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Revista Mercados & Estratégias, Edição 23, Março de 2017

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Published by Revista Mercados & Estratégias, 2017-03-01 13:30:35

Revista Mercados & Estratégias - Edição 23 - Março de 2017

Revista Mercados & Estratégias, Edição 23, Março de 2017

Investimento em
Moçambique

Entrevista: Fernanda Lichale,
embaixadora de Moçambique
junto da CPLP, conversou com a

M&E e indicou informações
essenciais para o sucesso

empresarial no país africano

Brasileira Vale
aumenta produção de
carvão em Moçambique

Quantidade total extraída pela
mineradora brasileira em

Moatize foi 10% maior em 2016

Moçambique facilita
concessão de vistos a
investidores estrangeiros

O montante mínimo investido
foi reduzido para US$ 500 mil



SUMÁRIO Mercados & Estratégias

Entrevista

Página 5
Fernanda Lichale,
Embaixadora de Moçambique junto da CPLP.

País

Página 15
A evolução recente dos indicadores econômicos, sociais,
políticos e empresariais na Guiné-Bissau.

Notícias

Página 26
Investimentos, anúncios, acordos e estímulos aos
negócios na CPLP.

Estatísticas

Página 29
Exportações, Importações, Investimentos, Taxas de
Juros, Inflação e Câmbio na CPLP.

Links Úteis

Página 38

3

Segundo Aniversário

O dia 2 de março de 2017, data de
publicação desta 23ª edição, também
marca o segundo aniversário da revista
Mercados & Estratégias. Muitos foram
os que mereceram agradecimentos
durante esses últimos 24 meses.

EDITORIAL Em termos de leitores, é Ficha Técnica
impressionante o ritmo do crescimento
do número de pessoas que confiam na Revista
M&E. Investimos grande parte do Mercados & Estratégias
nosso trabalho nas ferramentas de
divulgação – para conseguir cada vez Editor-Chefe
mais leitores – e na qualidade da Pedro Nogueira
revista – para manter os antigos e os [email protected]
novos leitores. O resultado foi muito
além do esperado: o número de acessos Redação
à M&E quadruplicou somente durante [email protected]
o segundo semestre de 2016.
Patrocínio e Publicidade
[email protected]

Em termos de entrevistas, tivemos a Colaboraram neste número
oportunidade de conversar com Embaixadora Fernanda Lichale,
diversos representantes de variados Gabrieli Gaio, José da Conceição,
governos e de empresas de grande José Paulo Oliveira, Judite Smith.
relevância, desde PMEs até grandes
grupos empresariais. Em cada nova Imagens
edição, buscamos um entrevistado que Arquivo M&E.
pode levar aos nossos leitores
informações atuais e, principalmente, As opiniões expressas nos artigos
inspiração para enfrentar desafios e publicados são da responsabilidade dos
aproveitar oportunidades. seus autores e não necessariamente da
Revista Mercados & Estratégias ou de
Em nome de toda a Mercados & sua equipe. A aceitação de publicidade
Estratégias, apresento aqui nosso pela Revista Mercados & Estratégias não
sincero agradecimento às dezenas de implica qualquer compromisso por parte
milhares de leitores e aos já 23
entrevistados pela confiança. desta com os produtos e/ou serviços
visados. A Revista Mercados &
Pedro Nogueira, Editor-Chefe.
Estratégias não se responsabiliza por
decisões baseadas nas informações
contidas na revista. Toda transcrição ou
reprodução da revista, parcial ou total, é
autorizada, desde que citada a fonte.

ENTREVISTA Mercados & Estratégias

Fernanda Lichale,

Embaixadora de Moçambique junto da
Comunidade de Países de Língua Portuguesa

Considerada uma das mais respeitadas e conceituadas integrantes
do corpo diplomático moçambicano, Fernanda Lichale exerce hoje
dois cargos ao atuar como Embaixadora Extraordinária e
Plenipotenciária da República de Moçambique na República
Portuguesa e Representante Permanente junto da CPLP. Após
representar o seu país nos postos de Paris e Madrid, Fernanda Lichale
retornou à capital portuguesa em 2014, onde antes também serviu o
seu país como diplomata.

Com o objetivo de descobrir mais sobre a situação atual de
Moçambique, entrevistamos a diplomata, que também compartilhou
informações essenciais sobre como investir no país.

Durante a conversa, além disso, Lichale fez questão que
incluíssemos nesta introdução seus elogios à Mercados & Estratégias.
Sobre esta revista, a diplomata ressaltou a importância da divulgação
gratuita de informação e a relevância da oportunidade de se expressar
oferecida a um representante do Governo moçambicano.

Leia a seguir as experiências, opiniões e visões da Embaixado5ra

Fernanda Lichale sobre economia e negócios em Moçambique.

Mercados & Estratégias

Quais são os principais atrativos

para o investimento estrangeiro

em Moçambique?

Talvez seja importante, primeiro,

contextualizar a resposta a essa

pergunta olhando para o quadro

estratégico e econômico relevante para o

investimento estrangeiro em

Moçambique. Destaco quatro atrativos.

Primeiro, a localização geográfica de

Moçambique na África Austral, banhado

pelo Oceano Índico com uma costa de

mais de 2500 quilômetros. Decorrente “destaco a
afabilidade e a
da sua posição privilegiada, o país vê hospitalidade
lendárias dos
facilitados a ligação e o comércio com o moçambicanos”

resto do mundo e serve de porta de

entrada e saída para os países do

hinterland vizinhos de Moçambique.

Segundo, a abundância de recursos

naturais, desde extensas terras aráveis

para a prática da agricultura, uma flora

e uma fauna diversificadas e exóticas,

recursos hídricos e minérios que

colocam o país no roteiro dos destinos

mais apetecíveis para a fixação de

empresas e realização de negócios nos

mais diversos setores de atividade

econômica. Terceiro, destaco a

afabilidade e a hospitalidade lendárias

dos moçambicanos, a sua abertura e

disponibilidade de partilhar

experiências e diferentes saberes com

outros povos e culturas. Por fim, o

ambiente de negócio favorável,

decorrente da adoção e contextualização

da legislação atinente, bastante

compatível e atrativa.

