The words you are searching are inside this book. To get more targeted content, please make full-text search by clicking here.

PROJETO DE PESQUISA - TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS DESAFIOS NA FORMAÇÃO CONTINUADA

Discover the best professional documents and content resources in AnyFlip Document Base.
Search
Published by janicetorres, 2018-07-27 15:17:58

PROJETO DE PESQUISA - TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS DESAFIOS NA FORMAÇÃO CONTINUADA

PROJETO DE PESQUISA - TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS DESAFIOS NA FORMAÇÃO CONTINUADA

1
INSTITUTO QUALIFIQUE & CONSULTORIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

JANICE ANDRADE TORRES

TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS: desafios e possibilidades na formação continuada
de docentes da rede pública estadual de ensino na cidade de Manaus

IRANDUBA
2016

2

JANICE ANDRADE TORRES

TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS: desafios e possibilidades na formação continuada de
docentes da rede pública estadual de ensino na cidade de Manaus

Projeto de pesquisa, apresentado ao Programa
de Pós-Graduação em Ciências da Educação
do Instituto Qualifique & Consultoria como
pré-requisito parcial para a obtenção do título
de Mestre em Educação.
Orientadora: Professora Msc. Liliane Coelho Rocha

IRANDUBA
2011

3

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................4

1.1. TEMA ...........................................................................................................4

1.2. PROBLEMA ...........................................................................................................5

1.3. HIPÓTESE ...........................................................................................................5

1.4. OBJETIVOS ...........................................................................................................6

1.4.1. Objetivo Geral ....................................................................................6

1.4.2. Objetivos Especificos ....................................................................................6

1.5. JUSTIFICATIVA ...............................................................................................7

2. REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................7

3. METODOLOGIA ...............................................................................................13

4. CRONOGRAMA ...............................................................................................14

REFERÊNCIAS ...............................................................................................15

ANEXO ..........................................................................................................17

APÊNDICE ..........................................................................................................18

4

1. INTRODUÇÃO
Com a globalização e a constante inserção das tecnologias na vida do homem tem se

tornado mais frequente e tem contribuído para a mudança do comportamento humano nas
diversas áreas: social, financeira e profissional, e a educação, por consequência, não pode
ficar de fora destas, o que exige ainda mais que os profissionais da educação sejam incluídos
para o uso das tecnologias no seu meio profissional.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, no título VI, afirma que
os sistemas de ensino deverão promover a valorização dos profissionais da educação,
assegurando-lhe “Aperfeiçoamento profissional continuado”. Pensar a formação do professor
é pensar o processo permanente de desenvolvimento profissional a que tem direito. Este
envolve formação inicial e continuada, sendo que a última ocorre com o professor no
exercício de suas atividades docentes implicando em um processo pessoal e coletivo de
construção de conhecimentos, requerendo para tal uma reflexão critica de sua prática
pedagógica.

No entanto, a formação dos professores deve ser pensada a partir das demandas de
melhoria da qualidade da educação de crianças, jovens e adultos e das discussões sobre a
especificidade do trabalho profissional do professor. Trabalho este que ao longo da história da
educação brasileira vem tomando perfis específicos e complexos se considerarmos o contexto
cultural de cada grupo, comunidade, escola onde atua o professor.

A Formação Continuada de professores deve assegurar o trabalho com conteúdos
relacionados aos diferentes âmbitos do conhecimento do profissional, de forma a promover
continuamente o desenvolvimento de competências que possibilitem uma atuação pautada não
apenas na função docente, mas também na condição de membro de uma equipe responsável
pela formulação e avaliação do projeto educativo da escola e membro de uma categoria
profissional.

1.1. TEMA
Este projeto apresenta o tema “Tecnologias Educacionais: Desafios na Formação

Continuada de Professores da rede pública”, visto que desde a década de 90 as tecnologias são
realidades dentro das escolas, porém, estas tecnologias, apesar da velocidade de suas
mudanças, têm requerido dos professores desafios por não terem tantas habilidades quanto
seus alunos. Estes desafios perpassam desde a falta da habilidade com os equipamentos, a
resistência em utilizar, a falta de ofertas de cursos pela secretaria, a falta de tempo dos
professores para participarem dos cursos que são ofertados.

5

Este tema se limitará a pesquisa em escolas públicas da rede estadual, que atual com o
ensino fundamental no município de Manaus.

