1 EM CENA Núcleo Artístico Academia Revista Núcleo Artístico da Academia Um lugar onde a arte pode ser sentida Vai, vai, vai começar a brincadeira Cia Academia A rua é nosso palco Sobre a linguagem circense em nossos espetáculos
2 Tudo que é cinza fica para trás. Descubro cores novas que não sei nomear. Cores de sentimentos, emoções e sensações. Apalpo a fantasia e acaricio a arte com gesto, palavra, olhar, expressão. Encontro em mim o que há de mais sensível. Torno-me mais jovem e próspera. Permito-me ser eu mesma, permeando-me por tantos outros que me inundam e transformam. Preencho-me de inacabaveis devires. Respiro a inquietação de querer cada vez mais. Refaço-me para ser sempre Cia Academia. Ana de Castro DEPOIMENTOS Falar do Núcleo Artístico pra mim é retratar boa parte da minha história, minha segunda casa, lugar onde me sinto livre pra me expressar, onde esqueço meus problemas. Quantas lembranças e momentos inesquecíveis vivi em cada sala, nos corredores e no palco, ensinamentos que levarei para sempre, aprendizados que ajudaram a construir minha identidade. Iniciei com aulas de dança e logo me apaixonei pelo fantástico e rico mundo do teatro, que desde a primeira aula me conquistou. Naquele momento eu tive a certeza de que era aquilo que eu queria fazer tudo se encaixou, eu havia encontrado o meu lugar. Ao longo desses anos conheci ali pessoas fantásticas que me ajudaram não só em meu crescimento artístico como também em meu crescimento como pessoa, aprendi a importância da união e do companheirismo para realização de cada tarefa na valorização do coletivo e a importância de estar sempre presente de corpo e alma.São esses valores que me motivam a continuar sonhando. A arte é tudo que sou. Larissa Cardoso
3 EM CENA Núcleo Artístico Academia Revista EDITORIAL Queridos leitores! Chegamos à quinta edição da revista Em Cena, com a certeza de que iniciativas como esta, possibilitam tornar público os trabalhos que realizamos no Núcleo Artístico do Colégio Cristo Redentor – Academia de Comércio. Em uma sociedade com forte apelo à produção em massa, alienante e desumanizadora, buscamos promover um espaço que fortaleça nos alunos sua força criativa, seu poder de resolução de problemas e a sensibilidade para que suas relações sejam estabelecidas a partir do cuidado com o outro e com o mundo. Durante os últimos anos, nosso trabalho se ampliou e as peças que antes eram apresentadas apenas em nossa cidade de origem ganharam as estradas de Minas que agora fazem parte da nossa história e estão em nossos corações. E esperamos que nossas andanças continuem. Ronan Lobo de Paula Coordenador do Núcleo Artístico Academia ÍNDICE NÚCLEO ARTÍSTICO DA ACADEMIA PÁGINA 04 EM CIA, EM FAMÍLIA PÁGINA 08 /ciaacademia /photos/136008800@N03 Siga! VAI, VAI, VAI, COMEÇAR A BRINCADEIRA PÁGINA 10 ESPETÁCULOS DE TEATRO E DANÇA PÁGINA 14 EXPEDIENTE | Revista Em Cena é uma publicação anual do Núcleo Artístico do Colégio Academia de Juiz de Fora para o público geral. Tiragem 1500 exemplares. Distribuição gratuita. Ano 2017 Diretores do Colégio Academia: Maria Rinaldi e João Luiz Polisseni Cotta Coordenador Núcleo Artístico: Ronan Lobo Editores: Ronan Lobo; Estela Loth Textos: Estela Loth; José Olavo Smânio Brando; Marcos Bavuso; Maria Elisabeth Sacchetto; Ronan Lobo Projeto Gráfico: Frederico Simão Diagramação: Estela Loth Fotografia: Estela Loth e ASCOM - Academia Capa: Larissa Cardoso como Gata em Os Saltimbancos; Foto: Estela Loth TEATRO É VIDA! PÁGINA 06 CIA ACADEMIA PÁGINA 12