6

“Moçambique é Mercados & Estratégias
um país jovem,
Por outro lado, quais são os
em franco
crescimento e principais desafios que o país deve

em fase de enfrentar para atrair mais
afirmação das
suas instituições investimentos?

e da sua Moçambique é um país jovem, em
identidade.” franco crescimento e em fase de
afirmação das suas instituições e da sua
identidade. Como tal, enfrenta vários
desafios próprios do processo de
crescimento histórico, político,
econômico e social. Ao nível econômico,
a questão básica para o Governo prende-
se com a edificação de infraestruturas
essenciais para o florescimento do
tecido empresarial e consequente
desenvolvimento socioeconômico do
país. Nesse sentido, e apesar do forte
investimento público realizado nos
últimos anos, persiste uma grande
demanda tendo em conta, entre outros
fatores, a extensão do território, o
crescimento populacional, a aposta na
agroindústria, a exploração quase que
abrupta de recursos minerais, o
desenvolvimento do turismo e as
grandes necessidades energéticas. A
necessidade de formação e qualificação
da mão-de-obra constitui um aspecto
fulcral da economia moçambicana. Os
níveis de produtividade ainda se
encontram muito aquém dos níveis
desejáveis para o crescimento acelerado
que se impõe. A restruturação,
aperfeiçoamento, consolidação e
massificação dos serviços financeiros
representam um dos objetivos
macroeconômicos para a expansão da
atividade econômica e alargamento das
fontes de rendimento do Estado. A atual

7

Mercados & Estratégias

conjuntura global tem impactado
consideravelmente na nossa situação
macroeconômica e na posição das
empresas e famílias. Aliada a essa crise,
o país vê-se a braços com as cíclicas
calamidades naturais que tem resultado
em perdas humanas, destruição de
campos agrícolas e outras
infraestruturas. Perante o cenário
prevalecente, o Governo tem dedicado
esforços à diversificação da base
produtiva, com ênfase para a
agroindústria, à adopção de medidas
que confiram maior resiliência aos
choques externos e ao reforço da
capacidade institucional de prevenção e
gestão de desastres naturais.

Quais setores produtivos atraem

atualmente maior atenção de

investidores estratégicos em

Moçambique?

O turismo, a agricultura, a indústria, a
pesca, o comércio de bens e serviços e a
construção civil sempre atraíram e
concentraram investimentos de
empresas cotadas a nível internacional.
Daí que cada um desses setores tenha
contribuído para o crescimento anual do
Produto Interno Bruto (PIB) a uma
média de 7% nos últimos anos. A
extração petrolífera e de gás têm vindo a
conhecer uma nova dinâmica. Desde
que foram descobertas as grandes
reservas de gás natural na Bacia do
Rovuma, várias são as empresas
multinacionais especializadas na
produção e comercialização do gás e
petróleo que manifestam interesse em

8

Mercados & Estratégias

investir no país. A extração mineira é
também um sector que atrai
investidores estratégicos para o país,
estando em curso a exploração do
carvão em Moatize, província de Tete,
envolvendo gigantescas empresas
multinacionais como a anglo-
australiana Rio Tinto e a brasileira Vale.

Qual o perfil das empresas

estrangeiras que mais investem no

mercado moçambicano?

Nos últimos anos, Moçambique tem sido
destino do investimento estrangeiro de
todas as categorias, com maior enfoque
para as pequenas e médias empresas,
que contribuem na criação de mais
postos de trabalho para os
moçambicanos. Parte considerável
dessas pequenas e médias empresas são
de origem portuguesa. A título de
exemplo, até 2014, operavam em
Moçambique cerca de três mil empresas
portuguesas, com um estoque
acumulado de Investimento Direto
Estrangeiro (IDE) de Portugal de cerca
de € 800 milhões, de um fluxo total de €
4 bilhões, o que fez com que o volume
do investimento português ocupasse a
quarta posição no ranking dos maiores
investimentos estrangeiros em
Moçambique. Mais de € 300 milhões de
investidos nesse ano foi por pequenas e
médias empresas. Na atualidade, dada a
descoberta de importantes reservas de
recursos naturais, tem havido um
incremento do investimento das grandes
multinacionais ou grupos econômicos
em grandes projetos, especialmente nas

9

Mercados & Estratégias “O Governo de
Moçambique
áreas do petróleo, da construção civil e tem concentrado
da mineração. Todavia, embora seja esforços na
maior o volume de investimentos das promoção do
grandes empresas, são as pequenas e investimento
médias empresas que constituem o para os mais
grosso de investidores, com a criação de variados setores”
um maior número de postos de emprego
para os moçambicanos.

Qual a postura adotada pelo

Governo de Moçambique diante de

investidores estrangeiros?

O Governo de Moçambique tem
concentrado esforços na promoção do
investimento para os mais variados
setores, sendo por isso que o país é
aberto e receptivo a todos investidores,
internos e externos. Tem vindo também
a adotar e a contextualizar a legislação
que regula esses investimentos, para
além de celebrar acordos e protocolos
com outros países no sentido de
remover obstáculos ao investimento e a
incentivar trocas comerciais entre
agentes econômicos para tornar a
atividade empresarial mais célere e
menos burocrática. A Lei 3/93, de 24 de
julho, também conhecida como Lei de
Investimento, contempla a proteção do
investimento estrangeiro e vários
incentivos fiscais, dos quais destaco três
exemplos. Primeiro, a isenção de
direitos de importação para os bens de
investimento não produzidos no
território nacional ou que são
produzidos, mas não satisfazem as
características específicas de finalidade
e funcionalidade exigida. Segundo, a
redução da taxa de imposto sobre o

10

Mercados & Estratégias

rendimento na agricultura. Terceiro, crescimento da economia moçambicana.
ressalto os incentivos para projetos em É de destacar também que o Governo
Zonas de Rápido Desenvolvimento e tem vindo a adotar, como estratégia
para Projetos em Zonas Francas para o desenvolvimento nacional, a
Industriais. Há também atrativos para diversificação da economia nacional. É
os empreendimentos ao abrigo da Lei de assim que os setores da saúde, da
Minas e de Petróleos, entre vários outros formação técnica e tecnológica, das
incentivos para atração do investimento energias, do comércio, do turismo, da
estrangeiro. construção civil, dos transportes e
comunicações, da indústria extrativa e
Quais setores produtivos são também de serviços, entre outros, tem
merecido atenção das autoridades
considerados prioritários pelo governamentais.