1.2. PROBLEMA
A escola passa por um momento de mudanças, principalmente no quesito tecnologia

educacional, pois, houve por parte do Governo um investimento em máquinas, equipamentos
e laboratórios, para que estes pudessem contribuir na melhoria do processo ensino-
aprendizagem. Entretanto, por se tratar de tecnologias inseridas no universo escolar sabemos
das dificuldades, principalmente humanas, que ainda temos a superar. Como toda mudança,
criam-se expectativas por parte da equipe técnica-pedagógica, discente e docente.

Temos convivido diariamente com o manuseio de máquinas e equipamentos cada vez
mais autônomos, em que basta apertarmos uma tecla para que sejamos atendidos, por
exemplo: ao conferirmos o extrato bancário nos caixas eletrônicos não mais precisamos de um
profissional que nos auxilie durante a ação, é só inserir o cartão magnético, digitar a senha e
executar alguns passos programados.

Logo, percebemos que a tecnologia está muito mais próxima do que imaginamos, seja
ela através da informação rápida (Internet), celulares (cada vez mais potentes e modernos), da
saúde (cirurgias à distância), educação (web e teleconferências, educação a distância,
realidade aumentada, etc), universidades virtuais, entre outros. Então, por que não utilizá-la
no cotidiano escolar quando a escola dispõe de tal recurso?

Quais as dificuldades encontradas pelos professores das séries iniciais do ensino
fundamental para utilizar os recursos tecnológicos como ferramenta pedagógica e auxiliar no
processo de ensino aprendizagem?

Diante da realidade desta escola questiona-se: A equipe técnica-pedagógica e docente
está preparada para utilizar os recursos tecnológicos e inseri-los em suas disciplinas de modo
a qualificar o processo ensino-aprendizagem?

Considera-se um grande desperdício dos investimentos do dinheiro público na compra
destes equipamentos que ficam obsoletos nos laboratórios à espera da ação gradativa do
tempo ou de roubos e furtos das máquinas e componentes que o compõem, como já é de
conhecimento público.

1.3. HIPÓTESE
a) Segundo dados do site de consulta do Fundo Nacional de Desenvolvimento da

Educação – FNDE, mais de 90% das escolas de ensino fundamental da rede estadual em

6

Manaus dispõem de laboratórios de informática e Tv Escola, e 60% receberam lousas
interativas digitais e projetores multimídias, todos estes, recursos do FNDE para serem
utilizados no processo ensino-aprendizagem, porém, são poucos os professores que mostram
interesse em utilizá-los como recurso em suas disciplinas. Os alunos até questionam o uso do
laboratório visto que poucos dos professores já frequentam com outras turmas, e a grande
maioria não se sentem preparados para manusear os equipamentos disponíveis. A falta de
habilidade em manusear os equipamentos tecnológicos é um impedimento para que os
professores utilizem os recursos da escola em suas aulas, como facilitador de processo de
ensino aprendizagem?

b) Diante de todo esse investimento do governo federal, as secretárias de educação
estão promovendo cursos de formação continuada constantemente, para que os professores
possam utilizar os recursos tecnológicos disponíveis nas suas escolas?

c) Tem por parte das secretarias alguma política de formação continuada para
fomentar o uso das tecnologias existentes nas escolas, de forma pedagógica?

d) Como as secretarias compreendem e concebem o uso de todas estas tecnologias
disponíveis na escola e qual o interesse das mesmas em facilitar e incentivar seus professores
para o uso pedagógico das mesmas?

1.4. OBJETIVOS
1.4.1. Objetivo Geral:
Identificar quais os motivos que levam os professores em não participar dos

cursos de formação para utilizar as tecnologias existentes em sala de aula de forma
pedagógica, no processo de ensino aprendizagem.

1.4.2. Objetivos Específicos:
a) Enumerar os motivos que levam os professores em não participar dos

cursos de formação para utilizar as tecnologias existentes em sala de aula de forma
pedagógica;

b) Pesquisar a forma como os cursos de formação continuada estão sendo
implementados junto aos professores e como eles concebem a qualidade e a importância dos
cursos para o seu processo de ensino.

c) Apontar as políticas de ações de formação continuada que estão sendo
fomentadas pelas secretarias de educação para os professores;

7

d) Pesquisar junto às secretarias como elas estão prevendo o modelo de
educação fundamental nas escolas e como elas estão se preparando para a formação dos seus
professores para um ensino cada vez mais informatizado.

