0 (louro claro natural). Os
dois números após AT representam diversos pigmentos artificiais.
Na Cartela de Cores a série representada por AT, mais número zero,
(6.0, 8.0, etc) são também chamados de Tom Base, importantes na
composição das colorações que darão cobertura aos cabelos
brancos. Os Tons Base serão utilizados juntamente com as
colorações que possuem reflexo para cobertura de brancos ou
separadamente sem nenhum reflexo a depender do resultado a ser
atingido, sempre em conformidade com o desejo da cliente.

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Série Reflexo

Reflexo é a cor cosmética em si, também chamada de Nuance, ou
Cor Fantasia, ela representa quais pigmentos estão envolvidos na
composição da cor cosmética, representados nas Cartelas de Cores
pelos dois números após o ponto ou barra.
Conforme estudado no Módulo I, as empresas não tem consenso na
representação numérica dos reflexos. Lembre-se que o mais
importante é saber lidar com os pigmentos, contudo, efeito de
uniformidade de linguagem e comunicação será adotado o padrão
numérico abaixo.

Os números descritos após a AT, representam uma quantidade
diferenciada de pigmento, informação importante para se obter a
cor desejada, ou fazer misturas.

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O primeiro número da nuance representa que a coloração contém
70% do pigmento enunciado, e que o segundo número contém 30%,
conforme exemplo:
Coloração 6.73 (louro escuro-marrom-dourado) em que:
6 é AT
7 : nuance marrom (70% do pigmento)
3 : nuance dourada (30% do pigmento)

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Os Agentes Químicos da Coloração e Descoloração

Para que os cabelos possam receber os pigmentos artificiais é
necessário que as Cutículas do fio sejam abertas e isso se dá por
meio de processo químico. O objetivo aqui não é se aprofundar na
química dos componentes usados nos trabalhos de coloração, mas
sim conhecê-los melhor afim de utilizar os produtos com
conhecimento e não por intuição.
O principal agente químico usado nos salões nas colorações
permanentes é o Peróxido de Hidrogênio, cuja fórmula química é
H2O2, ele é um oxidante. Nos salões chamamos esse elemento
químico de OX, apelido de Água Oxigenada.

Água Oxigenada e Peróxido de Hidrogênio são
em si o mesmo composto químico, a diferença
entre eles é que a Água Oxigenada é o Peróxido
de Hidrogênio diluído em água.

A volumagem se refere a quantidade de oxigênio liberada nas
reações. Assim, em 1 litro de Água Oxigenada de 20 volumes, por
exemplo, são liberados 20 litros de oxigênio. A diferença entre
Água Oxigenada e Peróxido de Hidrogênio, nesse caso, é que no
Peróxido de Hidrogênio a decomposição acontece de maneira
rápida e na água oxigenada de maneira lenta.
Temos ainda no processo de elaboração das cores cosméticas nos
cabelos a ação da Emulsão, um agente revelador. É um Peróxido de
Hidrogênio de volumagem baixa e por isso, deposita os pigmentos
numa camada mais superficial do cabelo.
O último produto químico usado pelos cabeleireiros no processo
de modificação da cor é o Pó Descolorante.

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Ele age por meio da oxidação (liberação do oxigênio) no córtex do
fio. A amônia presente no Pó descolorante, juntamente com o
Peróxido de Hidrogênio (ou Água oxigenada), oxida os pigmentos
(retira a melanina) provocando a descoloração.
O mercado também disponibiliza Pó Descolorante sem amônia, a
base de Peróxido de Hidrogênio. Sua ação é mais lenta, sendo
necessário mais tempo para processar a descoloração, contudo é
mais indicado para cabelos fragilizados.

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Diferenças entre Coloração e Tonalizante

Coloração e Tonalizante se diferem
quanto a intenção dos trabalhos em
Colorimetria. Enquanto a Coloração fixa
mais os pigmentos sendo considerada
Permanente, o Tonalizante por sua vez
fixa menos os pigmentos e é classificado
como Coloração Temporária.

Conforme já visto no Módulo I, colorações são utilizadas para
promover modificações conforme o desejo das clientes, tornar uma
morena em ruiva, para cobrir brancos, pra subir o Tom, ou
modificar os fios para Cores não naturais como verde, rosa, etc.

