Diretoria Clínica HCFMUSP Profa. Dra. Eloisa Silva Dutra de Oliveira Bonfá
Prof. Dr. Edivaldo Massazo Utiyama
Superintendência HCFMUSP Eng. Antônio José Rodrigues Pereira
Dra. Elizabeth de Faria
Coordenadora do NH, do Profa. Dra. Izabel Cristina Rios
Comitê de Humanização e
da Rede Humaniza FMUSPHC
Assistentes de coordenação da Pedro Afonso Braz de Resende
Rede Humaniza FMUSPHC Mario Celso Ferretti Junior
Colaboradores da Dr. Massayuki Yamamoto (Superintendência)
Coordenação Terezinha Simões da Cruz (Diretoria Clínica)
da Rede Humaniza FMUSP-HC
Coordenadores de CH e CSEB - Dr. Ademir Lopes Junior
participantes do Comitê de FMUSP
HAS - Marta Eloisa Araújo
Humanização ICESP - Maria Helena da Cruz Sponton
ICHC - Katia Cilene Oliveira da Silva
ICr - Jussara Siqueira de Oliveira Zimmermann
IMREA - Junia Galvão Ammirati
InCor - Vera Lúcia Bonato
InRad - Luciana Paula de Souza Martins
IOT - Miriam de Fátima Angélico Vieira Santos
IPq - Ilse de Carvalho Salles Vasconcelos
LIM - Cláudia Aparecida de Quadros
Ouvidoria Geral do HC - Ana Cristina Ferreira Lyra
Ouvidora da FMUSP – Milanca Mancabu Sousa Cordeiro
Núcleo de Gestão de Pessoas - Jacqueline Quaquarini Galli
Representante dos Pacientes – Eduardo Tenório
C
Sumário
Apresentação..........................................................................................................................4
O Núcleo Técnico e Científico de Humanização................................................................ 5
A Rede Humaniza FMUSPHC .............................................................................................. 6
Conceito de humanização................................................................................................... 8
Ações de humanização ....................................................................................................... 9
Metodologia das ações de humanização.................................................................. 10
Classificação das ações de humanização ................................................................ 11
Acolhimento....................................................................................................... 13
Práticas inclusivas de gestão............................................................................. 14
Ambiência.......................................................................................................... 14
Ações de ensino de humanização ..................................................................... 15
Arte e cultura ..................................................................................................... 16
Práticas de cuidado ........................................................................................... 16
Monitoramento das ações de humanização na Rede ............................................... 17
I. Monitoramento................................................................................................ 17
II. Mapeamento das ações de humanização nas áreas ..................................... 17
III. Regras de classificação das ações de humanização .................................... 18
IV. Regras de preenchimento da planilha de monitoramento..............................20
Indicadores de humanização ............................................................................................ 21
Ações de gestão da humanização pelos Centros de Humanização dos Institutos ...... 23
Fontes e referências ............................................................................................................ 24
ANEXO ................................................................................................................................ 25
4
Apresentação
Nos últimos anos, o termo “humanização” - enquanto ações que qualificam a atenção
ao paciente - tornou-se recorrente nos serviços de saúde públicos e privados, aparecendo
nos textos oficiais do Ministério da Saúde e das Secretarias de Estado e Municipal de diversas
localidades do país, e nas publicações da área da Saúde Coletiva.
No ambiente organizacional, tem-se associado à humanização vários processos de
trabalho e de gestão que visam à mudança de uma cultura institucional tecnicista para uma
cultura do cuidado mais personalizado, que considera a pessoa do paciente e do profissional
da saúde, pondo em ação igualmente a competência técnica e tecnológica junto à
competência ética e relacional. Por quaisquer perspectivas, a humanização tornou-se um
importante desafio para a gestão dos serviços de saúde.
Para desenvolver a humanização no Sistema FMUSPHC (Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo e Hospital das Clínicas), em agosto de 2010, foi criada a Rede
Humaniza FMUSPHC e em junho de 2012, o Núcleo Técnico e Científico de Humanização
(NTH), ou Núcleo de Humanização (NH). O NH é uma unidade da Diretoria Clínica do Hospital
das Clínicas que trabalha em conjunto com a Superintendência e com as Diretorias de Corpo
Clínico e Diretorias Executivas dos Institutos, promovendo o desenvolvimento sistêmico,
integrado e capilarizado da cultura de humanização. A Rede Humaniza FMUSPHC, formada
por profissionais da saúde dos Institutos, apresenta-se como importante dispositivo para o
fortalecimento e disseminação dessa cultura.
Entre as várias linhas conceituais e metodológicas para a humanização na área da
Saúde, o NH e a Rede Humaniza FMUSPHC adotaram como pontos de partida as políticas
públicas federal e estadual (Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde e
Política Estadual de Humanização da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo) em
composição com a produção teórica e a experiência prática da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo e do Hospital das Clínicas no campo da humanização.
Este guia tem como objetivo apresentar e instrumentar a política e o modelo de gestão
da humanização implantado no Hospital das Clínicas. Pretende-se assim dar sustentação
técnica para a gestão da humanização, consubstanciando valores e práticas de humanização
nos diversos contextos do cotidiano da área da saúde.
Boa leitura e bom trabalho a todos!
Profa. Dra. Izabel Cristina Rios
O Núcleo Técnico e Científico de Humanização
O Núcleo Técnico e Científico de Humanização, também chamado de Núcleo de
Humanização (NH), é uma instância da administração superior do HC que conta com uma
equipe multiprofissional dedicada exclusivamente à gestão e ao desenvolvimento corporativo
da humanização no Sistema FMUSPHC.
Pela natureza de seu trabalho, o Núcleo de Humanização atua como:
1. Observatório da cultura institucional de humanização: participando do cotidiano
da assistência, do ensino e da gestão hospitalar para investigar e compreender as situações
que facilitam ou impedem práticas humanizadoras, assim como monitorando indicadores de
humanização do Complexo.
2. Gestor corporativo da humanização: empreendendo políticas institucionais e
ações para a humanização na assistência, no ensino, na gestão, na pesquisa e na cultura e
extensão, desenvolvendo metodologias e instrumentos de gestão da humanização para o
Complexo, coordenando a Rede Humaniza FMUSPHC e assessorando suas equipes.
3. Laboratório de projetos de caráter inovador: desenvolvendo ideias que geram
projetos de humanização específicos em resposta às demandas que o Núcleo identifica
enquanto observador ou que chegam diretamente da Diretoria Clínica, Superintendência,
Faculdade de Medicina e quaisquer outras áreas.
4. Desenvolvedor de práticas de humanização em segmentos estratégicos:
atuando diretamente no planejamento, implantação, execução e monitoramento de projetos
de humanização em setores identificados como de maior vulnerabilidade da humanização.
Missão, Visão e Valores
Missão: implantar política e práticas de humanização no Sistema FMUSPHC,
envolvendo gestores, colaboradores, profissionais da saúde, estudantes, pacientes e demais
usuários no desenvolvimento da cultura de humanização nas práticas de cuidado, gestão,
ensino e pesquisa.
Visão: constituir-se como instância de referência em humanização na área da saúde e
no seu ensino.
Valores: a dignidade da vida humana, o respeito entre as pessoas, o comportamento
ético, a participação com responsabilidade, o diálogo e o acolhimento, os resultados de
excelência.
