O MALHETE Nº 157 - MAIO 2022

Ano XIV - Edição nº 157 - Maio de 2022

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Indice

Ano XIV- Número 157 - Maio de 2022

Aaron Byrd MAÇONARIA, MAÇONS E PROCESSO ELEITORAL.........................................04
Antônio Binni EFEITO FLYNN REVERSO NA MAÇONARIA ...................................................06
Barbara Empler AS RELIGIÕES E A SOLIDARIEDADE ..............................................................08
Carlos Magno Monteiro Freitas O ESTADISTA WINSTON CHURCHILL .............................................................12
Dário Angelo Baggieri TEMPERANÇA ..............................................................................................18
Enrique Alan Hernandez Salazar HIRAM E JESUS: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ..........................................22
John M. Bozeman MAÇONARIA NÃO É RELIGIÃO .....................................................................24
Jose Ronaldo Viega Alves O MAÇOM E O ARGONAUTA .......................................................................26
Ken JP Stuczynski MINOTAURO ................................................................................................28
Kennyo Smail O MONTE DO TEMPLO ................................................................................30
Lucas Soares O TRONCO DA VIÚVA ...................................................................................32
Marco Antonio Peres REENCARNAÇÃO E MAÇONARIA .................................................................34
Rosmunda Cristiano TRANSFORME O CHUMBO EM OURO .........................................................36
72 ANOS DE FUNDAÇÃO DO GOB-SC ..........................................................38
50 ANOS DA LOJA MAÇÔNICA VALE DO ITAPEMIRIM ..................................40
HOMENAGEM A TIRADENTES ......................................................................43
JUBILEU DE OURO DA ARLS 22 DE AGOSTO ................................................44
ALZHEIMER.................................................................................................. 46
FATOS E FLASHES......................................................................................... 48

Capa desta edição
PLACA DE RASTREAMENTO MAÇÔNICO MODERNO DE SEGUNDO GRAU

Ano XIV- Número 157 - Maio de 2022 A partir de seu contexto original, esta ilustração digital representa o processo
de se tornar um Companheiro da Maçonaria.
Ilustração digital - Gregory B. Stewart Como foi incluído no livro Companheiro do Ofício, parte do texto que
acompanha a obra diz:
Nesta imagem, você notará vários aspectos-chave do grau. Devemos
interpretar a imagem e o grau geral de modo a contemplá-la mais como uma
equação de soma total e vê-la como uma reflexão sobre nossa própria jornada
pessoal da Grande Obra.
Entre os pilares de Boaz e Jachin à esquerda e à direita, margeados pelas
águas do caos primordial e o dossel do céu, começamos nossa jornada interior
de perfeição. Esta jornada é eterna e só se conclui no alcance e compreensão
do divino através de uma prática de fé ou na perfeição do nosso ser através da
tradição contemplativa que atribuímos.
Como este é apenas o segundo passo da jornada, é um que seus destinatários
devem passar muitos anos se aperfeiçoando e se renovando para alcançar um
nível de iluminação e alegria que vem ao final de uma vida bem vivida.

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MAÇONARIA, MAÇONS

E PROCESSO ELEITORAL

UMA VISÃO CRÍTICA À LUZ DE NOSSOS USOS E COSTUMES

Introdução vida pública aqueles que foram alvo de denúncias. É pre-
Se aproxima o período eleitoral e observamos nas lojas ciso ter a consciência de não votar naquele que nos vai
maçônicas, famosos irmãos infrequentes, começarem a representar apenas por ser um colega de classe, por ser um
aparecer nas oficinas das diferentes Potências ditas regu- amigo ou por ser um elemento que conhecemos na TV ou
lares, a darem tapinhas nas costas e até mesmo abraçarem no rádio, inclusive aqueles que se dizem irmãos e somente
irmãos como nunca o fizeram, mesmo antes da Pandemia. utilizam a Ordem Maçônica nestas ocasiões, de maneira
Tal situação despertou uma necessidade de focarmos, à reprovável e totalmente indevida. Temos sempre de esco-
luz de nossa legislação e também os chamados Usos e lher aqueles que realmente têm algo a oferecer ao País, á
Costumes desta situação que fomenta uma análise realís- Ordem Maçônica, à família e que sejam realmente livres
tica e apartidária. e de bons costumes SEMPRE E NÃO SOMENTE NO
Vemos nossas lideranças, de maneira tímida incentiva- PERÍODO ELEITORAL - recomendou o grão-mestre-
rem o famoso jargão: " MAÇOM VOTAEM MAÇOM". geral do Grande Oriente do Brasil. A CMSB E A
O combate à corrupção na esfera pública e a escolha de COMAB, também emitiram através de seus dirigentes,
candidatos comprometidos com a ética e a moral na políti- pronunciamentos que vão na mesma linha, inclusive em
ca, sempre foi proclamado na história da maçonaria uni- alguns Estados Brasileiro, houveram até pronunciamen-
versal, desde os mais remotos tempos. Nesses dois apelos tos CONJUNTOS DAS POTÊNCIAS
se uniram dirigentes maçons de todo o país durante a REGULARMENTE RECONHECIDAS, inclusive com
homenagem do Senado, na Sessão que homenageava à carta aberta ao público, em jornais escritos e nas mídias
Maçonaria e ao Dia do Maçom. Eles chamaram os eleito- sociais.
res a votar com consciência nas eleições de outubro para
renovar os quadros políticos e eleger candidatos compro- O que diz a legislação eleitoral sobre quem pode ser
missados com o desenvolvimento nacional. candidato?
Essa é uma oportunidade de renovação, de afastar da
A Constituição da República Federativa do Brasil de
1988 estabelece que é necessário cumprir algumas exi-
gências para se candidatar a um cargo eletivo. No parágra-
fo terceiro do artigo 14 você encontrará as condições exi-

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gidas para se candidatar e representar os interesses da meios Maçônicos e fomentou um crescimento no número
sociedade. Vamos ver quais são? de candidatos que concorrerão às eleições deste ano usan-
do "títulos de maçons". Nas disputas para cargos eletivos,
Nacionalidade brasileira: Antes de mais nada, é preci- muitas vezes, algumas polêmicas envolvendo o campo "
so ter a nacionalidade brasileira. Isso acontece porque os corporativo de ser " maçom", que vimos que os irmãos
representantes do povo, ao editarem a nova constituição, disputam espaço no pleito eleitoral desse ano de 2022. A
entenderam que o estrangeiro teria mais interesse em importância deste estudo reside, principalmente, na com-
representar seu país do que o Brasil – por isso, inclusive, preensão dos conceitos de nossos usos e costumes e quan-
estrangeiros não podem votar -, garantindo somente aos to isso pode influenciar nas decisões políticas de uma
brasileiros a possibilidade de votar e de se tornarem can- cidade ou mesmo de um país. Sendo nosso objetivo pro-
didatos. blematizar o aumento que está ocorrendo, no número de
candidatos maçons, na disputa eleitoral Estadual, Federal
Pleno exercício dos direitos políticos: para se tornar , Senado e até na Presidência e nos leva a refletir e apro-
um candidato é preciso ter o pleno exercício dos direitos fundar a posição que como Grandes Lojas, Grande Orien-
políticos. Em outras palavras, você precisa: ter atingido a te, COMAB, Lojas e como Irmãos, devemos nos posicio-
maioridade; ser eleitor; no caso dos homens, estar em dia nar nessas eleições que se avizinham ,em termos históri-
com as obrigações militares; e em caso de ter sofrido con- cos e conceituais e analisar a relação dos candidatos nos-
denação criminal transitada em julgado, cumprir total- sos irmãos, sobre o crivo de serem dignos de nosso apoio,
mente a pena. não apenas de forma material quando na logística organi-
zacional de suas campanhas.
Alistamento junto à Justiça Eleitoral: Além dos direi-
tos políticos, o cidadão brasileiro precisa ser alistado A Nossa experiência com irmãos que se elegem à car-
junto à Justiça Eleitoral. gos públicos, na grande maioria das vezes, foram decepci-
onantes. Irmãos ao serem eleitos, esquecem de seus com-
Ter o domicílio eleitoral na circunscrição. Essa condi- promissos com a Ordem Maçônica, notadamente em ter
ção existe para que os candidatos possam ser eleitos por uma postura proba, coerente, com transparência no
um Estado com o qual ele tenha afinidade, ou seja, se você campo da moral e dos bons costumes.
mora no Estado do Amazonas, mas quer concorrer pelo
Estado do Rio de Janeiro sem nunca ter morado lá, sem ter Assim concluindo, nossas lideranças deveriam se
uma história no local, sem ter a confiança daquele povo, manifestar e ponderar em conjuntos com as lojas e irmãos,
perde-se o sentido de se tornar um representante do povo, um posicionamento firme na escolha em quem apoiar dos
mas Jose Sarney é do Maranhão e foi Senador pelo Ama- pretensos candidatos, que são irmãos e que sejam merece-
pá. O Cacique Juruna é região do Araguaia e foi candidato dores de fato do envolvimento da Maçonaria, pois somos
no Rio de Janeiro. Tiririca é do Ceará foi eleito Deputado uma Instituição que sempre participou dos desafios de
Federal por São Paulo. fazer feliz a humanidade, no campo das ideias, da política
e da postura justa e perfeita que deve ser escopo central de
Ser filiado a um partido: já aprendemos por aqui que nossas atitudes e ações em todas as áreas.
não há democracia sem partidos políticos, lembra? Eles
existem para canalizar as demandas da população e fazer DarioAngelo Baggieri - M .'. I .'. CIM 157465
valer os interesses da sociedade. Logo, não é possível Loja Maçônica Sermão da Montanha, 1738
pensarmos em uma candidatura sem um partido, uma vez
que é por meio deles que os candidatos criam seus progra-
mas de governo e seus projetos políticos. Apesar disso, a
proposta de permitir candidaturas avulsas chegou a ser
analisada na reforma política deste ano.

Por último, é preciso que se tenha idade mínima para
concorrer. Diferentemente do ato de votar, que autoriza
jovens entre 16 e 18 anos a votar, para se candidatar é pre-
ciso ter, no mínimo, 18 anos – e isso só no caso do cargo de
vereador, porque para os outros cargos. Governador e
Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal: idade
mínima de 30 anos.

Deputado Federal: idade mínima de 21 anos; Senador:
idade mínima de 35 anos; Presidente e Vice-Presidente da
República: idade mínima de 35 anos.

Após essa apresentação de parte de legislação eleito-
ral, para orientação dos amados irmãos nesse presente
ensaio, voltemos ao ponto inicial de nosso assunto, como
podemos lidar com essas situações que retornaram a cam-
pear em nossos templos?

A expressão “irmão vota em irmão” é famosa nos

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Kennyo Ismail

EFEITO FLYNN REVERSO

NA MAÇONARIA

O mundo está ficando menos inteligente. E isso não é uma afirmação vazia: nos
últimos anos, dezenas de estudos realizados nos mais diferentes países têm mostra-
do que, após décadas de crescimento contínuo na inteligência média da população (o
chamado Efeito Flynn), os resultados começaram a despencar. Por Kennyo Smail

O Efeito Flynn, ou seja, o aumento contínuo da gência? Quando se lê, exige-se um esforço cognitivo
inteligência média, era explicado pela melhoria no maior para se compreender e imaginar do que o con-
consumo de nutrientes, mais investimentos em edu- sumo audiovisual, que praticamente não exige esfor-
cação e crescente estímulo nos ambientes sociais. E ço algum. É por isso que, para alguns, ler “dá sono”,
não coincidentemente, o aumento da inteligência mas maratonar uma série na TV, não. Ainda, a leitura
média sempre esteve diretamente relacionado com o gera um aumento de vocabulário, que também está
aumento do hábito de leitura. diretamente relacionado à inteligência. Nós, huma-
nos, somos seres sociais, com uma existência basea-
Já essa reversão no Efeito Flynn, ou seja, o embur- da em relações interpessoais, partindo da família, até
recimento geral, seria consequência de mudanças a sociedade em geral. E toda interação é quase em sua
nos hábitos, com crianças, adolescentes e adultos a totalidade feita por meio das palavras. Assim, quanto
cada dia com mais horas diárias frente a uma tela (te- mais palavras você sabe, mais coisas (e mais comple-
levisão, celular, computador, tablet), consumindo xas) aprende e compreende, e melhor se comunica.
informação audiovisual em vez de leitura. Com isso, tem-se uma evolução das ideias, teorias e,
consequentemente, das ciências.
E por que a leitura estaria relacionada com a inteli-
Se esse ritmo de queda na inteligência média con-
tinuar, acredita-se que a próxima geração de adultos

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ficará na média considerada “baixa inteli- ou quer ser o dono da loja. Conforme o dicionário,
gência” e que chamamos popularmente “minha” também se refere a uma pessoa que pertence
de “lesados”. No caso do Brasil, que tem ou faz parte de algo. Ou seja, que não é dono, mas
em torno de 30% da população analfabeta membro, como em uma Loja.
funcional e enfrenta gradativa redução
nos investimentos em educação, as con- E como não mencionar o famoso e, ao mesmo tem-
sequências poderão ser desastrosas e per- po, falacioso termo “sou um eterno aprendiz”? Por
manentes. Ainda mais, considerando a que não mudamos então os nomes dos três graus sim-
quantidade de livrarias que fecham suas bólicos para Aprendiz I, Aprendiz II e Aprendiz III?
portas todos os anos, o aumento absurdo Aprendiz é aquele que é novato em um ofício. Quan-
no preço do papel e, se não bastasse, do você tem mais de dez anos de Ordem, foi Venerá-
esforços governamentais para tributar vel Mestre (“foi”, não “esteve”) e fala que é “um eter-
livros, que eram isentos no Brasil desde a no aprendiz”, está apenas dizendo que é um falso
década de 40. modesto, que fere em seu discurso o sistema hierár-
quico educacional das antigas corporações de ofício,
As consequências da redução na inteli- tão bem preservado na Maçonaria, apenas para pare-
gência média já podem ser vistas por aí. cer humilde.
Entre elas, alguns pesquisadores apontam
o crescimento do “viés de confirmação”: E ainda há a clássica: “a Maçonaria é perfeita”.
quando pessoas somente acreditam naquilo que está Então por que todo ano tem mudança na legislação
de acordo com suas crenças e opiniões, rejeitando maçônica e em algum ritual??? A Maçonaria não está
todos os fatos e argumentos racionais contrários. Isso em constante melhoria? Como uma instituição cria-
leva à simplificação de questões complexas, polari- da pelos homens pode ser perfeita? Se assim for,
zação de temas originalmente multifacetados, proli- todas as instituições não são tão perfeitas quanto a
feração de fake-news e de teorias conspiratórias, Maçonaria? E para piorar, dessa nasceu aquela “mu-
dentre outros males. lher não entra na Maçonaria porque já é perfeita”.
Tudo conversa pra boi dormir.
Sem inteligência, também não há senso crítico,
que é a capacidade de analisar questões racionalmen- Agora, exerça seu viés de confirmação e faça
te, sem aceitar de modo automático as informações interpretações tendenciosas para defender a manu-
ou opiniões de terceiros. E sem senso crítico, não há a tenção do uso desses termos, tão esdrúxulos à luz do
tão mencionada busca da verdade; bem como o com- menor senso crítico. Assim, apenas reforçará ainda
bate à ignorância, à intolerância e ao fanatismo; mais esta teoria do Efeito Flynn Reverso na Maçona-
ambos objetivos da Maçonaria. ria.

Um indício claro da falta de senso crítico num Fonte:No Esquadro
ambiente maçônico é a adoção e repetição de termos
prontos, mesmo quando fogem da normalidade. Por
exemplo: “Eu estou Venerável Mestre da Loja
XYZ”. Quem fala assim, “eu estou gerente da empre-
sa tal”? O normal é “eu sou gerente da empresa tal”.
É assim que adultos falam! Como tantos irmãos
podem cair no argumento infantil de que isso parece
ruim? O verbo “ser”, conjugado no presente, indica
apresentação em determinada posição ou condição
atual (que é o caso de um VM). Já o verbo “estar”,
quando empregado assim, presume permanência
breve e passageira: “estou na rua e logo chegarei em
casa”. Não se aplica a um cargo que se ocupa por um
ano ou mais!

Outro exemplo é a condenação daqueles que
dizem “ontem fui para reunião da minha loja”, pelo
argumento, mais uma vez infantil, de que o termo
“minha” é negativo, pois passa a ideia de que você é

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AS RELIGIÕES E A

SOLIDARIEDADE

Por que as religiões contemporâneas não apostam muito mais na solidariedade
entre si? Uma resposta sob a ótica da filosofia rosacruz e da filosofia maçônica.

