o_servo_da_misericordia_jul-ago-2017

2017/julho-agosto - Comunidade Servos da Divina Misericórdia

Noite de Cura e Libertação
Quinta-feira a partir das 18:30h.

Missa Dominical às 18h.

Na nossa vida tudo deve ser Louvor e Glória de Deus

Excertos da Pregação na Noite de Cura de 07/08/2016. Pe. Edilson leite.

“Vi uma porta aberta no céu... Não cessavam de clamar dia, em adoração, em louvor e Glória do Seu Nome. Deus aceita
dia e noite: ‘Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus Todo-Po- com alegria, Deus acolhe de coração o louvor que nós procla-
deroso, o que é, que era, e que veio’... Cada vez que os seres mamos. Ele aceita porque Ele sabe que se nós mergulharmos
vivos rendiam glória, honra e ação de graças... os Anciãos de verdade, de todo o coração, se nós mergulharmos verdadei-
inclinavam-se profundamente diante daquele que estava ramente no louvor e na adoração, não somente o canto, não
no Trono....dizendo: ‘Tu és digno, Senhor, nosso Deus, de re- somente a oração que sai dos nossos lábios, mas a nossa vida
ceber a honra, a glória e a majestade, porque criastes todas toda, a nossa vida será louvor e glória do Seu Nome.
as coisas e é por tua vontade é que existem e foram criadas.” Aqui nós cantamos, nós proclamamos louvor e a glória de
(Cf. Ap. 4) Deus e, ao longo do tempo, continuamos a proclamar o seu lou-

Esse trecho do Apocalipse nos mostra a adoração dos Anjos vor e a cantar o seu louvor, a sua glória. Mas, ao longo do tempo
e Santos diante do Trono de Deus e do Cordeiro, a Liturgia e a vai sendo acrescentado o louvor de uma maior profundidade,
Adoração Celestial da qual nós participamos, ao participarmos que é alimentado aqui, na Noite de Cura e Libertação, pelo nos-
da Liturgia da Igreja aqui na Terra. Desde o momento que fomos so cantar, pela nossa oração. A nossa vida, as nossas palavras, o
batizados, à medida que fomos crescendo na vida cristã, apren- nosso andar, o nosso vestir, o nosso comprar, o nosso vender, o
dendo a orar e recebendo os frutos da Salvação da Cruz de Jesus, nosso conversar, em tudo isso Deus espera o louvor e glória do
que no batismo nos foram dados, a nossa voz já ecoa no céu Seu Nome. O mundo foi criado para isso. Por isso, tudo que fere,
Diante do Trono de Deus, na adoração dos Anjos e dos Santos tudo que limita, tudo o que impede, na nossa vida, o louvor e a
ao Senhor. Nós fomos criados para isso, nós fomos criados para glória de Deus nas nossas palavras, na nossa oração, no nosso
adorar a Deus. Não pensem que nós fomos criados para outra cantar, na nossa vida, nas nossas ações, tudo o que impede em
coisa. Para nenhuma outra coisa nós fomos criados, somente nossa vida o louvor e a glória de Deus, deve ser corrigido, reti-
para adorar a Deus, para louvar e adorar a Deus. Tudo que você rado. Nós devemos buscar, em Deus, a restauração, a cura, a li-
aprendeu, todos os dons e talentos que Deus lhe concedeu, bertação, porque na nossa vida tudo deve ser louvor e glória
tudo que você aprende ainda a esta altura e vai aprender daqui de Deus. Mas nós sabemos que ainda não é assim, cada um de
para frente, todas as oportunidades, todas as ocasiões que Deus nós sabe, como tanta coisa em nós precisa ser refeito, restaura-
lhe deu ao longo da sua vida e vai dar ainda, tudo, tudo ele nos do, e Deus faz isso. Deus nos espera a cada instante, todos os
deu, tudo ele nos dá para que nós O louvemos e adoremos. dias, para fazer em nós isso, para fazer essa obra de restauração.
A palavra nos diz que antes da criação do mundo Deus nos Então, lembre sempre: nós fomos criados para isso, nós fomos
escolheu para que nós fossemos, em Cristo Jesus, “o louvor da criados para louvar e adorar a Deus.
sua glória”. Deus nos criou para que nós cantássemos o seu lou- Seu trabalho, a sua profissão seja qual for, se é honesta, tor-
vor e a sua glória, e devemos fazer isso. E por que nós cantamos na-se louvor e glória de Deus. É por isso que a obra do mal é
louvores a Deus? Por que nós cantamos a glória de Deus? Por- tentar reduzir, limitar, restringir, impedir, na nossa vida e no
que louvando a Deus, adorando e glorificando, a nossa vida vai mundo, o louvor e a glória de Deus. Impedir a realização do
se enchendo cada vez mais do Poder de Deus. Vocês percebem objetivo para o qual Deus nos criou. E nós devemos a cada dia
como é importante o louvor e a adoração? Mas, o louvor e lutar com toda a força, aproximando-nos de Deus, mergulhando
adoração que nós proclamamos com nossos lábios, com nossas nele o nosso coração, para que a nossa vida seja o louvor e a
palavras, com nossas mãos, com o nosso corpo, eles têm um glória do Seu Nome.
objetivo de transformar a nossa vida, a nossa vida de cada