5
A Rede Humaniza FMUSPHC
A Rede Humaniza FMUSPHC é uma rede colaborativa criada com base nos estudos
sobre Inteligência Coletiva que, operando em espaço presencial ou à distância, propicia trocas
comunicativas para a produção de conhecimento e a realização de tarefas em torno de
objetivos comuns.
Ligada diretamente à Diretoria Clínica e Superintendência do Hospital das Clínicas, a
Rede é formada por:
1. Uma instância de coordenação, o Núcleo de Humanização (NH),
2. Centros de Humanização (CH) dos Institutos/Unidades do Sistema FMUSPHC:
Faculdade de Medicina (FMUSP), Centro de Saúde Escola Samuel B. Pessoa (CSEB),
Hospital Auxiliar de Suzano (HAS), Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU
USP), Instituto Central (ICHC), Instituto da Criança e do Adolescente (ICr), Instituto de
Medicina Física e Reabilitação/Rede Lucy Montoro (IMREA/RRLM), Instituto de Ortopedia e
Traumatologia (IOT), Instituto de Psiquiatria (IPq), Instituto de Radiologia (InRad), Instituto do
Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), Instituto do Coração (InCor) e LIMs (Laboratórios
de Investigação Médica do HC).
3. Uma instância de integração gestora, o Comitê de Humanização, formada
pelo NH, os coordenadores de humanização de cada Instituto/Unidade do Sistema
FMUSPHC e representantes de usuários, da Ouvidoria Geral, do Núcleo de Gestão de
Pessoas, da Secretaria Executiva da Diretoria Clínica e da Superintendência (Figura1).
Figura 1 - Rede Humaniza FMUSPHC
6
O NH coordena a Rede e assessora suas equipes, promovendo a integração e o
acompanhamento das ações de humanização do Complexo como um todo. Junto com a Rede
Humaniza FMUSPHC, o NH elabora e implementa políticas institucionais, realiza diagnósticos
e ações planejadas em parceria com as diversas áreas do Sistema. Em âmbito local, os CHs
orientam sua atuação de acordo com os objetivos e diretrizes gerais de trabalho propostos
pelo NH, atendendo às necessidades corporativas e locais referentes à humanização e suas
interfaces. O Comitê de Humanização é o espaço para compartilhar experiências e
informações, além de desenvolver processos de educação permanente e gestão participativa
na Rede.
São objetivos da Rede Humaniza FMUSPHC:
- desenvolver a cultura da humanização;
- fortalecer a assistência que reforça a qualidade técnica e ética do cuidado;
- estimular o cuidado humanizado nos moldes do cuidado centrado no paciente;
- contribuir para o ensino da humanização em saúde;
- valorizar os trabalhadores da saúde e estimular sua educação permanente;
- assessorar as lideranças para ações de impacto em humanização;
- contribuir para a melhoria das relações de trabalho;
- contribuir para a produção de conhecimento em humanização.
Estimula-se que a Rede oriente esforços para atuar nos três focos principais da
humanização em serviços de saúde:
1. assistência aos usuários (pacientes e familiares);
2. valorização dos trabalhadores;
3. assessoria à administração para práticas inclusivas de gestão.
Com vistas aos seus objetivos, a Rede deve atuar de forma tecnicamente amparada
para fazer diagnósticos de humanização, propor ações ou projetos para sua melhoria, e
monitorar sua implantação e resultados. Preconiza-se também que fortaleça as iniciativas de
humanização já existentes e trabalhe utilizando métodos que permitam a participação das
pessoas envolvidas nas ações.
7
Conceito de humanização
Humanização é um termo notório e polissêmico cuja definição no meio acadêmico
adquire tonalidades ligeiramente diferentes de acordo com a linha de pensamento que a
propõe.
Ao longo de dez anos de prospecção do termo na Faculdade de Medicina e no Hospital
das Clínicas, chegou-se a um conceito de humanização que parte de sua semântica mais
intuitiva e se constitui em um saber prático que faz sentido para a maioria das pessoas,
podendo assim ser facilmente operacionalizado na vida cotidiana.
Nessa linha de pensamento e trabalho, humanização é competência relacional
baseada em valores humanos absolutos. É saber se relacionar com o outro, considerando
valores e comportamentos que promovem compreensão mútua e cooperação na realização
de objetivos comuns.
Em outras palavras, humanização é o conjunto de valores e comportamentos que,
colocados em ação, resultam em relações de boa qualidade entre as pessoas. Entre os
valores absolutos que qualificam as relações interpessoais na área da saúde, destacam-se:
a bondade, a compaixão, a justiça, e a prudência. Entre os comportamentos humanizadores
das relações interpessoais, destacam-se: o respeito, a disposição empática, a
responsabilidade e o compromisso com a sua missão na área da saúde.
A cultura de humanização diz respeito à impregnação do seu conceito em todas as
práticas institucionais, assistenciais ou administrativas, entre pacientes, usuários,
trabalhadores, equipes, enfim, em todo e qualquer contexto e em toda e qualquer interação
humana. A cultura de humanização determina um jeito de ser e de fazer que ocorre
espontaneamente, mas que, como toda cultura, requer cultivo ao longo do tempo e mediante
investimentos coletivos em sua construção e sustentação.
Para propulsionar a cultura de humanização, a Política Nacional de Humanização
propõe o uso de “dispositivos” de humanização, tais como, grupo de trabalho de
humanização e acolhimento com avaliação de risco, entre outros. Baseados na ideia dos
dispositivos da PNH, elaboramos o constructo que chamamos de “ação de humanização”
como recurso de intervenção humanizadora e também como unidade de medida de
investimento institucional especificamente voltado à humanização.
8
Ações de humanização
Definimos como “ação de humanização” processos ativadores de comportamentos,
práticas e produtos que estimulam, potencializam ou empreendem o desenvolvimento da
cultura de humanização em uma instituição.
Ações de humanização têm impacto na qualidade das relações entre as pessoas e
refletem o exercício dos valores e comportamentos que caracterizam a humanização.
Para a finalidade de ser um recurso de intervenção e também uma unidade de medida
do investimento da instituição na humanização, as ações de humanização devem ser ações
nos contextos assistenciais, laborais, de ensino e de gestão que não fazem parte da rotina
do trabalho e ter pelo menos 1 das seguintes características ou finalidades:
1. promover acolhimento para pacientes, familiares e outros usuários do Sistema
FMUSPHC,
2. estimular o cuidado humanizado e o cuidado centrado no paciente,
3. expressar a valorização das pessoas,
4. mediar conflitos e facilitar a comunicação, o encontro e a boa interação das
pessoas,
5. estimular a participação de usuários e trabalhadores na assistência e na gestão,
6. diagnosticar não conformidades nos processos de trabalho que resultam em
conflitos interpessoais que prejudicam a qualidade da atenção e das relações de trabalho,
7. promover a correção de tais não conformidades ou a sua prevenção,
8. desenvolver pessoas, equipes e serviços para a cultura de humanização
Depois de implantadas, e ao longo do tempo, ações de humanização podem se tornar
programas e rotinas, cumprindo sua principal proposição. Nesse sentido, entendemos que a
quantidade de ações de humanização em um serviço de saúde não representa per si o quanto
ele é ou não “humanizado”, devendo ser considerada dentro do contexto de cada instituição
e evitando-se interpretações que considerem apenas números absolutos.