“Ofereça seu apoio moral ou material a alguma igreja de sua comunidade, a fim de que ela conte com o seu
auxílio para a realização da Grande Obra, a sua Luz. (Capítulo XXI do “Código Rosacruz de Vida”)

“A Maçonaria não é um credo ou seita religiosa, o maçom busca a sabedoria contida em todos os Grandes
Livros Sagrados reconhecidos pela Fé universal, da Bíblia ao Alcorão. Crendo que neles encontra e, sempre
encontra os meios para buscar e promover a felicidade neste mundo e aguardar a sua recompensa no próxi-
mo. Portanto, a Maçonaria estará sempre com as suas portas abertas, para receber todos os homens livres e
de bons costumes, sejam eles, cristãos, judeus, muçulmanos, budistas, etc., bons homens de todas as religiões
que verdadeiramente aspirem viver segundo a vontade de seu Criador.” (Vade-Mécum Maçônico, pág. 535)

INTRODUÇÃO título do presente trabalho, deixam antever num prime-
Existem atitudes que estão ligadas à nossa vida em soci- iro momento que a Ordem Rosacruz e a Ordem Maçô-
edade, que, definitivamente, deveriam estar entre as nica possuem pontos que são comuns e convergentes.
mais exercitadas, podendo tomarmos aqui, como exem- Além disso, estes mesmos textos ora apresentados,
plo, a solidariedade. Por extensão, isso promoveria a pelos seus conteúdos, não permitem que se dê espaço
união e a cooperação geral, independente da religião de para a confusão, tão fácil de ocorrer, que diz respeito à
cada um em particular, além de ir incorporando ao natu- ideia comum e corrente que fazem com que essas esco-
ral o exercício da caridade, da tolerância e do perdão. las filosóficas sejam associadas, tanto uma como a
outra, Rosa-cruz e Maçonaria, com cultos de natureza
Os trechos escolhidos logo acima e inseridos após o secreta, religiões diabólicas ou demais coisas do gêne-

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ro. Pelo contrário, ficam caracterizados e e portanto, a única? Aliás, a partir dessa linha de pensa-
explícitos nelas, os desejos de comunhão, mento o usual é supor que todas as demais juntamente
congraçamento e de aceitação que per- com os seus seguidores estão do lado oposto, sendo que
passam suas filosofias e que podem dar a os seus membros são pecadores, indignos e até aliena-
noção clara do que essas sociedades dos com relação à verdadeira mensagem, a qual é pro-
visam verdadeiramente promover o bem vinda diretamente de Deus, deverá ser conhecida por
entre os seres humanos, sendo que, poucos, e que exatamente por isto está implícita nos
mesmo que entre os seus membros haja preceitos contidos naquela religião que escolhemos um
indivíduos que são pertencentes às mais dia.
variadas religiões, a religião de cada em
particular nunca foi um motivo para se E será que as conhecemos profundamente em suas
barrasse a sua admissão. Pelo contrário, a essências? Disse o escritor africanoAlik Shahadah:
Maçonaria, tem como exigência sim que
o candidato possua a crença em Deus. “Religião é uma garrafa com um rótulo, espirituali-
Todos são iguais perante Deus. A Maço- dade é a coisa dentro dela, muitos brigam pela garrafa
naria tem como filosofia também a e poucos bebem o seu conteúdo.”
preocupação com que todos aqueles que
nela foram iniciados comunguem em Vivemos em um mundo cada vez mais complexo,
torno do ideal do amor fraterno, o amor entre os Irmãos, religiões nascem da noite para o dia. Em contrapartida,
e novamente podemos dizer, independente da religião este mesmo mundo nunca foi tão violento, nunca foi tão
de cada um. carente de humanidade, de fraternidade e de solidarie-
dade, e estamos falando a respeito de seres humanos e
Peremptoriamente, sempre é bom ratificar, tanto a dos seus comportamentos. Parece que se há um excesso
Ordem Maçônica como a Ordem Rosacruz não são de religiões e muito pouca religiosidade, e se assim tem
religiões, mas tem em paralelo com as religiões verda- sido, é pelo fato de que algo deve estar errado.
deiras o propósito maior de darem um sentido para a
vida, uma orientação moral e a certeza de que a espiritu- Sim, falamos, defendemos e nos ufanamos muito
alidade conduzirá o homem por um caminho melhor. mais da religião em si do que praticamos realmente
seus ensinamentos para com nossos semelhantes, e
Do livro do qual foi extraído o primeiro trecho, o aqui não estamos falando de nenhuma religião em espe-
qual se intitula “Código Rosacruz de Vida”, o autor cial. O problema é de natureza humana mesmo.
Laurence Gardner, logo na sequência deste trecho, tece
alguns comentários pertinentes e aproveita para, utili- PREPARANDO UMA DEFINÇÃO DE
zando-se do mesmo, estabelecer uma prova de que a RELIGIÃO
Rosa-cruz não é religião, pois, “Como, de fato, uma
determinada religião poderia solicitar a seus adeptos Deve haver centenas de definições, tantas quantas
que apoiassem alguma igreja de outra religião?” são as religiões. Mas, queremos aqui uma definição que
não faça apologia de nenhuma, ou nomeie alguma em
Mas, nada é tão simples. Certamente, para muitos especial, uma definição que enumere aquelas caracte-
isso poderia soar paradoxal, não é mesmo? O fato é que rísticas básicas ou gerais, sobre o que a religião faz, as
a parte simples seria se todo mundo partilhasse ou suas características, ou ainda, o que se espera de uma
levasse em consideração essas reflexões em conjunto religião e ou daquele que se diz religioso.
com aquelas do grande teólogo Hans Kung quando
concluiu que não poderemos almejar a paz no mundo
sem que haja paz entre as religiões, pois, sem a paz
entre as religiões não poderá haver o diálogo entre as
religiões. Tão simples à primeira vista, tão complexo na
prática.

Partindo desta premissa, com a qual todos deverão
concordar, a pergunta é: Como podemos estar conven-
cidos de que somente o pertencimento a uma determi-
nada religião, a frequência ao templo, ou à uma igreja,
enfim, anulam os nossos defeitos próprios, aqueles de
natureza humana tão arraigados, onde os sectarismos,
os elitismos, os fanatismos e outros ismos estão sempre
aflorando, a ponto de achar que a nossa religião, aquela
que decidimos seguir, é sempre a que detém a verdade,

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um tesouro acumulado ao longo do desenvolvi-
mento da humanidade, sob forma de imagens e
símbolos arquetípicos, cujo acesso é a essência da
verdadeira religião. Neste sentido, ela adquire
uma dimensão de religação, não com algo exterior,
mas com o núcleo do próprio ser. Ou seja, a reli-
gião autêntica contribuirá para a individualização
do ser humano, que implica, por sua vez, a religião
com o próprio Deus, que habita o seu coração,
desde a criação à sua imagem e semelhança. As
consequências são um novo ser humano, que vive
de forma transformada em seu interior e se relaci-
ona de maneira amorosa e pacífica consigo mes-
mo, com os demais seres humanos, com os animais
e plantas.”

DEFININDO RELIGIÃO UMADEFINIÇÃO DE SOLIDARIEDADE
O fragmento que segue, no tocante à definição de Uma definição de solidariedade bastante completa,
religião, não poderá ser considerado absoluto, mas, provinda de várias fontes, que o autor, o estudioso
contempla a ideia de visibilidade que queremos atribu- maçom Denizart Silveira de Oliveira Filho procurou
ir à uma determinada religião quando se trata de defini- amalgamar e assim conseguir uma definição de acordo
la: cada religião traz junto de si as consequências da com o sentido e o conceito que a solidariedade adquire
sua doutrina, compreendendo aí o que ela prega como na Maçonaria é a seguinte:
certo e como errado e dentro daquela que é a sua cos- “Etimologicamente, a palavra solidariedade (...)
movisão. Pouco a pouco emergem do emaranhado de significa qualidade de solidário, estado ou condição
preceitos a compor as religiões, aquilo que podemos de duas ou mais pessoas que possuem interesses e res-
considerar as suas essências, portanto, o de mais ponsabilidades recíprocas; que repartem igualmente
importante: a lei do amor, a lei da natureza, e a lei do entre si as responsabilidades de uma ação, empresa ou
bom senso. negócio respondendo todas por uma e uma por todas;
ligação mútua entre duas ou mais coisas dependente
O QUE SE ESPERADE UMARELIGIÃO? umas das outras; compromisso pelo qual as pessoas se
Sem fórmulas prontas, exercitando livremente o obrigam umas pelas outras e cada uma delas por
nosso pensar, quando pensamos em religião não pen- todas; condição grupal resultante da comunhão de
samos em algo essencialmente voltado para o bem? E atitudes e sentimentos, de modo a constituir o grupo
a solidariedade, por exemplo, não é um ato, uma pala- unidade sólida, capaz de resistir às forças exteriores e
vra que deveria fazer parte não só da teoria que cons- mesmo de tornar-se ainda mais firme em face da opo-
trói as religiões, mas, das reais práticas de toda a reli- sição vinda de fora; consistência interna de um agre-
gião que como tal se defina? Mas, e sempre tem um gado social; coesão social.”
“mas”, não é bem o que vemos ao nosso redor, ou seja,
vemos homens que se dizem religiosos, homens que AORDEM ROSACRUZ É UMARELIGIÃO?
usam dos meios midiáticos somente pelo fato de se Tomando como exemplo o da Maçonaria que aglu-
acharem donos das verdades absolutas, que usam o tina os homens, independente da sua crença, da sua fé
púlpito para atacar as outras religiões, que transforma- em particular, e admite àqueles que reconhecem a exis-
ram religião em política e vice-versa, fazendo valer o tência de Deus, a Ordem Rosacruz não é uma religião,
discurso hipócrita, interesseiro e nada mais. É preciso mas, uma escola de moral de filosofia social e espiritu-
pregar a palavra de Deus, mas, para isso, há que se al, portanto a Ordem Rosa-cruz se posiciona da mesma
estar desarmado sempre, o que em outras palavras forma que a Maçonaria.
pode ser traduzido para paz de espírito.
No livro “Religião para quê?” de Eugen Drewer- QUAL É MESMO A RELIGIÃO DOS ROSA-
mann, no prefácio de autoria do Dr. Sidnei Vilmar CRUZES E DOS MAÇONS?
Noé, lemos:
“A verdadeira religião constitui-se, portanto, a A religião do membro da Ordem Rosa-cruz é a reli-
partir da interioridade do ser humano. Ali se encontra gião que ele possui, a que ele traz de nascimento, a da
família, em princípio, ou ainda que teoricamente. Isso
vale também para os Maçons. Temos de aceitar a ideia

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ainda de que vivemos tempos teóricos de religião, de se a solidariedade é um dos pilares de uma religião em
pouca prática da religião. No entanto, ainda que sem a conjunto com o amor e a tolerância pelo seu próximo...
prática das suas religiões originais, nada impede àque-
les que trilham o caminho iniciático de possuir suas Então, esse é um caminho que a humanidade pode
concepções metafísicas e aspirar à uma ideia de espiri- trilhar sim, esse é um caminho que irá levar os seres
tualidade que soe com propósitos mais ecumênicos. É humanos a um destino comum, fazendo tudo para que
preciso carregar junto o sentimento de compreensão, e possa prevalecer, sobretudo, a paz e o amor.
colocá-lo bem a frente do pré-julgamento a que esta-
mos normalmente acostumados, e assim, ajudar o José Ronaldo Viega Alves
outro. [email protected]
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna”
A SOLIDARIEDADE SERIA UMA Oriente de S. do Livramento, RS
CARACTERÍSTICA FUNDAMENTALPARAOS
RELIGIOSOS? CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS:
Revistas:
Quando fazemos um ato de solidariedade, quando a A TROLHA, nº 362, Dezembro de 2016: “Homens de
praticamos, quando o momento requer que sejamos Bem e de Bons Costumes: Visão Maçônica e Visão Espíri-
solidários, visamos o ser humano, o próximo, o irmão, ta.”Artigo de autoria de Valter Cardoso Júnior.
ou estamos preocupados em saber antes qual a religião Livros:
daquele a quem iremos ajudar? Claro que não, então BERNARD, Christian. “Código Rosacruz de VIDA” –
por que não podemos dialogar e nos ajudar muito Ordem Rosacruz – AMORC – Grande loja do Brasil – 3ª
mais? Edição -1987
DREWERMAN, Eugen. “Religião para quê?” – Editora
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Sinodal – 2004
Rosa-cruzes e Maçons praticam a solidariedade, e GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade-
isso independe das suas religiões particulares, pois, Mécum Maçônico” – Nova Letra Gráfica e Editora Ltda. 2ª
respeitam, sobretudo, as diferenças. Edição - 2008
Mas, se todos nos declaramos religiosos, antes OLIVEIRA FILHO, Denizart Silveira. “DA
mesmo de nos declararmos rosa-cruzes ou maçons, e INICIAÇÃO RUMO À ELEVAÇÃO” – Editora Maçônica
“ATrolha” Ltda. - 1ª Edição - 2012

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Por

O ESTADISTA WINSTON CHURCHILL

Não podemos esquecer o que significa Estadista: é uma pessoa versada em negócios de alta
política; um ativista que sabe conduzir os assuntos de um governo; homem de Estado; político
de liderança sem limitações partidárias. Por Marco Antonio Peres

Winston Leonard Spencer-Churchill, foi um Filiou-se ao Partido Conservador e exerceu cargos
político conservador e estadista britânico, políticos em seu país, quanto este partido estava no
famoso principalmente por sua atuação governo, como Secretário de Estado, Deputado, Chan-
como primeiro-ministro do Reino Unido durante a celer do Tesouro, etc.
segunda guerra mundial. Ele foi primeiro-ministro bri-
tânico por duas vezes. Nasceu no palácio de Blenheim, Foi Ministro das finanças, do Comércio, da Defesa,
Reino Unido, em 30 de novembro de 1874, Descansou das Colônias, das Munições e, finalmente, Primeiro
em 24 de janeiro de 1965 em Kensington, Londres, Ministro da Grã-Bretanha.
Reino Unido. Seu pai, Lorde Randolph Churchill era
inglês e a mãe, Jennie Jerome, americana. Atuou na Guerra dos Bôeres (na África), na Guerra
em Cuba, na Índia e na África do Sul. Ademais, exerceu
De uma família abastada, Churchill teve uma educa- o cargo de Primeiro Lord do Almirantado na primeira
ção rígida em Dublin, Irlanda. Mais tarde, seguiu a car- guerra mundial, uma espécie de Ministro da Marinha.
reira militar e os passos de seu progenitor. Seu pai exer-
ceu cargos na política, se destacando como Ministro da Durante a segunda guerra mundial foi eleito, em
Fazenda. 1940, Primeiro-Ministro do Reino Unido e se destacou
pela sua intransigência em relação ao “Nacional Socia-
Churchill serviu o exército britânico, de 1895 a lista dos Trabalhadores” - partido de Hitler (nazismo).
1924, se graduando Tenente-Coronel naAcademia Mili- Por outro lado, tinha que manter as esperanças do povo
tar de Sandhurst. britânico e fazia discursos que eram acompanhados por
toda população.

Foi uma das figuras mais emblemáticas durante a
segunda guerra mundial (1939-1945) ao encarnar a

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resistência dos aliados frente ao nazismo. des, com sua hermenêutica demonstrava que, a lideran-
Churchill foi um exímio orador, sendo conhecido ça e o exemplo podem ser exercidos por meio de discur-
sos e posicionamentos que mobilizem populações e
por seus discursos nacionalistas que pregavam a paz. exércitos em torno da luta pela liberdade.
Homem que já demonstrava que superava dificuldades,
Durante sua infância e vida adulta, ele demonstrava Se olharmos com atenção pode-se compreender a
dificuldade em pronunciar a letra “S” e a letra “Z”. Tal construção dos seus discursos e inteligência no impro-
limitação fazia com que suas notas durante a fase esco- viso, para alcançar o melhor efeito possível, no sentido
lar fossem constantemente abaixo da média. Vários de manter o moral alto, a esperança na vitória, a aceita-
autores das décadas de 1920 e 1930 mencionam a difi- ção das dificuldades e a persistência no objetivo final,
culdade de fala de Churchill como "grave e agonizan- que seria a rendição incondicional dos inimigos e o
te". Os seus discursos eram preparados para evitar hesi- reestabelecimento da liberdade e da democracia.
tações e diminuir o efeito de sua dificuldade. A esse
respeito, Churchill afirmou que a sua dificuldade não o Sua retórica era rica e de se admirar (retórica 1. a arte
atrapalhava. da eloquência, a arte de bem argumentar; arte da pala-
vra; 2. conjunto de regras que constituem a arte do bem
Face às publicações de seus artigos e obras recebeu dizer, a arte da eloquência; oratória.)
em 1953 o Prêmio Nobel de Literatura. Na ocasião, ele
foi saudado como o maior dos britânicos vivos. Foi o RETÓRICA: o surgimento dos estudos sobre a retó-
primeiro a cunhar o termo “cortina de ferro” para ilus- rica iniciou em Siracusa, Sicília, no século V a.C., por
trar a separação entre os países da Europa (comunista e volta do ano 485 a.C.. Na linguagem mitológica, afir-
os demais). ma-se que Júpiter teria enviado Eloquência, guiada por
Mercúrio, para que os homens pudessem resolver seus
A 1º de março de 1955, Churchill proferiu o seu últi- problemas e viver melhor. Num primeiro momento,
mo discurso na Câmara dos Comuns como chefe de Eloquência teria entrado em contato apenas com os
governo, intitulado "Jamais desesperar", anunciando a mortais mais inteligentes. Os oradores eram, então, os
sua renúncia ao mandato de primeiro-ministro, não sem que melhor sabiam falar e convencer os ouvintes. Os
antes alertar o mundo, mais uma vez, para o risco de gregos consideravam Pheitô (Persuasão) uma deusa
uma guerra nuclear. Depois, continuou na Câmara dos poderosa e o discurso oratório seria o produto de uma
Comuns até pouco tempo antes de morrer. Nos últimos inspiração divina, diante do qual o ser humano era sem-
anos de vida parlamentar, teve atuação discreta, profe-
rindo discursos apenas ocasionalmente. Como se já
quisesse descansar!