4 Núcleo Artístico da Academia: Um lugar onde a arte pode ser sentida É muito bom quando começa o ano letivo e as crianças chegam ao Núcleo Artístico para preencher este espaço de alegria. As vozes se afinam junto ao piano do maestro, fazem barulho pelas escadas, provocam sorrisos pelos corredores, se calam pra deixar o corpo falar, gritam e se divertem nos jogos teatrais... O Núcleo Artístico é o local onde a arte pode ser sentida, é lá que nasce aquilo que há de mais criativo em todo o colégio. Nosso primeiro trabalho aconteceu em fevereiro. O carnaval da educação infantil ganhou Rei Momo (Leonardo Cunha), Pierrot (Sillas Magnun) e carro alegórico. A Campanha da Fraternidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que neste ano teve como tema, “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, contou com o movimento Árvores e Homens (direção e cenário de Ronan Lobo) apresentado no pátio do colégio. A Festa Julina que neste ano homenageou o sertão nordestino com o tema: “O Sertão na Academia”, procurou abrir espaço para um projeto pedagógico, proporcionando aos alunos conhecerem, de forma lúdica, a cultura, a geografia, a história e diversos outros aspectos desta parte do território brasileiro. As danças coreografadas por Ronan Lobo e Ana Carolina Curcio levaram ao pátio ritmos tradicionais como coco e o xaxado. Até o tradicional “CasaPor: Ronan Lobo
5 Núcleo Artístico da Academia: mento do Jeca”,(direção de Sillas Magnun) foi ambientado para este tema. O cenário da festa ficou por conta de Alda Luzia, Gabriela Gonçalves, Jefferson Meirelles, Luciana Kamirang, Ronan Lobo com o apoio da Cia Academia. As turmas de Dança e Teatro subiram ao palco do Teatro Academia em julho como parte do processo de formação que culmina no final do ano... O projeto de leitura do 1º período contou a história “Recado bem dado”, de Ronan Lobo e direção de Sillas Magnun. O Maternal III, por sua vez, apresentou a peça “O circo das crianças” com a participação de Bruna Assis, Duda Reis, Fred Moraes, Hodânia Muniz, Ronan Lobo, Sillas Magnun, Vitória Braga. Nessa história, uma trupe sem ideias e desesperada recebe a ajuda das crianças para criar um novo espetáculo. O Maternal I e o Maternal II subiram ao palco com a peça “A bicharada está solta”, que foi escrita e dirigida por Sillas Magnun. O Núcleo ainda organizou o “Terço Missionário”, o Projeto de Leitura, a Semana da Criança e está se preparando para o “Auto de Natal” e para o encerramento da Educação Infantil. Estes são apenas alguns dos trabalhos que realizamos durante o ano. Muitos outros foram e estão sendo feitos, mas se fossemos contar cada um deles, não caberiam nas páginas desta revista. Foto 1. Decoração da festa julina Foto 2. Carnaval da Educação Infantil Foto 3. Celebração da Campanha da Fraternidade Foto 4. Casamento do Jeca Foto 5. Projeto de leitura Educação Infantil Foto 6. Projeto Aquecimento ENEM
6 Como nos afirma o grande Machado de Assis, em uma das obras mais significativas da Literatura Brasileira – Dom Casmurro –, a vida é um teatro, ou, usando a fala determinada da personagem central – Bento Santiago –, que toma para si a afirmação de um velho tenor italiano – Marcolini, “a vida é um ópera”. “O destino não é só dramaturgo, é também o seu próprio contrarregra, isto é, designa a entrada do personagem em cena, dá-lhes as cartas e outros objetos, e executa dentro dos sinais correspondentes ao diálogo, uma trovoada, um carro, um tiro.” (DC, p.884) Entretanto, se tecermos o caminho inverso, podemos declarar, também, que o teatro é vida, não pelo princípio da imitação proposto por Platão, no