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Published by ANAC Assoc Nac Apos CGD, 2019-12-15 05:47:58

A NOSSA VOZ 81

A NOSSA VOZ 81

Keywords: ANAC; CGD; Aposentados CGD

EDITORIAL A ANAC deseja Boas Festas
para si e para toda a sua
Esta é a última edição do bole- Família
tim da Associação, no ano de
2019. Ela apresenta-se nas
suas mãos, no início do Inver-
no e também no tempo de
Natal.
Inverno e Natal são tempos de
renovação.
Renovação na Natureza, onde
as raízes das plantas absor-
vem energias para florescerem
no esplendor da Primavera.
Renovação, para os crentes,
pois é mais um momento de
esperança de que o Salvador
venha dar vida ao “Homem
Novo” que todos gostaríamos
que fosse uma realidade.
Também o início do ano é uma
época de renovação, mais que
não seja, das promessas de
mudança que fizemos a nós
mesmos no últimos anos…
Este texto sobre renovação
aplica-se e vem a propósito da
necessidade de renovação na
nossa Associação.
A maioria dos membros da
atual Direção já estão a servir
a Associação há quase onze
anos…
No início de 2021 (daqui a
pouco mais de um ano…)
haverá eleições para o triénio
seguinte e julgamos que
começa a ser altura de se
apresentarem ideias novas e
novas caras para a renovação
natural da Associação.

PENSE NISSO!!!
Boas Festas para todos.

A Direção

ASSEMBLEIA DE DELEGADOS DOS SSCGD

Como é habitual, e de acordo com os Estatutos dos Serviços Sociais, a ANAC fez-se representar na 42ª Assem-
bleia de Delegados (AD) dos mesmos.
A AD decorreu em Évora, com a presença de mais de 200 Delegados vindos de todo o país. Nessa Assembleia
foram aprovados o Plano de Atividades e o Orçamento para 2020.
Também foram aprovadas as contas até setembro bem como a projeção até final do ano.
Quanto à proposta de alteração de estatutos, a mesma foi retirada pela Direção.
Face a esta opção, foi recomendada a criação de uma comissão de revisão na qual a ANAC terá também alguma
palavra a dizer pois estará certamente em causa o alargamento da representação dos Aposentados nas AD.
Com o fim do mandato do Provedor dos SS, a MAG propôs um nome para sua substituição mas o mesmo foi
rejeitado pela Assembleia. Assim, a MAG irá designar novo nome para exercer provisoriamente o cargo, o qual
será sufragado na próxima AD.
O Presidente da Direção da ANAC esteve presente e leu o texto abaixo:

Em primeiro lugar gostaria de, em nome da ANAC, saudar todos os presentes e desejar que desta Assembleia resultem decisões
que engrandeçam e dignifiquem os nossos Serviços Sociais e os seus Sócios.

Como sabem, a ANAC é o único representante dos Aposentados presente nesta Assembleia. Tal acontece porque a proposta de
alteração de estatutos dos SSCGD apresentada em Albufeira foi rejeitada em Assembleia Geral de Sócios.
Portanto, dando voz a mais de 50% de Sócios dos Serviços Sociais, queremos centrar a nossa atenção nas questões fundamen-
tais que preocupam os Aposentados:

Ameaças à sustentabilidade e futuro dos SS;
Representação dos mesmos nas AD;
Qualidade da comunicação SSCGD/Sócios sobretudo com os info-excluídos (maioritariamente Aposentados)

Ameaças à sustentabilidade e futuro dos SS

Em intervenção na AD do ano de 2010 o representante da ANAC dizia:

“Gostaria também de manifestar a satisfação por, uma vez mais, a ANAC estar presente nesta Assembleia, num momento em que se adivinham
nuvens negras no horizonte dos aposentados e de todos os trabalhadores. Os nossos Serviços Sociais certamente não passarão ao lado dessas
dificuldades.
Importa, portanto, estarmos todos unidos em defesa de algo que nos pertence a todos e que representa um valor da maior importância para os
atuais, futuros e antigos trabalhadores da CGD.
Os nossos Serviços Sociais têm sido alvo das mais variadas tentativas de aglutinação ou integração tendo em vista o seu desaparecimento.
Estas tentativas têm origem em fontes de que era de esperar que os quisessem liquidar mas, também – e aqui é mais grave -, em entidades que
supostamente deveriam defender os nossos interesses enquanto bancários e trabalhadores do maior banco nacional.”

Na altura fomos muito criticados (inclusivamente por colegas com responsabilidade na estrutura dos SSCGD) por supostamente
estarmos a agitar fantasmas que só existiriam na nossa cabeça.
Infelizmente julgamos que a realidade ultrapassou a nossa visão e hoje é mais dura do que aquela que antevíamos.
Passados 9 anos voltamos a alertar para a existência de forças (internas e externas) empenhadas no desaparecimento daquilo
que muitos dos nossos colegas lutaram para que fosse uma realidade única no país (faço notar que alguns desses colegas feliz-
mente estão ainda vivos – como é o caso do Engº Ayala Boto a quem julgo que ainda não foi prestada a devida homenagem).
As “forças externas” são por todos nós facilmente identificáveis e, no que respeita a elas, temos de nos manter todos muito uni-
dos para que a “solução final” não seja conseguida.
Quanto às “forças internas”, porque não são facilmente identificáveis, torna-se muito mais importante que estejamos informados
para que consigamos distinguir o trigo do joio.
O papel das redes sociais é cada vez mais relevante na formação de opinião. No entanto, por detrás de um teclado poderão
esconder-se intenções que, aparentando a defesa do que foi difícil de construir por muitas gerações de colegas, poderão condu-
zir na realidade a resultados completamente diversos daqueles que se apregoam.
Como princípio democrático, os Sócios devem deixar trabalhar os que foram por si eleitos, evitando-se guerrilhas prematuras de
resultado muito duvidoso.
Da parte dos eleitos exige-se clareza e firmeza na atuação e muita transparência na prestação de contas aos seus pares.
Queremos, uma vez mais, deixar estes alertas porque estamos certos de que, se nós não utilizarmos a sapiência que habitual-
mente caracteriza os mais velhos, a gestão dos SSCGD pelos seus Sócios poderá estar em causa. Não queremos que, em
nome da defesa dos mesmos, nos venha a ser imposta uma gestão supostamente “profissional” e tecnocrática mas sem alma.