Estimula-se fortemente que as ações sejam desenvolvidas dentro dos princípios
básicos dos modelos de gestão de projetos, conforme descrito neste guia.
9
Metodologia das ações de humanização
Para o desenvolvimento de ações de humanização adota-se o método de
gerenciamento PDCA de controle e melhoria contínua de processos e produtos. O PDCA
estabelece um ciclo baseado em quatro etapas: planejar (plan), fazer (do), checar (check) e
ajustar (adjust), conforme Figura 2.
•Planejar • Fazer
(Plan) (Do)
• Ajustar • Checar
(Adjust) (Check)
Figura 2 - PDCA
Aplicado às ações de humanização, segue-se o seguinte roteiro:
1. As situações são analisadas por meio de ferramentas institucionais de diagnóstico,
tais como: pesquisa de avaliação da cultura institucional de humanização, pesquisa de
satisfação dos usuários, pesquisa de clima organizacional, ouvidoria, visita técnica, grupos
operativos, reuniões de equipe, etc.
2. Os diagnósticos são discutidos com as equipes das áreas e junto com elas criados
planos de trabalho com o objetivo de resolver os problemas diagnosticados, propiciando a
participação da maioria das pessoas envolvidas. Os planos devem claramente definir:
objetivos, público a que se destina, atividades, recursos necessários, metas, cronograma,
indicadores de processo e de resultado, pessoas responsáveis pelo plano, as atividades
previstas e seus prazos.
3. Os planos de ação são implementados, sempre que possível, envolvendo pessoas
a que eles se referem.
4. O acompanhamento da ação de humanização deve ocorrer periodicamente,
retomando as conversas com as pessoas nela envolvidas para analisar resultados percebidos
e indicadores, e realizar os ajustes necessários para a melhoria contínua da ação
implementada.
10
Classificação das ações de humanização
Para permitir o acompanhamento das ações de humanização nos Institutos e no
Complexo como um todo, o NH criou categorias classificatórias. As categorias aglutinam
ações segundo temas da humanização e, embora possa haver intersecções temáticas, o
objetivo principal da ação estabelece a classificação. No Quadro 1, apresenta-se a
classificação das ações de humanização segundo a metodologia do NH.
Quadro 1 – Critérios de classificação das ações de humanização segundo âmbitos temáticos
Âmbito Critérios de classificação e características da ação
temático
- Espaços, recursos ou atividades para comunicação efetiva entre pacientes e
instituição necessariamente quando da sua chegada aos serviços;
- Acolhimento com avaliação de risco nos prontos-socorros e avaliação das
demandas dos usuários.
Acolhimento Exemplos:
- Grupos de acolhimento a pacientes recém-internados nas enfermarias.
- Acolhimento e realização de tour na enfermaria de obstetrícia antes da
internação para as mães conhecerem o local onde terão seus bebês.
- Equipe de humanização em pronto-socorro para apoio comunicacional aos
pacientes, acompanhantes e equipes de saúde durante os plantões.
Na Rede Humaniza FMUSPHC, destacamos o “Programa de acolhimento das
famílias no óbito de pacientes”, no ICHC, para as famílias dos pacientes quando
da sua chegada ao hospital.
Práticas - Espaços, recursos ou atividades de inclusão e participação dos trabalhadores.
Inclusivas de - Espaços, recursos ou atividades de inclusão e participação dos usuários.
Gestão - Ações em resposta às demandas de usuários e colaboradores identificadas
em consulta a eles por meio de pesquisa de avaliação da cultura institucional
de humanização, pesquisa de satisfação dos usuários, pesquisa de clima
organizacional, ouvidoria, visita técnica, grupos operativos, reuniões de equipe,
etc.
- Aprimoramento de equipes multiprofissionais e do trabalho interdisciplinar.
- Inserção da humanização em projetos ou atividades de gestão da instituição.
- Aprimoramento e, ou, organização de processos de trabalho que adotam
princípios da humanização.
Exemplos:
- Projetos de humanização definidos no planejamento estratégico da instituição.
- Grupo de pacientes para discutir projetos específicos de melhoria do
atendimento com vistas a aprimorá-los mediante sugestões dos pacientes.
- Rodas de conversas com o diretor com vistas a integrar colaboradores de
diferentes setores e facilitar a comunicação com a diretoria.
Na Rede Humaniza FMUSPHC, destacamos o “Programa de Terapia
Antimicrobiana Parenteral Ambulatorial”, do IOT, programa em parceria com
outros serviços da rede SUS, envolvendo ações conjuntas de gestão.
11
- Ações para a criação de espaços acolhedores, agradáveis, e amigáveis para
usuários, trabalhadores, equipes.
- Ações sobre o ambiente físico que favorecem o cuidado humanizado.
- Ações de promoção de bem-estar e qualidade de vida para usuários e, ou,
colaboradores.
Ambiência Exemplos:
- Brinquedoteca.
- Horta comunitária para pacientes ambulatoriais e colaboradores.
- Espaços de descanso para colaboradores durante seus plantões.
Na Rede Humaniza FMUSPHC, destacamos:
1. O desfile de moda de pacientes no ICESP.
2. A personalização de máscaras faciais para crianças com motivo de super
heróis, na radioterapia do InRad.
Ações educacionais cuja temática central são os conhecimentos, conceitos,
valores, comportamentos, habilidades e competências que fazem parte da
humanização como campo teórico e prático.
Ações de Exemplos:
Ensino de - Palestras, simpósios, seminários, etc. cujo tema principal é a humanização.
Humanização - Inserção de aulas, disciplinas ou atividades curriculares nos cursos de
graduação das profissões da área da saúde.
- Oficinas de humanização para os colaboradores.
Na Rede Humaniza FMUSPHC, destacamos o programa “Sua vida vale mais
sem vacilo” do IMREA, para a conscientização de pessoas que trabalham no
trânsito e estudantes sobre os acidentes de trânsitos e suas consequências para
a saúde.
Arte e Ações que utilizam elementos artísticos ou da cultura como recurso para o
Cultura desenvolvimento da humanização.
Práticas de Exemplos:
Cuidado - Atividades para pacientes com temas retirados do folclore regional de sua
procedência.
- Atividades de música, artes plásticas e dança em hospital.
- Contação de estórias e palhaços de hospital.
Na Rede Humaniza FMUSPHC, destacamos o programa “Visita virtual artística”
no InCor, que oferece música e contação de histórias aos pacientes em modo
remoto.
Ações, fora do escopo e rotina das profissões da área da saúde, que se
constituem em atividades assistenciais à saúde, complementares, ou de apoio
especializado ao cuidado. Essas ações envolvem conhecimento técnico de
áreas específicas, ou práticas a elas vinculadas.
Exemplos:
- Atividades de arteterapia para pacientes.
- Assistência religiosa ou espiritual para pacientes.
- Ginástica laboral.
Na Rede Humaniza FMUSPHC, destacamos o programa “Visita remota para
pacientes internados e seus familiares” no ICHC, InCor e IOT, como ação
complementar do cuidado psicológico aos pacientes.
12
Outros Nenhuma das anteriores, mas que se enquadram no conceito de ação de
humanização conforme este guia.
A seguir, é apresentada a definição conceitual de cada âmbito criado pelo NH.