Governo para o desenvolvimento O carvão de Moatize representa

do país? hoje um dos projetos de maior

A agricultura é a base de destaque em Moçambique. Qual a
desenvolvimento do nosso país, com
extensas áreas e terras férteis para a visão do Governo sobre o potencial
prática dessa atividade econômica. A
agricultura contribui com cerca de vinte do empreendimento para o país?
e cinco por cento para o PIB, emprega
mais de 80% da população Moçambique dispõe de enormes
economicamente ativa e detém um quantidades de carvão mineral, onde se
potencial para dinamizar a destaca a reserva de Moatize, com 2,5
transformação econômica do país. trilhões de toneladas. A visão do
Comprometido com esse objetivo e para Governo é de garantir a exploração e
assegurar o aumento da produção e da exportação do carvão mineral para
produtividade, o Governo central arrecadar as receitas necessárias para o
orientou os governos provinciais e as financiamento de projetos de
administrações distritais, aquando do desenvolvimento econômico e social do
lançamento da Campanha Agrícola país, garantir o uso do carvão térmico
2016/2017, a adotarem um novo modelo para a produção de energia elétrica para
de produção, baseado na especialização o consumo interno e criar
agrária e concentrando esforços na empreendimentos econômicos e postos
produção de culturas que apresentam de trabalho ancorados ao projeto da
vantagens comparativas e competitivas. exploração do carvão mineral. Com
Importa referir, ainda, que o sector de efeito, no âmbito da exploração do
gás e petróleo está em crescimento, que carvão de Moatize está em
tem beneficiado de grande investimento funcionamento a linha de Sena, que liga
estrangeiro e que poderá acelerar o o local de produção do carvão ao Porto
da Beira, numa extensão de 575 km. Por

11

Mercados & Estratégias “está em curso a
construção de
outro lado, está em curso a construção uma linha
de uma linha ferroviária que ligará ferroviária que
Moatize ao Porto de Nacala, passando ligará Moatize ao
por Malawi, numa extensão de 912 km. Porto de Nacala”
Essa linha deverá movimentar 18
milhões de toneladas de carvão por ano,
para além de diversas mercadorias para
o consumo das populações que vivem
nas zonas abrangidas pelo projeto.

Moçambique enfrenta hoje um

período de forte seca. Qual a

situação do setor agropecuário

diante desse cenário?

O setor agropecuário nas regiões Sul e
Centro de Moçambique enfrentou
enormes dificuldades, sobretudo
durante o ano de 2016, devido à seca
que destruiu culturas e provocou a
morte de gado. Consequentemente, mais
de 180 mil pessoas sofreram dos efeitos
da seca. Perante essa situação provocada
pela natureza, o Governo Moçambicano
garantiu não só a assistência alimentar
às famílias camponesas vítimas da seca,
como também a distribuição de
sementes de culturas agrícolas
tolerantes à seca. A estratégia do
Governo consiste em cinco pontos.
Primeiro, promover e massificar a
utilização das zonas baixas para
agricultura. Segundo, incentivar a
população a potenciar o aproveitamento
de lagos e lagoas naturais, a coleta de
água pluvial e a optimização do uso de
albufeiras. Terceiro, aproveitamento dos
cursos naturais de água e sistemas de
rega de baixo custo. Quarto, reforçar os
investimentos para a provisão de Kits de

12

Mercados & Estratégias

uso múltiplo de água. Quinto, por fim, 18% das culturas agrícolas, afetando
promover a realização de feiras diretamente mais de 460 mil famílias,
agropecuárias para a venda e troca de dizimando milhares de cabeças de gado
produtos para a aquisição de outros. e levando mais de um milhão de pessoas
à situação de insegurança alimentar. Por
Na sua opinião, como a economia outro lado, verificamos a redução
internacional dos preços das matérias-
moçambicana deverá evoluir nos primas – incluindo as que Moçambique
exporta, como gás, alumínio, carvão,
próximos anos? algodão, açúcar e camarão, só para citar
alguns exemplos – o que reduziu, por
Até muito recentemente, Moçambique consequência, as receitas das
constou da lista de países que mais exportações nacionais, um valioso
cresciam na região e no mundo, por contributo para a nossa economia.
registar um crescimento econômico Importa também destacar a redução do
médio anual em torno dos 7%, fluxo de Investimento Direto
acompanhado por uma inflação abaixo Estrangeiro e do crédito comercial do
de dois dígitos. No entanto, a crise sector privado por consequência de um
econômica e financeira global corroeu a combinado de fatores externos e
resiliência aos choques externos, internos, entre os quais a tensão
afetando negativamente a produção político-militar que transmitiu alguma
nacional e revendo em baixa o insegurança aos investidores. Por isso,
crescimento do PIB nacional, de cerca apesar de haver boas perspectivas de
de 7% em 2014 para 6,1% em 2015 e crescimento econômico no ano em
cerca de 4% em 2016. Nos últimos anos, curso, o país precisa de algum tempo
o país tem sido atingido por cheias, que para recuperar os índices de
para além causar vítimas humanas e crescimento dos últimos cinco a dez
milhares de desalojados, interrompem a anos, podendo crescer muito próximo
circulação de pessoas e bens, das cifras registadas no último ano. Na
paralisando, por conseguinte, a perspectiva do Governo, o crescimento
atividade econômica em toda a extensão do PIB será de cerca de 5,5%.
das províncias ciclicamente afetadas. De
2015 a 2016, a seca prolongada destruiu

13

Mercados & Estratégias
14

PAÍS Mercados & Estratégias

Guiné-Bissau:

Recuperação do PIB,
queda do Consumo.

Em agosto de 2015, o presidente da Guiné-Bissau, José
Mário Vaz, anunciou a dissolução do então governo do
país, que havia sido eleito no ano anterior. Desde então, o
país já teve quatro governos diferentes, mas nenhum
conseguiu aprovação parlamentar. A situação gerou
grande instabilidade política em uma nação que já
enfrentou diversos episódios de mudanças no Poder.
Como era de se esperar, tal cenário teve forte efeito na
economia nacional.