Ficha Técnica

Propriedade da ANAC—Associação Nacional dos Aposentados da Caixa Geral de Depósitos * Sede: Av. João XXI,
63 - piso –1 - 1000-300 LISBOA * Tels 217953815 * Fax 218036581 * Email: [email protected] * Blogue:
anaccgd.blogspot.pt * Coordenação - Cândido Vintém * Periodicidade - Trimestral * Impressão: Marsil—R. Cen-
tral de Carvalhido, 374 - Moreira - 4470-584 MAIA * Tiragem - 1.700 exemplares impressos e 1.600 digitais* Depó-
sito Legal nº 55350/92 * Distribuição - gratuita aos Associados da ANAC * Colaboram neste número: Ana Dias,
Cândido Vintém, Delegação Norte, Domingos Martins, José Coimbra, Odete Ferreira Peres de Almeida e Seniamor

2

ASSEMBLEIA DE DELEGADOS DOS SSCGD (cont)

Assim, a intriga, a tibieza e a falta de informação transparente e atempada não podem ser atitudes presentes nos nossos Servi-
ços Sociais. Os nossos representados exigem da nossa/vossa parte que sejam honrados os princípios de solidariedade que
levaram à sua fundação.
Por isso, deixamos aqui um apelo muito forte para que esta AD decorra com elevação e para que o debate seja franco e aberto,
como é timbre no “universo CGD”.
Um dos pontos importantes para o qual pedimos atenção especial desta AD prende-se com

Representação dos Aposentados nas AD
Os Aposentados correspondem a mais de 50% dos Sócios dos SS. No entanto, a sua representação oficial, à luz dos atuais
estatutos, é um direito e dever exclusivo da ANAC. Nós assumimo-los em plenitude mas temos consciência de que os Aposenta-
dos e os SS sairiam mais enriquecidos se o leque de representação fosse mais alargado. Estamos completamente de acordo
com o alargamento desse leque e, por essa razão, em Albufeira votámos favoravelmente a proposta de alteração dos estatutos
no que se referia a essa representatividade. Voltaremos a fazê-lo quando a questão se colocar e só lamentamos que, na propos-
ta apresentada pela Direção para discussão nesta AD, não tenha sido aproveitada a oportunidade para acolher este aspeto que,
julgamos, é consensual entre todos os Sócios dos SSCGD. Estaremos atentos ao decorrer do debate das propostas alternativas
entretanto apresentadas por uma Delegada.
Da parte da ANAC, como foi publicamente referido no decorrer do encontro nacional de Aposentados do ano passado, colocare-
mos toda a nossa estrutura ao serviço dos futuros delegados regionais eleitos.
No que respeita a

Qualidade da comunicação SSCGD/Sócios sobretudo com os info-excluídos (maioritariamente Aposentados)
Segundo julgamos saber, há cerca de 4.000 Sócios dos SSCGD (a maioria dos quais são Aposentados) que não têm registado
um endereço de mail na sua ficha de Sócio. Como primeira conclusão, poderemos dizer que existe mais de 20% dos Sócios que
não têm acesso à informação veiculada através das “newsletters” e, por acrescento, do portal dos Serviços Sociais.
Não sabemos, por outro lado, o número de Sócios que não estão registados e que utilizam o portal dos Serviços Sociais mas
estamos seguros de que serão muitos mais.
Portanto, e em conclusão muito rápida, temos um número muito significativo de Sócios que não podem participar ativa e demo-
craticamente na vida dos Serviços Sociais.
Queremos recordar que em comunicações dos anos anteriores sugerimos às Direções dos SS a análise muito cuidadosa da for-
ma como deveria ser gerida a comunicação com os aposentados mais idosos no contexto da externalização dos serviços. Como
referido antes, sabemos que nem toda a gente tem acesso a meios eletrónicos. Mesmo tendo-o, muitos não saberão descodificar
o conteúdo das mensagens impessoais e supostamente tecnocráticas dos “outsourcings” e aceder à informação nelas contidas.
Como consequência, muitos ficam afastados dos direitos que lhes são devidos.
Somos frequentemente confrontados com situações por nós sentidas e outras veiculadas pelos nossos Associados (que, lem-
bramos, são também Sócios dos Serviços Sociais) e que são consequência muito nefasta de decisões bem sentidas por
todos e contestadas por muitos. Voltamos à questão da externalização de serviços (pois é um tema que nos afeta a todos) e à
forma de comunicação que pode criar dúvidas e fossos entre o pretendido e a realidade.
Apelamos, mais uma vez, para que os aposentados não sejam marginalizados pela comunicação cibernética e pseudo-
tecnocrática pois elas não têm alma e o que caracteriza os nossos Serviços Sociais é precisamente essa “alma” e sentido de
pertença.
Também no que se refere à participação ativa e democrática na
vida dos Serviços Sociais manifestamos aqui a nossa oposição
frontal à forma como decorrem as chamadas “votações eletróni-
cas”, sobretudo quando estão em causa decisões tão importan-
tes como a alteração de estatutos ou aprovação de contas.
Recordamos que, na última votação sobre a proposta de altera-
ção de estatutos atingiu um valor que reputamos de “infeliz” e
inexpressivo.
Por isso insistimos em que, em votações futuras, a MAG respeite
rigorosamente os estatutos e regulamentos dos Serviços Sociais
e envolva ativamente todos os info-excluídos e não contribua
para a sua indesejável marginalização.