Acolhimento
Usamos o termo “acolhimento” para definir a atitude de disponibilidade interna para
o encontro com o outro que permite e promove diálogo e compreensão mútua. O
acolhimento é, assim, a essência da humanização. Espera-se que o acolhimento esteja
presente nas relações de profissionais e pacientes desde o momento em que pacientes e
familiares chegam ao serviço de saúde até a sua saída, passando pelos processos
administrativos e assistenciais.
Na Política Nacional de Humanização (PNH), define-se o acolhimento como um
dispositivo de humanização voltado à gestão das demandas dos usuários frente aos recursos
disponíveis no Sistema Único de Saúde. Nesse sentido, propõe a criação de espaços de
atendimento aos usuários que chegam aos serviços, com o objetivo de realizar escuta
qualificada de suas demandas e oferecer respostas adequadas a tais demandas,
considerando os recursos institucionais locais e da Rede SUS como um todo.
A principal característica do bom acolhimento é ser constituído por profissionais ou
equipes com habilidades comunicacionais e empáticas que lhes permita realizar a escuta
qualificada das demandas dos usuários, compreender sua importância, estabelecer
comunicação efetiva entre usuários e instituição e orientá-los sobre a regulação no sistema de
saúde.
Nos serviços de urgência e emergência, preconiza-se que o acolhimento inclua
também a avaliação de risco clínico segundo protocolos próprios ou de referência.
Neste guia, adotamos a definição de “Acolhimento” para as ações direcionadas a
pacientes e outros usuários, seguindo a diretriz da PNH. Ações para colaboradores devem
ser classificadas no âmbito da ambiência, considerando-se que sua maior relevância é a
contribuição à melhoria do ambiente relacional.
13
Práticas inclusivas de gestão
Gestão participativa, para as finalidades da humanização, se refere ao modo de
administração (planejamento, implantação e avaliação) de projetos, processos, e atividades
várias, que, em algum espaço ou momento de sua construção ou execução, inclui o pensar
e o fazer coletivo das pessoas envolvidas no referido processo. As ações de humanização
aplicam essencialmente a metodologia da gestão participativa.
São também ações de humanização na categoria de gestão participativa, aquelas que
criam bases para o seu desenvolvimento nos setores e serviços, e que auxiliam no
aprimoramento administrativo, tais como: criação de espaços de conversa com os
trabalhadores para diagnóstico de situações cotidianas do trabalho; ou mesmo o
estabelecimento de redes, agrupamentos diversos, ou de meios eletrônicos de comunicação
com usuários e trabalhadores, constantemente fornecendo-lhes informações que permitam
conhecer a instituição, pensar, discutir e sugerir melhorias nos processos de trabalho.
Incluem-se aqui, também, as ações de equipes multiprofissionais e interdisciplinares,
assistenciais ou administrativas, desenvolvidas como coadjuvantes das práticas de gestão.
Não se incluem neste âmbito as reuniões de equipe multiprofissional, médica ou de saúde
para determinação de tarefas na rotina de cuidado dos pacientes (Ex. visitas médicas nas
enfermarias). Entretanto, reuniões de discussão de caso, nas quais se desenvolve o
pensamento interdisciplinar sobre situações ou pacientes para aprofundamento do
conhecimento sobre o caso e a tomada de decisão, entram no âmbito da gestão participativa.
Ambiência
Ambiência é o conjunto de propriedades materiais e humanas que caracterizam um
espaço físico e relacional. Refere-se ao ambiente físico propriamente dito e ao clima
relacional que nele se estabelece a partir das relações das pessoas. O ambiente físico pode
ser um facilitador do conforto, do bem-estar, e do encontro entre as pessoas; ou apenas um
lugar bonito e bem decorado, mas pouco acolhedor quando as atitudes das pessoas são de
hostilidade, mesmo que sutil ou implícita.
Segundo a Cartilha de Ambiência da PNH, três aspectos devem ser considerados para
a ambiência do espaço:
1. confortabilidade que respeita a privacidade e a individualidade das pessoas;
2. ambiente que favorece o encontro das pessoas e as boas relações entre elas;
3. elementos ambientais que otimizam processos de trabalho em geral e a promoção
da humanização e do acolhimento.
14
Ainda segundo a PNH, incluem-se neste âmbito: brinquedoteca, visita aberta, classe
hospitalar.
Não se constituem em ações de ambiência as festividades, eventos comemorativos
do calendário nacional e atividades desenvolvidas com finalidade de entretenimento. Em
geral, toda e qualquer organização, realiza esse tipo de atividade como forma de aproximação
das pessoas, de oferta de momentos de descontração, e até mesmo de “confraternização”.
Entende-se que essas atividades cumprem um papel social dentro das organizações, podem
ser agradáveis e mesmo relevantes dentro dos costumes de cada uma. Contudo, são
atividades pontuais que não sustentam a ambiência ao longo do tempo. Mais além, na
perspectiva da humanização, em si mesmas, essas atividades sequer contemplam o conceito
de ação de humanização adotado neste guia.
Casos particulares, em que atividades festivas sejam desenvolvidas dentro da
definição de ações de humanização, sejam individualizadas ou personalizadas, e desde que
suficientemente justificadas, poderão ser consideradas no âmbito da ambiência. Por exemplo,
ações de comemoração de aniversário de paciente internado, ações de parabenização de
colaborador quando do nascimento de um filho. Nesse sentido, incluem-se também ações
pessoalizadas de pêsames quando da morte de parente de colaborador.
Ainda no âmbito da ambiência, consideram-se como ações de humanização aquelas
que não se constituem em ações assistenciais ou de práticas de cuidado conforme descritas
neste guia, mas que visam à promoção do bem-estar de usuários ou de colaboradores no
ambiente hospitalar.
Ações de ensino de humanização
No HC, considera-se como ações de humanização no âmbito do seu ensino aquelas
dirigidas a usuários ou colaboradores, cujo objetivo e conteúdo desenvolvem a temática da
humanização e seus correlatos.
Seguindo a PNH, também se considera neste âmbito classificatório as ações de ensino
que, suficientemente justificadas, se enquadrem na Política de Educação Permanente
(PEP) do Ministério da Saúde. A PEP é uma metodologia para desenvolver a participação
dos trabalhadores na sua formação contínua. Segundo suas diretrizes, as demandas de
educação continuada, cursos, oficinas, palestras, e demais ações educativas para o
colaborador são definidas a partir da necessidade observada pelos próprios trabalhadores,
além dos gestores, no cotidiano de trabalho. A participação do trabalhador no seu plano de
desenvolvimento profissional estimula motivação e engajamento. Por essas características,
tais ações podem ser consideradas ações de humanização.
15
Arte e cultura
São consideradas ações de humanização no âmbito da arte e cultura aquelas que se
utilizam de seus elementos como recursos para:
1. promover autoconhecimento,
2. facilitar a aproximação comunicacional,
3. melhorar a compreensão da realidade,
4. melhorar a compreensão de si mesmo e do outro.
No ambiente hospitalar, tais ações permitem: 1. deslocar o foco do paciente sobre sua
doença, possibilitando-lhe trazer de volta outros elementos de seu mundo, para além da
doença e do hospital; 2. criar ambiente de confiança que ajuda o paciente na recuperação de
sua saúde; 3. melhorar a comunicação da equipe de saúde com o paciente e seus familiares;
4. dar expressão a sentimentos; e sobretudo, 5. ajudar no fortalecimento psíquico para o
enfrentamento da hospitalização.