que concerne às manifestações artísticas, mas por se comprometer a criar contextos vivenciais que tornam visíveis, mostram e desvelam situações, fatos, emoções que, consciente ou inconscientemente, são escondidos, recusados ou mesmo esquecidos. Carl Jung, ao considerar sobre o papel da arte na vida humana, acena para essa realidade. E, partindo dessa visão junguiana, é totalmente possível estendê-la para a arte teatral. Em sua complexidade, a arte da representação conjuga a música, a dança, a expressão corporal, a literatura, a plasticidade de figurinos, de adereços e de cenários, a capacidade de relacionamento interpessoal, a capacidade intrapessoal dos que atuam para lidar com sentimentos e emoções, a dialética, além da gama de conhecimentos, de valores e de crenças que são trazidas pelo Teatro para serem assimilados, refletidos e questionados por um público geralmente heterogêneo. Tudo isso é vida e vida em efervescência, em ebulição permanente. E essa vida se processa na história do Colégio Academia faz tempo. Os vários Grupos Teatrais que deram vida a inúmeros espetáculos e performances construíram um caminho de dramaturgia, ao longo dos anos, que se insere na própria história da Escola. Hoje, a Companhia Academia, incorporando teatro, dança e música, está EM CENA, reeditando e dando vida a Os Saltimbancos, um musical infantil, inspirado no conto Os músicos de Bremen, dos irmãos Grimm, que foi adaptado no Brasil, por volta de 1977, recebendo músicas de Chico Buarque, e se definindo como uma alegoria política. E é assim que crianças, jovens e adultos, sem exceção, veem a arte brotar em cada apresentação da Cia Academia, quer nos palcos, nas ruas, nas praças, ou em qualquer espaço onde seja possível levar alegria, diversão e VIDA. Por Maria Elisabeth Sacheto Teatro é vida!
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8 Por: Estela Loth - Hoje tem espetáculo? - Tem sim senhor! - É as 8 da noite? - É, sim senhor! - Hoje tem goiabada? - Tem, sim senhor! - Hoje tem marmelada? - Tem, sim senhor! - É de noite, é de dia? Respeitável público e caros leitores! Segundo a historiadora Regina Horta Duarte em seu livro, Noites Circenses, “a província de Minas foi, no século XIX, um espaço continuamente percorrido por diversos grupos de pessoas. A partir de jornais, livros de memórias, legislações, relatos de viajantes e obras literárias, pode-se observar a movimentação de comerciantes, índios, vagabundos, bandidos, ciganos, viajantes, cientistas de outros países, artistas ambulantes de teatro e circo”. - Hoje tem espetáculo! Sabem porquê? Em pleno século XXI, o mundo passa por mudanças de todo tipo e de toda ordem, tanto o aspecto relacionado a inúmeros avanços científicos e tecnológicos imprescindíveis à humanidade, quanto a retrocessos e barbáries em relação ao contato humano, principalmente quando se fala em respeito às diferenças e amor ao próximo. Mais uma vez a Cia Academia caminha na VAI, VAI, VAI! COMEÇAR A BRINCADEIRA... ... ou Respeitável Público! contramão destes retrocessos e busca juntamente ao Núcleo Artístico e em seu vasto histórico de apresentações e trabalhos realizados nas turmas de Dança e Teatro, Grupo de Teatro Academia (GTA), Cia. de Dança Academia e na Cia. De Atores Academia. A beleza e a força do circo e dos artistas circenses, não só com o intuito de homenagear, mas resgatar os fundamentos básicos dessa arte cênica tão pautada na democracia de bens artístico-culturais e da valorização da cultura popular e regional por onde passou nos séculos passados em nosso país e que hoje