Para melhor compreender a atual situação econômica
de um país conhecido pelas exportações de castanhas de
caju, reunimos a seguir 14 gráficos e mapas que resumem
a evolução recente dos principais indicadores
econômicos, sociais, empresariais e políticos da Guiné-
Bissau.

15

Mercados & Estratégias

Crescimento do PIB Real (%) Após uma breve recessão em 2012, a
economia da Guiné-Bissau recuperou-se
10 já no ano seguinte, com uma crescente
8 subida anual do Produto Interno Bruto
6 4,80 (PIB) desde então. Como é possível ver
4 no gráfico ao lado, esse indicador
2 aumentou 4,8% em 2015, registro mais
0 recente. Segundo estimativas do Fundo
-2 Monetário Internacional (FMI), o PIB
-4 também subiu 4,8% em 2016 e deverá
crescer 5% durante o ano de 2017.
Fonte: Banco Mundial e FMI
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017

10 Crescimento do PIB Real (%)

8
6 4,804,80
4
2
0
-2
-4

Fonte: Banco Mundial e

16
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017

Mercados & Estratégias

Um dos principais fatores no cálculo Consumo (US$ milhões)
do PIB, o consumo aumentou
consideravelmente durante a última 1200
década, mas caiu em 2015. Como visto 1000
no gráfico à direita, os gastos do 800
Governo cresceram 68% de 2005 a 2014, 600
mas desceram 20% em 2015, quando 400
registraram US$ 115 milhões. Segundo 200
estimativas do FMI, ainda, os gastos
públicos caíram 21% em 2016 e deverão 0
registrar quedas de 6% em 2017 e 4% em
2018. O consumo das famílias, por sua Governo Fonte: Banco Mundial
vez, cresceu 87% entre 2005 e 2014, mas Famílias
caiu 11% em 2015, fechando com um
total de US$ 876 milhões. O principal
motivo para essa queda do consumo é o
cenário de instabilidade política vivido
no país desde 2015.

Desemprego (%)

6,92 6,90
6,90
Apesar de o consumo das famílias ter 6,88
passado por um grande crescimento na 6,86
última década, o desemprego teve uma 6,84
forte estabilidade. De acordo com 6,82
estimativas do Banco Mundial e da 6,80
Organização Mundial do Trabalho, 6,78
representadas ao lado, o índice variou 6,76
entre 6,8% e 6,9% em toda a última 6,74
década.

Fonte: Banco Mundial

17

Mercados & Estratégias

Inflação Anual (%) A inflação medida em termos anuais
apresentou grande instabilidade nos
12 últimos anos. Como é possível observar
10 no gráfico à esquerda, a Guiné-Bissau
8 viveu uma alta subida de preços em
6 2008, seguida por uma deflação em
4 2009, outro período de alta inflação em
2011 e mais uma deflação em 2014. Em
2,30 2015, ano mais recente registrado, a
2 1,40 variação de preços ficou mais estável,
0 com uma inflação de apenas 1,4%.
-2 Segundo estimativas do FMI, a subida
-4 de preços foi de 2,3% em 2016 e será de
2,7% em 2017, mantendo estabilidade.
Fonte: Banco Mundial e FMI
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017

3,50 Inflação Mensal Em termos mensais, a subida de
3,00 (variação homóloga) preços foi bem controlada durante o ano
2,50 de 2015 e a primeira metade de 2016,
2,00 1,60 mas voltou a uma instabilidade no
1,50 segundo semestre do ano passado. Como
1,00 visto ao lado, a inflação homóloga –
0,50 comparação com o mesmo mês no ano
0,00 anterior – variou entre 1% e 3% durante
-0,50 os 12 meses entre julho de 2015 e junho
-1,00 de 2016. A partir do mês seguinte, por
-1,50 outro lado, a variação de preços
começou a desacelerar, chegando a uma
Fonte: Banco Central dos Estados da África Ocidental deflação de 1,1% em setembro. A partir
de outubro, a inflação voltou a se
recuperar, chegando a 1,6% em
dezembro de 2016, registro mais
recente.

18

Mercados & Estratégias

5,00 Taxa de Juros (%)
4,50
Por ser membro da União Econômica 4,00 4,50
e Monetária do Oeste Africano 3,50
(UEMOA), o Governo da Guiné-Bissau 3,00
não possui autonomia para controlar o 2,50
instrumento mais comum de combate à 2,00
inflação: a taxa de juros. Como é possível 1,50
ver no gráfico ao lado, esse indicador 1,00
permaneceu fixado em 3,5% durante 0,50
três anos, mas foi elevado para 4,5% no 0,00
final do ano passado. Essa subida
provavelmente gerará uma retração
ainda maior do consumo uma vez que
estimula o investimento.

Fonte: Banco Central dos Estados da África Ocidental

Como membro da UEMOA, a Guiné- 640 Câmbio (XOF/1USD)
Bissau adota o Franco da África
Ocidental (XOF) como moeda oficial. De 630 619,59
modo a garantir uma estabilidade 620
cambial, essa moeda possui uma 610
paridade fixa ao Euro. Como visto ao 600
lado, o Franco XOF passou por uma 590
desvalorização em relação ao Dólar dos 580
EUA nos últimos meses. Após manter 570
um valor próximo a XOF 600,00 por um 560
Dólar por quase todo o ano de 2016, a 550
moeda da UEMOA desvalorizou mais de 540
3% durante dezembro do ano passado,
mantendo um valor frente ao Dólar Fonte: Banco Central dos Estados da África Ocidental
próximo de XOF 620,00 desde então.