Práticas de cuidado
Ações não específicas do escopo técnico-científico-procedimental das profissões da
área da saúde, mas que se constituem em atividades de caráter assistencial complementar,
ou de apoio especializado, integradas ou não ao plano de cuidado dos pacientes ou às ações
assistenciais propriamente ditas.
Também se constituem em práticas de cuidado ações de educação terapêutica, ou de
educação em saúde, endereçadas a situações específicas de grupos específicos como parte
do cuidado integral a esses grupos. Não se incluem aqui ações de educação em saúde de um
modo geral destinadas a públicos não personalizados, ou inespecíficos, e com o objetivo de
divulgação de informações ou de conhecimentos em saúde.
16
Monitoramento das ações de humanização na Rede
I Monitoramento
A cada período determinado pelo NH, cada CH deve enviar-lhe uma planilha com
breve descritivo das ações de humanização mapeadas em seu Instituto. As planilhas são
consolidadas e analisadas pelo NH e divulgadas para a Diretoria Clínica e Superintendência,
Diretores Executivos e Diretores de Corpo Clínico dos Institutos. Essas informações são
importantes porque permitem o acompanhamento da humanização no Complexo e subsidiam
a alta administração do HC com informações sobre o desenvolvimento da humanização
corporativa. Além disso, permite melhor orientação da política de humanização do HC e o
desenvolvimento de projetos, processos e protótipos de humanização de caráter inovador.
Na gestão corporativa, acompanha-se as ações de humanização segundo a categoria
da ação, o público a que se destina, e a continuidade das ações, por CH e pelo total da
Rede. Periodicamente, o NH realiza reuniões de análise crítica com cada CH para discussão
dos resultados do Instituto e acompanhamento da série histórica.
II Mapeamento das ações de humanização nas áreas
Para aprimorar o conhecimento das ações de humanização nas diversas áreas que
constituem os Institutos, assim como disseminar a cultura da humanização, solicita-se que o
CH, periodicamente, realize o levantamento das ações de humanização de seu Instituto,
seguindo o roteiro da metodologia de mapeamento elaborada pelo NH, que envolve as
seguintes etapas:
1. Planejar o mapeamento e definir um cronograma de visitas às áreas com o objetivo
de informá-las sobre o que são as ações de humanização e solicitar-lhes o envio de planilha-
modelo (Figura 3), contendo informações sobre as ações de humanização por elas
realizadas.
2. Consolidar os dados enviados pelas áreas, corrigindo eventuais erros de
classificação.
3. Enviar as planilhas ao NH dentro do prazo estabelecido.
Os dados em planilha são consolidados em relatórios com análises quantitativas e
qualitativas das ações de cada Instituto e da Rede como um todo.
17
Figura 3 - Modelo da planilha de monitoramento das ações de humanização
III Regras de classificação das ações de humanização
Para estabelecer padronização básica que permita análises comparativas e históricas
dos indicadores de humanização da Rede Humaniza FMUSPHC, os CHs devem estar atentos
às orientações dispostas nos Quadros 2, 3 e 4.
Quadro 2 – Regras básicas de classificação das ações de humanização
As ações devem estar bem descritas, especificando sua construção e objetivo, a fim de facilitar seu
enquadramento em uma das categorias classificatórias. Caso estejam incompletas ou não
caracterizem uma ação de humanização, serão excluídas do relatório.
O Centro de Humanização (CH), anteriormente definido como Grupo de Trabalho de Humanização,
por ser um dos principais dispositivos da Política Nacional de Humanização (PNH), deve constar
como uma ação de humanização.
Quando a ação permitir mais que uma classificação, considerar-se-á o objetivo principal da ação.
As ações que são garantidas por lei ou que são programas de governo, como por exemplo,
“Ouvidoria” e “Medicamento em Casa”, não devem constar do relatório. Se junto a essas, o CH
identificar algum procedimento diferencial que se caracterize como uma ação de humanização,
deverá incluí-lo como ação coadjuvante àquelas, constando justificativa e descrição clara do referido
diferencial.
18
Quadro 3 - Não são classificadas como ações de humanização
Ações de sustentabilidade ambiental.
Ações voltadas à segurança do paciente.
Ações educativas obrigatórias, treinamentos referentes a técnicas assistenciais, treinamentos
referentes à administração; participação em simpósios, congressos, feiras cujo tema central não
tenha relação direta com a temática da humanização.
Campanhas de vacinação ou ações de saúde promovidas pelo governo (federal, estadual ou
municipal).
Organização de bazar ou de atividades para arrecadação de verba, rifas, campanha do agasalho,
campanhas para arrecadação de alimentos ou benesses, etc.
Concursos culturais não diretamente relacionados à promoção da humanização.
Festa de aniversário, chá de bebê, despedida e confraternizações de modo geral, bem como
festividades alusivas ao calendário nacional ou ações com finalidade de entretenimento.
Atividades da rotina de trabalho e da gestão do CH, incluindo: a gestão das doações e do
voluntariado, organização de bazar ou de atividades para arrecadação de verba, rifas, campanha do
agasalho, campanhas para arrecadação de alimentos ou benesses, etc.
Quadro 4 - Ações de humanização recorrentes que tendem a gerar dúvidas na classificação
Ação Âmbito da Ação/Classificação Considerações
Acolhimento
Posso ajudar Ambiência Exceto em situações
Ambiência específicas
Classe hospitalar
Segundo a PNH
Brinquedoteca
Premiação, Segundo a PNH
reconhecimento Ambiência Melhora do ambiente relacional
profissional do
Práticas de cuidado Envolvem ações técnicas
colaborador Práticas de cuidado assistenciais específicas
Arteterapia/ Exceto quando for celebração,
Musicoterapia Outros grupos de oração ou culto
Ambiência
Assistência religiosa e Práticas inclusivas de gestão programático, não
espiritual Práticas de cuidado pessoalizados
Criação de jornais e Desde que justificada como ação
periódicos de conteúdo de humanização
informativo Melhora do ambiente relacional
Espaço do colaborador Segundo a PNH
Integração do Segundo a PNH
colaborador
Visita aberta ou horário
de visita ampliada
19
IV Regras de preenchimento da planilha de monitoramento
- É obrigatório o preenchimento de todas as colunas do relatório. Se um campo não
se aplica ou não há determinada informação, preencher com um traço (-).
- No campo “Ação Realizada”, (programa/projeto/atividade), para inclusão no
relatório como ação de humanização, ela deve estar definida dentro do conceito
estabelecido neste Guia Técnico-político para o Desenvolvimento da Humanização na
Saúde.
- No campo “Descrição da Ação”, é necessário atenção especial na descrição,
porque ela é fundamental para a compreensão do objetivo e do funcionamento para a
caracterização e classificação da ação de humanização. Portanto, deve conter informações
claras e precisas sobre o objetivo e funcionamento da ação.
- O campo “Âmbito da Ação”, se refere à classificação/categoria das ações, e
assim como os demais campos, deve estar de acordo com os critérios descritos neste guia.
Esta coluna contém filtro, ou seja, só pode ser preenchida conforme as categorias listadas.
- Cuidado ao “copiar e colar” ações de relatórios anteriores, porque pode resultar
em desconfiguração do filtro se a classificação estiver inadequada.