em pleno século XXI, enfrenta com mais severidade e de forma cruel o desmonte e a desvalorização cultural e artística da qual vivemos ultimamente. Assumir, ousar e experimentar a linguagem circense em nossos espetáculos é acima de tudo sinalizar para o respeitável público que nos acompanha desde o início de nossa história, o nosso compromisso com a simplicidade, honestidade e respeito a todas as pessoas que lutam por um país melhor, seja nos principais centros e cidades, seja em pequenas e até desconhecidas cidades poucas anunciadas em “respeitáveis” telejornais. Procuramos fugir de tudo aquilo que cultiva a cultura de massa ou arte como produto de mercado, para encontrar e conhecer Por Marcos Bavuso
9 em cada região em que nos apresenta - mos a pluralidade étnica e cultural, e assim compreender e sentir a verdadeira alma do circo e dos artistas mambembes. - Ô raio, o sol suspende a lua. - Olha o palhaço no meio da rua - Eu vou ali, e volto já. - Vamos todos passear - Eu vou ali, eu volto cedo. - Vou chupar limão azedo Nem bem raiou o sol, já estamos prontos para conhecer mais uma cidade, e aten - tos aos olhares do público em cada um de nossos espetáculos é motivo de alegria e orgulho, erguer a nossa lona imaginária, de piruetas em piruetas, pois sabemos que não podemos deixar o público cansado de esperar, o espetáculo não pode parar! É simples assim o que nos move é saber que junto a espera, vem a expectativa conjun - ta de artistas, e plateia de que a arte nos convida a viver dias melhores. Como dizia Ferreira Gular: “A arte existe porque a vida não basta”. E pra Cia Academia, não basta ter em nosso repertório a representação do circo e artistas mambembes como tema (Circo Místico, Os saltimbancos, Vô Candinho,) sentimos a necessidade de incorporar em nossas apresentações essa linguagem genuína e rica de beleza e significados. Enfim de praça em praça, de rua em rua, de cidade em cidade, erguemos e sau - damos o circo e todos os apaixonados por ele, essa lona retalhada e de variadas formas e cores que compõe o verdadeiro Brasil que a mídia e os meios de comunica - ção muitas vezes tentam ocultar, mas essa mesma lona teima em fazer ecoar sonhos e esperanças de um mundo melhor e isso pode parecer pouco, mas pra Cia Aca - demia já basta. E hoje tem espetáculo? TEM SIM senhor! “Mais um dia, mais uma cidade pra se apaixonar Querer casar, pedir a mão. Saltar,sair Partir pé ante pé. Antes do povo despertar...” [Música “Na carreira” de Chico Buarque] Por Marcos Bavuso
10 Com o passar do tempo, a Cia Academia foi se tornando uma família em meio a diversos processos artísticos. Há afeto, alegria, troca de conhecimento, crescimento, companheirismo e arte, muita arte! Coisas que só num ambiente de acolhimento é possível florescer. Exatamente como deve ser nos ambientes familiares. E assim, os caminhos da família Cia Academia vão se cruzando com os caminhos de várias famílias. Luciana Sabariz e Luciano Tavares são membros da Cia. Ao mesmo tempo, veem seus filhos no mesmo palco, na mesma dança, no mesmo ritmo... E eles garantem que não há sensação melhor do que vivenciar a arte em família. Luciano conta que todas as vezes em que entra em cena ao lado de sua filha Vitória, lhe acomete “um turbilhão de sensações: Mágico, extraordinário, sublime, extasiante...”. Luciana, por sua vez, conta que estrear ao lado de seus três filhos, Gabriel, Miguel e Rafael lhe rendeu uma das maiores emoções de sua vida. “Estar com eles no palco é uma extensão do que eu sou. Eu acho que não tem coisa melhor para uma mãe do que estar junto com seus filhos e de uma forma prazerosa, em que todos esEm Cia, em família tão felizes e participando” afirma Luciana. Além disso, a arte estreita os laços familiares. Segundo Luciana, não existe maior certeza: a Cia aproxima mãe e filhos. “Hoje em dia, a gente escuta de muitas mães o quanto é difícil criar adolescentes, porque eles têm muitos segredos. Comigo aconPor: Estela Loth