Devemos lembrar que este ocaso é o mesmo de seu
início: a acessão foi retumbante.

Durante o início do geminar do nacional-socialismo
alemão seduzindo incautos que viam Adolfo Hitler
como um bom líder, o parlamentar Winston Churchill
já alertava na Câmara dos Comuns, com pesadas críti-
cas ao “nazismo” e conclamava o governo britânico a
se preparar para uma guerra iminente.

Neste momento ele era visto como um lunático em
sua própria Nação. Poucos lembram que Hitler era con-
siderado, mesmo da Inglaterra, como um responsável
alemão nacionalista lutando contra o comunismo,
enquanto Churchill era um irresponsável por criticar o
governo inglês que não se opunha a Hitler. Todos
sabem que aquela ação do socialismo levou ao comu-
nismo e até a corrida nuclear. Sua ascensão, com seu
grande conhecimento, fez Winston Churchill iluminar
o Parlamento Inglês e os povos Aliados, com isso
mudou o curso da história.

Para se posicionar no parlamento e se fazer notado
usava toda sua inteligência e perspicácia. Às vezes
fazendo-se de arrogante.

Winston Churchill, com a experiência de vida e dian-
te de sua idade acumulada, superando suas dificulda-

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pre vencido. Inicialmente a retórica e a poesia possu- peça Pigmaleão. Venha e traga um amigo, se tiver."
íam uma relação, pois era pela linguagem retórica que Resposta de Churchill:
os homens falavam e contraditava a força, a palavra das – "Agradeço ilustre escritor o honroso convite. Infe-
divindades e do destino. Ao tempo da formação da pólis
grega, organiza-se a linguagem retórica, separando-se lizmente não poderei comparecer à primeira apresenta-
da poesia, pela qual o homem fala por si mesmo, nas- ção. Irei à segunda, se houver."
cendo uma nova racionalidade, construtora de discur-
sos. Ela surge com uma conotação ética, ou seja, visan- Sabia também Winston Churchill ironizar sendo
do assegurar o bem dos cidadãos e foi no exercício da bastante elegante: quando Churchill fez 80 anos, um
democracia que “o vigor” da palavra derrotou a espada repórter de menos de 30 foi fotografá-lo e disse:
e as riquezas.
– "Sir Winston, espero fotografá-lo novamente nos
Winston Churchill fazia um discurso mordaz quan- seus 90 anos."
do um aparteador, saltando do lugar para protestar, só
conseguiu emitir sons abafados. Churchill observou: Resposta de Churchill:
"Vossa Excelência deveria deixar crescer uma indigna- – "Por que não? Você me parece bastante saudável."
ção maior do que pode suportar." Voltando a casa de sua desenvoltura: em um bate-
boca no Parlamento inglês, aconteceu num dos discur-
Em outra ocasião, estava sentado, sacudindo a cabe- sos de Churchill em que estava uma deputada oposicio-
ça de maneira tão vigorosa e perturbadora, que o orador nista, Lady Astor, conhecida pela chatice, que pediu um
gritou, afinal, exasperado: "Quero lembrar ao nobre aparte (Sabia-se que Churchill não gostava que inter-
colega que estou apenas exprimindo minha própria rompessem os seus discursos, mas concedeu a palavra à
opinião." deputada). E ela disse em alto e bom tom:
– "Sr. Ministro, se Vossa Excelência fosse o meu
Ao que Churchill respondeu: "E eu quero lembrar ao marido, eu colocava veneno em seu chá!"
nobre orador que estou apenas abanando a minha pró- Churchill, lentamente, tirou os óculos, seu olhar
pria cabeça." astuto percorreu toda a plateia e, naquele silêncio em
que todos aguardavam, mandou:
Winston Churchill também demonstrava em públi- – "Nancy, se eu fosse o seu marido, eu tomaria esse
co suas fraquezas. chá com prazer!"
Assim, durante anos, sendo rude para seus oposito-
O General Montgomery estava sendo homenagea- res ou engraçado para os seus seguidores, WINSTON
do, pois vencera Rommel na batalha da África, na 2ª CHURCHILL advertiu os ingleses que Adolf Hitler era
Guerra Mundial. Discurso do General Montgomery: um perigo, quando o nazismo já havia tirado sua última
máscara, deram-lhe finalmente razão. A partir desse
– "Não fumo, não bebo, não prevarico e sou herói". momento – já não poderia mais oferecer-lhes além do
Churchill ouviu o discurso e com ciúme, retrucou: que “sangue, suor e lágrimas”. [I have nothing to offer
– "Eu fumo, bebo, prevarico e sou chefe dele." but blood, toil, tears, and sweat - no seu célebre discur-
Também era irônico em correspondências: telegra- so de 3 de setembro de 1939, na Câmara dos Comuns
mas trocados entre o dramaturgo Bernard Shaw e Chur- em que apresentou uma Moção de Confiança ao Gover-
chill, seu desafeto. Convite de Bernard Shaw para Chur- no], para conduzi-los à vitória, como o fez.
chill: Amplamente considerado como um dos homens
– "Tenho o prazer e a honra de convidar o digno pri- mais significativos do Reino Unido e uma das figuras
meiro-ministro para primeira apresentação de minha mais importantes do século XX, Churchill continua a
ser popular e admirado no mundo ocidental, onde é
visto como um líder extremamente inteligente que
levou a vitória dos aliados e desempenhou um papel
fundamental no combate ao fascismo, socialismo e
nazismo. Dentro de seu País sempre criticou ou foi opo-
sitor ao partido trabalhista - O Partido Trabalhista
Inglês é considerado um partido de esquerda. Foi for-
mado inicialmente como um meio de o movimento
sindical ter representação no parlamento britânico.
Winston Churchill foi bom escritor e entendedor da
literatura, inclusive, de romances.
O romance é fruto da imaginação, que idealiza como
as coisas deveriam ser. Todo ser humano experimenta
seus momentos românticos, não apenas na esfera das

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emoções dos relacionamentos pessoais, mas também Se for um estadista – tratará de mostrar a realidade
em todas as outras áreas existenciais. ainda que ela contrarie as aparências. Nesse caso, o
estadista sofrerá um alto custo político até que sua
Entre um momento romântico e o outro acontece à audiência termine por lhe dar razão. Somente nesse
realidade, imperfeita, fedorenta, densa e cheia de ares- momento o estadista se converterá num líder capaz de
tas, e serão com essas duas realidades, tão opostas e conduzir seu povo a novas conquistas. Com esforço,
contrastantes, que tua alma terá de lidar. A tua experiên- com dedicação, se fará educador, pois o estadista é um
cia de vida, será à base de tua escolha e, por mais que o EDUCADOR.
mundo sensato te sugira que devas abaixar a bola e te
conformar com menos, te sugiro que sigas tua vocação, É difícil agradar a todos, inclusive conhecendo-se
e continues construindo momentos melhores, para ti, como um parlamento ou a democracia funciona. Che-
até chegar a hora que pense em descansar! gando ao poder por ter educado ou levado o conheci-
mento ou esclarecimento a maioria, sabe-se que não
Teu sexto sentido, aquele que te levou ao livre arbí- são todos que ficarão felizes, sempre há uma minoria
trio, que criou potencialidades e riquezas acenando e se descontente. Os estadistas continuam raros e só os
oferecendo a ti o que conquistastes. excepcionais podem levar seu povo a entender que é
difícil corrigir o sistema, em curto prazo, sem ser perse-
Respeita a tudo e a todos, trata a realidade com cari- guido por quem perde espaço que estavam habituados a
nho, porque ela é generosa e te oferece todas suas rique- usurpar. O importante é perseverar e estar disposto,
zas, e de nada adianta te afobares imaginando que devas quando vencido por curto período, a seguir o caminho e
competir com teus semelhantes. esperar que os incautos percebam seus erros e voltem
ao trilho do trabalho do bem comum.
A competição é uma construção brutal da realidade,
uma herança arcaica que não é mais pertinente ao esta- O autor, Irmão Marco Antonio Peres é mem-
do atual de entendimento de nossa humanidade. Tudo bro da ARLS Estrela de Rio Claro, Oriente de
nos prova e comprova que precisamos atuar em conjun- Rio Claro - SP
to, solidariamente, nos apoiando mutuamente, porque
juntos somos mais que quando separados e voltados
uns contra os outros.

Tu precisas escolher se continuas na brutalidade ou
se evoluirás.

Segundo NICOLAU MAQUIAVEL - os homens se
guiam pelas aparências, não pela realidade. Os políti-
cos midiáticos – diante dessa audiência – têm opções.

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TEMPERANÇA

Por Irmão Antônio Binni

A educação moderna está inteiramente volta- A temperança de Piero Pollaiuolo, 1470
da para a transmissão de experiências - as
chamadas cultura das mãos - e do profissio- momento. Em poucas palavras é moderação, medi-
nalismo preparatório para uma futura atividade labo- da, a capacidade de governar a si mesmo.
ral, pensada como a mais rentável possível.
Que a essência da temperança consiste justa-
Pessoalmente, por outro lado, somos profunda- mente no governo de si mesmo, mais uma vez a
mente da opinião de que antes de tudo o homem "língua brilhante" grega o destaca, para roubar o
deve ser formado e que, só depois, deve ser enri- feliz título do famoso e muito bem sucedido ensaio
quecido com habilidades e competências específi- de Andrea Marcolongo (A língua brilhante. 9 razões
cas. Um homem habilidoso e competente, mas não para amar o grego. Economica Laterza, 2018). A
treinado, jamais será capaz de argumentar juízos palavra grega enkrateia (temperança) é de fato for-
corretos e viver a sociedade em termos plenamente
humanos em nome da razão, da tolerância e da evi-
dência histórica.

Daí a nossa constante insistência no aprofunda-
mento das virtudes: um tema central na especula-
ção antiga, completamente ignorado pela filosofia
moderna. Talvez porque o mundo moderno tenha
esquecido totalmente a virtude e, sobretudo, sua
prática. Assim, colocar um argumento tão negligen-
ciado no centro de nossa reflexão acaba inevitavel-
mente por se resolver em uma referência implícita,
mas não menos clara, a ideais e valores que infeliz-
mente hoje se perdem. Quando, pelo contrário, os
mesmos são fundamentais, e para uma correta for-
mação do homem e para a vida comum. Nossa ati-
tude, portanto, merece apreciação positiva, tam-
bém porque se trata de reviver análises muito finas,
preciosas, no presente veladas pela poeira que se
depositou em bibliotecas infelizmente pouco fre-
quentadas ao longo dos anos.

Depois de ter aprofundado a virtude da prudên-
cia, da justiça e, finalmente, da fortaleza, hoje com
esta nova escrita pretendemos concentrar todo o
nosso foco na temperança. Que, diferentemente da
prudência e da justiça, que dizem respeito ao bem
comum, como a fortaleza, ao contrário, envolve a
dimensão íntima do ser humano, justamente por
isso indispensável à ação virtuosa que, como condi-
ção indispensável, é a retidão da pessoa.

Por temperança - segundo o sentido comum -
entendemos a capacidade de dominar os próprios
pensamentos e inclinações: uma atitude indispen-
sável para não sermos vítimas do impulso do

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mada a partir da raiz krat (poder, dominação, gover- Representação da temperança (escultura em madei-
no) combinada com en (ele mesmo). ra pintada, datada de 1683, que cobre o santuário da
igreja baptismal bretã Commana em França)
No mundo antigo, a temperança era uma virtude
altamente valorizada. Como ponto de chegada de comida, bebida e sexualidade (Gal. 5, 23). No geral,
uma árdua jornada de conhecimento e uma cansati- sua escassa presença no Novo Testamento é
va autoformação, era de fato o ideal por excelência impressionante, mas não surpreendente. De fato, a
da filosofia antiga, capaz de dominar também a perspectiva mudou radicalmente. De fato, o ele-
agressão (assim Xenofonte, Memorables II, 1,1). mento central para o homem bíblico não é mais o
autocontrole, mas sim a aceitação da vontade salví-
Um espião eloquente, aliás uma confirmação fica de Deus.
incontestável, dessa centralidade para a ética grega
é a obra Górgias, dedicada por Platão à temperan- A temperança volta ao centro da reflexão com a
ça. Ali, como se sabe, estabelece-se um diálogo profunda contribuição dada ao tema por Tomás em
entre Sócrates e o "libertino" Cálicles que, ao enal- sua monumental obra Summa Thelogiae. Em seu
tecer o livre fluxo dos sentidos, zomba da temperan- tratado, o autor retoma muitos aspectos conhecidos
ça como atitude típica do homem fraco. Tese opos- da reflexão dos clássicos. Entre os eruditos pagãos
ta, ao contrário, com firme determinação de Sócra- mencionados estão também Sêneca (especialmen-
tes, segundo a qual, ao contrário, é precisamente o te o De ira e o De clementia), Cícero e Macróbio.
homem fraco que é intemperante, pois é incapaz de Quanto aos autores cristãos, a referência é especi-
autocontrole, portanto, um homem destinado por almente a Agostinho. De fato, toda a obra do bispo
definição à infelicidade, pois é incapaz de alcançar de Hipona é constantemente citada por Tomás.
aquele prazer que a pura pesquisa desesperada-
mente: um barril perfurado, impossível de encher. Tendo em conta a localização e a natureza da
Conclusão - nota - a que Freud também chegou mui- nossa análise, nenhum epítome sério do trabalho
tos séculos depois em seu ensaio intitulado Além do de Thomas é evidentemente possível. Mesmo a
princípio do prazer, posteriormente também confir- simples tentativa de formular uma síntese, neste
mado pela psicologia moderna, que reafirma que contexto, acabaria por resultar num autêntico acto
quem busca o prazer como um fim em si mesmo desrespeitoso, porque um pensamento tão vasto,
jamais o encontrará. profundo e agudo como o de Tomás não pode ser
reduzido a um compêndio abreviado. Limitamo-nos,
Aristóteles, por sua vez, aborda o assunto no portanto, a lembrar que, entre as paixões objeto da
sétimo livro da Ética a Nicômaco. O Estagirita temperança, Tomás menciona em particular aque-
observa que o continente obedece às indicações da las que visam à preservação do indivíduo (comer,
razão e, assim, domina seus próprios desejos. beber, vestir, cuidar de si, dinheiro) e da espécie
Nessa capacidade de autodomínio, o filósofo reco- (união entre homem e mulher). Tomás mostra então
nhece então a diferença entre o homem e os outros a gravidade da temperança, e quanto ao aspecto
animais, visto que, com referência a estes, não se
pode falar de continência ou incontinência. Depois
de observar que a intemperança é típica daqueles
que permaneceram na fase infantil (op.cit. 1147 a 25
- 1152 a 25), a Estagirita conclui que a intemperança
é ruim, porque o intemperante segue a sensibilida-
de desconsiderando a razão.

No estoicismo é central o tema da temperança
dos retorna como a capacidade de abster-se do pra-
zer, condição indispensável para libertar-se de qual-
quer condicionamento.

Cícero está na mesma linha de pensamento, tra-
duzindo enkrateia por temperantia, que ele então
define como "o domínio firme e moderado da razão
sobre os desejos e paixões, e sobre as outras emo-
ções desenfreadas da mente" (De invento, II, 164). :
definição particularmente pontual e aguda porque
sublinha o papel central que a razão desempenha
na possibilidade concreta de moderar as paixões.