O Tonalizante basicamente é uma coloração para intensificar cor.
Veremos a seguir mais detalhes sobre o uso do Tonalizante.

• Uso não indicado do Tonalizante:

• Tonalizante não é indicado para clarear fios, embora
possa clarear até dois tons.

• Não é indicado para modificar a cor natural da fibra
capilar, pois o desbotamento acontece com poucas
lavagens.

• Também não é indicado para colorir cabelos brancos,
pois será revelado o Efeito Transparência (Significa que
o cabelo fica colorido, porém não completamente, pois
ele demonstra estar com uma cor mais clara que a
inserida, dando a impressão de cabelos desbotados).

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• Uso Indicado do Tonalizante:

• Pode ser usado para a Matização de cabelos louros
(descoloridos) a fim de tratar a cor obtida sem interferir
na Cor de Fundo (os cabelos naturais que estão
mesclados com os descoloridos). Também serve na ma
nutenção da cor nos cabelos louros (descoloridos), que
sofrem o Processo de Oxidação, no qual, cabelos podem
ficar alaranjados ou amarelados com o tempo.

• Pode ser usado para corrigir Clareamento Natural. A
ação do sol faz com que os cabelos fiquem mais claros
nas pontas. Os cabelos escuros ficam avermelhados e os
cabelos claros ficam amarelados. É possível restaurar a
cor desses fios, deixando-os uniformes e bonitos da raiz
até a ponta com o Tonalizante.

Nota: Os cabelos sem corte há mais de 6
meses ficam porosos nas pontas e mais

sucetíveis ao clareamento natural.
Neste caso pode ocorrer então pontas
duplas. Com a tonalização, as pontas
duplas podem ficar camufladas, por
isso é necessário conversar com a clien
te para que ela autorize um corte ainda
que mínimo, pois as pontas duplas
continuarão partindo o cabelo no

sentido da raiz.

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• Pode ser usado para reforçar uma coloração já des
botada pelas lavagens do cabelo, ou antes mesmo
que aconteça o desbotamento, como manutenção
periódica.

• Pode ser usado para dar brilho a cabelos coloridos.
Os cabelos naturais, se estiverem saudáveis, tem
um brilho característico. É possível diferenciar os
cabelos coloridos e não coloridos observando
apenas o brilho dos fios, pois a cor cosmética
apenas imita o pigmento natural. Contudo, cabelos
coloridos artificialmente que estiverem sem brilho,
podem recuperar a vitalidade com o uso
de Tonalizante.

Apesar de desbotar naturalmente com as lavagens, só será
necessário reaplicar Tonalizante para reforço de coloração ou para
efeito de luminosidade após 30 dias da data da primeira aplicação e
assim sucessivamente.
Se o Tonalizante for usado para cobertura de brancos, o Efeito
Transparência obriga a cliente a aplicar a química não só no
crescimento da raiz, mas em todo o comprimento para recuperar a
cor, e isso acontecerá mais vezes dentro de um mesmo mês. É
recomendado o uso de coloração para cobertura de brancos na raiz
e Tonalizante para intensificar a cor apenas uma vez por mês, para
não haver ressecamento excessivo da fibra capilar.

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Colorações Especiaias

As Colorações Especiais são feitas para atingirem resultados fora
dos padrões.

• Mix: Também chamado de pigmento puro. O Mix é uma
coloração especial que serve para dar reforço, ou criar cor
que falta no estoque, ou criar colorações que a marca não
traz pronta. As marcas profissionais têm uma linha de Mix e
saber usálas é o segredo dos coloristas mais hábeis.

• Superclareadores: também chamados de aclarantes ou
reforçadores de aclaração são colorações matizadoras utili
zadas para atingir um grau de clareamento maior que o da
coloração podendo chegar a 5 tons de clareamento
(lembrando a regra fundamental que coloração não clareia
coloração). Dependendo da tonalidade dos cabelos naturais
da cliente, pode-se construir louros de aspecto bem natural
sem a necessidade de uso de pó descolorante. No geral,
possuem pigmentos matizadores que podem ser cinza,
violeta, ou azul.