19

Mercados & Estratégias

IDE Atraído A atratividade de investimento direto
160 (US$ milhões, estoque) estrangeiro (IDE) da Guiné-Bissau vive
um excelente momento. Como visto ao
140 133,96 lado, esse fluxo passou por uma grande
120 queda em 2005 e 2006, cujo principal
100 motivo foi um Golpe de Estado ocorrido
80 em 2003. Por outro lado, a entrada de
60 investimentos estrangeiros foi acelerada
40 a partir de 2010. Em 2015, esse
20 indicador atingiu um novo recorde ao
superar US$ 133 milhões.
0

Fonte: UNCTAD

Exportações (US$ milhões) As exportações da Guiné-Bissau, como
observado ao lado, tiveram um forte
450 crescimento em 2011, seguido de uma
400 grande queda em 2012. Após uma
350 recuperação razoável em 2013, o
300 281,19 indicador manteve o mesmo patamar
250 desde então. Em 2015, as vendas ao
200 exterior somaram pouco mais de US$
150 281 milhões. De acordo com estimativas
100 do FMI, por outro lado, as exportações
da Guiné-Bissau cresceram 7,6% em
50 2016 e deverão subir 3,1% em 2017 e
0 3,3% em 2018.

Fonte: International Trade Centre

20

Mercados & Estratégias

TEXTO 450 Exportações (US$ milhões)

400
350
300 281,19
250
200
150
100

50
0

Fonte: International Trade Centre

Vista aérea da Guiné-Bissau. Foto: Google.

As importações, por sua vez, Importações (US$ milhões)
enfrentam uma queda mais recente.
Como é possível observar ao lado, as 450
compras de bens e serviços estrangeiros 400
passaram por uma descida em 2010, 350
mas registraram um forte crescimento 300 290,34
entre 2005 e 2014. Por outro lado, esse 250
indicador sofreu uma descida de 52% em 200
2015. Essa queda, que atingiu quase 150
todos os setores produtivos, foi 100
fortemente impulsionada por um novo
cenário de instabilidade política. 50
Conforme os cálculos do FMI, as 0
importações da Guiné-Bissau, por outro
lado, cresceram 14% em 2016 e deverão Fonte: International Trade Centre
subir 4,8% em 2017 e 5,2% em 2018.

21

Mercados & Estratégias

Principais Destinos das Exportações (2014)

GunnMap

Fonte: Banco Central dos Estados da África Ocidental.

Produtos Exportados Em termos de destinos, as
(2015) exportações da Guiné-Bissau são muito
dependentes de poucos parceiros. Como
2% o mapa acima demonstra, quase todas as
vendas do país ao exterior são
6% destinadas à Índia ou aos Emirados
9% Árabes Unidos, que somaram 98% das
exportações bissauguineenses de 2014.
Castanhas
Pescados Focando nos produtos mais
Madeira exportados, também é possível apontar
Outros uma grande concentração. Como visto
ao lado, 83% das vendas ao exterior em
83% 2015 foram representadas pelas
castanhas de caju. Os pescados e seus
Fonte: International Trade Centre preparados, que sofreram uma grande
queda, foram responsáveis por 9% do
22 total. A madeira, por sua vez, ganhou
grande relevância na última década.

Mercados & Estratégias

Principais Origens das Importações (2014)

GunnMap

Fonte: Banco Central dos Estados da África Ocidental.

No âmbito das importações, por outro Produtos Importados
lado, há uma maior variedade de (2015)
parceiros e produtos, o que é explicado
pela pequena dimensão econômica do 14%
país. Como visto no mapa acima, as Petróleo
principais origens das importações são o
Senegal, a Índia, o Paquistão, a Holanda, 13% Cereais
a Itália e a China. Plástico

Quanto aos produtos mais 61% 6% Máquinas
importados, como o gráfico à direita 6% Outros
demonstra, nota-se que 14% das
compras de produtos estrangeiros em Fonte: International Trade Centre
2015 foram representadas por petróleo,
com destaque para o refinado. Em 23
seguida, aparecem os cereais (13% do
total), o plástico e seus derivados (6%) e
as máquinas (6%).

MercaOdsosa&licEestrrcaetésgidaos desenvolvimento econômico
da Guiné-Bissau nos próximos anos

A Guiné-Bissau continua a ter uma acrescentado, reforçando a integração
economia dependente do setor primário e econômica do país, nas suas várias regiões.
em especial da produção de caju, sendo que A disponibilização dos instrumentos
apenas uma ínfima parte da produção total financeiros de suporte a esse investimento
do país é aproveitada, devido à inexistência passará muito provavelmente pelas
de uma cadeia produtiva organizada, com instituições financeiras multilaterais
tratamento dos produtos, armazenagem e internacionais, como o Banco Africano de
organização com vista à transformação e Desenvolvimento (BAD), que dispõem de
distribuição, bem como falha no soluções muito atrativas para projetos com
aproveitamento da totalidade do produto, escala e estruturantes da economia do país,
nas suas diversas formas. em consonância com a estratégia de
desenvolvimento da Guiné Bissau.
Por toda a África, especialmente nas
regiões subsaarianas, a criação de valor Uma das formas mais seguras de aceder
acrescentado no aproveitamento da a esses financiamentos reside na utilização
produção agrícola é um dos maiores dos serviços de apoio do OLAE, que tem
desafios para o crescimento econômico no uma equipa altamente especializada na
século XXI, tornando o investimento nas preparação de projetos para financiamento
várias vertentes dos agronegócios essencial através das Instituições Financeiras
para o futuro do continente. A Guiné- Internacionais Multilaterais, com vasta
Bissau não escapa a essa realidade, experiência na realização desses projetos
enfrentando precisamente o desafio do para governos de países e entidades
desenvolvimento dos negócios privadas, com investimentos relevantes.
agroindustriais como estruturantes para o Esses projetos obrigam ao domínio de um
aumento da produção local, criação de know-how muito específico e apenas raras
valor e riqueza para o país e para os seus entidades privadas dos países da CPLP são
cidadãos. Nesse contexto, a necessidade de beneficiárias diretas dessas fontes de
certificação alimentar local e disseminação financiamento. No entanto, devido ao tipo
de estruturas de transformação industrial de instituições em causa, essas constituem
apontam inevitavelmente o caminho para o algumas das melhores alternativas para
desenvolvimento econômico do país nos financiar projetos, nomeadamente do setor
próximos anos. privado.