EM CONCLUSÃO:
A defesa dos SS é uma das preocupações dos Aposentados, muitos dos quais colaboraram ativamente na sua criação. E isso foi
feito numa época em que o movimento associativo era muito perseguido.
São os Aposentados os que mais sentem e sofrem com a instabilidade que se possa gerar à sua volta. Não poderemos caminhar
por aí…
Obrigado pela atenção e desejo de um bom dia de trabalhos

(Cândido Vintém)

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ATIVIDADES DA ANAC PROMOVIDAS NA SEDE

OS “NOSSOS TALENTOS” APRESENTAM-SE

Alguns dos "nossos talentos" apresentaram-se no Porto e na Guarda.
Foram eles os alunos da Expressão Cénica (com a sua peça "Pessoa
(ndo)"), o Grupo Coral e o Grupo de Cantares da ANAC.
A apresentação no Porto foi enriquecida com o Grupo de Cantares da Dele-
gação Norte, com a sua irreverência e envolvimento de toda a plateia. A
sala da Igreja Franciscana da Rua dos Bragas estava repleta de Sócios,
Amigos e Familiares e também com a presença de alguns residentes na
zona que foram convidados a compartilhar o espírito que preside a todas as
nossas atividades.
Nesta apresentação a alegria foi reforçada com a presença e atuação do
divertido e sempre envolvente grupo de cantares da Delegação Norte. O

seu “maestro” Francisco Ferreira e os alegres membros conseguiram
envolver todos os presentes e assistimos a momentos de grande con-
vívio.
No dia seguinte foi a vez da
apresentação na Guarda, no
seu Auditório Municipal.
Além de uma presença signi-
ficativa de Sócios, Familiares
e Amigos, a Vereadora da
Cultura da CMG e o Presi-
dente e a Vice-Presidente da
junta de Freguesia da Guar-
da honraram os grupos com
as suas presenças.
Sobre a qualidade demonstrada nas duas apresentações só há uma
classificação - EXCELENTES.
Esta partilha cultural é muito importante não apenas para a Associação
mas, sobretudo, para os membros dos Grupos e para os nossos Sócios
que residem fora de Lisboa.
Queremos repetir estas jornadas por todo o país, bastando que haja
vontade dos nossos Sócios em receber-nos nas suas zonas.
Deixamos aqui o desafio - busque um local na sua região e comunique-
o à ANAC para podermos deslocar estes e outros talentos.

(Cândido Vintém)

A propósito, uma Amiga fez-nos chegar este texto escrito por uma das pessoas que assistiram à apresenta-
ção na Guarda:

O mar e a montanha

Numa manhã montanhosa e solarenga, ouvi meu pai, dizer-me um verso.
- Filha, anda ver o mar!
Meu pai era um leitor de poetas. E lia então António Nobre.
Foi meu pai que me lançou no mar dos poetas.
Em Lisboa, li o mar, em Pessoa.
"(…)Deus ao mar o perigo e o abismo deu.
Mas nele é que espelhou o céu."
E em pessoas. Eu, de pele terrosa do mar de Torga, espantava-me contigo, minha amiga de pele de bronze, das
praias do mar de Sagres. Tu falavas-me de um professor, chamado Zeca Afonso, e trouxeste-me o eco do mar do
Infante Sonhador.
"Tão jovens, que jovens éramos!"
Era o tempo dos nossos heróis, em África. Era o tempo dessa dor anunciada.
Há três dias, revi-te. Vieste com a ANAC - Associação Nacional de Aposentados da Caixa.
Trouxeram Pessoa e apresentaram-nos os seus heterónimos. Trouxeram o mar à montanha. O amor é maior, quan-
do é impossível, sussurrou-me a Guarda, esta cidade íntima com ruas empedradas, como as da minha infância.
Espantaram-nos com um coro, que encerrou com África, esse continente adiado, de céus infinitos. E, a uma só voz,
palco e plateia, cantámos as cantigas dos bailinhos de roda.
Voltem. Voltem! A montanha e o mar precisam-se.

(Odete Ferreira)

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ATIVIDADES DA ANAC PROMOVIDAS NA SEDE - cont

VISITA AO BADOCA SAFARI PARK

Decorreu no passado dia 12 de Outubro mais uma deslocação dos nossos sócios, desta vez ao "Badoca
Safari Park ", parque temático, sito no Alentejo, mais concretamente em Vila Nova de Sto André.
Esta saída, teve um cariz muito especial, pois alguns sócios tiveram a companhia dos netos, o que ani-
mou ainda mais este passeio.
No grupo de 37 sócios tivemos cinco
crianças com menos de 10 anos e um
bebé com menos de dois. Os pontos
fortes deste parque natural, são
essencialmente o Safari, pelo qual
começámos a visita e que permite ao
longo de mais ou menos uma hora, a
observação de vários animais, no seu
habitat, nomeadamente Avestruzes,
algumas com crias de um, dois
meses, Emas, Búfalos, Antílopes,
Girafas, Zebras, Gazelas de leque e
outros duma forma muito próxima o
que permitiu uma animação constan-
te.
Em seguida assistimos à alimentação
duma colónia de lémures, macacos
originários da ilha de Madagáscar e
durante esta ação o guia foi explicando as suas características, e como podíamos identificá-los. Ver a sua
constante mobilidade é um regalo. Soubemos que a fêmea mais velha tem já 15 anos, e o parque faz
intercâmbio com outros, tendo sempre em vista a proteção das espécies.

