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"Os alunos do curso EFA-Secundário Noturno/ Ação Educativa, da Escola Secundária de Estarreja, abraçaram o desafio de organizar a 2.ª edição da exposição VISTAS ANTIGAS, OLHARES MODERNOS (em versão exclusivamente digital), com o intuito de demonstrar como as construções e lides antigas vão subsistindo ao progresso ditado pela urbanização. Estes são olhares atentos sobre os contrastes que enunciam a resistência dos traços rurais nas geografias urbanas e periurbanas do nosso quotidiano." Área de competência de CLC | UFCD 6 - Culturas de Urbanismo e Mobilidade, "Ambientes rurais e ambientes urbanos - traços arquitetónicos de integração/rutura paisagística" - Centro Qaulifica de Estarreja | Agrupamento de Escolas de Estarreja | março 2020

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Published by teresabagao, 2020-12-10 09:00:07

VISTAS ANTIGAS, OLHARES MODERNOS (2.ª edição)

"Os alunos do curso EFA-Secundário Noturno/ Ação Educativa, da Escola Secundária de Estarreja, abraçaram o desafio de organizar a 2.ª edição da exposição VISTAS ANTIGAS, OLHARES MODERNOS (em versão exclusivamente digital), com o intuito de demonstrar como as construções e lides antigas vão subsistindo ao progresso ditado pela urbanização. Estes são olhares atentos sobre os contrastes que enunciam a resistência dos traços rurais nas geografias urbanas e periurbanas do nosso quotidiano." Área de competência de CLC | UFCD 6 - Culturas de Urbanismo e Mobilidade, "Ambientes rurais e ambientes urbanos - traços arquitetónicos de integração/rutura paisagística" - Centro Qaulifica de Estarreja | Agrupamento de Escolas de Estarreja | março 2020

Keywords: Fotografia,Desruralização,CLC - EFA

Os alunos do curso EFA-Secundário Noturno/ Ação
Educativa, da Escola Secundária de Estarreja,
abraçaram o desafio de organizar a 2.ª edição da
exposição VISTAS ANTIGAS, OLHARES MODERNOS,
com o intuito de demonstrarem como as construções e
lides antigas vão subsistindo ao progresso ditado pela
urbanização.
Estes são olhares atentos sobre os contrastes que
enunciam a resistência dos traços rurais nas
geografias urbanas e periurbanas do nosso quotidiano.

A edição da exposição apresenta-se exclusivamente
em formato digital, em virtude da suspensão das
atividades letivas em março de 2020.

Trabalho desenvolvido pelos formandos do Curso EFA DC Técnico de Ação
Educativa – Escola Secundária de Estarreja, no âmbito da área de competência
de CLC (UFCD 6 - Culturas de Urbanismo e Mobilidade), Ambientes rurais e
ambientes urbanos - traços arquitetónicos de integração/rutura paisagística

- Ano letivo 2019-2020 -

À espera de melhores dias

A fotografia acima representada foi tirado no Caramulo.
É um dos sanatórios do Caramulo, alguns tiveram destinos bem
diferentes deste. Tirei esta foto como prova de que as pessoas
deixaram o rural para poderem ter uma vida melhor na cidade, daí

este edifício ter ficado esquecido com o tempo.



Arquitetura moderna no meio do nada

Esta imagem foi tirada na serra do Caramulo.
Representa como o rural se vai transformando e podemos
observar o contraste do verde da paisagem com a arte moderna.
As próprias eólicas e as casas já de arquitetura moderna dão um

ar mais modernizado à serra.



Ninhos elétricos

Esta imagem foi capturada na Murtosa. Nela temos um poste de
alta tensão e podemos apreciar uma cegonha no alto a observar

o seu ninho, onde por engano foi parar ao local errado.
O que podemos concluir desta imagem? Será uma batalha entre

a força da corrente e um simples desafiante animal!



Antigo infiltrado no moderno

Esta foto foi tirada em Estarreja.
Retrata bem o antigo (o espigueiro) a servir de decoração na era

moderna (as casas).
Os nossos antepassados ainda não estão esquecidos e que

ainda se mantêm as tradições na memória.



Pesos pesados na rotunda

Na rotunda da zona industrial, em Estarreja, vemos algumas grandes máquinas que, em
tempos, fizeram parte das fábricas químicas daqui. São um pesado testemunho do

avanço tecnológico, que as tornou obsoletas, autênticas peças de museu a céu aberto.
Fábricas que deram emprego e salário a muitos homens desta terra e a muitos que, de

longe, para cá vieram e se fixaram com as suas famílias, ajudando assim ao
desenvolvimento deste concelho.

Cumpriram durante o tempo devido a função que lhes era destinada e, agora, já fora de
uso, preenchem devidamente o grande espaço de circulação onde foram colocadas.