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Tipos de Coloração

Os pigmentos artificiais são diferentes quanto a duração e a
intensidade da modificação no fio. O curso de Colorimetria lida as
Colorações Permanentes, contudo para ser especialista do assunto é
necessário que se conheça o máximo de opções que o mercado tem
a oferecer

•Colorações Permanentes: resistem a várias
lavagens, conforme já foi dito anteriormente,
fixam os pigmentos nos fios, escurecem, ou
clareiam até 4 tons e dão cobertura aos
brancos. As colorações permanentes
penetram nos fios por meio de Peróxido de
Hidrogênio. Ex.: Color Perfect, Itallian
Color, Igora, Magirel, etc.
Nota: Cobertura de brancos significa que os cabelos ficarão com a
cor inserida de modo que não se note a presença dos
brancos até que eles cresçam e seja necessário retoque.

•Demi-permanentes: resiste a algumas lavagens, não é indicada
para cobrir brancos, mas pode disfarçar-los se a pessoa tiver poucos
fios. Clareia até dois tons. Age por meio Emulsão ou Peróxido de
Hidrogênio com volumagem baixa.
Ex.: os Tonalizantes são exemplos de Demi-permanentes, estão
entre eles Richesse, Color Touch, Keraton, etc.

• Colorações Semi-permanentes: dura poucas lavagens (em torno
de 4), não tem potencial de clareamento, não dá cobertura de
brancos. Age sem oxidante ou agente revelador. Já vem pronta, por
isso fixa por pouco tempo. Ex.: Casting, Jeans Color, Keraton,
Banho de Brilho.

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•Colorações Temporárias: são removidas na primeira lavagem,
não clareia, não dá cobertura de brancos. Inserem uma tonalidade
suave. Ex.: Rinsagem, colorações em Spray (verde, rosa, etc), rímel
para cabelos (disfarça brancos), Giz Pastel (também em cores não
naturais), etc.
•Colorações Vegetais: não são removidas com as lavagens. São
classificadas como vegetais porque são extraídas de plantas como a
Camomila (extraída de folhas moídas da Matricaria chamomila); e
a Hena (extraído das folhas trituradas da Lawsonia inermis). Não
possuem oxidante ou agente revelador. A aplicação de
coloração com oxidantes sobre esse tipo de coloração afim de
mudança de cor pode revelar tons indesejados. Classificadas
também como colorações naturais.
Seus pigmentos são depositados na cutícula e atingem o córtex de
maneira superficial. Colorem de maneira gradual. Ex.: Keraton
Henna (da Kert), Henna Creme (da Surya Brasil), Camomila Intea
(da INTEA) etc.

Nota: Camomila Intea (da INTEA) age como loção clareadora.
Não dá cobertura de brancos. É classificada como coloração
porque promove modificação na cor natural dos cabelos,
porém não insere pigmentos na fibra capilar como as
demais colorações.

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•Colorações Metálicas: não são removidas com as lavagens.
Colorem de maneira gradual e por isso, também são conhecidas
como colorações progressivas. São chamadas colorações metálicas
porque em sua composição encontram-se sais metálicos como
zinco, cobre, cromo e outros. Ex.: Grecin
Nota: Segundo o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia,

Qualidade e Tecnologia) "os metais fazem parte da
composição das 'tinturas' pois são utilizados na produção
dos pigmentos”. Ainda segundo o Inmetro, os metais pesa
dos (arsênio, cádmio e chumbo) odem ser encontrados nas
amostras de tinturas capilares, mas devem estar dentro dos
limites estabelecidos na legislação vigente (Resolução 79, de
28/08/2000 - Anexo III - Lista de Corantes Permitidos),
valores acima do permitido podem causar dano ao
consumidor.

Importante: Para mudança de cor, caso o profissional não tenha
informações precisas sobre a coloração presente nos fios, será
necessário o Teste de Mecha para evitar tons indesejados ou quebra
de fios.

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Módulo 3

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Prefácio

Olá Expert!