- O campo “Público” a que se destina a ação também contém filtro, e segue a
mesma orientação acima.
- No campo “Fase de Desenvolvimento da Ação”, também se deve respeitar o
filtro da coluna. O campo dever ser preenchido conforme lista estabelecida.
- É extremamente necessário o preenchimento dos campos “Nº de pessoas
atendidas pela ação” e “Nº de pessoas previstas pela ação” para que se possa
mensurar o indicador relacionado ao número de pessoas impactadas por elas.
- Ações contínuas são aquelas que se repetem sem prazo definido para seu
encerramento, constituindo-se como atividade regular ou programática. Quando a ação for
incorporada à rotina de serviço ou processo, por definição, ela deixa de ser ação de
humanização e não entrará mais no mapeamento e relatório.
- Não preencher o relatório usando: Caps Lock; siglas; letras de tamanhos
diferentes.
- Utilizar como fonte padrão Calibri, tamanho de fonte 11.
- Atenção às regras de gramática da norma culta da língua portuguesa.
- Ao revisar o relatório, atente-se ao alinhamento das células e à formatação.
20
Indicadores de humanização
O modelo de gestão estratégica da humanização criado pelo NH inaugura um modo
de conduzir o desenvolvimento constante, sustentado e gradativamente mais aprofundado da
humanização. Primeiramente, elaboraram-se as técnicas e os instrumentos descritos neste
guia, por meio dos quais é possível identificar, classificar e mensurar ações especificamente
de humanização e monitorar a tendência dos Institutos. Entretanto, como apenas as ações
não permitem o conhecimento mais profundo da situação de humanização de um serviço, o
NH criou também uma metodologia de avaliação da cultura institucional de humanização,
utilizando-se de técnicas e instrumentos mais complexos que permitem a análise do clima
organizacional de humanização na perspectiva de gestores, colaboradores e usuários do
serviço.
Neste guia, apresentam-se os indicadores de humanização construídos a partir dos
diagnósticos de ações de humanização na Rede Humaniza FMUSPHC. A proposta de
indicadores de cultura, assim como a própria metodologia de avaliação da cultura
institucional de humanização, pode ser consultada em manual específico.
Definimos como indicadores de humanização as unidades de medida das ações de
humanização realizadas segundo quantidade de empreendimentos e qualidade categórica
das ações, público a que se destinam e a sua temporalidade de desenvolvimento (Quadros
5, 6 e 7).
Quadro 5 – Indicadores de humanização, segundo âmbito das ações de humanização
Indicador Descrição
Práticas de Cuidado Nº de práticas de cuidado / Nº total de ações
Acolhimento Nº de acolhimento / Nº total ações
Práticas Inclusivas de Gestão Nº de práticas inclusivas de gestão / Nº total de ações
Ambiência Nº de ambiência / Nº total de ações
Ações de Ensino de Humanização Nº de ações de ensino de humanização / Nº total de ações
Arte e Cultura Nº de arte e cultura / Nº total de ações
Outros Nº de outros / Nº total de ações
21
Quadro 6 - Indicadores de humanização, segundo o público destinatário das ações de humanização.
Indicador Descrição
Interno (colaboradores, gestores) Nº de interno / Nº total de ações
Externo (pacientes, acompanhantes, estudantes, etc.) Nº de externo / Nº total de ações
Interno/Externo
Nº de interno/externo / Nº total de
ações
Quadro 7 – Indicadores de humanização, segundo temporalidade das ações de humanização.
Indicador Descrição
Contínuas Nº de ações contínuas / Nº total de ações
Pontuais Nº de ações pontuais / Nº total de ações
Além dos indicadores referentes às ações de humanização, na gestão de projetos de
humanização desenvolvidos pelo NH, utilizamos indicadores de abrangência e de qualidade
percebida (Quadros 8, 9 e 10).
Quadro 8 – Indicador de alcance das ações de humanização.
Indicador Descrição
Alcance da ação Nº de pessoas alcançadas / Nº previsto de pessoas
Quadro 9 – Indicadores de qualidade das ações de humanização.
Indicador Descrição
- Satisfação do
usuário/colaborador com a Nº de respostas “muito satisfeito” + “satisfeito” / Nº total de
experiência do projeto respostas
- NPS (Net Promoter Score) % de usuários promotores (notas de recomendação do
projeto 9 e 10) – % de usuários detratores (notas de
recomendação do projeto 0 a 6)
Quadro 10 – Indicador de realização das ações de humanização.
Indicador Descrição
Execução
Nº de encontros ou atividades realizadas / Nº total de
encontros ou atividades previstas
22
Ações de gestão da humanização pelos Centros de
Humanização dos Institutos
A política de humanização do Hospital das Clínicas estimula que cada Instituto crie um
espaço e equipe dedicada à humanização. A experiência acumulada fornece evidências de
que, para a gestão eficiente e o desenvolvimento da humanização como cultura institucional,
é necessário dispor de estrutura física e equipe, atuando cotidiana e constantemente no
sentido determinado pelas suas proposições humanizadoras.
O CH necessita de uma sala, equipamentos e uma equipe dimensionada segundo
suas atribuições, projetos e demais tarefas. Cada Instituto pode determinar responsabilidades
específicas para o seu CH, entretanto, na dimensão corporativa, preconiza-se que o CH
realize as funções descritas neste guia.
Assim como o NH no nível central, os CHs têm funções específicas de gestão da
humanização no nível local. Essas funções constituem-se em:
1. gestão do CH: coordenação de equipe, gestão de pessoas (colaboradores,
voluntários, estagiários, etc.),
2. gestão da humanização no Instituto: mapeamento das ações de humanização nas
áreas, consolidação de dados e envio de planilhas ao NH, participação em reuniões de análise
crítica com o NH, com as Diretorias Executivas e de Corpo Clínico para o desenvolvimento de
ações de humanização orientadas por metas locais e corporativas,
3. apoio aos projetos corporativos de humanização,
4. participação e representação da humanização na gestão do Instituto,
5. suporte e assessoria para ações e projetos de humanização das áreas no Instituto,
6. gestão de projetos de inovação em humanização: desenho, desenvolvimento,
implantação, e monitoramento de projetos de humanização sob responsabilidade direta do
CH.
No exercício dessas funções, algumas atividades podem ser descritas e mensuradas
como ações de suporte do CH para o desenvolvimento de ações de humanização nas áreas,
compondo indicadores específicos. São exemplos de ações de suporte do CH: captação de
recursos, gestão de doações, gestão do voluntariado, organização de bazar ou de atividades
para arrecadação de verba, rifas, campanha do agasalho, campanhas para arrecadação de
alimentos ou benesses, etc.
Essas ações devem ser inseridas na mesma planilha de monitoramento de ações de
humanização, periodicamente, enviada ao NH, no campo “Ações de suporte do CH às
áreas”.
23
Fontes e referências
1 - BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de
Humanização. HumanizaSUS: Gestão e Formação nos Processos de Trabalho. Brasília,
DF, 2004.
2 - BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de
Humanização. HumanizaSUS: Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde.
Brasília, DF, 2004.
3 - BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política
Nacional de Humanização. HumanizaSUS: Clínica Ampliada, Equipe de Referência e
Projeto Terapêutico Singular. 2.ed. Brasília, DF, 2008.