Tivemos depois um ótimo almoço, que foi servido á
mesa, durante o qual os mais pequeninos aproveita-
ram para dar umas corridas, pois comeram mais rápi-
do, e o espaço era propício. Os mais velhos degusta-
ram calmamente, pondo a conversa em dia.
Em seguida assistimos à alimentação das aves de
rapina, que durante algum tempo interagiram com a
assistência. Pudemos ver águias um belíssimo mocho
real, e um calau, este não propriamente uma ave de
rapina, mas integrado na equipa que se prestou a
diversos exercícios coordenados pelo tratador e a
alguns movimentos aos quais os mais jovens foram
convidados a participar. Foi interessante.
Depois disto tivemos tempo livre para apreciar muitas
outros amimais em espaços ao ar livre, nomeadamen-
te, umas lindas e irrequietas suricatas, javalis, maca-
cos, flamingos e muitas aves.
Por volta das 15H30, foi o regresso a Lisboa o que se
verificou sem percalços.
Dum modo geral todo o grupo regressou com ótima
disposição.

(Domingos Martins)

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ATIVIDADES DA ANAC PROMOVIDAS NA SEDE - cont

FESTAS DE S. MARTINHO

Decorreu nos passados dias 16 a 19 de
Novembro mais uma deslocação dos nossos
associados, organizada na Sede, desta vez a
Vieira do Minho onde tivemos contacto visual
com a serra do Carvalho e serra do Gerês.
O alojamento estava situado num lugar paradi-
síaco, onde imperava a dureza do granito,
localizado entre a serra da Cabreira e a paisa-
gem bela e verdejante do Gerês, permitindo
admirar as belas paisagens minhotas com o
rio Cávado a ajudar a abrilhantar a paisagem.
Comeram-se alguns dos típicos pratos minho-
tos regados com o vinho verde branco e tinto servidos nas tradicionais tigelas.
Visitou-se um mercado da castanha e comeu-se da mesma, assada numa grande fogueira acesa
no meio do recinto e distribuída aos visitantes.
Assistiu-se a uma chega de bois muito característica naquela
região e que é feita anualmente nesta altura do ano mantendo
uma tradição ancestral.
Houve lugar ainda a um mini cruzeiro na barragem da Caniçada
o que nos permitiu apreciar mais de perto toda aquela envolvên-
cia verdejante sempre com muita animação.
Visitámos a Basílica de S. Bento da Porta Aberta e a sua cripta,
um santuário que atualmente recebe milhares de peregrinos e
que, apesar da sua grandeza não choca a paisagem circundante.
Após o almoço o regresso a Lisboa, com todos bem dispostos e
com vontade de voltar.
(Domingos Martins)

S. MARTINHO NA DELEGAÇÃO DA BEIRA INTERIOR

Dizem cá pela nossa terras, "No

dia de S. Martinho vai à Adega e
prova o vinho".
Sendo assim, nós os da Beira Inte-
rior, não tendo à mão a dita cuja

Adega decidimos juntámo-nos
(éramos 18), no "Pedro Nobre
Vinhos", Restaurante gourmet em
frente à Porta Principal da Sé da

Guarda.
Encontro que contou com a sem-
pre habitual boa disposição propi-
ciou um bom momento de confra-

ternização formulando votos para
que no próximo ano possamos
estar muitos mais.

(Peres de Almeida)

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ATIVIDADES DA ANAC PROMOVIDAS NA SEDE - cont