Enkrateia está completamente ausente nos Evan-
gelhos. Em vez disso, aparece em Paulo na lista de
virtudes, em oposição à devassidão em relação à

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Figura da Temperança do memorial Digges por livre curso das mais perversas fantasias como a
Nicholas Stone , Igreja de Santa Maria, Chilham expressão mais intensa de uma vida plenamente
vivida. Assim, é necessário um retorno à modera-
negativo da virtude em consideração. Perfil que, na ção devidamente compreendida. Caso contrário,
análise do argumento por seus estudiosos, acabou torna-se uma virtude desvalorizada.
se tornando predominante, pois somente avalian-
do os efeitos negativos da intemperança pode Contrastar a própria natureza por definição
transparecer o aspecto positivo da virtude. impulsiva, saber atestar a expectativa avaliativa
das circunstâncias, indispensável para adotar um
Nos prazeres objeto da intemperança, a nature- comportamento correto, é um comportamento glo-
za sexual, alimentada pela fantasia, tem um perfil bal que contrasta fortemente com a inclinação natu-
mais relevante. A luxúria é, de fato, o vício mais ral precoce, envolvendo atenção constante e um
grave da intemperança, visto que, além de privar o não ocasional compromisso. Deve-se concluir que
homem de sua dignidade, contamina também sua a temperança acaba sendo um ato violento, pois o
faculdade mais elevada: a inteligência. Por isso autogoverno exige justamente violar a própria natu-
degrada o homem a ponto de torná-lo escravo reza a ponto de impedi-la daquele comportamento
(Summa Theol. II - II - q.142 a; mas também 99. 148 a que se sente intimamente levada. Quanto mais
- 158). Também não é sem significado que a podemos dizer que a temperança é um comporta-
modernidade, em vez de considerar e avaliar a tem- mento antinatural, precisamente porque postula
perança em seu vasto campo de aplicação (comi- um ato conscientemente deliberado da razão con-
da, bebida, atividade, descanso etc.), acabou por tra o próprio ser: que, por sua vez, pressupõe um
reduzi-la à única regulação do comportamento trabalho laborioso sobre si mesmo, mas pratica sua
sexual. De fato, esta é a origem da crise - que pare- arte de direção, em cujo contexto o controle consti-
ce imparável - da moralidade atual, até sua rejeição tui a virtude por excelência, pois a sabedoria não
integral e total, mais firme e determinada, visto que pode ser alcançada sem enkrateia. A violação do
a moral e o consequente modelo de vida se opõem autogoverno abre a porta ao impulso descontrola-
negativamente a tudo o que é fonte de alegria e do, às tentações, à intolerância e, em última análi-
prazer. A moral ficou assim reduzida a sinônimo de se, até mesmo à própria violência: situações -
condenação de uma vida triste e monótona, ao con- todas elas - que, por definição, se chocam precisa-
trário da imoralidade, filha da intemperança, que se mente com aquela serenidade de espírito que é
tornou expressão de felicidade, fruto de um prazer antes o ponto de desembarque com dificuldade
desenfreado: movimento libertino de que Sade é o alcançado pelo autêntico iniciado.
melhor conhecido expoente, por ter teorizado o
A Maçonaria, reconhecendo sua eficácia destru-
tiva, por definição evita a violência, embora com
uma exceção: aquela que, em conformidade com a
temperança, tem exatamente sua própria pessoa
como receptora, e com ela sua própria natureza
irrefletida, porque é absolutamente necessária
para a formação do homem, que é a forma do seu
bem mais precioso: a humanidade, dom inestimá-
vel recebido com o próprio nascimento.

Concluindo nossa reflexão sobre o tema esco-
lhido, para sua análise cuidadosa não podemos,
portanto, nos isentar do convite - que para o
maçom é propriamente uma recomendação de
coração - de cultivar a temperança todos os dias,
porque lutar contra a libertinagem é justamente a
porta de entrada para a verdade da si mesmo, quan-
do se reconhece como parte integrante de um
plano maior, bem como de uma ordem que enrique-
ce os traços da humanidade, da preocupação com
o bem comum, do culto da verdade. Em nosso jul-
gamento subjugado, é assim que alguém se torna
homem autêntico.

(*) O Irmão Antonio Binni é Grão-Mestre

Emérito da Grande Loja da Itália

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HIRAM E JESUS: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS

Como a lenda de Hiram lembra a história de Cristo? Como ela se desvia disso?

O tema da morte e do renascimento está presente Vejamos, portanto, as semelhanças e as diferenças
em um grande número de lendas e tradições, em que existem entre a lenda de Hiram e o relato crístico.
todos os tempos e em todas as civilizações.
Hiram e Jesus: semelhanças.
Pensamos nos mitos solares, nos ritos xamânicos, na Tanto Hiram quanto Jesus podem ser chamados de
lenda da Fênix, no mito de Ísis e Osíris, nos profetas e "Grandes Iniciados". Representam a sabedoria, o
heróis salvos das águas (Noé, Moisés, Ulisses) ou pas- Conhecimento e distinguem-se pela sua exemplaridade.
sando pela morte (Orfeu, Héracles), ou mesmo para os Seu comportamento diante do mal mostra o caminho a
deuses da regeneração (Tamuz entre os babilônios, Dio- seguir.
nísio entre os gregos, etc.). As semelhanças entre a morte de Hiram e a de Jesus
são numerosas:
Essas lendas nos levam a pensar nos ciclos, no eterno Ÿ Hiram e Jesus são ambos vítimas de uma injusti-
retorno, no progresso, na transmissão, na vida, na nossa
relação com o divino, ou mesmo na autotransformação. ça,
Ÿ enfrentam corrupção, crime e ignorância,
A morte é mais frequentemente abordada como uma Ÿ eles são objeto de traição : Hiram cai sob os gol-
provação a ser enfrentada para acessar outro mundo, ou
outra maneira de ver o mundo. pes de seus próprios trabalhadores, Jesus é denun-
ciado por seu discípulo Judas,
Da mesma forma, o tema da morte e do renascimento Ÿ sua provação tem várias etapas : 3 para Hiram, 14
é central no Novo Testamento por meio da vida de Jesus, para Jesus (cf. as catorze estações do caminho da
sacrificado para salvar a humanidade. O Jesus ressusci- cruz),
tado triunfa sobre a morte e mostra o caminho para a Ÿ Tanto Hiram quanto Jesus são afetados fisica-
verdadeira vida. mente : Hiram por três golpes no ombro direito,
ombro esquerdo e testa (formando assim um
Uma história que lembra diretamente o personagem triângulo ), Jesus por três pregos perfurando suas
de Hiram, central na lenda maçônica. Hiram é o princi- mãos e pés (formando um triângulo invertido),
pal arquiteto do Templo de Salomão. Sábio, ele conhece Ÿ depois de serem enterrados, seus corpos desapa-
os segredos da construção. Ele é o alvo de uma trama recidos são objeto de uma missão.
fomentada pelos três malvados companheiros, repre- Notemos que Hiram como Jesus deixou o mal atra-
sentando ignorância, fanatismo e ambição. Os malva- vessá-los: eles permitem que ele se expresse, se mostre,
dos companheiros não conseguindo obter os segredos, a única maneira de desmascará-lo, portanto, dissolvê-
assassinam Hiram. O corpo deste último será encontra- lo. Eles não tentam resistir (Hiram, no entanto, se recusa
do sob um ramo de acácia.

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a revelar os segredos). Pelo contrário, eles se sacrificam seu exemplo e a sua memória, numa lógica de
para cumprir seu destino. transmissão e progresso iniciático.
Assim, a crença na ressurreição de Cristo é uma ques-
Pois resistir seria usar as mesmas armas que o pró- tão de fé, enquanto a ressurreição de Hiram é uma ques-
prio mal: seria permanecer prisioneiro da matéria. Ao tão de iniciação. Em outras palavras, a Ressurreição
contrário, desistir de lutar contra o mal nos permite abra- constitui um dogma exotérico, enquanto a ressurreição
çá-lo, amá-lo para desarmá-lo. Esta é a força do perdão e do Mestre consiste em uma experiência esotérica.
da redenção, este é o caminho a seguir. Notaremos também uma relação muito diferente
com a verdade: a verdade de Jesus é revelada, enquanto
Não dê ao mal nada para se opor e desaparecerá a verdade de Hiram é um segredo, um segredo que se
por conta própria.( Tao Te King, 60) perdeu com a morte do Mestre. As palavras de Cristo
são conhecidas, enquanto as palavras de Hiram pare-
Jesus e Hiram simbolizam o abandono do corpo- cem esquecidas para sempre.
matéria. Renunciam ao seu ego e aceitam a sua dissolu- Isso resulta em dois caminhos espirituais muito dife-
ção corporal: “a carne deixa os ossos”, “tudo está desu- rentes:
nido”. Quanto ao corpo de Cristo, ele literalmente desa- Ÿ a primeira é acessar o Reino de Deus através da
parece, e o túmulo permanece vazio. crença em Jesus e em sua ressurreição, uma fé que
permitirá nossa salvação na vida após a morte,
Em ambos os casos, a morte física anuncia a entrada Ÿ a segunda consiste em transformar-se espiritual-
em um novo mundo, em uma nova vida, não mais basea- mente desta vida, para acessar uma forma de vida
da na matéria, mas no Espírito: Cristo ressuscitou, feliz baseada no despertar da consciência, sabe-
Hiram renasceu "mais radiante do que nunca" através doria e serenidade. A morte simbólica, no sentido
da pessoa do novo Iniciado. de abrir mão de nossos apegos e de nossas falsas
crenças, é a condição dessa transformação.
A dissolução física anuncia assim o retorno à unida- É assim que o processo iniciático se afasta da narrati-
de do ser: o corpo reaparece, luminoso, espiritualizado. va bíblica. Mas nada impede que o maçom se liberte do
dogma para se aproximar da Bíblia em sua dimensão
Hiram e Jesus: principais diferenças. simbólica, mesmo iniciática, para progredir cada vez
Existem, no entanto, diferenças importantes entre a mais no caminho do Conhecimento. Se a abordagem for
lenda de Hiram e a vida de Jesus. A principal é a distin- diferente, o objetivo permanece o mesmo: o centro do
ção entre ressurreição e elevação: círculo corresponde ao centro da cruz cristã.
Ÿ Jesus é o filho de Deus (Deus encarnado): se seu
Fonte:www.jepense.org
corpo é mortal, seu Espírito permanece eterno, e a
ressurreição é sobre-humana,
Ÿ inversamente, Hiram não tem um caráter divino.
A sua elevação, simbólica, só pode ser feita atra-
vés da pessoa de um novo iniciado. Hiram não
ressuscita a si mesmo, ele não renasce estritamen-
te falando. Se alguma coisa dele sobrevive, é o

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MAÇONARIA NÃO É RELIGIÃO

Um homem tem mais religião do que pratica em

Alguns maçons costumam dizer: “A Maçona- sua vida. A Maçonaria está intimamente ligada à
ria é toda a religião que eu quero”. Também religião neste aspecto, que é um modo de vida, ao
vemos com frequência nas resoluções ado- invés de uma teoria. A teologia é um complicado
tadas pelas lojas sobre a morte de um irmão maçom sistema de doutrina e apela ao intelecto. A verdade-
muitos sentimentos que levariam os não iniciados a
acreditar que a maçonaria é considerada por todos ira religião consiste não meramente de fé e adora-
como uma religião. ção, mas de obras que se conformam às regras da
justiça. É um estado de piedade ativa, em vez de
Isto, no entanto, não é verdade. O objetivo prin- adormecida ou passiva. Em nossa Fraternidade
temos o maçom intelectual, o maçom prático e o
cipal da religião é ensinar os deveres que devemos a maçom superficial. O primeiro nome é forte em
Deus. Os deveres para com os homens não são reli- simbolismo. O esquema de moralidade ensinado
giosos, a menos que sejam realizados com referên-
cia às nossas relações com Deus. Pode-se, por exem- em nosso majestoso ritual apela ao seu intelecto, e
plo, dar dinheiro para aliviar as necessidades de um ele se deleita no estudo da filosofia e da história da
vizinho pobre. Isso em si é uma caridade um ato instituição. Na maioria dos casos ele é sincero em
sua admiração pelos princípios da Maçonaria.
virtuoso ou moral. Se, no entanto, o motivo de dar O maçom prático, assim chamado, não é dotado
dinheiro não for apenas aliviar o próximo, mas prin- de imaginação vívida, mas é forte no senso comum.
cipalmente e principalmente agradar a Deus, então O misticismo, o simbolismo, a filosofia não lhe
isso se torna um ato religioso.Amenos que o amor a
Deus seja o motivo de nossas ações, elas não são de fazem nenhum apelo especial. A antiguidade da
forma alguma religiosas. instituição pode inspirar um sentimento de reverên-
cia, mas é o trato justo, a honestidade áspera, os

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princípios de igualdade e equidade que comandam para ficar de fora do intelectual primeiro e segundo.
sua lealdade. Ele encontra na Maçonaria um siste- Os objetivos proeminentes da Maçonaria são
ma de moralidade adequado ao uso diário, e sob sua
influência ele pratica a verdadeira caridade e as melhorar a condição da humanidade sofredora,
virtudes cardeais da temperança, fortaleza, prudên- silenciar a discórdia e a confusão entre os homens,
cia e justiça. O amor fraterno inspira o maçom prá- banir o ódio, a malícia e a inveja do coração huma-
tico, e onde o amor existe credos e teorias são no e implantar justiça, misericórdia e benevolência
supérfluos. em seu lugar. A Maçonaria nos ordena a ajudar os
fracos, alimentar os famintos, vestir os nus, levan-
O maçom superficial é um tipo muito comum. tar os caídos, proteger a viúva e espalhar bênçãos
Ele se torna um maçom porque tem amigos na Loja, sobre toda a raça. Promove todas as virtudes morais
porque a instituição é popular, porque ele quer usar e sociais; torna os homens melhores irmãos, melho-
o botão e fazer com que o mundo saiba que ele per- res maridos, melhores pais e melhores cidadãos;
tence à sociedade secreta mais influente. Ele gosta mas não pretende tornar os homens cristãos.
do “drama” no terceiro grau, mas não tem paciência

25

Maçons Ilustres

O MAÇOM E O ARGONAUTA

Simon Lake, Inventor e Maçom

Por John M. Bozeman forma diferente. Lake via o submarino como uma
ferramenta de defesa e exploração, enquanto Hol-
Os leitores de Vinte Mil Léguas Submarinas, land o via mais como um meio de ataque.
de Júlio Verne, lembrarão que o Capitão
Nemo foi movido por dois impulsos: um Simon Lake, o mais novo dos dois, veio de uma
desejo de vingança contra uma nação que tirou a família de inventores e engenheiros práticos, e pas-
vida de sua família e um amor pela exploração do sou uma parte significativa de sua juventude em
mundo submarino. A inovadora história de ficção Nova Jersey e na Pensilvânia velejando, enquanto
científica de Verne não serviu apenas para criticar o inventava e aprendia trabalhos mecânicos. Foi nesse
imperialismo e prever o futuro, mas também ajudou período que ele se tornou maçom, juntando-se ao
a criar o futuro! Pelo menos dois homens ficaram tão Monmouth Lodge Nº 172 em Atlantic Highlands,
inspirados por este romance francês que dedicaram Nova Jersey.
suas carreiras a tornar realidade as viagens submari-
nas: O Irmão Simon Lake e seu rival, John Holland. Encorajado por sua esposa, Lake começou a tra-
Cada homem, no entanto, entendia o submarino de balhar em embarcações submarinas – o Argonaut
Junior de 16 pés de comprimento (1894), seguido
pelo Argonaut No. 1 (1897), de 36 pés. Lake sabia
que o principal cliente de seu navio seria a Marinha

26

dos Estados Unidos. Como tal, o Argonaut poderia Argonauta de Simon Lake em doca seca
ser equipado para disparar torpedos e era adequado
para uso militar defensivo, como colocação de Mundial. Lake havia sugerido que grandes submari-
minas em portos e remoção de minas. No entanto, o nos de carga seriam uma maneira segura e econômi-
navio era muito mais do que uma plataforma de ca de evitar os submarinos alemães, que prejudica-
armas - também incluía um grande holofote suba- vam o transporte internacional e causavam grande
quático, uma câmara de mergulho e uma porta de perda de vidas, mas sua recomendação foi ignorada.
amostragem que permitia que uma pessoa saísse Lake viveu para ver um submarino de seu projeto, o
com segurança do submarino para coletar espéci- USS O-12 (rebatizado Nautilus), tornar-se o primei-
mes ou colher moluscos. A porta também pode ser ro submarino a explorar qualquer distância sob a
usada para permitir que a tripulação escape de um calota polar em 1931. Esta expedição, liderada pelo
submarino em perigo, um recurso de segurança que famoso explorador Sir George Hubert Wilkins , foi
falta na maioria dos projetos concorrentes. Mais apenas parcialmente bem-sucedido (o objetivo era
caracteristicamente, os submarinos de Lake geral- viajar sob toda a calota polar), mas mostrou que os
mente tinham rodas, o que lhes permitia rolar leve- submarinos podiam operar em um ambiente polar.
mente pelo fundo do mar. Este empreendimento também resultou em alguns
dos primeiros trabalhos científicos publicados pela
Lake usou o Argonaut Nº 1 para completar uma agora mundialmente famosa Woods Hole Oceano-
viagem de 1.000 milhas, levando a um dos maiores graphic Institution. Somente em 1958, cerca de 27
triunfos pessoais de Lake: um telegrama do próprio anos depois, outro Nautilus, o USS Nautilus (SSN-
Júlio Verne celebrando o evento! (Autobiografia de 571), movido a energia nuclear, completaria um
Simon Lake, pag. 117). Lake então usou o Argonaut trânsito submarino completo do Pólo Norte – mais
Nº 1 e seus sucessores para construir uma empresa um exemplo de como a imaginação ardente de Júlio
de salvamento de sucesso, explorando e recuperan- Verne inspirou o futuro. Ambos os submarinos O-12
do naufrágios ao longo da costa leste. Ele também e SSN-571 foram nomeados em homenagem ao
formou a Lake Torpedo Boat Company, com sede maravilhoso, embora fictício, submarino do Capitão
em Bridgeport, Connecticut; lá, Lake afiliado ao Nemo em Vinte Mil Léguas Submarinas: o Nautilus.
Ansantawae Lodge Nº 89 nas proximidades de Mil-
ford, Connecticut. Fonte: https://scottishrite.org

Durante anos, Lake não conseguiu interessar a
Marinha dos EUA em seus submarinos devido à
preferência da Marinha pelo navio submarino do
concorrente John Holland. Lake então viajou para o
exterior com sua família para desenvolver submari-
nos para as marinhas russa, austro-húngara e alemã,
apenas voltando para casa para trabalhar para a Mari-
nha dos EUA após a eclosão da Primeira Guerra
Mundial.