11 Aline Almeida Ana de Castro Arielle Teles Augusto Nardy Bernardo Moraes Bruna Barros Caik Senne Eduarda Reis Estela Loth Frederico Moraes Gabriel Kamirang Gustavo Boechat Halfredo Muniz Henrique Ventura Hodânia Muniz Isadora Folhadella Jefferson Meirelles José Olavo Larissa Cardoso Luciana Kamirang Luciano Tavares Marcos Bavuso Marcos Guilhon Miguel Kamirang Monalisa Rosseline Patrícia Boechat Rafael Kamirang Ronan Lobo Sillas Magnun Taís Evanolli Valentina Vargas Vitória Tavares Vitória Vargas Integrantes Cia Academia: teceu o oposto! Eu tenho uma relação de parceria com meus filhos como eu nunca tive. Estou vivendo a melhor fase da vida deles. Eu sou parceira dos meus filhos. E tenho certeza que grande parte dessa parceria vem da Cia. Na Cia vivemos a troca e isso se estende em casa. Temos amigos em comum! ” Já Luciano, conta que a cada ensaio, jogo e apresentação, sente sua filha mais próxima. Para ele, um dos momentos mais especiais é quando a Cia se junta ao final de cada encontro para uma troca de energia e olhares. Ao olhar para Vitória naquele momento, Luciano se sente realizado e enxerga em seu olhar pureza, encanto, Por: Estela Loth admiração e cumplicidade... “Isso vem nos ajudando muito fora da Cia. Sinto ela mais próxima e mais aberta a conversar. Antes não era assim, hoje conversamos sobre música, dança, filmes, teatro e estamos descobrindo juntos várias manifestações culturais” explica Luciano. Luciana e Luciano são exemplos de amor aos filhos e à arte. Existem diversas formas de lidar com a arte. Há quem diga que ela não é importante. Nós, da Cia Academia preferimos dizer que ela aproxima, ensina, cuida, ajuda, cria, encoraja, humaniza, liberta... enfim, ela é fundamental na construção de um mundo com mais respeito e amor ao próximo.
12 A Cia. Academia viveu em 2017 um ano de intensas produções, além de continuarmos nossas andanças pelas cidades de Minas Gerais com o cortejo “O Sonho de uma noite de verão”, também iniciamos a temporada de “Os Saltimbancos” de Chico Buarque. Juntamente com estes processos, participamos de várias apresentações de dança, circo e teatro produzidas pelos projetos do Colégio Academia de Comércio e encerraremos o ano com a apresentação de dança “O Circo”. Neste ano o cortejo “O sonho de uma noite de verão”, ganhou as ruas de Pequeri e São João Nepomuceno. A cada apresentação, o cortejo se transforma, adaptando-se ao espaço, aos atores e principalmente ao público. No caso de Pequeri, nos adaptamos à festa e entramos em um outro cortejo que já existe na cidade há alguns anos. Junto com os personagens do Sonho de Uma Noite de Verão, estiveram presentes também, os personagens de Os Saltimbancos, que encerraram o cortejo na cidade. Os saltimbancos, que completa 40 anos em 2017, já foi apresentado no Colégio Academia em vários formatos. No ano de 1980, o grupo TIA – Teatro Infantil Academia, fez sua primeira montagem da peça e em 2011 a Cia de Atores Academia, trouxe ao palco do teatro uma nova versão, que contou com um cenário de dois andares e música ao vivo. A obra de Chico Buarque de Hollanda é uma adaptação feita em 1977, da peça teatral italiana I musicanti de Sergio Bardotti e Luis Enríquez Bacalov que, por sua vez, adaptaram o conto Os músicos de Bremem, dos Irmãos Grimm. Na época, o musical recebeu o prêmio Mambembe na Cia Academia: A rua é nosso palco Por: Ronan Lobo