Desse modo, será crítico que o país Os leitores da revista Mercados &

consiga atrair investidores, internos e Estratégias beneficiam de um desconto de

externos, que arriesxqtueermnosc,rqiaure aersrtrisuqtuerams 15% na aquisição de serviços do OLAE

produtivas de navaclroiarção adcereesscteruntuadraos, relacionados com a preparação de projetos

reforçando a integrparçoãdouetcivoansómidcae dovpaalíosr, de investimento. Veja na página seguinte.

nas suas várias regiaõcerse.scentado, integPrarçoãof. José Paulo Oliveira
reforçando a

24 esucoans óvmáOriicabassrederogvipõaeatósís.r,ionaLsuPsróefsoidneondtee do OLAE
Actividades
Económicas

Mercados & Estratégias

Financiamento
de Projetos

25

Mercados & Estratégias

Brasileira Vale aumentou produção
de carvão em Moçambique

NOTÍCIAS Extração de carvão pela Vale na mina de Moatize, em Moçambique. Foto: Agência Vale.

Durante o ano de 2016, a exportação nos portos da Beira e

extração de carvão na mina de de Nacala totalizou 8,7 milhões de

Moatize, em Moçambique, pela toneladas, valor 136% maior do

brasileira Vale totalizou 5,5 que o registrado em 2015.

milhões de toneladas, valor 10% O relatório, no entanto, ressalta

maior do que o extraído em 2015. que a extração ficou abaixo da

A informação foi divulgada em expectativa inicial da empresa,

relatório oficial publicado pela que previa, no final de 2015, uma

mineradora em 16 de fevereiro. produção total de 10 milhões de

Segundo o documento, o toneladas para o ano de 2016. De

crescimento foi causado por acordo com a mineradora, os dois

melhorias operacionais na planta principais motivos para a

de Moatize I e pelo lançamento da produção abaixo do esperado

planta de Moatize II. foram algumas dificuldades no

O grande destaque das fornecimento de explosivos e o

operações da Vale Moçambique atraso das atividades de Moatize

em 2016 foi o escoamento do II, planta de processamento de

carvão. O total transportado nos carvão ativa desde agosto.

corredores ferroviários de Sena- Presente em Moçambique

Beira e Nacala subiu 113% ao desde 2004, a Vale detém nesse

somar 8,8 milhões de toneladas. país a concessão de uma das

26 Além disso, a quantidade de maiores reservas de carvão do
carvão embarcada para a mundo em Moatize.

exportação nos portos da Beira e

Mercados & Estratégias

Apresentado projeto de fábrica de transformação de carvão

em Moçambique para abastecer siderurgia no Brasil

A empresa chinesa CBStell pretende capacidade de exportar quatro milhões de
investir na instalação de uma fábrica em toneladas de carvão por ano para o Brasil,
Moçambique para transformar carvão e onde será usado na produção de aço.
abastecer o setor siderúrgico do Brasil.
Conforme noticiou a agência Macauhub, a Em setembo de 2016, a CBStell assinou
intenção de investimento foi expressa por um contrato para a construção de uma
meio de um memorando assinado em 24 fábrica siderúrgica em Bacabeira, cidade
de fevereiro por representantes da do estado do Maranhão, localizado no
empresa chinesa e do Governo Nordeste do Brasil. A fábrica, provável
moçambicano. destino do carvão transformado em
Moçambique, terá a capacidade de
Caso o projeto de investimento seja produzir três milhões de toneladas de aço
aprovado, a fábrica terá um investimento por ano.
inicial de US$ 1,4 bilhão e será localizada
em Nacala, cidade portuária no Nordeste O memorano de intenções de
de Moçambique. Essa localização é investimento em Moçambiuque foi
estratégica uma vez que Nacala é o destino assinado em Maputo, capital do país
de parte do carvão extraído em Moatize, africano, pela secretária-permanente do
uma das maiores reservas mundiais dessa Ministério da Indústria e Comércio de
rocha. A fábrica será destinada à Moçambique, Carla Soto, e pelo Presidente
transformação do carvão metalúrgico do Conselho de Administração da CBStell,
extraído na mina de Moatize em carvão de Zhang Shengsheng. Após a assinatura do
coque, produto que será exportado para o memorando, Shengsheng afirmou que as
mercado brasileiro. Segundo estimativas obras para a construção da fábrica em
da CBStell, o empreendimento terá uma Moçambique serão financiadas pelo
capacidade de exportar quatro milhões de Governo chinês e deverão durar um ano.
toneladas de carvão por ano para o Brasil,
onde esse produto será usado na produção
de aço.

27

Mercados & Estratégias

Moçambique facilita concessão de
vistos para investidores estrangeiros

Em 21 de fevereiro, o Governo de estrangeiros no país uma vez que,
Moçambique aprovou um novo atualmente, poucos são aqueles que
regulamento que tem como objetivo podem investir mais de US$ 50 milhões.
facilitar a atribuição de vistos de entrada
em território nacional para cidadãos O mesmo regulamento também
estrangeiros com projetos de investimento flexibiliza a concessão do visto de
no país. A informação foi anunciada pela fronteira, que antes só poderia ser obtido
vice-ministra da Cultura e Turismo do país por cidadãos de países sem representações
africano, Ana Comoana, conforme diplomáticas de Moçambique. Com a
noticiado pela Agência de Informação de reforma, os vistos solicitados no momento
Moçambique. da entrada no país também poderão ser
concedidos a cidadãos de nações com
De acordo com a vice-ministra, que embaixadas ou consulados moçambicanos.
concedeu uma conferência de imprensa Os vistos terão validade de 30 dias,
após a 5ª sessão ordinária do Conselho de durante os quais permitirão duas entradas.
Ministros de Moçambique, a medida aplica
uma redução de US$ 50 milhões para US$ Segundo Camoana, essa flexibilização
500 mil no montante mínimo investido pretende estimular a atração de turistas e,
necessário para a concessão do Visto de como consequência, impulsionar o
Atividade de Investimento. Comoana investimento no setor do Turismo.
explicou que a alteração deverá gerar um
aumento do número de investidores De acordo com as estimativas do
estrangeuris no país Governo de Moçambique, o país deverá
atrair 1,6 milhão de turistas em 2017.

28

Mercados & Estratégias

Investimento Estrangeiro Taxa de câmbio
(US$ bilhões, fluxo) (AOA/1USD)

ESTATÍSTICAS 2015 8,68 Mar./2017 166,4

2014 1,92 Fev./2017 166,4

-7,12 2013 Jan./2017 166,4

-10 -5 0 5 10 0 100 200

Fonte: UNCTAD. Fonte: Banco Central do Brasil.