Embora Lake não tenha inventado o submarino,
ele teve uma tremenda influência nos submarinos de
hoje. Com mais de 200 patentes, seu trabalho inclu-
iu grandes melhorias no design de casco duplo,
periscópios, câmaras de ar e o princípio da descida
de quilha uniforme, o último permitindo que os sub-
marinos mudassem de profundidade sem inclinar o
submarino inteiro para cima ou para baixo. Apesar
de suas contribuições para o campo, no entanto, sua
fortuna diminuiu, especialmente após o fim da Pri-
meira Guerra Mundial.

O Irmão Simon Lake faleceu de ataque cardíaco
em 1945. Ele serviu como conselheiro da Marinha
dos EUA durante a maior parte da Segunda Guerra

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Mitologia

MINOTAURO

Por Irmão Enrique Alan Hernandez Salazar ela uma vaca de madeira e couro, na qual ela poderia se
esconder para consumar sua união com a fera... o resul-
A história do minotauro começa quando o rei de tado dessa união abominável, nasceu uma criança que
Minos pede a Poseidon (deus do mar) que o era meio homem e meio touro. O desejo incomum de
ajude a ocupar o trono de Creta. O deus do mar o Pasífae é o fonte da perversidade de Minos, simboliza
favoreceu em seu pedido, enviando um grande touro um amor culpado, injusto e um domínio indevido, onde
branco. Em agradecimento, Minos prometeu sacrificar no final ela cede a um desejo antinatural.
o touro a Poseidon, mas o touro era tão magnífico que
ele mudou de ideia, levando o touro para usar como A rainha criou seu filho enquanto ele era criança
garanhão em seus estábulos e usando um touro comum enquanto o Minotauro crescia, sua natureza bestial e
para o sacrifício... não saberia, notaria a mudança. violenta não podia mais ser contida. O minotauro se
Observe como, em vez de trabalhar para alcançar o rei- desenvolve e seus instintos despertam, assumindo o
no, Minos, cego por sua ganância, vai para o lado fácil, controle de ser meio homem e meio animal. Por isso é
mágico e sobrenatural, uma questão que um iniciado transcendente que o iniciado cuide de sua emoção, de
deve evitar a todo custo. seu desejo, que evite tomar decisões em momentos de
alteração hormonal.
Poseidon pune Minos, tornando o animal indomável
e com a ajuda da Deusa Afrodite, que Pasifae esposa de O monstro não poderia ser ferido sem ofender Posei-
Minos se apaixona pelo touro, tornando-a vítima de um don. Minos fez Dédalo construir um labirinto como
desejo antinatural e obsessivo pelo touro. É importante prisão para o Minotauro. Minos ordenou que escravos e
observar que se pode enganar os outros, mas não a si prisioneiros fossem jogados regularmente no labirinto
mesmo, se o mito for estudado à luz dos conceitos da para que o Minotauro pudesse caçá-los, matá-los e
psicanálise, pode-se observar que todos os males que comê-los... as falhas reprimidas e escondidas dentro do
Minos obteve foram causados por auto-sabotagem, nosso inconsciente (o labirinto). Diz-se que no centro
derivada da culpa que se arrependia do descumprimen- do labirinto está a verdade. O labirinto representa a jor-
to de sua promessa. Por esta razão, todo iniciado deve nada das trevas para a luz, ou a sabedoria secreta desco-
trabalhar livre de culpas e preocupações. berta após passar por um teste, somente os sábios
podem encontrar o caminho através dele.
Pasifae convence o inventor Dédalo a construir para
Minos teve um filho a quem chamou de Androgeo,
que viajou para Atenas onde morreu. Em retaliação
pela morte de seu filho, Minos atacou Atenas destruin-

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do seus arredores. Ele exigiu como homenagem que a Um dia depois de escapar de seu navio para na ilha
cada nove anos os atenienses lhe enviassem 7 rapazes e de Naxos, Teseu sonha que o deus Dionísio apareceu e
7 moças para o labirinto do Minotauro. Ser alimentado exigiu que ele deixasse Ariadne para que o deus pudes-
com esses números simboliza os 7 planetas antigos e se se casar com ela. Quando ele acorda, ele vê uma frota
sua influência nos homens todos os dias. Desenvolve- escura que ataca a ilha, convencido de que pertence a
mos vícios dia a dia, 7 são os grandes vícios; mas da Dionísio, ele ordena que todos voltem ao navio... exce-
mesma forma 3 são as virtudes teologais e 4 são as car- to Ariadne que fica e se casa com Dionísio dando-lhe
deais para combatê-las. muitos filhos, mas não antes de amaldiçoar Teseu por
abandoná-la.
Quando os jovens foram convocados e foi delibera-
do quem seria enviado. Teseu - que acabara de chegar a A maldição de Ariadne logo entrou em vigor. Quan-
Atenas - que estava isento da obrigação, vendo o choro do Teseu navegou para Atenas, ele ainda estava preocu-
das mães, se ofereceu. Egeu (pai de Teseu e rei de Ate- pado com a frota escura e com a quebra de sua promessa
nas), tenta dissuadir o filho, mas ele não tinha intenção de se casar comAriadne.
de desistir. O navio que eles pegam em direção a Creta
tem um conjunto de velas pretas. Aegeus dá a Teseu um Estava tão perdido nesses pensamentos que se
conjunto de velas brancas para usar se ele conseguir esqueceu das velas e da promessa que fizera a Egeu
escapar do Minotauro. Teseu, sendo o herói, personifica quando subiu ao topo da Acrópole para ver as velas
a encarnação da coragem e da ação moral, seu gesto negras do navio que se aproximava, seu coração se par-
representa o caminho para a verdade que só pode ser tiu, pois acreditava que seu filho estava morto. Perdido
encontrada com uma batalha espiritual. em desespero, ele se jogou no vazio. Embora Teseu
tenha retornado e resgatado os jovens do tributo, seu
Quando o navio chega ao seu destino, o Minos ficou retorno para casa foi sombrio. Algum tempo depois,
impressionado com a beleza de uma jovem chamado sendo filho do rei Egeu, é coroado rei deAtenas,
Peribea. Ele a tira da briga para ficar com ela, Teseu
vem em socorro da garota e tal ação faz com que Ariad- Observe como o herói que, apesar de armado, derro-
ne (filha de Minos), se apaixone por ele imediatamente. tado a besta, atravessado o mar das paixões, é posto à
Furioso por ser exposto, Minos renuncia a Peribea, mas prova como Minos, com uma prova de promessa que-
ordena que Teseu seja o primeiro a ser lançado no labi- brada, que gera culpa e desencadeia uma nova série de
rinto. Naquela noite Ariadne promete ajudar Teseu a eventos azarados. Para o acima é importante não ficar
matar o Minotauro e escapar do labirinto, se ele se casar arrogante, não esquecer o trabalho, o caminho certo,
com ela e a levar para Atenas, Teseu prontamente con- tomar decisões que não impliquem obstáculos no futu-
corda. No dia seguinte, quando Teseu é levado ao labi- ro.
rinto, Ariadne aparece de uma pequena janela no alto e
deixa cair uma espada e um novelo de barbante; ele ________________________________________
deseja-lhe boa sorte e vai embora. O novelo de linha é Fonte: Revista CMI
símbolo da vida, a ajuda espiritual necessária para supe-
rar as adversidades, é lembrar o vínculo com a origem.
A espada simboliza poder e força, separa o bem do mal
e rejeita a ignorância, ou seja, o discernimento. A luta
contra o monstro significa a luta para libertar a cons-
ciência aprisionada pelo inconsciente e a luz contra a
escuridão. E uma batalha entre a razão e a selvageria,
entre a Ordem e o Caos.

Teseu amarra uma ponta do barbante e começa sua
jornada pelo labirinto; ele finalmente chega ao centro,
onde encontra a fera. Depois de desviar de várias cargas
e investidas, Teseu consegue abater a fera e use a corda
para escapar do labirinto, pega Ariadne e foge com o
resto dos jovens. O signo penal do Aprendiz obriga-o a
medir as suas palavras e a calar-se, separando o seu
corpo (matéria) da sua cabeça (mente), ou seja, separa o
ser da sua animalidade, deixando-o apenas com a sua
humanidade, é muito semelhante ao ensinamento con-
tido no mito da besta decapitada, cuja parte animal é
separada da parte humana.

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A Cúpula da Rocha é um santuário islâmico localizado no Monte do Templo, na Cidade Velha de Jerusalém

O MONTE DO TEMPLO

por Aaron Byrd primeiro humano,Adão.
A atual Cúpula da Rocha foi construída, por volta
Ambos os Ritos, de York e Escocês promo-
vem a educação dos graus da LojaAzul, não de 691 EC, no local do segundo Templo Judaico,
apenas discutindo o Santo dos Santos do que foi destruído durante o cerco romano de Jerusa-
Templo do Rei Salomão, mas também o que está por lém em 70 EC. Foi capturado pelos Cavaleiros Tem-
baixo dele. Pela tradição judaica, o Santo dos Santos plários em 1099 e renomeado para Templum Domi-
estava localizado no Monte Moriá, que agora é mais ni, ou Templo do Senhor. Após o saque de Jerusalém
conhecido como o Monte do Templo em Jerusalém. em 1187, Saladino ordenou que o Domo da Rocha
Acredita-se amplamente que o local do Santo dos fosse ritualmente purificado com água de rosas. A
Santos do antigo Templo é marcado pela Pedra Fun- mobília cristã foi removida da mesquita e foi equi-
damental. A Pedra Fundamental é uma grande rocha pada com tapetes orientais. Suas paredes eram ilu-
no Monte do Templo, atualmente coberta inteira- minadas com candelabros e textos do Alcorão.
mente pela mesquita Domo da Rocha. Desde então, permaneceu sob a responsabilidade
dos muçulmanos.
Esta pedra tem significado para todas as três
religiões abraâmicas da região. Acredita-se que a A Mishná declara: “Há dez graus de santidade. A
rocha marca o local onde Abraão procurou sacrificar Terra de Israel é mais sagrada do que qualquer outra
Isaque, onde Jacó teve seu sonho, onde Noé desem- terra... O Monte do Templo é ainda mais sagrado,
barcou e, finalmente, foi o local de descanso da Arca pois nenhum homem ou mulher que tenha gonor-
da Aliança. Além disso, na religião cristã, acredita- réia, nenhuma menstruação e nenhuma mulher após
se que este tenha sido um possível local da anuncia- o parto pode entrar nele.AMuralha (uma área de dez
ção de João Batista. Do ponto de vista islâmico, a côvados ao redor do próprio Templo) é ainda mais
rocha marca o local da jornada noturna de Maomé sagrada, pois nenhum gentio e nenhum que tenha
ao céu. Também é afirmado pela fé judaica que a contraído impureza ritual de um cadáver pode entrar
pedra marca o lugar onde Deus criou o mundo e o nela. O Pátio das Mulheres é ainda mais sagrado,
pois uma pessoa que mergulhou naquele mesmo dia
(mas o sol ainda não se pôs) não pode entrar nele,
mas ninguém que entra se tornará passível de uma

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oferta pelo pecado. O Pátio dos Isra- Poço das Almas - Jerusalém
elitas é ainda mais santo, pois nin-
guém cuja expiação ainda está te.
incompleta (isto é, que ainda não De acordo com a tradição judaica, a santidade
trouxe um sacrifício) pode entrar
nele, original que o Rei Salomão concedeu ao primeiro
Templo era sagrada para o seu tempo e para o futuro,
Ainda mais do que estes, o Santo a razão é que a santidade do Templo e da própria Jeru-
dos Santos é o local mais sagrado do salém deriva da presença de Deus [Shekhinah], e a
judaísmo, e só poderia ser entrado Shekhinah não é cancelado, pois está escrito “e des-
pelo Sumo Sacerdote em um dia por truirei seus templos” (Levítico 26:31).
ano, e somente após uma purificação
ritual substancial. A proibição de Portanto de acordo com a tradição judaica, “mes-
judeus entrarem no Monte do Tem- mo sendo desolados, eles ainda são chamados de
plo está ancorada no status haláchi- templos” [Meguilá 28a].
co dos judeus em nossos tempos,
que são considerados “contamina- Sob a pedra há uma caverna natural, que foi um
dos pelo contato com os mortos”. pouco ampliada. Isso é conhecido na tradição islâ-
Atualmente, ao contrário dos tem- mica como o “poço das almas”, pois acredita-se que
pos antigos, não há possibilidade de seja o local de retenção das almas que aguardam o
ser purificado dessa contaminação. Essa purificação dia do julgamento. Curiosamente, se alguém bates-
exigia as cinzas de uma novilha vermelha que havia se no ponto mais baixo da caverna, os esforços seri-
sido sacrificada de acordo com os requisitos de am recebidos com um notável som de eco oco. Isso
Números 19:1-22 e do Tratado da Mishná Parah. A levou muitos a especular que existem câmaras adici-
existência de uma novilha vermelha que cumpra onais sob o Poço das Almas. Ninguém jamais viu a
todos os rígidos requisitos impostos por estas regras câmara (ou câmaras) abaixo. Também é relativa-
é uma anomalia biológica. O animal deve ser intei- mente fácil isolar o som da água em movimento sob
ramente de uma cor e atender a outros requisitos a caverna. Ambas as tradições judaica e islâmica
rigorosos, e há uma série de testes listados pelos rabi- têm respostas para isso. O Talmud afirma que a
nos para garantir isso. De acordo com a tradição pedra cobre uma entrada no abismo, onde todas as
judaica, apenas nove novilhas vermelhas foram real- águas do grande dilúvio são armazenadas. Os
mente abatidas no período que se estende desde Moi- muçulmanos acreditam que o rio do paraíso corre
sés até a destruição do Segundo Templo. sob a pedra.