13 Categoria Especial para Chico Buarque pela adaptação e o prêmio APCA (As - sociação Paulistas de Críticos de Arte) de Melhor Espetáculo. Este trabalho que en - canta e convida ao pensamento crítico da sociedade, captura a atenção e admira - ção de crianças e adultos. Na história, um jumento, um cachorro, uma galinha e uma gata, ao perceberem o quanto são explorados pelos seus donos e o perigo que correm, fogem da fazenda onde moravam e se encontram rumo à cidade. Após duas montagens no palco, sentimos a necessidade de levar para os espaços públicos esta história e compartilhar com aqueles que muitas vezes não tem o hábito de ir ao teatro, por diversos motivos. A montagem nos ajuda também a levar o trabalho para cidades que não tem casas equipadas para peças teatrais. A rua é nosso palco. Nossa estreia aconteceu no Parque da Lajinha, em comemoração pelo dia Dia do Meio Ambiente, organizado pelo Colégio Academia. Logo depois, viajamos até Pe - queri em uma ação promovida pela Secre - taria de Educação e Secretaria de Cultura. Lá, contamos com a participação calorosa da comunidade. Nossa apresentação em casa aconteceu na celebração da Semana da Cultura com a organização da Coordenação de Cultura do Colégio Academia de Co - mércio. Pela primeira vez apresentamos à noite, uma vez que nossos trabalhos têm sido externos, contando neste dia, com uma iluminação especial, trazendo outro aspecto para o teatro de rua. Pais e filhos puderam assistir juntos à peça que teve como cenário a hitórica fachada do Colé - gio Academia. A Cia, que finaliza este ano com dois trabalhos em circulação, se prepara para uma terceira montagem em 2018. Nosso projeto é manter nosso repertório para que possamos visitar cada vez mais cidades, oferecendo diferentes experiências teatrais. Por: Ronan Lobo
14 As cortinas se abrem e começam os espetáculos O Pote Vazio Teatro F | 06 e 07 de outubro Sinopse: “Em um reino florido em que a maioria da população amava flores, o imperador, muito velho, queria escolher o sucessor. Ele resolveu deixar as flores escolherem. Deu uma semente especial para cada criança do reino e a que provasse que fez o melhor possível dentro de um ano seria o novo imperador ou a nova imperatriz.” Autor: Demi Professor e diretor: Sillas Magnun Operadores de Luz: José Olavo, Miguel Kamirang Contrarregras: Ana de Castro; Augusto Nardy; Larissa Cardoso; Luciana Kamirang; Monalisa Rosseline; Rafael Kamirang; Taís Evanolli. Cenário: Luciana Kamirang e Ronan Lobo Elenco: Bernardo Porto de Mello, Gabriela, Gabryelle Ester Dionízio Lawall Scheffer, Gustavo Boechat Gomes Leite, Heitor Mattoso Cunha, Lara Oliveira Moreno, Laura Carvalho Gama, Laura Dias Viana Miguel, Lavínia Nugnezi Braga, Melissa Fabris Cantarino, Noah Sales Coelho Leite, Rafaela Carvalho Guerra, Rafaela Lima Lawall Lopes Apresentações de Dança e Teatro Muitas histórias ocupam o Teatro Academia e encantam os olhares e corações dos espectadores. Orquestrados pelos professores do Núcleo Artístico Ana Carolina Curcio, Marcos Bavuso, Marcos Guilhon e Sillas Magnun, o palco se enche de magia, conhecimento, pensamento crítico, emoção, encontros, aventuras... É a arte ganhando espaço, preenchendo os olhares e tocando os corações das pessoas. Nossas crianças brincam, encenam, encantam a platéia e preenchem o nosso colégio de sentido. Seja bem-vindo, a casa é sua!