Importações Exportações
(USD bilhões) (USD bilhões)

2015 16,22 2015 34,12

2014 28,29 2014 65,74

2013 24,17 2013 73,14

0 10 20 30 0 20 40 60 80

Fonte: Internacional Trade Centre. Fonte: International Trade Centre.

Inflação (%) Taxa de juros (%)

Jan./2017 40,39 Mar./2017 16

Dez./2016 41,95 Fev./2017 16

Nov./2016 41,15 Jan./2017 16

39,0 40,0 41,0 42,0 43,0 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00

Fonte: Banco Nacional de Angola. Fonte: Banco Nacional de Angola.

29

Mercados & Estratégias

Investimento Estrangeiro Taxa de câmbio
(US$ bilhões, estoque) (BRL/1USD)

Jan./2017 11,53 Mar./2017 3,1

Dez./2016 15,41 Fev./2017 3,13

Nov./2016 8,75 Jan./2017 3,26

- 10 20 3,0 3,1 3,2 3,3

Fonte: Banco Central do Brasil. Fonte: Banco Central do Brasil.

Importações Exportações
(USD bilhões, mensal) (USD bilhões, mensal)

Jan./2017 12,19 Jan./2017 14,91

Dez./2016 11,53 Dez./2016 15,94

Nov./2016 11,46 Nov./2016 16,22
14
11,0 11,5 12,0 12,5 15 16 17

Fonte: MDIC. Fonte: MDIC.

Inflação (%) Taxa de juros (%)

Jan./2017 5,35 Mar./2017 12,25
Dez./2016 6,29
Nov./2016 6,99 Fev./2017 13
5
0 Jan./2017 13,75
Fonte: IBGE.
10 11 12 13 14

Fonte: Banco Central do Brasil.

30

Mercados & Estratégias

Investimento Estrangeiro Taxa de câmbio
(USD bilhões, estoque) (CVE/1USD)

2015 1,49 Mar./2017 105,01

2014 1,55 Fev./2017 103,07

2013 1,64 Jan./2017 104,61
1,40
1,50 1,60 1,70 102,0 103,0 104,0 105,0 106,0

Fonte: UNCTAD. Fonte: Banco Central do Brasil.

2015 Importações 2015 Exportações
(USD milhões) (USD milhões)

558,65 72,31

2014 768,74 2014 80,54

2013 726,37 2013 69,23

0 500 1 000 60 65 70 75 80 85

Fonte: International Trade Centre. Fonte: International Trade Centre.

Inflação (%) Taxa de juros (%)

Dez./2016 -1,40 Mar./2017 7,50
Nov./2016
-1,30 Fev./2017 7,50

Out./2016 -1,30 Jan./2017 7,50

-1,45 -1,40 -1,35 -1,30 -1,25 05 10

Fonte: INE Cabo Verde. Fonte: Banco de Cabo Verde.

31

Mercados & Estratégias

Investimento Estrangeiro Taxa de câmbio
(US$ milhões, estoque) (XOF/1USD)

2015 133,96 Mar./2017 619,59

2014 129,31 Fev./2017 613,04

2013 116,89 Jan./2017 626,81
100 600
110 120 130 140 610 620 630

Fonte: UNCTAD. Fonte: BCEAO.

2015 Importações 2015 Exportações
(USD milhões) (USD milhões)

198,38 240,94

2014 412,61 2014 265,14

2013 323,08 2013 297,22

0 200 400 600 0 100 200 300 400

Fonte: International Trade Centre. Fonte: International Trade Centre.

Inflação (%) Taxa de juros (%)

Dez./2016 1,60 Mar./2017 4,50

Nov./2016 0,70 Fev./2017 4,50

Out./2016 0,30 Jan./2017 4,50

0,0 1,0 2,0 0 2 4 6

Fonte: BCEAO. Fonte: BCEAO.

32

Mercados & Estratégias

Investimento Estrangeiro Taxa de câmbio
(USD bilhões, estoque) (XAF/1USD)

2015 13,74 Mar./2017 619,89

2014 13,42 Fev./2017 613,09

2013 13,10 Jan./2017 623,30
12,5 600
13,0 13,5 14,0 610 620 630

Fonte: UNCTAD. Fonte: BEAC.

2015 Importações 2015 Exportações
(USD bilhões) (USD bilhões)

1,52 6,41

2014 2,63 2014 13,14

2013 3,11 2013 14,53

0123 4 0 5 10 15 20

Fonte: International Trade Centre. Fonte: International Trade Centre.

Inflação (%) Taxa de juros (%)

2015 3,90 Mar./2017 2,45

2014 3,60 Fev./2017 2,45

2013 3,20 Jan./2017 2,45
0
2 4 6 0,0 1,0 2,0 3,0

Fonte: BEAC. Fonte: BEAC.

33

Mercados & Estratégias

Investimento Estrangeiro Taxa de câmbio
(US$ bilhões, estoque) (MZN/1USD)

2015 28,77 Mar./201 70,03
7

2014 25,06 Fev./201 70,57
7

2013 19,97 Jan./201 71,29
7

0 10 20 30 40 69,0 70,0 71,0 72,0

Fonte: International Trade Centre. Fonte: Banco de Moçambique.

2015 Importações 2015 Exportações
(USD bilhões) (USD bilhões)

7,91 3,19

2014 8,74 2014 4,73

2013 10,1 2013 4,02

0 5 10 15 024 6

Fonte: International Trade Centre. Fonte: International Trade Centre.

Inflação (%) Taxa de juros (%)

Jan./2017 20,56 Mar./2017 23,25

Dez./2016 23,67 Fev./2017 23,25

Nov./2016 26,35 Jan./2017 23,25

0 10 20 30 0 10 20 30

Fonte: INE - Moçambique. Fonte: Banco de Moçambique.

34

Mercados & Estratégias

Investimento Estrangeiro Taxa de câmbio
(€ bilhões) (EUR/1USD)

Dez./2016 0,80 Mar./2017 0,95

Nov./2016 0,28 Fev./2017 0,93

Out./2016 0,07 Jan./2017 0,95

0,0 0,5 1,0 0,92 0,93 0,94 0,95 0,96

Fonte: Banco de Portugal. Fonte: Banco Central do Brasil.