VIAGEM À PATAGÓNIA

De 27 de outubro a 11 de novembro e de 29 de outubro a 13 de novembro desenrolou-se uma excelente aventura por terras do
fim do mundo…
A viagem da ANAC à Patagónia, Chile e Argentina proporcionou experiências diversas e extraordinárias aos participantes, enri-
quecendo a sua cultura e conhecimento de outros povos, de outros ambientes, de lugares estranhos, monumentais, de beleza
fora do comum e excecionais.
Foi uma viagem de 16 dias muito preenchidos com visitas a cidades, parques
naturais, lagos imensos, glaciares, montanhas e vulcões… viajando a pé, de
autocarro, de barco, de comboio e de avião, além de passeios a cavalo.
A nossa viagem começou com a visita à cidade de Santiago do Chile que, apesar
dos incidentes com manifestações, conseguimos conhecer razoavelmente.
Uma cidade enorme com mais de 7 milhões de habitantes, com grandes aveni-
das e muito trânsito. Fizemos o circuito em autocarro pela cidade e passeámos a
pé pelo centro da cidade, passando pela Praça de Armas, a Catedral, o Palácio
Presidencial de La Moneda, etc.
Continuou pela cidade de Valparaíso, com os seus “murais”, as suas ruas muito
inclinadas, as casas penduradas nas colinas, das quais se destaca a casa de
Pablo Neruda, e uma vista fantástica para a baía.
A cidade turística de Viña del Mar, com as suas praias, o relógio de flores e sua
formidável marginal permitiu-nos descansar e relaxar um pouco.
Deixámos para trás Santiago do Chile, com as suas manifestações e reivindica-
ções sociais, e rumámos a sul, mais propriamente a Puerto Montt e Petrohué.
A região é dominada pelo imponente Vulcão Ozorno. A nossa aventura passou pela subida ao vulcão, coberto de neve, em
cadeiras de esquiadores, um lanche com chocolate quente e as brincadeiras tradicionais com as bolas de neve.
Visitámos também os Saltos de Petrohué, fantásticas formações de rocha vulcânica, banhadas por quedas de águas de cor ver-
de-esmeralda.
Continuámos para San Carlos de Bariloche, atravessando diversos lagos num percurso sinuoso em que utilizámos autocarros e
barcos. Atravessámos a fronteira entre o Chile e a Argentina e cruzámos a Cordilheira dos Andes.
Já em San Carlos de Bariloche, cidade que vive essencialmente do turismo, na Argentina, observámos o Lago Espejo e as for-
mações rochosas do Vale Encantado.
Partimos, de avião, para El Calafate. Iniciámos então as visitas aos Glaciares já preparados para o choque climático.
No Parque Nacional dos Glaciares visitámos o glaciar Perito Moreno, o mais conhecido e imponente, que se expande sobre as
águas do Lago Argentino e que é um dos poucos glaciares do mundo que avança e que provoca perturbações naturais no
ambiente.
Tivemos oportunidade de visitar, no Parque Nacional dos Glaciares, o Glaciar Upsala e o Lago Onelli, navegando em catamarã,
e caminhámos pelo bosque para apreciar o Lago Onelli com o seu glaciar.
Abandonámos a zona dos glaciares e rumámos mais a sul, com destino a Ushuaia, a cidade argentina mais importante da Isla
Grande e da Terra do Fogo e a mais austral do mundo.
Fizemos uma excursão pelo Parque Nacional da Terra do Fogo, no comboio que antigamente transportava os prisioneiros de
Ushuaia para os Campos de Trabalho e viajámos de catamarã ao largo da costa de Ushuaia e Canal de Beagle. Passámos pela
ilha dos Pássaros, pelo Farol, pelos leões-marinhos e observámos os pinguins (tristes pela falta de gelo e pela areia granulosa
que tinham que pisar…).
E por fim… Buenos Aires, capital do Tango. A grande metrópole argentina com cerca de 13 milhões de habitantes, banhada pelo
Rio da Prata, com a Av. 9 de Julho, de 140 mts de largura e 4,5 kms de comprimento, e o seu mítico Obelisco, a Praça de Mayo
e o Palácio Rosado, as grandes avenidas e os seus imensos parques, o Bairro Boca com os peculiares edifícios de cores garri-
das e uma obsessão pelo Clube Boca Juniores, e a sua gastronomia centrada na carne (grelhada de preferência…).
Durante os três dias que permanecemos em Buenos Aires, participámos numa festa gaúcha com passeio a cavalo, almoço de
excelentes carnes grelhadas, show de música e dança e demonstrações das habilidades dos Gaúchos a cavalo.
Visitámos a cidade de Colónia de Sacramento, no Uruguai, com as ruas de paralelepípedos, casas em pedra e barro, que é con-
siderada património cultural da Humanidade pela UNESCO e que tem inúmeras reminiscências portuguesas.

Percorremos de barco o rio Tigre e alguns dos afluentes que confluem no
delta do Paraná e apreciámos o atrativo das ilhas e das imensas casas
nas suas margens, todas com ancoradouro.
Assistimos ainda a um espetáculo de puro Tango, no Café de los Angeli-
tos, que evidenciou a sua sensualidade e beleza artística. Alguns partici-
pantes tiveram aulas desta romântica dança dada por dançarinos(as)
vestidos a preceito.
O regresso a Portugal era iminente.
E a partir do Aeroporto Ministro Pistarini iniciámos a viagem rumo a Por-
tugal.
Ficaram-nos na memória todas as belezas naturais que tivemos o privilé-
gio de contemplar e a extraordinária solidariedade e amizade que envol-
veu os grupos durante toda a viagem.
Bem hajam!
Ficamos à espera de novas aventuras para novos destinos… com a
ANAC.

(José Coimbra)

7

A CUIDAR DOS NOSSOS SENIORES …

O BEM SABE BEM O Seniamor é um Grupo de voluntários, constituí-
do por colaboradores da CGD em situação de
reforma ou pré reforma, que oferecem parte do
seu tempo a proporcionar a sócios e beneficiários
dos Serviços Sociais da CGD, momentos de parti-
lha, prevenindo desta forma, situações de rutura.
Foi criado em 1996, por iniciativa da Ação Social
da DPE, em Lisboa, e surgiu como resposta a um
número crescente de situações de isolamento,
quebra de redes de apoio e, em alguns casos, por
carência de respostas institucionais adequadas,
especialmente no meio urbano. Formou-se em
2006, no Porto, e na Beira Interior-Guarda, em
2016. Estes 3 núcleos em 2019 totalizam 44
voluntários, estando 28 em Lisboa, 8 no Porto e 7
na Guarda.

Missão e função
A sua missão consiste em prevenir o isolamento social e promover o envelhecimento ativo, tendo em vis-
ta a melhoria da qualidade de vida. É levada a cabo ao assegurar visitas regulares a lares, casas de
repouso, de saúde ou de acolhimento, ou mesmo no domicílio, em grupos de 2 ou mais voluntários, em
área geográfica próxima/circundante da área de residência. Se necessário, poderá efetuar-se o acompa-
nhamento a consultas, exames e tratamentos.