Assim, lembram a todos os que por ali passam como é importante a produção industrial
desta região. Uma verdadeira Rotunda da maquinaria pesada.



Depois da faina, um passeio à cidade

Outrora mergulhados na água da nossa ria, agora presos na relva, por
entre o asfalto e o comércio da cidade de Estarreja. Estão ali os

moliceiros, gozando o merecido descanso, entre a pastelaria e o banco, o
restaurante, a ótica e outras lojas, embelezando e dando cor a este ponto

de passagem para tantos, e para diversos destinos.



Charrua, cântaros e cordeirinhos

A charrua lavrava os campos, os cordeiros pastavam e os cântaros de barro
mantinham a frescura da água, que refrescava as gargantas de quem ao sol
intenso trabalhava. Agora, repousa tudo no jardim da mesma casa que, no seu
interior, tem o espigueiro e muitas coisas mais, na Rua do Cabeço em Canelas.
A charrua já não espera as mãos e a força de quem a empurre para trabalhar.
Agora, já só adorna e faz parar as pessoas que passam, para apreciar. Mas este
arado parece que continua à espera de poder cumprir a missão para que foi feito.



O contentor ali tão perto

Com o contentor do lixo ali tão perto, era bom que fosse possível enfiá-la para dentro...
Degradada, como se vê, está esta casa na rua da Mata, em Canelas. É exemplo claro
da desruralização. As pessoas mais idosas vão desaparecendo e, por vezes, porque os

descendentes herdeiros não se entendem quanto à divisão e partilha dos bens, as
velhas habitações chegam a este ponto. Noutros casos, é porque os herdeiros por
razões de trabalho vão para longe, ou por dificuldades económicas não conseguem

recuperá-las ou pô-las à venda, enquanto ainda possam interessar a alguém.
Na rua que atravessa Fermelã em direção ao Sobreiro, são muitas as casas que ali

estão para venda, identificadas com as placas das empresas imobiliárias.



Areia lavrada

Um trator que é usado na maior parte das vezes nos campos,
também é usado na praia para puxar as redes de pesca.

Esta foto foi tirada na praia da Torreira, que fica na vila da Murtosa.



Jardim lavrado à mão

Escolhi este objeto por ser muito antigo - já foi rural e agora é urbano. Esta charrua
já lavrou muitos hectares de terreno nos campos, noutras épocas, e agora está a
adornar um jardim. Foi dos meus sogros terem lavrado muitos terrenos.
A foto foi tirada no jardim da minha casa, situada na vila de Salreu.



Engenho náutico

O engenho de tirar água com os bois era muito usado antigamente
para se fazer regas de campos, e agora passou a adornar os jardins.

A casa parece ter sido construída onde havia campos e o poço e o
engenho ficaram a adornar a vivenda. Perderam a grandeza dos
campos e ficaram aprisionados no jardim.
Esta foto foi tirada na vila de Salreu.



T0 com jardim

Todos os que param neste sinal de stop veem o belo T0 com um
jardim, um belo ninho de cegonha.

Esta foto foi tirada na Nacional 109, em Salreu.



Anda, Mimosa!

Esta é a imagem de uma canga, usada para colocar nas vacas, para puxar o carro.
Esta e as outras fotografias foram tiradas por mim e na minha casa. São objetos que
tenho em casa, que eram, antigamente, bastante utilizados na agricultura. Tenho-os

todos em exposição, na minha garagem, pois gosto de reviver os tempos antigos
dos meus avós, e, por outro lado, dar valor àquilo que tenho hoje.



Semear para colher

Esta foto mostra um semeador, usado manualmente na
agricultura, para semear diversos cereais.



O passado recente

Dos cestos de palha, que davam para transportar quase tudo, incluindo o farnel para
levar para as terras, aos ferros a favor, para passar a roupa a ferro, e à panela de três
pernas, para fazer a comida ao lume, bem mais saborosa que nos dias de hoje... Todos
estes objetos perderam a sua utilidade específica, abandonaram o campo e a vida rural,
passaram a ser objetos de decoração e de memórias familiares. Hoje em dia, nada disto
se utiliza. Apenas se veem alguns exemplares como estes em museus, em exposições

e em casas particulares daqueles que gostam de manter as peças antigas.



Lagar cheio

O lagar que tenho em minha casa, utilizado pelos meus avós, ambos falecidos, fez muito
vinho. Aquando das obras que fiz, dei-lhe um ar moderno, mas nunca me quis desfazer dele,
porque me faz lembrar o meu avô e o quanto fui feliz ao lado dele, pois a minha avó faleceu

quando eu tinha um ano de idade. Agora, além de arrumação, serve também de garrafeira.
Tenho um especial gosto pelas coisas antigas que me trazem boas recordações.

Se antigamente, este aparelho era muito utilizado, hoje em dia, já se vê muito pouco, até
porque agora é tudo elétrico/industrializado.




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