Importações (€ bilhões) Exportações (€ bilhões)

Dez./2016 5,44 Dez./2016 4,06

Nov./2016 5,47 Nov./2016 4,67

Out./2016 5,24 Out./2016 4,37

5,10 5,20 5,30 5,40 5,50 3,5 4,0 4,5 5,0

Fonte: INE - Portugal. Fonte: INE - Portugal.

Jan./2017 Inflação (%) Taxa de juros (%)

1,30 Mar./2017 0

Dez./2016 0,90 Fev./2017 0

Nov./2016 0,60 Jan./2017 0
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00
0,0 0,5 1,0 1,5
Fonte: Banco Central Europeu.
Fonte: Banco Central Europeu.

35

Mercados & Estratégias

Investimento Estrangeiro Taxa de câmbio
(US$ milhões, estoque) (STD milhares/1USD)

2015 375,88 Mar./2017 23,87

2014 347,42 Fev./2017 22,88
2013
320,32 Jan./2017 23,36
250 300 350
400 22,0 22,5 23,0 23,5 24,0
Fonte: UNCTAD.
Fonte: Banco Central do Brasil.

2015 Importações 2015 Exportações
(USD milhões) (USD milhões)

91,32 11,65

2014 169,71 2014 10,49

2013 152,09 2013 6,93

0 50 100 150 200 0 5 10 15

Fonte: International Trade Centre. Fonte: International Trade Centre.

Inflação (%) Taxa de juros (%)

Jan./2017 4,70 Mar./2017 10,00

Dez./2016 5,10 Fev./2017 10,00

Nov./2016 6,20 Jan./2017 10,00

0246 8 0 5 10 15

Fonte: Banco Central de São Tomé e Príncipe. Fonte: Banco Central de São Tomé e Príncipe.

36

Mercados & Estratégias

Investimento Estrangeiro Taxa de câmbio
(US$ milhões, estoque) (USD/1EUR)

2015 332,23 Mar./2017 1,06

2014 316,47 Fev./2017 1,08

2013 283,82 Jan./2017 1,05

240 260 280 300 320 340 1,02 1,04 1,06 1,08 1,10

Fonte: UNCTAD. Fonte: Banco Central do Brasil.

Importações Dez./2016 Exportações
(USD milhões) (USD milhões)

Dez./2016 11,11 1,70

Nov./2016 13,93 Nov./2016 0,43

Out./2016 46,85 Out./2016 5,04

0 20 40 60 024 6

Fonte: Direcção Nacional de Estatística. Fonte: Direcção Nacional de Estatística.

Inflação (%)

Jan./2017 -0,30

Dez./2016 0,00

Nov./2016 -0,80

-1,0 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0

Fonte: Direcção Nacional de Estatística.

37

LINKS ÚTEISMercados & Estratégias

Associações

Associação dos Empreendedores de Angola
Câmara de Comércio Angola Brasil

Câmara de Comércio e Indústria Portugal - Angola

Instituições Públicas

Agência Nacional para o Investimento Privado (ANIP)
Banco de Desenvolvimento de Angola
Banco Nacional de Angola
Guiché Único da Empresa
Instituto Nacional de Estatística
Ministério das Finanças
Portal do Cidadão
Portal do Governo

Fontes de Informação

Angola Global
Angola Outlook
Agência Angola Press
Jornal de Angola
AngoNotícias

38

Mercados & Estratégias

Associações

Associação Comercial Empresarial do Brasil
Câmara de Comércio Angola Brasil

Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária Brasil-Moçambique
Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil

Instituições Públicas

Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX-Brasil)
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
Banco Central do Brasil

Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE)
Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur)

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)
Portal do Governo
Receita Federal

Fontes de Informação

BrasilGlobalNet
Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior

39

Mercados & Estratégias

Associações

Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde

Instituições Públicas

Alfândegas de Cabo Verde
Cabo Verde Investments
Inspecção Geral das Actividades Económicas
Ministério do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial
Página Oficial do Governo

Fontes de Informação

Instituto Nacional de Estatística

Instituições Públicas

Assembleia Nacional Popular
Fundação Guineense para o Desenvolvimento Empresarial Industrial

Portal do Governo
Portos da Guiné-Bissau
Presidência da República

Fontes de Informação

Bissau Digital
Instituto Nacional de Estatística

40

Mercados & Estratégias

Instituições Públicas

Banco Nacional da Guiné Equatorial
Ministério de Assuntos Exteriores e Cooperação
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento Econômico e Investimento Público

Página Oficial do Governo

Fontes de Informação

Banco dos Estados da África Central (BEAC)

Associações 41

Associação de Comércio e Indústria
Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária Brasil-Moçambique

Câmara de Comércio Moçambique Portugal

Instituições Públicas

Alfândegas de Moçambique
Autoridade Tributária
Banco de Moçambique

Centro de Promoção de Investimentos (CPI)
Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado

Instituto para a Promoção de Exportações
Portal do Governo

Fontes de Informação

Instituto Nacional de Estatística

Mercados & Estratégias

Associações

Associação Empresarial de Portugal
Associação Industrial Portuguesa

Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira
Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola

Câmara de Comércio Portugal-Moçambique
Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal-Cabo Verde

Confederação Empresarial de Portugal

Instituições Públicas

Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal
Autoridade da Concorrência
Balcão do Empreendedor
Banco de Portugal

Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento
Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Portal do Governo
Turismo de Portugal

Fontes de Informação

Instituto Nacional de Estatística
Jornal de Negócios
Jornal Oje

42

Mercados & Estratégias

Associações

Associação Santomente Promotora de Investimento e Desenvolvimento

Instituições Públicas

Assembleia Nacional
Autoridade das Zonas Francas

Direção Geral de Turismo
Empresa Nacional de Administração dos Portos

Portal do Governo

Fontes de Informação

Banco Central de São Tomé e Príncipe
Instituto Nacional de Estatística

Instituições Públicas

Ministério das Finanças
Portal do Governo

Fontes de Informação

Banco Central
Direcção-Nacional de Estatística

Jornal da República
Portal de Resultados do Governo

43

Everjean Mercados & Estratégias
44


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