Página 2 — Prisão de menores
Página 3 — O reino de Deus
Página 4 — Mulheres assassinadas
Página 5 — Perseguidos e esquecidos
Página 6 — Armas nucleares e danos irreparáveis
Página 7 — A Igreja ferida no coração
Aumenta a prisão de me-
nores acolhidos pelo Es-
tado nas suas instituições
A educação, como a nos-
sa própria vida, precisa
de alicerce.
Os Estados, ditos moder-
nos, como o nosso, pre-
tendem banir da educa-
ção, quer nos estabeleci-
mentos escolares, quer
nas Instituições a seu cui-
dado, toda a referência
aos valores fundamentais
da existência, sobretudos
os valores cristãos.
Deste modo, a educação assenta no vácuo. Pretende-se substituir
os valores cristãos, por valores anticristãos. A bíblia, nas escolas,
foi substituída por livros de autores ateus. Dum modo geral, é pro-
ibida a referência à fé Cristã ou a qualquer tipo de religião. Pior do
que isso, nos países do Ocidente, há a tendência generalizada para
impor a chamada ideologia do género. Segundo esta ideologia,
sem qualquer base científica, ser homem ou mulher, não resultaria
da natureza mas duma superestrutura que importa destruir.
A tentação de impor um pensamento único equivale ao maior
atentado contra a dignidade humana.
“Aleluia! O Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso, começou o seu
reinado! Alegremo-nos, rejubilemos, dêmos-lhe glória, porque
chegou o momento das núpcias do Cordeiro”.Aps,19
Não é por acaso que a solenidade de Cristo Rei foi colocada no úl-
timo domingo do calendário litúrgico. A Igreja e toda a humanida-
de estão sempre a caminho dessa hora misteriosa, de que fala S.
Paulo “Quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então tam-
bém o mesmo Filho se sujeitará Àquele que todas as coisas lhe su-
jeitou, para que Deus seja tudo em todos”.
Todavia o reino de Deus, continua em construção. Não sabemos,
se estamos no princípio, no meio ou em que fase. Ao longo da His-
tória, sempre houve um Pilatos atento aos movimentos de Cristo,
não vá Ele minar o poder político. A Igreja, apesar das suas misé-
rias, nunca esqueceu razão última da sua existência. Nos dias que
correm, Pilatos e Cristo continuam a ser confrontados, muitas ve-
zes também por culpa dos homens da Igreja. Mas Cristo vencerá
sempre, não pelo poder político, mas pela força da fé, do silêncio e
humildade.
Segundo dados estatísticos, no corrente ano houve
mais mulheres assassinadas por companheiros
Perante tal tragédia, não podemos deixar de nos interrogar:
-Porquê?
Este fenómeno não pode ser visto de forma isolada. Hoje “matar
Deus” tornou-se uma obsessão. Ora, “ao matar Deus” mata-se tam-
bém o homem, porque se perde o respeito pela pessoa e a vida hu-
mana.
Reparemos no que se passa com o aborto, com a eutanásia, com
assassínio de pessoas idosas. Estas também são mulheres… E com
frequência, são vítimas das piores sevícias e torturadas até à morte
por estranhos e familiares.
Tudo isto está interligado. Este fenómeno, tanto se verifica nas al-
tas camadas sociais, como nas mais baixas. Quando desaparece o
amor, surge o ódio e o ódio, por definição, já é a morte
Quando estudei História da Igreja, o professor foi percorrendo connosco
os três primeiros séculos, até Constantino que deu a liberdade aos cris-
tãos. Estava longe de imaginar que as perseguições aos cristãos seriam
uma constante aos cristãos em todos os séculos. A Igreja incomoda, com
os seus erros e pecados, mas na realidade quem incomoda mais, é pessoa
de Jesus, anunciada pela mesma a Igreja.
Jesus já incomodou no seu tempo, duma forma dura e frontal, desmasca-
rou “os sepulcros caiados”, isto é uma religião apenas de ritos e sacrifí-
cios de animais, mas vazia de caridade. Por isso Jesus umas vezes era
aclamado como o Messias, outras vezes era acusado ser infiel à Lei mo-
saica.
Antes de nos deixar deixou-nos este aviso: “ assim como me perseguiram
a Mim vos hão de perseguir a vós.”
Neste momento o sangue dos cristãos corre sobretudo no Médio Oriente
e nalguns países da África, perante a indiferença dos regímenes políticos
e de nós cristãos ocidentais, aburguesados. Mas um dia poderá chegar a
nossa vez.
O risco
duma guerra
nuclear
O secretário-geral da ONU, António Guterres, advertiu o Conse-
lho de Segurança desta organização de que as tensões no Médio
Oriente representam uma ameaça à paz global e pediu às partes
envolvidas que evitem a escalada militar iminente na Síria.
Em seu discurso, proferido há semanas, Guterres disse que muitos
conflitos nessa região a transformam num perigoso caos que ame-
aça a paz e a segurança. Tais conflitos não são apenas conflitos re-
gionais, como a divisão entre xiitas e sunitas, ou o conflito palesti-
no-israelense. São também o confronto entre a Rússia e o Ocidente.
"A Guerra Fria está de volta", disse Guterres.
"Os mecanismos e salvaguardas para lidar com os riscos de escala-
da que existiam no passado não parecem estar presentes", disse
ele.
Mas a situação na Síria representa "a mais séria ameaça à paz e se-
gurança internacionais", alertou o político.
O Papa Francisco também apelou hoje à intervenção da comunida-
de científica para convencer os governantes a abandonar as armas
nucleares, durante um encontro com membros da Academia Pon-
tifícia das Ciências (Santa Sé). "Peço aos cientistas uma colaboração
ativa, a fim de convencer os governantes da inaceitabilidade ética
de tal armamento [nuclear), por causa dos danos irreparáveis que
causa à humanidade e ao planeta", referiu, numa intervenção di-
vulgada pelo Vaticano. Num discurso sobre a missão confiada aos
cientistas, o Papa abordou a "imensa crise das mudanças climáti-
cas" e a "ameaça nuclear reiterando a importância fundamental" de
trabalhar em favor de um mundo sem armas atómicas.
A Igreja está ferida
Não podemos confundir o otimismo com a esperança. A esperança
é uma virtude teologal, inseparável da fé e da caridade. A esperan-
ça pode gerar otimismo sadio, mas pode também gerar indevida-
mente um aparente e superficial otimismo que inventamos para
ignorar a realidade.
E o pior é que está ferida no coração. O coração é da Igreja é a Eu-
caristia e a Eucaristia é o coração de Cristo.”
Há demasiadas divisões na celebração eucarística. Além disso, está
banalizada e frequentemente comercializada.
“A regulamentação da sagrada Liturgia compete unicamente à
autoridade da Igreja, a qual reside na Sé Apostólica e, segundo as
normas do direito, no Bispo. Em virtude do poder concedido pelo
direito, a regulamentação em matéria litúrgica, dentro dos limites
estabelecidos, pertence também às competentes assembleias epis-
copais territoriais de vário género, legitimamente constituídas.
Por isso, absolutamente mais ninguém, ainda que seja sacerdote,
acrescente, suprima ou modifique, por sua iniciativa, seja o que
for na Liturgia”. (Constituição sobre a Sagra Liturgia, Vaticano II)
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