15 Flicts Teatro B | 20 e 21 de outubro Sinopse: Flicts conta a história de uma cor que não encontra seu lugar no mundo. Ela não tinha, por exemplo, a força do ver - melho, a imensa luz do amarelo e a paz do azul. Inconformado, Flicts vai em busca de um lugarzinho que o acolha quando final - mente tem uma grande surpresa. Autor: Ziraldo Professor e diretor: Marcos Guilhon Operadores de Luz: Sillas Magnun Contrarregras: Aline Almeida; Ana de Cas - tro; Arielle Telles; Augusto Nardy; Bruna Assis; Gabriel Kamirang; Halfredo Muniz; Hodânia Muniz; Isadora Folhadella; Luciana Kamirang; Luciano Tavares; Soeli Barros; Taís Evanolli; Valentina Vargas; Vitória Tavares; Elenco: Ana Laura da Fonseca Maia; Caio Fernandes Guerra; Clara Batista Noé, Clara Sales Coelho Leite; Felipe Marcato Furtado; Gabriel Travassos Boueri Pompeu Ribeiro; Janaína Magaldi Pires; Lavínia Garcia Frazão; Maria Fernanda de Freitas Raquel; Marina Foscarini Pereira; Rafaela Ribeiro dos Santos; Rian Rossi Bastos; com partici - pação especial de Miguel Kamirang como “Astronauta”. Vivos-mortos Teatro E | 24 e 25 de novembro Sinopse: Uma jovem tenta salvar se salvar de uma contaminação que transforma grande parte da população em zumbis. Porém não se trata de algum tipo de vírus biológico/químico, tampouco de alguma presença maligna. Bom, depende do que chamamos de presença maligna. Autor: Sillas Magnun e Turma E Professor e diretor: Sillas Magnun Operadores de Luz: Sillas Magnun Elenco: Aline Teixeira de Almeida; Augusto Nardy Mattos Carneiro Cabral; Eduarda Reis Ferreira; Gabriel Ferreira Sabariz; Hen - rique Esperândio Ventura Braga; Maria Clara Marinho Bara Bueno Ximenes; Miguel Ferreira Sabariz; Nelson Crestoni Carvalho
16 O Menino do Dedo Verde Teatro C | 27 e 28 de outubro Sinopse: Na cidade de Mirapólvora o crescimento econômico parece prosperar com a fabricação de canhões e materiais bélicos da Fábrica do Senhor Papai. Porém, com a descoberta de um talento e dom especial, Tistu, seu filho, poderá mudar os rumos da história de Mirapólvora e todos os habitantes da cidade. Autor: Maurice Druon Professor e diretor: Marcos Bavuso Produção: Taís Evanolli; Marcos Guilhon; Luciana Kamirang Operador de Luz: Fernanda de Oliveira; Sonoplastia: Taís Evanolli Contrarregras: Arielle Telles; Gabriel Kamirang; Miguel Kamirang; Monalisa Rosseline; José Olavo; Patrícia Boechat; Sillas Magnun; Valentina Vargas; Cenário: Luciana Kamirang Elenco: Ana Beatriz Lima Domith de Souza; Ana Clara Araújo Infante Vieira; Gabriela dos Santos Rivero; Helena Silva Moreira; João Gabriel Amarante de Lima; Júlia Barbosa Xavier; Maria Carolina Mendes de Lamare Fonseca; Maria Eduarda Ferraz Teixeira; Mariana Pessoa Resende; Nanda de Andrade Toscano Magalhães; Rafael Ferreira Sabariz; Sofia Moreno Christofoletti; Valentina Fajardo Guimarães; Vitor Marques Machado