1.5. JUSTIFICATIVA:
O simples fato de irmos ao supermercado e verificarmos o preço do produto através

do código de barras ou quando, nos direcionamos ao caixa eletrônico para retirada do extrato
bancário, percebemos o quanto esses computadores estão presentes no nosso cotidiano. Até
mesmo os alunos não estão alheios a essa realidade. Por isso faz-se necessária a inclusão
destes recursos na prática pedagógica. Visto que a escola dispõe de laboratório com máquinas
e equipamentos que venham contribuir e proporcionar ao corpo técnico, professores e alunos
o prazer e o enriquecimento em busca dos conhecimentos.

Não podemos admitir a desculpa de não saber usá-los. Estamos vivendo uma época
em que o professor aprende ao ensinar e ensina ao aprender, com bem dizia Paulo Freire
(2002, p. 25), e nossos alunos são curiosos e podem até nos levar a encontrar saídas para
alguns problemas que porventura ocorrerão. O uso dos computadores não vem substituir os
livros, o quadro-branco, o professor. Isso nunca! E sim, contribuir para enriquecer a escola na
formação de seus alunos e cidadãos desta sociedade, que saibam se comportar diante das mais
diversas formas de comunicação existentes e acima de tudo contribuindo para alicerçar sua
autonomia.

Incorporando novas tecnologias à prática pedagógica, o professor estará cultivando
alunos mais interessados em aprender, motivados em participar das aulas, permanecer na
escola sem abandoná-la por acreditar que esta não oferece condições a eles.

Com isso, a reflexão a cerca das políticas de formação de professores deve ser vista
com um olhar diferenciado para que possa assim, pensar em programas de formação mais
realistas e dentro das necessidades de formação dos professores.

2. REFERENCIAL TEÓRICO
A questão de formação continuada no Brasil tem passado por inúmeros problemas, visto

que dentre as esferas governamentais, muitos tem se discutido a responsabilidade desse
orçamento financeiro, mesmo reconhecendo que o problema na formação continuada dos
professores existe e é complexa, ainda não se procurou estabelecer uma formação continuada
de qualidade e de acordo com a necessidade de cada realidade dos professores.

8

Considerando os princípios da Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério

da Educação Básica (Decreto 6.755/2009), em seu Art. 2º, a formação docente:

I - a formação docente para todas as etapas da educação básica como compromisso
público de Estado, buscando assegurar o direito das crianças, jovens e adultos à
educação de qualidade, construída em bases científicas e técnicas sólidas;
II - a formação dos profissionais do magistério como compromisso com um projeto
social, político e ético que contribua para a consolidação de uma nação soberana,
democrática, justa, inclusiva e que promova a emancipação dos indivíduos e grupos
sociais; [...]
IV - a garantia de padrão de qualidade dos cursos de formação de docentes ofertados
pelas instituições formadoras nas modalidades presencial e à distância;
V - a articulação entre a teoria e a prática no processo de formação docente, fundada
no domínio de conhecimentos científicos e didáticos, contemplando a
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão;
VI - o reconhecimento da escola e demais instituições de educação básica como
espaços necessários à formação inicial dos profissionais do magistério; [...]
VIII - a importância do docente no processo educativo da escola e de sua
valorização profissional, traduzida em políticas permanentes de estímulo à
profissionalização, à jornada única, à progressão na carreira, à formação continuada,
à dedicação exclusiva ao magistério, à melhoria das condições de remuneração e à
garantia de condições dignas de trabalho; [...]
X - a articulação entre formação inicial e formação continuada, bem como entre os
diferentes níveis e modalidades de ensino;
XI - a formação continuada entendida como componente essencial da
profissionalização docente, devendo integrar-se ao cotidiano da escola e considerar
os diferentes saberes e a experiência docente; e
XII - a compreensão dos profissionais do magistério como agentes formativos de
cultura e, como tal, da necessidade de seu acesso permanente a informações,
vivência e atualização culturais.

Com todas essas medidas já promulgadas, a importância de se refletir sobre as políticas

públicas que estão sendo encaminhadas pelas secretarias de educação no que se refere a

formação pedagógica estão sendo realizadas com o olhar pedagógico das tecnologias

existentes nas escolas. Os professores estão sendo recebendo os cursos para sua formação

com conhecimento e a mediação das tecnologias. Visto que esta política tem como objetivo,

em seu Art. 3º: “IX - promover a atualização teórico-metodológica nos processos de

formação dos profissionais do magistério, inclusive no que se refere ao uso das tecnologias

de comunicação e informação nos processos educativos”.