Patrocínio, Supervisão, Formação e Regulação
O Grupo é autónomo em termos de dinâmica, refletindo uma cultura de pertença e valores de solidarieda-
de continuados para além dos laços profissionais desenvolvidos na CGD. Conta, no entanto, com o apoio
da Administração da CGD, com cedência de um espaço de trabalho, que permite que cada núcleo se
organize e promova uma reunião mensal, a fim de percecionar resultados, reorganizar trabalho, bem
como promover o alinhamento e união do próprio Grupo. Existe ainda apoio financeiro, e no que respeita
à orientação e supervisão, são asseguradas pelas Assistentes Sociais da DPE e dos SSCGD, que tam-
bém propiciam momentos de formação, com vista ao desenvolvimento de competências.
Rege-se por um código de conduta, redigido e aprovado em Jan.2018 pelo Grupo. Entre os princípios
básicos que regem o trabalho desenvolvido, está o respeito pela personalidade e convicções do visitado,
decorrendo o relacionamento numa base de igualdade, entre pares, na qual o voluntário, através das
suas caraterísticas e capacidades pessoais, “leva o Seniamor ao visitado”, não reduzindo a relação a
uma perspetiva puramente pessoal. O dever de sigilo e de neutralidade são também apanágio do Grupo,
num profundo respeito pela privacidade daquele a quem visita.
Na verdade, o voluntário pode aprender muito com a vivência e o relacionamento que estabelece com o
visitado, podendo afirmar que no Seniamor o Bem sabe bem. E, como só nesta união que forma um
Grupo coeso, podemos desenvolver um trabalho que marca as vidas de voluntários e visitados, podemos
também reforçar que Juntos Somos Seniamor.

8

ESPAÇO CULTURAL

As cidades onde a ANAC tem Delegações:

I - Porto, cidade “Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta”.

Penso que todos nós conhecemos esta expressão mas nem todos sabemos o seu significado.
Foi isso que tentei descobrir através da história do Porto, assim como outras expressões também muito conhecidas.
O nome da cidade do Porto tem origem num povoado pré-romano. Na época designava-se Cale ou Portus Cale, sendo esta a
origem do nome de Portugal. A palavra Portus, tem como significado a vida comercial e o desejo de um povo pioneiro na desco-
berta do desconhecido. Desde muito cedo, o Porto revelou o seu empenho e potencial na construção naval, quer a nível indus-
trial, quer a nível comercial.
De “Portus Cale” derivou o nome do Condado de Portucale e mais tarde o de Portugal.
O Condado de Portucale foi fundado por Vimara Peres, um dos responsáveis pela conquista definitiva do burgo de Portucale aos
muçulmanos. Mais tarde, o Condado foi oferecido ao Conde D. Henrique e à Infanta D. Teresa, pais de D. Afonso Henriques, o
“Conquistador” e fundador de Portugal que, em 1143, é um reino independente.

Não há dúvida sobre a legitimidade do uso da palavra "Antiga", no título que ostenta com muito orgulho.
O Porto sempre foi uma cidade importante, próspera e grande, era ponto obrigatório da atividade mercantil graças ao comércio
com os países do Norte, e à vontade e firmeza da sua população.
Até ao final da Idade Média o Porto foi local de disputas entre o clero, os quais detinham grande poder e riqueza. Por isso a sua
riqueza em igrejas, mosteiros e palácios episcopais. Eram normais as disputas entre cónegos e frades franciscanos, bispos con-
tra reis, burgueses contra bispos e burgueses contra fidalgos. Esta última disputa fez com que um fidalgo que quisesse ir ao Por-
to só pudesse permanecer na cidade um máximo de três dias.
Foi uma cidade palco de muitas quezílias mas a sua população soube sempre manter-se do lado de quem protegia o reino e a
sua independência. Assim nasceu mais um título, o de "Sempre Leal".
O Porto assistiu ao casamento real de D. João I e D. Filipa de Lencastre (princesa inglesa) e ao nascimento do seu filho, impul-
sionador do período de expansão marítima de Portugal - o Infante D. Henrique. Foi a partir da sua cidade natal que, anos mais
tarde, o Infante iniciou os trabalhos para essa expansão. A população voltou a mobilizar-se, a cidade vivia num autêntico frene-
sim, e a vontade de ajudar era tanta que deram tudo o que tinham e que podia ser útil à armada. Segundo se conta, deram toda
a carne dos animais que possuíam, tendo ficado apenas com as suas entranhas. Assim nasceu mais uma alcunha a de
"tripeiros", título que os habitantes do Porto usam com muito orgulho.
Em 1807, as tropas francesas de Napoleão invadem o país. O rei D. João VI refugia-se no Brasil, aconselhando os portugueses
a receber os invasores como amigos. A segunda invasão francesa foi a mais penosa para os portuenses. Os seus habitantes,
assustados com a aproximação das tropas francesas, ao fugirem, precipitam-se sobre a ponte que unia as margens do Douro. A
ponte de madeira, sobre barcas, rompe-se e uma verdadeira multidão cai ao rio. Centenas sucumbiram nesta tragédia.
Mas a Guerra Peninsular parece ter tido uma influência inesperada na gastronomia portuense. Dizem que os franceses comiam
uma sandes de pão de forma com carnes e queijo à qual, mais tarde, os portuenses acrescentaram um molho especial. Nascia,
assim, segundo a versão de parte da população portuense, a famosa Francesinha.
Na História do Porto houve muitos apaixonados por esta cidade, mas houve um monarca que lá deixou o seu coração
(literalmente). D. Pedro IV reconheceu a dedicação, coragem, sacrifício e esforço dos portuenses durante as lutas liberais.
Durante as guerras liberais o Porto esteve cercado pelas tropas absolutistas, tendo-se mantido invicto até ao final. Como prova
desse reconhecimento a Rainha D. Maria II, cumprindo a vontade testamental do Rei, mandou acrescentar novos elementos ao
brasão, incluindo o título de “Invicta” (invencível), e assim nasce mais um título para a cidade do Porto o qual mantém até aos
nossos dias.
Mas a maior honra feita à cidade foi a doação do coração do Rei, que se encontra depositado na Igreja da Lapa.
É esta cidade que elege o primeiro deputado republicano do país, Rodrigues de Freitas.
Perante a irrefutável riqueza histórica da cidade, sobretudo na sua parte antiga, a Unesco atribuiu à cidade o estatuto de «Cidade
Património Mundial», ou seja, ganha mais um título.
O Porto é sem dúvida uma cidade mágica, cheia de histórias, lendas e mistérios, por tudo isto vale a pena voltar ao Por-
to...."Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta”.