17 Se crianças governassem o mundo Teatro A | 15 e 16 de dezembro Sinopse: “As crianças vão brincando e criando um mundo em que, entre sonhos e imaginações supostamente inaplicáveis no nosso “mundo real”, surgem propostas e conceitos muito mais humanos, sensíveis, carinhosos, respeitosos e justos. Tudo com muita simplicidade e naturalidade, desconstruindo toda falsa complexidade, burocracia e desigualdades do “mundo dos adultos” Pesquisa sobre o desaparecimento de um anão de jardim Teatro D | 17 e 18 de novembro Sinopse: O que acontece no jardim enquanto todos dormem? Existe algo como uma confraria de anões de jardim? Seria possível aos humanos conversar com eles? O que eles tem a dizer sobre o nosso mundo? O que aconteceria se, de repente, todos os anões partissem em busca de liberdade? Como seria a cobertura jornalística de tais fatos? O humor, a beleza, a profundidade e o clima onírico típico da obra de Visniec se mostram mais uma vez. Autor: Matéi Visniec Professor e diretor: Marcos Guilhon Produção: Marcos Guilhon; Sillas Magnun; Operadores de Luz: Sillas Magnun; Miguel Kamirang Sonoplastia: Marcos Guilhon Cenário: Luciana Kamirang; Marcos Guilhon; Ronan Lobo Elenco: Beatriz de Souza Silva Melo; Bruna Camargo de Fonseca; Bruna Carvalho de Assis; Camila Gomes Santiago; Elisa Moreira Polisseni Cotta; Fernanda Gonçalves Motta; Frederico Moraes de Castro; João Vitor Delmonte Póvoas; Laís da Silva Souza; Luiza Gilson Thomaz; Manuela Moraes Garcia; Maria Eduarda Sales Guedes; Vitor Hugo Avellar Reinh; Yasmin Borges Brum Autor: Marcelo Xavier Professor e diretor: Sillas Magnun Produção: Luciana Kamirang; Sillas Magnun; Ronan Lobo Contrarregras: Monalisa Rosseline; Luciana Kamirang Elenco: Beatriz dos Santos Rivero; Eduarda Mazzoni Fraga; Elisa Campos Ribeiro; Isabel Matos Paixão; João Guilherme Carvalho de Faria; Laura Recker Rotondo; Liz Chitarra Rodrigues Hell; Maria Luisa Kneiip Correa; Rafaela Oliveira Guedes; Valentina Carvalho de Faria
18 Dança | 01 e 02 de dezembro 19h30min Sinopse: Uma trupe de circo e um corpo de bailarinos habitam o mesmo espaço. Porém os pais dos bailarinos não têm muita paciência com a trupe de circo, princi - palemnte com o grupo de palhaços. O palhaço Empadinha será o encarregado de conquistar o coração dos pais dos bailarinos. Professora: Ana Carolina Curcio Produção: Ana Carolina Curcio; Luciana Kamirang; Ronan Lobo; Sillas Magnun Elenco: Ana Luísa Pifano Baptista de Olivei - ra; Betina Gomide Guimarães Rezende Paiva; Brenda Petermann Oliveira; Bruno de Rezende Ferreira; Camila Rodrigues Veo Guedes; Clara Sales Coelho Leite; Gabriela Campos de Paiva; Helena Resende Martins Isabella de Castro Tostes; Isadora Herdy Hill Isadora Tasca Oliveira Folhadella; Lara Oliveira Moreno; Laura Dias Viana Miguel; Laura Mattos Salles; Laura Recker Rotondo Lia Corrêa Andrade; Luara de Morais Lamego; Luísa Macedo Oliveira; Manuela Moraes Garcia; Mariá Dousseau Souza Ezequiel; Maria Letícia Thimoteo Azevedo; Marina Alves Pas - chôa; Marina Foscarini Pereira; Melissa Fabris Cantarino; Paula Moreira de Souza Silva; Sayuri Passos Marçal; Valentina Var - gas Lima; Vitória Braga Tavares; com participação especial da Cia Academia e Rafael Kamirang como palhaço Em - padinha. CMY CM MY CY CMY K
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