Considerando ainda, que no:

Art. 8o O atendimento às necessidades de formação continuada de profissionais do
magistério dar-se-á pela indução da oferta de cursos e atividades formativas por
instituições públicas de educação, cultura e pesquisa, em consonância com os
projetos das unidades escolares e das redes e sistemas de ensino.
§ 1º A formação continuada dos profissionais do magistério dar-se-á por meio de
cursos presenciais ou cursos à distância.

A necessidade de que a formação atenda as necessidades práticas e reais do professor

em sala de aula, e que, sejam ofertados cursos de qualidade. Menezes (2009, p. 5) afirma que

o “novo paradigma da formação, que substitui o modelo de especialistas pelo modelo

9

distributivo, em que os professores trabalham de forma conjunta para elaborar juntos novos
saberes e novas competências profissionais” trabalhando assim com os alunos a metodologia
de elaboração de projetos, para que esse processo de ensino aprendizagem esteja bem mais
forte, quando o aluno começa a se perceber como meio e não somente como fim no processo
de formação do professor. Proporcionando aos alunos a utilização deste meio como
ferramenta, será possível atingir os objetivos propostos pela LDB, uma vez que teremos
condições de criar um planejamento e desenvolvimento do currículo de forma orgânica,
superando a organização por disciplinas estanques e revigorando a integração e articulação
dos conhecimentos num processo permanente de interdisciplinaridade e transdisciplinaridade,
contemplando assim a proposta de organicidade contida no Artigo 36 da LDB.

Construir novas alternativas de organização curricular comprometida, de um lado, com
o novo significado de aprendizagem no contexto da globalização econômica e, de outro, com
o sujeito aluno que se apropriará desses conhecimentos, aprimorando-se, como tal, no mundo
do trabalho e na prática social.

Contextualizando, no Brasil, a partir de 1939, as tecnologias começam a ser inseridas na
Educação nos primeiros cursos em Educação à Distância através dos institutos: Rádio
Monitor e Universal Brasileiro, que visava alfabetizar e apoiar a educação de jovens e adultos
por meio das "escolas radiofônicas", principalmente na região norte e nordeste do Brasil. De
1967 a 1974, o Ministério da Educação – MEC lança o Sistema Avançado de Comunicações
Interdisciplinares (Projeto Saci) com a finalidade de usar o satélite doméstico, utilizando o
rádio e a televisão como meios de transmissões com fins educacionais, em 1978, o Telecurso
2000 foi implementado pela Fundação Roberto Marinho (FRM) em parceria com a fundação
Padre Anchieta (mantenedora da TV Cultura de São Paulo) e a Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (FIESP), todos estes projetos serviram de base para que o MEC tivesse
um olhar mais diferenciado para esta metodologia de aprendizagem que poderia ser um
grande passo para solucionar a falta de qualificação da mão de obra do povo brasileiro que
naquele momento passava por uma grande inserção das tecnologias nas indústrias que
estavam se formando nos grandes centros urbanos.
Saltando para 1997, o governo federal cria o Programa Nacional de Informática na Educação
– PROINFO, através da Portaria nº 522 em 09/04/1997, para promover o uso da tecnologia
como ferramenta de enriquecimento pedagógico no ensino público fundamental e médio.

Art. 1º Fica criado o Programa Nacional de Informática na Educação – ProInfo, com
a finalidade de disseminar o uso pedagógico das tecnologias de informática e
telecomunicações nas escolas públicas de ensino fundamental e médio pertencentes
às redes estadual e municipal.