4 - BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política
Nacional de Humanização. HumanizaSUS: Documento base para gestores e trabalhadores
do SUS. 4.ed. Brasília, DF, 2008.
5 - BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de
Humanização. HumanizaSUS: Grupo de Trabalho de Humanização. 2.ed. Brasília, DF, 2008.
6 - BRASIL. Ministério da Saúde. HumanizaSUS: Ambiência. Brasília DF, 2010.
7 - DESLANDES, S. F. Humanização dos Cuidados em Saúde. Rio de Janeiro.
Editora FIOCRUZ, 2006.
8 - HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE
SÃO PAULO. Regimento Interno da Rede Humaniza FMUSPHC.
São Paulo, 2010.
9 - HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO
PAULO. Núcleo Técnico e Científico de Humanização. São Paulo, 2012.
10 - INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO. Compromisso de Qualidade
da Humanização nas Áreas. Documento interno. São Paulo; 2013. 12 - LEVY, P. Inteligência
Coletiva. 1.ed. São Paulo: Ed. Loyola, 1998.
11 - RIOS, I. C. Caminhos da Humanização na Saúde – Prática e Reflexão. São Paulo:
Editora Áurea, 2009.
12 - RIOS, I. C.; SCHRAIBER, L. B. Humanização e Humanidades em Medicina. São
Paulo: Editora Unesp, 2012.
13 - WORLD HEALTH ORGANIZATION. The WHOQOL Group. What Quality of Life? World
Health Forum. Geneva, p. 354-56, 1996.
14 - PLANETREE. Disponível em: www.planetree.org
24
Anexo
Política de Humanização do Sistema FMUSPHC
Seção I
Da Definição, Finalidade e Implementação
Artigo 1º – A Política de Humanização do Sistema FMUSPHC, elaborada em conformidade
com as políticas públicas de humanização do Ministério da Saúde, nos termos da portaria
GM/MS nº 881, de 19 de junho de 2001, e da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo,
nos termos da Deliberação CIB 23/2012, e subsequentes, define as diretrizes de
desenvolvimento da humanização no Sistema FMUSPHC. Adota-se como conceito de
humanização a competência relacional baseada em valores humanos absolutos.
Humanização é conhecimento, habilidade e atitude para se relacionar com o outro,
considerando valores e comportamentos que promovem compreensão mútua e cooperação
na realização de objetivos comuns. São valores absolutos que qualificam as relações na área
da saúde: a compaixão, a justiça, a prudência. São comportamentos humanizadores das
relações interpessoais: o respeito, a disposição empática, o diálogo, o compromisso e a
responsabilidade.
§ 1º - Considera-se como política de humanização o conjunto de princípios, valores, conceitos,
comportamentos, procedimentos, técnicas, metodologias e ações de gestão, ensino, pesquisa
e atenção voltados aos usuários, estudantes, profissionais e trabalhadores da saúde, tendo
em vista promover a cultura institucional da humanização.
§ 2º - Constitui a cultura institucional da humanização a sua impregnação em todas as práticas
institucionais, assistenciais, educacionais ou administrativas.
§ 3º - A implantação da política de humanização dar-se-á pelo Núcleo Técnico e Científico de
Humanização (NH), ou apenas Núcleo de Humanização (NH), e pelo Comitê de
Humanização, e compreende o desenvolvimento de ações e projetos corporativos de
humanização em conjunto com os Institutos e unidades vinculadas ao Complexo HC e à
FMUSP, pela atuação direta, podendo contar com a participação de articuladores e
coordenadores de humanização locais.
25
Artigo 2º - O NH de natureza técnico-científica permanente, com atuação multissetorial,
multiprofissional e interdisciplinar, vincula-se diretamente à Diretoria Clínica, trabalhando de
forma articulada com seus Núcleos, Comissões, e Diretorias de Corpo Clínico, e às Diretorias
Executivas e instâncias administrativas da Superintendência do HCFMUSP e da Diretoria da
FMUSP.
Seção II
Da Estrutura do NH
Artigo 3º – A estrutura do NH compreende equipe multiprofissional técnica e rede:
Equipe Técnica Profissionais técnicos de Profissionais
nível superior administrativos
CH Institutos Auxiliares de atendimento
Coordenação
CH FMUSP
Rede de Humanização Ouvidorias Geral HC e
FMUSP
Usuários
Áreas da Superintendência,
Diretoria Clínica e da Diretoria
FMUSP
Seção III
Da Composição da Equipe Técnica do NH
Artigo 4º – A equipe técnica do NH, tem a seguinte composição:
I- profissionais técnicos de nível superior;
II- apoio administrativo (profissionais administrativos).
III- equipe auxiliar de atendimento em serviço de urgência e emergência
26
Seção IV
Das Atribuições do NH
Artigo 5º – O NH tem as seguintes atribuições:
I. elaborar diretrizes técnicas e políticas de humanização para o Sistema FMUSPHC;
II. coordenar o Comitê de Humanização;
III. desenvolver e coordenar a Rede Humaniza FMUSPHC;
IV. desenvolver a cultura da humanização;
V. empreender políticas institucionais para a humanização na assistência, na
administração e no ensino;
VI. fortalecer e articular as iniciativas de humanização já existentes;
VII. fazer diagnósticos de situação e propor iniciativas de humanização;
VIII. desenvolver indicadores de humanização e monitorá-los;
IX. elaborar e divulgar relatórios com os indicadores da Rede Humaniza FMUSPHC;
X. assessorar os membros dos Centros de Humanização e do Comitê de Humanização
no exercício de suas funções;
XI. coordenar a criação de centros de humanização quando necessário;
XII. elaborar material técnico e científico;
XIII. desenvolver ações de formação e educação permanente em humanização;
XIV. desenvolver projetos corporativos de humanização;
XV. desenvolver pesquisas em humanização;
XVI. editar conteúdo de humanização para os meios de comunicação institucional; manter
o site da Rede Humaniza FMUSPHC e outras mídias sociais institucionais;
XVII. assessorar a Administração Superior da FMUSP e do HCFMUSP nos assuntos da
humanização.
Seção V
Da Designação do Coordenador do NH
Artigo 6º– Cabe ao Diretor Clínico a designação do Coordenador do NH.
Seção VI
Das Competências do Coordenador do NH
Artigo 7º – Ao coordenador do NH compete:
I- representar e responder pelo NH;
II- realizar a gestão do NH e de suas atividades conforme planejamento estratégico;
27
III- orientar e supervisionar o trabalho da equipe do NH;
IV- coordenar a Rede Humaniza FMUSPHC;
V- presidir o Comitê de Humanização;
VI- responder pelos casos de gestão omissos neste documento.
Seção VII
Do Funcionamento do NH
Artigo 8º – O NH tem sede em espaço próprio nas dependências físicas do Prédio da
Administração, no sexto andar.
Artigo 9º - O detalhamento do funcionamento do NH será descrito em regimento de normas
de funcionamento próprio.
Seção VIII
Da Estrutura da Rede Humaniza FMUSPHC
Artigo 10º – A Rede Humaniza FMUSPHC, ligada diretamente ao NH e sob sua coordenação,
é formada por Centros de Humanização (CH). O NH e dois representantes de cada CH
formam o Comitê de Humanização, instância de integração gestora da Rede.
