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Published by priscilapuki, 2015-04-03 22:34:18

MARCAS DE UMA IGREJA DOENTE_Neat 2.

MARCAS DE UMA IGREJA DOENTE

Em certo sentido, as nove marcas de uma igreja doente poderiam ser
simplesmente o oposto de tudo aquilo que compõe uma igreja
saudável, de maneira que uma igreja doente ignora a membresia, a
disciplina, a pregação expositiva e todo o resto. Mas os sinais de
doença na igreja nem sempre são tão óbvios. É possível que a sua
igreja ensine e entenda todas as coisas certas e, ainda assim, seja um
lugar terrivelmente doente. Sem dúvida há dezenas de indicadores
que uma igreja se tornou disfuncional e enferma, mas limitemo-nos à
nove.

Aqui vão nove marcas de que a sua igreja — mesmo uma que creia
na Bíblia, pregue o evangelho e abrace uma boa eclesiologia — possa
estar doente.

1) Quanto mais periférico o tópico do sermão, mais
entusiasmadas as pessoas ficam. Uma das coisas que sempre
adorei na nossa igreja é que os sermões que as pessoas mais amam
são aqueles que lidam com os temas mais centrais da Bíblia. Elas
amam ouvir a respeito do pecado e da salvação, sobre a glória de
Deus, sobre a providência, sobre Cristo e a cruz. Não é que eles
nunca ouçam (ou tenham aversão a) sermões sobre o fim dos tempos
ou questões sociais ou mordomia financeira ou casamento ou
paternidade e maternidade, mas elas parecem mais apaixonadas
pelas mensagens que se concentram mais em culpa, graça e gratidão.
Eu fico preocupado quando uma congregação se cansa de ouvir sobre
a Trindade, a expiação, o novo nascimento ou a ressurreição e quer
ouvir outra longa série sobre como lidar com o estresse ou as 70
semanas em Daniel.

2) Os funcionários da igreja não tem prazer em trabalhar. Todo
trabalho tem seus altos e baixos. Todo ofício terá tensão de vez em
quando. Mas a liderança deve observar quando os funcionários
parecem mal-humorados, infelizes e têm que se arrastar para a igreja
a cada dia. Os funcionários da sua igreja desfrutam da presença uns
dos outros? Eles conversam entre si como amigos no salão da
comunhão? Você os vê rindo juntos? Se não, pode haver estresse em
andamento, ou conflito, ou algo pior.



ano, mas a congregação que quase nunca produz pastores e
missionários quase nunca é uma igreja saudável.

7) Existe uma lentidão exacerbada na tomada de decisões. Isso
pode ser culpa da congregação. Alguns membros insistem em aprovar
cada decisão, desde contratação de funcionários, a duração do culto e
a cor do carpete. Se todos têm que votar em cada decisão, a sua
igreja nunca será maior que o número de pessoas informadas que
podem votar em cada decisão (que é um número bem pequeno). Essa
lentidão pode ser culpa do pastor. Em algumas igrejas nada acontece
sem a aprovação pessoal do pastor e sua direta supervisão — uma
receita certeira para guerras territoriais, crescimento atrofiado, e
afastamento de líderes talentosos.

8) A pregação se torna errática. Isso pode ter muitas formas. Talvez
o pastor não compartilhe mais o púlpito com outros membros e o
ocasional convidado de fora. Talvez o oposto esteja acontecendo, e o
pastor pareça estar chamando substitutos mais frequentemente do
que o contrário. Talvez a pregação tenha se tornado mais virulenta, ou
sempre martele no mesmo tema, ou mostre sinais de pouca
preparação. Talvez você tenha notado que o pregador está contando
mais com vídeos ou esboços que não são de sua autoria, ou
constantemente reutiliza material de poucos anos atrás. Ninguém quer
que a pregação seja enfadonha. Alguma variação deve ser esperada e
bem vinda. Mas preste atenção se o pregador parece
doutrinariamente instável, irritável ou exausto.

9) Há problemas que todos conhecem, mas ninguém conversa
abertamente a respeito. Igrejas doentes muitas vezes têm uma
grande regra tácita: a pessoa que menciona os nossos problemas é
que tem problema. Pode ser um pastor que não sabe pregar, um
organista que nunca fica para ouvir o sermão, um presbítero que
dizem que está em um relacionamento ilícito, um diretor de juventude
que não tem jeito para falar com crianças, um funcionário que não se
dá com ninguém, um líder que que lidera por ordens e intimidação. O
melhor é que muitos problemas sejam tratados em secreto e
discretamente, mas isso não é desculpa para fazer vista grossa para o
que todos podem ver claramente. Falar sobre aquilo que todos

conhecem é, muitas vezes, o primeiro passo para tirar do problema o
seu poder incapacitante.


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