10

Em 2007, mediante a criação do Decreto n° 6.300, no Diário Oficial da União (p. 3) o

ProInfo passou a ser Programa Nacional de Tecnologia Educacional, tendo como principal

objetivo promover o uso pedagógico das tecnologias de informação e comunicação nas redes

públicas de educação básica.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,
incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no
10.172, de 9 de janeiro de 2001,
DECRETA:
Art. 1o O Programa Nacional de Tecnologia Educacional - ProInfo, executado no
âmbito do Ministério da Educação, promoverá o uso pedagógico das tecnologias de
informação e comunicação nas redes públicas de educação básica.
Parágrafo único. São objetivos do ProInfo:
I - promover o uso pedagógico das tecnologias de informação e comunicação nas
escolas de educação básica das redes públicas de ensino urbanas e rurais;
II - fomentar a melhoria do processo de ensino e aprendizagem com o uso das
tecnologias de informação e comunicação;
III - promover a capacitação dos agentes educacionais envolvidos nas ações do
Programa;
IV - contribuir com a inclusão digital por meio da ampliação do acesso a
computadores, da conexão à rede mundial de computadores e de outras tecnologias
digitais, beneficiando a comunidade escolar e a população próxima às escolas;
V - contribuir para a preparação dos jovens e adultos para o mercado de trabalho por
meio do uso das tecnologias de informação e comunicação; e
VI - fomentar a produção nacional de conteúdos digitais educacionais.

Para que isso aconteça foi necessário equipar as escolas públicas com laboratórios de

informática, formar técnicos de suporte de manutenção de computadores, e oferecer cursos de

especialização a professores e pedagogos em informática educativa, e estes multiplicassem o

conhecimento a outros professores, disseminando assim ideia de incluir os recursos

tecnológicos nas aulas ministradas nas escolas e dessa forma, alcançar uma qualidade no

ensino público.

Atrair a atenção dos alunos nas salas de aula em dias atuais não é fácil porque a escola

disputa, de forma injusta, a transmissão de informações, por meio da internet, de forma

rápida, sem a necessidade de sair de sua zona de conforto.

Nos anos 2000, tivemos um grande avanço na formação de professores integrando

computadores com a TV Escola e o Rádio na Escola. Atualmente, o universo de atendimento

do programa também contempla a divulgação dos trabalhos desenvolvidos durante os cursos

de formação, garantindo a publicação autoral dos mesmos.

FUNIBER (2015) apud Marqués (2001) define TIC como:

[...] o conjunto de avanços tecnológicos que nos proporcionam a informática, as
telecomunicações e as tecnologias audiovisuais, que compreendem os
desenvolvimentos relacionados com os computadores, a internet, a telefonia, os
“mass media”, os aplicativos multimídia e a realidade virtual. Essas tecnologias,

11

basicamente, proporcionam informação, ferramentas para seu processo e canais de
comunicação. (p. 5)

Pensar em tecnologias no universo educacional é ao mesmo tempo algo grandioso,

ousado, mas ao mesmo tempo, é amedrontador para os profissionais do magistério, pois de

um lado, estão os alunos cheios de expectativa para aprender por meio do uso das tecnologias,

pesquisar além do conteúdo ensinado nas salas de aula, e do outro lado, os professores, que

em sua maioria, não conseguem manusear a máquina por desconhecimento ou medo de

danifica-las.

O desconhecimento se dá pela resistência ao novo e pela complexidade em aprender

algo que não está na sua zona de conforto, o medo está no fato de compreender que se trata de

dinheiro público e que não pode haver desperdício deste, simplesmente por descuido ou

ignorância.

Moreira (2005) esclarece que

a motivação e o comprometimento dos professores são imprescindíveis para o
desenvolvimento profissional, pois bons resultados de aprendizagem só serão
possíveis à medida que o professor proporcionar um ambiente de trabalho que
estimule o aluno a criar, comparar, discutir, rever, perguntar e ampliar idéias. O
deslocamento de professores-formadores para o interior do estado ou a vinda dos
professores para formação na capital é um grande desafio para a secretaria estadual
devido aos seguintes fatores: alto custo de passagens aéreas, traslados, diárias,
calendário acadêmico devido às condições climáticas e naturais da região, entre
outros.

Com investimentos dos governos federal e estadual, o estado do amazonas está

oferecendo cursos de formação continuada em ambientes virtuais de aprendizagem, com
metodologias em Educação à Distância – EaD, com grande aceitação por parte dos

professores e demais servidores das escolas estaduais em todas as áreas do conhecimento.

Outro desafio para a secretaria é a quantidade de professores formadores de outros

professores com mão de obra especializada em tecnologias e suas aplicações educacionais.

Pois nem sempre aquele professor que recebe formação técnica e especializada tem a

habilidade, conhecimentos metodológicos e criatividade para multiplicar o conhecimento

recebido.