Artigo 11º – A Rede Humaniza FMUSPHC é estruturada da seguinte forma:
28
Seção IX
Da Composição do Comitê de Humanização
Artigo 12º – O Comitê de Humanização é composto por:
I. Coordenador e assistentes do Núcleo Técnico e Científico de Humanização;
II. Coordenador de humanização da Faculdade de Medicina;
III. Coordenador de humanização do Centro de Saúde Escola Samuel Barnsley Pessoa
(CSEB);
IV. Coordenador de humanização do Hospital Auxiliar de Suzano;
V. Coordenador de humanização do Hospital Universitário da USP;
VI. Coordenador de humanização do Instituto Central;
VII. Coordenador de humanização do Instituto da Criança e do Adolescente;
VIII. Coordenador de humanização do Instituto de Medicina Física de Reabilitação;
IX. Coordenador de humanização do Instituto de Ortopedia e Traumatologia;
X. Coordenador de humanização do Instituto de Psiquiatria;
XI. Coordenador de humanização do Instituto de Radiologia;
XII. Coordenador de humanização do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo;
XIII. Coordenador de humanização do Instituto do Coração;
XIV. Coordenador de humanização dos Laboratórios de Investigação Médica;
XV. Membro administrativo da Diretoria Clínica;
XVI. Membro administrativo da Faculdade de Medicina;
XVII. Membro administrativo da Superintendência;
XVIII. Membro do Núcleo de Planejamento e Gestão;
XIX. Membro do Núcleo de Comunicação Institucional;
XX. Membro do Núcleo de Gestão de Pessoas;
XXI. Ouvidor da Ouvidoria Geral.
Parágrafo único – Cada Instituto/Unidade do Sistema FMUSPHC indicará um representante
que será o articulador ou o coordenador de humanização junto ao Comitê de Humanização e
o profissional responsável pela condução da humanização local.
Artigo 13º – Poderão participar, quando necessário, na qualidade de convidados,
representantes de instituições externas ao Sistema FMUSPHC.
Artigo 14º – O Comitê de Humanização tem composição multissetorial e multiprofissional e
caráter colaborativo, integrativo e de compartilhamento de práticas e saberes relativos à
humanização.
29
Artigo 15º – O coordenador do NH exercerá a função de Presidente do Comitê de
Humanização.
Artigo 16º – As designações de representação dos Institutos do Complexo HCFMUSP serão
referendadas pelo Diretor Clínico que expedirá portaria de designações dos membros,
Presidente e Vice-Presidente.
Artigo 17º – O Comitê de Humanização desempenhará suas funções contando com a
participação de outros setores do Sistema FMUSPHC, inclusive formando grupos de trabalho
para assuntos específicos com pessoas das diversas áreas, conforme a natureza do trabalho
a ser realizado, sempre que julgar necessário.
Artigo 18º – Havendo motivo justificado, o Diretor Clínico poderá solicitar a cessação do
mandato dos membros do Comitê de Humanização antecipadamente ou solicitar sua
substituição.
Seção X
Da Humanização nos Instituto/Unidades do Sistema FMUSPHC
Artigo 19º – Cada Instituto ou Unidade do Sistema FMUSPHC deverá criar condições locais
para o estabelecimento de um Centro de Humanização (CH) responsável pelo
desenvolvimento da humanização de acordo com suas necessidades, considerando o
disposto nas diretrizes desta política de humanização, garantindo recursos materiais e
humanos necessários a tal desenvolvimento.
Parágrafo único - Considera-se que a estrutura mínima necessária para cada Instituto ou
Unidade constitui-se de uma sala suficientemente mobiliada e equipada, e uma equipe mínima
de 1 coordenador e 1 colaborador dedicados ao trabalho do CH.
Artigo 20º – Caberá à Diretoria Executiva de cada Instituto ou Unidade, na pessoa do seu
Diretor, designar um colaborador, que exercerá a função de “Articulador de Humanização” ou
de “Coordenador de Humanização”, para atuar com exclusividade no desenvolvimento da
humanização em nível local.
Parágrafo único – O “Articulador de Humanização” e o “Coordenador de Humanização”
deverão atuar de forma conjunta com o NH no desenvolvimento desta política de
30
humanização em âmbito local, assim como das ações de humanização de caráter corporativo
sob coordenação do NH.
Seção XI
Das Atribuições do Comitê de Humanização
Artigo 21º – O Comitê de Humanização tem as seguintes atribuições:
I- promover o desenvolvimento da política de humanização no Sistema FMUSPHC;
II- promover o compartilhamento de ideias, experiências, projetos, ações e temas
relativamente à humanização das práticas de saúde;
III- elaborar propostas para ações coletivas de humanização;
IV- atuar na comunicação e divulgação da humanização na área da saúde.
Seção XII
Das Competências do Presidente do Comitê de Humanização
Artigo 22º – Ao Presidente do Comitê de Humanização compete:
I- dirigir, coordenar e supervisionar as atividades do Comitê de Humanização;
II- representar o Comitê de Humanização em suas relações internas e externas;
III- estimular a integração das experiências da Rede Humaniza FMUSPHC em suas
diversas finalidades e ações;
IV- presidir o Comitê de Humanização;
V- instalar o Comitê de Humanização e presidir suas reuniões;
VI- quando for o caso, exercer direito do voto de desempate nas votações realizadas no
Comitê de Humanização;
VII- designar seu substituto legal em caso de ausência.
Seção XIII
Das Competências dos Coordenadores/Articuladores de Humanização
dos Institutos/Unidades junto ao NH
Artigo 23º – Aos Coordenadores/Articuladores de Humanização dos Institutos junto ao NH
compete:
I. mapear e monitorar as ações de humanização de seus Institutos ou unidades
organizacionais de acordo com as diretrizes técnicas e políticas da Rede de
Humanização;
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II. desenvolver as ações corporativas de humanização em seus Institutos e demais
unidades organizacionais de acordo com as diretrizes técnicas e políticas da Rede
Humaniza;
III. assessorar o desenvolvimento de ações locais de humanização conforme demanda
dos Diretores de Corpo Clínico e Executivo, ou Diretor de Divisão de Hospital Auxiliar;
IV. representar seu Instituto, unidade organizacional ou grupo do qual deriva;
V. atuar como facilitador e apoiador das ações de humanização do NTH no nível local;
VI. participar das reuniões do Comitê de Humanização;
VII. atuar de forma colaborativa, promovendo o desenvolvimento coletivo da humanização.
VIII. participar de reuniões do NTH para elaboração de projetos corporativos de
humanização e estratégias de implantação em seus Institutos ou unidades
organizacionais;
IX. formar grupos-tarefa conforme identificação da necessidade, considerando
características das tarefas e das pessoas;
X. atuar na divulgação da humanização conforme plano comunicacional do NTH.
Seção XIV
Do Funcionamento do Comitê de Humanização
Artigo 24º – Para atender determinadas finalidades, o Comitê de Humanização poderá
expedir normas ou instruções de serviços.
Artigo 25º – O Comitê de Humanização tem sede nas dependências do NH.
Seção XV
Disposições Gerais
Artigo 26º – Os casos omissos e as dúvidas oriundas da implementação da presente Política
de Humanização serão dirimidas pelo Coordenador do NH e, em grau de recurso, pelo Diretor
Clínico.
Artigo 27º – A presente Política de Humanização poderá ser alterada mediante proposta do
NH e submetida à apreciação do Diretor Clínico.
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