(Ana Paula Dias)

Elementos históricos recolhidos da enciclopédia livre

Nota - Na próxima edição do boletim inseriremos um texto da mesma autora, relativo à Guarda, a cidade dos 5 efes.

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Delegação Norte da ANAC

Resposta à Rubrica “Quem é o Autor ?”

Retomamos no nosso Boletim a rúbrica “Quem é o Autor?”. A resposta à rubrica deste número, deverá ser dirigida à Delegação Norte
da Anac ([email protected]) e será divulgada no próximo número deste jornal.

Ao Postigo Por Né do Covelo Quem é o Autor? Caldo de Letras

Só Quer a Vida Cheia Quem Teve a Vida Para- Construir Pontes
da (Sérgio Godinho “Liberdade”)
Olhamos à nossa volta e deparamos com
1. Passados 44 anos sobre o 25 de Novembro de situações de desavença, de desentendimento,
1975, esta data transformou-se no lugar simbólico de ódio, de relações cortadas. Isso acontece
de peregrinação anual das direitas: da mais arcai- entre vizinhos, entre companheiros de traba-
ca e da mais recente. A sua motivação psicológica lho, entre empregados e patrões, entre ami-
é sombria: azedume, mau perder, ressentimento gos, mas, pior ainda, entre membros da mes-
inconsolável. Contudo, a intenção política é muito ma família, como aconteceu no caso que vou
clara e só não enxerga quem não quer ver que a apresentar.
invocação do espetro do anticomunismo visa exor- Dois irmãos viviam pacificamente, lada a lado,
cizar as sucessivas vitórias parlamentares da trabalhando um grande terreno, e terreno
esquerda e os sucessos da governação socialista. separado por um riacho. Houve o melhor
Finalmente, a efeméride escolhida é absurda: entendimento entre eles durante muitos anos.
assinala apenas a data de uma operação militar Certo dia, por uma pequena questiúncula, bri-
cujo sentido logo foi esclarecido por Melo Antunes garam: insultaram-se, dirigiram um ao outro
quando, em nome do MFA, contrariou as falsas palavras agressivas e cortaram relações.
esperanças dos saudosistas da ditadura para rea- Um dia, bateu à porta do mais velho um
firmar que o contributo dos comunistas continuava homem pedindo trabalho.
a ser indispensável para a construção do novo - Sou carpinteiro.
regime democrático.. Mais do que a data da ope- - Vai então trabalhar para mim. Com aquela
ração militar, merecia ser recordado o comício do madeira, vai construir uma cerca à volta do
PS, na Fonte Luminosa, a 19 de julho do mesmo meu terreno, muito alta, de forma que não se
ano, e o discurso histórico que, na circunstância, veja de um lado para o outro. Nem quero ver
ali proferiu Mário Soares. meu irmão, com quem briguei e com quem
2. O processo de transição para a democracia cortei relações.
constitucional—o PREC (Processo Revolucionário - Muito bem! - respondeu o carpinteiro. Já com-
em Curso)—foi breve, pacífico e reconhecido preendi.
internacionalmente como um processo exemplar. O fazendeiro retirou-se para a cidade, deixan-
Começou pelo golpe militar que libertou o país de do o artista no seu trabalho.
quase meio século de ditadura, a 25 de abril de Quando regressou, daí a dias, ficou espantado
1974, e culminou na aprovação, a 2 de abril de com o que viu. O carpinteiro, em vez da cerca,
1976, da Lei Fundamental pela Assembleia Cons- tinha construído uma pequena ponte que liga-
tituinte, eleita um ano antes. Logo nas primeiras va as dias margens do riacho! Voltou-se para o
linhas, os Deputados Constituintes—com a exce- carpinteiro e atrevido por não ter feito o que
ção, apenas, do CDS—reconheceram que “libertar ordenara.
Portugal da ditadura, da opressão e do colonialis- Mas houve mais surpresas: ao olhar para a
mo representou uma transformação revolucionária ponte, viu que seu irmão mais novo se aproxi-
e o início de uma viragem histórica da sociedade mava de braços abertos e disse: Você real-
portuguesa” e prometem “abrir caminho para uma mente foi muito amigo, construindo uma ponte,
sociedade socialista, no respeito da vontade do mesmo depois do que eu lhe disse de ofensi-
povo português, tendo em vista a construção de vo.
um país mais livre, mais justo e mais fraterno”. De repente, num forte impulso, o mais velho
3. A queda do fascismo não foi uma dádiva dos correu na direção do irmão. Abraçaram-se e
céus nem um capricho de militares descontentes. choraram de alegria.
Foi fruto da coragem de todos os que não se O carpinteiro preparava-se para ir embora com
resignaram e lhe deram combate ao longo de qua- sua caixa de ferramentas.
se 50 anos: republicanos, anarquistas, comunis- Espere! Fique connosco, disse o mais velho.
tas, socialistas, sociais-democratas ou democra- Tenho outros trabalhos para você.
tas-cristãos. A Constituição Democrática de 1976 O artista respondeu: eu ficaria, mas tenho
é a síntese final de todos estes contributos e tam- outras pontes para construir.
bém o reflexo das lições aprendidas na turbulên- E partiu…
cia inevitável, por vezes dolorosa, da construção Seria muito mais bela e feliz a vida, se, em vez
de um novo quadro de convivência ética, civil e de cercas e muros, construíssemos pontes -
política. São estas as datas que merecem come- pequenas ou grandes - entre gente desavinda,
moração: o fim da ditadura, a 25 de abril de 1974, mediando a construção da paz.
as primeiras eleições livres, para a Assembleia Bem-aventurados os que constroem a paz,
Constituinte, a 25 de abril de 1975, e a votação porque serão chamados filhos de Deus.
final do texto da nova Constituição, a 2 de abril de
1976! P.e Mário Salgueirinho
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Atividades, Passeios e ViagensDelegação Norte da ANAC