Moreira (2005) nos diz que

é preciso enfatizar que o desenvolvimento profissional do professor não se estrutura
só no domínio de conhecimentos sobre o ato de ensinar, mas também em atitudes do
professor e nas relações interpessoais na sala de aula e na escola. Para isso, os
professores terão de mobilizar nas suas práticas não só conhecimentos específicos
das disciplinas que lecionam, mas um conjunto de outras competências que
concorrem para o sucesso dessas práticas e, consequentemente para o seu
desenvolvimento e realização profissional e pessoal.

12

Por isso que consideramos verdadeiro o relatório da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico – OCDE de 1999 (FUNIBER, 2015) quando resume o perfil do
educador dos tempos modernos, em que afirma que

os novos desafios e demandas para as escolas e os professores surgem a partir de
expectativas novas e ampliadas sobre as escolas[...] Estes novos desafios e
demandas requerem novas capacidades e conhecimentos por parte dos
professores[...] Os professores devem ser capazes de acomodar-se a contínuas
mudanças, tanto no conteúdo do ensino como na forma de ensinar melhor (p. 39)

Não podemos dizer que o investimento em equipamentos tecnológicos e formação para
o manuseio é irrisório ou que não atende a rede pública, pode-se atribuir a falta de
credibilidade do serviço de formação que está sendo prestado pelas secretarias, até mesmo a
atenção que muitas vezes não se dá do quanto estas tecnologias podem facilitar a qualidade do
ensino que está sendo praticado pelos professores.

Quando Prado (2010) nos diz que “o professor tem o papel de se tornar um facilitador
do processo de aprendizagem do aluno” percebemos o quanto a frase “meu neto mexe em
tudo no celular e eu não sei nem como enviar mensagem”, é recorrente em nosso meio, por
isso pensamos que o medo também pode ser originado pela vergonha em fazer “algo errado”
na frente deles, pois eles sabem muito mais que seus mestres.

Como reflete Mugnol (2009), “Os avanços tecnológicos tornaram mais visíveis às
possibilidades de desenvolvimento de outras atividades de ensino e aprendizagem”. Por isso
precisamos ter um olhar diferenciado e sensível ao habilitar tecnologicamente os professores
para que eles possam aprender para então ensinar, o que costumamos chamar de alfabetização
digital, pois aprendemos e estudamos somente com o recurso de livros e cadernos.

Precisamos aprender a manusear as máquinas e continuar desenvolvendo nossas
atividades pedagógicas. Concordamos com Martin (2015), quando nos diz que “o professor
deve, em primeiro lugar, criar um ambiente de motivação e aprendizagem. [...]. Quanto aos
alunos, devem ser formados, em primeiro lugar, para possuírem um ponto de vista crítico
[...]” (p. 23).

Nossos alunos já não concebem aprender no estilo tradicional de ensino porque já não
faz parte da sua realidade, assistirem as aulas, sentadinhos e sem interação com o meio,
sentem-se fadigados de aulas expositivas que não conseguem reter a metade da informação.

Podemos refletir acerca da nossa práxis nas palavras de Chaves (2004), quando diz que

Devemos nos preocupar com a questão da Informática na Educação porque a
evidência disponível, embora não tão amplo e contundente quanto se poderia
desejar, demonstra que o contato regrado e orientado da criança com o computador
em situação de ensino-aprendizagem contribui positivamente para o aceleramento de

13

seu desenvolvimento cognitivo e intelectual, em especial no que esse
desenvolvimento diz respeito ao raciocínio lógico e formal, à capacidade de pensar
com rigor e sistematicidade, à habilidade de inventar ou encontrar soluções para
problemas. Mesmo os maiores críticos do uso do computador na educação não
ousam negar esse fato.

É o que vimos observando ao logo do tempo, a sociedade passando por várias
mudanças, a educação não ficando alheia a tudo isso, porém, a sala de aula e muitos
professores ainda tentando ensinar com os mesmos modelos de ensinos há décadas deixados
para trás nas grandes escolas modelos de inovações tecnológicas.

Como resume Valente, “aprender a produzir em rede é um pré-requisito às crianças do
século XXI”. E não é difícil para essa geração que já nasce ‘conectada’, com necessidade de
se comunicar e se exibir nas redes sociais, interagindo com outros jovens, até de lugares bem
distantes, criando laços de sentimentos positivo e negativo diversos, emitindo opinião, sem
medo de recriminações de terceiros, às vezes nem se importando com os comentários
direcionados a ele.