Vamos, acostume-se a essa ideia! A construção de um sonho se faz
com ações concretas! Seu empenho precisa ser diário a caminho
dessa conquista e se você tem se dedicado até aqui você já cresceu
muito.
Convém que você também pesquise, compartilhe suas experiências
nos canais disponíveis e por que não ser um pouco exibido e
fotografar seus sucessos para expor no grupo de estudos do
Facebook.
Contudo, ainda é preciso que você explore ao máximo suas
dúvidas. Use o suporte, mas conte também com a experiência de
outros profissionais que estão no grupo. São diferentes níveis de
conhecimento. Podemos todos crescer juntos se compartilharmos,
além de ter a oportunidade de fazer amizades! Portanto, deixe a
vergonha de lado e vamos comentar!
É fato que uma base teórica é importante para a construção de bons
trabalhos, mas nosso conhecimento profissional é sobretudo
prático, por isso vale muito você postar no grupo seus "truques" e
"macetes", seus produtos preferidos e aqueles que falharam com a
sua expectativa. Respeite a opinião de todos e aproveite ao máximo
essa nova experiência.

Continue a estudar!

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Introdução

No módulo II você aprendeu sobre a natureza dos produtos
químicos que fazem a Colorimetria acontecer.
Agora, será necessário mais conhecimento da fibra capilar, suas
características de força ou de dano afim de proporcionar trabalhos
com exatidão e agilidade. Diagnóstico apropriado, organização e
planejamento são as palavras de ordem.
A atenção dispensada na hora do Diagnóstico garante não só maior
margem de segurança na realização dos trabalhos, mas também,
aumenta a credibilidadeprofissional. Um profissional que conversa
(nesse caso, se empenha em obter o máximo de informações sobre o
cabelo da cliente) demonstra cuidado, dedicação, perfeccionismo,
autoridade e conhecimento técnico. Esse é o instrumento principal
para definir qual será o melhor tipo de tratamento para a cliente.
Além disso será discutido como combinar a cor de cabelo ideal para
cada tipo de pele. Assim, após o Diagnóstico você poderá orientar
sua cliente segundo os padrões mais atuais da moda e do
visagismo.
Contudo, o bom senso deverá ser seu guia na hora de aconselhar a
cliente. Se uma pessoa tem um intenso desejo de ser loira platinada,
você pode, e deve, instruí-la quanto a cor que ficará melhor sobre a
pele dela, mas você não deve se negar terminantemente a realizar
seus desejos.
Não se prenda às regras de maneira estrita, todos podemos ousar e
mais do que isso, temos o dever de deixar nossas clientes felizes e
realizadas. Aconselhar quanto a direção de um trabalho não se trata
de provar quem está certo, não se trata de elevar a vaidade do
profissional, mas sim de melhorar a auto estima de alguém.

Bons estudos!

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Técnicas Avançadas de Avaliação

É preciso observar com atenção a aparência dos fios para propor os
melhores tratamentos, ou transformações. As características de
dano são preocupantes, pois se não observadas podem levar o
cabeleireiro a um desastre como o Corte Químico (quebra da fibra
por meio de tratamentos inapropriados de química).

Característica de Resistência e Força

•Elasticidade: é uma propriedade natural da Fibra Capilar. Ao ser
esticada a fibra capilar saudável deve se comportar como um
elástico que se contrai depois de ser esticada, porém o elástico
retorna 100% ao seu estado anterior, já a fibra capilar retorna
lentamente e aumenta seu tamanho original, pois uma vez esticada
não retornará 100% ao estado anterior.

•Brilho: quando as escamas do fio de cabelo estão alinhadas, isto é
fechadas, elas
refletem mais luz proporcionando beleza aos cabelos.

Características de Dano

•Pontas duplas: visualmente são pontinhos brancos nas pontas
dos fios, mas nem sempre podem ser visualizados, isso depende do
grau de dano. As escamas do cabelo se abrem, soltando pequenas
porções dos fios. O dano de Pontas Duplas não pode ser eliminado
com tratamentos de hidratação. Para tratar pontas duplas,
um Corte que diminua o comprimento ou o Corte Bordadeira são as
opções.

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•Porosidade: A porosidade aparece quando o cabelo perde a
elasticidade. A fibra capilar se apresenta opaca, e por vezes áspera
ao toque, podendo ainda apresentar pontas duplas. Esse é o quadro
de maior dano da fibra capilar. Deve-se oferecer tratamentos de alto
potencial de restauração e reestruturação da fibra e suspender
procedimentos químicos que tragam mais ressecamento.
•Corte Químico: se o cabelo já possui mechas quebradas,
característicos de Corte Químico, ele está em um grau altíssimo de
dano, portanto, não apresenta as condições mínimas de resistência
e força para receber química.
•Pontas frágeis: Se os cabelos estão sem corte há 3 meses ou mais,
eles apresentam falta de resistência nas pontas, podendo sofrer
Corte Químico nas descolorações a depender do grau de
clareamento desejado, espessura dos fios, tempo de processamento
da química.