Passeios à descoberta do Porto…

O Ciclo de Passeios de Outono do programa “à desco-
berta do Porto…”, organizado e orientado por Fernan-
da Vilarinho, decorreu entre 5 de Outubro e 30 de
Novembro e incluiu quatro programas que proporcio-
naram aos participantes um melhor conhecimento da
cidade e uma perspetiva diferente na sua abordagem.
Este ciclo incluiu os seguintes passeios: -Visita guiada
ao Teatro S. João; -Visita guiada ao Museu do Vinho
do Porto; -Visita guiada ao Museu Judiciário; -Visita
guiada ao Museu do Hospital de Santo António.

Passeio à Covilhã

No passado dia 19 de Outubro de 2019, a Delega-
ção Norte da Anac realizou um passeio à Cidade
da Covilhã. O Grupo Anac foi recebido no Salão
Nobre da Câmara da Covilhã e visitou o Centro
Histórico, o Museu de Arte Sacra e o Museu dos
Lanifícios. Todas as visitas tiveram Guia local.
Esta atividade cultural na Cidade da Covilhã teve a
participação de cerca de 50 Associados e Familia-
res.

Passeio de S. Martinho

No passado dia 9 de Novembro de 2019, a Delega-
ção Norte da Anac realizou o tradicional passeio/
festa de S. Martinho. Durante a manhã fizemos
uma visita livre à cidade do Peso da Régua e o
almoço e a festa de S. Martinho decorreram no
Restaurante Varanda da Régua. Com a participa-
ção de cerca de 70 Associados e Familiares, o con-
vívio e confraternização estiveram na ordem do
dia, não faltando a animação com música e baile.
O Grupo de Cantares da Delegação atuou durante
a tarde e teve a colaboração entusiasta de todos
os participantes.

Concerto de André Rieu (o rei da valsa)

A Delegação Norte da Anac realizou uma viagem a Lisboa, nos dias 20 e 21 de novembro, para assistir ao
concerto de André Rieu. A presença, paixão e carisma de André Rieu em palco fazem deste um espetá-
culo mágico. Ao ritmo de valsas, bandas sonoras, canções folk, musicais e melodias do seu precioso vio-
lino Stradivarius de 1732, os participantes nesta viagem da Anac, encontraram uma mistura perfeita de
excitação, romance, festa e melodias emotivas.
Foi um momento de revivalismo da valsa, que
entusiasmou os amantes da música clássica e
não só…
O Grupo visitou também o Jardim Buddha
Eden, na Quinta de Loridos, no Bombarral, a
Aldeia de Sobreiro (uma das mais famosas do
mundo) e o Palácio Nacional de Mafra, o mais
importante monumento barroco em Portugal.

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PLANO DE ATIVIDADES EM 2020

NA SEDE

janeiro - dias 25 e 26 Festa do Porco
maio - dias 04 a 10 XXVI Euroencontro - Pamplona
maio/junho 25 de maio a 03 de junho Egipto com cruzeiro no Nilo
junho - dias 07 a 17 Férias de praia em Fuengirola
setembro
setembro/outubro - dias 09 a 19 Férias de praia em Fuengirola
novembro
dezembro - data a confirmar XVII Encontro Nacional de Aposentados
- dias 10 e 11 S. Martinho
Por confirmar - dia 12 Passeio/Festa de Natal

- data a confirmar Passagem de ano

- data a confirmar Visita às grutas de Mira Daire

- data a confirmar Visita a Águeda (Pateira e Museu Ferroviário)
- data a confirmar Viagem ao Irão
- data a confirmar Cruzeiro no Mediterrâneo

- data a confirmar Viagem à Arménia, Geórgia e Azerbaijão
- data a confirmar Viagem ao Sul de França

- data a confirmar Passeio no Tejo, com jantar

Outras atividades serão divulgadas ao longo do ano

NA DELEGAÇÃO NORTE

março - data a confirmar Visita a Sabrosa e S. Martinho de Anta
abril
- data a confirmar Visita a Águeda
maio - dias 27 a 30 Viagem a Salamanca
junho - data a confirmar Visita a Castro Daire
- data a confirmar Visita a Tabuaço (Entrega dos prémios do Torneio do Aposen-
julho tado)
- data a confirmar Festa da Cereja no Fundão
setembro - data a confirmar Visita a Miranda do Corvo
outubro - data a confirmar Viagem à Rússia
- data a confirmar Visita a Carregal do Sal
dezembro - data a confirmar Visita a Mesão Frio
Ao longo do ano - data a confirmar Viagem ao Sul de Itália
Por confirmar - dia 12 Passeio/Festa de Natal
Passeios à descoberta do Porto
- data a confirmar Viagem à região Oeste
- data a confirmar Viagem a Bragança e Miranda do Douro

Outras atividades serão divulgadas ao longo do ano

NA DELEGAÇÃO DA BEIRA INTERIOR

novembro - dia 11 Passeio de S. Martinho
dezembro
- dia 12 Passeio/Festa de Natal

Outras atividades serão divulgadas ao longo do ano

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