3. METODOLOGIA
Segundo sua finalidade a pesquisa se dará por meio do método de abordagem quali-

quantitativa, pois terá como ponto de partida levantar os motivos que levam os professores em
não participar dos cursos de formação para utilizar as tecnologias existentes em sala de aula
de forma pedagógica, no processo de ensino aprendizagem utilização dos computadores nas
atividades pedagógicas e o processo de formação continuada que estão sendo realizadas pela
secretaria aos professores nas escolas de ensino fundamental.

Quanto aos seus objetivos a pesquisa será exploratória e explicativa, visto que envolverá
técnicas de pesquisa e de coleta de dados utilizando entrevista, questionário, pesquisa
bibliográfica, e com análise e interpretação dos dados. Porém, dar-se-á preferência à
observação direta, para que esse tipo de aprendizagem aconteça é preciso que a pesquisa seja
realizada junto aos órgãos envolvidos pela política de formação continuada dentro das
secretarias de educação, gestores e professores, todos envolvidos no ensino aprendizagem.
Pretende-se pesquisar juntamente com equipe do Centro de Formação das secretarias de
educação responsáveis pela formação do uso das tecnologias de forma pedagógica, e docentes
das escolas estaduais do ensino fundamental, utilizando pesquisa exploratória.

O procedimento técnico utilizado será a pesquisa-ação, visto que contará com a
participação direta da pesquisadora com os sujeitos dessa investigação (centro de formação da
secretaria de educação, gestores e professores das escolas que atual com o ensino

14

fundamental. As atividades desenvolvidas ao longo dessa pesquisa serão: Pesquisa de campo
que contará com a observação e coleta de dados; entrevistas com os responsáveis pela
formação do uso das tecnologias de forma pedagógica, e docentes das escolas estaduais do
ensino fundamental; aplicação de questionário junto aos responsáveis pela formação do uso
das tecnologias de forma pedagógica, professores e gestores escolares das escolas estaduais
do ensino fundamental; após a seleção e análise dos dados obtidos, será redigido um texto
com a conclusão da referida pesquisa realizada junto à secretaria.

4. CRONOGRAMA MESES
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º
CRONOGRAMA XXXXXXXXXX X X
ATIVIDADES
XX
Levantamento Bibliográfico.
XXX
Pesquisa de campo, coleta de dados e X
registros das variáveis. X
Avaliação e análise dos resultados.
X
Entrega do Projeto. X

Defesa da Qualificação

Entrega da Dissertação.

Defesa da Dissertação

15

REFERÊNCIAS
BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 6.755, de janeiro de 2009. Brasília:
Presidência da República, 2009. Disponível em <http://www.capes.gov.br> Acesso:
25/10/2016.

_______. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.º 9.394,
de 20 de dezembro de 1996.

_______. Ministério da Educação. Decreto nº 6.300, de 12 de dezembro de 2007. Dispõe
sobre o Programa Nacional de Tecnologia Educacional - Proinfo. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 2007. Disponível em:
<http://gestao2010.mec.gov.br/marcos_legais/decree_19.php>. Acesso em: 28/10/2016.

_______. Ministério da Educação. Portaria nº 522, de 09 de abril de 1997. Criado o Programa
Nacional de Informática na Educação - Proinfo. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 abr.
1997. Seção 1, p. 7.189. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=236&Itemid=47
1>. Acesso em: 28 /10/2016.

CHAVES, Eduardo O. C. O Uso de Computadores em Escolas: Fundamentos e Críticas.
Disponível em: <http://edutec.net/textos/self/edtech/scipione.htm>. Acesso em: 29/09/2016.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 21ª Edição
- São Paulo. Editora Paz e Terra, 2002.

FUNIBER. Elementos básicos na formação de docentes: teorias da aprendizagem e bases
metodológicas na formação de docentes. 2015.

MARTIN, Maria Carmen. FUNIBER. As TIC na aula: aplicações didáticas e utilização de
recursos. 2015.

MENEZES, Ebenezer de. Formação de professores numa escola aprendiz. Agência Educa-
Brasil: informação para a formação, São Paulo, 20 ago. 2001. Disponível em: <http://www.
midiamix.com.br/eb/exe/texto.asp?id=429>. Acesso em: 12/11/2009.

16

MOREIRA, Herivelto. A motivação e o comprometimento do professor na perspectiva do
trabalhador docente. Série: Estudos – Periódicos do mestrado em educação da UCDB, n. 19.
Mato Grosso – MS, p. 19, jan-jun. 2005.