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Técnicas de Diagnóstico

O Diagnóstico é o primeiro passo para qualquer procedimento de
química nos salões. Um diagnóstico feito sem atenção pode levar a
clientes insatisfeitos, retrabalho para corrigir o processo realizado
(no caso das colorações ou luzes), ou danos permanentes (Corte
Químico).
Nas colorações ou descolorações, antes de realizar qualquer
procedimento será necessária uma avaliação da fibra capilar para
determinar as condições de saúde e as possibilidades de se chegar
ao resultado desejado.
Para a realização de um bom Diagnóstico é preciso conversar com
calma com a cliente investigando ao máximo o histórico de seu
cabelo, todos os procedimentos realizados e todos os cuidados que
ela costuma ter.
É bem vinda a elaboração de uma ficha de diagnóstico descrevendo
as características da cliente. Esse histórico evita que sejam repetidas
as perguntas de maneira desnecessária caso a cliente demore a
retornar e também auxilia o cabeleireiro a não esquecer nenhuma
informação importante.

Passo-a-passo do Diagnóstico

Não comece sem resistência Quando a fibra capilar é esticada, e não
retorna, mas seu comprimento aumenta e permanece, então a
principal característica de força da fibra está alterada. Isso significa
que o cabelo precisará receber tratamentos de hidratação antes de
passar por qualquer procedimento químico, pois está em ponto de
quebra.

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Teste Infalível: Verificando a Elasticidade
A resistência da fibra capilar pode ser verificada com um teste bem
simples: separe um fio do cabelo da cliente e com os dedos postos
em pinça passe a unha na extensão do fio. Quando soltar, caso o fio
esteja em alta elasticidade ele reagirá como um fitilho se enrolando
na forma de cacho na direção da raiz.

Depois do teste de Elasticidade obtenha as seguintes
informações:

• Qual a cor natural?
• Há cabelos brancos? Qual o percentual de brancos?
• Há cor cosmética? Qual tom e nuance?
• Há outras químicas?
• Há quanto tempo foi feita a última química?
• Há quanto tempo foi feito o último corte?
• Qual a espessura dos fios?
• Qual o tom da pele?

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Clima das Cores

Para indicar uma coloração para a cliente é preciso ter atenção
quanto ao tom de pele, assim o profissional irá adequar cor de
cabelos ideal, realçando a beleza individual da cliente. A cor
inserida artificialmente pode apagar, derrubar a expressão de
alguém, assim como mudar a cor natural pode realçar a beleza
natural das
pessoas. Para falar do Clima das Cores, será preciso retomar um
conceito visto no Módulo I a respeito das Temperatura das Cores.
Conforme demonstra a Estrela de Ostwald abaixo, as Cores são
divididas entre Cores Frias e Cores Quentes.

•Cores Quentes estão associadas ao sol, interpretativamente nos
transmitem calor. São exemplos: vermelho, amarelo, laranja, etc
•As Cores Frias estão associadas ao frio, ao gelo. São exemplos:
azul, violeta, lilás,
verde, roxo, anil, etc

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A pele das pessoas também têm diferentes tons assim como os das
colorações. A altura de tom da pele, assim como nos cabelos se
refere à quão claro ou quão escura pode ser, ou seja, se refere a
luminosidade.

Foi Suzanne Caygill quem estudou mais profundamente os tons de
pele. Nos anos 40 ela identificou mais de 32 tons de pele, assim
entendemos porquê uma pessoa de cor clara não é igual a outra, e
reconhecer esses padrões é um verdadeiro trunfo para o Colorista.
Todas as tonalidades estudadas por Caygill foram divididas em
quatro categorias:
Primavera, Verão, Outono e Inverno. Essas quatro categorias são
inseridas nos dois grande grupos já comentados aqui o das Cores
Quentes e o das Cores Frias. Não importa se o tom da pele é clara,
média ou escura, também não tem a ver com etnia.
Assim temos:
• Pele Primavera e Verão: Tom de Pele Quente

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