O que fazem as Almas Benditas por aqueles que as ajudam

Fonte: Léeme ou Laméntalo, por Padre Paul O’Sullivan (opúsculo sobre as almas do Purgatório)

Santo Afonso Maria de Ligório dizia que ainda que as Santas desejava trabalhar.
Almas não possam  lograr méritos para si mesmas, podem obter De alguma maneira se sentiu consolada pela forma com que o
para nós grande graças. Não são, formalmente falando, interces- jovem a escutava e recobrou a confiança.
sores como são os Santos, porém através da doce Providência
de Deus, podem obter para nós assombrosos favores e livrar- – “Será um prazer ajudá-la!” – disse. “Conheço uma dama que
nos dos demônios, enfermidades e perigos de toda classe. Está neste momento está precisando de uma empregada. Vem co-
mais do que provado, como já foi dito, que nos devolvem mil migo”. E, dito isso, guiou-lhe até uma casa não muito longe dali
vezes cada coisa que façamos por elas. e lhe pediu que tocasse a campainha, assegurando-lhe que en-
contraria trabalho.
Passaremos agora a exibir fatos — alguns dentre muitos que
poderíamos mencionar — que são suficientes para mostrar Em resposta ao toque da campainha, a senhora da casa abriu
quão poderosas e generosas amigas são essas Almas: ela mesma a porta e perguntou a Jeanne Marie o que ela queria.
Então a menina, humildemente, disse:
De como uma menina francesa encontrou a sua mãe
— Senhora, disseram-me que está à procura de uma domésti-
Na França, uma pobre menina chamada Jeanne Marie, empre- ca. Não tenho trabalho e me agradaria ter o emprego.
gada doméstica, escutou uma vez um sermão sobre as Santas
Almas que deixou uma impressão indelével em sua mente. Fi- A senhora estava perplexa e retrucou:
cou profundamente comovida pela ideia do intenso e incessan- — Quem pode haver-lhe dito que eu necessitava de uma em-
te sofrimento que suportam as Pobres Almas, e horrorizada ao pregada? Faz só alguns minutos que acabo de despedir a que
ver quão cruelmente são esquecidas e deixadas de lado por seus tinha antes?! Por acaso você a encontrou (quando saiu daqui)?

amigos da Terra. Outra coisa que a impressionou profundamen- — Não! A pessoa que me informou que a senhora necessitava
te foi ouvir que há muitas almas que estão bem próximas de sua de uma doméstica foi um jovem cavalheiro.
libertação, e de tal forma que uma só Missa seria suficiente para — Impossível! Nenhum jovem; ninguém pode ter se inteirado
elas; porém ficam retidas longo tempo, e até anos, porque este que eu necessito de uma empregada!
último e necessário sufrágio foi esquecido ou negado.
— Porém, senhora — respondeu a menina, apontando um
Com uma fé simples, Jeanne Marie resolveu que, custasse o quadro na parede –, é esse o homem que me informou!
que custasse, ela ofereceria uma Missa pelas pobres almas cada
mês, especialmente pelas mais próximas de chegar ao Céu. Em- — Não, minha menina! Este é meu filho único, que morreu faz
bora passasse por dificuldades financeiras, ela nunca falhou em mais de um ano!
sua promessa.
— Morto ou não – assegurou a menina –, foi ele que me trou-
Em uma ocasião, foi a Paris com sua patroa, e caiu enferma, a xe até aqui, e ainda me guiou até a porta. Veja a cicatriz na fron-
tal ponto que foi obrigada a ir ao hospital. Desafortunadamente, te, o reconheceria onde fosse!
a doença resultou num longo tratamento, e sua patroa teve que
voltar pra casa, desejando que sua empregada se restabeleces- Então contou-lhe toda a história, de seu último franco, e de
se prontamente. Quando, finalmente, a pobre deixou o hospital, como ela mandava rezar Missa pelas Santas Almas, especial-
havia deixado ali também todo o seu dinheiro, de maneira que mente pelas mais próximas de chegar ao Céu. Convencida, fi-
só lhe restava um franco. Que fazer? Aonde ir? De repente, um nalmente, da verdade da história de Jeanne Marie, a dama a re-
pensamento cruzou sua mente! Recordou-se que não havia ofe- cebeu de braços abertos. E, carinhosamente, disse:
recido naquele mês uma Missa em favor das Pobres Almas… Po-
rém tinha só um franco! Valor suficiente para alimentar-se. Como — “Venha, porém não como minha empregada, mas como
minha filha querida. Você enviou meu queridíssimo filho ao Céu.
Não tenho dúvida que foi ele que lhe trouxe até mim”.

confiava na ajuda das Almas do Purgatório, foi até uma Igreja e
pediu para falar com um sacerdote, para que ele oferecesse uma
Missa em sufrágio delas. O sacerdote aceitou, sem imaginar que
a modesta soma que a Menina ofereceu era o único dinheiro
que ela possuía. Ao terminar, o Santo Sacrifício, nossa heroína
deixou a Igreja. Uma certa tristeza envolveu seu rosto e se sentiu
totalmente perplexa.

Um jovem cavalheiro, tocado por sua evidente decepção, per-
guntou-lhe se tinha algum problema e se podia ajuda-la. Ela lhe
contou sua história brevemente, e finalizou dizendo o quanto

Junho 2016