MUGNOL, Márcio. A Educação a distância no Brasil: Conceitos e Fundamentos. Rev.
Diálogo Educ. [internet]. 2009 [citado maio/ago]. v. 9, n. 27, p. 335-349. Disponível em:
<http://www2.pucpr.br/reol/index.php/DIALOGO?dd1=2738&dd99=pdf>. Acesso em:
28/09/2016

PRADO. Maria Elisabette Brisola Brito. O aprender e a informática: a arte do possível na
formação do professor. Disponível em:
<http://escola2000.net/eduardo/textos/proinfo/livro08-Elizabeth%20Almeida.pdf>. Acesso
em: 13/05/2011.

VALENTE, José Armando (org.); BARANAUSKAS, Maria Cecília Calani; DA ROCHA,
Heloísa Vieira; MARTINS, Maria Cecília; D’ABREU, João Vilhete Viegas. O Computador
na Sociedade do Conhecimento. Campinas – SP: UNICAMP/NIED, 1999.

17

APÊNDICE

18

ANEXO
ANEXOS 1 - QUESTIONÁRIO A SER REALIZADO COM GESTÃO ESCOLAR E
DOCENTE NAS ESCOLAS DE ENSINO FUNDAMENTAL:

Questões que nortearam a pesquisa de campo:
1. Você é usuária de tecnologia: celular, computador, tablet, TV e ou rádio, no seu cotidiano?

a) Sim
b) Em parte, tenho dificuldades e sempre tenho auxílio de parentes.
c) Não

2. Como você costuma usar mais estas tecnologias listadas abaixo, no seu dia-dia?

Recursos Celular Tv Rádio Computador

Internet

Digitação de

Textos, Planilhas e

slides

Uso no trabalho e

escola, somente.

Redes Sociais

Acesso a notícias e

informações.

Diversão: Jogos e

ou MP3

Nunca

3. Você tem alguma experiência quanto ao uso pedagógico de tecnologias com seus alunos?
a) Sim, sempre utilizo.
b) Não, tenho dificuldades para usar as tecnologias.
c) Não, a gestão escolar não permite.
d) Não, não tenho conhecimento na área.

4. Na sua escola, há laboratório de informática?
a) Sim
b) Não

19

5. Na sua escola, quanto ao acesso às tecnologias: A gestão incentiva os professores para o
uso das Tecnologias lá existentes?
a) Sim, quando os professores demonstram interesses.
b) Sim, encaminha sempre os professores, mesmo sem o interesse do professor.
c) Não, não permite o acesso.

6. Como você costuma utilizar o laboratório de informática de sua escola?
a) Preencher o diário digital.
b) Realizar pesquisas para enriquecer minhas aulas.
c) Acessar a internet para fins particulares.
d) Levo meus alunos para a prática de atividades escolares.

7. Você considera que a escola dispõe de recursos tecnológicos, suficientes para desenvolver
suas aulas no laboratório de informática?

a) Sim
b) Não

8. Você costuma usar o laboratório de informática com seus alunos?
a) Sim
b) Não
c) Raramente

9. Se não utiliza, por quê?
a) Insegurança
b) Não tem o hábito de uso no seu dia-dia
c) Não tem paciência para aprender a manipular a ferramenta

10. Você já procurou saber se a escola dispõe de algum software educacional e/ou aplicativos
relacionados ao seu componente curricular?

a) Sim
b) Não

11. Você gostaria de receber formação continuada relacionada à área de tecnologias
educacionais, para melhor desenvolver suas aulas?

20

a) Sim
b) Não

12. Se Sim, por quê?
a) Sim, gosto de participar sempre que a secretaria oferece.
b) Sim, mas não disponho de tempo para fazer.
c) Sim, mas não ocorre no momento em que estou com tempo disponível.

13. Se Não, por quê?
a) Não, não gosto.
b) Não, não tenho necessidade para fazer cursos.
c) Não, os cursos não me chamam a atenção para participar.

14. Você já realizou algum curso de tecnologias na educação para trabalhar de forma
pedagógica seu conteúdo?
a) Sim
b) Não

15. Se sim, o curso ofereceu recursos favoráveis para a sua pratica pedagógica?
a) Sim
b) Não
c) Em parte


Click to View FlipBook Version