A extrema raridade do animal, combinada com o Fonte: theresearchlodge.com
ritual detalhado em que é usado, deram à novilha
vermelha um status especial na tradição judaica. É
citado como o principal exemplo de um ḥok, ou lei
bíblica, para a qual não há lógica aparente. Porque o
estado de pureza ritual obtido através das cinzas de
uma novilha vermelha é um pré-requisito necessá-
rio para participar do serviço do Templo, esforços
têm sido feitos nos tempos modernos por judeus que
desejam a pureza ritual bíblica, e em antecipação à
construção do Terceiro Templo, localizar uma novi-
lha vermelha e recriar o ritual. No entanto, vários
candidatos foram desqualificados. Como não se
sabe com certeza absoluta onde ficava o local do
Santo dos Santos, e dada a relativa impossibilidade
de purificar ritualmente os judeus ortodoxos moder-
nos, o rabino-chefe de Jerusalém impediu os judeus
de entrar, para que eles não pisassem erroneamente
em solo sagrado, que poderia ser punido com a mor-

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Mario Buonocunto - O Tronco da Viuva

O TRONCO DA VIÚVA

E sentado em frente ao tesouro, ele observou como a multidão jogava moedas no tesouro. Muitas pessoas ricas tinham
jogado fora muito. Mas quando veio uma pobre viúva, ela jogou duas pequenas moedas, isto é, um centavo.
Então, chamando os discípulos, disse-lhes: “Em verdade vos digo que esta viúva lançou no tesouro mais do que todos
os outros. Como todos davam o supérfluo, ela preferia, na sua pobreza, colocar tudo o que tinha, tudo o que tinha para
viver”.

Evangelho de Marcos XII 42-44

Por Rosmunda Cristiano traz de volta à lenda de Ísis.
Fonte: Expartibus A deusa, irmã e esposa do deus Osíris, morta e des-

O costume da caridade, na Maçonaria, deriva da pedaçada por seu irmão Seth, que espalhou seus restos
passagem do Evangelho acima relatada, nossos mortais por toda a Terra, ajudada por sua irmã Néftis,
antigos rituais não o mencionam até 1820, quan- depois de uma longa peregrinação, encontra todas as
do, nos “Estatutos Gerais de Nápoles” , há referência à partes de seu corpo, exceto a falo, devorado por um
“ troca de caridade ”. peixe do Nilo.

O fato é que cada volta, em qualquer grau, termina Ísis, com muito esforço e lágrimas, consegue
com a passagem do tronco da viúva; sem esta cerimônia remontar o corpo, mas, sem um membro viril, não con-
simples, mas muito importante, podemos dizer que a segue procriar. Implacável, ela se faz uma prótese de
sessão não é um “ ritual ”. sicômoro e se junta a ele, dando vida a Hórus, o Sol,
que, portanto, é filho da viúva, pois foi gerada por Ísis,
A denominação " Tronco da Viúva ", com clara refe- que concebeu sem marido.
rência à já citada passagem de Marcos, provavelmente
se refere à figura de Hiram "filho de uma viúva da tribo Aarca com os restos divinos, descendo o Nilo, chega
de Naftali, mas do pai Tirio, um artesão de bronze, de ao mar e é empurrada pelas correntes para a costa da
grande capacidade técnica. e cheio de talento, especia- Síria, onde de repente surge uma urze e cresce rapida-
lista em todos os tipos de trabalho em bronze” , e nos mente até encerrar a arca no seu tronco. O rei do lugar,
surpreso com o tamanho da planta, mandou podá-la e,
sem saber de seu conteúdo, fez dela uma coluna para
seu palácio.

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Ao saber disso, Ísis vai para a Síria onde, após várias Representação de Ísis ressuscitando Osíris
vicissitudes, finalmente obtém a coluna na qual repousa
o corpo de Osíris e, coberta de unguentos perfumados, a Este símbolo deve então ser interiorizado e realizado
eleva ao centro de um grande templo. A partir deste individualmente pelo Iniciado, o que significa que o
momento, em todos os templos a ele dedicados, os fiéis esoterismo, como viagem ao conhecimento do Eu,
devotos depositam suas oferendas destinadas à carida- reproduz nosso funcionamento.
de em um baú colocado dentro do recinto sagrado.
A separação dos metais não nutre o apego aos bens
É assim que o destinatário da caridade leva o nome materiais e, mais geralmente, às paixões, pois sem esse
de 'Tronco da Viúva. desapego progressivo a retificação seria um engodo. O
cumprimento deste dever sem ostentação esconde, no
Por esta razão, nos círculos esotéricos, um iniciado é plano individual, a mão do benfeitor; a ajuda permane-
chamado de "Filho da Viúva" porque significa ser como ce envolta em segredo porque, para produzir efeitos
Hórus ou como Jesus, pois segundo seus respectivos operacionais, não deve haver retribuição moral, mas
cultos, ambos nasceram sem a intervenção de um pai. um sacrifício real, sacrum-facio .

Ser filho da viúva é ser filho do espaço feito para a Romper a casca da personalidade egóica e sentir-se
alma receber toda a luz do espírito, de uma morte- parte deste todo que é a Humanidade é um passo essen-
renascimento que envolve um ato interior de união con- cial para transcender a si mesmo e transformar a Inicia-
sigo mesmo, realizar sua plenitude, ato que só pode ção em sua realização espiritual; assim se concretiza o
acontecer em um ponto inefável, conhecido apenas por amor ao próximo.
aqueles que se reúnem, ou "conhecido apenas pelos
filhos da viúva". O Amor como Fogo, passagem obrigatória que se
aprofundará no caminho iniciático.
Durante o rito de iniciação, o Venerável Mestre diri-
ge-se ao candidato com a seguinte fórmula: Em algum momento da cerimônia os metais são
devolvidos, se a iniciação é internalizada seu valor é
Profano, é hora de colocar em prática o segundo transmutado e é eliminado de outra forma. Parece
dever do maçom, ou seja, praticar as virtudes mais extremamente consistente que o dinheiro recolhido no
doces e benéficas, ajudar seu irmão, prever suas neces- baú da viúva seja transformado em “muitos pedaços de
sidades, apaziguar seus infortúnios e ajudá-lo com Osíris para a reconstrução do homem”.
seus conselhos, sua iluminação e seu crédito.
A caridade é a virtude capaz de aliviar a dor e a misé-
Essas virtudes, consideradas no mundo profano ria que nos cerca. Enquanto a ajuda duradoura pode
como qualidades raras, são, entre os maçons, apenas o mudar a vida e o destino de um homem.
cumprimento de um dever.
Ao materialismo e à busca desenfreada da rique-
Não creio que seja necessário acrescentar mais para za, devemos opor a poesia humilde e doce do tronco
compreender a importância dada à solidariedade,
entendida como fundamento da igualdade e da fraterni- da viúva.
dade e como corolário da realização imediata do cami- A. CORONA
nho iniciático.

O maçom, ao mesmo tempo, trabalha para o seu pró-
prio aperfeiçoamento espiritual e o da Humanidade,
aliás, se “ querer ser melhor é ser melhor ” também é
verdade que “ melhorar é melhorar os outros ”.

O homem e a humanidade, como um e todos, são
fatores indispensáveis; o esoterismo, como viagem ao
conhecimento do Eu, representa nossa operação, assim
como a construção do templo interior foi um trabalho
igualmente eficaz para nossos predecessores engajados
nos canteiros de obras e para os especuladores aceitos
de quem somos descendentes.

Eis então que a separação dos metais, que já se faz no
gabinete de reflexão para que o candidato seja admitido
no Templo, assume um significado prático de um signi-
ficado intrínseco muito mais amplo do que o alto conte-
údo moral.

Se os metais representam o elemento pesado e cor-
póreo de nossa realidade física, abandoná-los torna-se
uma condição necessária para que a retificação ocorra.

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REENCARNAÇÃO
E MAÇONARIA

Por Irmão Ken JP Stuczynski aqueles que acreditam na reencarnação também estão
tornando o mundo melhor para si mesmos. Qualquer
A Maçonaria não requer uma crença particular que seja o mundo que eles fizerem, eles terão que viver
na vida após a morte, apenas a imortalidade da nele novamente. Não é apenas uma passagem da tocha,
alma – que alguma parte de quem somos conti- mas uma continuação do trabalho. Ao contemplar este
nua de alguma forma após a morte corporal. A reencar- ponto de vista, podemos nos perguntar - mesmo hipote-
nação não é uma crença comum nas religiões ocidentais ticamente, se você não acredita em reencarnação - o que
tradicionais, mas pesquisas mostram que pelo menos queremos fazer nesta vida que gostaríamos de continu-
um quarto dos cristãos acredita nela. Alguns dizem que ar na próxima, ou colher seus benefícios? Que marca
isso é uma contradição, enquanto outros encontram você poderia deixar no mundo tão significativa que ser
confirmação ou pelo menos indícios da crença nas lançado aleatoriamente em outra vida garantiria ser
escrituras judaico-cristãs. A ideia também não era des- afetado por ela?
conhecida dos místicos judeus e cristãos, provavelmen-
te do contato com a Índia desde a época de Alexandre, o Outra implicação é a ideia de que temos muitas chan-
Grande. Independentemente disso, o ponto de vista de ces, ou passos, para aperfeiçoar a silharia bruta, e nosso
viver vida após vida tem profundas implicações consis- trabalho só pode ser entregue depois de apresentarmos
tentes com os valores maçônicos. uma pedra que seja verdadeira e quadrada. Esta é uma
desculpa para ajudar na reforma dos outros e de nós
Uma consequência é a do legado. Onde a maioria de mesmos, considerando que poucos, se houver, estão
nós deseja deixar um mundo melhor para nossos filhos, além da redenção. E que melhor maneira de ser humilde
do que saber que nosso trabalho espiritual é maior do
que nossa única vida. A Maçonaria, como a Arte Opera-

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tiva dos construtores de catedrais, nos ensina que come- na próxima).
çamos o que outros terminarão e terminamos o que Talvez seja uma ideia sensata para nós ou mesmo
outros começaram, abrangendo vidas e gerações. Não
podemos esperar fazer tudo durante nossos curtos anos uma em que já acreditamos. Ou talvez pareça estranho
e não devemos lamentar isso como uma falha pessoal. para nós, mas o sentimento deve ser familiar às nossas
Quão estranho seria, no grande desígnio da Divindade, crenças centrais, onde viajamos "de vida em vida". Ou
que devêssemos apenas viver e morrer, quando propó- talvez rejeitemos a noção de reencarnação, mas ainda
sitos mais gloriosos exigem tempo inclinado para a possamos aprender suas lições. O poeta romano Sêneca
eternidade, diz: "Viva cada dia como uma vida separada." Cada dia,
ou vida, nos apresenta uma nova tábua de cavalete, e
A reencarnação também é o inverso da cultura mesmo que possamos ver apenas o trabalho deste dia,
YOLO ("Você só vive uma vez") do libertino, ou do sabemos que não começamos, e continuará por muito
ateu materialista. Como uma crença na recompensa tempo depois que as ferramentas de trabalho da vida
celestial imediata, aqueles que abraçam a reencarnação caírem de nossas mãos. E talvez as ferramentas estejam
não vivem para o momento, exceto como um prelúdio esperando por nós mais uma vez pela manhã.
para um futuro. O que fazemos agora tem consequênci-
as reais para o nosso futuro nesta vida e na próxima (e Fonte:www.midnightfreemasons.org

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Alquimia

Pietro Longhi (1701-1785). Os alquimistas. Data 1757, óleo sobre tela.

TRANSFORME O CHUMBO EM OURO

Por Barbara Empler mação. O mundo se renova e avança com as mudanças
feitas em seu eixo. Uma sociedade só melhora sua com-
Um dos grandes sonhos da humanidade ao longo preensão das coisas quando cada um de seus membros
dos tempos sempre foi transformar chumbo em muda verdadeiramente seu modo de ser e age sobre
ouro. A outra é a imortalidade. Assim, a huma- algo. Qualquer mudança imposta além dos limites da
nidade passou os séculos alimentando a ambição de consciência é frágil e passageira.
viver para sempre, superficialmente e sem o esforço do
trabalho diário, achando que um pedaço de metal de má Sempre entendemos o valor das transformações e
qualidade no caldeirão fervente era suficiente para da essência alquímica.
transformá-lo no bem mais antigo e precioso de que o
mercado tem notícias Resta decifrar a pedra filosofal e o elixir da vida.
Os alquimistas sempre tiveram a reputação de
Castelos luxuosos, mesas suntuosas, prazeres para serem estranhos, inteligentes ou loucos. Por que cha-
sempre. maram o segredo que transforma chumbo em ouro de
“pedra filosofal”?
Os alquimistas deixaram muita literatura medieval Por que usar o termo "filosofia" em uma questão
criptografada, para que apenas aqueles iniciados em puramente financeira ou científica?
assuntos esotéricos pudessem entendê-la. Para alguns, Desde o início dos tempos, o ouro tem sido o maior
o motivo do sigilo estaria na intenção de proteger a símbolo de riqueza e poder.
fórmula que garantiria a transformação e a sorte, pois Contém dois conceitos importantes: seu valor é ina-
se o metal precioso estivesse disponível para todos, balável independente de crises políticas; é imperecível,
perderia seu valor nobre. Outros têm certeza de que é não enferruja nem se deteriora. Em teoria, seria um
apenas um disparate. porto seguro para nos proteger de preocupações e inse-
guranças. No entanto, filosofia significa, mais ou
O homem vive os séculos de acordo com seu nível menos, a capacidade de pensar a realidade de forma
de consciência para trazer para si as experiências exa- crítica e independente, de observar e analisar todas as
tas essenciais ao seu aprendizado. Diferentes culturas coisas de todos os ângulos e possibilidades.
se misturam propositalmente para que algumas apren- Mas estávamos falando de ouro e temos que concei-
dam com outras e sejam capazes, por sua vez, de ensi- tuar o ouro a que aqueles estranhos magos de outrora se
nar. Em uma corrente invisível, a humanidade cria elos referiam.
de liberdade e unidade. A referência foi literal ou figurativa? Encontramos a
resposta em outra pergunta: os textos sagrados e as
A vida nos mostra que a evolução é filha da transfor-

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parábolas devem ser interpretados literalmente? o deus Mercúrio associado às águas,
O sagrado estará sempre escondido do profano até chamado "nosso filho" pelo Sol e pela Lua,
segurando antimônio (dos escritos alquí-
que cada um o revele a si mesmo. micos de Baro Urbigerus, 1705)
Nossa riqueza mais preciosa é nosso espírito, que é
nitas transmutações capazes de transformar chumbo
absolutamente imaterial. Estamos todos, sem exceção, em ouro para continuar a viagem, pois em cada porto é
em uma jornada interminável e maravilhosa da esta- preciso apresentar uma bagagem alquímica maior e,
ção das trevas ao porto da luz, com muitos obstáculos. consequentemente, mais leve. Amor e sabedoria são
O tempo de viagem é relativo, pois depende da capaci- os vistos essenciais para carimbar seu passaporte.
dade do indivíduo de se transformar, de compreender
as sombras e transmutá-las em luz. Sombra em luz, Por que esses antigos sábios não apresentaram a
chumbo em ouro, esta é a pedra filosofal. fórmula de forma didática e direta, em vez de codificá-
la para alguns? Devemos entender que tudo tem um
O espírito forte e livre enfrenta as tempestades tempo. A história está cheia de bruxas primeiro amal-
deste mundo tridimensional com serenidade, ciente de diçoadas e depois mortas por falarem sobre temas com
que sua verdadeira riqueza não pode ser tirada dele. uma abordagem diferente daquela oficialmente aceita.
Incêndios destroem lares, guerras arruínam riquezas e Os fogos da Inquisição e da intolerância queimaram a
impérios, ladrões nos roubam. consciência cristalina, na ilusão de que o fogo poderia
extinguir a verdade. Ainda hoje há desconfiança e
Mas quem pode roubar o amor e a sabedoria enrai- descrença por parte de muitos que se recusam a com-
zados em nossa alma? Nenhum rei ou juiz pode nos preender, desfrutar e se encantar com a alquimia da
condenar pela perda desses bens, nem o tempo os apo- vida. Da própria vida. O homem sempre temeu o que
drecerá ou o mercado desvalorizará seu valor. Estare- não pode compreender, imaginando-o como uma ame-
mos sempre além desses poderes fracos. Aqui está o aça capaz de roubar-lhe seus pobres bens e suas con-
ouro. No entanto, sempre teremos a morte à espreita, quistas ilusórias. O tempo é inexorável e traz as trans-
com sua foice afiada nos ameaçando e assustando com formações necessárias para que possamos continuar a
doenças, desastres, assassinatos, convicções ou o pró- jornada.
prio relógio da existência. De que vale todo o ouro se a
morte põe fim à vida e com ela todos os ganhos trazi- A vida é a estrada, somos viajantes e a luz é o nosso
dos pelo amor e pela sabedoria? destino.

Daí a necessidade do elixir da vida para permitir Fonte: RevistaAthanor
que o ouro seja desfrutado em paz para todo o sempre.
O mais curioso é que esse líquido precioso que perme-
ia nossa existência nos pertence e sempre bebemos de
sua fonte. Muitos ainda não entendem isso ou esque-
cem a cada problema que surge. Somos eternos, todos.
Não através do nosso corpo frágil e transitório, templo
temporário do espírito. Isso é eterno. Somos nosso
espírito infinito - e não o físico que hoje faz essa jorna-
da terrena -, cada um com sua beleza, com a oportuni-
dade de aprender, de compartilhar, de transformar e
evoluir. A morte é uma das grandes lições transforma-
doras. Somos e temos apenas o que vivemos: nossos
sentimentos, a alegria que semeamos por onde passa-
mos, o abraço sincero, o sorriso sincero. Aqui está a
nossa bagagem. Morremos muitas vezes e cada nasci-
mento significa uma nova oportunidade de chegar à
próxima estação, ao porto de destino ou iluminação,
para usar um termo típico da filosofia oriental milenar.
Compreender esse processo significa livrar-se do
sofrimento que pequenos problemas e preocupações,
causados pela transitoriedade do corpo, nos impedem
de desfrutar de todo o ouro que é nosso e dificultam a
transformação do chumbo em metal brilhante.

Assim, conscientemente ou não, trazemos viva a
alquimia que pulsa todos os dias em nossas almas. Há
uma pesquisa incessante e essencial para realizar infi-

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72 ANOS DE FUNDAÇÃO DO GOB-SC

No dia 8 de abril, na Associação Barriga Verde dos balhos em Loja de Mesa, pelo irmãoAdalbertoAluí-
Oficiais Militares Estaduais (Clube dos Oficiais), zio Eyng, ajudado pelos irmãos Walmor Backes e
foi realizado um Banquete Ritualístico, também Wagner Sandoval Barbosa, na primeira e segunda
denominado de Loja de Mesa, em comemoração vigilância, respectivamente.
aos 72Anos de Fundação do Grande Oriente do Bra-
sil em Santa Catarina e 200 Anos do Grande Oriente Participaram ainda de forma muito especial da
do Brasil – GOB. Loja de Mesa, os seguintes irmãos: Ademir Cândi-
do da Silva, Grão-Mestre Geral Adjunto GOB;
Nos referidos atos em comemoração à tão signi- Arquiariano Bittes Leão, Presidente da SAFL; Ger-
ficativas datas, aproximadamente 350 irmãos se son Magdaleno, Grão-Mestre GOB-SP; Lucas
fizeram presentes, abrilhantando o evento de forma Moraes Sityá, Grão-Mestre GOB-RS; Aildo Virgi-
especial para todos os Gobianos de Santa Catarina e nio Carolino, Grão-Mestre GOB-RJ;Cléscio César
do Brasil. Em especial, esteve presente o irmão Galvão, Grão-Mestre GOB-MG; Bruno Patrício de
Múcio Bonifácio Guimarães, Grão-Mestre Geral Azevedo Campos, Grão-Mestre GOB-AM; Ivo
GOB. Matias, Grão-Mestre GOB-MT; Celestino Laurin-
do Júnior, Grão-Mestre GOB-MS; Walmor Backes,
Os trabalhos em Loja de Mesa foram abertos Grão-Mestre Honorário GOB-SC; Wagner Sando-
pelo Grão-Mestre Honorário do GOB-SC, Adalber- val Barbosa, Grão-Mestre Honorário GOB-SC;
toAluízio Eyng, que após a entrada das demais auto- Nilson Manoel de Souza, Grão-Mestre Adjunto
ridades maçônicas passou o malhete ao irmão Altair GOB-SC; Sérgio Wallner, Grão-Mestre GOSC e
Salésio Rodrigues, Grão-Mestre Estadual, que o Flávio Rogério Pereira Graff, Grão-Mestre
devolveu solenemente para a continuidade dos tra- MRGLSC.

Dando continuidade aos trabalhos de Loja de

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Mesa, foram servidas as saúdes, sendo da primeira à de irmãos das diversas Lojas Simbólicas, espalha-
quarta realizada ritualisticamente, destacando-se a das pelo território Catarinense. Aproveitou o
participação, a interação e a egrégora entre os momento solene para prestar homenagens a cada
irmãos presentes na sessão. um dos Grão-Mestres, com o título de Grande Bene-
mérito do GOB-SC, bem como a homenagem ao
Após as Saúdes de Obrigações, fez uso da pala- Soberano irmão Múcio e ao Sapientíssimo irmão
vra o Eminente IrmãoAdalbertoAluízio Eyng, cum- Ademir.
primentando a todos, agradeceu a presença dos
irmãos em Loja de Mesa, aos nossos convidados Em seguida, diversas autoridades maçônicas
especiais, enaltecendo a significativa data em come- fizeram uso da palavra sobre o ato realizado; diver-
moração aos 72 anos de Fundação do Grande Ori- sas homenagens e placas foram entregues, fazendo
ente do Brasil em Santa Catarina e os 200 anos do por último o uso da palavra o irmão Múcio Bonifá-
Grande Oriente do Brasil. cio Guimarães, Grão-Mestre Geral GOB, que de
forma muito especial, agradeceu a todos e enalteceu
O Grão-Mestre do GOB-SC, Altair Salésio a passagem da fundação dos 72 anos do Grande Ori-
Rodrigues, cumprimentando a todos os presentes ente do Brasil de Santa Catarina e dos 200 anos do
com assento na Mesa Especial das Autoridades Grande Oriente do Brasil.
Maçônicas do Brasil e de Santa Catarina, enaltecen-
do a presença dos irmãos nesta Sessão Especial, Fonte: GOB-SC
bem como a participação em número significativo

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50 ANOS DA LOJA MAÇÔNICA

VALE DO ITAPEMIRIM 1859

Or.'. De Marataízes (ES)

Primeiramente gostaríamos de ressaltar que trata-se de um pequeno resumo que não
abrange toda a vida da Loja. Necessitamos providenciar a digitalização das atas para faci-
litar a pesquisa e a preservação da história da Oficina. Carlos Magno Monteiro Freitas

Pequeno histórico se o dia do mártir da Inconfidência Mineira, resolve-
ram os Irmãos fundadores dar o nome de “Tiradentes
Em 21 de abril de 1972, reuniu-se um grupo de valo- X” à Loja recém-nascida, a qual recebeu o número
rosos Irmãos, quais sejam: 1859.

Ayrton de Moreno, Benedito Marvila, Darcy Car- Em 01/05/1976 ocorreu a fundação da Loja Maçô-
doso da Silva, Demétrio Machado, Enedino de Sá nica Vale do Itapemirim, também no Oriente de Mara-
Vianna, Ezio Rocha, Fernando Antônio Da Cruz, José taízes. Não dispomos dos nomes dos fundadores.
Gomes Coelho e Luiz Barbirato Fonseca para reativa- Tendo esta Loja recebido o número 1943.
rem os trabalhos maçônicos que estiveram adormeci-
dos no então Oriente de Itapemirim, hoje Marataízes. No ano de 1982 realizou-se a fusão das Lojas Maçô-
Sendo a Loja Maçônica Vale do Itapemirim a legítima nicas “Tiradentes X” nº 1859 (Rito Escocês), fundada
herdeira das tradições e da herança cultural das Lojas maçonicamente em 21 de abril de 1972, e “Vale do
Maçônicas “Itapemirinense” nº 704, fundada em 01 Itapemirim” nº 1943 (Rito Brasileiro), fundada maço-
de janeiro de 1900, e “Theodora” nº 750, fundada em nicamente em 01 de maio de 1976. Ambas as Lojas
20 de julho de 1901, as quais abateram colunas em existiram apenas maçonicamente, já que, de direito,
épocas imemoriais. Como naquela data comemorava- nunca existiram, pois não foram registradas no Cartó-
rio de Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Da fusão
resultou a atual Loja Maçônica Vale do Itapemirim

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que assumiu todos os Direitos e Deveres, Ativo e Pas- Irmão Domingos José Martins
sivo, Bens, Direitos e Obrigações das Lojas à epígra-
fe. A data de fundação maçônica, o número e o rito hoje GOB ES, o qual teve a adesão de todas as então
ficaram sendo os da Loja mais antiga e o nome o da 16 Lojas do Sul e gerou a Pauta de Reivindicações das
mais nova. Juridicamente a Loja Maçônica Vale do Lojas do Norte. Nestes Manifesto e Pauta, pela prime-
Itapemirim foi registrada no CRCPJ de Marataízes ira vez as Lojas externaram seus pensamentos e suas
através de seu Estatuto de 02 de maio de 2003. proposições que gostariam de ver implementadas
pelos eleitos. Como consequência, houve uma disputa
Uma das características marcantes da Vale do Ita- eleitoral em torno de ideias, e chegamos ao final da
pemirim é não se omitir diante dos problemas enfren- eleição com um empate técnico. Ao ganhador sobrou
tados pela nossa Ordem. Com certeza essa caracterís- uma imensa responsabilidade: - Atender aos pleitos
tica foi herança do nosso Irmão Domingos José Mar- das Lojas.
tins, herói capixaba nascido em Boa Vista, aqui no
Oriente de Marataízes, e fuzilado em 12 de junho de É preciso lembrar que a base da Maçonaria são as
1817 por difundir ideais liberais e maçônicos de Lojas e Irmãos. Não podemos nos esquecer que foram
Liberdade, Igualdade e Fraternidade, com os quais três Lojas que, em 1822, fundaram o GOB e 26 Lojas
teve contato durante sua passagem pela Inglaterra. que, em 1978, fundaram o GOMES, hoje GOB ES.
Seguindo o exemplo do nosso Irmão Domingos, vári-
as foram as iniciativas da Vale no âmbito da conjuntu- A Vale apadrinhou a fundação da ARLS Presidente
ra maçônica estadual e nacional: Kennedy, no Oriente de mesmo nome. A qual funcio-
na, provisoriamente, em seu templo.
Em abril de 2000 a Vale redigiu prancha ao Grão
Mestrado Estadual, com cópia para as Lojas, levan- Reeditou 1.000 unidades do livreto “O que é maço-
tando problemas e pedindo soluções. Infelizmente naria”, o qual foi distribuído em vários eventos na
não fomos bem interpretados e a Loja sofreu interven- comunidade visando desmistificar a Ordem.
ção que, graças a pronta reação das Lojas do Sul e a
atuação digna e ética do Irmão Interventor, foi rapida- A Vale do Itapemirim sempre possuiu Irmãos atu-
mente revertida. Em uma sessão histórica o saudoso antes representando-a na SAFL - Soberana Assemble-
Irmão Milton Cade, nomeado interventor pelo então ia Federal Legislativa, na PAEL - Poderosa Assemble-
Grão Mestre Estadual, esteve em nossa Loja e ao final ia Estadual Legislativa onde, inclusive, o Deputado
da sessão declarou: “Aqui não volto mais na condição Estadual da Vale do Itapemirim exerceu a Presidência
de interventor pois não vi nada de errado. O que vi daquela Casa de Leis na legislatura 2007/2011, e no
aqui foi gente querendo trabalhar. E isso vou relatar ao Ilustre Conselho Estadual da Ordem. A Coordenação
Grão Mestre.” . do XIII Núcleo de Lojas do GOB ES está a cargo de
Irmão do quadro da Vale.
Em abril/2002 a LMVI participou da Concentração
Maçônica Linhares Unido onde fez Leitura de Mani-
festo empenhando o apoio da Loja às candidaturas dos
IIr Laelso e Marcos à reeleição aos cargos de Grão
Mestre Geral e Adjunto do GOB em resposta ao bom
trabalho realizado e aos ventos de mudanças que
sopravam de Brasília. Cinco Lojas foram escolhidas
para discursar em nome do Estado, sendo a Vale uma
delas.

Em maio/2002 a LMVI promoveu a fundação da
FRATERNIDADE FEMININA CRUZEIRO DO
SUL VALE DO ITAPEMIRIM, nos moldes estabele-
cidos pelo GOB, a qual absorveu o antigo Departa-
mento Feminino desta Loja e deu personalidade jurí-
dica própria à entidade que congrega nossas cunha-
das. Sendo uma das primeiras do ES, se não a primei-
ra, a se adequar ao novo padrão de FRAFEM normati-
zado pelo Grão Mestre Geral Laelso Rodrigues.

Em setembro/2002 a Vale do Itapemirim encabe-
çou o Manifesto, lançado em seu templo, aos futuros
Grão Mestre Estadual e Adjunto do então GOMES,

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O primeiro Venerável da Vale, Irmão José Gomes
Coelho, é patrono de uma das cadeiras da Academia
Maçônica deArtes, Ciência e Letras do GOB ES.

Durante esses 50 anos o imóvel sede foi construí-
do, reformado e ampliado por diversas vezes até che-
gar ao atual estágio com uma estrutura completa para
atender aos Irmãos, Cunhadas e à comunidade.

Atuação social na comunidade encontram no Oriente Eterno, nossas saudades. Àque-
Nesses 50 anos, várias foram as atividades desen- les que se encontram afastados, a certeza de que car-
volvidas no âmbito da beneficência e atuação social regam a chama da maçonaria em seus corações. Aos
na comunidade: atuais membros do Quadro de Obreiros uma enorme
Programa BB Educar, em parceria com a Funda- responsabilidade: Manter o bom nome da Vale do
ção Banco do Brasil, de formação de educadores para Itapemirim !!! Viva a Vale do Itapemirim !!! Viva a
combater o analfabetismo, Participação em vários maçonaria !!! Vivas ao Irmão Domingos José Mar-
Conselhos Municipais, Telecentro Informática em tins !!! Vivas a Joaquim José da Silva Xavier, o Tira-
parceria com o Banco do Brasil visando a inclusão dentes !!! Vivas ao Grande Oriente do Brasil !!! Vivas
digital, Aulas de Reforço jovens carentes, Apoio à ao Grande Oriente do Brasil – Espírito Santo !!!
Casa de Passagem, ao GAPCCI - Grupo de Apoio aos
Pacientes de Câncer de Cachoeiro de Itapemirim, que Oriente de Marataízes (ES), 21 de abril de 2022
acolhe pacientes de todo o sul do Estado, a APAE –
Associação de Pais e Amigos dos excepcionais de Vamos a todo custo e nunca a qualquer custo !!!
Marataízes, ao Hospital Santa Helena e ao Hospital Carlos Magno Monteiro Freitas
Infantil. Banco de cadeiras de rodas e camas hospita- Deputado Estadual PAEL GOB (ES)
lares. Reformas de residências de cidadãos em situa-
ção de vulnerabilidade. Apoio a orfanato e crianças
de bairros carentes em datas comemorativas. Partici-
pação nas campanhas Outubro Rosa e Novembro
Azul.Atendimento psicológico a dependentes quími-
cos e familiares. Doações de agasalhos e cobertores.
Algumas em parceria fundamental com a FRAFEM.
Diversos eventos para arrecadação de fundos
foram realizados: Jantares dançantes, Noite de bote-
co, bingos com churrasco, e claro, a tradicional e
famosa Feijoada anual, há dois anos suspensa devido
a pandemia, mas este ano retomaremos com as ben-
çãos do GrandeArquiteto do Universo.
Além de ser reconhecida como de Utilidade Públi-
ca nos municípios de Marataízes e Itapemirim, um
dos fundadores de nossa Loja e seu primeiro Venerá-
vel, Irmão José Gomes Coelho, teve seu nome atribu-
ído a rotatória da Barra e lá foi erguido um marco
maçônico com a aprovação do Poder público munici-
pal.
Há alguns anos um Irmão visitante se referiu à
Vale do Itapemirim como uma Loja “Forte”. Não
acreditamos existir Lojas Fortes ou Fracas, acredita-
mos, sim, existir Lojas Omissas e as que Não se omi-
tem, entre as quais nos enquadramos. A omissão é
inadmissível, principalmente no meio maçônico.
Todos os Irmãos que passaram por aqui deixaram
seus nomes marcados na história da Loja e contribuí-
ram para o seu engrandecimento. Àqueles que já se

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GOB-ES

HOMENAGEM A TIRADENTES

O dia 20 de abril de 2022 ficará marcado na história rina, são os que mais cresceram na Federação. O GOB-
da maçonaria capixaba. A Sessão Conjunta Comemora- ES, em especial, assumiu um compromisso de fortale-
tiva com nove Lojas, em homenagem ao Inconfidente cer e modernizar a nossa Ordem e estamos comprovan-
Tiradentes, foi realizada no Templo da ARLS Luz do do isso, por meio do trabalho, dos convênios e todos os
Planalto, com a presença de mais de 100 irmãos. esforços em contribuir com a vida do Maçom”, destaca
o Sapientíssimo IrmãoAdemir.
O evento, que também faz parte das comemorações
do bicentenário do Grande Oriente do Brasil, contou A noite comemorativa ao Inconfidente Tiradentes,
com as presenças de autoridades ilustres, como Venerá- também foi marcada pela lembrança do heroísmo do
veis de outros orientes da Federação, Mestres e um gran- Irmão Domingos José Martins, que foi fuzilado em
de número de aprendizes maçons. praça pública, no estado de Pernambuco, como explicou
o Eminente Irmão Sodré.
Em destaque, o Grão-Mestre Geral Adjunto, Sapien-
tíssimo Irmão Ademir Cândido da Silva e o Eminente “Além do alferes Tiradentes, que também lutou por
Secretário Geral da Guarda dos Selos, Irmão Ruy Ferre- nossas liberdades, temos o nosso irmão Domingos José
ira Borges, além do Eminente Grão-Mestre Estadual, Martins, que era do município de Itapemirim; um capi-
Irmão Hélio Soares da Luz Sodré, do Poderoso Irmão xaba fuzilado em praça pública por defender a indepen-
José Paulo Tonoli, Grão-Mestre Estadual Adjunto, do dência do Brasil. Precisamos valorizar esse irmão. Fico
Eminente Irmão Luiz Alberto Teixeira, Presidente da emocionado, pois a Maçonaria sempre vai produzir
PoderosaAssembleia Legislativa, do representante capi- esses líderes, uma vez que somos livres e de bons costu-
xaba do Conselheiro Federal da Ordem, o Poderoso mes”, conclui emocionado o Eminente Irmão Sodré.
Irmão Francisco Guilherme Maria Apolônio Cometti,
além de várias outras autoridades da Ordem. Asessão foi realizada pelas Lojas:
ARLSAcácia Formosa de Santa Cruz nº 4483
Presidida pelo Venerável Mestre, Ivanildo José Cae- ARLSAníbal Freire nº 1913
tano, a sessão homenageou o Irmão, Otávio Luiz Barbo- ARLS Caridade e Esperança nº 2620
sa de Araujo Junior, com o título de Distinção Maçônica ARLS Cavaleiros deAço do Espírito Santo nº 4480
e o Irmão, Anderson dos Santos Amaral, com o título de ARLS Cavaleiros Templários nº 4421
Benemérito Estadual da Ordem. ARLS Estrela de Manguinhos nº 4340
ARLS Grão-Mestre Francisco Murilo Pinto nº 3396
Para o Sapientíssimo Irmão Ademir Cândido, a bele- ARLS Luz do Planalto nº 233
za da diversidade de Ritos presentes à sessão fortalece a ARLS União, Vigilância e Perseverança nº 3315
união da Ordem. Ele destaca a força que a Maçonaria
tem na história das liberdades do Brasil e a importância Fonte: GOB-ES
em solidificar a Ordem.

“O Espírito Santo, junto com o estado de Santa Cata-

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JUBILEU DE OURO DA ARLS 22 DE AGOSTO

Oriente de Colatina - ES

A cidade de Colatina, conhecida carinhosamente como realizava a sua primeira sessão na atual sede, no bairro
“Princesa do Norte”, foi palco das comemorações dos Moacir Brotas e atualmente, é uma das Lojas mais atu-
50 anos de fundação da ARLS 22 de Agosto, no último antes do GOB-ES, um exemplo de união e trabalho para
sábado (23). a sociedade.
Em Sessão Pública Comemorativa, presidida pelo Vene- Entre os convidados ilustres, a cunhada Rosa Zuain
rável Mestre, Henrique Becevelli, o Jubileu de Ouro da Fontes, a primeira presidente da Fraternidade Feminina
ARLS 22 de Agosto emocionou todos os presentes na Cruzeiro do Sul 22 de Agosto, foi longamente aplaudi-
sessão. O evento contou com as presenças ilustres da da de pé por todos os presentes. Além de ser um ícone
comitiva do Grão-Mestrado Geral e também da comiti- para as Fraternidades Femininas, a Dona Rosa Zouain é
va do Grão-Mestrado Estadual, além das autoridades um símbolo de fraternidade e filantropia para a Maço-
da sociedade colatinense. naria capixaba.
Fundada em 22 de agosto de 1971, no distrito de Bauni- Acompanhando a Dona Rosa, várias fraternas, entre
lha, a ARLS 22 de Agosto teve como o seu primeiro elas, a Presidente da Fraternidade Cruzeiro do Sul-ES,
Venerável Mestre, o Irmão Reginaldo Rocha. Abgail Teixeira e a Presidente da Fraternidade Femini-
Foram 21 anos como a primeira Loja maçônica da Fede- na Folhas de Acácia, a Fraterna, Cecília da Costa
ração a ter sua sede em um distrito. Quando em 1992, a Bezerra Soares.
Loja se transferiu para Colatina e se reunia, provisoria- Entre muitas homenagens e condecorações, as que cha-
mente, nas dependências do terraço da casa do valoroso maram muita atenção foi o reconhecimento da Loja aos
irmão Olair José dos Santos. pedreiros e ao vigia que trabalharam na construção do
No dia 24 de janeiro de 2006, a ARLS 22 de Agosto Templo. Homenagem que emocionou a todos.
O Eminente Irmão, Hélio Soares da Luz Sodré, Grão-

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dos irmãos de vários orientes e seus respectivos repre-
sentantes.
“Nos emociona ver tantos irmãos, cunhadas e sobri-
nhos juntos. A Maçonaria é uma filosofia de vida do
Bem. Estamos sempre dispostos a trabalhar para a
humanidade. Parabéns aARLS 22 deAgosto, um exem-
plo de história que temos o prazer de levar conosco.
Estamos na direção certa e o GOB, junto com o GOB-
ES, vai continuar esse belo trabalho desenvolvido”,
salienta emocionado o Sapientíssimo IrmãoAdemir.

Mestre Estadual, lembrou a importância de um trabalho Comenda da Ordem Dom Pedro I
em conjunto com toda equipe do GOB-ES. Para ele, a A Sessão Comemorativa condecorou com a Comenda
colaboração dos poderes da Ordem e a dedicação dos da Ordem Dom Pedro I, levando os seguintes irmãos ao
Veneráveis Secretários são fundamentais para que a tratamento de Sapientíssimos:
Ordem continue se fortalecendo. Valdir José Dias;
“Temos aqui uma equipe diferenciada, unida e bem Olair José dos Santos.
disposta. Maçons trabalhadores que cuidam com muita Devido ao grande número de participantes, o Jubileu de
coragem das demandas da sociedade. Maçonaria é Ouro foi comemorado naArena North Star.
união entre os irmãos, é o trabalho filantrópico e frater- Autoridades presentes:
no. Temos a obrigação cívica de evoluir a humanidade. Sapientíssimo Grão-Mestre Geral Adjunto, Ademir
Após acompanhar quatro grandes comemorações pelo Cândido;
Estado, o Sapientíssimo Irmão Ademir Cândido, Grão- Eminente Irmão Hélio Soares da Luz Sodré, Grão-
Mestre Geral Adjunto, destacou a participação maciça Mestre Estadual;
Poderoso Irmão José Paulo Tonoli, Grão-Mestre Esta-
dual Adjunto;
Poderoso Irmão Ruy Borges, Secretário Geral da Guar-
da dos Selos;
Sapientíssimo Irmão Arquiariano Bites Leão, Presi-
dente da SAFL;
Eminente Irmão Luiz Alberto Teixeira, Presidente da
Pael e demais autoridades do GOB-ES.

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Medicina e Saúde

ALZHEIMER

Cinco sinais que você deve monitorar

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 50 milhões de pessoas no
mundo sofrem de alguma forma de demência, sendo a principal delas a Doença de Alzheimer. A
perspectiva atual é de que esse número salte para 78 milhões em 2030 e chegue a 139 milhões
em 2050, com a idade da população ficando cada vez mais velha. Por isso, alguns sinais
podem ajudar no diagnóstico do Alzheimer e outras formas de demência; confira alguns cientifi-
camente comprovados. Por Lucas Soares

Sinais de Alzheimer em estágio inicial devastador e essa descoberta pode levar ao
desenvolvimento de tratamentos ou interven-
Dificuldade de falar ções direcionadas para manter essa capaci-
A fala é uma das formas mais básicas de dade e retardar a progressão da doença”,
comunicação. Dificuldade em pronunciar disse Claude Alain, cientista da universidade.
palavras pode ser um sinal de alerta. Um estu-
do do Rotman Research Institute mostrou que Alterações de humor e personalidade
algumas áreas do cérebro responsável pela Estudos recentes indicam que, antes de pro-
fala podem ser afetadas primeiro e dar sinais blemas com memória, mudanças bruscas de
antes de qualquer outro sintoma de demên- humor e personalidade sem um motivo claro
cia. “Perder a capacidade de comunicação é podem ser sinais de Alzheimer e demência.
“Atualmente, procuramos principalmente pro-
blemas de memória e outros problemas cog-

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nitivos para detectar a demência, mas as sidade de Newcastle, no Reino Unido. . “A
mudanças de personalidade podem ocorrer maneira como andamos pode refletir mudan-
vários anos antes dos problemas cognitivos”, ças no pensamento e na memória que desta-
disse o pesquisador James Galvin. cam problemas em nosso cérebro, como a
demência”, explica a pesquisadora Ríona
Apatia de depressão McArdle.
Ainda nos sintomas que vão além da perda de
memória, esse também está muito ligado ao Falhar em testes simples de memória
comportamento. Indisposição, pouca vontade Um dos sinais de demência pode ser percebi-
de realizar tarefas que antes eram considera- do por testes de memória. Uma pontuação
das agradáveis podem ser um sinal de alerta. muito baixa em níveis considerados fáceis
“Os sintomas não cognitivos tornam-se bas- pode ser preocupante. Isso foi indicado em
tante estressantes para os cuidadores. Ver uma pesquisa do Albert Einstein College of
mudanças na personalidade em relaciona- Medicine, de Nova York. “Isso pode ser útil
mentos importantes que podem ter sido ante- para determinar quem deve se inscrever em
riormente amorosos pode ser muito desafia- ensaios clínicos para prevenção do declínio
dor”, disse James M. Noble, do Centro Médico cognitivo. Também pode ajudar a restringir
Irving da Universidade de Columbia. aqueles que já têm sinais de Alzheimer no
cérebro com um teste simples, em vez de exa-
Mudar a forma de andar mes caros e invasivos ou punções lombares”,
Pode parecer simples, mas andar de uma disse Ellen Grober, um dos autores do estudo.
forma fora do comum pode ser um sinal de
demência, segundo uma pesquisa da Univer-

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Fatos e Flashes

POSSE DA NOVA DIRETORIA DA FRAFEM DO GOB-MG

Na noite de 22 de abril (sexta-feira), no templo João GOBMG nos últimos anos. Lembrou que nunca tive-
Lemos Salgado da sede do GOBMG, a cerimônia de ram um apoio tão grande.
posse da nova Diretoria Executiva da Fraternidade Após a cerimônia as fraternas ofereceram um jantar em
Feminina Cruzeiro do Sul do GOBMG. A Sessão foi comemoração à posse da nova diretoria.
presidida pelo Eminente Cléscio Galvão – Grão-
Mestre Estadual do GOBMG juntamente com o Emi-
nente Irmão Guilherme Santos – Secretário Geral de
Entidades Paramaçônicas do GOB.
Estiveram presentes também o Venerável Irmão Ray-
mundo Bastos de Freitas – Presidente da Congregação
de Veneráveis Mestres da Região Metropolitana de
Belo Horizonte e o Venerável Irmão Euclides José de
Mendonça daARLS 14 de Julho, nº1525.
A cunhada Rita de Cássia proferiu palavras de agrade-
cimento ao Eminente Cléscio Galvão, pelo apoio do

CLÉSCIO GALVÃO RECEBE COLAR DO MÉRITO CÍVICO TIRADENTES

Na noite do dia 23 de abril, em cerimônia realizada no Mestre do GOBMG foi laureado com o Colar do
Templo Nobre da Grande Loja Maçônica de Minas Mérito Cívico Tiradentes, outorgado pela Ordem dos
Gerais, o Eminente Irmão Cléscio Galvão – Grão Cavaleiros da Inconfidência Mineira.
A sessão foi muito prestigiada por diversas autoridades
civis e militares, sendo também laureados outros
Irmãos e cunhadas do GOBMG, destacando-se:
Irmão Osvaldo de Souza Marques – Chefe do Gabinete
Militar e Coordenador da Defesa Civil
Dra. Milena Pedrosa – Secretaria de Estado Adjunta de
Cultura e Turismo de Minas Gerais
IrmãoAndré Luiz Lopes Oliveira
Irmão Costa Paz
Irmão Jose Renato Barbosa Lopes
Irmão Elizeu Crizólogo Salgado Braga
Cunhada Rita Cunha
Nossa satisfação e felicitações a todos os agraciados
que elevam o nome de nossa instituição.

ARLS JOSÉ CUPERTINO COMEMORA O SEU JUBILEU DE OURO

No último dia 22 de abril, em Sessão Pública Comemo- Duarte Lourenço Manso de Sá, que passaram a ter o
rativa, a ARLS José Cupertino recebeu a comitiva do tratamento de Sapientíssimos Irmãos.
Grão-Mestrado Geral do GOB, acompanhada pelas
principais autoridades do GOB-ES, para comemorar os
50 anos de fundação daARLS José Cupertino.
Além das autoridades, estiveram presentes a Fraterni-
dade Feminina Cruzeiro do Sul, o prefeito e o vice pre-
feito da cidade, demais representantes da sociedade de
Afonso Cláudio, além das cunhadas e sobrinhos (as).
O Sapientíssimo Grão-Mestre Geral Adjunto, Ademir
Cândido, o Eminente Irmão Hélio Soares da Luz Sodré,
Grão-Mestre Estadual, e o Poderoso Irmão, José Paulo
Tonoli, entregaram a Comenda da Ordem do Mérito
Dom Pedro I, aos irmãos: Adolfo Oswaldo Bravim e

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GSREX RECEBE HOMENAGEM DO GOB-SC

O Grande Oriente de Santa Catarina, por ocasião das Secretário de Relações Exteriores da Grande Loja
festividades dos seus 72 anos, homenageou o Grande Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul, Irmão Rony
Fernandes Pinto Júnior.
O Irmão Rony recebeu a Grã-Cruz, a comenda mais
importante da Potência.
A homenagem se deve aos ótimos contatos e ao relacio-
namento internacional com outras Potências que o
Irmão Rony vem trabalhando muito, visando auxiliar o
GOSC na busca de seus justos e merecidos Reconheci-
mentos Internacionais. “Estamos sempre à disposição
para auxiliar os irmãos e as Potências. É uma alegria ver
que temos como contribuir de forma efetiva para a
Maçonaria”, disse o GSREX.
O Sereníssimo Grão-Mestre, Respeitabilíssimo Irmão
Tadeu Gomes Xavier, disse que se trata de “uma justa
homenagem ao Irmão Rony por um trabalho dedicado à
Maçonaria Internacional”.

46 LOJAS MAÇÔNICAS CENTENÁRIAS SÃO HOMENAGEADAS PELO GOB

Em uma noite memorável para o Grande Oriente do
Brasil no Palácio do Lavradio no Rio de Janeiro, 46
Lojas com mais de 100 anos de fundação do RJ foram
homenageadas pelo Grande Oriente do Brasil, através
de ato do Soberano Irmão Múcio Bonifácio Guimarães,
Grão Mestre Geral, com o Diploma José Bonifácio em
uma cerimônia que ficará marcada nos anais da história
da potência mãe da maçonaria brasileira. A Sessão teve
a presença do Sapientíssimo Irmão ADEMIR Cândido
da Silva, Grão Mestre Geral Adjunto, do Eminente
irmão Aildo Virgílio Carolino, Grão Mestre do GOB-
RJ e do Sapientíssimo Irmão Arquiariano Bites Leão,
foi brilhantemente conduzida pelo Poderoso Irmão
André Luís Rosa, atual Grão Mestre Adjunto do GOB-
RJ.

GRÃO-MESTRES DA MAÇONARIA DO PARANÁ REALIZAM REUNIÃO

Os três Grão-Mestres da Maçonaria Regular do avaliaram conteúdos que serão veiculados nas
Paraná estiveram reunidos, no dia 07/04, em redes sociais da Maçonaria do Paraná. Esse
ambiente on-line para tratar sobre o projeto trabalho está sendo desenvolvido pelo Irmão
conjunto de comunicação e outros temas Maycon Corazza, responsável técnico pelas ações
relevantes para a Ordem Maçônica Paranaense. conjuntas de comunicação.
Os Irmãos Luís Mário Luchetta (GOB-PR), A reunião também chancelou a ideia da realização
Cristian Flores (GOP) e Marco Antônio Corrêa de periódica de lives conjuntas dos três Grão-Mestres
Sá (GLP) realizam reuniões frequentes, na como objetivo de interagir com a Sociedade e fazer
contínua interação entre as Instituições Maçônicas frente às ações de golpistas no ambiente digital.
Regulares do Paraná. Na reunião, também foram abordadas outras
No encontro on-line do dia 07, os Grão-Mestres temáticas pontuais.

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